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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ

COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ · xa de Assistência Oswaldo Cruz (FioSaúde) investe na melhoria da rede de assistên-cia e consolidação do equilí-brio econômico-financeiro,

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FIOCRUZ | JORNAL LINHA DIRETA Nº 13 - MAIO/2013

Linha Direta nº 13 – maio/junho de 2013

Coordenação: Wagner de Oliveira

Edição : Claudia Lima

Redação e reportagem: Aline Câmera, Claudia Lima, Cristiane Albuquerque, Daniela Savaget, Eduardo Muller,Fernanda Marques, Jacqueline Boechat, Keila Maia, Lara Goulart, Leonardo Azevedo, Nathállia Gameiro,

Sueli Amarante e Talita Barroco.

Revisão: Claudia Lima

Projeto gráfico e edição de arte: Guto Mesquita e Rodrigo Carvalho

Fotografia: Genilton J. Vieira, Guilherme Kanno e Peter Ilicciev

OPor Keila Maia

menu da Intranet Fio-cruz passou recente-mente por alterações,

visando proporcionar mais fa-cilidade ao usuário. Uma dasmudanças foi realizada na Bus-ca Avançada.A ferramentaque, entre outras funções, per-mite localizar funcionários enotícias, deixava de ser utili-zada porque muitas pessoasdesconheciam essas finalida-des. Para tornar as tarefasmais visíveis, foram criadosnovos rótulos, encaixados emabas já existentes no menu.

As mudanças forambaseadas em um teste de usa-bilidade conduzido por umaequipe de jornalistas e desig-ners do Instituto de Comuni-cação e Informação Científicae Tecnológica em Saúde (Icict).“Fizemos uma avaliação coo-perativa, um tipo de teste queconsiste em passar uma tare-fa ao usuário e ficar observan-do todos os seus comporta-mentos durante a execução”,explica a designer Luciana Bap-tista, uma das responsáveispela condução das sessões doteste. Os voluntários recebe-ram, por exemplo, o nomecompleto de uma funcionáriapara que encontrassem seutelefone e e-mail na intranet.

Das cinco que concluírama tarefa, apenas uma a reali-zou com facilidade. Todos con-sideraram a Busca Avançadauma boa ferramenta, porém,ressaltaram que estava escon-dida. A maioria dos usuários cli-cou primeiro no item Trabalha-dores, por entender que esseseria o rótulo mais apropriadopara abrigar os contatos dos pro-fissionais. “A intenção da alte-ração no menu é corresponderao modelo mental do usuário”,comenta a designer. Foram de-sabilitadas as funções Calcula-dora, Classificados e Mural, umavez que quase não eram aces-sados, de acordo com relatóriosgerados pelo Google Analytics.

Menu da Intranet recebe ajustespara facilitar a vida do usuário

Em Trabalhadores, área destinada a informaçõessobre a vida funcional, foi incluído o item Encontreprofissionais.

Em Acontece na Fiocruz, espaço destinado a maté-rias e outros informes jornalísticos, foi acrescido oitem Buscar notícias.

A ferramenta Busca Avançada continua no topo dapágina principal. Permite localizar funcionários enotícias, encontrar arquivos, imagens, eventos etextos colaborativos.

A área Meu perfil, na parte superior da tela, permi-te alterar informações referentes ao setor, e-mail etelefone. É o próprio usuário que deve manter seucadastro atualizado.

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LINHA DIRETA | 3

Períciasingularvolta a serrealizadana Fiocruz

DPor Lara Goulart

esde abril, o recém-im-plantado Núcleo dePerícia e Avaliação

Funcional em Saúde da Dire-toria de Recursos Humanos(Nupafs/CST/Direh) passou arealizar as inspeções de perí-cia médica singular. Esse pro-cedimento, também chamadode perícia simples, acontececom a presença de apenas ummédico perito e quando o pra-zo de licença médica é inferi-or a 120 dias. O atendimento,agora realizado no prédio daCoordenação de Saúde do Tra-balhador (CST), ao qual o nú-cleo é ligado, no Campus deManguinhos, destina-se aosnovos processos de perícia sim-ples, iniciados a partir de mar-ço. Nas regionais, o servidor éatendido por meio do Subsis-tema Integrado de Atenção àSaúde do Servidor Público Fe-deral (Siass) de sua respectivalocalidade.

Desde 2006, o servidorque necessite de licença mé-dica para tratamento de saú-de vem sendo encaminhadopara perícia médica singularem unidades externas à Fio-cruz. No momento, os atendi-

mentos ocorrem no HospitalFederal de Bonsucesso ou nopolo central do Núcleo Estadu-al do Rio de Janeiro do Minis-tério da Saúde (Nerj/RJ). Coma recomposição do corpo téc-nico da Coordenação da Saú-de do Trabalhador, o núcleopericial passou a fazer o aten-dimento dos servidores queainda não tiveram consultasagendadas. Aqueles que jáestão em atendimento conti-nuarão a ser acompanhadosno hospital ou no Nerj até aalta pericial.

Dentre as principais van-tagens na mudança de localda perícia médica singular,além da comodidade para osservidores, destaca-se o aten-dimento e acolhimento reali-zado na própria Fiocruz, porprofissionais de saúde do tra-balhador que conhecem a es-pecificidade de cada unidade,bem como a sua realidade ins-titucional. “Esta ação contribuipara incluirmos aspectos daavaliação funcional, relacio-nando os problemas de saúdedo trabalhador ao processo e

ambiente de trabalho”, des-taca o diretor de Recursos Hu-manos, Juliano Lima. Ele acre-dita que a volta desse serviçoseja um grande passo, capazde tornar a Fundação referên-cia no Siass. O convênio como subsistema garante, ainda,o serviço de Perícia em Trân-sito, em que o servidor realizaseu exame pericial mesmo forada cidade onde exerce seu tra-balho, caso haja necessidade.

ExpectativaEntre 1991 a 2006, o exa-

me pericial dos servidores daFiocruz era realizado por umajunta médica oficial na insti-tuição. A partir daí, as períci-as e acompanhamentos pas-saram a ser feitos em parce-ria, fora do campus. Com acriação do Núcleo de Perícia,a Direh pretende realizar aperícia e a avaliação funcio-nal em saúde focada no tra-balhador e em suas necessi-dades, não somente na doen-ça, mas centrada na humani-zação das inter-relações.

Iniciativa retomadaem abril visa facilitaro processo de examepericial do servidor

“Esperamos que nossa pe-rícia seja capaz de avaliar eacompanhar as alterações noestado de saúde dos servido-res que os incapacitem tempo-rária ou definitivamente parao exercício das funções labo-rativas, em uma perspectivabiopsicossocial”, afirma AnaCirne, responsável pelo novonúcleo. A intenção é trazer àtona o potencial produtivo doservidor, avaliando as causasde seu adoecimento e estimu-lando-o no processo de recu-peração.

Todo o procedimento a serrealizado pelo núcleo de perí-cia consta em norma operaci-onal publicada pela Direh. Paraa servidora do núcleo Ana Bor-dalo o serviço realizado na Fi-ocruz tende a ser muito positi-vo para a vida funcional doservidor e para a instituição.

”Ao realizar esta ação, onúcleo garante o acolhimentoqualificado ao trabalhador poragentes internos, que conhe-cem o usuário, seu local de tra-balho e a dinâmica institucio-nal”, enumerou.

Núcleos desaúde nasunidades e SRHs

Nas unidades que dis-põem de núcleos de saúde(Bio-Manguinhos e InstitutoNacional de Saúde da Mulher,da Criança e do AdolescenteFernandes Figueira), os servi-dores devem entregar a docu-mentação nos núcleos, queinformarão a data da inspeçãono Núcleo de Perícia do Cam-pus de Manguinhos.

Os Serviços de RecursosHumanos das unidades (SRHs)atuam em parceria com o Nu-pafs, encaminhando o servidorque apresentar problemas desaúde recorrentes para Avalia-ção Funcional em Saúde, coo-perando, assim, para a melhoratenção ao trabalhador e suascondições de retorno ao am-biente de trabalho. Dessa for-ma, a equipe do Núcleo aco-lherá o servidor, caso a doen-ça interfira no trabalho ou jus-tifique seu afastamento. ACoordenação de Saúde do Tra-balhador mantém workshopse atividades para fins de ca-pacitação dos SRHs quanto àsações de perícia na instituição.

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Por Claudia Lima*

tempo de crise ficoupara trás. Depois deter as contas aprova-

das por unanimidade pela pri-meira vez, em assembleia re-alizada no mês de abril, a Cai-xa de Assistência OswaldoCruz (FioSaúde) investe namelhoria da rede de assistên-cia e consolidação do equilí-brio econômico-financeiro, ba-seada em estudo detalhado doperfil dos beneficiários e nocusto dos serviços. “Não é umplano comum: é um plano queé nosso, do servidor”, afirmaa presidente do FioSaúde, Lei-la Mello. “Estamos intensifi-cando o trabalho sustentado

FioSaúde em equilíbrioMapeamento da população de atendidos epesquisa com usuários mostram caminhos a seguir

no tripé qualidade, regulaçãoe busca do equilíbrio. Não dápra esmorecer”, alerta.

O vice-presidente de Ges-tão e Desenvolvimento Institu-cional da Fiocruz, Pedro Bar-bosa, concorda. “Saímos doperíodo de apagar incêndio econter crise para um períodode planejar o futuro”, afirma.Ele prevê aporte menor de re-cursos da Fundação para o pla-no em relação a 2012. “Issosignifica uma capacidade ge-rencial melhor e uma politicade melhoria dos serviços pró-prios e contratados”, diz. Aexpansão da policlínica, no Riode Janeiro, e o convênio coma Caixa de Assistência dosFuncionários do Banco do Bra-

Osil (Cassi) nas demais unidadesda federação fazem parte des-sa estratégia.

Embora com 22 anos deexistência, a reorganização in-terna é recente: começou emjulho de 2011, com a criaçãoda Caixa de Assistência. Para odiretor-executivo do FioSaúde,José Antônio Diniz, é fundamen-tal trabalhar com indicadores emetas para todas as áreas. “Nóselegemos dez metas básicas,parte do plano de trabalho quefoi aprovado pelo Conselho De-liberativo do FioSaúde e certa-mente farão parte da prestaçãode contas do ano que vem. Sãocompromissos que assumimos epelos quais seremos cobrados”.,afirma Diniz.

Mais beneficiáriose planos

As linhas de ação foramtraçadas a partir do mapea-mento. Faixa etária dos bene-ficiários, doenças mais comuns,gastos com internações e ou-tras informações importantesemergiram do estudo, compa-rado a outros de planos de au-togestão. A necessidade deampliar a base de atendidospara alcançar o equilíbrio ficouclara: a população do plano,predominantemente feminina(56,7%), diminuiu de 14.266para 13.970 nos últimos 10anos. “Um plano melhora suasustentabilidade quando ultra-passa 20 mil pessoas”, expli-ca Pedro Barbosa.

Uma alternativa propostapara superar essa limitação foialterar o estatuto, o que acon-teceu em assembleia realiza-da no último dia 22 de maio.A partir de agora é possível in-corporar trabalhadores dasmesmas áreas de atuação daFiocruz. De acordo com regrasda Agência Nacional de Saú-de (ANS), servidores de insti-tuições federais do Rio de Ja-neiro das áreas de saúde,educação, ciência e tecnologiapodem aderir. “É bom que fi-que claro que isso não significanenhum risco para nós e sim ocontrário, diminuir os riscos”,afirma o vice-presidente.

No caso de abertura paraoutras instituições serão ofere-cidos novos planos, com con-tabilidade própria, para ampli-

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Alcinea destaca o acolhimento pelos profissionais do plano

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50 a 59 anos – ou seja,17,9% de pessoas prestes aingressar na faixa de idosos,percentual 73,8% maior doque a média dos planos desaúde suplementar. “Com oenvelhecimento, prevalecemna população as doenças crô-nico-degenerativas, que de-mandam tratamentos e tecno-logias cada vez mais onero-sos por períodos mais longosda vida – uma combinaçãoexplosiva que pressiona de for-ma significativa os custos as-sistenciais”, avalia José Diniz.

Para o diretor executivo, ofoco do plano é trabalhar a ges-tão das receitas e despesas, daoferta de serviços e, principal-mente, a gestão do risco de saú-de. “É uma mudança muito im-portante. As empresas de ummodo geral focam na gestãoda despesa e ficam preocupa-das com senha de internaçãoe auditoria médica, mas não fa-zem a gestão do risco da saú-de, do cuidado propriamentedito”, compara. “Estamosplanejando programas deatenção especial ao doentecrônico, com monitoramento

Policlínica é diferencial no atendimentoIntegração com a Coordenação de Saúde do Trabalhador é uma das metas

Mulher do servidor aposentado José Rosa de Jesus, um dos beneficiários do FioSaúde atendido na Policlínica, Alcinea Rangel Alves de Jesus resume o queconsidera o melhor do plano. “O bom daqui é que nós já conhecemos os médicos, a nutricionista, a psicóloga, e eles já nos conhecem também. Assim nãoé necessário ficar repetindo tudo o que você já falou em consultas anteriores”, diz Alcinea. É nesse tipo de atendimento que o FioSaúde investe como seudiferencial.

“A policlínica é um exemplo de sucesso. A maior queixa é quanto à dificuldade de agendamento”, avalia o diretor-técnico, Hermínio Mendes. O FioSaúdeiniciou no fim do ano passado um projeto de obras na sede, no prédio da Expansão do Campus de Manguinhos. A primeira fase foi concluída em março, coma inauguração do setor de fisioterapia, e a próxima será a entrega de mais seis consultórios. O atendimento realizado nas dez salas atuais e nas quatro situadasem Botafogo – exclusivas para psicoterapia - somou mais de 23 mil consultas em 2012, uma média de 442 por semana.

“Estamos realizando uma pesquisa para saber o que a população quer”, informa Hermínio, que, a partir dos primeiros resultados, planeja acrescentar dermatologia,ginecologia e urologia às 10 especialidades disponíveis hoje - cardiologia, endocrinologia, geriatria, nefrologia, neurologia, nutrição, ortopedia, psicologia, psiquiatria efisioterapia – nas áreas ortopédica, respiratória e de Reeducação Postural Global (RPG). Os beneficiários contam também com atendimento de profissionais da equipe devisitação hospitalar e de apoio a pacientes.

Convênio para as regionaisPara as unidades regionais, o FioSaúde fechou convênio com a Cassi – plano também de autogestão, do Banco do Brasil, que tem serviços de qualidade e cobra

taxas de administração menores. “Temos uma preocupação especial com as redes nas capitais, porque nesses lugares o plano não tem serviço próprio”, ponderaPedro Barbosa. As visitas às unidades para oferecer o benefício começaram em maio. “Nós vamos para um padrão similar ao do Rio, com bons hospitais econsultórios. Estamos com uma expectativa muito positiva”.

Na lista de prioridades Presidência está a integração de ações de saúde do trabalhador com programas do FioSaúde, como declarou o presidente daFundação, Paulo Gadelha, na primeira reunião deste ano do Conselho Deliberativo. Pedro Barbosa estima investimento em torno de R$ 1,5 milhão ematividades relacionadas a problemas de saúde relacionados às condições de trabalho. “Isso significa aporte de recursos melhor para o FioSaúde e mais cuidadocom saúde do trabalhador”, afirma.

O vice-presidente de Gestão considera importante que mais beneficiários compareçam às assembleias do FioSaúde e ressalta o contínuo esforço para dartransparência à gestão do plano. “Todos os que estiveram lá compreenderam o esforço que está sendo feito, fizeram muitas sugestões e aprovaram o balançode 2012”, disse, sobre a reunião de março. Leila Mello lembra aos servidores que o plano tem canais de comunicação diretos para o beneficiário se queixarou buscar soluções para casos específicos. “O plano é nosso. Se tem algum problema, procure por nós diretamente”.

ar a base de beneficiários e di-minuir o risco. “Nosso desafioé criar novos planos, que se-jam acessíveis e incluam assis-tência odontológica”, anunciao diretor-executivo, que espe-ra oferecer esses produtos jáneste segundo semestre.

PopulaçãoA idade da população de

atendidos pelo FioSaúde e aconcentração de custos em al-gumas pequenas faixas mere-ce atenção especial dos gesto-res. O percentual de beneficiá-rios com mais de 60 anos che-ga a 24,25%, quando a médianesta faixa etária encontradanos demais planos de autoges-tão é de 19,5%. Esta informa-ção está na última pesquisa daUnião Nacional das Instituiçõesde Autogestão em Saúde (Uni-das), de dezembro de 2012. Jáos beneficiários de 80 anos,que representam 1,9% no se-tor de saúde suplementar e4,5% nas autogestões, alcan-çam 5,62% no FioSaúde.

Há uma significativa con-centração na população entre

por profissionaisqualificados”.

Hoje, umafaixa de 550 be-neficiários (4%),doentes crônicoscom idade mé-dia de 65 anos,respondem por23% dos custos.“Nosso objetivoé acompanharas pessoas compatologias jáidentificadas eorientá-las me-lhor para que,com mudançade hábitos, obte-nham o auto-controle. Comisso, evitam asidas e vindas ao pronto-socorroe as internações, que são o mai-or gerador de custos do nossoplano”, afirma Diniz. Cada pes-soa nessa faixa tem custo mé-dio por ano de R$ 13.500, con-tra R$ 2.400 dos demais usuári-os, e se interna com frequênciacinco vezes maior.

*colaborou Leonardo Azevedo

Canal aberto aos beneficiáriosPara falar com o FioSaúde, estão disponíveis o telefone

0800 28 28 878 e o e-mail [email protected], os beneficiários dispõem de mais um canal: o ende-reço eletrônico [email protected], re-cebido e respondido diretamente pela diretora-presidente

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Por Daniela Savagete Talita Barroco

uem passa pela Ave-nida Brasil logo vêem destaque, noalto do grande terre-

no arborizado de Manguinhos,o Castelo Mourisco. Mas nemtodos que avistam o monu-mento, frequentam ou traba-lham no maior campus da Fio-cruz têm a exata dimensão detudo o que funciona lá dentro– e das consequentes dificul-dades de administrar uma áreacom 75 edificações e circula-ção diária de 10 mil pessoas.Acesso, sinalização e locaispara alimentação são algunsdos temas que fazem toda adiferença na rotina de quempassa o dia no campus.

Não por acaso estes temasforam alguns dos mais recorren-tes nas postagens do grupo Idei-as para mudar a Fiocruz, nasci-do durante a campanha elei-toral para a Presidência, emoutubro do ano passado,como uma página no Facebo-ok. O objetivo era reunir pro-postas de toda a comunidadesobre o que poderia melhorarna instituição. Entre ideias,projetos e ações, veja o queestá na pauta de melhoriasem Manguinhos.

Melhorias em ManguinhosRestaurantes, carrinhos elétricos e projeto de sinalização trazem mudanças para o campus

Mais opções dealimentação

Desde o início de maio, ostrabalhadores da Expansão con-tam com novo restaurante no11º andar do prédio, com siste-ma self-service e capacidadepara servir mais de 500 refei-ções por dia. O serviço é admi-

Sinalizaçãorenovada

Até o fim de julho, sairá dopapel o Projeto de Comunica-ção Visual do Campus de Man-guinhos, que prevê a instalaçãode placas direcionais, com no-mes de ruas, de pontos de ôni-bus, identificações de pavilhõese espécies vegetais. Orientar osusuários por meio de mapa ilus-trado, direcionar corretamenteo fluxo de pessoas e de veícu-los e identificar os pavilhões sãoos principais objetivos do proje-to, que substitui a sinalizaçãode dez anos. “A escolha doslocais indicados prioriza as áre-as de assistência em saúde,educacionais e prédios maisprocurados”, explica a diretorade Administração do Campus,

nistrado pela empresa que as-sumiu o restaurante do Campusde Manguinhos, inaugurado emmarço deste ano no segundoandar do Pavilhão Carlos Augus-to da Silva - prédio onde funcio-na o Sindicato dos Trabalhado-res da Fiocruz (Asfoc). Bem mai-or que o restaurante que funci-onava no térreo, o novo espaçooferece 340 lugares e mil refei-

ções diárias.O cardápio dos dois restau-

rantes inclui os mesmos tiposde pratos quentes e saladas,além de comidas regionais outípicas, como cozinha mineirae árabe. O quilo custa R$ 24.As mudanças atendem à de-manda dos trabalhadores pormaior oferta e melhor qualida-de de refeições, com preço

acessível. Outras alterações es-tão previstas. A Casa de Cháestá fechada para reforma. NaEscola Nacional de Saúde Pú-blica Sergio Arouca (Ensp), orestaurante do segundo andarfoi fechado. O serviço, tanto paraeste quanto para o do primeiroandar, será licitado. A data ini-cialmente prevista para conclu-são do processo é novembro.

Therezinha Rodrigues.Para o trabalho, foram fei-

tos levantamento dos prédiose pesquisa dos locais mais pro-curados por usuários, e dese-nhados seis modelos de pla-cas. “Esperamos facilitar odeslocamento dos visitantes”,reforça a desenhista industrialda Dirac Claudia Cunha, queatuou no projeto. Placas commapas ilustrados e abrigos parapontos de ônibus também es-tão contemplados. A simplici-dade é a base do projeto, queteve como uma das metas afácil manutenção com recursosinternos. O material escolhidofoi o aço carbono, reciclável,com a melhor relação custo/benefício. Todo o projeto, queinclui 12 abrigos para pontosde ônibus, material e instala-ção, custou R$ 270 mil.

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No segundo andar do Pavilhão Carlos Augusto da Silva e no oitavo andar da Expansão, novos restaurantes

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Aumento damobilidade

Ao caminhar pelo Campusde Manguinhos, percebe-se umvai e vem de veículos elétricos.Este ano, houve um aumento de60% em relação ao contratoanterior e, atualmente, 40 carri-

nhos estão disponíveis para a ins-tituição. A Diretoria de Adminis-tração do Campus (Dirac), Presi-dência, Casa de Oswaldo Cruz(COC), Farmanguinhos, Bio-Manguinhos e o Núcleo Dirac Ja-carepaguá, no Campus FiocruzMata Atlântica utilizam os veí-culos em suas atividades diárias.

O aumento da frota expan-

diu as opções de transporte co-letivo. Três veículos fazem itine-rário circular e um, o atendimen-to de usuários preferenciais (ido-sos, pessoas com criança decolo, obesos e pessoas com de-ficiência), de 7h30 às 17h30.Cerca de 400 passageiros sãotransportados por dia. “Antes eutinha que ficar esperando o ôni-bus. Agora, o carrinho sempreme salva para chegar ao Ipec”,conta Maria do Carmo Silva, queacompanha o filho em consul-tas no Instituto de Pesquisa Clí-nica Evandro Chagas. O ônibuscom itinerário Ensp-Expansão-Ensp continua circulando em in-tervalos de meia em meia hora.

Transporte dotrabalho para casa

Comemorando um ano defuncionamento em junho, o sis-tema de transporte coletivo doprograma Fiocruz Saudávelsoma hoje 20 linhas de ônibusque circulam por dezenas debairros do Rio de Janeiro e mu-

(Ensp), Pedro Teixeira, e opresidente da Fundação, Pau-lo Gadelha, estiveram reuni-dos no início de junho paradiscutir as sugestões apresen-tadas pelos integrantes dogrupo desde a sua criação,em outubro de 2012. “Esta éuma iniciativa muito relevan-te, que tem gerado propos-tas interessantes, algumas járealizadas pela Fundação,outras factíveis, outras não”,afirmou Paulo Gadelha, res-saltando ainda que o grupo,presente numa página no Fa-cebook, tem se tornado uminteressante caminho paraestimular a participação dostrabalhadores da Fiocruz.

Durante o encontro, Pe-dro Teixeira entregou ao pre-sidente o documento que sis-tematiza as ideias por grau deprioridade e áreas. As propos-tas que compõem o relatórioestão divididas em três eixos:Mobilidade e acessibilidade;Informação, inovação e de-senvolvimento institucional; eObras e infraestrutura. As su-gestões incluem desde proje-tos para a construção de ci-clovias e calçadas em todo oCampus de Manguinhos atéiniciativas que viabilizem no-vas propostas, como a Bienalde Ideias da Fiocruz, eventocom a finalidade de reunirapresentações para uma Fun-dação melhor e sustentável.

O grupo tem 452 inte-grantes ativos nas discussõese 146 ideias cadastradas.“Não existe hierarquia paracompartilhar uma ideia, todospodem participar. O objetivoé proporcionar um sentimen-to de pertencimento nos tra-balhadores”, resume Pedro.

nicípios da região metropolita-na, atendendo, hoje, 866 tra-balhadores da Fundação. Alémdo conforto e segurança no des-locamento diário entre casa etrabalho, o serviço garante ain-da um ganho indireto para todaa instituição: a redução do nú-mero de veículos no Campus deManguinhos.

Segundo o gestor do con-trato do transporte coletivo, Ré-gis Carvalho, hoje 228 trabalha-dores deixam seus carros emcasa para utilizar o transportecoletivo. “Estamos cumprindocom um dos preceitos do pro-grama Fiocruz Saudável no quediz respeito à sustentabilidadeambiental e à mobilidade den-tro do campus”, afirma Régis.

Do lado de foraA Prefeitura da Cidade

do Rio de Janeiro, depois devárias gestões da Presidênciada Fiocruz, atendeu à de-manda dos trabalhadores dainstituição e moradores doentorno e instalou, em 28 demaio, um semáforo em fren-te à saída da Avenida Leo-poldo Bulhões, próxima à Es-cola Nacional de Saúde Pú-blica Sergio Arouca (Ensp).No fim do ano passado, aPrefeitura instalou uma pas-sarela provisória na altura danova saída de pedestres daAvenida Brasil, em frente aoprédio da Expansão.

Ideias paramudar a Fiocruz

O idealizador do grupoIdeias para mudar a Fiocruz,o pesquisador da Escola Na-cional de Saúde Públ ica

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Por Eduardo Muller

Creche Berta Lutz, localizada noCampus de Manguinhos, ga-nhou 50 novas vagas distribuídas

no segmento pré-maternal. A ampliaçãodo local atende as mudanças decorrentesdo ingresso de mais de mil servidores, de2010 para cá, que gerou impacto nas maisdiversas áreas da instituição. “Tivemos con-curso e muitos jovens com idade de terfilhos pequenos ingressaram na Fundação.A demanda cresceu e nenhuma das uni-dades, de Manguinhos e Instituto Fernan-des Figueira, estava dando conta do aten-dimento”, explica Silvia Lacouth, dire-tora da creche.

As vagas criadas com a amplia-ção das dependências da creche já es-tão ocupadas depois de um processoseletivo efetivado a partir de inscri-ções realizadas. “Não existe uma filade espera e sim uma seleção, queleva em conta a renda per capitados pais”, aponta Silvia. Anualmen-te são abertas inscrições para cri-anças do segmento berçário e asturmas avançam de forma con-junta, de acordo com a políticade socialização da creche (vejaquadro de vagas). “As crian-ças que não conseguem entrarno berçário, dificilmente in-gressarão em outras turmas”,comenta a diretora, enfati-zando o ciclo normalmentecumprido pelas crianças nacreche.

A obra de ampliaçãofoi iniciada em dezembrode 2012, coordenadapela Diretoria de Admi-nistração do Campus(Dirac). “Tudo foi feitoem tempo recorde. ADirac foi uma grandeparceira, acertou to-dos os detalhes commuita rapidez e semprejuízo para o bemestar das crianças”,diz Silvia, lembran-do que a definiçãosobre a mudançano espaço físicoaconteceu emsetembro do anopassado, sendoum compromis-so da Presidên-cia e da Direh.

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fotos Peter Ilicciev

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Espaço interativoe novas unidades

A diretora revela ainda quea sede de Bio-Manguinhos, emSanta Cruz, receberá uma novacreche. As obras estão em fasede edificação. Há negociaçõestambém em torno da existên-cia de uma unidade em Far-manguinhos e a inauguraçãode outra creche, com capaci-dade de receber 250 crianças,que funcionará no local queabrigará a futura estrutura doIFF e do Ipec, em São Cristó-vão. “Não existe ainda um pra-zo definido para a concretiza-ção, mas serão projetos queirão vingar”, salienta Silvia.

Para o segundo semestrede 2013, a creche Berta Lutzcontará com mais uma novi-dade: um espaço interativo deciência. “O objetivo é fomen-tar o conhecimento da ciênciana educação infantil, integran-do a educação científica, con-teúdos curriculares específicose as questões tecnológicas esociais”, explica Angela Ma-ria Ribeiro, responsável peloNúcleo de Ensino e Pesquisa.

Entre as metas do proje-to, destaca-se a organizaçãode feiras de ciências, a capa-citação de professores de edu-cação infantil da creche e arealização de um trabalho deacompanhamento avaliativodas práticas na educação dasciências. “Esperamos ser umnorte para instituições de edu-cação infantil no que se tratade ciências e saúde, trazen-do orientações para a cons-trução de novas discussões edisseminação de projetos eestudos que contribuam paraa formação da consciênciacrítica da criança diante dasdescobertas e fatos científi-cos”, afirma Angela.

Olharindividualizado

Símbolo máximo da cre-che Fiocruz, o projeto político-pedagógico rege todas asações executadas no cotidia-no da unidade pertencente àDireh. Uma espécie de consti-tuição que norteia os princípi-

os filosóficos, o desenvolvi-mento e a aprendizagem, aeducação inclusiva e define acreche como sendo um espa-ço de acolhimento.

“Nossa creche diferencia-se no formato de olhar as cri-anças e suas famílias de for-ma individualizada”, afirmaSilvia Lacouth. A diretora ar-gumenta que os profissionaistrabalham com a diversidade,com a presença de diferentespúblicos, tanto do ponto devista econômico, social, cultu-ral, quanto religioso. “A equi-pe passa por constante capa-citação para atender as parti-cularidades de cada criança.

Aqui falamos a verdade comas crianças para que elas pos-sam aprender desde cedocomo é a vida e trabalhar comas alegrias e frustrações”.

Processo deampliação

Um atraso de três mesesna conclusão da obra da cre-che gerou descontentamentode alguns pais que consegui-ram vaga, como é o caso deCátia Corrêa Guimarães, servi-dora da Escola Politécnica deSaúde Joaquim Venâncio (EP-SJV/Fiocruz). “Houve erro deplanejamento e o cronogramamostrou-se inexequível”, la-menta a mãe, questionandoprincipalmente a demora na

Distribuição de vagas na creche deManguinhos em 2013 (já com a ampliação)

Seguimento Capacidade Crianças

Berçário 44 44Pré-maternal 75 74Maternal 75 75Jardim I 75 61Jardim II 52 51Total 321 305

Distribuição de vagas na creche do IFF em 2013

Seguimento Capacidade Crianças

Berçário 12 12Pré-maternal e Maternal 25 25Jardim I e Jardim II 25 14Total 62 51

obtenção de licenças com aPrefeitura do Rio de Janeiro.Cátia queixa-se do tom do dis-curso da direção de RecursosHumanos com os pais que, se-gundo ela, “nos acalmava comfalas otimistas”, impedindo pla-nejamentos individuais das fa-mílias enquanto aguardavam afinalização obra.

Outro pai, o servidor JorgeLuís Gomes Nundes, do Institu-to de Comunicação e Informa-ção Científica e Tecnológica(Icict/Fiocruz), tem críticas e elo-gios. “Houve um otimismo ele-vado no que diz respeito ao ca-lendário, mas a Fiocruz foi trans-parente durante todo o tempo

de realização da obra”, afirma.Ele reconhece que o tema ge-rou desconforto, mas conside-ra que a Fiocruz manteve ocanal de comunicação perma-nente com os pais, buscandouma solução para o impasse.

A servidora do Serviço deGestão do Trabalho (Seget/IOC/Fiocruz), Wania Santiago, con-sidera ter duas vezes mais mo-tivos para estar realizada coma ampliação das dependênciasda Creche Fiocruz. Mãe degêmeos, Wania foi contempla-da com duas vagas e brincaque está “igual à mãe de miss”,misturando sentimentos de fe-licidade e ansiedade com o in-gresso dos filhos. “A crechesempre foi um sonho para mimdevido ao seu alto padrão dequalidade. Queria muito propor-

cionar esse beneficio aos meusfilhos. A garantia das vagas metrouxe tranquilidade”, come-mora.

Wania considerou a condu-ção da obra de ampliação ade-quada e transparente o diálo-go da Fiocruz com o grupo depais que aguardava a conclu-são do processo. “A criação denovas vagas para as criançasprecisa obedecer a uma estru-tura com padrões rigorosos dequalidade a serem atendidos.Esta padronização demandatempo para a adequação damelhor forma de viabilizá-la.Não quero meus filhos na cre-che a qualquer custo”, afirma.

Construçãoe diálogo

O diretor de Recursos Hu-manos, Juliano Lima, salientaque todas as etapas da ampli-ação foram objeto de debatecom as partes interessadas eque a Direh colocou-se dispo-nível para esclarecer as dúvi-das. “Nós entendemos a ansi-edade de alguns pais com amudança no cronograma ini-cial, mas uma obra de grandeporte como a de ampliação dacreche está sujeita a sofrermodificações durante a suaexecução, devido à complexi-dade do projeto”, avalia.

“O diálogo com os paisestá sendo muito importante

para o processo, já que permiteo aprofundamento das discus-sões e a correção de equívocos.Estamos satisfeitos com a am-pliação e com as crianças po-derem desfrutar do novo espa-ço”, afirma Juliano Lima. O pro-jeto foi elaborado e executadopela Diretoria de Administraçãodo Campus (Dirac) e as obrascomeçaram em dezembro de2012, com a atuação de 30 pro-fissionais. Para acelerar o pro-cesso e não comprometer o fun-cionamento da creche foramutilizadas estruturas modulares.Como o terreno é em aclive, foipreciso fazer o nivelamento euma obra de contenção de en-

costa, num período do ano dealta frequência de chuvas.

São mais 413 metros qua-drados divididos em 13 ambi-entes – entre os quais refeitó-rio infantil, cozinha, estoque,sanitários masculinos e femi-ninos, sala de professores, re-feitório de funcionários e va-randa. Em relação às licençaspara construção e retirada deárvores, a diretora da Dirac,Therezinha Rodrigues, afirmaque todas foram solicitadas àPrefeitura no tempo correto. Aslicenças foram liberadas emmarço, de acordo com a buro-cracia interna da Prefeitura.Durante este processo, a equi-pe interna deu continuidade àsobras de infraestrutura no lo-cal e promovendo adaptaçõesdentro da creche.

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NPor Daniela Savaget

o início do século 20,estudiosos brasileirospercorriam os diferen-

tes cantos do país mapeandodoenças: este era o perfil dospesquisadores da Fiocruz, queparticiparam das famosas ex-pedições científicas. As cole-ções biológicas da instituiçãoremontam a tal período, quan-do materiais de variadas regi-ões do Brasil foram coletadose analisados.

Atualmente, a Fundaçãoabriga 29 coleções que reme-tem ao conhecimento acumu-lado ao longo desses anos.São organismos, ou partesdeles, organizados com infor-mações sobre a procedência,coleta e identificação decada um de seus espécimes.“Em campo, o pesquisadorcoleta vários organismos eleva para o laboratório para

identificá-los. O material vaisubsidiar o estudo e auxiliarem outras identificações, apartir de comparações. Assimvai sendo formado um acer-vo, que conta com informa-ções associadas registradaspelo profissional”, explica apesquisadora Manuela da Sil-va, assessora da Vice-Presi-dência de Pesquisa e Labo-ratórios de Referência (VP-PLR) e coordenadora das co-leções biológicas da Fiocruz.

Manuela lembra aindaque, a partir do momento emque o pesquisador publica osresultados de sua pesquisa,começa a ser procurado parafornecer o material coletado.“Outras pessoas se interessampelo material biológico e suasinformações associadas e pas-sam a solicitá-los. Ao disponi-bilizar o material, o pesquisa-dor proporciona um serviço àsociedade”, afirma.

Reconhecimentoinstitucional

Na Fundação, a identifica-ção das coleções, que hoje têmseus acervos abertos para con-sulta, fornecimento e depósitode material biológico, teve iní-cio em 2006, com a criação doFórum Permanente de Cole-ções Biológicas da Fiocruz,composto por repre-sentantes das uni-dades técnico-científicas e daCoordenaçãode Gestão Tec-nológica (Ges-tec). A VPPLRdeu continuidadeao processo, trans-formando o Fórum naCâmara Técnica de ColeçõesBiológicas. “Em 2009, publica-mos uma portaria oficializandoa Câmara Técnica. Em segui-

Coleções biológicas da Fiocruz conservam milhões deamostras e são a base de estruturação do Centro de

Recursos Biológicos em Saúde

Biodiversidadeem questão

da, listamos todas as coleçõesque prestavam serviços, reco-nhecidas institucionalmente”,ressalta Manuela.

O movimento deu ori-gem à lista das 29 coleçõesbiológicas da instituição, quesão divididas em três cate-gorias: microbiológicas, zo-ológicas e histopatológicas.Os exemplares representam

a biodiversidade genéti-ca de bactérias,

fungos, proto-zoários, hel-mintos, inse-tos e molus-cos; além damemória epi-

demiológica eo registro de

variações ocorri-das em agentes ao lon-

go do tempo. Como fontesde recursos genéticos, as co-leções também oferecem ser-viços para a produção de in-

sumos para diagnóstico, va-cinas e medicamentos.

Fiéis depositáriasA importância das coleções

biológicas da Fiocruz vem sen-do reconhecida pelo Ministériodo Meio Ambiente, que já cre-denciou 18 delas como fiéis de-positárias de amostras de com-ponentes do patrimônio da bio-diversidade brasileira. O fato deser fiel depositária faz com quea coleção passe a ter a respon-sabilidade de salvaguardaramostras biológicas e suas infor-mações associadas, resultantesde pesquisas envolvendo aces-so ao patrimônio genético, deacordo com a Medida Provisó-ria 2.186/01/01.

Entre as coleções contem-pladas encontra-se a ColeçãoHelmintológica do InstitutoOswaldo Cruz (CHIOC), a mai-or da América Latina, com 37

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mil amostras. Seu acervo reúnehelmintos de animais da faunabrasileira, representando a bio-diversidade nos biomas da Ama-zônia, Mata Atlântica, Cerrado,Caatinga, Pantanal e Pampa, deáreas urbanas, águas continen-tais e marinhas. A coleção tam-bém possui espécimes oriundosdos cinco continentes, doadospor pesquisadores estrangeiros.

O nascimento do acervo éresultado do trabalho de cam-po dos pesquisadores Gomes deFaria e Lauro Pereira Travassos,e de depósitos realizados porAdolpho Lutz, Oswaldo Cruz eGaspar Viana. “A coleção foi re-ferida pela primeira vez em1913, está completando 100anos de existência. Mesmo an-tes desta data, diferentes hel-mintos já haviam sido coletadose depositados aqui”, diz o cura-dor da coleção, Marcelo Knoff.

Para obter alguma amostrapara realizar pesquisa é precisoentrar em contato direto com osetor. “O interessado deve en-viar um e-mail com a solicita-ção. Ele irá, então, preencherum formulário e encaminharuma carta da instituição a qualpertence sobre a demanda”, ex-plica Knoff. “Nunca empresta-mos o holótipo, que é o maisrepresentativo do es-pécime. Caso a co-leção seja muitoantiga e nãocontenha a in-formação doholótipo, deveser consultadano próprio labo-ratório, que dispõede microscópios paraas análises”, completa.

O curador ressalta, quetambém é possível depositarmaterial na coleção. “Para isso,o pesquisador já precisa ter oseu trabalho aprovado para pu-blicação”, diz.

Coleçõesem diferentesunidades

Outra coleção da Funda-ção também credenciadacomo fiel depositária é a deFungos da Amazônia (CFAM),criada em 2001 no Instituto

Leônidas e MariaDeane (ILMD/Fiocruz Amazo-nas). “Diversosfungos coleta-dos na Amazô-nia como umtodo, sendo amaior parte delesno Amazonas, inte-gram o acervo”, afirma a cura-da da coleção, Ormezinda Fer-nandes. “Atualmente, possuí-mos uma média de 1.200 linha-gens”, completa.

Universidades de outros es-tados, como as federais deMinas Gerais e do Paraná, es-tão entre os principais consul-tores da coleção. “Fazemostrabalhos em parceria, pois vá-rios fungos da coleção aindanão puderam ser identificadosao nível de espécie e analisa-dos quanto ao seu potencial bi-otecnológico. Por isso a impor-tância de ampliar a visibilida-de dessas coleções a partir darelação com outras institui-ções”, diz Ormezinda.

Centro deRecursos Biológicos

em SaúdeCom o objetivo

de melhorar ascondições de in-fraestrutura erecursos huma-nos com foco

em suas cole-ções, e conse-

quentemente am-pliar a visibilidade ci-

tada pela curadora, aFundação tem se dedicado àconstrução de um Centro deRecursos Biológicos (CRB). “OCRB é um conceito razoavel-mente novo, que apareceupela primeira vez em um do-cumento da Organização paraa Cooperação e Desenvolvi-mento Econômico (OCDE), em2001”, afirma Manuela. “Tra-ta-se de uma coleção de cul-turas que presta serviços de ex-celente qualidade ao fornecermaterial biológico autenticado,com procedimento para iden-tificação padronizado, comodepósito e identificação domaterial biológico em confor-

Coleções microbiológicas

Visam a aquisição, preservação, identificação, catalogação e distribuição de micro-organismos para dar suporte à pesquisa e à produção de bioprodutos para diagnóstico,vacina e medicamentos.

- Coleção de Bactérias da Amazônia (CBAM)- Coleção de Bactérias do Ambiente e Saúde (CBAS)- Coleção de Campylobacter (CCAMP)- Coleção de Culturas de Bactérias de Origem Hospitalar (CCBH)- Coleção de Culturas de Fungos Filamentosos (CCFF)- Coleção de Culturas do Gênero Bacillus e Gêneros Correlatos (CCGB)- Coleção de Enterobactérias (CENT)- Coleção de Fungos da Amazônia (CFAM)- Coleção de Fungos Patogênicos (CFP)- Coleção de Leptospira (CLEP)- Coleção de Leishmania (CLIOC)- Coleção de Listeria (CLIST)- Coleção de Micro-organismos de Referência em Vigilância Sanitária (CMRVS)- Coleção Micológica de Trichocomaceae (CMT)- Coleção de Protozoários (COLPROT)- Coleção de Trypanosoma de Mamíferos Silvestres, Domésticos e Vetores (COLTRYP)- Coleção de Yersinia pestis (CYP)

Coleções zoológicas

Atestam a riqueza zoológica das regiões, garantem a denominação de grupos deorganismos e estabelecem a base de informação para análises de distribuição geográfi-ca, diversidade morfológica, relações de parentesco e evolução das espécies.

- Coleção de Artrópodes Vetores Ápteros de Importância em Saúde das Comunidades(CAVAISC)- Coleção de Ceratopogonidae (CCER)- Coleção de Culicidae (CCULI)- Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz (CEIOC)- Coleção de Flebotomíneos (COLFLEB)- Coleção Helmintológica do Instituto Oswaldo Cruz (CHIOC)- Coleção Malacológica do Instituto Oswaldo Cruz (CMIOC)- Coleção de Simulídeos do Instituto Oswaldo Cruz (CSIOC)- Coleção de Triatomíneos do Instituto Oswaldo Cruz (CTIOC)- Coleção de Vetores da Doença de Chagas (COLVEC)- Coleção de Malacologia Médica (CMM)

Coleções histopatológicas

Representam recursos para a compreensão dos estados de saúde e de doença, para arelação das doenças e dos ambientes e para o estudo da influência das doenças noshábitos da sociedade.

midade com re-gulamentos e le-gislações nacio-nais e internaci-onais”, explica.

Dentro daproposta da Rede

Brasileira de CRB,pretende-se estrutu-

rar sub-redes, incluindoa sub-rede Saúde, lideradapela Fiocruz. “O desafio atu-

al é estruturar o CRB-SaúdeFiocruz, que vai reunir algunsacervos inteiros e materiais ce-didos por outras coleções mi-crobiológicas”, afirma Manu-ela. A ideia é ter uma estru-tura física única, com váriosdesses acervos, que esteja to-talmente adequada à biosse-gurança e bioproteção. A pes-quisadora lembra ainda que otermo bioproteção abrange

medidas de segurança e pro-cedimentos para evitar a per-da, roubo e uso indevido deorganismos.

Os interessados em conhe-cer os catálogos virtuais das co-leções biológicas da Fundação,além de outras informações re-ferentes ao CRB-Saúde, podemacessar o Portal Fiocruz. O en-dereço é portal.fiocruz.br/pt-br/content/coleções-biológicas.

Saiba quais são as coleções biológicas da Fiocruz

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Por Leonardo Azevedo

om o aumento doscasos de dengue noBrasil, o governo e a

sociedade civil precisam cadavez mais desenvolver açõesconstantes e concretas para omonitoramento de possíveiscriadouros do mosquitos dadengue. Isso não é diferentena Fiocruz. O Núcleo de Apoioàs Pesquisas em Vetores (Na-pve) faz, desde 2010, o mo-nitoramento contínuo de pos-síveis criadouros dos mosqui-tos vetores da dengue – Ae-des aegypti (primário) e Ae-des albopictus (potencial) – noCampus de Manguinhos.

Com o trabalho, é possí-vel direcionar ações de inter-venção e vigilância, contribu-indo para a saúde de mais de10 mil pessoas que, diariamen-te, circulam pelo campus. “Avigilância contínua dos vetoresda dengue propicia dados con-fiáveis, que irão nortear a ne-cessidade de ações de inter-venção em determinados lo-cais”, ressalta a pesquisadorado IOC, Nildimar Honorio, co-ordenadora do Napve.

O processo de detecção dosvetores da dengue é feito como uso de armadilhas artificiaischamadas ovitrampas, capazesde atrair as fêmeas dos mosqui-tos. São pequenos vasos plásti-cos pretos de floricultura, de 500ml, identificados por etiqueta doNúcleo. Os potes são preenchi-dos com água e infusão de feno(30%), onde fica imersa umapalheta de fibra de madeira. Amistura atrai as fêmeas dos mos-quitos, que depositam ovos napalheta. “É um método sensí-

vel e consolidado no meio cien-tífico, pois é possível detectar apresença do Aedes aegypti mes-mo nas áreas de baixa infesta-ção”, afirma Nildimar.

O monitoramento é feitosemanalmente, sempre às se-gundas-feiras. Os técnicos tro-cam a água dos potes, que sãolavados, e as palhetas são le-vadas para o laboratório doNapve. Lá ocorre a triagem daspalhetas positivas (com ovos dosvetores da dengue) e contagemdos ovos. Depois, estes ovos sãocolocados na água, onde eclo-dem, e as larvas são criadas atéo quarto estágio. A partir daí épossível identificar o Aedes co-letado nas ovitrampas.

As armadilhas estão espa-lhadas em oito áreas do cam-pus, chamadas sentinelas: noHorto; entre a Escola Nacionalde Saúde Pública Sergio Arou-ca (Ensp) e o Instituto de Tecno-logia em Fármacos (Farmangui-nhos); no Instituto Nacional deControle de Qualidade em Saú-de (INCQS); no Instituto de Pes-quisa Clínica Evandro Chagas(Ipec); na Orla do Rio Faria Tim-bó; entre o Centro Tecnológicoem Vacinas (CTV) e o PavilhãoRocha Lima; e nos pavilhõesArthur Neiva e Carlos Chagas.No campus, a predominância éde Aedes albopictus, mas o Ae-des aegypti tem sido encontra-do principalmente nas áreasque fazem fronteira com a co-munidade do entorno.

O monitoramento em bro-mélias ocorre quinzenalmente,em dez canteiros do campus,onde a equipe faz rondas cons-tantes. A busca ativa é sema-nal e os criadouros potenciaisou positivos são eliminados.

Você sabia?Em média, cada Aedes aegypti vive em torno de 30

dias. A fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos decada vez e é capaz de realizar inúmeras posturas no de-correr de sua vida. Os ovos são difíceis de enxergar (têmcerca de 0,4 mm), eclodem em poucos minutos com apresença de água e têm grande resistência ao resseca-mento – há registro de até 450 dias. Por isso a necessida-de de limpar os recipientes com depósito de água limpae não apenas secá-los. Uma vez com o vírus da dengue,a fêmea torna-se vetor permanente da doença. Calcula-se que haja uma probabilidade entre 30 e 40% de chan-ces de suas crias já nascerem infectadas.

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AspiraçãoOutro trabalho realizado

pela equipe do Napve é a reti-rada de mosquitos do ambien-te com o uso de aspiradores.O serviço funciona de acordocom a demanda das unidadese dos trabalhadores, por meioda solicitação ao Núcleo. Ostécnicos vão até o local, aspi-ram o interior do ambiente ea parte externa. Os mosquitoscapturados são depositadosem gaiolas especiais, onde sãoidentificados, separados porsexo e contados. Os Aedesaegypti são criopreservadospara posterior isolamento viral.

“A predominância demosquitos adultos no campuspelo método de aspiração é deCulex quinquefasciatus, masquando capturamos algumAedes, nós precisamos voltaràquele setor, olhar o entornodo local, verificar se dentro noambiente existe algum cria-douro que tenha facilitado a

Vídeo-aulas sobre o Aedes aegypti

Culex quinquefasciatusEspécie de mosquito conhecido como pernilongo

ou muriçoca. Seu criadouro preferencial é em depósi-tos artificiais, no solo ou em recipientes, que conte-nham água com matéria orgânica em decomposiçãoe detritos, apresentndo aspecto sujo e mau cheiro, sem-pre próximo às habitações humanas. O Culex depositaos ovos diretamente sobre a água, em forma de janga-

das. Além de principal transmissor da filariose no Brasil,é o vetor secundário do vírus da doença conhecida como

Febre do Oropouche.

Aedes aegyptiTambém conhecido como mosquito da dengue ou per-

nilongo-rajado, é uma espécie distribuída por quase todoo mundo, com ocorrência nas regiões tropicais e subtro-picais, e depende da concentração humana para seestabelecer. Bem adaptado ao domicílio humano, con-segue reproduzir-se e pôr seus ovos pouco acima donível d’água, em pequenas quantidades de água lim-

pa. É vetor de doenças graves como a dengue e a febreamarela e, por isso, o controle das suas populações é

considerado assunto de saúde pública.

Aedes albopictusVetor secundário do vírus da dengue, apresenta ca-

racterísticas morfológicas semelhantes e a mesma ca-pacidade de proliferação do Aedes aegypti. É motivode preocupação em países do continente asiático, ondeé responsável por surtos da doença. Apesar de nãohaver nenhum registro de exemplares adultos infecta-dos com o vírus da dengue no país, a espécie é alvo de

estudos que monitoram sua população e investigam as-pectos biológicos e ecológicos em comparação aos do

Aedes aegypti.

A colaboração dos trabalhadores, estudantes e visitantes do campus é essencial. Um copodescartável jogado no chão pode virar um criadouro do mosquito. Confira dicas simples para seevitar a dengue:

A caixa d’água totalmente vedada evita a entrada ou saída de mosquitos

Calhas limpas, sem folhas e outras sujeiras evitam o acúmulo de água

Galões, tonéis, poços, latões e tambores devem ser vedados, inclusive aqueles usados paraágua de consumo

Baldes virados com a boca para baixo evitam o acúmulo de água

Lonas usadas para cobrir objetos ou entulho bem esticadas evitam a formação de poças d’água

Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros

Bandejas de aparelhos de ar-condicionado limpas impedem o acúmulo de água

O uso de pratos nos vasos de planta pode gerar acúmulo de água. A utilização de areia parapreenchê-los ou uma lavagem semanal eliminam o problema

manutenção do mosquito ouse no ambiente externo exis-tem criadouros potenciais oupositivos da presença das lar-vas”, enfatiza Nildimar. Apóso término da varredura, o soli-citante recebe um relatóriocom o resultado da aspiraçãoe eventuais recomendações.

Açõesno entorno

Os maiores índices de in-festação pelo Aedes aegypti sãoregistrados em bairros com altadensidade populacional e bai-xa cobertura vegetal, principal-mente em espaços urbanoscom ocupação desordenada,onde as fêmeas têm mais opor-tunidades para alimentação edispõem de mais criadourospara desovar. O Programa deControle da Dengue em Man-guinhos (PCDM), formado porum grupo de pesquisadores daFundação e moradores daárea, promove ações para dis-seminação de informações etécnicas de prevenção e mo-nitoramento do mosquito,com, realização de oficinas efóruns, palestras em escolas eunidades de saúde da região,além da construção coletiva dematerial de divulgação.

Segundo dados da Secre-taria Estadual de Saúde do Riode Janeiro, de 1º de janeiro até25 de maio foram notificados178.765 casos suspeitos da do-ença, número superior ao domesmo período do ano passa-do, quando as notificações fo-ram de 145.078.

O projeto de vídeo-aulas‘Aedes aegypti’ – Introduçãoaos Aspectos Científicos doVetor, do Instituto OswaldoCruz (IOC), foi pensado paraajudar a população a conhe-cer um pouco mais sobre omosquito, a doença e seusimpactos. Os temas tratam deorientações sobre combate aosfocos do mosquito, diferençasentre Aedes aegypti e perni-longo doméstico, informaçõessobre o vírus e dados sobre o

comportamento do mosquito.“Para prevenir é preciso sa-

ber o que fazer, conhecer o quese quer prevenir. E é com esseobjetivo que o projeto foi desen-volvido, reunindo especialistas eresultados de observações devárias instituições de pesquisa eensino do país”, informa a pes-quisadora do IOC Denise Valle,idealizadora do projeto.

Os vídeos estão disponí-veis no site www.ioc.fiocruz.br/auladengue

Diferença entre os mosquitos

Fique por dentro

Caso o trabalhador ouestudante da Fundaçãoencontre um possível foco,basta entrar em contatopelos telefones 2209-2191/2181. O Núcleo deApoio às Pesquisa de Ve-tores (Naspve) é resulta-do da parceria entre o Ins-tituto Oswaldo Cruz (IOC),a Rede Dengue, ligada àVice-Presidência de Am-biente e Promoção da Saú-de (VPAPS), e a Diretoriade Administração do Cam-pus (Dirac).

fotos: Genílton J. Vieira

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O Instituto Nacional deSaúde da Mulher, da Crian-ça e do Adolescente Fernan-des Figueira (IFF/Fiocruz)completou, em abril, 89 anosde muitas conquistas. Em2013, o Instituto passou a re-alizar um novo tratamentopara a síndrome de transfu-são feto-fetal (STFF), queocorre em gestações geme-lares - nas quais a mulherpossui apenas uma placenta

Até abril de 2013, 633 usu-ários da instituição, entre estu-dantes e profissionais, partici-param da Palestra de Políticade Segurança Patrimonial, quedissemina orientações básicasde segurança para o campusManguinhos. Para agendaruma palestra para a sua unida-de, entre em contato com o Ser-viço de Segurança Patrimonial(Seseg), da Dirac, pelo [email protected].

para nutrir os dois fetos embolsas amnióticas distintas. Otratamento é chamado de co-agulação a laser por fetosco-pia das anastomoses vascu-lares e consiste numa inter-venção que, embora cirúrgi-ca, é minimamente invasiva,usualmente realizada em as-sociação com o exame de ul-trassonografia. Especialistasenvolvidos no procedimentoafirmam que, se o diagnósti-

co e o tratamento para aSTFF forem efetuados no iní-cio da gravidez, as chancesde sobrevida de ambos osbebês podem chegar a 65%.Recentemente, o Institutotambém foi designado peloMinistério da Saúde como umdos 28 estabelecimentos emtodo o país habilitados a rea-lizar o teste do suor com do-sagem de cloretos, utilizadono diagnóstico da fibrose cís-

O Instituto de PesquisasEvandro Chagas (IPEC) é anova unidade integrante doPrograma de Coleta Seletivada Fiocruz, promovido pelaDiretoria de Administração doCampus (Dirac). O programaé realizado em quatro fases:levantamento de necessida-des, treinamento da equipe delimpeza do local, implementa-ção da coleta seletiva e pales-tra de sensibilização ambien-tal com os colaboradores. OPrograma de Coleta Seletivajá abrange 77% de coberturana Fiocruz.

SegurançaPatrimonial

Por Cristiane Albuquerque

arte de um importan-te patrimônio da ciên-cia e da saúde dos

brasileiros, quase dizimadodurante o período da ditadu-ra militar, está de volta ao seulugar de origem e ao alcan-ce de todos. Desenhos ana-tômicos, fotos, documentos e

P

ServiçoA exposição integra as atividades do Museu da

Vida da COC/Fiocruz. Até o dia 28 de setembro, avisitação pode ser realizada de terça a sexta-feira,das 9h às 16h30 (com agendamento prévio, pelo te-lefone 21 2590 6747, e aos sábados, das 10h às 16h(visitação livre), na sala 307 do Castelo da Fiocruz,no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro (Av. Bra-sil 4.365).

Anatomia, corpo e saúdesão temas de exposição

instrumentos médicos rarosusados em exames e trata-mentos, além de vacinas an-tigas, reunidos desde o iníciodo século 20 são parte da ex-posição ‘Corpo, Saúde e Ci-ência: o Museu da Patologiado Instituto Oswaldo Cruz’,que abre suas portas para opúblico no dia 6 de junho. Avisitação é gratuita.

A partir de junho, os tra-balhadores do Instituto de In-formação Científica e Tecnoló-gica em Saúde (Icict) que têminteresse de parar de fumarpoderão contar com auxílio

Icict por um ambiente livre de tabaco

tica ou mucoviscidose, doen-ça de origem genética quecompromete, principalmen-te, os sistemas respiratório egastrointestinal. O IFF é con-siderado referência no aten-dimento a portadores de fi-brose cística e realiza, alémdo teste do suor, o teste dadiferença do potencial nasal(DPN), que avalia a funçãoda proteína alterada em usu-ários com a doença.

IFF realiza novo tratamento

Ipec fazcoletaseletiva

A mostra apresenta pe-ças anatômicas, além de ob-jetos e documentos que to-talizam cerca de 100 itensque integram o acervo histó-rico original de algumas dasColeções Biológicas de mai-or valor histórico mantidaspelo IOC e pela Fiocruz: a Co-leção da Seção de AnatomiaPatológica, criada em 1093

especializado. A iniciativa fazparte do planejamento do Ser-viço de Gestão do Trabalho doInstituto, que desde 2006 de-senvolve atividades pontuais desensibilização e conscientiza-

ção sobre tabagismo. A partirde junho, serão promovidasnovas ações voltadas à cons-cientização sobre o consumode cigarro em ambiente cole-tivo. O serviço continuará as

campanhas por um ambientelivre de tabaco e fará uma pes-quisa de opinião com três per-guntas para subsidiar novasações de proteção à saúde dostrabalhadores.

pelo próprio sanitarista Oswal-do Cruz, a partir das amos-tras trazidas da Alemanhapelo pesquisador Rocha Lima;a Coleção de Febre Amarela

(1930-1970), que registra ahistória das epidemias doagravo no país; e a Coleçãodo Departamento de Patolo-gia do IOC, iniciada em 1984.

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Por Jacqueline Boechat

s funcionários do Qui-nino – ou pavilhão Fi-gueiredo de Vasconce-

llos –, assim como todos os usu-ários do Campus de Mangui-nhos, podem comemorar. Osandaimes e tapumes que es-condiam o prédio, desde 2012,foram retirados e agora reve-lam uma fachada completa-mente restaurada. O objetivoprincipal da intervenção foi arecuperação dos revestimentos

Quinino inaugura fachada restaurada

externos, e a padronização einstalação de um sistema dedrenagem dos equipamentosde ar condicionado adaptadosnas esquadrias de madeira,que receberam reparos.

A parte interna tambémmereceu atenção: duas copasforam construídas, sendo queuma delas, que fica no térreo,incluiu a recuperação das cal-çadas internas e a instalação deum deck de madeira no pátiointerno. Completam as ações,a troca das luminárias, realiza-

da em cooperação com a Dire-toria de Administração do Cam-pus (Dirac), a fim de aumentara eficiência e economia deenergia no prédio; a pintura dediversas salas e o aumento dacarga elétrica com a substitui-ção dos painéis elétricos.

Bruno Teixeira de Sá, daequipe de Conservação e Res-tauração do DepartamentoPatrimônio Histórico da Casade Oswaldo Cruz COC/Fiocruz,que atuou como fiscal da res-tauração da fachada, come-

O

Por Nathália Gameiro

Dar visibilidade às pesqui-sas em saúde fomentadas peloMinistério da Saúde. Este é oobjetivo do site Lógicos – Labo-ratório de Gestão e Informaçãoem Saúde, lançado em maioem parceria Ministério da Saú-de, Universidade de Brasília(UnB) e Fiocruz. Na página, ousuário poderá acompanhar oandamento de algumas destaspesquisas, e ter acesso a entre-vistas com pesquisadores de di-versos locais do Brasil. Todo oconteúdo da página foi elabo-rado de forma multimídia, como uso de textos, áudios e vídeos.

A proposta é abordar comuma linguagem mais simplestemas muitas vezes restritos aosmeios científicos e acadêmicos.“O Lógicos é fundamental paranão só comunicar à sociedadeo que o Ministério vem fazen-do na área de pesquisas e pos-sibilitar ao gestor a apropriaçãodessa informação”, afirmouAntônio Carvalho, diretor doDepartamento de Ciência eTecnologia da Secretaria de Ci-ência, Tecnologia e Estratégi-cos do Ministério da Saúde (De-cit/SCTIE/MS).

Carvalho destacou algunsnúmeros que marcam o proje-to, como as mais de 120 en-trevistas realizadas com pes-quisadores, a produção de de-zenas de reportagens e a co-bertura jornalística de eventosda área da saúde. O projetofoi criado em 2011 e vem sen-do desenvolvido pela FiocruzBrasília, pelo Núcleo de Estu-dos em Saúde Pública do Cen-tro de Estudos Avançados Mul-tidisciplinares da UnB (Nesp/Ceam/UnB) e financiado peloDecit. O site Lógicos pode seracessado por meio do endere-ço www.logicosbrasil.com.br.

Site divulgapesquisasem saúde

mora o término das interven-ções: “As obras foram umagrande conquista. Há outrasdemandas já identificadas queserão executadas oportuna-mente, como uma climatiza-ção mais adequada, por exem-plo”. Ele também destaca acooperação dos usuários comoponto positivo nesse processo:“Todos entenderam que aque-las ações, momentaneamen-te desconfortáveis, visavam amelhoria do ambiente de tra-balho”, elogia.

Peter Ilicciev

Peter Ilicciev

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LPor Fernanda Marques

ivros que podem contri-buir para a elaboraçãode monografias, disser-

tações e teses, para o aper-feiçoamento profissional e oenriquecimento da bagagemcultural. No momento em queesta matéria começava a serescrita, já havia 253 dessasobras em acesso livre no por-tal SciELO Livros (http://livros.scielo.org), lançado emmarço de 2012. Ao comple-tar um ano no ar, o projetoapresenta um balanço bas-tante positivo. As editoras daFiocruz e das universidadesFederal da Bahia (UFBA) eEstadual Paulista Júlio de Mes-quista Filho (Unesp), líderesdo consórcio que financia edesenvolve o SciELO Livros,acrescentaram dezenas denovos títulos ao portal.

Juntaram-se à iniciativa aseditoras de outras três univer-sidades públicas – federais daParaíba e de São Carlos (UEPBe UFSCar), e Estadual de Lon-drina (UEL). Uma coleção doJardim Botânico do Rio de Ja-neiro já está disponível e é cres-cente o número de pedidos deavaliação para que novas obrase instituições sejam incluídas.

E o mais importante: todo essematerial está chegando aosleitores. Já foram feitos quase2 milhões de downloads de li-vros completos, sem contar osde capítulos, que podem serbaixados individualmente. To-dos os títulos estão disponíveisem PDF e Epub, formato quepermite adaptar a apresenta-ção do conteúdo em diferen-tes dispositivos usados para aleitura de e-books.

Comercialização

Ao completar um ano noar, o SciELO Livros também trazuma novidade que, emboraprevista desde a concepção doprojeto, talvez surpreenda al-guns usuários. Além dos livrosem acesso livre, o portal passaa oferecer também títulos namodalidade comercial. A co-mercialização é feita por meiode uma parceria com a Kobo(www.kobobooks.com). À pri-meira vista, isso pode parecerum contrassenso, opondo-se àpolítica do SciELO de ampliar edemocratizar o acesso aos co-nhecimentos científicos. Contu-do, as diretrizes continuam asmesmas.

“O objetivo central do Sci-ELO é fortalecer a pesquisa bra-

sileira e a visibilidade, o uso e oimpacto dos seus resultados pormeio da indexação, publicaçãoe disseminação de periódicos elivros de qualidade científica”,reafirma o coordenador do Pro-grama SciELO da Fundação deAmparo à Pesquisa do Estadode São Paulo (Fapesp), Abel Pa-cker. “Quanto à distribuição doslivros, a prioridade do SciELO,em 2013, é maximizar a pre-sença desses títulos em todosos principais índices nacionaise internacionais, com ou semfins lucrativos, de modo quequalquer pesquisador ou usu-ário, em qualquer lugar domundo, possa recuperar, aces-sar e fazer download das obrasde interesse, seja na modali-dade de acesso aberto ou nacomercial”, completa.

Autossustentabilidade

As editoras universitáriasnão buscam o lucro, mas bus-cam a autossustentabilidade fi-nanceira, até mesmo comoforma de assegurar sua auto-nomia editorial. Entre as maisimportantes conquistas das des-sas editoras nas últimas déca-das destaca-se que o livroacadêmico passou a ocupar lu-gares antes só preenchidos por

Um ano de SciELO Livros no ar,dois milhões de downloads

A Editora Fiocruzno SciELO Livros

A Editora Fiocruz, umadas idealizadoras do proje-to, conta com 98 livros dis-poníveis, 84 em acessoaberto – e estes já contabili-zam mais de 830 mil down-loads de obras completas. Otítulo Caminhos da SaúdePública no Brasil, de JacoboFinkelman (org.), lançadoem 2002 e coeditado pelaOrganização Pan-Americanada Saúde (Opas/OMS), é olivro mais acessado não sóda Editora Fiocruz, mas detoda a base SciELO Livros.Recém-Nascido de Alto Ris-co, Os Diários de Langsdorff(vols. 1 e 2) e Um Aprendizde Ciência são outros exem-plos bastante acessados docatálogo da Editora Fiocruz.

publicações de editoras comer-ciais, tanto em eventos literári-os quanto nas estantes, físicase virtuais, de grandes redes delivrarias. Isso representa umenorme ganho na visibilidadee no impacto da ciência, mas,é claro, custo.

A projeção do SciELO échegar ao fim de 2013 com amesma quantidade de livrosnessas duas modalidades, quedevem ser compreendidascomo fases de um mesmo pro-cesso de crescimento continu-ado das coleções de livrosacadêmicos. Hoje, são 253 emacesso livre e 53 estão em aces-so comercial. “A decisão depublicar em acesso aberto oucomercial é da editora respon-sável. Junto a elas, o SciELOvem promovendo diferentes li-nhas de ação para ampliar asfontes de financiamento e adisponibilidade de livros emaceso livre”, explica Packer.

Por determinação das edi-toras, alguns livros podem sercolocados diretamente emacesso livre, enquanto outroscomeçam em acesso comer-cial, mas, após um tempo, sãoabertos. O planejamento podetambém resultar na seleçãode títulos que continuarãosendo impressos ou que pas-

sarão a ser produzidos somen-te sob a forma de e-books.Um grande diferencial doSciELO Livros é que todos ostítulos, em qualquer modali-dade, são aprovados por umComitê Consultivo, que bus-ca atestar a qualidade cien-tífica e a relevância das obraspublicadas.