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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nº 175982 Curso básico de injeção de plástico Jorge Luís Marques Garcia Júlio César Pestana Palestra ministrada nas empresas: NB – Confecções e Comércio – EIRELI; Pires Confecções e Comércio - EIRELI; Borba Confecções e Comércio - EIRELI; Carvalho Confecções e Comércio - EIRELI. A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________ Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970 São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901 Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099 www.ipt.br

COMUNICAÇÃO TÉCNICA · fazer com que um material possa contrair até menos do que alguns materiais amorfos, mas tudo dependerá do percentual de carga utilizado. Fatores que influenciam

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  • COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Nº 175982

    Curso básico de injeção de plástico Jorge Luís Marques Garcia Júlio César Pestana

    Palestra ministrada nas empresas: NB – Confecções e Comércio –EIRELI; Pires Confecções e Comércio - EIRELI; Borba Confecções e

    Comércio - EIRELI; Carvalho Confecções e Comércio - EIRELI.

    A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________

    Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT

    Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970

    São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901 Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099

    www.ipt.br

  • Curso Básico de Injeção de Plástico

    Jorge Luís Marques Garcia

    Júlio César Pestana

  • Público alvo

    Operadores,

    líderes,

    encarregados e

    supervisores de fábrica.

  • Objetivo

    Estimular o interesse do participante a

    desenvolver-se nesta área, por meio do

    conhecimento básico de materiais plásticos

    e noções sobre o processo de injeção de

    plásticos.

    Conscientizar os participantes, a utilizar de

    forma adequada o equipamento, molde

    material.

  • Conteúdo Programático

    Introdução;

    1 - Plásticos em geral;

    2 - Processamento;

    3 - Características do processamento;

    4 - Identificação dos materiais plásticos;

    5 - Segurança das máquinas injetoras; 6 - Fundamentos da injeção;

    7 - Processo de injeção;

    8 - Ciclo de Injeção;

    9 - Guia de Problemas e Soluções;

    10 – Bibliografia.

  • 1 - Plásticos em geral

    Os plásticos fazem parte da família dos

    polímeros que são formados por

    macromoléculas caracterizadas pela

    repetição múltipla de uma ou mais unidades

    químicas simples, os monômeros, sendo

    unidas entre si por reações químicas

    chamadas de reações de polimerização.

  • Termoplásticos

    Os termoplásticos possuem a propriedade de tornarem-se moles e pastosos durante a ação contínua do calor, endurecendo somente com o resfriamento. Desta forma, pode-se reaproveitar o material quantas vezes forem necessárias, dependendo de três fatores:

    Qualidade do produto;

    Condições de processamento;

    Tipo de material.

  • Termoplásticos

    À medida que processamos e reciclamos o

    material plástico, nota-se a diminuição nos

    valores de suas propriedades físicas,

    mecânicas e químicas, deixando o produto

    final com qualidade inferior ao que foi

    processado com material virgem.

  • Classificação

    Devido a grande variedade de materiais poliméricos

    existentes, torna-se necessário selecioná-los em

    grupos que possuam características comuns.

    Portanto, iremos dividir apenas em dois grupos, a

    saber:

    Os termoplásticos e os termofixos.

    Porém, apenas os termoplásticos serão objetos de

    estudo neste curso.

  • Termoplásticos

    Os termoplásticos são classificados em

    homopolímeros, copolímeros e blendas, e, de

    acordo com a sua estrutura, poderão ser

    amorfos ou cristalinos.

    Homopolímero

    É obtido a partir de um só tipo de monômero.

    Ex.: Polietileno, Polipropileno, Poliestireno,

    PVC, Poliacetal, etc.

  • Copolímero

    É obtido a partir de dois monômeros diferentes.

    Ex: SAN, EVA, PP Copolímero (Propileno + Etileno), Poliacetal copolímero, etc.

    Blenda

    Resulta da mistura entre dois polímeros

    diferentes; trata-se de uma mistura física e não

    química.

    Ex: NORYL (PPO + PS), XENOY (PC + PBT),

    TERMALOY (ABS + PC), ETC.

  • Blenda

    Polímero A

    Polímero

    Blenda

    B

    A B

  • Termoplásticos

    De acordo com o arranjo molecular, os

    termoplásticos podem ser divididos em

    AMORFOS e CRISTALINOS.

    Amorfos

    São materiais plásticos onde as diversas

    macromoléculas estão dispostas

    desordenadamente. As distâncias entre as

    moléculas e as cadeias são irregulares criando

    espaços vazios, que permitem a passagem de

    luz dando impressão de transparência.

  • Amorfos

    Ex: Polimetacrilato de metila (Acrílico),

    Policarbonato, Poliestireno Cristal e SAN.

    A incorporação de aditivos, elastômeros ou cargas

    retiram a transparência de alguns polímeros

    amorfos; temos como exemplo o PSAI, ABS e o

    PVC.

    Cristalinos

    Têm como característica o arranjo ordenado de

    suas moléculas que impedem a passagem da luz,

    dando a impressão de material opaco ou branco.

    Ex: Polietileno, Polipropileno, Poliacetal, PA (6 e

    6.6), PBT e PET (que são Poliésteres).

  • 2 – Processamento - Conceito

    Moldagem por injeção é um processo cíclico de

    transformação de termoplásticos, é uma

    adaptação do processo de fundição de metais e

    abrange as seguintes etapas:

    Aquecimento e fusão da resina;

    Homogeneização do material fundido;

    Injeção do extrudado no interior da cavidade

    do molde;

    Resfriamento e solidificação do material na

    cavidade.

  • Processamento - Conceito

    A resina deverá ser isenta de umidade e

    colocada no funil de alimentação, o qual deve

    estar constantemente tampado para evitar

    poeira.

    As peças injetadas são separadas do canal de

    injeção e inspecionadas pelo operador

    enquanto se inicia outro ciclo.

    Os canais de injeção são moídos e retornados

    ao processo numa proporção preestabelecida.

  • 3 - Características de processamento

    Para se efetuar o processamento adequado de um

    material é necessário conhecer algumas propriedades

    como veremos a seguir:

    Fluidez

    Fluidez é o grau de facilidade com que o material

    plástico escoa no interior do cilindro de plastificação e

    preenche as cavidades do molde.

    Para cada processo existe uma faixa de fluidez

    adequada.

    O processo de injeção utiliza-se de uma faixa de índice

    de fluidez que vai desde 2 g/10 min. a 30 g/10 min.

  • Plastômetro

  • Viscosidade

    Viscosidade é o grau de dificuldade com que o material

    plástico escoa no interior do cilindro de plastificação e

    preenche as cavidades do molde.

    Podemos concluir que, quando a fluidez é alta, a

    viscosidade é baixa; e quando a viscosidade é alta, a

    fluidez é baixa, de onde se conclui que, uma é o inverso

    da outra.

  • Temperatura de processamento

    É a diferença entre a temperatura de

    amolecimento e a temperatura de degradação

    do material plástico.

    Para se regular uma injetora, é necessário

    conhecer a temperatura de processamento do

    material que será injetado, pois cada material

    possui uma temperatura de processamento

    específica e adequada ao seu processamento.

    Temperatura de amolecimento

    Temperatura de processamento

    Temperatura de degradação

    Material sólido Material pastoso Material degradado

  • Contração

    É a diferença entre as dimensões do produto acabado e

    as dimensões da cavidade do molde, cujo valor é dado

    em porcentagem (%).

    No projeto do molde, bem como na sua construção,

    deve-se sempre levar em conta a contração do material

    especificado para o produto.

    A contração é uma propriedade diretamente relacionada

    às dimensões do produto, portanto, em peças cujas

    tolerâncias sejam muito pequenas (décimos, centésimos

    ou milésimos de milímetro), além da contração do

    material, o regulador ou preparador de máquina deverá

    possuir conhecimento do equipamento e dos parâmetros

    de processo que influenciam nesta propriedade.

  • Fatores que influenciam na

    contração

    A matéria-prima

    Em relação à matéria-prima, os materiais cristalinos

    contraem mais que os amorfos, mas também sofrem

    a interferência das cargas que, quando incorporadas,

    reduzem a contração em função do porcentual

    utilizado.

    As cargas normalmente utilizadas são: o talco, o

    carbonato de cálcio e a fibra de vidro, que podem

    fazer com que um material possa contrair até menos

    do que alguns materiais amorfos, mas tudo

    dependerá do percentual de carga utilizado.

  • Fatores que influenciam na

    contração

    O processo

    Alguns parâmetros de injeção têm influência direta na

    contração, ou seja:

    Quanto maior a pressão de injeção, menor será a

    contração;

    Quanto maior o tempo de injeção e resfriamento,

    menor será a contração;

    Quanto maior a temperatura do material, maior será a

    contração.

  • Fatores que influenciam na

    contração

    Moldes de injeção

    A refrigeração do molde é o item que tem mais

    influência na contração, como também a espessura

    de parede e o ponto de injeção da peça.

    A temperatura do molde deve ser controlada e

    ajustada adequadamente a cada tipo de material.

    Em relação à contração pode-se dizer que:

    Quanto maior a temperatura do molde, maior

    será a contração;

    Quanto maior a espessura da parede da peça

    (mais massa), maior será a contração;

    Quanto maior o ponto de injeção (“gate”),

    menor será a contração.

  • Higroscopicidade

    É a capacidade que um material tem para absorver

    água.

    Ao se processar um material com umidade, este

    formará vapores no interior do cilindro de injeção

    (“canhão”), podendo apresentar manchas, bolhas,

    estrias esbranquiçadas, prejudicando a qualidade do

    produto. Em alguns materiais poderá haver perda das

    propriedades elétricas, mecânicas e químicas,

    inviabilizando a fabricação de produtos que

    dependam dessas características.

  • Higroscopicidade

    Para alguns casos a umidade não permite o

    processamento do material; este é o caso da PA (nylon)

    e do PET, portanto, há a necessidade de estufar alguns

    materiais, caso eles não tenham sido estufados pelo

    fornecedor, ou no caso de material reciclado.

    Alguns fatores fazem variar o tempo e a temperatura de

    estufagem:

    A posição geográfica da empresa;

    O tipo de estufa utilizada;

    Calibração do pirômetro;

    O tipo da matéria-prima.

  • Tabela de processamento de

    matéria-prima

    Material Classificação Contração

    (%) Temp. de

    Processo (C) Secagem (C / h)

    PEAD Cristalino 2 a 4 170 a 280 -

    PEBD Cristalino 1,5 a 3 160 a 250 -

    PP Cristalino 1 a 3 180 a 260 -

    PS Amorfo 0,4 a 0,6 180 a 230 -

    PSAI Amorfo 0,4 a 0,7 180 a 250 -

    SAN Amorfo 0,4 a 0,7 190 a 260 80 / 3

    ABS Amorfo 0,4 a 0,8 190 a 250 80 / 3

    PVC Amorfo 0,3 e 2 130 a 200 -

    PA Cristalino 1,5 e 4 210 a 290 80 / 4

    POM Cristalino 2 a 3 180 a 230 80 / 2

  • Tabela de processamento de

    matéria-prima

    Material Classificação Contração

    (%) Temp. de

    Processo (C) Secagem (C / h)

    PC Amorfo 0,4 a 0,8 250 a 320 120 / 5

    PMMA Amorfo 0,2 a 0,8 180 a 260 90 / 5

    CA Amorfo 0,3 a 0,7 170 a 250 80 / 2

    PET Cristalino 1 a 2 250 a 290 140 / 5

    PBT Cristalino 1,5 a 2 230 a 270 120 / 4

    EVA Cristalino 0,8 a 2,2 130 a 240 -

    PU Cristalino 0,8 a 1,5 180 a 250 110 / 2

  • Densidade

    É a quantidade de massa existente em um determinado volume à temperatura t, expressa em quilograma por metro cúbico, grama por centímetro cúbico ou grama por milímetro cúbico.

  • Tabela de densidade

    Materiais Plásticos Densidade (g/cm3)

    Polietileno de Alta Densidade (PEAD) 0,96

    Polietileno de Baixa Densidade (PEBD) 0,92

    Polipropileno (PP) 0,90

    Poliestireno Cristal (PS) 1,04

    Poliestireno de Alto Impacto (PSAI) 1,05

    Estireno Acrilonitrila (SAN) 1,10

    Acrilonitrila -Butadieno – Estireno (ABS) 1,10

    Policloreto de Vinila (Plastificado) (PVC) 1,20

    Policloreto de Vinila (Rígido) (PVC) 1,40

    Poliamida (Nylon) (PA) 1,15

  • Tabela de densidade

    Materiais Plásticos Densidade (g/cm3)

    Poliacetal (Homopolímero) (POM) 1,42

    Poliacetal (Copolímero) (POM) 1,41

    Policarbonato (PC) 1,20

    Acetato de Celulose (CA) 1,30

    Polimetilmetacrilato (Acrílico) (PMMA) 1,20

    Polibutileno Tereftalato (PBT) 1,35

    Polietileno Tereftalato (PET) 1,30

  • 4 - Identificação dos materiais plásticos na combustão

    Tipo de Polímero Facilidade de

    queima Característica da

    chama Comportamento do

    material Odor

    (PET) Polietilenotereftalato

    Moderada Amarelo, ligeira fumaça

    preta Funde, goteja. Aromático

    (PE) Polietileno Rápida Amarela, fundo azul. Funde e goteja. Parafina queimada

    (PVC) Policloreto de vinila

    Difícil Alaranjada, fundo

    verde. Escurece rapidamente, amolece e decompõe.

    Chuveiro queimado

    (PP) Polipropileno Rápida Amarela, fundo azul. Funde e goteja. Parafina queimada,

    mais azeda que o (PE)

    (PS) Poliestireno Rápida Amarela laranja,

    fuligem preta.

    Amolece e forma bolhas; carboniza rapidamente.

    Borracha queimada

    (PC) Policarbonato Difícil Amarela, fumaça cinza. Amolece, borbulha e carboniza.

    Remédio

    (PMMA) Poli (metacrilato de metila)

    Acrílico Rápida

    Luminosa, alguma fuligem.

    Amolece e decompõe-se.

    Alho

    (ABS) Acrilonitrila – Butadieno - Estireno

    Moderada Amarela laranja,

    fuligem preta.

    Amolece e forma bolhas, carboniza rapidamente e não goteja.

    Borracha queimada, pneu queimado.

  • 4 - Identificação dos materiais plásticos na combustão

    Tipo de Polímero Facilidade de

    queima Característica da

    chama Comportamento do

    material Odor

    (SAN) Estireno - Acrilonitrila

    Rápida Amarela laranja,

    fuligem preta.

    Amolece e forma bolhas, carboniza rapidamente.

    Borracha queimada, mais forte que o PS.

    (POM) Poliacetal Moderada Azulada clara sem

    fumaça.

    Funde, goteja e a chama acompanha o gotejamento.

    Formol (ardido), lacrimejando os olhos.

    (PA) Poliamida - Nylon Moderada Azul, topo amarelo. Funde, goteja e as gotas continuam a queimar.

    Pena e cabelo queimado

    Algumas precauções devem ser tomadas para este teste:

    Utilizar somente pequenos pedaços da amostra;

    Utilizar uma pinça ou um alicate para segurar a amostra;

    Estar sobre uma superfície não inflamável, preferencialmente metálica;

    Não aspirar próximo da amostra enquanto estiver queimando;

    Aspirar com cuidado.

  • 5 - Segurança das máquinas injetoras

    São consideradas áreas de risco de uma máquina injetora:

    1- Área do molde;

    2- Área da unidade de injeção;

    3- Área do mecanismo de fechamento;

    4- Área de alimentação da matéria-prima;

    5- Área dos extratores da máquina e do molde;

    6- Área das resistências de aquecimento;

    7- Área de descarga.

  • Segurança das máquinas injetoras

    Dispositivo de segurança de acionamento mecânico:

    Esse dispositivo consiste em uma trava, cujo movimento é controlado pela porta frontal, impedindo o fechamento do molde, com a porta aberta, caindo entre a placa móvel e a placa fixa ou entre os dentes da barra de segurança.

  • Segurança das máquinas injetoras

    Dispositivo de segurança de acionamento

    elétrico:

    Esse dispositivo é composto por chaves de

    fim de curso que são instaladas nas portas

    frontal e traseira das injetoras, interrompendo

    o movimento do molde e/ou o funcionamento

    das bombas.

  • Segurança das máquinas

    injetoras

    Dispositivo de segurança de acionamento

    hidráulico:

    Esse dispositivo fica instalado na porta

    frontal, acionando uma válvula de came, faz

    com que o óleo direcionado para o cilindro

    hidráulico de fechamento, seja desviado para

    o reservatório, impedindo o fechamento da

    máquina.

  • Segurança das máquinas injetoras

    Dispositivo de segurança de acionamento

    hidráulico:

    Para que o operador possa ter acesso a uma área de risco, a

    máquina injetora deverá possuir

    pelo menos dois dispositivos de

    segurança ativos e operantes, para

    impedir o funcionamento da

    máquina enquanto o operador

    estiver atuando na área de risco.

  • 6 - Fundamentos de injeção

    Força de Fechamento

    A área projetada total da peça determina a força

    de fechamento necessária para manter o molde

    fechado durante a injeção. Pode-se visualizar

    esta área projetada como a sombra de uma

    peça injetada que cai sobre um plano paralelo.

    É importante notar que a área projetada inclui

    os canais.

    Força de fechamento = Área projetada das

    moldagens (cm²) x (⅓ a ½) da pressão da

    injeção (kg/cm²).

  • Força de fechamento

  • Pressão de Injeção

    Para determinada pressão da rosca, a pressão

    exercida nas cavidades dependerá da peça a ser

    injetada (relação direta) e da viscosidade do

    material (relação inversa). Secções espessas

    requerem forças de fechamento maiores, pois o

    material permanece semifluido por mais tempo

    durante a injeção. O mesmo acontece com altas

    temperaturas do material, moldes quentes,

    entradas amplas, ou quando é empregada

    grande velocidade de injeção. Geralmente na

    prática, usam-se cerca de três toneladas de

    fechamento para cada polegada quadrada de

    área projetada da peça.

  • Pressão de injeção

    Cálculo da pressão de injeção: Pressão de injeção (kg/cm²) = [Pressão manométrica

    da linha hidráulica de injeção (kg/cm²)] x [di² / dp²].

    Onde:

    Pressão di = Diâmetro do cilindro hidráulico

    de injeção (cm).

    dp = Diâmetro da haste do cilindro de injeção

    ou da rosca (cm).

  • Balanceamento das cavidades

    A distribuição das cavidades dentro do molde deve

    considerar os diferentes caminhos que o material

    percorre ao atingi-las, por isso distribuem-se as

    cavidades em torno do canal de distribuição, de modo

    que seja utilizada a menor pressão de injeção

    possível para preenchimento de todas as cavidades

    do molde.

    Moldes desbalanceados resultam em peças falhadas

    ou cheias de rebarba, processo de injeção instável,

    perda de produtividade e vida útil do molde reduzida.

  • Ao iniciar o processo de injeção,

    observe:

    1 - Uma boa peça injetada, só pode ser conseguida com a combinação correta de máquina, molde e material.

    2 - Também a máquina, mesmo tendo o melhor projeto e

    técnica de processamento, várias possibilidades de

    comando e regulagens, e alta produção, não será a

    ideal, se:

    O molde for projetado erradamente ou sua execução

    mal feita;

    A temperatura não for controlada corretamente;

    O rendimento e a velocidade do molde não se

    harmonizem com a máquina;

    O material não for preparado corretamente (pré

    secagem).

  • 3 - Antes de efetuar a regulagem da máquina, levar em consideração as variáveis do material e da

    peça, ao invés de considerar valores de

    referência fixos.

    4 - Preencha e modele a peça com atenção.

    5 - Deve-se considerar o controle do molde, já que é

    nele que nasce a peça.

    6 - Ajustando a máquina para produzir.

    7 - Ordem e sistema de trabalho resultam em

    produtividade.

    8 - Segurança no trabalho: as mãos não são tão

    fortes quanto a força de fechamento da

    máquina.

  • 7 - Processo de injeção

    1 - A preparação: que peça, molde, máquina e material?

    2 - A preparação da máquina: fixação do molde / ajuste

    da unidade de fechamento;

    3 - Ajuste da unidade de injeção;

    4 - Ajuste do comando da máquina;

    5 - Início do processo de injeção:

    Uma vez verificados todos os ajustes, passar a

    injeção de manual, para semi automática.

    Raramente primeira injeção é aproveitável, mas

    em seguida deve-se otimizar os ajustes.

  • 8 - Ciclo de injeção

    O processo de moldagem por injeção possui várias etapas para que se estabeleça o ciclo de injeção:

    Velocidade de fechamento;

    Cursos de Amortecimento;

    Segurança do Molde: funcionamento da segurança do molde;

    Pressão de fechamento ou travamento.

    Fechamento do molde

  • Fechamento do molde

    Velocidade de fechamento;

    Cursos de Amortecimento;

    Segurança do Molde: funcionamento da segurança do molde;

    Pressão de fechamento ou travamento.

  • Avanço da unidade de injeção

    Velocidade de encosto do bico de injeção;

    Pressão de encosto do bico de injeção;

    Curso de encosto do bico de injeção;

    Exemplo:

    Se programarmos 9, não injetará;

    Se programarmos 12, a injeção se

    fará do bico encostar no molde;

    Teremos que programar 10 ou 11.

  • Recalque Pressão de recalque;

    Tempo de recalque.

    Velocidade de injeção;

    Pressão de injeção;

    Tempo de injeção.

    Avanço da unidade de injeção

    (Continuação)

  • Dosagem

    Velocidade de dosagem:

    Depende de duas outras regulagens, a

    temperatura e a contra pressão, sendo uma

    consequência das duas;

    Limite de dosagem ou carga:

    Quando o limite de dosagem for maior do que o necessário para o preenchimento da peça

    sobrará material no bico da rosca, a esta sobra

    se da o nome de “colchão”.

  • Contra pressão

    É a pressão hidráulica aplicada na parte traseira do

    atuador de injeção, que a rosca tem de vencer para

    poder retornar.

    A contra pressão é normalmente utilizada para

    homogeneizar o material em estado fundido,

    influenciando diretamente na plastificação.

    A regulagem da contra pressão deve levar em

    consideração a temperatura da massa fundida.

    A dosagem deve ser regulada de forma que

    aconteça antes de terminar o tempo de resfriamento

    da peça, lembrando que a rotação da rosca e a

    contra pressão devem ser reguladas em conjunto.

  • Descompressão

    A descompressão consiste em retornar a

    rosca, por ação hidráulica, sem que esta gire,

    ao término do curso de dosagem. Assim, a

    rosca faz a descompressão do material

    acumulado na câmara de dosagem evitando o

    seu escorrimento pelo bico;

    Não se deve utilizar um retorno muito longo,

    pois isto gera um acumulo de ar na câmara de

    dosagem, provocando bolhas e manchas na

    peça.

  • Recuo da unidade de injeção

    Quando o contato da bucha de um molde

    com o bico de injeção, provoca constantes

    resfriamentos no bico, no final da dosagem

    ou da descompressão, adota-se o recuo da

    unidade de injeção. Ao efetuar o recuo da

    unidade de injeção não permitir que este

    recuo seja muito curto ou muito longo, para

    não aumentar o ciclo total da peça.

  • Abertura do molde

    Tempo de resfriamento;

    Velocidade de abertura;

    Amortecimento de abertura;

    Limite de abertura.

  • Extração da peça

    Velocidade de extração;

    Pressão de extração;

    Curso de extração;

    Extrator com repetição.

  • Tempo de reciclo

    É também chamado de espera, pausa, saída,

    fechamento ou tempo de molde aberto;

    Sempre que a máquina estiver trabalhando em

    ciclo automático esse tempo deve ser

    regulado; não poderá ser curto demais e nem

    muito longo evitando ciclos elevados; deverá

    ser o suficiente para que a peça caia antes do

    fechamento do molde.

  • 9 - Defeitos e possíveis soluções

    Linha de solda / fluxo;

    Manchas;

    Rechupe;

    Produto quebradiço;

    Delaminação;

    Baixo brilho;

    Difícil extração;

    Alta contração / problemas na montagem;

    Bolhas;

    Pontos de queima;

    Peças com rebarbas;

    Ciclo de injeção alto.

  • 10 - Bibliografia

    Riopol – Curso básico intensivo de plásticos.

    Ipiranga química – Guia de problemas e soluções.

    Braskem – Problemas e soluções.

    Polibrasil – Moldagem por injeção.

    Elia Behnke – Apostila de Moldagem por injeção.

    SENAI Mário Amato – Apostila do Curso Técnico em Plásticos.

    Escola LF – Operador técnico em Injeção de plásticos.

    Inyección de plásticos – Editorial Gustavo Gili, S.A. – Barcelona – 1973.

    Autor: Walter Mink – Miembro de La Society of Plastics Engineers Inc. (USA).

  • Participaram da elaboração deste curso: Jorge Garcia

    Júlio Pestana

    Marco Lima

    Maurício Santos

    William Klumpp

    Participação especial:

    Dr. Vicente Mazzarella

    Dra. Mari Katayama

    Henrique Seguchi

    Amilcar Gonçalves

    Paulo Fernandes

    Izilda Martins

    Sueli Meneguelo

  • Muito obrigado a todos os

    participantes deste curso!

  • FIM

    capa175982Curso Básico de Injeção de Plástico Santa Clara