Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nº 175731
A indústria cerâmica no Brasil: mercado, tecnologia e oportunidade Marsis Cabral Junior
Palestra ministrada na Faculdade de Campinas, 2018 A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou
Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970 São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901
Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099
www.ipt.br
Marsis Cabral Junior
Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação
Geoambiental – Labgeo / CTGeo
A INDÚSTRIA CERÂMICA NO BRASIL:
MERCADO, TECNOLOGIA E OPORTUNIDADES
Campinas, Outubro de 2018
M. Cabral Junior (2018)
OBJETIVO
Apresentar um perfil da indústria cerâmica
brasileira, abordando para alguns segmentos
selecionados características da estrutura produtiva e
de mercado, bem como alguns desafios para o seu
desenvolvimento sustentado.
M. Cabral Junior (2018)
SETORES CERÂMICO
O setor cerâmico é amplo e heterogêneo:
especialização e estrutura produtiva, tecnologia e mercado
Cerâmica Vermelha ou Estrutural
Revestimento
Cerâmica Branca - Louça Sanitária
(Louça de Mesa, Cerâmica Técnica)
Cerâmica Refratária e Isolante Térmico
Abrasivos
Colorifícios - Fritas e Corantes
Cimento
Vidro Fonte: ABC – www.abceram.org.br
M. Cabral Junior (2018)
SEGMENTOS SELECIONADOS
Cerâmica Vermelha, Revestimentos e Louça Sanitária
Estão entre os segmentos mais dinâmicos da Indústria
Cerâmica e fazem parte do conjunto de cadeias produtivas
que compõem o Complexo da Construção Civil.
Dimensão – faturamento anual estimado :
R$ 20,0 bilhões
M. Cabral Junior (2018)
CONTEXTUALIZAÇÃO:
REGIONALIZAÇÃO DO SETOR MÍNERO-CERÂMICO
A indústria cerâmica vem apresentando nos últimos
anos uma tendência de interiorização e regionalização
de sua produção, em busca de mercados emergentes
e novas bases de competitividade.
FATORES CRÍTICOS DE COMPETITIVIDADE
Mercado: regiões com demandas emergentes
Matérias-Primas e Fornecedores Qualificados
Incentivos Fiscais, Financeiros e de Acesso a Jazidas
Energia: disponibilidade de fontes energéticas
(GN – Revestimentos e Sanitários)
Infraestrutura (malha viária, portos, aeroportos, telecomunicações)
SETOR CERÂMICO
M. Cabral Junior (2018)
Disponibilidade de Informações e Políticas Focadas
Redes de Capacitação, Apoio Tecnológico e Suporte
Empresarial
M. Cabral Junior (2018)
Aglomerações Produtivas Mínero-Cerâmicas
Tendência de concentração geográfica do setor
Proximidade de mercados
Fator geológico - disponibilidade de matérias-primas
Infraestrutura
Cultura empresarial
Tem conduzido a polarização do setor cerâmico em territórios
específicos, levando a constituição de polos industriais.
Em determinadas regiões, essas aglomerações de empresas
chegam a constituir o que se vem conceituando como:
Arranjos Produtivos Locais – APLs (base mineral)
M. Cabral Junior (2018)
APLs
São aglomerações de empresas e empreendimentos, localizados em
um mesmo território, que apresentam especialização produtiva,
algum tipo de governança e mantêm vínculos de articulação,
interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores
locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições
de crédito, ensino e pesquisa.
Implantação de
novas empresas
- caso dos
fornecedores de
matérias-primas
naturais e
sintéticas
M. Cabral Junior (2018)
REGIONALIZAÇÃO DO SETOR MÍNERO-CERÂMICO
Acompanhando a evolução dessa indústria ocorrem reestruturações de outros segmentos da cadeia produtiva:
Fornecedor de Matérias-Primas e
Insumos
Usuário
Pequenas Construtoras
Distribuição Atividade
Principal
Atacadista
Treinamento e Capacitação
Companhias de Engenharia
engenhar
Auto
Construção
Mineração argila, caulim, filito,
feldspato
Calorifícios
(esmaltes e fritas)
Fornecedores
equipamentos e
acessórios
Serviços de Apoio tecnologia, design, financeiro,
manutenção
Indústria
Cerâmica
Loja Especializada
Home Center
Colorifícios
(esmaltes e fritas)
INVESTIMENTOS EM OBRAS, BRASIL, EM R$ MILHÕES CONSTANTES
M. Cabral Junior (2018)
Fonte: Fiesp / Ex Ante Consultoria Econômica. a preços de 2017.
M. Cabral Junior (2018)
EVOLUÇÃO FATURAMENTO REAL DOS SETORES DE EXTRAÇÃO DE PEDRA E AREIA E
DAS INDÚSTRIA DE PRODUTOS MINERAIS NÃO METÁLICOS - R$ MILHÕES
AUMENTO DE 45,6%
ENTRE 2007E 2014
QUEDA DE 29,0%
DESDE 2014!
Vantagens Comparativas do Brasil
Dimensão do Mercado
2010 – 2030
Fonte: Competitiveness, 2010
Demanda por
38 milhões de
residências
M. Cabral Junior (2018)
6,3 Milhões
de
Residências
31,7 Milhões
de
Residências
DÉFICIT
HABITACIONAL
DINÂMICA
DEMOGRÁFIC
A
3,3 M
(8,3%)
11,1 M
(27,9%)
16,7 M
(41,8%
)
5,8 M
(14,6%)
2,9 M
(7,4%)
Setor Habitacional
DEMANDA
POTENCIAL
POR REGIÕES
Projeção ilustrativa
baseada em IBGE
População – 2010%
Demanda Habitacional – até
2030
Vantagens Comparativas do Brasil
Expressiva
Geodiversidade
Privilegiada Dotação Mineral
Valor
“Os recursos naturais não
existem; eles precisam ser
criados”. J. Furtado
M. Cabral Junior (2018)
M. Cabral Junior (2018)
Potencial de crescimento do Setor Habitacional
Fortalecimento e consolidação das construtoras
Construção Civil
Visão de Futuro
M. Cabral Junior (2018)
Mercado Brasileiro: Expectativa Futura
Mercado Brasileiro: Expectativa Futura
Ampliação da atuação das construtoras
Profissionalização das construção: construtoras,
profissionais e pequenas empreiteiras
Ampliação da atuação das construtoras
Profissionalização das construção: construtoras,
profissionais e pequenas empreiteiras
Tendência de expansão das empresas cerâmicas maiores e mais estruturadas Tendência de expansão das empresas cerâmicas maiores e mais estruturadas
Conseqüente aumento das exigências técnicas dos produtos e
para soluções – sistemas construtivos e agregação de serviços
Conseqüente aumento das exigências técnicas dos produtos e
para soluções – sistemas construtivos e agregação de serviços
M. Cabral Junior (2018)
CERÂMICA VERMELHA OU ESTRUTURAL
Compreende os materiais usualmente de coloração
avermelhada empregados na construção civil:
tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes,
tubos cerâmicos e argilas expandidas
Inclui também produtos empregados como utensílios
de uso doméstico (panelas , travessas, talhas) e de
adorno (vasos, floreiras, etc.)
M. Cabral Junior (2018)
CERÂMICA VERMELHA OU ESTRUTURAL
Brasil - três períodos de desenvolvimento:
Artesanal: período Colonial – início do Séc. XX
Industrialização: 1900 – 1990
Ciclo de expansão e diversificação industrial - definiu a
configuração da estrutura produtiva do setor de cerâmica vermelha
no País:
localização e concentração das indústrias; padrão tecnológico;
tipologia de produtos
Inovação, Qualidade e Sustentabilidade : a partir dos anos
2000
Setor passou por um processo de revitalização:
Iniciativas importantes do setor produtivo de aprimoramento
tecnológico e competitivo
FATORES FAVORÁVEIS
Aquecimento do mercado – crescimento da Construção Civil – 2005 / 2013
PSQ
Programas de Suporte aos APLs
Atuação de instituições de suporte empresarial
Apoio mais articulado dos centros de ensino, pesquisa e inovação
MERCADO – PANORAMA ANOS 2000
M. Cabral Junior (2018)
M. Cabral Junior (2018)
Período da Inovação, Qualidade e Sustentabilidade
Parcela importante do setor empresarial vem tomando iniciativas
para aprimoramento tecnológico e competitivo:
adesão em programa de qualidade
qualificação da mão-de-obra
melhoria de processo produtivo
desenvolvimento do uso de novos combustíveis
estudos de incorporação de resíduos na massa cerâmica
diversificação e agregação de valor da produção
implantação de laboratórios de caracterização tecnológica de matérias-
primas e produtos
M. Cabral Junior (2018)
Situação Atual do Setor de Cerâmica Vermelha
Coexistem os três períodos evolutivos:
- Artesanal
- Industrial
- I Q S
Estrutura empresarial bastante diversificada, em que coexistem:
pequenos empreendimentos familiares artesanais (olarias, em grande parte
não incorporadas nas estatísticas oficiais),
cerâmicas de pequeno e médio portes, com deficiências de mecanização e
gestão,
empreendimentos de médio a grande portes (em escala de produção) de
tecnologia mais avançada (processos mais automatizados, com preparação
melhor de matéria-prima, secagem forçada e fornos de queima semi-
contínua ou contínua).
A grande maioria das empresas tem sua competitividade baseada em custos.
414141414141414141
383838383838383838
393939393939393939
424242424242424242
404040404040404040
434343434343434343
363636363636363636
444444444444444444
373737373737373737
454545454545454545
464646464646464646
353535353535353535
343434343434343434
272727272727272727
242424242424242424
252525252525252525
303030303030303030
262626262626262626
292929292929292929
282828282828282828
171717171717171717
202020202020202020
313131313131313131
232323232323232323
222222222222222222
323232323232323232
191919191919191919
565656565656565656
181818181818181818
212121212121212121
333333333333333333
090909090909090909
070707070707070707080808080808080808
101010101010101010
161616161616161616
050505050505050505060606060606060606
131313131313131313
111111111111111111
535353535353535353
484848484848484848
151515151515151515
020202020202020202
040404040404040404
121212121212121212
030303030303030303
010101010101010101
141414141414141414
555555555555555555
474747474747474747
545454545454545454
525252525252525252
494949494949494949
505050505050505050
515151515151515151
M. Cabral Junior (2018)
Nº de fábricas 6.900
Blocos - peças/ano x mil 48.000.000
Telhas - peças/ano x mil 15.600.000
Tubos – km/ano 325
Matéria-prima - t/ano 150.000.000
Empregos diretos 293.000
Faturamento (R$ bilhões) 14 (?)
Brasil
Indústria de
Cerâmica Vermelha
Estimativas revistas a partir de Anicer (www.anicer.com.br)
• Setor pulverizado, de capital estritamente
nacional
• 55 aglomerações mais estruturadas e
desenvolvidas
• Existem outras dezenas de aglomerações
informais e embrionários
•Produção para o mercado doméstico
S.J. do Rio Preto
Pres. Prudente
Bauru
Campinas
Itapeva Registro
S. PAULO
S.J.dos Campos
Ribeirão Preto
3 Santa Gertrudes
4
1
2
CERÂMICA BRANCA
CERÂMICA VERMELHA
1 Itú
2 Tatuí
3 Tambaú - Vargem Grande do Su
4 Mogi-Guaçu
5 Oeste Paulista
6 Penápolis
7 Barra Bonita
8 Ourinhos
5
6
8
7
3
4
1
2
1 Pedreira
2 Porto Ferreira
REVESTIMENTO
Indústria Cerâmica: Aglomerados Produtivos
M. Cabral Junior (2018)
M. Cabral Junior (2018)
Mercado Brasileiro: Expectativa Futura
Mercado Brasileiro: Expectativa Futura
- Profissionalização das construção: construtoras, profissionais e
pequenas empreiteiras
- Ampliação da atuação das construtoras
- O usuário deve cada vez mais receber a casa pronta
- Profissionalização das construção: construtoras, profissionais e
pequenas empreiteiras
- Ampliação da atuação das construtoras
- O usuário deve cada vez mais receber a casa pronta
Aumento das exigências técnicas dos produtos e para
soluções – sistemas construtivos e agregação de serviços
Aumento das exigências técnicas dos produtos e para
soluções – sistemas construtivos e agregação de serviços
Tendência de expansão das empresas maiores e
mais estruturadas possibilidade de concentração
setorial a médio longo prazo
Tendência de expansão das empresas maiores e
mais estruturadas possibilidade de concentração
setorial a médio longo prazo
Forças
Oportunidades
FATORES POSITIVOS Contribuem para a estratégia setorial
FATORES NEGATIVOS Dificultam a estratégia setorial
FA
TO
RE
S
INT
ER
NO
S
FA
TO
RE
S
EX
TE
RN
OS
Fraquezas
Ameaças
Capilaridade territorial / presença em todas as
regiões do Estado
Existência de importantes e tradicionais
aglomerações produtivas (APLs)
Vocação ceramista regional
Domínio do processo produtivo
Produtos de grande aceitação
Mão de obra disponível
Relativa abundância e proximidade de jazidas de
matérias-primas minerais
SEGMENTO: CERÂMICA VERMELHA
Estratégia setorial reativa, isolada e de curto
prazo
Plantas industriais pouco mecanizadas,
especialmente em micro e pequenas empresas
- MPE`s
Baixa produtividade e custos elevados - MPE`s
Desconhecimento sobre as jazidas minerais e
propriedades das matérias-primas
Produtos de baixo valor agregado com forte
dependência da proximidade do consumidor
Dimensão do mercado consumidor do Estado
Aumento da demanda vinculado à retomada do
crescimento da indústria da construção (déficit
habitacional)
Incremento do associativismo, cooperativismo e
fortalecimento da governança, especialmente nas
aglomerações produtivas
Instalação de centrais de massa
Modernização das instalações em empreendimentos
MPE`s
Uso de combustíveis alternativos (biomassa)
Reaproveitamento de resíduos (cacos cerâmicos)
Desenvolvimentos de nichos de mercado com
produtos de maior valor agregado
Demanda atrelada ao setor da construção
(dependência de políticas públicas)
Aumento da concorrência de produtos similares
(peças de concreto e outros materiais)
Ausência de OTGM nos municípios,
prejudicando à disponibilidade de matéria-prima
Deficiências no controle ambiental dos
empreendimentos (resíduos, emissões)
M. Cabral Junior (2018)
M. Cabral Junior (2018)
INDÚSTRIA DE SANITÁRIOS
O segmento cerâmico de Louça Sanitária tem como
especialização produtiva a fabricação de bacias,
caixas d’águas, bidês, lavatórios, colunas, mictórios,
tanques de lavar roupas e acessórios.
M. Cabral Junior (2018)
INDÚSTRIA DE SANITÁRIOS
Como no contexto mundial, no Brasil predominam unidades
fabris de médio a grande porte.
A indústria brasileira foi vigorosamente impulsionada a partir do
final da década de 1960, quando a produção saltou de 2 milhões
de peças para os mais de 25 milhões atuais.
Nesse período, ocorreram diversas incorporações de empresas,
com importante concentração da produção no país.
Estrutura de mercado oligopolizada
Como no contexto mundial, no Brasil predominam unidades
fabris de médio a grande porte.
A indústria brasileira foi vigorosamente impulsionada a partir do
final da década de 1960, quando a produção saltou de 2 milhões
de peças para os mais de 25 milhões atuais.
Nesse período, ocorreram diversas incorporações de empresas,
com importante concentração da produção no país.
Estrutura de mercado oligopolizada
555555555
444444444
1/21/21/21/21/21/21/21/21/2
333333333
181818181818181818
13/14/1513/14/1513/14/1513/14/1513/14/1513/14/1513/14/1513/14/1513/14/15
171717171717171717
9/109/109/109/109/109/109/109/109/10
888888888
161616161616161616 121212121212121212
666666666
111111111111111111 777777777
C EC EC EC EC EC EC EC EC EC E
0 275 550 Km
1 - Santa Aliança, João Pessoa - PB2 - João Pessoa - PB3 - Recife - PE4 - Caruaru - PE5 - Cabo de Santo Agostino - PE6 - Vitória - ES7 - Santa Luzia - MG8 - Andradas - MG9 - Poços de Caldas - MG10 - Poços de Cladas - MG11 - Araxá - MG12 - Nova Iguaçu - RJ ( Desativada )13 - Jundiaí - SP14 - Jundiaí - SP15 - Jundiaí - SP16 - Taubaté - SP17 - Itupeva - SP ( Peças Especiais )18 - São Leopoldo - RS
Indústrias Cerâmicas de Sanitários
P BP BP BP BP BP BP BP BP BP B
P EP EP EP EP EP EP EP EP EP E
M GM GM GM GM GM GM GM GM GM G
E SE SE SE SE SE SE SE SE SE S
S PS PS PS PS PS PS PS PS PS PR JR JR JR JR JR JR JR JR JR J
R SR SR SR SR SR SR SR SR SR S
Número de Empresa 16
Número de Fábricas 26 (8 estados)
Produção Total – peças/ano 23.000.000
Capacid Instal – peças/ano 34.000.000
Número de Empregos 8.000
Faturamento R$ 2,0 bilhões (?)
M. Cabral Junior (2018)
Indústria de
Sanitários
Produção Brasileira
- 10 maiores do mundo
2 grupos – Deca e o
Grupo Roca, detêm
cerca de 80% da
produção
6
M. Cabral Junior (2018)
INDÚSTRIA DE SANITÁRIOS
ESTRUTURA DE MERCADO
Tanto os fornecedores de equipamentos como os de
minerais sintéticos (esmaltes e fritas) contam com
importante participação de empresas multinacionais.
O setor de mineração, menos dinâmico, responsável pelo
suprimento de matérias-primas naturais (argilas, caulim,
rochas feldspáticas, etc.), nos últimos, passou também por
um processo de fusão e concentração da produção no
cenário internacional.
Tanto os fornecedores de equipamentos como os de
minerais sintéticos (esmaltes e fritas) contam com
importante participação de empresas multinacionais.
O setor de mineração, menos dinâmico, responsável pelo
suprimento de matérias-primas naturais (argilas, caulim,
rochas feldspáticas, etc.), nos últimos, passou também por
um processo de fusão e concentração da produção no
cenário internacional.
M. Cabral Junior (2018)
O mercado interno consome a maior parte da produção
brasileira e está plenamente atendido com os produtos
convencionais e de maior luxo.
Exportação – 20 % da produção
O mercado interno consome a maior parte da produção
brasileira e está plenamente atendido com os produtos
convencionais e de maior luxo.
Exportação – 20 % da produção
Mercado Brasileiro
M. Cabral Junior (2018)
Padrão Tecnológico
Segmento industrial dominado por tecnologias maduras, sendo
que as maiores empresas brasileiras rivalizam-se com as
empresas líderes estrangeiras (européias, asiáticas e norte-
americanas).
Parcela considerável dos equipamentos é suprida por empresas
instaladas no país (nacionais e estrangeiras).
As unidades mais automatizadas e produtivas brasileiras
alcançam uma produtividade de 300 peças/funcionário/mês, na
mesma faixa de produção que as empresas líderes internacionais.
Segmento industrial dominado por tecnologias maduras, sendo
que as maiores empresas brasileiras rivalizam-se com as
empresas líderes estrangeiras (européias, asiáticas e norte-
americanas).
Parcela considerável dos equipamentos é suprida por empresas
instaladas no país (nacionais e estrangeiras).
As unidades mais automatizadas e produtivas brasileiras
alcançam uma produtividade de 300 peças/funcionário/mês, na
mesma faixa de produção que as empresas líderes internacionais.
M. Cabral Junior (2018)
Perspectivas
A expectativa do retorno do crescimento da construção civil gera
uma oportunidades de expansão para a indústria de sanitários que,
se bem aproveitada pelo setor produtivo, poderá propiciar um
avanço significativo no seu patamar de competitividade:
ganhos de escala, investimentos em design e inovação
Condições para o aumento da participação da indústria brasileira
no mercado internacional.
Essa conquista deverá envolver esforços continuados no
aprimoramento tecnológico, aliados a busca de referências
inovadoras em produtos, e nos padrões de qualidade e gestão
ambiental dos empreendimentos.
A expectativa do retorno do crescimento da construção civil gera
uma oportunidades de expansão para a indústria de sanitários que,
se bem aproveitada pelo setor produtivo, poderá propiciar um
avanço significativo no seu patamar de competitividade:
ganhos de escala, investimentos em design e inovação
Condições para o aumento da participação da indústria brasileira
no mercado internacional.
Essa conquista deverá envolver esforços continuados no
aprimoramento tecnológico, aliados a busca de referências
inovadoras em produtos, e nos padrões de qualidade e gestão
ambiental dos empreendimentos.
M. Cabral Junior (2018)
Em termos de dinamização da produção, novos
investimentos deverão ser atraídos para regiões de
mercados emergentes no país.
Disponibilidade de insumos, sobretudo matérias-
primas minerais, GN e logística apropriada para
escoamento da produção constituem os principais
diferenciais competitivos.
Em termos de dinamização da produção, novos
investimentos deverão ser atraídos para regiões de
mercados emergentes no país.
Disponibilidade de insumos, sobretudo matérias-
primas minerais, GN e logística apropriada para
escoamento da produção constituem os principais
diferenciais competitivos.
Perspectivas
M. Cabral Junior (2018)
INDÚSTRIA DE
REVESTIMENTOS
Engloba a produção de materiais no formato de placas
usados na construção civil para revestimento de
paredes, pisos, bancadas e piscinas, em ambientes
internos e externos, recebendo designações comerciais
como pastilha, porcelanato, grês, lajota, piso, etc.
M. Cabral Junior (2018)
Indústria de Revestimentos
O parque industrial brasileiro engloba cerca de 90 empresas, com 115
plantas industriais e capacidade instalada de 1,05 bilhão de m2/ano em
2017.
Prevalece amplamente o capital nacional.
Brasil: 3º maior produtor , 3º consumidor mundial e 4º exportador (m2).
Instalações em 18 estados, com a produção centralizada nas regiões
Sudeste e Sul: APLs de Santa Gertrudes (SP) e Criciúma (SC) ,
estando em expansão na região Nordeste.
A MA MA MA MA MA MA MA MA M
A CA CA CA CA CA CA CA CA C
R OR OR OR OR OR OR OR OR O
R RR RR RR RR RR RR RR RR R
S PS PS PS PS PS PS PS PS P
M SM SM SM SM SM SM SM SM S
A PA PA PA PA PA PA PA PA P
P AP AP AP AP AP AP AP AP A
S CS CS CS CS CS CS CS CS C
P RP RP RP RP RP RP RP RP R
R SR SR SR SR SR SR SR SR S
M TM TM TM TM TM TM TM TM T
G OG OG OG OG OG OG OG OG O
T OT OT OT OT OT OT OT OT O
M AM AM AM AM AM AM AM AM A
B AB AB AB AB AB AB AB AB A
P IP IP IP IP IP IP IP IP I
E SE SE SE SE SE SE SE SE SM GM GM GM GM GM GM GM GM G
R JR JR JR JR JR JR JR JR J
C EC EC EC EC EC EC EC EC ER NR NR NR NR NR NR NR NR N
P BP BP BP BP BP BP BP BP B
A LA LA LA LA LA LA LA LA L
P EP EP EP EP EP EP EP EP E
S ES ES ES ES ES ES ES ES E
151515151515151515
212121212121212121
252525252525252525
262626262626262626
272727272727272727
282828282828282828
292929292929292929
222222222
222222222222222222242424242424242424
232323232323232323
171717171717171717
202020202020202020
111111111
222222222
111111111
161616161616161616
181818181818181818 191919191919191919
141414141414141414
111111111
131313131313131313
888888888
999999999101010101010101010
11,1211,1211,1211,1211,1211,1211,1211,1211,12
3,43,43,43,43,43,43,43,43,4
222222222
5,6,75,6,75,6,75,6,75,6,75,6,75,6,75,6,75,6,7
1 - Maracanaú - CE2 - Mossoró - RN3,4 - Conde - PB*¹5,6,7 - Cabo - PE8 - Maceió - AL*²9 - N.S. Socorro - SE10 - Aracajú - SE11,12 - Dias D'Ávila - BA
APLsAPLsAPLsAPLsAPLsAPLsAPLsAPLsAPLs
1 - Santa Gertrudes
2 - Criciúma
UNIDADES CERÂMICASUNIDADES CERÂMICASUNIDADES CERÂMICASUNIDADES CERÂMICASUNIDADES CERÂMICASUNIDADES CERÂMICASUNIDADES CERÂMICASUNIDADES CERÂMICASUNIDADES CERÂMICAS
*¹ - terceira planta em implantação *² - em implantação
Outros Aglomerados Outros Aglomerados Outros Aglomerados Outros Aglomerados Outros Aglomerados Outros Aglomerados Outros Aglomerados Outros Aglomerados Outros Aglomerados
ProdutivosProdutivosProdutivosProdutivosProdutivosProdutivosProdutivosProdutivosProdutivos
1 - Mogi Guaçu
2 - Grande São Paulo
0 275 550 Km
13 - Candeias - BA14 - Camaçari - BA15 - Anápolis - GO16 - Várzea da Palma - MG17 - Governador Valadares - MG18 - Pará de Minas - MG19 - Ibitiré - MG20 - Serra - ES21 - Rio Verde - MS
22 - Curitiba - PR23 - Campo Largo - PR24 - São Mateus - PR25 - Pelotas - RS26 - Eldorado do Sul - RS27 - São Leopoldo - RS28 - Porto Alegre - RS29 - Charqueadas - RS
Brasil
Indústria de
Revestimentos 2017
Número de Empresa 92
Número de Fábricas 115
Produção Total m2/ano 792 milhões
Capacid Instal m2/ano 1,05 bilhão
Número de Empregos
27.000
(200.000
indiretos)
Faturamento Estimado R$ 9 bilhões (?)
M. Cabral Junior (2018)
Brasil
Indústria de Revestimentos Cerâmicos
M. Cabral Junior (2018)
Via Úmida
Qualidade, Design
Marcas fortes
Exportação
Via Seca
Escala de Produção – Custo
Nichos de mercado popular
Logística
Polo Nordeste
Fatores condicionantes que deram origem aos dois
clusters brasileiros:
disponibilidade de matérias-primas
infraestrutura
proximidade de mercados
capacitação local prévia de trabalhadores e
empresários em setores correlatos
Trajetórias distintas - tecnológica e de
mercado
Recurso Mineral
faz a diferença
Sul
SP
Polo
Expansão
M. Cabral Junior (2018)
400
500
600
700
800
900
1000
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
844 866 871 903 899
792 790
Milh
õe
s d
e m
2
REVESTIMENTOS CERÂMICOS
PRODUÇÃO - BRASIL
Fonte:
ANFACER
São Paulo 70%
Sul 18%
Nordeste 12%
Distribuição da Produção de Revestimentos - 2017
M. Cabral Junior (2018)
Fonte:
ANFACER
72 86 93 103 108 113 121
607 625 632
657 654
558 558
165 154 147 144 138 121 112
0
100
200
300
400
500
600
700
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Mil
hõ
es d
e m
2
PRODUÇÃO - BRASIL
Porcelanato Via Seca* Via Úmida*
*Exceto Porcelanato M. Cabral Junior (2018)
Fonte:
ANFACER
M. Cabral Junior (2018)
Produtividade do Total dos
Funcionários Produtividade dos Funcionários da
Produção
Região Mensal
(m2 / funcionário)
Anual
(m2 / funcionário)
Mensal
(m2 / funcionário)
Anual
(m2 / funcionário)
Sudeste 6.043 72.516 7.138 85.656
Sul 1.374 16.488 1.731 20.772
Nordeste 2.124 25.488 2.328 27.936
Centro-Oeste 469 5.628 555 6.660
Média Nacional (*) 3.859 46.308 5.161 61.932
Média Nacional (*)
– Via Seca 4.935 59.220 6.039 72.468
Média Nacional (*) – Via Úmida
1.440 17.280 2.362 28.344
Produtividade da indústria brasileira de revestimento Produtividade da indústria brasileira de revestimento
M. Cabral Junior (2018)
A indústria brasileira apresenta alto grau de competitividade quando
comparado a dois importantes clusters de revestimento internacionais –
Sassuolo (Itália) e Castellon (Espanha), com valores, respectivamente, da
ordem de 19.600 m²/homem e 24.900 m²/homem.
Trata-se de uma vantagem competitiva do segmento brasileiro,
comandada pelo segmento via seca, que tem conseguido avanços
significativos no processo industrial
ciclo de queima cada vez mais rápido e percursos nos fornos em períodos
na metade do tempo das indústrias brasileiras via úmida e as congêneres
estrangeiras.
A indústria brasileira apresenta alto grau de competitividade quando
comparado a dois importantes clusters de revestimento internacionais –
Sassuolo (Itália) e Castellon (Espanha), com valores, respectivamente, da
ordem de 19.600 m²/homem e 24.900 m²/homem.
Trata-se de uma vantagem competitiva do segmento brasileiro,
comandada pelo segmento via seca, que tem conseguido avanços
significativos no processo industrial
ciclo de queima cada vez mais rápido e percursos nos fornos em períodos
na metade do tempo das indústrias brasileiras via úmida e as congêneres
estrangeiras.
Produtividade
M. Cabral Junior (2018)
O alto padrão tecnológico da indústria brasileira é fortemente
dependente de desenvolvimentos fornecidos pelos produtores de
bens de capital e insumos sintéticos europeus, como as
empresas de equipamentos italianas e os colorifícios espanhóis.
As empresas fornecedoras de equipamentos e insumos
reservam o desenvolvimento tecnológico para as suas matrizes,
sendo que os esforços internos restringem-se a adaptações de
produto e processo às matérias-primas e demais condições
locais.
O alto padrão tecnológico da indústria brasileira é fortemente
dependente de desenvolvimentos fornecidos pelos produtores de
bens de capital e insumos sintéticos europeus, como as
empresas de equipamentos italianas e os colorifícios espanhóis.
As empresas fornecedoras de equipamentos e insumos
reservam o desenvolvimento tecnológico para as suas matrizes,
sendo que os esforços internos restringem-se a adaptações de
produto e processo às matérias-primas e demais condições
locais.
Dependência Tecnológica Dependência Tecnológica
M. Cabral Junior (2018)
O grande desafio passa ser a maior agregação de valor aos
produtos brasileiros e a ampliação de sua inserção no
mercado internacional.
Vetores principais de aprimoramento competitivo:
avanço contínuo da qualidade dos produtos
desenvolvimento do design nacional
implementação de planos de marketing e de estratégias de
comercialização para maior penetração e consolidação das
marcas brasileiras no mercado internacional.
O grande desafio passa ser a maior agregação de valor aos
produtos brasileiros e a ampliação de sua inserção no
mercado internacional.
Vetores principais de aprimoramento competitivo:
avanço contínuo da qualidade dos produtos
desenvolvimento do design nacional
implementação de planos de marketing e de estratégias de
comercialização para maior penetração e consolidação das
marcas brasileiras no mercado internacional.
REFERÊNCIAS PARA POLÍTICAS REFERÊNCIAS PARA POLÍTICAS
M. Cabral Junior (2018)
Suprimento mineral em bases sustentáveis, envolvendo a
melhoria e controle da qualidade das matérias-primas, e
disciplinamento, minimização de impactos e maior controle ambiental
dos empreendimentos minerários.
Suprimento mineral em bases sustentáveis, envolvendo a
melhoria e controle da qualidade das matérias-primas, e
disciplinamento, minimização de impactos e maior controle ambiental
dos empreendimentos minerários.
REFERÊNCIAS PARA POLÍTICAS REFERÊNCIAS PARA POLÍTICAS
Esses esforços para avanço no patamar de competitividade
terão maior chance de êxito se contar com apoio
governamental e uma parceria mais consistente entre o setor
produtivo e os CTIs.