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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ Peter Ilicciev

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ

Peter Ilicciev

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2 | LINHA DIRETA

localização do pré-dio da Expansão doCampus Mangui-nhos, próxima à

comunidade Vila do João, noComplexo da Maré, requeruma série de ações da insti-tuição em relação à seguran-ça do prédio e à orientaçãodos usuários para se protegerem situações de conflito, quetêm sido frequentes na áreavizinha. Para divulgar as inici-ativas, principalmente as ori-entações de segurança paraos usuários, a Diretoria deAdministração do Campus(Dirac) iniciou um trabalho dedisseminação do Plano deContingência do prédio, alémde treinamento para profissi-onais líderes do pavilhão.

Em outubro, 18 encontrosforam promovidos para expla-nar o Plano de Contingência,com participação de 243 pes-soas. Nessas palestras foramescolhidos os líderes de segu-rança - os interlocutores da ins-tituição em casos de emergên-cia -, totalizando 51 profissio-nais. “Nesses encontros apre-sentamos o gestor de seguran-ça que irá atuar de forma resi-dente no prédio. Os usuáriosdo prédio podem procurar esseprofissional para tirar dúvidase se informar sobre as açõesrealizadas”, ressalta JeremiasBarbosa, gestor de Segurançada Dirac e responsável pelostreinamentos.

Ainda em outubro, o gru-po de líderes passou pela pri-meira capacitação coordena-da pelo Departamento de Vi-

Agilância e Segurança Pa-trimonial (DVSP/Dirac), comapresentação dos três ob-jetivos principais na atuaçãoem casos de emergência,que abrangem a definiçãodo papel do líder, os tiposde contingências (conflitosarmados, mal súbito, panenos elevadores e incêndio)e estabelecimento da ca-deia de comando das açõese alertas. Para manter asinformações atualizadas, aequipe terá reuniões acada três meses. A sinali-zação das saídas de emer-gência de todos os anda-res foi atualizada.

A segunda etapa seráo teste do plano de chama-da, ou seja, o contato daequipe de segurança comos profissionais líderes. Aação permitirá definir quan-to tempo será utilizado paradisseminar a informaçãodentro do prédio. O próxi-mo passo será planejar otreinamento de desocupa-ção do prédio. Em continui-dade ao plano, o primeirocurso de Brigada Voluntáriade Incêndio (BVI) da Expan-são, com duração de 16horas, aconteceu de 10 a14 de novembro, com noveparticipantes. Estão previs-tas mais duas turmas. Umanova medida de apoio, o sis-tema de comunicação inter-na de contingência quecontempla sirenes e alto-falantes, está sendo proje-tado para implantação emcurto prazo.

Secretaria e o Comitê Exe-cutivo do Programa FiocruzSaudável reuniram os res-ponsáveis por projetos da

área de saúde do trabalhador condu-zidos por profissionais da Coordenaçãode Saúde do Trabalhador da Diretoriade Recursos Humanos (CST/Direh) ediscutiram as ações desenvolvidas. Noencontro, realizado em dezembro pas-sado, a Secretaria Executiva do pro-grama apresentou cada iniciativa, combase nas fichas técnicas elaboradas emconjunto com as equipes. Em segui-da, os próprios gestores dos projetosapresentaram um balanço das açõese o planejamento para 2015.

Na ocasião, os seguintes proje-tos foram apresentados: circuito sau-dável; avaliação das condições higi-ênico-sanitárias dos restaurantes elanchonetes da Fiocruz; laboratório docorpo/centro aeróbico; gestão do ru-ído e de substâncias ototóxicas; pro-gramas de ergonomia – Proergo; pro-jeto autocuidado da dor e padroni-zação de mobiliários para postos detrabalho com computador; Programade Preparação para a Aposentado-ria; e prevenção e controle do taba-gismo, dentre outros.

A atividade foi bem avaliada pelosparticipantes, que puderam conhecermelhor outras ações desenvolvidas noâmbito do programa e até enxergar for-mas de interlocução e maior integraçãocom outras áreas. A Assessoria de Co-municação do programa também fezuma apresentação e destacou a presen-ça do Fiocruz Saudável nos canais decomunicação interna da instituição,como o próprio espaço fixo no JornalLinha Direta, lista eletrônica Fiocruz-Le WebTV, fato que tem contribuído paraampliação da divulgação dos projetos e,consequentemente, aumentado a visi-bilidade do programa.

A Secretaria Executiva vem pla-nejando a repetição da fórmula comas iniciativas de meio ambiente, sobgestão da Diretoria de Administraçãodo Campus (Dirac), e com outros pro-

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jetos gerenciados pela Direh - como o transporte coleti-vo, o coral e o café da manhã. Também serão incluídasiniciativas de outras unidades, como a de qualidade doar, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), e Olimpíadas Brasi-leiras de Saúde e Meio Ambiente, coordenada pela Es-cola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV).

Força de trabalhoem perspectiva

Expansão doCampus é prioridadeem segurançaDivulgação do Plano deContingência e capacitação delíderes fazem parte da agenda

Por Talita Barroco

Por Glauber Queiroz

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LINHA DIRETA | 3

implantação do Sub-sistema Integradode Atenção à Saú-de do Servidor (Si-

ass) continua a ser debatida.Representantes de 46 institui-ções públicas federais reuni-ram-se na Fiocruz nos dias 3 e4/11, no 4º Fórum Siass, cujotema central foi a construçãoda integralidade da saúde doservidor no Siass. Criado pormeio do Decreto 6.833/2009,o Subsistema tem por objetivocoordenar e integrar ações eprogramas nas áreas de assis-tência à saúde, perícia oficial,promoção, prevenção e acom-panhamento da saúde dos ser-vidores federais.

A mobilização dos servido-res mostra que o movimento emprol da implantação do Siassganha força no Rio de Janeiro.O desafio, no entanto, aindaestá focado na consolidação deum canal de comunicação como governo, por meio do Minis-tério do Planejamento, Orça-mento e Gestão (MPOG), nãorepresentado no 4º Fórum. Odiretor de RH, Juliano Lima, vis-lumbra para 2015, com o iníciodo novo mandato da presiden-

te Dilma Roussef, um momen-to “oportuno de fortalecer osmovimentos já iniciados”.

O primeiro passo para aretomada do diálogo foi dadopelos servidores. O MPOG de-verá receber documento ofici-al do Fórum com uma série depropostas definidas durante osdois dias do encontro. Umacomissão de servidores viajaráa Brasília no início de 2015 paraentregar o documento e bus-car uma agenda com a coor-denação nacional do Siass, quedeverá ser convidada a conhe-cer a estrutura das unidades jáimplantadas no Rio de Janeiro.

A carta final conclama àparticipação mais efetiva de ser-vidores nos fóruns permanentes,que acontecem mensalmenteno Rio de Janeiro, e à manu-tenção do formato ampliado doFórum Siass, com definição detema central, minicursos emsaúde do trabalhador e pales-tras. “O Fórum é um espaço detroca de experiências que inde-pende de qualquer instância”,disse Fátima Rangel, chefe daCoordenação de Saúde do Tra-balhador da Diretoria de Recur-sos Humanos (CST/Direh).

A Participaçãocoletiva

“Nós somos o Siass”, de-fendeu Jorge Machado, daCoordenação Geral de Saú-de do Trabalhador do Minis-tério da Saúde (CGSAT/MS),durante palestra na manhãdo primeiro dia do Fórum.Servidor da Fiocruz, JorgeMachado prioriza a constru-ção de um planejamento par-ticipativo e a criação de umespaço de interação com agestão do Siass. Para ele, oconceito de atenção integralestá calcado na possibilida-de de se ter uma política deprevenção e promoção dasaúde. “Neste sentido, asempresas públicas devem tra-tar o tema de forma exem-plar”, sentenciou.

Dividindo o espaço àmesa, Cecília Paiva, da Uni-versidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ), disse quesua fala não seria entusias-mada, tendo em vista o“momento bastante desfa-vorável que passa a saúdedo trabalhador”. Cecíl ia

considerou a ausência derepresentação sindical dosservidores nos fóruns e a di-ficuldade de assumir um mo-delo analítico com foco noprocesso de trabalho comoos principais entraves para aconsolidação da saúde dotrabalhador no setor público.

A saúde mental foi temada segunda rodada de pales-tras, na tarde do dia 3/11.João Batista de Oliveira Fer-reira (UFRJ) e Eduardo Lima,da Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG), trata-ram do assunto sob a perspec-tiva da sua relação com o tra-balho. João Batista criticou asformas de relações estabele-cidas no ambiente profissio-nal, que têm como pano defundo a perda da sensibilida-de. “A incapacidade de sesensibilizar é uma forma deadoecimento”, afirmou.

Já Eduardo Lima disseque a saúde mental passapela capacidade de se relaci-onar com os outros de manei-ra assertiva. Lima defendeuque a promoção da saúdedeve ser pensada de formaglobal. “Focar a promoção da

saúde só no indivíduo é comoresolver o problema de gotei-ra colocando o balde embai-xo”, disse.

MinicursosComo novidade no for-

mato ampliado do Fórum Si-ass, três minicursos foramoferecidos aos participantes:Conflitos e Assédio Moral noTrabalho, que reuniu cerca de70 pessoas no auditório doMuseu da Vida, ministradopor Terezinha Martins, daUniversidade Federal do Es-tado do Rio de Janeiro (Uni-rio); de Ergonomia, realizadono auditório do Instituto Na-cional de Infectologia, foiconduzido pelos ergonomis-ta Renato Bonfatti, do Núcleode Saúde do Trabalhador daCoordenação de Saúde doTrabalhador da Direh e Simo-ne Ricart; e outro sobre Vigi-lância em Saúde do Trabalha-dor, no auditório da Diretoriade Administração do Campus(Dirac), com o servidor daEscola Nacional de Saúde Pú-blica Sergio Arouca (Ensp)Luiz Carlos Fadel.

Por Eduardo Muller

Ampliado, fórum ofereceu minicursos sobre assédio moral, vigilância em saúde e ergonomiaFiocruz sedia evento sobre saúde do trabalhador

COMUNICAÇÃO INTERNA DAFIOCRUZ | JORNAL LINHA DIRETANº 22 | JANEIRO/FEVEREIRO 2015

Este número inclui as matérias previs-tas para a edição de novembro/dezembrode 2014, que, excepcionalmente, não foipublicada.Coordenação: Elisa AndriesEdição : Claudia LimaRedação e Reportagem: Annalu Silva, Clau-dia Lima, Daniela Muzi, Daniela Savaget,Eduardo Muller, Fernanda Marques, GlauberQueiroz, Gustavo Mendelsohn de Carvalho, Isa-bela Pimentel, Jacqueline Boechat, LeonardoAzevedo, Luiz Pistone e Talita Barroco.Revisão: Claudia LimaProjeto gráfico : Rodrigo CarvalhoFotografia: Luiz Pistone, Peter Ilicciev e Divul-gação COC e Divulgação IFFImpressão: Gráfica Fox PrintContato: [email protected]

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erca de 100 gestorese analistas das diversasunidades da Fiocruz

participaram do Fórum de Pla-nejamento, realizado pela Diplanem outubro, formalizando o iní-cio do ciclo de planejamento ins-titucional para 2015. Foram dis-cutidos diversos temas, como omodelo de monitoramento insti-tucional, a implantação do Pla-no Interno, a reestruturação dotrabalho de cooperação técnicae a incorporação do Plano Dire-tor de Tecnologia da Informaçãoao SAGE (Sistema de Apoio àGestão Estratégica).

O encontro foi determinan-te, sobretudo, para avaliar oefeito das diretrizes orçamentá-rias, aprovadas pelo CD Fiocruzem meados de 2014, na cons-trução de estratégias para me-lhorar a qualidade e reduzir oscustos. As unidades técnico-ad-ministrativas apresentaram ini-ciativas que já estão sendo im-plementadas e vão influenciara Fiocruz como um todo.

A Diretoria de Administra-ção (Dirad) investe na busca deeficácia e eficiência, com a oti-mização do controle de estoquee implantação de sistemas parasolicitação de materiais e de ges-tão de preços por meio de com-pras compartilhadas. A direto-ria de Administração do Cam-pus (Dirac) também trabalha namelhoria dos processos sob suaresponsabilidade como, porexemplo, assumindo somente oscustos de despesas condomini-ais (energia, água, etc.), esta-belecendo limites e responsabi-lizando as unidades por despe-sas como as relativas a veículosde uso restrito e peças de repo-sição de equipamentos de labo-ratórios não corporativos.

A Diretoria de RecursosHumanos (Direh) apresentoudiretrizes relativas aos contratosde terceirização, algumas deaplicação já em 2015, como aredução de postos de trabalho

C proporcional ao ingresso de no-vos concursados. Outras serãoaplicadas no médio prazo, combase em análises técnicas e pac-tuação, como a definição de va-lores de remuneração e quadrosde lotação de referência.

Experiênciada Ensp

O Fórum permitiu a troca deexperiências quanto ao impac-to das diretrizes orçamentáriasno planejamento das unidades.“Ter diretrizes orçamentárias ésempre bom. O gestor públicotem a responsabilidade de usarda melhor maneira os recursosque temos, mas sou contra ocorte de custos pura e simples-mente”, disse Alex Molinaro. Ovice-diretor de gestão da EscolaNacional de Saúde Pública Sér-gio Arouca (Ensp) - acompanha-do do administrador da Escola,Paulo Vieira, e de Luiz CláudioMaureau, chefe do serviço degestão de contratos - apresen-tou a experiência de sua unida-de na aplicação das diretrizes.

A unidade, que já vinha to-mando providências, apresen-tou propostas para otimizar osrecursos, “mais para custeio,que absorve quase todo o orça-mento LOA, mas sem afetar aprodutividade das áreas finalís-ticas”, contou Molinaro. Essasiniciativas estão relacionadas,por exemplo, à substituição dosistema de telefonia convenci-onal; à instalação de sistemasde medição do consumo deenergia, gás e água, prevendoa instalação de equipamentospoupadores; e soluções maiseconômicas para o fornecimen-to de água potável.

Alex acredita que algumasdessas propostas poderiam serimplantadas em outras unida-des, “É preciso ter cuidadopara que as unidades que fize-rem esse esforço não percam

o que for economizado, maspossam investir nas áreas fina-lísticas, que não têm recursosLOA para projetos estratégicos,estruturantes”, afirmou Molina-ro. Ele concorda que é precisomelhorar a qualidade de ges-tão, mas pondera. “A definiçãodo orçamento segundo a exe-cução é um desestímulo, é pre-ciso uma análise qualitativa daexecução e do grau de adesãodas unidades às diretrizes”.

A repercussão das diretri-zes no PA 2015 só vai poderser mais bem avaliada apóssua programação no SAGE,tarefa que ocupa os núcleos deplanejamento das unidades denovembro a dezembro. No en-tanto, os analistas da Diplan,além de apoiarem esta etapa,trabalham com séries históri-cas e outros parâmetros quepermitem identificar onde oobjetivo comum de “melhorara qualidade e reduzir os cus-tos” pode ou não exigir maio-res esforços de adequação.

Fiocruz BahiaAs diretrizes a respeito da

limitação dos contratos de tercei-rização, por exemplo, não vãocausar maiores impactos no Cen-tro de Pesquisas Gonçalo Moniz.“A Fiocruz Bahia sempre man-teve os seus contratos de tercei-rização em consonância com oDecreto 2.271/97, apenas paraatividades como limpeza e con-servação, vigilância, manutençãoe informática”, afirma ValdeyerGalvão dos Reis, vice-diretor degestão da unidade. Segundo ele,para atender a demandas de pes-soal surgidas com o crescimentoda unidade, a solução encontra-da foi “a realocação dos cargosde DAS de chefias de laboratóri-os, para a contratação dos perfisnecessários”.

Valdeyer relaciona outrasmedidas adotadas. Diversasações foram efetivadas no senti-

do de racionalizar uso de ener-gia e reduzir o consumo de água.Ele destaca ainda o Programa deTaxa de Bancada, com a defini-ção de uma cota orçamentáriaanual por laboratório, em funçãodo número de pesquisadores ede sua contribuição para a pro-dução científica da unidade. “Issoestimula o controle de gastos,pois ao economizar nas despe-sas, o laboratório passa a ter re-cursos para adquirir insumos ne-cessários às suas pesquisas”.

Para concluir, e exemplifi-cando o esforço conjunto parasuperar os desafios orçamentá-rios que estão colocados paratoda instituição, o vice-diretorcita a estratégia definida peloFórum das Unidades Regionaisrealizado na Bahia. “Temos en-vidado esforços no compartilha-mento de atas vigentes de re-gistro de preços entre as uni-dades regionais, assim comona compra compartilhada demateriais de laboratório e nacriação de um sistema informa-tizado nos próximos anos”, afir-mou Waldeyer.

Melhorar a qualidade e reduzir custos foram metas discutidas por profissionais da Fundação

Por Gustavo Mendelsohn de Carvalho

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lantas de engenha-ria decoram as pa-redes dos contêine-

res onde trabalham diaria-mente os 42 colaboradoresdo projeto do novo Centrode Processamento Final doInstituto de Tecnologia emImunobiológicos (NCPFI deBio-Manguinhos), no distri-to industrial de Santa Cruz,na Zona Oeste do Rio, quepermitirá quadruplicar a ca-pacidade produtiva para120 milhões de frascos devacinas e biofármacos.Mostradas com orgulhopara parceiros, fornecedo-res e funcionários recebi-dos no local, as plantas re-presentam os avanços deum projeto que começoucom apenas três pessoas,em 2010.

Proporcional ao tama-nho do desafio é a capaci-dade de atuação integradados colaboradores, com di-ferentes perfis e formações.Coordenador de gestão do

Por Isabela Pimentel

projeto, Fernando Pina explicaconta com profissionais das áre-as de engenharia e suas espe-cialidades (elétrica, hidráulicae automação), qualidade, con-trole, validação, processos deprodução, tecnologia da infor-mação, equipamentos, gestão,supervisão técnica, industrial eplanejamento, além do apoiodo Departamento de Logística(Delog) e Núcleo de Assesso-ria Processual (Nucap).

“Erguer uma fábrica nova,com tecnologia de ponta, é umdesafio que requer processos di-ferenciados”, explica. Em feve-reiro de 2013, foi assinado o ter-mo de cessão do terreno para aconstrução do novo campus.Parte da futura planta industrial,o NCPFI foi concebido para am-pliar a oferta de produtos estra-tégicos para os programas pú-blicos de saúde. Serão cerca de40 edificações na fase inicial,que totalizam 200 mil metrosquadrados. O projeto prevê ex-pansão futuras.

Para que o empreendimen-

to saia do papel, a equipe vaiprecisar analisar, até o final doprojeto, cerca de sete mil dese-nhos de engenharia e processos.A produção do primeiro lote deconsistência de vacina está pre-vista para o final de 2017. FabioHenrique Gonçalez, da área daQualidade e Validação, explicaque já está sendo desenhadoum plano mestre para validarequipamentos e instalações.Serão desenvolvidos, em conjun-to com a empresa americana IPS(Integrated Project Services), pa-drões de definição dos limitesentre equipamentos e sistemas,de análise de risco, impacto ecriticidade.

O coordenador de Tecno-logia da Informação do proje-to, Fernando Serva, destacaque o volume de documenta-ção analisado pela equipe éaltíssimo e que sem a presen-ça de colaboradores com for-mações diferenciadas isso nãoseria possível. “Estamos traba-lhando de forma integrada comtodas as disciplinas”, ressalta.

Integração parao novo projetoCentro de Processamento Final de Bio avançacom equipe multidisciplinar

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epois de seis anoscuidando da capta-ção de recursos para

projetos da Casa de OswaldoCruz (COC), o Escritório deCaptação tem um novo desa-fio pela frente: levar a bem-sucedida experiência para todaa Fiocruz. Entretanto, no início,a ambição era menor: Luís Fer-nando Donadio, atual coorde-nador do escritório, desejavaapenas aplicar os conceitosestudados para sua tese Cap-tação de Recursos para museusde ciências no Brasil em umdos projetos da COC, o museuitinerante Ciência Móvel. O su-cesso da empreitada foi a opor-tunidade vislumbrada pela di-reção da Casa para criar umsetor específico para esse fim.

Assim, em julho de 2008,nasceu o Escritório de Capta-ção da COC e, com ele, a ta-refa de construir, implantar econsolidar um modelo de cap-tação para projetos culturaisda unidade. A aceitação veiogradualmente: “Houve algu-ma resistência, mas foi supe-rada com o tempo e o desen-volvimento da área”, contaDonadio. O trabalho consisteem organizar um plano decaptação, que compreendedesde a chamada para novosprojetos, até o gerenciamen-to das entregas, a prestaçãode contas e o resultado final.As conquistas logo aparece-ram. “De julho de 2008 a ju-lho de 2014, apresentamos30 projetos e conseguimoscaptar para 24 deles”, come-mora o coordenador.

Em dezembro de 2012,a Vice-Presidência de Gestão

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Escritório de Captaçãoinaugura nova fase

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Criado para projetos da COC, serviço atende agora atodas as unidades da Fundação

Por que nãoposso maisme

Por Jacqueline Boechat

e Desenvolvimento Instituci-onal (VPGDI) apresentoumais um desafio à equipe doescritório: levar a experiên-cia da COC para todas asunidades da Fiocruz. O setorconstruiu um plano de ex-pansão gradativa, estabele-cendo um novo recorte paraa atuação e a definição dasfontes de recursos. “Tam-bém apontamos para quaisprojetos podemos vir a cap-tar e de quais fontes pode-remos demandar, num futu-ro próximo, mas esta ampli-ação depende em boa me-dida dos projetos que rece-beremos e do fortalecimen-to da nossa estrutura”, frisa.

Atualmente, o Escritóriocapta recursos diretos e rela-cionados às leis de incentivo(incentivados) e tem comoparceiros potenciais a inicia-tiva privada, estatais, agên-cias internacionais, fundaçõese a promoção de eventos es-tratégicos. A previsão é que,até 2016, as ações sejam am-pliadas para captação ememendas parlamentares, le-gados (bens e herança), en-dowments (fundos relaciona-dos a uma causa) e progra-mas de pessoas físicas. Nomomento, o trabalho se con-centra nos projetos culturaise sociais, mas existe intençãode aumentar esse escopo nofuturo: “Pretendemos abrirnovas frentes, como esporte,educação, meio ambiente,pesquisa e fazer parceriasque viabilizem tecnologiasdesenvolvidas por nossos pes-quisadores. Gradativamente,chegaremos lá”, afirma.

Projetoscontemplados

Dos projetos que recebe-ram o apoio do Escritório deCaptação, Donadio destacao Ciência Móvel, o Centro deDocumentação em Históriada Saúde (CDHS) e o Jantarà Vida. Segundo o chefe doEscritório, a qualidade da es-truturação do projeto e oselementos diferenciais decada um foram cruciais paragarantir uma captação bemsucedida.

“O grandemérito do proje-to de captaçãodo Ciência Mó-vel é que ele con-seguiu construirum programa deparceiros estraté-gicos de longo pra-zo” disse Donádio.O primeiro parceiro(a empresa farma-cêutica Sanofi) per-manece financian-do o pro-

Iniciativa premiadaEm outubro, o Escritório de Captação foi à Holanda represen-tar a Fiocruz no Global Awards for Fundraising 2014 - premia-ção internacional que reconhece práticas de excelência emcaptação de recursos. Vencedor da etapa nacional, o escritó-rio foi um dos três finalistas mundiais da categoria The GlobalFundraiser, dedicada a profissionais que nos últimos dois anosdesenvolveram ações de referência em captação de recursos.Donádio falou ao Linha Direta sobre a grata satisfação de tersido premiado e o aprendizado vindo da experiência.

Por que inscrever o projeto em uma premiação?

Eu identifiquei na inscrição do prêmio uma oportunidade deparar para refletir. Tive que relatar toda a história, detalhar ametodologia desenvolvida, rever os desafios desses oito anosde existência.

Como foi receber a notícia de que, além de ganhar o prê-mio nacional, o Escritório concorreria ao internacional?

Durante o tempo de reflexão, ao preparar a apresentação doEscritório, eu já tinha consciência de que tínhamos trilhadoum caminho bem sucedido e com potencial de crescimento.Só não tinha noção de que o projeto poderia ser escolhido emdetrimento de outros, em âmbito nacional. Então, quando veioa notícia, fiquei num misto de surpresa e otimismo.

Que critérios de premiação foram adotados?

Os projetos vencedores foram os que implantaram uma me-todologia inovadora de trabalho, investiram na formação derecursos humanos e utilizaram estratégias criativas para su-perar os desafios. No caso do Escritório, o crescimento expo-nencial que tivemos nos favoreceu no concurso nacional:saímos de um projeto piloto para uma experiência consolida-da, em um período de oito anos. O prêmio internacionaltambém usou critérios muito parecidos, se não iguais.

Quais foram os resultados dessa participação?

Apesar de não termos vencido, divulgamos a experiência doEscritório da Fiocruz em âmbito nacional e internacional. Te-mos convites de colegas brasileiros e estrangeiros para com-partilhar nosso aprendizado com mais profundidade. Já ca-pacitamos, por exemplo, um grupo do Instituto Pro Rim, ex-celência na realização de transplantes renais, para constituirum núcleo de captação de recursos. Esse resultado foi o quehouve de mais valioso em todo o processo.

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jeto. Outro apoiador de longoprazo é a IBM. “O CiênciaMóvel já é uma ação previstano plano orçamentário anualdestas empresas”, comemora.

O CDHS, complexo quevai reunir os acervos científi-cos e culturais da saúde sob aguarda da COC, foi o projetode maior captação. Diferen-temente do Ciência Móvel, oCDHS tem início, meio e fim,e já teve o seu auge de cap-tação. “Havia um bom poten-cial de captação e a parceriaestratégica que fechamoscom a agência publicitária F.Nazca e a TV Globo pode es-timular a entrada de parcei-ros”, explica o coordenadordo escritório.

O Jantar à Vida faz partedo programa de captação doNúcleo de Apoio a ProjetosEducacionais e Culturais (Na-pec), que desenvolve ativida-des de leitura, educação in-formal, jogos multimídias,entre outras, para pacientesem situação de internaçãohospitalar ou atendimentoambulatorial no Instituto Fer-nandes Figueira. Seus objeti-vos são inserir uma ação pon-tual de mobilização de recur-sos na agenda da Fiocruz; tor-nar o projeto conhecido inter-na e externamente; e lançaro programa de captação Ami-gos do Napec para atrair aatenção de pessoas físicasque contribuam com projetosda Fiocruz, seja por recursosdiretos, indiretos ou incenti-vados: “Esse é um dos cami-nhos que esperamos percor-rer daqui para frente”, afir-ma Donadio.

Comoutilizar

O Escritório de Capta-ção recebe projetos a partirde duas chamadas anuais,que acontecem nos períodosde agosto a setembro, e dejaneiro a fevereiro. Depoisde submetido pelo [email protected],o projeto é avaliado porum comitê técnico. De-pois, é enviado ao Conse-lho Deliberativo da Fiocruz,que decide se integrará ounão o sistema. Se aprova-do, é formatado em umplano de captação.

Como o ciclo de vidada captação dura de umano a dois, é importanteque o planejamento sejafeito antecipadamente,como explica Donadio:“Se eu tenho um projetoprevisto para se realizarem 2016, tenho que co-meçar o ciclo de captaçãoainda no segundo semes-tre de 2014, para que te-nhamos o tempo necessá-rio para cumprir todas asetapas, até que ele sejaviabilizado.”.

Além das chamadasanuais, o Escritório de Cap-tação vai passar a prospec-tar editais nacionais e in-ternacionais e divulgar es-sas oportunidades peloscanais de comunicação daFiocruz. Os interessadospoderão apresentar proje-tos que se adequem a al-gum desses editais duran-te o ano todo.

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nformar e orientar otrabalhador da Fio-cruz sobre conceitos

e procedimentos relacionados àprática do assédio moral e se-xual, firmando a posição insti-tucional de intolerância quantoao tema. Esses são os principaislegados que a cartilha de pre-venção e enfrentamento do as-

sédio moral e sexual notrabalho visadeixar aos tra-balhadores daFundação Oswal-do Cruz. O mate-rial foi produzidopela Comissão dePrevenção e En-frentamento do As-sédio Moral e Violên-cia no Trabalho epelo Comitê NacionalPró-Equidade de Gê-nero e Raça da Fiocruz.

A cartilha foi lan-çada em outubro, du-rante o 3º Seminário deHumanização no Traba-lho, e está disponível, emformato eletrônico, noPortal e na Intranet Fiocruz.Em suas 32 páginas, a car-tilha traz definições e clas-sificações que orientam ostrabalhadores a identificar seestão de alguma forma so-frendo, ou mesmo cometen-do algum tipo de assédio. Ori-enta ainda sobre como proce-der, por meio da indicação das“portas de entrada” e dicas decomportamento em determi-nadas situações.

A publicação também dife-rencia assédio moral e conflitos

Por Glauber Queiroz

de trabalho, elenca consequên-cias do assédio, aborda aspec-tos legais, apresenta a políticainstitucional de prevenção eenfrentamento do tema e apre-senta as ações da Fiocruz naárea. A versão impressa podeser solicitada em um dos canaisde acolhimento - Ouvidoria, Nú-cleo de Saúde do Trabalhadorda Coordenação de Saúde doTrabalhador da Diretoria de Re-cursos Humanos (Nust/CST/Di-reh), nos Serviço de RecursosHumanos (SRH) das unidades eno Sindicato dos Trabalhadoresda Fiocruz (Asfoc-SN).

Durante o evento, o presi-dente Paulo Gadelha falou so-bre as ações da instituição naárea. “Essa atividade é clara-mente um retrato da Fiocruz. AFundação trabalha com o con-traditório. Ela é centralmenteuma instituição acolhedora, commuito ainda a aprender”. Para-lelamente ao movimento insti-tucional que a Fiocruz vem fa-zendo para pautar o tema inter-namente, no Congresso Nacio-nal a Comissão de Constituiçãoe Justiça (CCJ) do Senado Fe-deral aprovou, no dia 5/11, Pro-jeto de Lei (PL) que criminalizaa prática do assédio moral naadministração pública.

O projeto deve passar pornova votação, em turno suple-mentar, na CCJ, e ser enviadoao plenário, caso não seja apre-sentado recurso. Se aprovado,o PL será encaminhado para aCâmara dos Deputados. Até omomento ainda não existe noBrasil uma legislação específicaque tipifique o assédio moral.

Fundação lança documento sobreconceitos e procedimentos paraorientar a força de trabalho

Assédio morale sexual sãotema de cartilha

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umento de visibili-dade, democrati-zação e eficiência

administrativa. Amparadanesses três pilares, a Direto-ria de Recursos Humanos (Di-reh) reconfigurou sua políti-ca institucional de estágio e,em maio de 2015, deve lan-çar um primeiro edital públi-co de oferta de vagas. Deacordo com as novas regras,

Por Glauber Queiroz

a seleção para estágios obri-gatórios e não obrigatórios,será realizada exclusivamen-te por meio de editais publi-cados duas vezes por ano,nos meses de maio e novem-bro.

Os editais serão divulga-dos nas páginas da unidadeque oferece a vaga, na pági-na da Direh e na página doCentro de Integração Empre-

Nova política institucional muda processo de seleção na Fiocruz

Mais transparênciana oferta de estágio

A sa-Escola (CIEE), agente inte-grador da Fiocruz. As vagasoferecidas respeitarão as es-pecificidades de cada unida-de e 10% delas serão desti-nadas a estudantes portado-res de necessidades especiais.

O diretor de RH da Fio-cruz, Juliano Lima, saudou ainiciativa, construída de for-ma conjunta pela Direh epelos Serviços de Recursos

Humanos (SRHs), e enalte-ceu o reconhecimento do es-tágio como uma estratégiainst itucional da Fiocruz.“Lançamos um olhar institu-cional para um campo degrande importância, que ga-nha um status de formaçãorelevante e deve ser apro-fundado”, afirmou.

A nova política instituci-onal de estágio tem como

base a Orientação Normati-va (ON) nº 4, de julho de2014, da Secretaria de Ges-tão Pública do Ministério doPlanejamento, Orçamento eGestão (MPOG). Confira oque muda e o que permane-ce com a instituição da novapolítica de estágio da Fio-cruz. A integra do texto en-contra-se na página da Di-reh (www.direh.fiocruz.br).

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construção de umaparceria entre oInstituto Pasteur e

a Fundação Oswaldo Cruz ga-nhou corpo em dezembro,com a visita do diretor daRede Internacional dos Insti-tutos Pasteur, Marc Jouan, aoCampus Manguinhos. Suavinda foi precedida pela deduas outras gestoras da insti-tuição - a diretora técnica ecoordenadora da área deMeio Ambiente, Nathalie De-noyé, e a coordenadora daQualidade e responsável pelaárea de DesenvolvimentoSustentável do Pasteur, Ma-rie-Laure Chao. As duas ins-tituições se comprometerama realizar, em junho desteano, um simpósio científicosobre doenças infecciosas eneurociências.

De acordo com o diretordo Instituto Oswaldo Cruz(IOC), Wilson Savino, que estáà frente das negociações doacordo interinstitucional, o ob-jetivo é reunir laboratórios jáexistentes no Brasil e na Fran-ça para desenvolver trabalhosconjuntos, inicialmente pormeio virtual. A ideia é mon-tar uma rede de laboratóriosinternacionais mistos para in-tercâmbio em pesquisas noscampos de neurociências, bi-oinformática e doenças emer-gentes da Amazônia. O vice-presidente de Pesquisa e La-boratórios de Referência da Fi-ocruz, Rodrigo Stabeli, parti-cipou da reunião com MarcJouan na Fundação.

Nathalie Denoyé e Ma-rie-Laure Chao, convidadaspela Coordenação da Quali-dade da Fiocruz para a pa-

A

Qualidade da instituição francesa será referência

Por Claudia Lima

Instituto Pasteur e Fiocruzconstroem parceria

EntrevistaNathalie Denoyé eMarie-Laure Chao

LD – O que há em co-mum entre o Instituto Pasteure a Fiocruz?

R - O Instituto Pasteur e aFiocruz são duas instituiçõesque funcionam com os mes-mos valores, com uma dimen-são que é diferente – o Insti-tuto Pasteur é menor que aFiocruz, vocês têm hospitais enós, não. Temos três camposde atuação comuns: pesqui-sa, saúde pública e ensino.

LD – Quais as possibilida-des de trabalho conjunto?

R - A Qualidade pode aju-dar a Fiocruz a ter excelên-cia. Nós podemos trazer nos-sa experiência, particularmen-te a da estrutura que imple-mentamos, que consiste emcentralizar e trabalhar comuma equipe única, transversal.Um valor que nós utilizamosbastante é a transversalidade.Podemos trazer nosso savoirfaire para a instituição, quetem a mesma cultura científi-ca - mostrar as coisas queaconteceram conosco nesse

processo e aprender com a ex-periência de vocês.

LD – Como funciona aQualidade no Pasteur?

R - No Instituto Pasteur,os serviços de suporte sãotodos serviços centralizadosem torno da ciência, paraservir à ciência. No começo,a implementação foi difícil,não havia uma adesão doscientistas aos processos.Hoje, nós fazemos toda aparte administrativa e elesfazem a pesquisa. É impor-tante fazer com que as uni-dades entendam que os pro-cedimentos da Qualidadevão lhes trazer benefícios.

LD – Como foi o processode implementação?

R - Nós temos um dire-tor-geral que definiu comoprioridade uma dinâmica emtorno da Qualidade, que hojeestá no plano estratégico.Trabalhamos num projeto pi-loto e tivemos sucesso nosnossos procedimentos. Emgeral, quando nós falamos,os cientistas não nos escu-tam, mas quando um cien-tista explica para outros ci-entistas que funcionou, queeles se organizaram, ganha-ram estrutura, traçabilidade,registros e uma visão do quepodem fazer, é diferente.Hoje há um verdadeiro en-gajamento. Todos os novosprojetos que estão sendo co-locados em prática têm umcomponente de Qualidade,com objetivos de certificaçãoe acreditação.

lestra de abertura do IV En-contro de Gestão da Qualida-de, conheceram o CampusManguinhos na semana an-terior à vinda do diretor. Elasdestacaram o papel da áreana cooperação interinstituci-onal na entrevista concedidaao Jornal Linha Direta so-bre as possibilidades de acor-do. Confira:

LD – O Instituto Pasteur ade-riu ao Pacto Global das NaçõesUnidas, iniciativa voluntária queoferece diretrizes para o cresci-mento sustentável e da cidada-nia, por meio de lideranças cor-porativas. Qual a importância daadesão a esse Pacto?

R – O Pacto Global das Na-ções Unidas deve ser uma pri-oridade no contexto do acor-do Fiocruz-Pasteur, pois trata-se da responsabilidade social

da instituição, que é tambémum eixo da Qualidade. Quan-do a Fiocruz fala de objetivosligados à excelência, devepensar também na questão doPacto Global, um componen-te indispensável quando se falaem excelência. É importantesensibilizar as equipes e tam-bém a direção da instituição.A Qualidade será um dos pon-tos importantes da cooperaçãoque está se desenhando entrePasteur e a Fiocruz.

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m importante passopara implementar oComplexo de Institu-

tos Nacionais da Fiocruz foi dadono fim do ano passado: a Câ-mara Municipal aprovou, depoisde seis meses de tramitação, oProjeto de Lei Complementar nº80/2014. O PL, encaminhadopelo Executivo, resultou na Leicomplementar nº 148, que criaárea de especial interesse fun-cional e altera os parâmetros ur-banísticos da área de São Cris-tóvão onde serão erguidas asnovas sedes dos institutos naci-onais de Infectologia EvandroChagas (INI, antigo Ipec) e deSaúde da Mulher, da Criança e

U do Adolescente Fernandes Fi-gueira (IFF).

O vereador Paulo Pinheiro(PSOL) acompanhou e defen-deu a aprovação. “A parte daFiocruz, de dotação orçamentá-ria e projeto executivo, foi feita.Os problemas internos da Câ-mara e o recesso de julho atra-saram a votação”, explica o par-lamentar. O PL foi aprovado emprimeira discussão em julho de2014 e em segunda votação nomês de outubro. Um erro emrelação à distância das divisasdo terreno permitida para cons-trução fez o Executivo vetar par-te do próprio projeto, aprovadofinalmente em 26 de novembro.

Por Claudia Lima

Aval para construção do Complexode Institutos Nacionais da Fiocruz

ParceriaEstreitar as relações ins-

titucionais entre a Fiocruz ea Câmara Municipal é par-te da rotina do vereadordesde março de 2010, quan-do foi assinado um convê-nio de cooperação técnico-científica entre a Casa e aEscola Nacional de Saúde Pú-blica Sergio Arouca (Ensp).Gestor convidado da Ensp,Paulo Pinheiro lembra que ointercâmbio é aberto para aparticipação dos pesquisa-dores e ressalta a importân-cia da iniciativa.

“A Câmara tem dois

momentos de discussão doorçamento, em abril e no-vembro, quando se vota aLei de Diretrizes Orçamentá-rias. O fazemos? Tentamosbuscar aqui na Escola as pes-soas que têm interesse e ex-pertise em orçamento públi-co e discutir com os profissi-onais da Câmara”, conta. Overeador cita como experiên-cia de sucesso da troca en-tre a Fundação e o parlamen-to a realização de duas edi-ções de seminários de quali-ficação para conselheiros desaúde, que tiveram à frenteo pesquisador Marcelo Ras-ga Moreira, da Ensp.

“A cidade tem um Con-selho Municipal e dez con-selhos distritais de saúde,que exercem o controle so-cial e são formados por re-presentantes de organiza-ções sociais, prestadores deserviço e usuários do SUS.Foram mais de 20 dias deaula sobre legislação doSUS, modelo de gestão eorçamento”, recorda. OCentro de Estudos da Ensptambém tem sido utilizadonas atividades da coopera-ção técnica, com discussõessobre modelos de gestão eorçamento da saúde, porexemplo.

Câmara Municipal cria área especial de interesse para terreno em São Cristóvão

Por uma TV democrática e cidadã

om experiência acu-mulada na produçãoaudiovisual, a Video-

Saúde Distribuidora da Fiocruz,do Instituto de Comunicação eInformação Científica e Tecno-lógica em Saúde (Icict) vem par-ticipando de eventos e discus-sões relacionados ao Canal daCidadania. Entre eles, os en-contros da Frente Parlamentarpela Democratização da Co-municação e da Cultura do Riode Janeiro. As reuniões acon-tecem na Câmara Municipal doRio de Janeiro, de acordo comcalendário estipulado pela so-ciedade civil, e são divulgadasno portal da Casa (http://www.camara.rj.gov.br/).

A Frente Parlamentarpela Democratização da Co-

municação e da Cultura doRio de Janeiro, aprovada pelaResolução 7.632/2011, foi pro-posta pelo vereador Reimont(PT) com o objetivo de incen-tivar ações que fomentem ademocratização da comunica-ção e da cultura. Presididapelo próprio parlamentar, atu-almente é formada por 26 dos51 vereadores e integrantesda sociedade civil. “A frentefoi formada para discutir a ne-cessidade e a importância dedemocratizar os processos decomunicação e os processosde fazimento da cultura, deapropriação da cultura na ci-dade do Rio de Janeiro”, jus-tifica Reimont.

O Canal da Cidadania éuma emissora de televisão

C aberta à qual todo municípiotem direito e que passará acompor o espectro do Siste-ma Brasileiro de Televisão Di-gital (SBTVD). Um espaçodemocrático para exibição deprogramas sobre a realidadelocal, com produções própri-as, comunitárias, alternativas,independentes, populares,públicas e sindicais. A novaemissora, prevista pelo Decre-to nº 5.820/06, integra o con-junto de canais públicos ex-plorados por entes da admi-nistração pública direta e in-direta em âmbito federal,estadual e municipal, e porentidades das comunidadeslocais, dentro do SBTVD.

“Acredito que esses ca-nais, que vão proliferar pelo

país, têm um grande potenci-al para a defesa da cidadaniae afirmação do direito à saú-de. Eles podem se tornar im-portantes espaços para exibi-ção do acervo de audiovisualsobre saúde que vem se for-mando nas últimas décadas, e,consequentemente de debatesobre as políticas públicas desaúde”, afirma o vice-diretorde Informação e Comunicaçãodo Icict, Rodrigo Murtinho,que vê os canais como estra-tégicos para os conselhos desaúde. “Acredito que a Fio-cruz, a partir da experiência daVideoSaúde no Canal Univer-sitário do Rio de Janeiro (UTV)e do próprio Canal Saúde,deva participar desse proces-so”, diz Murtinho.

Representantes do Icict participam de discussões sobre a emissora Canal da Cidadania

Por Daniela Muzi

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o prólogo do livro Plágio: palavras escondidas, publicado pelas editoras Letras Livres eFiocruz, as autoras Debora Diniz e Ana Terra apresentam o texto e definem bem o seutema: “Este livro é sobre o plágio, uma forma de enganação textual em que um pseudo-

atuor assume como suas as palavras de um autor. Intencional ou descuidado, o pseudoautormente para o leitor: substitui assinaturas em um texto e não informa sobre a anterioridade dacriação”. Na entrevista concedida ao Jornal Linha Direta, as autoras Debora Diniz e Ana Terrafalam sobre más condutas no meio acadêmico e de alguns aspectos do tema tratados no livro.

NPor Fernanda Marques

Publicação trata do tema tabu no meioacadêmico e de seu enfrentamento

ticadas. Os professores universi-tários têm papel fundamental naquebra desse silêncio entre osestudantes, mas também preci-samos de boas comissões de éti-ca na escrita acadêmica.

LD - O plágio é considera-do grande vilão no ambienteacadêmico, mas existem ou-tros tipos de má conduta cien-tífica – talvez tão ou mais fre-quentes. Quais têm sido iden-tificadas nas universidades ecentros de pesquisa brasilei-ros?

R - Muitos equívocos éti-cos têm alguma interseçãocom o plágio, seja pela con-duta desonesta, seja pelodesvio de autoria. Falhascomo fabricação ou manipu-lação de dados — quando opesquisador inventa dados ouos distorce —, ou mesmoconflitos de autoria fantasma(ghost authorship) ou convi-dada (guest authorship) têmsido noticiados. Há tambémcasos de compra de trabalhosacadêmicos por estudantes eaté fraudes no currículo Lat-tes. Um caso de má-condutapode envolver tanto a fabri-cação de dados como o plá-gio, por exemplo. Isto é,pode ocorrer mais de um tipode infração ética ao mesmo

LD - O problema do plá-gio tem sido suficiente eapropriadamente discutidoentre pesquisadores, alunose professores nas universi-dades e centros de pesqui-sa brasileiros? Se não, quaisseriam os principais moti-vos desse silêncio?

R - O plágio é um daquelestemas que chamamos de tabu.Está por aí, mas conversamospouco sobre ele. Quando ele viraassunto, é porque já houve umescândalo nas notícias, pois foicometido por algum pesquisadorde grande universidade, ou por-que algum aluno plagiou e o pro-fessor descobriu. Aí o tom daconversa é pouco reflexivo emuito prescritivo — acredita-seque a “solução” seja censurar epunir. Há pelo menos dois moti-vos para esse silêncio. O primei-ro é o próprio tabu. O tema doplágio causa incômodo, por issoparece que se evita falar dele. Osegundo é uma falsa crença deque os saberes sobre como secomunicar academicamente jásejam conhecidos de todos. Issonão é verdade. A escrita acadê-mica é difícil, tem uma série deconvenções, e é em seu perma-nente exercício que a aprende-mos. É preciso socializar-se a es-sas regras e isso requer que elassejam expostas, discutidas, pra-

Plágio,palavras escondidas

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tempo. Nesse caso, o plágiocostuma ser a primeira evi-dência de uma rota tortuosa.Outra questão ética textual éa autorrepetição indevida,que alguns chamam de au-toplágio. Há um paradoxo notermo autoplágio, pois a de-finição de plágio envolve aapropriação do texto de ou-tra pessoa, e não de si mes-mo, mas de fato a publica-ção duplicada pode ser umproblema em um contextoem que se valoriza o pesqui-sador pela quantidade de pu-blicações. Não conhecemospesquisas que mapeiem osequívocos éticos no país, mastalvez essa lacuna seja justa-mente o que reforce nossaideia de que há um silêncioque precisa ser rompido.

LD - A cobrança por cres-cente produtividade científicapode estar entre as causas doplágio e de outras más condu-tas? Que outras causas pode-riam ser apontadas?

R - A infração ética émulticausal. Não podemosdizer que o plágio decorrasimplesmente da pressão porpublicar. A ideia do publishor perish merece atenção,mas antes como um equívo-co nos critérios de avaliaçãodos pesquisadores que comouma causa do plágio. Há pes-quisadores produtivos quenão são plagiadores. E alu-nos que plagiam estão ma-nifestando desconhecimen-to, desinteresse ou preguiça,e não pressão por produtivi-dade. Não conhecemos bonsestudos sobre as motivaçõespara o plágio — outra lacu-na silenciosa, pois aquelesque copiaram indevidamen-te não costumam ser ouvi-dos —, mas as desculpas quemais encontramos são igno-rância das regras de norma-lização, memória fotográfi-ca e descuido nas notas deleitura.

LD - Softwares para detec-tar plágio e punição exemplarestão entre as formas de com-bate ao problema. Seriam asmais efetivas? Qual seria amelhor prevenção?

R - A patrulha tecnológi-ca é uma ferramenta paracomprovar a materialidadeda cópia. Como professorese editores receosos de ser-mos enganados, recorrer aoscaça-plágios pode trazer se-gurança, como um “selo dequalidade” daquilo que esta-mos lendo. Mas há proble-mas importantes no uso desoftwares, como os falsospositivos e, principalmenteno campo pedagógico, opressuposto de que todo alu-no vai errar. Se usado umcaça-plágio, a cópia identifi-cada terá sempre de passarpor um bom leitor humano.E, comprovado o plágio, apunição será uma respostaao caso particular, mas nãoa solução do problema. An-tes, é preciso estabeleceruma cultura de troca de idei-as sobre plágio: expor otema, informar, debater. So-bretudo, ensinar como, quan-do e por que citar, ou aindacomo, quando e por que pa-rafrasear. A comunidade aca-dêmica deve estar em per-manente diálogo sobre as for-mas de se comunicar. Sim-plesmente proibir e punir nãoé eficiente para gerar mu-danças de comportamento.

LD - As diferentes áreas doconhecimento tratam o plágioda mesma maneira? O modocomo a física e a biologia en-caram o problema é similar aodas artes, por exemplo?

R - Há diferenças, sim. Oslimites do que é repetiçãoaceita ou indevida variam.Nas artes, uma imitação cria-tiva, em que um artista se ins-pira no trabalho de outro,pode ser uma prática aceitae inclusive bem-vinda. É oque acontece com as paródi-as, por exemplo. Na culiná-ria, posso acrescentar umafolhinha de manjericão a umareceita e terei um prato novo,sem ser acusada de plágio. Nacomunicação acadêmica, oslimites são menos generosos.Há um dever de reconhecerquem antecedeu nossas idei-as, por isso atribuir as fontes,por meio de citações e refe-rências, é tão importante. Ain-

da assim, há diferenças en-tre como cada área interpre-ta a repetição. O que é vistocomo plágio nas humanida-des pode não ser ofensivo nasciências biomédicas. Se es-tou replicando um experi-mento, por exemplo, é es-perado que a seção de me-todologia de meu artigo sejasemelhante à do experimen-to original. Há uma discus-são importante se essa repe-tição atinge os limites dacópia indevida, pois os da-dos serão originais.

LD - E quando o plágio eoutras más condutas na ciên-cia extrapolam o meio acadê-mico, envolvendo disputas ju-diciais e ocupando as manche-tes dos jornais? O que essescasos podem nos ensinar?

R - O plágio em si não écrime; porém, quando envol-ve infração a direito autoral,pode, sim, ser judicializado eé provável que seja tambémnoticiado. Isso nos mostra queas consequências do malfeitopodem ser muitas, mas sem-pre desastrosas para o pesqui-sador e para a ciência. O pes-quisador pode sofrer proces-so judicial e passar vergonha,especialmente se o caso fordivulgado na imprensa. Semdúvida, haverá um abalo emsua carreira: ele poderá ter seutítulo de mestre ou doutor cas-sado, poderá perder o empre-go e a bolsa de pesquisa. Oostracismo, para ele, será qua-se uma sentença. Para a ci-ência, o plágio e as demaismás-condutas também sãodramáticos: eles ameaçam aconfiança das pessoas no fa-zer científico. Imagine um tes-te clínico de uma vacina: sefor descoberta fraude no tra-tamento dos dados, como con-fiar na eficácia dessa vacina?Já ouvimos um caso em queum campo inteiro deixou deter adesão de pesquisadorespor conta de um episódio an-terior de fraude. É como se areputação daquela área ficas-se manchada e os pesquisa-dores se afastassem. E se nin-guém se interessa por aquelecampo, o conhecimento sobreele ficará em atraso.

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m dezembrode 2014, oConsórc ioBrasileiro de

Acreditação e a JointCommissionInternatio-nal concederam certifi-cado de Acreditação aoNúcleo de Saúde do Tra-balhador da Coordena-ção de Saúde do Traba-lhador da Diretoria de

Núcleo de Saúdedo Trabalhadorrecebe acreditação

Por Annalu Silva e Glauber Queiroz

ERecursos Humanos (Nust/CST/Direh). A avaliação final ocor-reu no dia 19 de novembro,após a primeira inspeção téc-nica, realizada em junho.

A acreditação é uma cer-tificação de qualidade volta-da exclusivamente para ser-viços de saúde. A Vice-Presi-dência de Ambiente, Aten-ção e Promoção da Saúde(VPAAPS) e a Diretoria de

o dia 9 dedezembro, oMinistério daSaúde (MS)

realizou cerimônia decertificação das salasde apoio à mulher tra-balhadora que ama-menta dos Bancos de

Administração do Campus(Dirac) apoiaram fortementea iniciativa, conduzida pelaCoordenação Integrada daQualidade (CIQ/Direh), coma gestão do Nust e da CST.O engajamento de todos osprofissionais envolvidos noprocesso foi fundamentalpara a certificação, que éválida por três anos, quandoo Núcleo será reavaliado.

Ministério da Saúde também certifica salasde apoio à amamentação do Rio

Bancos de Leite HumanoLeite Humano (BLH) e pos-tos de coleta. Com a propos-ta de contribuir para a conti-nuidade da amamentação,as salas são especialmentepreparadas o ambiente deempresas e organizações, vi-sando permitir que a mulher-mãe que amamenta possa,

de forma segura, retirar o lei-te e levá-lo para seu filhoapós a jornada de trabalho.A sala de apoio à amamen-tação do Centro de SaúdeEscola Germano Sinval Faria,da Escola de Saúde PúblicaSergio Arouca (Ensp) rece-beu a certificação.

e você perdeuou esqueceualgum objeto

nos campi Manguinhose Expansão, entre emcontato com o Departa-mento de Vigilância eSegurança Patrimonial,da Dirac, pelos telefo-

Achadose Perdidos

nes 2209-9114 e 2270-3547, ou pessoalmenteno prédio do DVSP. Oatendimento funcionadas 8h às 17h. Os usuári-os que acharem perten-ces pelos campi podementregá-los diretamenteao Departamento.

m janeiro, aDiretoria deAdministra-

ção do Campus (Dirac)iniciou a primeira tur-ma do Projeto Atendi-mento Padrão da Fio-cruz, destinado a as-censoristas e profissio-nais de recepção, por-taria e telefonia. O ob-jetivo é implementarum novo modelo degestão de atendimen-

E

Dirac capacitaatendentes

to institucionalizado egarantir rapidez, flexibi-lidade, presteza, respei-to, cortesia e qualidadeno trato com o público.Os trabalhadores partici-parão de quatro módu-los, com os temas: histó-rico da Fiocruz; comuni-cação; qualidade noatendimento, segurançae saúde no trabalho; en-genharia social e briga-da de contingência.

ara acessar oscampi Man-guinhos e Ex-

pansãonos fins de se-mana, os profissionaisda instituição e as uni-dades Fiocruz devem co-municar o Departamen-

Autorizaçãode acesso nosfins de semana

to de Vigilância e Segu-rança Patrimonial sobrea entrada, com justifica-tiva. A comunicação deacesso deve ser feita pormemorando até a quin-ta feira anterior ao fimde semana.

P

SN

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ma exposição vivae permanente dabiodiversidade ve-

getal. Assim é a Trilha do Ar-boreto, projeto desenvolvidono Palácio Itaboraí, em Petró-polis (RJ). Por meio de visitasguiadas, os visitantes apren-dem as propriedades e dife-renças morfológicas entre as248 espécies plantadas no es-paço. Muitas são medicinais,como o boldo, erva-cidreira,arnica e alecrim. As plantassão identificadas por placas in-formativas com os nomes po-pular e científico, família ecentro de diversidade, ouseja, a região com grande par-te da variabilidade genéticade uma espécie.

Também informam o usopopular e status - se é tóxica,aromática, nutritiva, ornamen-ta, medicinal ou tem significa-do e uso religioso. O coordena-dor do projeto, Sérgio Montei-ro, ressalta o caráter sócio-edu-cativo e cultural da iniciativa edestaca seu papel em relaçãoàs plantas medicinais. “Alémdas informações básicas deidentificação, algumas orienta-ções específicas também sãofornecidas para que o medica-mento fitoterápico, por exem-plo, seja utilizado corretamen-te em relação ao preparo, po-sologia e aplicação”, explica.

A Trilha já recebeu maisde 1.600 pessoas em três anos,entre alunos das escolas públi-cas e privadas do município,profissionais da área de saúdee turistas. De forma comple-mentar, o Fórum Itaboraí estáimplantando o Horto-Escola daTrilha do Arboreto, espaçocomplementar dedicado a ati-vidades que percorrem o iní-cio da cadeia produtiva deplantas medicinais, desde aidentificação correta das espé-cies até a embalagem e o ar-mazenamento da matéria-pri-ma vegetal para a produçãode medicamentos.

Trilha do Arboreto, no Palácio Itaboraí, integra lazer, informação e saúde

Uma aventura pelo mundo das plantas

U ArranjoProdutivo Local

Dentre as plantas medici-nais que compõem a Trilha, 20espécies foram selecionadaspara atender ao Arranjo Pro-dutivo Local (APL) de Petrópo-lis, um projeto realizado pormeio da parceria entre a Pre-feitura do município e a Fio-cruz. O objetivo é qualificar aprodução e a prescrição dos fi-toterápicos na região. “Depoisdo curso, aprendi que usáva-mos algumas plantas incorre-tamente e percebemos o po-tencial de algumas espéciesque não dávamos muita impor-tância”, afirmou o jardineiro elíder do Quilombo do Vale doCuiabá, Adão Casciano.

A capacitação é realiza-da em cursos e oficinas, ofe-recidos gratuitamente a todosos agricultores e profissionaisde saúde selecionados pormeio de entrevistas. “Anteseu me baseava apenas no co-nhecimento popular para es-colher, cultivar e utilizar asplantas. Depois do curso, meacostumei a usar uma cartilha(distribuída durante o curso)para realizar a correta identi-ficação das espécies que pro-curamos ou encontramos. So-mado com todos os outros pro-cessos que aprendi durante ocurso, fico muito mais confi-ante para realizar o meu tra-balho”, afirmou Adão.

Dentro do contexto do pro-jeto, será publicado o primeirovolume do Caderno Itaboraí:Guia de Plantas Medicinais, ela-borado pelo Fórum Itaboraí.Com previsão de lançamentopara o primeiro trimestre de2015, o material será dedicadoàs espécies selecionadas parao APL e apresentará uma sériede informações fundamentaissobre as plantas, métodos depreparo de medicamentos, cui-dados e outras curiosidades.

Por Luiz Pistone

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Por Daniela Muzi

retrato do nascimen-to na voz das mulhe-res. A voz das mulhe-res, ouvimos na série

em DVD Nascer no Brasil, lan-çada em dezembro pelo SeloFiocruz Vídeo - uma das linhasde ação da VideoSaúde Distri-buidora da Fiocruz -, que esta-rá disponível na Editora Fiocruz.A produção tem dois títulosParto, da violência obstétrica àsboas práticas, com 20 minutos,e Cesárea, mitos e riscos, de 17minutos, ambos dirigidos, foto-grafados e produzidos por BiaFioretti, publicitária especialista

Oem Criação e Comunicação emSaúde Pública.

O DVD Nascer no Brasilapresenta o conteúdo emocio-nal da pesquisa inédita Nascerno Brasil: Inquérito Nacional so-bre Parto e Nascimento, coor-denada pela Fiocruz, e é per-meado com alguns dos resulta-dos do inquérito e entrevistascom profissionais de saúde. Sãomuitas as vozes: “Quando agente fica assim sozinha, sen-tindo dor sem apoio de nin-guém, parece que a dor nãopassa”; “Saindo da mesa do tra-balho de parto, olhei pro meumarido e falei que nunca maisqueria um filho”; “O parto nor-

mal é muito primitivo, acho quenão tem nada a ver com os diasde hoje”; “Meu médico é quemvai decidir agora”.

Escuta desabafos, revela-ções e confissões. O olhar afe-tuoso de Bia se reflete nos de-poimentos. A câmera se apro-xima das mães após a sextahora de nascimento dos seusbebês e escuta. Ao todo foramrealizadas 154 entrevistas em2011, durante a aplicação dapesquisa, e em 2014, estas úl-timas por inciativa da própriadiretora. A ideia era dar vidaaos números da pesquisa, maso conteúdo das entrevistas emvídeo acabou surpreendendo.

“Ao saber da pos-sibilidade de ser exi-bido na televisão,após o convite da Vi-deoSaúde - que con-ta com um programade TV exibido emsete emissoras brasi-leiras -, vi que era ne-cessário voltar em al-guns hospitais e gra-var novos depoimen-tos. Foi muito impor-tante poder ouvir so-bre o uso de boaspráticas durante oparto e nascimento”,relembra Bia, sem es-conder a emoção.

Selo Fiocruz Vídeo lança DVD Nascer no Brasil

Por Fernanda Marques

Produção reúne depoimentos emocionantes de mulheres durante o inquérito nacional