6
Conceito de Teoria Quantitativa da Moeda A Teoria Quantitativa da Moeda (também designada por Teoria Quantitativa dos Preços) é uma teoria para determinação do produto e do nível geral de preços que defende que os preços são determinados pela oferta de moeda (isto é, pela quantidade de moeda em circulação) e pela velocidade de circulação da moeda . A Teoria Quantitativa da Moeda foi inicialmente formulada por David Hume, no século XVIII, e defendia que os preços variam proporcionalmente com a quantidade de moeda em circulação, o que obriga, naturalmente, que avelocidade da moeda seja constante. Mais recentemente, a corrente monetarista liderada por Milton Friedman, adopta uma abordagem mais prudente, defendendo que a oferta de moeda é o principal determinante das variações do produto nominal. A Teoria Quantitativa da Moeda pode ser expressa na seguinte equação: M.V = P.Q Em que V representa a velocidade da moeda, P os preços de mercado, Q a quantidade de produtos transaccionada na economia (ou seja P.Q representa o produto nominal) e M a quantidade de moeda. Milton Friedman TQM - A Teoria Quantitativa da Moeda: A Teoria Reformulada por Milton Friedman Para Combater o Keynesianismo A Teoria Quantitativa da Moeda (Quantity Theory of Money), é uma das duas principais teorias que analisam o equilíbrio da economia do lado monetário (a outra visão é a keynesiana, que introduz o motivo especulação) Ela defende que o nível dos preços é determinado pela quantidade de moeda em circulação e pela sua velocidade de circulação. A teoria Quantitativa do Valor da Moeda (TQM) é uma teoria clássica segundo a qual o aumento do meio circulante

Conceito de Teoria Quantitativa Da Moeda

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Conceito de Teoria Quantitativa Da Moeda

Conceito de Teoria Quantitativa da Moeda

A Teoria Quantitativa da Moeda (também designada por Teoria Quantitativa dos Preços) é

uma teoria para determinação do produto e do nível geral de preços que defende que os

preços são determinados pela oferta de moeda (isto é, pela quantidade de moeda em

circulação) e pela velocidade de circulação da moeda. A Teoria Quantitativa da Moeda foi

inicialmente formulada por David Hume, no século XVIII, e defendia que os preços variam

proporcionalmente com a quantidade de moeda em circulação, o que obriga,

naturalmente, que avelocidade da moeda seja constante. Mais recentemente, a corrente

monetarista liderada por Milton Friedman, adopta uma abordagem mais prudente,

defendendo que a oferta de moeda é o principal determinante das variações do produto

nominal.

A Teoria Quantitativa da Moeda pode ser expressa na seguinte equação:

M.V = P.QEm que V representa a velocidade da moeda, P os preços de mercado, Q a quantidade de produtos transaccionada na economia (ou seja P.Q representa o produto nominal) e M a quantidade de moeda.

 

Milton Friedman TQM - A Teoria Quantitativa da Moeda: A Teoria Reformulada por Milton Friedman Para Combater o Keynesianismo

A Teoria Quantitativa da Moeda (Quantity Theory of Money), é uma das duas principais teorias que analisam o equilíbrio da economia do lado monetário (a outra visão é a keynesiana, que introduz o motivo especulação) Ela defende que o nível dos preços é determinado pela quantidade de moeda em circulação e pela sua velocidade de circulação.

A teoria Quantitativa do Valor da Moeda (TQM) é uma teoria clássica segundo a qual o aumento do meio circulante provoca um aumento geral nos preços. Assim, o poder aquisitivo da moeda seria inversamente proporcional ao seu montante em circulação. O economista norte-americano Irving Fisher, que desenvolveu a teoria, elaborou para ela uma formula conhecida com equação das trocas ou equação do câmbio. O enunciado diz que o produto da quantidade de moeda, legal e/ou escritural, pela sua velocidade de circulação, é igual à soma de todos os preços multiplicados pelo volume das mercadorias trocadas. A expressão algébrica é MV = PT, onde M é a quantidade total de moedas, V é a velocidade de circulação, P é o nível geral de preços e T é o volume de transações de bens e serviços ocorridas na unidade de tempo ( em geral um ano). Como o autor inclui a moeda escritural ( os depósitos

Page 2: Conceito de Teoria Quantitativa Da Moeda

bancários), a fórmula detalhada passa a ser: MV + M’V’=PT, em que M’ representa a moeda escritural e V’, sua velocidade de circulação. O nível geral de preços poderia ser expresso da seguinte maneira P=MV+M’V’/T.

Supondo uma política monetária expansionista e uma velocidade-renda da moeda constante em curto prazo, o efeito de um aumento da oferta de moeda sobre a inflação dependerá de a economia estar ou não com recursos desempregados. Se a economia estiver com recursos plenamente empregados, o aumento de M provocará apenas um aumento no nível geral de preços (já que V é constante e T é constante em pleno emprego, para que a equação MV=PT valha, um aumento em M só pode alterar P). Esta é a versão original da Teoria Quantitativa da Moeda.

Mais recentemente, a corrente monetarista liderada por Milton Friedman retoma a Teoria Quantitativa da Moeda e adota uma abordagem mais prudente, defendendo que a oferta de moeda é o principal determinante das variações do produto nominal.

Milton Friedman utiliza a teoria como forma de oposição ao keynesianismo. Elereconstrói a teoria neoclássica junto à TQM. Adota o fundamentalismo de livre mercado como sua ideologia e refuta e rejeita o Keynesianismo em favor domonetarismo; abomina qualquer regulamentação da economia lutando a favor dolaissez-faire quase absoluto.

Grande crítico do Keynesianismo, Friedman coloca um ponto final na crítica a Keynes. A crítica de Friedman não é feita diretamente à Keynes, mas à síntese (IS-LM). Friedman vai pegar a fragilidade que o IS-LM apresenta. A partir daí, vários economistas vão trabalhar para dizer que a política Keynesiana é incapaz de tirar a economia da crise.

Argumento central de Friedman é que a política Keynesiana não movimenta a economia (não gera crescimento) e é inflacionária. Gera variação nos preços e não variação da riqueza. Nesse sentido ele vai dizer que as políticas Keynesianas são ineficientes no trato dos ciclos e ela é inflacionária. E a inflação é muito ruim.

Friedman critica o modelo IS-LM. Os modelos de Friedman passam a ser considerados devido a sua explicação de inflação, ligada às políticas fiscais e monetárias de aumento de demanda agregada.

A crítica está ligada a questão da política monetária e fiscal. Friedman: inflação coincide com a política monetária e fiscal expansionistas. A inflação resulta dessas políticas. Pressuposto: inflação é resultado dos desequilíbrios entre oferta e demanda agregada. A renda não varia. Políticas monetárias e fiscais mudam a demanda agregada, mas não mudam a oferta agregada no mesmo momento e na mesma proporção, o que gera inflação.Muitos estudiosos, como o professor James Tobin da Universidade de Yale,Prêmio de Ciência Econômicas em 1981, fazem severas críticas às teorias de Friedman e ao monetarismo e defendem a intervenção governamental nas economias nacionais.

Page 3: Conceito de Teoria Quantitativa Da Moeda

Teoria quantitativa da moeda

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Teoria Quantitativa da Moeda é uma das duas principais teorias que analisam o equilíbrio da economia do lado monetário (a outra visão é a keynesiana, que introduz o motivo especulação).[1] Ela defende que o nível dos preços é determinado pela quantidade de moeda em circulação e pela sua velocidade de circulação.

A equação quantitativa da moeda

A relação entre o nível de preços e a quantidade de moeda em circulação é expresso pela equação quantitativa da moeda: MV=PYEsta equação "revela simplesmente que, ao multiplicar a quantidade de moeda M pela velocidade V com que ela cria renda, teremos a própria renda nominal PY. Neste sentido, é uma tautologia ou truísmo (uma verdade em si mesma), que decorre simplesmente da maneira como a definimos. Ou seja, uma identidade contábil. Passa a ser uma teoria monetária quando estabelecemos hipóteses teóricas sobre o comportamento das variáveis (se V é ou não constante, se Y está ou não a pleno emprego etc)." (Vasconcellos, 2001, p. 299).

Quantidade de moeda (M)

Na equação quantitativa da moeda, M representa os meios de pagamento.[editar]Velocidade da moeda (V)Na equação quantitativa da moeda, V é a velocidade de circulação da moeda (não observável). Também chamada de velocidade-renda da moeda, é a frequência média em que a unidade monetária é gasta num certo período de tempo, isto é, a quantidade de "giros" que ela dá durante um período determinado, criando renda. É o inverso do coeficiente marshalliano (k é a retenção de moeda, enquanto V é a utilização da moeda, em relação à renda nacional)..[2] No curto prazo a velocidade da moeda é constante, tal que, a equação quantitativa expressa a relação de proporcionalidade entre o estoque da moeda e o nível de preço, porque o produto também é constante, tal que:MV = PY; o que implica que: P = MV/Y

Nível de preços (P)

Na equação quantitativa da moeda, P é o nível de preços

Produto real da economia (Y)

Na equação quantitativa da moeda, Y é o produto real da economia

Um exemplo

Page 4: Conceito de Teoria Quantitativa Da Moeda

Se M = R$ 60 milhões e PY (ou seja, o fluxo de renda nacional nominal) = R$ 1.440 milhões, então . Isso significa que a moeda circulou 24 vezes no decorrer do ano para criar R$ 1.440 milhões de renda. Isso mostra que, para gerar R$ 1.440 milhões de renda num ano, não são necessários R$ 1.440 milhões em moeda (ou em meios de pagamento), dado que o estoque de dinheiro circula, passando de mão em mão, gerando renda nesse processo.[2]

Pressupostos

A teoria baseia-se nos seguintes pressupostos:

Causalidadeo nível de preços é determinado pela quantidade de moeda em circulação, multiplicada pela velocidade da moeda (que é quase uma constante pela hipótese 2)

Velocidade de Circulação Estável ou PrevisívelSegundo VASCONCELLOS (2001, p. 299), "na teoria clássica, V é considerado relativamente estável ou constante a curto prazo, já que depende de alguns parâmetros que se modificam lentamente, tais como hábitos da coletividade (quanto maior a utilização de cheques e cartões de crédito, menor a necessidade de reter moeda) e o grau de verticalização da economia (por exemplo, quando a Ford comprou a Philco, diminuiu sua necessidade de manter moeda em caixa, dado que as operações entre Ford e Philco passaram a ser meramente contábeis, no âmbito do próprio grupo). Por raciocínio análogo, a terceirização também afeta a velocidade da moeda." (grifo do autor).

Neutralidade da moeda

A quantidade de moeda não afeta a produção de uma economia (y) de forma permanente – ou seja, um aumento da quantidade de moeda pode gerar um aumento da produção real no curto prazo, mas esse efeito não é permanente.

Exogeneidade da moeda

A Autoridade Monetária tem total controle sobre a oferta de moeda porque controla M e, como V é estável ou previsível, pode com M contrabalançar os movimentos de V e controlar o lado esquerdo da Equação de Trocas.

Efeitos da política monetária

Supondo uma política monetária expansionista e uma velocidade-renda da moeda constante a curto prazo, o efeito de um aumento da oferta de moeda sobre a inflação dependerá de a economia estar ou não com recursos desempregados. Se a economia estiver com recursos plenamente empregados, o aumento de M provocará apenas um aumento no nível geral de preços (já que V é constante e Y é constante em pleno emprego, para que a equação MV=PY valha, um aumento em M só pode alterar P). Esta é a versão original da Teoria Quantitativa da Moeda.

Page 5: Conceito de Teoria Quantitativa Da Moeda

"Se a economia estiver com recursos desempregados, então é possível que a expansão monetária estimule a produção agregada Y, sem necessariamente aumentar os preços." (Vasconcellos, 2001. p. 301)

Referências

↑ VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. Capítulo 11, O lado monetário da economia. P. 298.↑ a b VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. Capítulo 11, O lado monetário da economia. p. 299.