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Profa. Renata Maciel.
CONCEITO
É a adequação ao uso(Juran,1990).
Característica de um produto ou de um serviço que atende
“ totalmente” ao consumidor (Paladini,1997).
Qualidade Total
O conceito de qualidade foi amadurecendo com o tempo, agregando
novas definições e ampliando a sua abrangência. Isso pode ser
verificado através dos quatro estágios da Qualidade.
Profa. Renata Maciel.
4 Estágios
Inspeção
• Produção em série e a Qualidade era sinônimo de exatidão
(1787).
• Conceito de tolerâncias máxima e mínima (1870), qualidade era
sinônimo estar dentro dos limites de tolerância.
• Shewhart desenvolveu técnicas estatísticas e a inspeção por
amostragem pela primeira vez em 1924, chamado Gráfico/Carta de
Controle.
• Objetivo: Separar produtos bons dos ruins.
Profa. Renata Maciel.
4 Estágios
Controle da Qualidade
• Foram desenvolvidas as técnicas estatísticas do CEP (controle
estatístico do processo) e a aplicação de ações corretivas para
melhorar a qualidade.
• Objetivo: Produzir Qualidade de acordo com as especificações.
Garantia da Qualidade
• Necessidade de garantir a qualidade durante todo o processo
produtivo.
• Objetivo: Manter a qualidade estável na empresa e procurar
melhorá-la.
Profa. Renata Maciel.
4 Estágios
Gestão da Qualidade Total (TQM)
• A Qualidade foi encarada como responsabilidade de todos em
uma organização.
• Objetivo: A satisfação do cliente
“A filosofia TQM é o amadurecimento dos 3 estágios e engloba os
mesmos.”
Profa. Renata Maciel.
4 Estágios
Inspeção -- Conformidade do produto com um padrão. - Inspeção do produto acabado, sem análise do processo.
Controle estatístico
-- Inspeção por amostragem -- Setores responsáveis pela qualidade. -- Ferramentas estatísticas para detecção de variações no processos produtivo.
Garantia da Qualidade
-- Foco na prevenção de defeitos. -- Envolvimento de todos os setores da empresa. -- Criação de sistemas de qualidade. -- Conceito de qualidade total.
Gestão da Qualidade
Total -- Foco na gestão. -- Envolvimento integral da empresa. -Superação das expectativas do cliente. -- Surgimento das normas ISO.
(Pearson Education do Brasil, 2011)
Profa. Renata Maciel.
Abordagens da Qualidade
Garvin (2002) apresenta cinco abordagens principais para a
definição da Qualidade:
• Abordagem transcendental (sinônimo de excelência inata,
universalmente reconhecível, marca de padrões irretorquíveis)
• Abordagem baseada no produto;
• Abordagem baseada no usuário;
• Abordagem baseada na produção;
• Abordagem baseada no valor.
Profa. Renata Maciel.
Multiplas dimensões da Qualidade (Garvin,2002)
• Desempenho – características operacionais básicas de um
produto.
• Características – características secundárias que
suplementam o funcionamento do produto.
• Confiabilidade – reflete a probabilidade do mau
funcionamento ou falha de um produto em um determinado
período.
• Durabilidade – medida da vida útil do produto.
• Atendimento – rapidez, cortesia e facilidade de reparo.
• Estética – questão de julgamento pessoal e reflexo das
preferências individuais.
Profa. Renata Maciel.
Multiplas dimensões da Qualidade (Garvin,2002)
• Qualidade percebida – a reputação é um dos principais fatores que contribuem para a qualidade percebida.
• Conformidade – grau em que o projeto e as características operacionais de um produto estão de acordo com as especificações.
Abordagens e Dimensões
Abordagem baseada no
produto
Abordagem baseada no
Usuário
Desempenho Características Durabilidade
Estética Qualidade Percebida
Abordagem baseada na
Produção
Conformidade Confiabilidade
Profa. Renata Maciel.
Atividades Mínimas para se estruturar um Sistema da
Qualidade
• Planejamento
• Formação e Qualificação do Pessoal
• Motivação à Qualidade
• Estrutura e Recursos
• Avaliação Contínua
Profa. Renata Maciel.
Motivação à Qualidade
As estratégias gerenciais destinadas a motivar o pessoal dos
diversos setores produtivos para a efetiva produção da
qualidade possuem importante papel em uma organização.
• Abordagem Clássica
• Abordagem Participativa
• Abordagem Promocional
• Abordagem Progressiva
• Abordagem aderente
Profa. Renata Maciel.
• Abordagem Clássica
-Enfoque clássico fundamentado em cinco pontos:
1. Destaque ao prejuízo da má qualidade
Faça o empregado compreender o custo de matérias-primas, operações precedentes, despesas com adm., enfim, o valor no qual se incorre quando há rejeições de produtos.
2. Atenção ao dano à atuação da empresa no mercado
Faça o empregado compreender que a má qualidade pode ter como conseqüência, reclamações, devoluções, perda pura e simples de clientes e a queda nas vendas.
3. Atenção ao dano à folha de serviços do empregado.
Observa-se a perda de oportunidades de promoção, má reputação do empregado, enfim, possibilidade de perda do emprego.
Profa. Renata Maciel.
• Abordagem Clássica
-Enfoque clássico fundamentado em cinco pontos:
4. Responsabilidade de cada empregado por suas próprias
atividades.
5. Utilização e medidas corretivas.
Aos responsáveis por maus serviços são aplicadas medidas corretivas gradativas, que vão da repreensão ao desligamento.
Profa. Renata Maciel.
• Abordagem Participativa
- Aplicada sob forma de Programas Integrados da Qualidade, que
envolvem a criação de grupos de trabalho com instrumento.
- Os participantes dos Programas Integrados trabalham em equipe
procurando resolver problemas e não apenas identificando-os.
• Abordagem Promocional
-Utilização de artifícios promocionais para obter motivação das pessoas.
- Importância da Qualidade através de competições que visem descobrir slogans e frases sobre qualidade e premiações para as melhores.
- Caixa de sugestões e premiação de desempenhos são adotadas também.
Profa. Renata Maciel.
• Abordagem Progressiva
- Requer a fixação de bases objetivas para a avaliação da
qualidade.
- Conscientização do pessoal de que não basta obter melhorias
em seu desempenho, mas é preciso assegurar o que se
conquistou.
- Progredir quando se está certo que não se regredirá no futuro.
- Utilização de metas como níveis melhores de qualidade, valores
de capabilidade dos processos.
Profa. Renata Maciel.
• Abordagem Aderente
- Parte da hipótese básica de que é preciso desenvolver um
modelo de SGQ adaptado à realidade específica do processo, ou
seja, adequação ao processo produtivo
- Utilizar, como estratégia de desenvolvimento uma “ visão teórica
a partir de aspectos práticos”, que envolve a constatação da
realidade da empresa do referido setor, suas características e
necessidades para aplicação dos recursos teóricos consagrados,
transparentes ao usuário
Profa. Renata Maciel.
Pontos Positivos Pontos Negativos
Abordagem Clássica
Ênfase à disciplina; Incentivo à especialização; Controle mais eficiente; Contato mais direto.
Motivação pela coação; Indução pelo medo; Preferência pela hierarquia; Insatisfação gerada pela perspectiva de punição.
Abordagem Participativa
Desenvolvimento das pessoas; Tendência a envolver a todos; Integração dentro da empresa; Incentivo ao trabalho em equipe.
Eventuais demoras da obtenção de respostas concretas; Necessidade de treinamento(muitas vezes à custos altos); Retribuição nem sempre adequada a quem mais se esforça.
Abordagem Promocional
Polarização da atenção; Resultados mais rápidos; Confiança no funcionário.
Possibilidade que o excesso de publicidade leve à saturação; Colaboração obtida artificialmente; Participação induzida, não espontânea.
Profa. Renata Maciel.
Ciclo PDCA
- Idealizado por Shewhart mais tarde aplicado por Deming.
- P(plan: planejar), D(do: fazer, executar), C(check: verificar,
controlar), e finalmente o A(act: agir, atuar corretivamente).
Avaliação Contínua
Profa. Renata Maciel.
O Sistema da Qualidade está relacionado com
todas as fases do ciclo de vida dos produtos/serviços.
Ciclo de vida dos produtos/serviços Fonte: Adaptado de De Medeiros (2004)
Produtor/
Fornecedor
Cliente/
Consumidor
MARKETING E PESQUISA DE MERCADO
DISPOSIÇÃO E RECICLAGEM NO FINAL DA VIDA ÚTIL
PÓS-VENDA
ASSITÊNCIA TÉCNICA E SERVIÇOS ASSOCIADOS
VENDAS E DISTRIBUIÇÃO
PROJETO E DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
PLANEJAMENTO E DESEVOVIMENTO DO PROCESSO
AQUISIÇÃO DE MATERIAIS
PRODUÇÃO OU PROVISÃO DE
SERVIÇOS
VERIFICAÇÃO
EMBALAGEM E CONDICIONAMENTO
As ferramentas e técnicas são métodos estruturados para
viabilizar a implementação de um Sistema de Gestão da
Qualidade
-Dispositivos, procedimentos gráficos, numéricos ou analíticos,
mecanismos de operação, etc.
Objetivo básico: auxiliar os usuários a entenderem o processo,
organizá-lo.
2 Grupos de Ferramentas:
- As tradicionais
- Novas Ferramentas do Planejamento da Qualidade
Profa. Renata Maciel.
Brainstorming
Tempestade Cerebral
Técnica de estimulação da criatividade de uma equipe, para gerar e esclarecer uma série de idéias, problemas ou questões.
-Identificar o facilitador.
-Esclarecer claramente o objetivo da sessão,cada membro apresenta uma única idéia por vez.
-Neste estágio, as idéias não são discutidas, nem criticadas, apenas registradas.
-Registradas de maneira que todos os membros da equipe vejam.
-Quantidade gera qualidade, quanto mais idéias surgirem, melhor.
Técnica
Profa. Renata Maciel.
Benchmarking
- Representa o método para identificar as melhores práticas e introduzi-
las na empresa (parâmetros de excelência), promovendo a melhoria da
organização (MOURA, 2003).
- É um processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e
práticas empresarias entre os mais fortes concorrentes ou empresas
reconhecidas como líderes (SORIO, 2006).
Técnica
Profa. Renata Maciel.
Benchmarking é... Benchmarking não é...
um processo contínuo um evento isolado
uma investigação que fornece informações valiosas
uma investigação que fornece respostas simples e "receitas"
um processo de aprendizado com outros
cópia, imitação
um trabalho intensivo, consumidor de tempo, que requer disciplina
rápido e fácil
uma ferramenta viável a qualquer organização e aplicável a qualquer processo
mais um modismo da administração
Técnica
Profa. Renata Maciel.
Tipos de Benchmarking
Profa. Renata Maciel.
1. Governamental Caracterizado pela comparação da eficiência das várias políticas
entre países. Atualmente, na comunidade européia existem vários
processos em curso.
2. Genérico É aquele baseado no processo que atravessa várias funções.
Baseados empresas líderes no mercado, por exemplo.
Tipos de Benchmarking
Profa. Renata Maciel.
3. Interno
São comparados valores ou processos entre unidades internas da organização com vista a disseminar as melhores práticas por todas unidades.
4. Competitivo São comparados produtos, serviços ou processos entre várias organizações concorrentes, com vista a superá-las.
5. Funcional São comparados processos similares entre organizações independentemente do setor de atividade (empresas não concorrentes).Baseado em um só processo funcional, como: faturamento, embalagem, etc.
Tipos de Benchmarking
Profa. Renata Maciel.
Técnica 5 S
Profa. Renata Maciel.
• Criado no Japão há 60 anos e adotado no Brasil há mais de 20
anos.
• O programa tem como base a eliminação de desperdício (tudo
que gera custo extra).
• Um erro crucial no entendimento do 5S é tratá-lo como um
Programa de Ordem e Limpeza, tecnicamente denominado
Housekeeping (Grande faxina). E muitos autores fazem isso.
• Os 5S são derivados de palavras japonesas, iniciadas pela letra
“s”
Técnica 5 S
Profa. Renata Maciel.
• Esse método/programa/técnica explora três dimensões básicas:
a dimensão física (layout), a dimensão intelectual (realização das
tarefas) e a dimensão social ( relacionamentos e ações do dia-a-
dia).
• O 5S exige transformações profundas e de base e, para que
isso ocorra é necessário que todos estejam engajados e tenham
vontade de mudar, principalmente a alta gerência que deve
disseminar os novos hábitos top-down.
Profa. Renata Maciel.
DIFERENÇAS
Housekeeping 5S
Aplicável em ambientes onde as pessoas transitam.
Aplicável em ambientes onde as pessoas vivem ou trabalham.
Foco na transformação do ambiente. Foco na transformação das pessoas.
Metodologia indutiva com caráter de adestramento, impondo padrões.
Metodologia construtiva com caráter educativo, acordando padrões.
Transformação baseada em investimentos.
Transformação baseada em críticas e sugestões.
Transformações em curto prazo, mas com dificuldade para a manutenção.
Transformação em médio prazo, mas com facilidade para a manutenção.
Manutenção baseada em auditorias. Manutenção baseada em auditorias e atividades promocionais.
Técnica 5 S
Profa. Renata Maciel.
•Os cinco primeiros “s” são definidos conforme definição abaixo: 1. SEIRI – Senso de utilização, arrumação, organização, seleção (liberação das áreas); 2. SEITON – Senso de ordenação, sistematização, classificação; 3. SEISO – Senso de limpeza, zelo; 4. SEIKETSU – Senso de asseio, higiene, saúde, integridade; e, 5. SHITSUKE – Senso de autodisciplina, educação, compromisso.
5 S
Profa. Renata Maciel.
1. 1.SEIRI – Senso de utilização, arrumação,
organização, seleção, liberação de áreas;
• Verificar, dentre todos os materiais, equipamentos,
ferramentas, móveis, etc, aquilo que de fato é útil e
necessário.
• Separar tudo o que não tiver utilidade para o setor:
materiais quebrados, obsoletos, já utilizados, etc.
• Antes de jogar algo fora, verificar se pode ser:
reutilizado, reciclado, transformado.
5 S
Profa. Renata Maciel.
1. 1.SEIRI
2. - Classificação do que é necessário (bloqueio de causas):
ITEM
UTILIZÁVEL
UTILIZAÇÃO IMPROVÁVEL
NÃO UTILIZÁVEL
Perfeitas condições de uso Qualidade adequada Freqüência de utilização adequada
Parece desnecessário Preferivelmente não usar
Sem condições de uso Qualidade inadequada Freqüência de utilização inadequada
5 S
Profa. Renata Maciel.
1. 2.SEITON – Senso de ordenação, sistematização,
classificação;
•Definir critérios para guardar e organizar aquilo que é necessário: materiais, móveis e equipamentos. Tudo deve sempre estar disponível e próximo ao local de uso. •Definir um lugar para cada coisa e o modo adequado de guardá-la: objetos diferentes em locais diferentes. • Criar sistema de identificação visual dos objetos, para facilitar o acesso aos mesmos (cores, rótulos, símbolos).
5 S
Profa. Renata Maciel.
1. 3.SEISO – Senso de limpeza, zelo;
•Cuidar do asseio pessoal. • Limpar os equipamentos após o uso, para o próximo que usar encontrar limpo. • Evitar sujar o local desnecessariamente, desenvolvendo hábitos de limpeza: lixo na lixeira, mesas limpas, máquinas cobertas, etc. • Minimizar a geração de lixo. • Dar destino adequado ao lixo, quando houver
5 S
Profa. Renata Maciel.
1. 4.SEIKETSU – Senso de asseio, higiene, saúde,
integridade;
•Adotar como rotina a prática dos três "S" anteriores.
• Estar atento às condições ambientais de trabalho, tais como:iluminação, ventilação, ergometria dos móveis, etc, melhorando-as e adequando-as às necessidades.
• Adotar hábitos saudáveis.
• Faça exames médicos periódicos.
5 S
Profa. Renata Maciel.
1. 5. SHITSUKE – Senso de autodisciplina,
educação, compromisso.
• Tornar a prática dos "S" anteriores uma rotina a ser cumprida disciplinadamente. • Agir com paciência e perseverança no cumprimento das rotinas. • Cumprir as normas internas da organização: utilização do crachá, uniforme, etc. • Transformar a disciplina dos "5S" em autodisciplina, incorporando definitivamente os valores que o programa recomenda.
Profa. Renata Maciel.
Exemplos de Boas Práticas de 5S
Profa. Renata Maciel.
Exemplos de Boas Práticas de 5S
Profa. Renata Maciel.
Exemplos de Boas Práticas de 5S
Profa. Renata Maciel.
Exemplos de Boas Práticas de 5S
Profa. Renata Maciel.
Exemplos de Boas Práticas de 5S
O 5S é uma ferramenta simples, baixo custo e apresenta
resultados a curto prazo, sendo aplicável em qualquer setor
industrial ou até mesmo fora das fronteiras produtivas, como:
escolas, repartições públicas, etc.
O maior ganho que o 5S proporciona é a mudança de
comportamento das pessoas e do ambiente da empresa.
Assim, o 5S constitui uma boa maneira de testar se a
organização está pronta ou não para iniciar projetos mais
complexos,como por exemplo, a GESTÃO DA QUALIDADE
TOTAL.
Considerações
Profa. Renata Maciel.
Gestão da Qualidade X Gestão de Qualidade
Gerir qualidade significa garantir que produtos e serviços sejam
adequados ao uso a que se destinam.
As falhas da Gestão da Qualidade pemitem concluir que sua
implementação exige:
o participação da alta administração
o atenção ao cliente
o exemplos dentro e fora da organização, em todos os níveis;
o continuidade do programa;
o atribuição de papéis e funções compatíveis como perfil de cada
funcionário.
Pontos - Chave
Profa. Renata Maciel.