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CONCLUSÃO 1. UM OLHAR PANORÂMICO O processo de formação dos professores especialistas de Arte, realizado durante o ano letivo de 2007, trouxe grandes contribuições para o ensino dessa disciplina nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Cajamar/SP. É claro que dificuldades ainda existem, mas o processo de reflexão e amadurecimento da concepção da área enquanto conhecimento e linguagem já é presente na rede. Um número bastante expressivo desses especialistas já procura por novos cursos de formação continuada na área de cultura e arte, freqüentam com mais assiduidade espetáculos teatrais, apresentações de dança e música, shows, museus e exposições, pois sabem e sentem a necessidade da fruição em arte. Outro ponto bastante positivo é que o professor passou a refletir sobre sua própria prática, analisar suas aulas, refletir sobre conteúdos, metodologias, uma resposta dada após as formações que insistiam no estudo sobre a metodologia do ensino da Arte, em como se ensina e como se aprende arte. Além do trabalho com as quatro linguagens (música, dança, teatro e artes visuais) a partir de projetos semestrais. A freqüência e visitação a autores que pesquisam o assunto (ensino de Arte) permeou todas as “conversas”, fundamentou o estudo, a elaboração dos projetos, configurando-se em pontos chaves para a melhoria da qualidade do ensino de Arte na rede municipal. Garantindo assim maior esclarecimento sobre seu papel, as teorias e o conhecimento que envolvem sua prática, ou melhor, sua área de atuação.

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CONCLUSÃO

1. UM OLHAR PANORÂMICO

O processo de formação dos professores especialistas de Arte, realizado durante

o ano letivo de 2007, trouxe grandes contribuições para o ensino dessa disciplina nas

escolas da Rede Municipal de Ensino de Cajamar/SP. É claro que dificuldades ainda

existem, mas o processo de reflexão e amadurecimento da concepção da área

enquanto conhecimento e linguagem já é presente na rede.

Um número bastante expressivo desses especialistas já procura por novos cursos

de formação continuada na área de cultura e arte, freqüentam com mais assiduidade

espetáculos teatrais, apresentações de dança e música, shows, museus e exposições,

pois sabem e sentem a necessidade da fruição em arte.

Outro ponto bastante positivo é que o professor passou a refletir sobre sua própria

prática, analisar suas aulas, refletir sobre conteúdos, metodologias, uma resposta dada

após as formações que insistiam no estudo sobre a metodologia do ensino da Arte, em

como se ensina e como se aprende arte. Além do trabalho com as quatro linguagens

(música, dança, teatro e artes visuais) a partir de projetos semestrais.

A freqüência e visitação a autores que pesquisam o assunto (ensino de Arte)

permeou todas as “conversas”, fundamentou o estudo, a elaboração dos projetos,

configurando-se em pontos chaves para a melhoria da qualidade do ensino de Arte na

rede municipal. Garantindo assim maior esclarecimento sobre seu papel, as teorias e o

conhecimento que envolvem sua prática, ou melhor, sua área de atuação.

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1.1. A formação do Professor e a Arte na Rede Pública Municipal

Ao longo de todo este texto de dissertação, foi se delineando relações entre a

arte, a educação e a formação de professores da área. Além disso, procuramos

direcionar nosso olhar em questões que tocavam os processos de ensinar/aprender

Arte, seu papel na escola e na sociedade. E, ainda, como foi a recepção e interação

dos alunos em duas de suas linguagens: as Artes Visuais e a Música.

Todo o trabalho de formação continuada dos professores foi norteado por teorias

acerca do ensino da Arte e suas metodologias. Passaram por nossos encontros de

formação os mais variados autores, entre eles: Rosa Iavelberg, Ana Mae Barbosa,

Alfredo Bosi, Miriam Celeste Martins, Fayga Ostrower, Duarte Jr., Maria Fusari, Victor

Lowenfeld, Herbert Read entre outros. Todos estes autores foram de valiosa

contribuição, pois, fundamentaram tanto esta pesquisa quanto a formação de cada um

dos envolvidos no processo.

Com isso, pudemos aos poucos ir nos aprofundando em questões que envolviam

a arte e seu ensino, descobrindo metodologias de trabalho, discutindo conceitos e

concepções à partir de nossa própria prática. As reflexões realizadas nos ajudaram a

compreender a gama de pré-conceitos que envolvem a área de arte, as mais variadas

concepções que estão presentes em seu ensino, o que nos fez chegar a conclusão de

que a maior eficácia para o trabalho era garantir, durante as aulas, atividades que

perpassassem os momentos de apreciar, produzir e conhecer arte. E, também, à opção

de trabalharmos por meio de projetos e elaborarmos nossas aulas em muitas mãos.

Tudo isso nos fez pesquisar e ler muito, discutir e refletir jeitos e estratégias de garantir

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um ensino de Arte competente, partindo de conhecimentos prévios até a ampliação de

repertórios em arte.

Por isso, a cada encontro novas situações eram colocadas para que o grupo

refletisse e produzisse a partir delas. Assim, o grupo foi ganhando autonomia e

construindo coletivamente uma proposta para o ensino da Arte na rede municipal de

Cajamar/SP, (vide apêndices A e B) sem perder de vista a concepção da arte enquanto

conhecimento e linguagem. Um projeto dessa magnitude requer olhares críticos e

apurados, muita reflexão e embasamento teórico, sem esquecer que se trata de ensinar

arte para crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental em escolas públicas

municipais, garantindo-lhes o que é de direito: a arte como patrimônio cultural da

humanidade. Pode ser a escola uma rara fonte de contato, reflexão e apreensão do

produto artístico e um local para estabelecer relações entre a arte e a sociedade.

Focamos nosso olhar na formação dos professores e na busca por uma autonomia de

trabalho, ou melhor, na produção de suas aulas e atividades e ainda no planejamento

de uma rotina de trabalho, pois, ao longo do processo fomos percebendo que a maior

dificuldade dos professores se centrava na gestão da sala de aula, era muito comum,

nos encontros de formação, ouvir as queixas dos professores sobre a falta de atenção

dos alunos, a indisciplina constante, a não organização das falas.

Para tanto, começamos discutir questões que envolviam estas dificuldades e

chegamos a conclusão que o planejamento de uma rotina de trabalho, poderia sanar

alguns destes problemas. Ajudou-nos nesta tarefa um material produzido pelo Centro

de Estudos e pesquisas em educação Cultura, Cultura e Ação Comunitária. (CENPEC)

intitulado “Estudar Pra Valer”, utilizado na rede municipal de Cajamar pelos professores

polivantes na área de alfabetização e linguagem, que traz em seu módulo introdutório a

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necessidade do professor organizar uma rotina de trabalho em sala de aula. O material

nos deu muitas pistas e nos auxiliou na reflexão e construção de uma rotina também

para o ensino de Arte.

Nenhuma proposta, por mais consistente que seja, funciona sem uma ação

planejada. Para um trabalho produtivo e sistematizado, é preciso definir metas e

planejar uma rotina; não uma rotina estática, uma “camisa de força”, mas uma rotina

viva, que organiza o tempo, que harmoniza diferentes ritmos, diminuindo a ansiedade,

tanto do professor quanto do aluno. Se ambos souberem de antemão o que se espera

que façam em cada atividade e em determinado período de tempo, preparar-se-ão para

isso.

Assim, a cada projeto que se iniciava, a cada aula, foi necessário conversar com

as crianças e deixar bem claro qual seria a proposta, o que iriam fazer, que conteúdos

estudariam, quanto tempo duraria cada uma das atividades, o que se esperava que

aprendessem, as responsabilidades de cada um, quanto tempo o projeto iria durar, qual

seria o produto final etc.

Foi importante também envolver os familiares, explicitando como seria feito o

trabalho, o que se esperava dos alunos, como a família poderia contribuir – por

exemplo, não deixando que faltassem às aulas, perguntando sobre o desenvolvimento

dos projetos, comparecendo às atividades de exposição dos trabalhos, valorizando as

aprendizagens conquistadas.

É preciso que o aluno saiba quando pode, por exemplo, sentar-se no chão para

realizar uma atividade e quando deve permanecer na carteira, quando deve conversar,

perguntar, questionar e quando é importante ouvir, prestar atenção, quando é

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necessário permanecer em silêncio para se concentrar melhor, lendo um texto de

estudo, vendo imagens ou simplesmente ouvindo o professor ou um colega.

Com toda essa reflexão, fomos orientando os professores que eles teriam que

lidar com as mais diversas situações em sala de aula, que as atividades envolveriam

tempos distintos, ou seja, atividades de longa e curta duração. Isso tudo nos fez

começar a organizar uma agenda semanal, distribuindo o tempo de modo que

pudéssemos desenvolver as atividades dos projetos. E, ainda, que essa agenda fosse

organizada com a participação das crianças. Orientamos também que todas as práticas

fossem contempladas: linguagem oral em rodas de conversa e nos momentos de

apreciação, leitura de forma coletiva, individual ou compartilhada, escuta musical de

boa qualidade, registros, sínteses e avaliações das aulas. Propomos aos professores

que a cada aula/oficina garantissem atividades permanentes de apreciação e leituras

de imagens, de escuta musical estabelecendo uma rotina sistematizada de trabalho.

Tínhamos muito claro que o tempo destinado a cada uma das atividades

propostas na rotina não seria rígido, pois dependia da classe e do trabalho que estava

sendo desenvolvido. Também tínhamos como pressuposto que durante a organização

das aulas deveríamos prever espaços e tempos para que o trabalho fosse realizado em

pequenos grupos, em momentos coletivos com a classe toda e também com a

integração entre aluno/aluno e entre aluno e professor. Essa organização facilita e

contribui para o professor lidar com a heterogeneidade da classe, com os diferentes

estágios e ritmos de aprendizagem e, aos alunos, a conviver com a diversidade.

Em nossas formações, discutimos também sobre a importância de reservar um

tempo para dar atendimento especial, de forma individual ou em pequenos grupos, aos

alunos que apresentavam mais dificuldades.

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Todo esse planejamento é muito importante para que o professor não se

descuide das aprendizagens que precisam ser conquistadas. É muito importante que as

aulas perpassem a apreciação, a leitura, a escuta, a contextualização e a produção em

arte, e, ainda garantam momentos de letramento. É muito comum observarmos

professores que se limitam a trabalhar com a produção espontânea: os desenhos livres,

de ilustração de histórias, a pintura de espaços, deixando de fazer, ao mesmo tempo,

um trabalho que leve o aluno a compreender a arte, suas manifestações, seus produtos

e produtores e a dominar gradativamente conteúdos relacionados à apreciação, à

produção e ao conhecimento artístico.

Nos projetos propomos que a cada atividade, a criança vá se aproximando dos

conceitos da arte, suas diferentes manifestações, os diversos modos de compreendê-la,

seus artistas e representantes. E com isso possa ir criando gosto em estudá-la, em

apreciá-la e a partir disso consiga realizar julgamentos críticos, que consiga refletir

sobre a arte como forma de expressão, comunicação e representação.

Foi muito importante garantir, em cada aula, que os alunos tivessem acesso ao

universo da arte, que discutissem sobre ela, que conhecessem suas mais variadas

formas de representação e expressão. A aula de Arte pôde propiciar a imersão do aluno

no universo da arte.

Outro fator importante em nossas discussões e, consequentemente, nas salas de

aula foi a prática de permear as outras linguagens durante a execução dos projetos, ou

seja, quando a ênfase recai numa determinada linguagem, como no caso do projeto “As

Muitas Músicas do Mundo”, é necessário investir nas outras linguagens. O projeto de

música pode ser permeado por questões que envolvam as artes visuais, a dança e o

teatro.

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O espaço da sala de aula ou do ateliê foi igualmente importante. Nossa

proposição foi de criar um ambiente em que a história vivida pelo grupo fosse sendo

registrada, que os alunos se reconhecessem por meio dos trabalhos e produções que

iam sendo produzidos e expostos, dos cantinhos que iam sendo montados. Orientamos

que o ideal é que esses materiais fossem colocados aos poucos, junto com as crianças,

explicitando-se para que serviam, por que iriam ser colocados ali etc.

Assim, aos poucos, foi se garantindo nas salas de aula e também na escola um

conjunto significativo de textos, quer sejam visuais ou musicais, que incluíam as

produções dos alunos e também suportes textuais e textos de uso real (pinturas,

esculturas, sons, músicas, cartazes, murais, livros, revistas etc.).

O ponto chave de todo esse empreendimento foi o de trazer a arte de forma

significativa para a sala de aula, criando um ambiente rico de estímulos visuais,

gestuais e musicais. Para isso, as salas poderiam conter:

Uma pequena biblioteca organizada, com acervo formado por livros da própria escola

e da cooperação de outros professores, editoras, alunos (e suas famílias), com livros de

arte, gibis, revistas e jornais, mesmo que antigos;

Um espaço para o mural (um quadro feito com cartolina ou papel pardo) para serem

afixadas notícias trazidas pelos professores e pelos alunos, lembretes, recados,

resultados de pesquisas, comentários sobre os livros, imagens e reproduções de obras

de arte, produções dos alunos etc.;

Jogos e recursos educativos em arte: caixa de imagens, quebra-cabeças de obras de

arte, postais etc.

Um quadro ou cartaz com as regras de convivência combinadas com a classe.

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É óbvio que não basta que haja materiais na sala: foi necessário estimular seus

usos e organizá-los de modo que as crianças tivessem fácil acesso a eles e clareza

sobre todas as formas de os utilizarem.

Confesso que essas novas formas de organização causaram um impacto no

trabalho dos professores, houveram resistências, alguns desacreditaram e acabaram

deixando de colocá-las em prática, mas muitos perceberam que de fato essas

propostas concorrem para que os objetivos sejam atingidos. A mudança de organização

das carteiras, de desenvolver as aulas como espaços de ateliês, de propor a

apreciação de obras, reflexões a partir de produtos artísticos, de tratar a área de arte

enquanto conhecimento causou agitação enquanto as crianças não estavam

habituadas a elas, mas quando passaram a fazer parte da rotina diária, com regras

combinadas, garantiram maior aprendizagem dos alunos e passaram a ser feitas com

um mínimo de transtorno.

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BIBLIOGRAFIA

Eunice

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APÊNDICE

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Felipe

APÊNDICE A

Projeto de Artes Visuais

Diretoria de Educação de Cajamar

Projeto: Implantação Especialista de Arte no Ensino Fundamental

Projeto 1

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Artes Visuais

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A área das artes visuais é extremamente ampla. Abrange, essencialmente, qualquer

forma de representação visual. Outras formas visuais dramáticas costumam ser

incluídas em outras categorias, como teatro, música ou ópera, apesar de não existir

fronteira clara. É o caso da arte corporal e arte interativa ou mesmo o Cinema e o

Video.

As artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação

costumam ser chamadas de artes visuais. Por excelência, consideram-se artes visuais

as seguintes: pintura, desenho e gravura. As artes espaciais como a escultura e a

arquitetura podem ser consideradas artes visuais, embora sua matéria-prima não seja a

imagem bi-dimensional.

Áreas de artes visuais

Pintura

A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma líquida a

uma superfície bidimensional, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.

Desenho

O desenho é o meio pelo qual se cria uma imagem. Mas ele geralmente envolve um

processo pelo qual uma superfície é marcada aplicando-se sobre ela a pressão de uma

ferramenta (em geral, um lápis, caneta ou pincel) e movendo-a, de forma a surgirem

pontos, linhas e formas planas. O resultado deste processo (a imagem obtida) também

pode ser chamada de desenho. Desta forma, um desenho manifesta-se essencialmente

como uma composição bidimensional. Quando esta composição possui uma certa

intenção estética, o desenho passa a ser considerado um suporte artístico.

Gravura

Gravura é a arte de converter (e/ou a transformação em si) uma superfície plana em

uma matriz, um ponto inicial para a reprodução dessa imagem, através de diversas

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técnicas e materiais. O material dessa matriz pode variar e é também ele que vai

determinar o tipo de gravura que está sendo executada .

Fotografia

Fotografia é uma técnica de gravação por meios mecânicos e químicos ou digitais, de

uma imagem numa camada de material sensível à exposição luminosa, designada

como o seu suporte.

A palavra deriva das palavras gregas ��� [fós] ("luz"), e ������ [grafis] ("estilo",

"pincel") ou ���� grafê, significando "desenhar com luz" ou "representação por meio

de linhas".

Cinema

O cinema, abreviação de cinematógrafo, é a técnica de projetar fotogramas (quadros)

de forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento ("kino" em grego

significa movimento e "grafos" escrever ou gravar), bem como a arte de se produzir

obras estéticas, narrativas ou não, com esta técnica.

Arte digital

Arte digital é aquela produzida em ambiente gráfico computacional. Utiliza-se de

processos digitais e virtuais. Inclui experiências com net arte, web arte, vídeo-arte, etc.

Tem o objetivo de dar vida virtual as coisas e mostrar que a arte não é feita só a mão.

Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura digital, gravura digital,

programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens, animação, entre outros.

Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis especiais ou no próprio

ambiente gráfico computacional. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos

meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de

arte pode ser feita nos ambientes digitais ou em mídias tradicionais. Existem diversas

comunidades virtuais voltadas à divulgação da Arte Digital, entre elas, Deviantart e

CGsociety.

Ilustração

Uma ilustração é uma imagem pictórica, geralmente figurativa (representando algo

material), embora algumas raras vezes também abstrata, utilizada para acompanhar,

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explicar, acrescentar informação, sintetizar ou até simplesmente decorar um texto.

Embora o termo seja usado frequentemente para se referir a desenhos, pinturas ou

colagens, uma fotografia também é uma ilustração. Além disso, a ilustração é um dos

elementos mais importantes do design gráfico.

Design gráfico

O design gráfico é uma forma de comunicação visual. É o processo de dar ordem

estrutural e forma à informação visual, trabalhando frequentemente a relação de

imagem e texto. Podendo ser aplicada a vários meios de comunicação, sejam eles

impressos, digitais, audiovisuais, entre outros.

Design de embalagem

O design de embalagens, é uma vertente do design de produto e do design gráfico.

No maioria das vezes o designer de produto é reponsável pela forma da própria

embalagem, considerando problemas de ergonomia e estética tri-dimensional.

Enquanto o designer gráfico trata do rótulo da embalagem, onde o produto é

apresentado graficamente.

Arquitetura

A arquitectura - ou arquitetura na grafia brasileira - (do grego arché - ��� = primeiro

ou principal e tékton - � � = construção) refere-se à arte ou técnica de projetar e

edificar o ambiente habitado pelo ser humano. Neste sentido, a arquitectura trata

destacadamente da organização do espaço e de seus elementos: em última instância, a

arquitetura lidaria com qualquer problema de agenciamento, estética e ordenamento de

componentes em qualquer situação espacial, no entanto, normalmente ela está

associada ao problema da organização do homem no espaço (e especialmente no

espaço urbano).

Artes gráficas

O design gráfico é uma forma de comunicação visual. É o processo de dar ordem

estrutural e forma à informação visual, trabalhando frequentemente a relação de

imagem e texto. Podendo ser aplicada a vários meios de comunicação, sejam eles

impressos, digitais, audiovisuais, entre outros.

Decoração de interiores ou (design de interiores)

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O design de interiores, confundido por vezes com decoração de interiores, é uma

técnica cenográfica, visual e arquitetônica de composição e decoração de ambientes

internos (cômodos, casas, residências, escritórios, palácios etc.). Consiste na arte e

prática de planejar e arranjar espaços, escolhendo e/ou combinando os diversos

elementos de um ambiente estabelecendo relações estéticas e funcionais que

dependam do fim a que este se destina.

Design de moda ou Indumentária ou Estilismo

O Design de moda é uma das áreas do design que tem como objetivo o

desenvolvimento de vestuários humanos respeitando todas as características culturais,

técnicas, mercadológicas, de moda ou tendências.

Design de produto

O Design de produto, também chamado projeto de produto ou desenho industrial,

lida com a produção de objetos e produtos tridimensionais para usufruto humano. Um

designer de produto lidará essencialmente com o projeto e produção de bens de

consumo ligados à vida cotidiana (como mobiliário doméstico e urbano,

eletroeletrônicos, automóveis e outros tipos de veículos, etc) assim com com a

produção de bens de capital, como máquinas e motores.

Tipografia

A tipografia (do grego typos — "forma" — e graphein — "escrita") é a arte e o processo

de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design

gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à

comunicação impressa. Tipografia também é um termo usado para a gráfica que usa

uma prensa de tipos móveis.

Quadrinhos

Banda desenhada (BD) em Portugal, história em quadrinhos (HQ), quadrinhos ou

gibis no Brasil, é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de

narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos. São, em geral, publicadas no

formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais. São conhecidos

como comics nos Estados Unidos, bande dessinée na França, fumetti na Itália,

tebeos na Espanha, historietas na Argentina, muñequitos em Cuba, mangás no

Japão. A banda desenhada é também designada por Nona Arte. O termo "arte

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sequencial" (Sequential Art) foi criado por Will Eisner para definir "o arranjo de fotos ou

imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma idéia", e é comumente

utilizado para definir o estilo. Uma fotonovela e um infográfico jornalístico também

podem ser considerados formas de arte sequencial.

Escultura

Escultura é uma arte que representa imagens plásticas em relevo total ou parcial.

Existem várias técnicas de trabalhar os materiais, como a cinzelação, a fundição, a

moldagem ou a aglomeração de partículas para a criação de um objeto. . Vários

materiais se prestam a esta arte, uns mais perenes como o bronze ou o mármore,

outros mais fáceis de trabalhar, como a argila, a cera ou a madeira. Embora possam ser

utilizadas para representar qualquer coisa, ou até coisa nenhuma, tradicionalmente o

objetivo maior foi sempre representar o corpo humano, ou a divindade antropomórfica.

Colagem

Colagem é a composição feita a partir do uso de matérias de diversas texturas, ou não,

superpostas ou colocadas lado a lado, na criação de um motivo ou imagem. Foi

utilizada por: Picasso, Georges Braque e outros. Ela é uma técnica não muito antiga,

criativa e bem divertida, que tem por procedimento juntar na mesma duas ou mais

imagens, cada uma de origem diferente da outra.

Webdesign

O web design é uma extensão da prática do design, onde o foco do projeto é a criação

de web sites e documentos disponíveis no ambiente da web. O web design tende à

multidisciplinaridade, uma vez que a construção de páginas web requer subsídios de

diversas áreas técnicas, além do design propriamente dito. Áreas como a programação,

adoção de webstandards, inovações nos recursos dos navegadores em conjunto com o

design gráfico, estão em constante evolução afetando diretamente esta atividade.

Conteúdos em Artes Visuais

1. A produção em Arte (fazer artístico): desenho, pintura, colagem, escultura,

gravura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, histórias em quadrinhos,

cinema, produções informatizadas etc.

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2. Apreciação significativa (artística/estética): convivência com produções visuais

(originais e reproduzidas) e suas concepções estéticas nas diferentes culturas;

identificação de significados expressivos; reconhecimento e experimentação de

leitura dos elementos básicos da linguagem visual; identificação de algumas

técnicas e procedimentos artísticos presentes nas artes visuais.

3. Produção cultural e histórica (Conhecer arte): observação, análise, estudo e

compreensão de diferentes produções em artes visuais, seus artistas e

movimentos produzidos nas mais diversas culturas e em diferentes tempos da

história; reconhecimento da importância das artes visuais na sociedade e na vida

dos indivíduos; identificação de produtos e produtores em artes visuais como

agentes sociais de diferentes épocas e culturas; contato freqüente, leitura e

discussão de textos, imagens e informações orais sobre artistas, suas biografias

e suas produções; freqüência a museus, galerias, exposições, mostras, ateliês,

oficinas.

Tema: Paisagens Marinhas

ALÉM MAR...

Professor

Este projeto visa à assimilação de uma das linguagens da arte – as Artes Visuais,

como conteúdo escolar, sua apreciação, contextualização e produção por parte dos

alunos. Pensa-se que, depois dessa formação, consigamos em nossas salas de aula

propor discussões e reflexões acerca da arte e a apropriação por parte dos alunos da

linguagem visual.

Nosso objetivo maior é dar subsídios a cada um de vocês para o trabalho em sala

de aula, fomentando a discussão e a produção de conhecimento, alicerçado em

propostas de atividades que levem a apreensão do conhecimento artístico e estético, da

apreciação e produção em artes visuais.

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Cada atividade deve ser pensada e ter como foco os momentos de ver, fazer e

conhecer arte. Nelas devem se encontrar sugestões de leituras diversas, informações

sobre seus produtores, conteúdos que devem ser abordados em sala de aula, propostas

para desenvolvimento de habilidades e competências.

É importante que cada uma das atividades contemple momentos de oralidade, ou

melhor, proponha reflexões e discussões, garantam leituras de imagens e oficinas

práticas. É bom lembrar que todas as propostas e ações devem colaborar para expandir

a formação artística e estética dos alunos, promovendo eu fazer artístico pessoal e

cultivado e, ainda, seus saberes sobre arte.

Objetivos:

Representação pessoal do mar;

Conhecer alguns artistas que representaram marinhas (Hopper, Turner,

Castagneto, Penacchi, Volpi etc.);

Identificar nas produções artísticas várias representações de marinhas;

Experimentar técnicas e procedimentos em artes visuais (colagem, pintura,

desenho, escultura, gravura);

Apreciação de imagens (fotografia, pintura, desenhos, esculturas).

Conteúdos:

Cores – luz e sombras;

Movimento artístico;

Formas de representação;

Construção de imagens (produção em arte);

Artistas e suas biografias;

Técnicas e procedimentos em arte (pintura, desenho, escultura, colagem).

Com as mãos na massa...

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Oficina 1

1. Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema.

- Quem conhece o mar? O que é o mar?

- Tente descrevê-lo. Tem cheiro? Sabor? Temperatura? Cor?

Para saber um pouco mais...

Um mar é uma larga expansão de água salgada conectada com um oceano. A água do

mar é transparente. Mas, quando olhamos o mar, ele parece azul, verde ou até

cinzento. A cor muda de acordo com a cor do céu, que se reflete nele. Também

depende da cor da terra ou das algas transportadas pelas suas águas. A partir de uma

certa profundidade, as cores começam a sumir do fundo do mar. A primeira cor a

desaparecer é a vermelha, aos seis metros. Depois, aos quinze, some a amarela. Até

chegar a um ponto em que só se verá o azul. Durante milhões de anos, a chuva formou

cursos de água que iam dissolvendo lentamente rochas de todos os períodos

geológicos, nas quais o sal comum é encontrado em abundância(esse sal se soltava

das rochas). Esses

cursos de água desembocavam no mar. Como todos os rios correm para o mar, ele

ficou com quase todo o sal.

Retirado: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar

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2. Investigando repertórios.

- Que filmes você conhece que retratam o mar ou paisagens marinhas? Tente se

lembrar?

- Você conhece alguma música que trate do tema mar ou ondas?

- Já viu alguma pintura ou desenho sobre o mar?

3. Proposta de Produção 1.

- Ao som de músicas que sugerem tranquilidade e agitação, tente expressar por meio de

linhas as paisagens do mar, num dia calmo e num dia agitado.

- Apreciação das produções (roda de apreciação).

4. Ampliando repertórios.

Apreciando Obras de Arte

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Imagem 1

Edward Hopper (American, 1882–1967)

Lighthouse Hill, 1927

(71.8 x 100.3 cm) Óleo s/ tela

Dallas Museum of Art

Imagem 2

The Long Leg

Óleo s/tela - s/d

Imagem 3

White River at Sharon - 1937

watercolor and pencil - 21 3/4 x 29 3/4 in.

Smithsonian American Art Museum, Gift of the Sara Roby Foundation

Imagem 4

Lighthouse at Two Lights - s/d

Imagem 5

Matha McKeen at Wellfleet

Óleo s/ tela - s/d

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Após a apresentação e apreciação das imagens, os alunos deverão construir um

barquinho. O material utilizado será de livre escolha de cada criança (madeira, papel,

papelão, sucata, etc.). Você pode propor, também, que façam a dobradura de um

barquinho.

Após a construção do barquinho, os alunos poderão fazer alguns desenhos de

observação, utilizando uma folha de sulfite para cada ângulo desenhado. Cada aluno

deverá escolher um único ponto de vista do desenho do barquinho, transferi-la para a

folha de papel canson e criar uma paisagem marítima que tenha em sua memória. O

professor poderá interagir questionando seus alunos sobre como foi a sua experiência

com o mar. Para melhor envolver seus alunos nas pinturas de Hopper, utilize trechos de

músicas que lembrem paisagem marítima e suas embarcações.

Aquarela

Toquinho/Vinicius de Moraes

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo

E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo

Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva

E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel

num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu

Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul

Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul

Pinto um barco a vela branco navegando,

é tanto céu e mar num beijo azul

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená

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Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar

Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo

e se a gente quiser ele vai pousar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida

com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida

De uma América a outra consigo passar num segundo

Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo

Um menino caminha e caminhando chega no muro

e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está

E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar

Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar

Sem pedir licença muda nossa vida,

depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá

O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar

Vamos todos numa linda passarela

de uma aquarela que um dia enfim

Descolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)

e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)

Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)

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Minha Jangada

Dorival Caymmi

Minha jangada vai sair pro mar

Vou trabalhar meu bem querer

Se Deus quiser quando eu voltar do mar

Um peixe bom eu vou trazer

Meus companheiros também vão voltar

E a Deus do céu vamos agradecer

Minha jangada vai sair pro mar

Vou trabalhar meu bem querer

Se Deus quiser quando eu voltar do mar

Um peixe bom eu vou trazer

Meus companheiros também vão voltar

E a Deus do céu vamos agradecer

Adeus adeus Pescador não se esqueça de mim

Eu vou rezar pra ter bom tempo

meu nego pra não ter tempo ruim

Eu vou fazer sua caminha macia perfumada de alecrim

Minha jangada vai sair pro mar

Vou trabalhar meu bem querer

Se Deus quiser quando eu voltar do mar

Um peixe bom eu vou trazer

Meus companheiros também vão voltar

E a Deus do céu vamos agradecer

Como uma onda

Lulu Santos

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Nada do que foi será

De novo do jeito que já foi um dia

Tudo passa

Tudo sempre passará

A vida vem em ondas

Como um mar

Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é

Igual ao que a gente viu a um segundo

Tudo muda o tempo todo

No mundo

Não adianta fugir

Nem mentir pra si mesmo agora

Há tanta vida lá fora

Aqui dentro sempre

Como uma onda no mar

5. Apreciando Obra de Arte

Não fale, ainda o nome da obra aos alunos.

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Questione oralmente:

- O que a obra está representando?

- Qual a sensação ao ver a obra de Hokusai?

- Como está esse mar?

- O que mais chama a atenção na obra?

Agora, informe aos alunos sobre a obra:

Ficha Técnica

Nome da Obra: A grande onda

Autor: Katsushika Hokusai

Material: Óleo s/ madeira

Onde está: Museu kakone, Japão

Ano de produção: 1827

6. Conhecendo o Mar

Investigue com seus alunos se conhecem alguma cantiga popular que esteja

relacionada à água. Se eles não se recordarem de nenhuma apresente a eles a cantiga

Peixe Vivo, leve-os ao pátio para brincarem.

Como Brincar:

Uma criança no centro da roda e as demais de mãos dadas. Depois de girar cantando

a primeira quadra, a roda pára. A criança que estiver no meio escolhe uma outra para o

centro da roda e todos cantam o restante da música.

PEIXE VIVO

Como pode o peixo vivo

Viver fora da água fria

Como pode o peixe vivo

Viver fora da água fria

Como poderei viver

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Como poderei viver

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia

Os pastores desta aldeia

Ja me fazem zombaria

Os pastores desta aldeia

Ja me fazem zombaria

Por me verem assim chorando

Por me verem assim chorando

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia

7. Produzindo um painel sobre o mar.

É importante trabalhar com os alunos, algumas informações sobre o mar. Pois, alguns

podem não conhecê-lo. Proponha-lhes um trabalho em grupo, conscientizando-os de

que a cooperação é essencial. Esse trabalho pode ser, por exemplo a elaboração e

montagem de um painel com fotos, ilustrações, recortes de revistas, curiosidades,

desenhos de peixes, plantas aquáticas, praia etc. Eles podem estar vendo algum

documentário ou algum filme que trate do assunto. Enfim, tudo que esteja realacionado

ao tema. Os alunos devem organizar-se de forma a dividir entre si as diversas tarefas. A

maneira de apresentar o trabalho deve ser decidida pelo grupo.

8. Desenhando uma grande onda coletiva.

Proponha aos alunos que realizem em grupos de 4, um painel em cartolina, retratando

uma grande onda. Eles devem usar tinta, ou melhor, a técnica da pintura para

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realização desse produção. Após o trabalho pronto, organize, juntamente com os

alunos uma exposição dos trabalhos.

Para Saber mais...

Edward Hopper (Nyack, 22 de julho de 1882 — 15 de maio de 1967) foi um pintor

norte-americano mais lembrado por suas misteriosas representações realistas da

solidão na conteporaneidade. Nascido no estado de Nova Iorque, Hopper estudou arte

comercial e pintura na cidade de Nova Iorque. Um dos seus professores, o artista

Robert Henri, encorajava seus estudantes a usar suas artes para "fazer um movimento

no mundo". Henri, uma influência de Hopeer. motivou estudantes a fazerem descrições

realistas da vida urbana. Os estudantes de Henri, muitos dos quais desenvolveram-se

artistas importantes, tornaram-se conhecidos como Escola de Ashcan de arte norte-

americana. Ao completar sua educação formal, Hopper fez três viagens pela Europa

para estudar a cena emergente de arte eurepéia, mas diferente de muitos de seus

conteporâneos que imitavam as experências abstratas do cubismo, o idealismo dos

pintores realistas ressonou com Hopper. Ele logo projetou os reflexos da inflência

realista. Enquanto trabalhou por vários anos como artista comercial, Hopper continuou

pintando. Em 1925 ele produziu Casa ao lado da ferrovia, um trabalho clássico que

marcou sua maturidade artística. A obra é a primeira de uma série da cena totalmente

urbana e rural de linhas finas e formas largas, feita com uma iluminação incomum para

capturar a solidão que marca sua obra. Ele trouxe seu tema das características comuns

da vida Norteamericana - estações de gasolina, hotéis, ferrovia, ou uma rua vazia.

Hopper continuou pintando na sua velhice, dividindo seu tempo entre a Cidade de Nova

Iorque e Truro, Massachusetts. Ele morreu em 1967, no seu estúdio próximo ao

Washington Square Park, na Cidade de Nova Iorque. Sua esposa, a pintora Josephine

Nivison, que morreu dez anos depois que Hopper, doou seu trabalho ao Whitney

Museum of American Art. Outros trabalhos importantes de Hopper estão no Museu de

Arte Moderna de Nova Iorque, no The Des Moines Art Center, e no Instituto de Arte de

Chicago.

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Katsushika Hokusai (1760-1849) foi um pintor, gravador e ilustrador de livros japonês,

considerado o mestre da escola ukiyo-e. Interessado em todos os aspectos da vida,

produziu dezenas de milhares de obras, entre desenhos, gravuras, pinturas. Exerceu

grande influência na arte ocidental, sobretudo por meio de Van Gogh, Edgar Degas,

Toulouse-Lautrec, Claude Monet e Paul Gauguin. Hokusai nasceu em Edo (na

actualidade Tóquio) em 1760, em uma família de artesãos. Seu pai era fabricante de

vidros. Aos 18 anos, após prática como entalhador, Hokusai entrou no estúdio de

Katsukawa Shunsh�, um pintor e desenvolvedor de ilustrações coloridas. Seu

desentendimento com os princípios artísticos de seu mestre causaram sua expulsão em

1985. Entre 1796 e 1802 produziu cerca de 30.000 ilustrações, sobretudo de livros. Os

seus temas preferidos eram sobretudo a vida quotidiana no Japão, as tradições e as

lendas. Em 1824 publicou o livro Novas Formas de Design. Apesar de ter estudado

vários estilos artísticos, manteve independência posteriormente. Por um tempo ele

viveu em extrema pobreza. Katsushika faleceu em 10 de Maio de 1849. Posteriormente

cópias de suas ilustrações foram levadas ao mundo ocidental, assim como o de outros

artistas do Ukiyo-e, influenciados por artistas do ocidente como Vincent van Gogh e

Paul Gauguin. O artista é geralmente mais apreciado na cultura ocidental do que em

sua terra natal. Vários trabalhos de artistas japoneses foram importados para a Europa,

especialmente para Paris em meados do século XIX. Foram coletados e muito

populares entre artistas do Impressionismo como Claude Monet, Edgar Degas e Henri

de Toulouse-Lautrec, cujos trabalhos foram influenciados pela obra de Katsushika.

9. Conhecendo mais obras sobre o mar.

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Fulvio Penacchi

MARINHA COM PESCADORES

Óleo sobre placa

13 x 17 cm

1978

Alfredo Volpi

PAISAGEM DE ITANHAÉM

Óleo sobre tela

48x67x3,5 cm

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Castagneto

FORTE DE SÃO LUIS EM TOULON – FRANÇA

Óleo sobre tela

24X41,5 cm

1892

José Pancetti

COQUEIROS DA PRAIA DE ITAPOAN

Óleo sobre tela

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Aldemir Martins

MARINHA

acrílica sobre tela

35 x 79 cm

1976

Para Saber mais...

FULVIO PENNACCHI

Desenhista, Pintor, Muralista e Ceramista / Villa Collemandina (Lucca), 1905 - São

Paulo, 1992. Após os estudos elementares e secundários em Castiglione e Pisa,

formou-se em pintura pela «Real Academia Passaglia» de Lucca, onde após sua

graduação substituiu seu professor Pio Semeghini. Sua formação foi baseada na clara

interpretação do principio que norteou o «ritorno all'ordine» que no entender da

vanguarda intelectual italiana da época baseava-se na (1) precisão da composição cuja

essencialidade do assunto era sujeita a uma simplificação purista, (2) na decisiva

escolha da sobriedade da cor e (3) na firmeza do traço que deveria eliminar a incerteza

cênica. O convívio com as nossas formas e cores tropicais inicialmente abrandaram

seus traços, dando lugar a figuras de delineamento moderno que podiam inscrever-se

em simples formas geométricas, para depois influenciarem decididamente no

aparecimento de um rico colorido. De 1924-1929, o artista executou os primeiros murais

a tempera na Itália e revisitou a obra de Ottone Rosai - que já era um dos pilares da

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cultura italiana do «Novecento Toscano» - Sironi e Carrà e, através deles, começa a

reler e reinterpretar como se procurou reabilitar a arte moderna italiana substituindo o

nudismo afro-picassiano e as divisões constitutivas cubo-futurista da Paris Pós-

Impressionista. Mas a fonte de inspiração de Pennacchi tangenciou Masolino da

Panicale para concentrar-se na cor e na tridimensionalidade da pintura executada sobre

um fundo real, e muitas vezes reconhecível, de Giotto, Masaccio e Piero della

Francesca. Ainda na década de 1930, recebeu duas vezes a «Grande Medalha de

Prata» no «Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro» e no «Salão de Belas

Artes de São Paulo». Em 1938-1939 iniciou a pintura de murais a óleo que rapidamente

evoluíram para os «murais afresco». Durante o período 1939-1959, dedicou-se à

pintura «afresco», tendo concebido o projeto arquitetônico e todos os afrescos que

compõe a decoração interna da Igreja NS da Paz, fundamental para a integração

harmônica entre a arquitetura e a pintura que, no caso, atribuía à arte a função social

de comunicação e educação coletiva. Outras obras «afresco» são representadas pelo

conjunto de afrescos do Hotel Toriba, pelos três grandes afrescos na Catedral e Palácio

Episcopal de Uruguaiana, dezenas de outros espalhados pelas residências e prédios

comerciais em Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, Ribeirão Pires, Mauá; além de

suas duas residências em Santo Amaro e no Jardim Europa, das quais também

executou todo o projeto arquitetônico. Para aquela última residência, Pennacchi

projetou todas as portas, janelas, móveis, louças, etc. chegando mesmo a decorar, com

assuntos e cenas pertinentes, os azulejos da cozinha e banheiros. Em 1952 recebeu a

«Medalha de Ouro» no «Salão Paulista de Arte Moderna»; e, na mesma década, inicia

os estudos e pesquisas relativas às argilas brasileiras e à cerâmica policromada. Em

1973, sua retrospectiva contemplando 40 anos de pintura, é organizada pelo Professor

PM Bardi, no MASP, em São Paulo. O diuturno ritmo de trabalho continuou até 1987

quando comemorou o sexagésimo aniversario de sua produção artística. Os anos

subseqüentes foram marcados por uma série de enfermidades que reduziram sua

produção e que posteriormente causaram sua morte, em outubro de 1992.

Biografia retirada do site: http://www.escritoriodearte.com

ALFREDO VOLPI (Lucca, Itália 1896 - São Paulo SP 1988). Pintor. Muda-se com os

pais de sua cidade natal para São Paulo em 1897. Trabalha como marceneiro-

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entalhador e encadernador e torna-se pintor-decorador em 1912. Realiza decoração

mural, em 1918, do Hospital Militar do Ipiranga, com o pintor Alfredo Tarquínio. Em

1935, participa da formação do Grupo Santa Helena com Fulvio Pennacchi (1905-

1992), Mario Zanini (1907-1971), Manoel Martins (1911-1979), Humberto Rosa (1908-

1948), Clóvis Graciano (1907-1988), Francisco Rebolo (1903-1980), Rizzotti (1909-

1972), Ernesto de Fiori (1884-1945), Vittorio Gobbis (1894-1968), Rossi Osir (1890-

1959) e Bonadei (1906-1974). No ano seguinte participa da formação do Sindicato dos

Artistas Plásticos de São Paulo. Integra a Família Artística Paulista com Rebolo,

Bonadei e outros. Sua produção inicial é figurativa, destacando-se as marinhas

executadas em Itanhaém, em São Paulo. Mantém contato com o pintor Emídio de

Souza (1868-ca.1949). Em 1940, ganha o concurso promovido pelo Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional, com trabalhos realizados a partir dos monumentos das

cidades de São Miguel e Embu e encanta-se com a arte colonial, voltando-se para

temas populares e religiosos. Realiza trabalhos para a Osirarte, de Rossi Osir. Passa a

executar, a partir da década de 50, composições que gradativamente caminham para a

abstração. É convidado a participar, em 1956 e 1957, das Exposições Nacionais de

Arte Concreta e mantém contato com artistas e poetas do grupo concreto. Recebe em

1953 o prêmio de Melhor Pintor Nacional, dividido com Di Cavalcanti (1897-1976),

Prêmio Guggenheim, em 1958; melhor pintor brasileiro pela crítica de arte do Rio de

Janeiro em 1962 e 1966, entre outros.

Biografia retirada do site: www.itaucultural.com.br

CASTAGNETO. Nasceu em 27 de novembro de 1851, na Paróquia de San Siro, em

Gênova. Foi marinheiro até os 23 anos. Veio com o pai para o Rio de Janeiro em 1874.

O pai fez sua inscrição na Academia Imperial de Belas Artes mentindo a respeito de sua

idade, já que a idade máxima de admissão era 17 anos. A origem pobre não impediu o

desenvolvimento de seu talento. Tornou-se professor do Liceu de Artes e Ofícios em

1882. Na Academia recebeu várias premiações, entre elas o prêmio máximo na

Exposição Geral da Academia, em 1884. Realizou em 1885 uma exposição individual

na Casa Vietas, RJ. O pai morreu em 1886 e o pintor ficou sem família no Brasil. Partiu

para a França em 1890 para estudar. Retornou ao Brasil em 1893. Sua última

exposição em vida ocorreu em 1897, na Papelaria Gomes, no Rio de Janeiro. São

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alguns de seus quadros: Aqueduto de um engenho no Rio de Janeiro (1884), Porto do

Rio de Janeiro (1884), Embarcações atracadas a um cais na Baía do Rio de Janeiro

(1885), Paisagem do Rio de Janeiro (1887) e Barcos a vela ancorados em Toulon

(1893). É considerado o maior marinhista brasileiro de todos os tempos. Morreu em 29

de dezembro de 1900, na Casa de Saúde do Dr. Lourenço Ferreira da Silva Real, na

rua São Clemente146, em Botafogo, Rio de Janeiro. Sua arte pode ser relacionada à

produção de um outro artista-marinheiro, só que desse século: PANCETTI. Os dois

revelaram seu amor aos temas do mar e associados. O mais famoso marinhista do

Brasil tem origem pobre. O mais famoso marinhista do Brasil veio da Itália com o pai

para tentar uma vida melhor. O mais famoso marinhista do Brasil possuía algo que o

diferenciava e permitia que sua arte se sobrepusesse a todos os obstáculos - talento,

garra e sensibilidade. O mais famoso marinhista do Brasil tem um nome que só é

antecedido por sua fama: Castagneto. Seu contato com o mar veio de outras eras.

Antes de se dedicar exclusivamente àquilo que era sua dádiva, a pintura, ele foi

marinheiro. Daí o conhecimento de causa dos temas se sua obra. As embarcações e o

oceano pertenciam a ele da mesma forma que ele pertencia à arte. A formação

profissional se deu na Academia Imperial das Belas Artes, no Rio de Janeiro. Embora a

produção artística no século XIX não fosse uma opção economicamente confortável, o

artista, através do trabalho duro, acabou conseguindo um certo status. Status esse que

para uma pessoa bruta, sem traquejo social, não significava nada. Castagneto preferiu

ficar sempre à margem. Mas relações e remunerações à parte, o artista se consagrou

por seu estilo único e pessoal. Sem estar totalmente vinculado às regras formais da

Academia, ele desenvolveu sua pintura a óleo texturizada, equilibrada e cromática, rica

em nuances, detalhes e ritmos gráficos muito especiais. Uma curiosidade interessante é

o padrão de assinatura do pintor, que mudou durante toda sua carreira. Por causa

disso, ele é um dos artistas mais FALSIFICADOS até hoje. Provavelmente o fascínio

em torno de Castagneto surge, além da inquestionável qualidade de seu trabalho, da

carga emocional que ele direcionou para o que fazia. Suas marinhas deixaram de ser

meros lugares existentes por aí para se tornarem explosões de forma, luz e cor,

inebriantes homenagens à natureza e ao homem.

Biografia retirada do site: http://www.galeriaerrolflynn.com.br

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JOSÉ PANCETTI nasceu em 1902, em Campinas, São Paulo. Seus pais eram naturais

da Toscana. Devido à imensa pobreza em que viviam seu pai o envia e sua irmã para

Itália junto com um tio. Na Itália, com 17 anos, ingressa na Marinha Mercante Italiana.

Em 1920 retorna ao Brasil. Em 1922, Pancetti alista-se na Marinha de Guerra do Brasil

viaja pelo mundo ao lado das forças legalistas. Sob os conselhos do escultor Paulo

Mazzuchelli e do pintor Paulo Gargaglione ingressa no Núcleo Bernardelli e decide-se

definitivamente pela arte. Daí em diante José Pancetti construiu uma obra que o

consagraria como um dos maiores paisagistas modernos no Brasil. Suas obras têm

uma atmosfera onírica, não raro revelada através de tons de azul melancólicos, tratados

por Pancetti com o rigor de um grande colorista. O observador é tomado por uma

percepção imediata, extremamente sensorial. Suas marinhas são obras de imenso

refinamento, ao mesmo tempo em que sugerem uma impressionante capacidade

intuitiva. Em 1941 ganhou o prêmio de viagem à Europa na Divisão Moderna do Salão

Nacional de Belas Artes, com o quadro “O Chão”, e em 1948, medalha de ouro no

mesmo salão. Em 1950, participou da Bienal de Veneza. Em 1951 participa, com três

obras, da I Bienal de São Paulo. Falece em 10 de fevereiro, no Hospital Central da

marinha, no Rio de Janeiro.

Biografia retirada do site: http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio

ALDEMIR MARTINS - O artista plástico Aldemir Martins nasceu em Ingazeiras, no Vale

do Cariri, Ceará em 8 de novembro de 1922. A sua vasta obra, importantíssima para o

panorama das artes plásticas no Brasil, pela qualidade técnica e por interpretar o “ser”

brasileiro, carrega a marca da paisagem e do homem do nordeste. O talento do artista

se mostrou desde os tempos de colégio, em que foi escolhido como orientador artístico

da classe. Aldemir Martins serviu ao exército de 1941 a 1945, sempre desenvolvendo

sua obra nas horas livres. Chegou até mesmo à curiosa patente de Cabo Pintor. Nesse

tempo, freqüentou e estimulou o meio artístico no Ceará, chegando a participar da

criação do Grupo ARTYS e da SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, junto

com outros pintores, como Mário Barata, Antonio Bandeira e João Siqueira. Em 1945,

mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1946, para São Paulo. De espírito inquieto, o

gosto pela experiência de viajar e conhecer outras paragens é marca do pintor,

apaixonado que é pelo interior do Brasil. Em 1960/61, Aldemir Martins morou em Roma,

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para logo retornar ao Brasil definitivamente. O artista participou de diversas exposições,

no país e no exterior, revelando produção artística intensa e fecunda. Sua técnica

passeia por várias formas de expressão, compreendendo a pintura, gravura, desenho,

cerâmica e escultura em diferentes suportes. Aldemir Martins não recusa a inovação e

não limita sua obra, surpreendendo pela constante experimentação: o artista trabalhou

com os mais diferentes tipos de superfície, de pequenas madeiras para caixas de

charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho, de juta e tecidos variados - algumas

vezes sem preparação da base de tela - até fôrmas de pizza, sem contudo perder o

forte registro que faz reconhecer a sua obra ao primeiro contato do olhar. Seus traços

fortes e tons vibrantes imprimem vitalidade e força tais à sua produção que a fazem

inconfundível e, mais do que isso, significativa para um povo que se percebe em suas

pinturas e desenhos, sempre de forma a reelaborar suas representações. Aldemir

Martins pode ser definido como um artista brasileiro por excelência. A natureza e a

gente do Brasil são seus temas mais presentes, pintados e compreendidos através da

intuição e da memória afetiva. Nos desenhos de cangaceiros, nos seus peixes, galos,

cavalos, nas paisagens, frutas e até na sua série de gatos, transparece uma brasilidade

sem culpa que extrapola o eixo temático e alcança as cores, as luzes, os traços e telas

de uma cultura. Por isso mesmo, Aldemir é sem dúvida um dos artistas mais

conhecidos e mais próximos do seu povo, transitando entre o meio artístico e o leigo e

quebrando barreiras que não podem mesmo limitar um artista que é a própria

expressão de uma coletividade. Falece em 05 de Fevereiro de 2006, aos 83 anos, no

Hospital São Luís em São Paulo.

Biografia retirada do site: http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio

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10. Manchas que formam mar

- Apreciando obras de arte

Artista: Turner

SOL SOBRE A ÁGUA

Aquarela sobre papel

1825-1830

LIGHTHOUSE

Aquarela

1820

Tate – Londres

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CENA DE TORMENTA NA COSTA

Aquarela

1824

TEMPESTADE

Aquarela

1835

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CASTELO de CONWAY

Aquarela

1830

11. Lendo as imagens...

Proponha um tempo para observação das imagens, peça que realizem registros

escritos do que mais chama a atenção e depois realize um diálogo para troca de

opiniões sobre os diferentes olhares que cada aluno possa ter capturado das imagens,

suas impressões, opiniões e curiosidades. Escute atentamente cada fala dos alunos.

Preste muita atenção em como abordam o quadro; que referências têm sobre ele e

sobre Arte; o que já sabem a respeito do assunto ou o que gostariam de saber; o que

os inquieta diante das imagens, como são tocados por cada uma delas. Estabeleça

uma conversa sobre cores, luzes, sombras, beleza, tristeza, mistérios, museus,

valores... Que paisagens são estas? Existem de verdade? O que está sendo

representado? Instigue os alunos a perceberem a formação da paisagem pelas

manchas de tinta.

Você pode fazer as seguintes perguntas:

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O que você vê nessa imagem?

Ao olhar a imagem, o que lhe chama mais a atenção?

Quais as cores que aparecem na imagem?

Que sensação essas cores transmitem a você?

Você pode imaginar que lugar é esse?

Você pode perceber movimento na imagem? Quais?

É possível descobrir que hora do dia está sendo representada?

Como seria uma obra com esse tema pintada nos dias atuais?

Que sons teria neste lugar?

12. Produzindo com manchas.

Proponha aos alunos que produzam uma cena marítima por meio de manchas, pára

isso utilize tinta guache dissolvida em água pára obter um efeito mais aguado.

Aproveite e explique aos alunos a técnica da aquarela.

Aquarela é uma técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram suspensos ou

dissolvidos em água. Os suportes utilizados na aguarela são muito variados, embora o

mais comum seja o papel. São também utilizados como suporte o papiro, casca de

árvore, plástico, couro, tecido, madeira e tela.

Para saber mais...

JOSEPH MALLORD WILLIAM TURNER (23 de Abril de 1775 - 19 de Dezembro de

1851), pintor londrino. Quanto à sua morte, após meses desaparecido, foi descoberto

muito doente por sua empregada falecendo logo a seguir em Chelsea em dezembro, de

1851. O pintor romântico é considerado, por alguns, um dos percursores do

Impressionismo, pelo seus estudos sobre cor e luz.

Antes de completar 10 anos, Turner, filho de um barbeiro de Londres, ganhou o

primeiro dinheiro como pintor colorindo uma gravura. Quatro anos mais tarde, entrou

para a Real Academia de Londres. Começou como pintor topográfico e pouco a pouco

foi se inclinando para as paisagens, principalmente as marinhas. Em 1802 foi admitido

como membro da Academia de Londres. Algum tempo depois, fez sua primeira viagem

ao continente. Ficou entusiasmado com a pintura dos grandes mestres no Museu do

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Louvre, então enriquecido com os saques de Napoleão. Lorrain e Poussin eram seus

pintores preferidos. Turner dedicou-se à pintura da paisagem com paixão, energia,

força, interpretando seus temas de forma épica. Seus trabalhos transmitiam uma

emoção extrema e foi considerado o ponto culminante da paisagem romântica. Turner

foi extremamente precoce, brilhante e bem sucedido. Iniciou na arte aos 13 anos com

seus desenhos e com 15 anos atingiu sua reputação. Era um homem solitário, sem

amigos e quando pintava não permitia a presença de pessoas, mesmo que fossem

outros artistas. Uma de suas preocupações principais foi a aplicação da luz e sua

incidência sobre as cores da maneira mais natural possível. Para tanto, dedicou-se

intensamente ao estudo dos paisagistas holandeses do século XVIII, muito em voga

naquela época na Europa. Em sua obra os motivos eram em geral paisagens, e o mar

era uma constante nos quadros do pintor inglês. Com o tempo desenvolveu um estilo

próprio de pintar. Sua vida foi inteiramente dedicada à pintura. Seu acervo é magnífico,

com mais de 20.000 mil obras. Os temas que ilustravam efeitos de dramaticidade

particularmente o fascinavam. Pintou muito o mar, os rios, as cachoeiras e os abismos,

pois eram belos e perigosos. O modo como Turner trata a água, o céu e a atmosfera,

em geral se afasta de todo o realismo natural e se transforma no reflexo anímico da

situação. As pinceladas soltas e difusas dão forma a um torvelinho de nuvens e ondas,

a uma desesperança interior que se transmite à natureza, uma das características

básicas do romantismo. Também foi de grande relevância para sua pintura a viagem

que fez a Veneza em 1812, quando o pintor descobriu a importância da cor e conseguiu

dar corpo à atmosfera de uma maneira que, anos depois, os impressionistas

retomariam. Não surpreendentemente, Veneza se torna sua cidade preferida, uma

fusão da água e da civilização, pintou-a muitas vezes em 1819 e depois em 1828. De

1830 a 1840, Turner deixou de lado a forma e criou espaços voláteis de nuvens e

cores, como em Chuva, Vapor e Velocidade (1844), por exemplo, que remete aos

quadros abstratos de pleno século XX. Não é sem motivo que foi qualificado por muitos

historiadores como o primeiro pintor de vanguarda. Sua última exposição foi em 1850 e

logo no ano seguinte veio a falecer doente e solitário como sempre viveu. Suas obras

mais importantes estão na National Gallery e na Tate Gallery, ambas em Londres. Em

2006, foi leiloado na Christie's, o quadro Giudecca, La Donna della Salute and San

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Giorgio, pintado pelo artista na cidade de Veneza, sendo esta a cidade retratada na

obra. O quadro, que foi a leilão junto com obras de Ticiano, Jean-Honoré Fragonard,

Gerard David, Thomas Gainsborough, Jacopo Amigoni, Hubet Robert, Lucas Cranach o

Velho, Jan van Goyen, Sassetta, Pieter Brueghel o jovem, Esaias van de Velde,

Salomon van Ruysdael, Georg Flegel, Tintoretto, José de Ribera, Giovani Paolo

Pannini, Anthony van Dyck, François de Troy, entre outros, atingiu um valor exorbitante.

Biografia retirada de wikipédia

13. Conhecendo gravuras.

GRAVURA é a técnica de reprodução de figuras pelo processo de impressão.

Geralmente em papel, a partir de matrizes preparadas em madeira, pedra, metal etc. A

matriz da gravura permite várias cópias, que são numeradas e assinadas pelo artista.

De acordo com a técnica e o material empregados, a gravura recebe diferentes nomes:

xilogravura (madeira); litogravura (pedra); buril (metal); água-forte, água-tinta; ponta-

seca; talho doce etc.

Oswald Goeldi

Chegada do Barco

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Xilogravura

Oswald Goeldi

Peixaria, c. 1940

xilogravura,

25,3 x 30 cm

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Oswaldo Goeldi

Pescadores

xilogravura

coleção Museu do Ingá

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Oswaldo Goeldi

Peixe Vermelho

Xilogravura a cores

30,4 x 37,2 1938

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Lasar Segall

Grupo de emigrantes no tombadilho, 1928

água forte e ponta seca - 28.5 X 33 cm

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Lasar Segall

Emigrantes com lua, 1926

xilogravura - 24.5 X 18 cm

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Lasar Segall

Ondas, 1929

xilogravura - 26.5 X 22 cm

14. Lendo as imagens...

Apresente as imagens acima aos alunos, e se detenha mais tempo nas três últimas.

Questione seus alunos sobre as relações que aparecem neles com o tema que está

sendo estudado, ou seja, mar ou paisagens marítimas. Realize uma leitura formal e

interpretativa de cada uma delas. Apresente o autor e a técnica nelas utilizadas.

Leitura formal: Àquela que diz respeito aos elementos da composição visual, ou seja,

forma, linha, cor, textura, planos, luz, sombra, perspectiva, textura etc.

Leitura interpretava: Aqui é a interpretação que vale, discuta sobre as sensações,

temperatura, hora do dia, sentimentos que envolvem a obra etc. Não existe certo nem

errado, vale a consideração de cada apreciador.

Imagem 1

Grupo de emigrantes no tombadilho, 1928

LEITURA FORMAL

O que vemos primeiro?

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Existem figuras geométricas nesta composição? Quais?

Onde conseguimos perceber sombras nesta obra?

Que linhas vocês observam?

Quais as cores que aparecem?

Quantas figuras humanas estão ali?

E suas posições? Quantas estão de frente? Quantas estão de costas?

LEITURA INTERPRETATIVA

O que vemos ao fundo do quadro?

Onde estão essas pessoas?

O que estão fazendo?

Como estão? Alegres? Tristes?

Para onde vão?

Que lugar é este?

Em que hora do dia acontece a cena?

Para onde olham as pessoas no fundo do quadro?

O que sente ao observar essa obra?

Imagem 2

Emigrantes com lua, 1926

LEITURA FORMAL

Como acham que a obra foi feita? Como o artista construiu a imagem?

Como funciona a relação entre o branco e preto nessa imagem? Quais são suas

funções?

Como o artista trabalhou as linhas? Que tipo de linhas você vê na obra?

Quais formas geométricas você consegue ver?

Quais cores são usadas?

Em que planos (perspectiva) se encontram as pessoas? Mais a frente ou mais

atrás (ao fundo)?

LEITURA INTERPRETATIVA

Reconhecem a cena? Cenário e situação?

Quem são esses personagens? De onde eles vem?

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Onde estão essas pessoas? Para onde estão indo?

Que tipo de relação eles podem ter entre si?

O que estão fazendo?

Você reconhece esses personagens como pessoas do seu cotidiano?

Eles se parecem com pessoas que vocês conhecem? Ou a fisionomia, o tipo, as

roupas são muito diferentes?

Que sensações a obra transmite?

Em qual hora do dia acontece essa cena?

Imagem 3

Ondas, 1929

LEITURA FORMAL

Que cores você vê?

Quais linhas e formas você identifica?

Que tipo de obra você acha que é? (uma fotografia, desenho, pintura etc.)

Qual a luminosidade da obra?

O que está representado no quadro?

LEITURA INTERPRETATIVA

Qual a temperatura? O dia está quente ou frio?

Qual o horário? È dia ou noite?

O que você sente ao observar o quadro?

Conte uma história sobre esse quadro?

Como você imagina que seja esse lugar? Tem sons, cores, vida?

Qual o cenário, local?

Se você estivesse lá, como se vestiria?

Para Saber mais...

OSWALDO GOELDI - Gravador, desenhista, ilustrador e professor. Nasceu na cidade

do Rio de Janeiro, viveu dos 6 aos 24 anos na Suíça, onde, no período da 1ª. Guerra

Mundial, abandonou o curso da Escola Politécnica para se matricular na École des Art

et Métiers. Decepcionado com a escola, passou a ter aulas com Serge Pahnke e Henri

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van Muyden. No mesmo ano, 1917, realizou sua primeira exposição individual em

Berna, quando conheceu a obra do austríaco Alfred Kubin, seu grande mentor artístico.

Na mesma época tornou-se amigo de Hermann Kümmerly, com quem fez suas

primeiras litografias. De volta ao Brasil, em 1919, tornou-se ilustrador de revista. Dois

anos depois, ao expor no saguão do Liceu de Artes e Ofícios, aproximou-se de pessoas

interessadas na renovação da arte. A partir de 1923, dedicou-se intensamente à

xilogravura, que conheceu com Ricardo Bandi. Fez imagens para revistas, livros e

periódicos. Em 1930 lançou o álbum 10 Gravuras, prefaciado por Manuel Bandeira, cuja

venda permitiu seu retorno à Europa, onde expôs em Berna e em Berlim. Por volta de

1832 retornou ao Brasil e começou a experimentar o uso da cor em xilogravuras.

Consolidado como ilustrador, expôs na 25ª. Bienal de Veneza em 1950 e ganhou o

Prêmio de Gravura da 1ª. Bienal Internacional de São Paulo em 1951. Cinco anos

depois, no MAM-SP, foi realizada sua primeira retrospectiva. Sua carreira como

professor começou em 1952 e, após três anos, passou a ensinar xilogravura na Escola

Nacional de Belas Artes. A obra de Goeldi já participou de mais de uma centena de

exposições póstumas no Brasil, Argentina, França, Portugal, Suíça e Espanha.

http://www.oswaldogoeldi.org.br/biografia.htm

LASAR SEGALL – Pintor. Vilna, 1891 - São Paulo, 1957.

O lituano Lasar Segall chegou ao Brasil pela primeira vez em 1912, ao encontro de

alguns de seus irmãos, e apresentou em 1914, a primeira exposição modernista em

solo brasileiro. O artista já havia cursado a Academia de Desenho de Vilna, a Imperial

Academia Superior de Belas Artes de Berlim e a Academia de Belas Artes de Dresden.

Depois daquele breve período inicial no Brasil, Segall retorna para a Europa. Percebe-

se que «Autoretrato II» (1919) mostra um Segall expressionista e de grande

lugubridade, cujo traçado lembra, para citar o mais importante pintor do século XX,

Picasso e suas várias composições em que as máscaras africanas foram usadas como

ponto de partida em virtude da pureza simbólica da arte primitiva.

Naquela época, sua obra artística já ecoava Cézanne e o impressionismo tal como fora

interpretado e entendido pela «Secessão» berlinense (1899) de Max Libermann -

desdobramento daquela vienense (1897) brilhantemente conduzida por Gustav Klimt,

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entre outros - a qual será o embrião dos três grandes movimentos expressionistas

alemães; isto é, «A Ponte», «O Cavalerio Azul» e «A Nova Objetividade». A partir de

1923 -1924, a opressiva e angustiante atmosfera alemã, resultado da humilhante

derrota imposta pelos aliados à atitude expansionista e pangermânica, muda com a

clareza e diafaneidade do nosso mundo tropical; a cor passa a fazer parte da vida e da

obra do artista que nem sua prolongada estadia parisiense consegue obliterar e que é

revivida em toda a sua força e esplendor a partir de 1932, quando Segall retornou

definitivamente para o Brasil.

Biografia retirada do site:http://www.escritoriodearte.com

15. Experimentando impressão.

Você pode realizar com seus alunos pequenas matrizes obtidas de materiais, como

pedaços de madeira, borracha, plástico, sabão, legumes. Peça-lhes que com palitos de

dente, tampas de caneta, pregos ou com a tesoura escolar, realizem sulcos nestes

materiais, ou seja, gravem. Eles podem criar desenhos: bichos, flores, pessoas. Agora

eles deverão passar tinta, neste “carimbo” e imprimi-lo, formando composições.

16. Frottage.

Frottage é uma técnica de pintura baseada na obtenção de imagens, por fricção de um

lápis ou carvão, num papel aplicado numa superfície rugosa.

Realize com seus alunos uma pesquisa de texturas, tenha em mãos giz de cera, papel,

folhas secas, lixas, superfícies rugosas etc., tintas solventes em água (qualquer) e

pincéis.

Coloque as folhas secas sob o papel com o lado das nervuras para cima, pois o

resultado é melhor. Esfregue o giz de cera por cima do papel, que está sobre a folha.

Depois da frottage, passamos o pincel com qualquer tinta à base de água bem diluída

sobre as folhas, para obter-se o efeito desejado, que é a tinta só penetrar onde não tem

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cera. Experimente usar o giz de cera branco e também experimentar outros papéis. O

jornal, por exemplo, tem um resultado muito interessante. E além de folhas secas

pesquise outras texturas, como: papéis dobrados, moldes vazados, tecidos e outros

que seu olhar indicar. Realize uma pesquisa, realizando frottage do chão, paredes e

outros espaços da escola. Organize com as crianças uma exposição com estas

produções.

Gravadores e a Xilogravura.

XILO=Madeira

A xilogravura é um processo de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz e

possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado.

Para fazer uma xilogravura é preciso uma prancha de madeira e uma ou mais

ferramentas de corte, com as quais se cava a madeira de acordo com o desenho

planejado.

É preciso ter em mente que as áreas cavadas não receberão tinta e que a imagem vista

na madeira sairá espelhada na impressão; no caso de haver texto, grava-se as letras

ao contrário.

Depois de gravada, a matriz recebe uma fina camada de tinta espalhada com a ajuda

de um rolinho de borracha. Para fazer a impressão, basta posicionar uma folha de

papel sobre a prancha entintada e fazer pressão manualmente, esfregando com uma

colher ou mecanicamente, com a ajuda de uma prensa.

Como podemos constatar, é uma técnica bastante simples e barata; por isso se presta

tão bem às ilustrações das capas dos folhetos de cordel. Para termos uma idéia desta

simplicidade, basta saber que os gravadores nordestinos fabricam suas próprias

ferramentas de corte com pregos e varetas de guarda-chuva, por exemplo, para

conseguirem diferentes efeitos no desenho.

Para Saber mais...

História

A xilogravura já era conhecida dos egípcios, indianos e persas, que a usavam para a

estampagem de tecidos. Mais tarde, foi utilizada como carimbo sobre folhas de papel

para a impressão de orações budistas na China e no Japão.

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Com a expansão do papel pela Europa, começa a aparecer com maior freqüência no

Ocidente no final da Idade Média (segunda metade do século XIV), ao ser empregada

nas cartas de baralho e imagens sacras. No século XV, pranchas de madeira eram

gravadas com texto e imagem para a impressão de livros que, até então, eram escritos

e ilustrados a mão. Com os tipos móveis de Gutemberg, as xilogravuras passaram a ser

utilizadas somente para as ilustrações.

A descoberta das técnicas de gravura em metal relegou a xilogravura ao plano editorial

no transcorrer da Idade Moderna, mas nunca desapareceu completamente como arte.

Tanto que, no final do século XIX, muitos artistas de vanguarda se interessaram pela

técnica e a resgataram como meio de expressão. Alguns deles optavam por produzir

obras únicas, deixando de lado uma das principais características da xilogravura: a

reprodução.

No Brasil, a xilogravura chega com a mudança da Família Real portuguesa para o Rio

de Janeiro. A instalação de oficinas tipográficas era proibida até então. Os primeiros

xilogravadores apareceram depois de 1808 e se alastraram principalmente pelas

capitais, produzindo cartas de baralho, ilustrações para anúncios, livros e periódicos,

rótulos, etc.

Estas matrizes, que foram produzidas ao longo do século XIX e abarrotavam as

tipografias nordestinas, aparecem nos primeiros folhetos de cordel impressos, no final

deste século (o mais antigo que se tem notícia é de autoria de Leandro Gomes de

Barros - 1865-1918).

Os editores dos livretos decoravam as capas para torná-las mais atraentes, chamando

a atenção do público para a estória narrada. Para isso, utilizavam o que estava à mão:

poderiam ser os clichês de metal (são como carimbos) que começavam a substituir os

de madeira no início do século XX ou simples vinhetas decorativas. A xilogravura como

ilustração, feita sob encomenda para determinado título, nasce da necessidade de

substituir os clichês de metal já gastos. Por isso, não é difícil encontrar xilogravuras de

capas de cordel imitando desenhos e fotografias de clichês. Mas, a xilogravura popular

nordestina ganhou fama pela qualidade e originalidade de seus artistas.

Hoje em dia, muitos gravadores nordestinos vendem suas gravuras soltas além de

continuarem a produzir ilustrações para as capas dos cordéis. Gravadores como J.

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Borges, José Lourenço, Jerônimo e muitos outros, expõem seus trabalhos em

importantes instituições no Brasil e no exterior.

Retirado do site: http://www.teatrodecordel.com.br

17. Experimentando fazer xilogravuras.

Realize pequenas xilogravuras usando como matriz madeira roliça entalhada obtida,

por exemplo, de cabos de vassoura.

1. Grave, faça pequenos sulcos na madeira.

2. Use pregos ou arames para servir de eixo.

3. Aplique a tinta e movimente a madeira sobre a superfície escolhida: madeira,

tecido etc.

A Xilogravura na Literatura de Cordel.

As obras da Literatura de Cordel, feita pelos poetas populares, são encontradas

principalmente nas feiras e mercados do nordeste, penduradas em varais de barbante.

Estas obras são muitas vezes ilustradas pelos próprios artistas que usam a técnica da

xilogravura. A impressão das estampas (desenhos), nas capas dos folhetos, é feita

através de matrizes de madeira.

Foto retirada do site:

http://www.fundaj.gov.br

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18. Conhecendo um folheto de cordel.

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Autor do Folheto: Arievaldo Viana Lima

Nome do Cordel: Encontro com a Consciência

É importante que as crianças tenham em mãos alguns folhetos e possam manuseá-

los, para total conhecimento desse portador textual. Realize leituras dos mesmos.

19. Conhecendo um Cordelista.

CORDELISTA é a pessoa que faz literatura de cordel. Um dos mais importantes

cordelista brasileiro foi sem dúvida Patativa do Assaré.

Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na

Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do

Ceará. É o segundo filho de Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Foi

casado com D. Belinha, de cujo consórcio nasceram nove filhos. Publicou Inspiração

Nordestina, em 1956, Cantos de Patativa, em 1966. Em 1970, Figueiredo Filho

publicou seus poemas comentados Patativa do Assaré. Tem inúmeros folhetos de

cordel e poemas publicados em revistas e jornais. Está sendo estudado na Sorbonne,

na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond

Cantel. Patativa do Assaré era unanimidade no papel de poeta mais popular do Brasil.

Para chegar onde chegou, tinha uma receita prosaica: dizia que para ser poeta não era

preciso ser professor. 'Basta, no mês de maio, recolher um poema em cada flor brotada

nas árvores do seu sertão', declamava. Cresceu ouvindo histórias, os ponteios da viola

e folhetos de cordel. Em pouco tempo, a fama de menino violeiro se espalhou. Com oito

anos trocou uma ovelha do pai por uma viola. Dez anos depois, viajou para o Pará e

enfrentou muita peleja com cantadores. Quando voltou, estava consagrado: era o

Patativa do Assaré. Nessa época os poetas populares vicejavam e muitos eram

chamados de 'patativas' porque viviam cantando versos. Ele era apenas um deles. Para

ser melhor identificado, adotou o nome de sua cidade. Filho de pequenos proprietários

rurais, Patativa, nascido Antônio Gonçalves da Silva em Assaré, a 490 quilômetros de

Fortaleza, inspirou músicos da velha e da nova geração e rendeu livros, biografias,

estudos em universidades estrangeiras e peças de teatro. Também pudera. Ninguém

soube tão bem cantar em verso e prosa os contrastes do sertão nordestino e a beleza

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de sua natureza. Talvez por isso, Patativa ainda influencie a arte feita hoje. O grupo

pernambucano da nova geração 'Cordel do Fogo Encantado' bebe na fonte do poeta

para compor suas letras. Luiz Gonzaga gravou muitas músicas dele, entre elas a que

lançou Patativa comercialmente, 'A triste partida'. Há até quem compare as rimas e

maneira de descrever as diferenças sociais do Brasil com as músicas do rapper carioca

Gabriel Pensador. No teatro, sua vida foi tema da peça infantil 'Patativa do Assaré - o

cearense do século', de Gilmar de Carvalho, e seu poema 'Meu querido jumento', do

espetáculo de mesmo nome de Amir Haddad. Sobre sua vida, a obra mais recente é

'Poeta do Povo - Vida e obra de Patativa do Assaré' (Ed. CPC-Umes/2000), assinada

pelo jornalista e pesquisador Assis Angelo, que reúne, além de obras inéditas, um

ensaio fotográfico e um CD. Como todo bom sertanejo, Patativa começou a trabalhar

duro na enxada ainda menino, mesmo tendo perdido um olho aos 4 anos. No livro

'Cante lá que eu canto cá', o poeta dizia que no sertão enfrentava a fome, a dor e a

miséria, e que para 'ser poeta de vera é preciso ter sofrimento'. Patativa só passou seis

meses na escola. Isso não o impediu de ser Doutor Honoris Causa de pelo menos três

universidades. Não teve estudo, mas discutia com maestria a arte de versejar. Desde

os 91 anos de idade com a saúde abalada por uma queda e a memória começando a

faltar, Patativa dizia que não escrevia mais porque, ao longo de sua vida, 'já disse tudo

que tinha de dizer'. Patativa morreu em 08 de julho de 2002 na cidade que lhe

emprestava o nome.

Retirado do site: http://www.tanto.com.br/Patativa.htm

20. Lendo textos de cordel.

O PEIXE

Patativa do Assaré

Tendo por berço o lago cristalino,

Folga o peixe, a nadar todo inocente,

Medo ou receio do porvir não sente,

Pois vive incauto do fatal destino.

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Se na ponta de um fio longo e fino

A isca avista, ferra-a insconsciente,

Ficando o pobre peixe de repente,

Preso ao anzol do pescador ladino.

O camponês, também, do nosso Estado,

Ante a campanha eleitoral, coitado!

Daquele peixe tem a mesma sorte.

Antes do pleito, festa, riso e gosto,

Depois do pleito, imposto e mais imposto.

Pobre matuto do sertão do Norte!

O BURRO

Patativa do Assaré

Vai ele a trote, pelo chão da serra,

Com a vista espantada e penetrante,

E ninguém nota em seu marchar volante,

A estupidez que este animal encerra.

Muitas vezes, manhoso, ele se emperra,

Sem dar uma passada para diante,

Outras vezes, pinota, revoltante,

E sacode o seu dono sobre a terra.

Mas contudo! Este bruto sem noção,

Que é capaz de fazer uma traição,

A quem quer que lhe venha na defesa,

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É mais manso e tem mais inteligência

Do que o sábio que trata de ciência

E não crê no Senhor da Natureza.

Leia em voz alta os poemas acima, para que a sonoridade dos versos seja apreciada

pelos alunos. Peça-lhes que usem o dicionário para tirarem as possíveis dúvidas

quanto ao vocabulário. Proponha uma discussão coletiva sobre o texto.

21. Brincando com textos da tradição oral.

Há poetas que criam seus textos, tomando como base a tradição das brincadeiras orais,

pertencentes à cultura popular, como trava-línguas, adivinhas, parlendas, quadrinhas,

cantigas de roda e, inclusive provérbios. Na maioria das vezes, aproveitam a estrutura

formal. Muitos repensam o tema segundo uma nova visão, mas geralmente o

apresentam de maneira lúdica. Muitas das brincadeiras orais “revisitadas” por poetas,

apresentam dificuldades fonéticas notáveis, constituindo um verdadeiro desafio a quem

for pronunciá-las de maneira rápida e correta. Textos desse gênero, marcados pela

sonoridade e o ritmo, são apropriados para crianças em fase inicial de leitura, servindo

também, como fonte de entretenimento.

No início da aula, pergunte aos alunos se sabem o que são trava-línguas, parlendas,

provérbios e outras brincadeiras orais. Se não souberem, explique-lhes, dando

exemplos. Possivelmente muitos lembrarão dessas brincadeiras. Forneça aos alunos,

cópias de diversos textos (além desses que estamos apresentando, você poderá

escolher outros de sua preferência). Divida a classe em grupos, de quatro ou cinco

alunos, e peça-lhes que leiam cada um deles, primeiramente no grupo e depois pra

classe toda. Conceda-lhes esse tempo para que apresentem o que descobriram. É um

momento precioso, pois além de valorizar a leitura, você estará propiciando um resgate

das brincadeiras orais da nossa cultura popular.

TRAVA-LÍNGUAS

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"O rato roeu a roupa do rei de Roma."

"A aranha arranha o jarro, o jarro arranha a aranha."

"O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu

ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto o tempo o tempo tem."

"Num ninho de mafagafos, haviam três mafagafinhos, quem amafagafar os

mafagafinhos, bom amafagafigador será"

"Você sabia que o Sabiá sabia assobiar?"

"Se o Pedro é preto, o peito do Pedro é preto e o peito do pé do Pedro também é

Preto."

"Luzia lustrava o lustre listrado e o lustre listrado com luz luzia."

"Qual é o doce que é mais doce que o doce de batata doce? - O doce que é mais

doce que o doce de batata doce é o doce que é feito com o doce do doce de

batata doce."

PARLENDAS

Jacaré foi ao mercado

não sabia o que comprar

comprou uma cadeirinha

para comadre se sentar

A comadre se sentou

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A cadeira esborrachou

Jacaré chorou, chorou

O dinheiro que gastou.

Bão-balalão!Senhor capitão!

Em terras de mouro

morreu seu irmão,

cozido e assado

em um caldeirão,

eu vi uma velha

com um prato na mão,

eu dei-lhe um tapa

ela, papo... no chão!

Corre cotia, na casa da tia

Corre cipó na casa da avó

Lencinho na mão, caiu no chão

Moça bonita do meu coração !

Meio-dia,

panela no fogo,

barriga vazia;

macaco torrado

que vem da Bahia;

panela de doce

para dona Maria.

PROVÉRBIOS

Gato escaldado tem medo de água fria.

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Cachorro mordido por cobra tem medo até de lingüiça!

Em rio que tem piranha jacaré nada de costas.

Macaco velho não mete a mão em cumbuca!

Filho de peixe, peixinho é.

Mais vale um passarinho na mão do que dois voando.

Quem casa quer casa.

Quem ri por último ri melhor.

OUTROS TEXTOS

VACAS AVACALHADAS

(Almir Correia)

Vaca amarela

Lambuzou a panela

Vaca preta

se escondeu na gaveta

Vaca azul

voou pro sul

Vaca branca

beijou a mula manca

Vaca pintada

fez fora da privada

Vaca laranja

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virou uma anja

Vaca incolor

amassou o meu amor

E só depois de muita a-vaca-lhação

dormiram em sonhos

pra pastar as estrelas da constelação.

CODORNINHA DO SERTÃO

Codorninha do sertão

Bota um ovo na lua

Bota outro no chão.

Bota aqui

Bota acolá

Bota até em Bagdá

Bota na bota do vaqueiro

Bota bota bota

O dia inteiro.

E às vezes

Devido ao vento

Desbota um lamento.

SACO DE MAFAGAFOS

Saco de mafagafos

É saco sem fundo,

Que a gente nem sabe

(Nem faz diferença)

Se dentro do saco

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Cabe ou não cabe

Coisa da gente

Ou coisa do mundo.

Dentro do saco

De mafagafos

De tudo cabe um tanto:

Cabe um pouco de coentro,

Cabe pena de pato

E mesinha de centro.

No saco de mafagafos,

Cabe prato e talher:

Cumbuca, faca, garfo, colher...

E até um sonho louco

De uma negra maluca

Que jogava sinuca.

E se a gente cutuca

Mais fundo do saco

Aparece um ninho

De sete mafagafinhos.

A PATOTA

A patota

do pato

quis fazer

de pato

o ganso.

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O ganso

Que era manco

Mas pateta

Não era

Deu no pé

De bicicleta.

OS SAPOS INVENTORES

Eu sou o sapo Inácio,

Inventor do saponácio.

Sou a sapa Tuca,

Inventei a sapituca.

Eu, a sapa Tília,

Descobri a sapatilha.

Apresento-me: sapo Antão,

Criador do sapatão.

E o sapo que aí está?

Não sou sapo, sou sabiá,

ce sabia ou não sabia?

OS AMIGOS

O zero não era sincero

O um só fazia “pum”

O dois deixava pra depois

O três falava inglês

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O quatro não era pato

O cinco usava cinto

O seis parecia portuguê(i)s

O sete jogava basquete

O oito vivia afoito

O nove não consegui rimar.

Mas todos juntos

sabiam:

somar

diminuir

multiplicar

dividir.

Inventavam muito problema e equação

E quase sempre nenhuma solução.

marinha I

branca vela

a caravela

brinca

de leva-e-traz

atrás de

fonemas

num mar de palavras

marinha II

zarpar

para

a paz

azul

do mar

!

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marinha III

ouvir o mar

no marulhar

ou ver o mar

ao mar olhar

olhar o mar

se o mar ulhar

olhar e ulhar

ao ver o mar

marinha IV

ra mar ia

re mar ia

ri mar ia

ro mar ia

ru mar ia

marinha V

era brisa

marinha

levando

minha

poesia

pois ia

ia

marinha VI

e

no

mar

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sereno

sem remo

sem rumo

sem rumor

:

vê-las soltas ao sol

as brancas velas

do amor

marinha VII

por zeus

:

o azul do mar

nos olhos teus

!

marinha VIII

o

azul

anzol do

teu olhar

me puxa

como

um

peixe

marinha IX

avanço

e lanço

em teu

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ancoradouro

âncora de ouro

!

marinha X

e

agora

ancora

em teu peito

(porto perfeito)

Meu barco à deriva

!

Do livro: Caravela

[redescobrimentos]

Poesias

De Gabriel Bicalho

Coleção Literatura Para Todos-MEC

22. Fazendo Arte – Isoporgravura.

Para as crianças menores, que ainda não dispõem de habilidade suficiente para lidar

com goivas, é possível trabalhar gravando com uma caneta esferográfica, palitos de

dente ou churrasco, sobre bandejinhas de isopor (usadas para acondicionar legumes,

carnes etc. nos supermercados). A caneta desempenha o papel de ponta-seca ou goiva

e o isopor, a matriz. De maneira simples e barata esta variação de materiais permite o

contato com o universo da gravura e suas características fundamentais como

multiplicidade, impressão, incisão, inversão da imagem e construção da mesma. Para

entintamento o guache e rolinhos de espuma são suficientes, passar a tinta dissolvida

em vaselina líquida, para facilitar o deslize, sobre a bandejinha de isopor. Basta

pressionar a folha de papel sulfite sobre a matriz para obter o resultado esperado.

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Como assinar as produções.

Existe um jeito comum de assinar as gravuras produzidas. Do lado inferior direito vai a

assinatura do artista, do lado esquerdo inferior vai o número da gravura e a quantidade

(tiragem) que será feita, no centro vai o título da gravura. Caso o autor não queira dar

um título sempre se escreve “sem título”. A primeira impressão é chamada de prova do

artista e é anotado do lado inferior esquerdo “p.a.”, o que quer dizer prova do artista, ou

melhor, a impressão que ficará com ele, que serve também para corrigir algum erro ou

imperfeição na matriz.

23. Produzindo um folheto de cordel.

Leia outros textos, ou melhor, outros exemplos de cordel, para garantir a familiaridade

das crianças com este gênero e suporte. Após as leituras, você pode solicitar aos seus

alunos uma produção em grupo de algumas estrofes com o emprego de rimas. Realize

uma roda de conversa para a leitura em voz alta desses cordéis. Proponha a classe

que realizem uma exposição com os poemas, organizando um folheto de cordel. Para a

capa utilize as imagens produzidas na atividade 21 – Fazendo arte – Isoporgravura.

24. Pendurando poesias no varal.

Organize com seus alunos uma exposição com os folhetos produzidos, pendurados

num varal. Realize cartazes para convidar a escola para prestigiar o trabalho. Durante a

exposição as crianças podem declamar os poemas produzidos.

Mais Dicas...

Roteiro para o olhar

O pesquisador norte-americano Robert William Ott, da Penn State University,

criou o seguinte roteiro para treinar o olhar sobre obras de arte, mas ele pode ser

adaptado a atividades ligadas à cultura visual. O diferencial é fazer sempre a relação

com a realidade do aluno:

1) Descrever

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Para aproveitar tudo o que uma imagem pode oferecer, os olhos precisam percorrer o

objeto de estudo com atenção. Dê um tempo para a obra se "hospedar" no cérebro. Em

sala de aula, peça que todos descrevam o que vêem e elaborem um inventário.

2) Analisar

É hora de perceber os detalhes. As perguntas feitas pelo professor devem ter por

objetivo estimular o aluno a prestar atenção na linguagem visual, com seus elementos,

texturas, dimensões, materiais, suportes e técnicas.

3) Interpretar

Um turbilhão de idéias vai invadir a classe e você precisa estar atento a todas elas,

para aproveitar as diversas possibilidades pedagógicas. Liste-as e eleja com a turma as

que correspondam aos objetivos de ensino. Meninos e meninas devem ter espaço para

expressar as próprias interpretações, bem como sentimentos e emoções. Mostre outras

manifestações visuais que tratem do mesmo tema e estimule-os a fazer comparações

(cores, formas, linhas, organização espacial etc.).

4) Fundamentar

Levantadas as questões que balizarão o trabalho, é tarefa dos estudantes buscar

respostas. Elabore junto com eles uma lista com os aspectos que provocam curiosidade

sobre a obra, o autor, o processo de criação, a época etc. Ofereça textos de diversas

áreas do conhecimento para pesquisa e indique bibliografia e sites para consulta,

selecionando os textos de acordo com os interesses e o nível de conhecimento da

classe.

5) Revelar

Com tantas novidades e aprendizados, a turma certamente estará estimulada a

produzir. Discuta com todos como gostariam de expor as idéias que agora têm. Quais

são essas idéias e como comunicá-las? É hora criar, desenhar, escrever, fazer

esculturas, colagens...

Mais Imagens

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Imagens retiradas do site: www.ablc.com.br

Mais um artista...

Gustavo Rosa

Em 20 de dezembro de 1946, nasce na cidade de São Paulo. Artista autodidata, iniciou

sua experiência com a pintura na infância. Rosa é pintor, ilustrador, desenhista,

gravador e também escultor, consegue enxergar com sensibilidade o irreverente, o

humor, o delicado, o grotesco e o belo, transpondo-os com traços definidos, singelos,

diretos e claros. Suas obras são brasileiras e universais, contam a realidade irônica e

poeticamente ao mesmo tempo.

O seu universo plástico apresenta semântica própria. Seu humor não é prosaico e

anedótico. Ele emprega a substância do traço, da forma e da cor. Suas imagens não

necessitam de legendas significam a postura do artista diante da vida, uma maneira de

ver, de aprender e de apreciar a existência humana. O humor da pintura de Gustavo

Rosa é reflexo da liberdade de viver e criar do artista, que acredita ser a imaginação

mais poderosa que acredita ser mais poderosa que o ser humano.

Imagens... sobre o mar...

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Respeite o Turista

Óleo s/ Tela

Banhista

1996

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Sem título

Banhista - Serigrafia 70x100 cm - 1984

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Surfista (1990)

Óleo sobre tela

50 x 40 cm

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Abadogu (2005)

60 x 50 cm

Figura na praia - óleo sobre tela - medindo 65x54 cm

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Barco - óleo sobre tela - medindo 53 x 43 cm - 1991

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Navio - óleo sobre tela - medindo 50 x 40 cm - 1991

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Banhista - óleo sobre tela - medindo 80 x 150 cm - assinado e datado 2004

APÊNDICE B

Projeto de Música

Diretoria de Educação de Cajamar

Projeto: Implantação Especialista de Arte no Ensino Fundamental

Música

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A música (do grego ������� �� - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se

basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É

considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Atualmente não

se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações

musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser

considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal

função. Também pode ter diversas outras utilidades, tais como a militar ou educacional.

Além disso, tem presença central em diversas atividades coletivas, como os rituais

religiosos, festas e funerais.

Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história.

Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem,

através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se

baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita

estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se,

com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humanas.

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Concert

1485-95

Artist: Lorenzo Costa (died 1535)

Oil on wood, 95,3 x 75,6 cm

National Gallery, London

Para saber...

SOM é tudo que soa! Tudo o que o ouvido percebe sob a forma de movimentos

vibratórios.

SILÊNCIO. Entendemos por silêncio a ausência de som, mas na verdade, a ele

correspondem os sons que já não podemos ouvir, ou seja, as vibrações que o nosso

ouvido não percebe como uma onda, seja porque têm um movimento muito lento, seja

porque são muito rápidas.

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Qualidades do som (Parâmetros)

ALTURA: refere-se à forma como o ouvido humano percebe a freqüência dos sons. As

baixas freqüências são percebidas como sons graves e as mais altas como sons

agudos.

DURAÇÃO: um som pode ser medido pelo tempo de sua ressonância e classificado

como curto ou longo.

INTENSIDADE: um som pode ser medido pela amplitude de sua onda e classificado

como forte ou fraco.

TIMBRE: de forma simplificada podemos considerar que o timbre é como a impressão

digital sonora de um instrumento ou a qualidade de vibração vocal.

Tipos de sons...

TOM: um som com altura determinada, ou seja, com uma afinação precisa. Ex.: o som

de uma nota musical (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si).

RUÍDO: som sem altura definida, resultante de vibrações irregulares. Ex.: ranger de

portas, motores e também os produzidos por alguns instrumentos como reco-reco,

castanholas etc.

MESCLA: um som que contém ao mesmo tempo elementos sonoros com altura

determinada e frações de ruidosidade; um tom suja. Ex.: o som de um prato, um som

produzido na flauta, acompanhado por ruídos vocais etc.

Conteúdos em Música

4. A produção em Arte (fazer artístico): arranjos, improvisações e composições,

experimentação e criação de músicas, produção de instrumentos e materiais

sonoros, notação musical, uso da voz, criação de letras.

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5. Apreciação significativa (artística/estética): interpretações de músicas, utilização

d instrumentos e materiais sonoros, leitura de músicas, audição musical,

percepção e identificação dos elementos da linguagem musical.

6. Produção cultural e histórica (Conhecer arte): conhecer arranjos, composições e

seus compositores, vida de autores, intérpretes, movimentos musicais e obras de

diferentes épocas, fontes de registros.

Ler e Escrever em Música

Se dirigirmos nosso olhar para a área de Música, podemos ver que as coisas

aqui não são muito diferentes. Quando pensamos no tema “notação musical”, as

primeiras imagens podem ser aquelas de símbolos incompreensíveis, destinados a

alguns poucos iluminados ou talentosos, enfim, uma coisa de outro mundo, para

grandes artistas. É comum as pessoas dizerem: Eu sou musical, mas não sei ler

música. Existe uma outra variante dessa idéia que é: Eu não sei nada de música.

Duvidando que alguém não saiba nada de música, ouve-se a seguinte resposta: Eu não

conheço aquelas bolinhas. Ou seja, eu não sei ler música, logo, não sei música. É

preciso desconstruir essa representação de saber música que, de uma forma negativa,

tem contribuído para que muitos desistam de aprender música. Assim, a leitura e escrita

musical têm sido usadas muito mais como instrumento de exclusão do que de acesso a

um novo código. Outro ponto que não devemos nos esquecer: muitas tradições

musicais neste planeta são aprendidas e transmitidas oralmente, e isso é válido

também para o nosso país.

Existem diferentes maneiras de vivenciar a música. Dançar, ouvir, apreciar,

recordar, ver imagens, se emocionar ou relembrar fatos são algumas dessas formas. A

experiência de ouvir música é talvez a mais democrática: todos podemos exercê-la, se

não com os ouvidos, pelo menos com o corpo e aqui se estabelece uma interessante

possibilidade de trabalhar com a área de Educação Física. Todos ouvimos música

diariamente e de diversos modos, com diferentes intenções, mesmo que não saibamos

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ler e escrever música. Da mesma forma, podemos tocar um instrumento ou cantar sem,

necessariamente, utilizarmos a leitura e a escrita. Ou seja, existem outros

procedimentos, não menos complexos, que levam à aprendizagem musical, como, por

exemplo, em tradições musicais transmitidas oralmente.

Como toda escrita, a notação musical é um sistema de representação convencional.

Embora não seja tão antiga como a escrita alfabética e a dos algarismos, ela sofre

também transformações ao longo da história. Existem hipóteses de que alguns dos

primeiros traços deixados há, pelo menos, 30 mil anos a.C. possam se referir a

atividades rítmicas ou melódicas. A história da grafia musical está, portanto,

intimamente ligada à dos sistemas de notação.

De maneira semelhante à escrita alfabética e numérica, a escrita musical utiliza

símbolos que foram se modificando com o passar do tempo: das representações

simbólicas, isto é, o uso de símbolos ou desenhos associados a um fato do mundo

exterior, até a escrita tradicional - que hoje conhecemos, o sistema de cinco linhas

denominado de pauta ou pentagrama -, o trajeto foi longo.

Existe muita controvérsia a respeito do fato de a leitura e a escrita musical serem

temas de estudo na escola de Ensino Fundamental. A discussão remete a uma questão

anterior sobre os objetivos do ensino de música em escolas não específicas. Muitos

defendem que, para formar ouvintes críticos e conscientes, não seria necessária a

leitura musical, ou seja, esta leitura seria destinada apenas àqueles que querem

aprender um instrumento, em ensino individual ou em pequenos grupos.

Acreditamos ser possível e conveniente trabalhar os fundamentos básicos da

leitura e escrita musical na escola fundamental. É claro que, para ler e escrever música,

é necessário um certo aprendizado. Mas, como afirma Reverdy (1997, p.45), esta

aprendizagem não é mais penosa do que aquela por que passam as crianças quando

estão aprendendo a ler em sua própria língua. Para que se realize uma aprendizagem

efetiva, a metodologia a ser utilizada deve partir da experiência musical cotidiana dos

alunos e o programa deve se orientar em duas perguntas básicas:

1. Que música esses sinais gráficos representam?

2. Como decifrá-los?

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Se ouvir música é pressuposto para ler música, a recíproca, não é verdadeira,

uma vez que ler música é um modo de ouvir música. Por isso, não tem sentido uma

leitura musical que seja abstraída de seu conteúdo sonoro-musical. Quem ensina a ler

notas musicais com giz e lápis, sem observar uma seqüência de procedimentos

metodológicos e sem a experiência sonora, ignora que conhecer apenas as notas não

leva a uma educação musical. A idéia de alfabetização musical desvinculada da prática

tem contribuído para que muitos alunos desistam de aprender música, tanto em escolas

específicas como em escolas do ensino fundamental, muito embora esses alunos

continuem com a capacidade para desfrutar da música em geral.

A abordagem dada à leitura e à escrita pelas diferentes áreas aqui tratadas é

ilustrativa da importância de ler e escrever na escola. Através dessa atividade,

estaremos oportunizando aos estudantes condições mais qualificadas de que eles se

assumam como sujeitos do processo de aprendizagem que fazem do e sobre o mundo,

adquirindo condições de, autônoma e permanentemente, localizar novas informações,

ampliar suas formas de interação com seu próprio corpo, expressar seus saberes,

objetivar suas intuições, lendo e escrevendo com autoria para o mundo.

À medida que toda a escola comprometer-se efetivamente com essas práticas,

ela constituirá um espaço de mediação de leituras e escritas significativas, promotoras

do crescimento pessoal e social de cada aluno, pela ampliação e aprofundamento dos

conceitos que possibilitam a intermediação com a realidade.

“No princípio, podemos supor, era o silêncio. Havia silêncio porque não havia

movimento e, portanto, nenhuma vibração podia agitar o ar – um fenômeno de

fundamental importância na produção do som. A criação do mundo, seja qual for

a forma como ocorreu, deve ter sido acompanhada de movimento e, portanto,

de som.” (O. Karóly, 1990)

Professor

O espaço da sala de aula, em se tratando da linguagem musical, deve garantir espaços

para a composição, a interpretação, a improvisação e a audição, ou seja, a apreciação

musical. É importante também levar em consideração a enorme diversidade de

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manifestações musicais existentes no país e fora dele, proporcionando, acima de tudo,

o desenvolvimento dos alunos em sua capacidade de apreciar e produzir música. Para

que a aprendizagem seja mais proveitosa, é bom que o professor procure envolver não

só toda a turma, mas também pessoas de fora, como compositores, cantores,

instrumentistas e promova encontros musicais com grupos de diferentes localidades.

Tema: As muitas músicas do mundo...

Objetivos:

Desenvolver a percepção auditiva e a memória musical;

pesquisar, explorar, compor e interpretar sons de diversas naturezas e

procedências;

utilizar e cuidar da voz como meio de expressão e comunicação musical;

conhecer, apreciar e adotar atitudes de respeito diante da variedade de

manifestações musicais do país;

estabelecer relações entre a música feita na escola, as veiculadas pela mídia e

as que são produzidas localmente;

conhecer usos e funções da música em épocas e sociedades distintas.

Com as mãos na massa...

Oficina 2

Atividade 1

Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema.

Mantenha-se de olhos fechados por alguns minutos e “abra os ouvidos”. Tente prestar

atenção a tudo o que ouve. Depois de olhos abertos, experimente relacionar os sons

que você escutou.

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Experimente anotar suas lembranças musicais: jogos, cantigas e brinquedos musicais

que fazem parte de sua história.

Então, o que é música?

“a música não é só uma técnica de compor sons (e silêncios), mas um meio de refletir e

de abrir a cabeça do ouvinte para o mundo.

(A. de Campos, in J. Cage, 1985 – prefácio)

Atividade 2

“O que já sabemos sobre música”

OBJETIVOS:

Avaliação diagnóstica sobre repertório musical;

apreciação e audição musical;

conhecendo artistas.

Número de participantes: A classe toda.

Material:

Imagens sobre instrumentos musicais, coros, orquestras, shows musicais. CDs com

música de um artista brasileiro famoso.

Desenvolvimento:

Primeiramente conversar com os alunos sobre o que é música, o que eles conhecem

sobre esse tema. Professor não se esqueça de registrar este diagnóstico. Apresentar

aos alunos as imagens que retratam músicas, instrumentos, pessoas cantando,

cantores famosos etc., abrir uma roda de conversa sobre o que estão vendo, quem são

essas pessoas, que sons produzem estes instrumentos etc.

EX.: Ouvir uma música de uma artista famoso, por exemplo, Elis Regina. Conversar

sobre, apresentar a biografia da artista e uma foto dela.

Atividade 3

“Adivinhasons”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

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trabalho coletivo;

integração do grupo;

saber ouvir.

Número de participantes: A classe toda dividida em dois grandes grupos.

Material: saco de TNT ou outro tecido (pode ser de retalhos). Fichas de papel cartão

com imagens diversificadas (animais, objetos etc.) com a quantidade de alunos da sala.

Desenvolvimento:

Um aluno de cada equipe pegará de dentro do saco uma ficha e após observar a

imagem irá produzir o som do respectivo objeto para que as equipes descubram o

nome da imagem apresentada por meio de seu som. Essa reprodução do som pode ser

desenvolvida com a própria voz ou com objetos que tiver a disposição.

A equipe vencedora será a que adivinhar o som ou o maior número de sons produzidos.

Atenção:

Todos os alunos deverão participar pegando fichas.

Quando adivinhar o som, a equipe deve registrar esse nome por meio de um

símbolo. Que pode ser cores ou formas geométricas

Ao final a equipe deve organizar esses sons numa folha, como se fosse uma

pauta sonora e reproduzí-los.

Atividade 4

“Qual é a música”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

trabalho coletivo;

resgate dos conhecimentos musicais.

Número de participantes: Grupos com cinco alunos cada.

Material: Letras móveis que formam palavras e envelopes.

Desenvolvimento:

Cada grupo receberá letras embaralhadas dentro de um envelope contendo uma

palavra, que deverá ser montada. O grupo deverá pensar em uma música que tenha na

letra a palavra descoberta, que deve ser registrada em um papel.

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Cada grupo canta a música que escolheu, se realmente ela tiver a palavra contida no

envelope já marcam um ponto, se for de acordo com a escolhida pelo professor mais

um ponto.

Se a palavra descoberta for a que o professor pensou, ganham mais um ponto.

Após dizerem qual é a palavra e cantarem a música, coloque a música para que

ouçam e levante alguns questionamentos a respeito de: Conhecem quem está

cantando? Solo? Grupo? Homem? Mulher? Que isntrumentos fazem parte da

execução da música? Etc.

ATENÇÃO:

Para o 1º e 2º ano, colar uma imagem da palavra no envelope para saberem o que está

escrito dentro do envelope.

Discuta com os alunos a regra do jogo, elabore uma ficha de pontuação, organize as

equipes e peça para que escolham um nome para ela.

Atividade 5

“Ampliando repertórios musicais”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

apreciação e audição musical;

conhecendo artistas.

Número de participantes: A classe toda.

Material: CDs de músicas eruditas, da MPB e folclóricas.

Desenvolvimento:

Propor as crianças que apreciem músicas, levantando pontos relacionados à:

- instrumentos;

- uso da voz;

- quem canta;

- quantas pessoas;

- onde se toca essa música;

- de que época ela pode ser. Etc.

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Abra uma roda de discussão e apresente aos alunos as diferenças desses estilos

músicas.

A MÚSICA ERUDITA (do latim, eruditu, que significa conhecimento, saber, sabedoria) é

também mencionada como Música Clássica. Há várias controversas sobre a

terminologia mais correta no Brasil, mas até hoje não se chegou a um consenso

acadêmico. A divergência é que alguns musicólogos consideram que o termo "música

clássica" deva ser reservado à música erudita produzida somente no período da história

da música designado por Era Clássica ou Classicismo, que se estende de 1730 a 1809,

caracterizado pela busca do equilíbrio das estruturas, da simetria das frases, da lógica

dos desenvolvimentos articulados com a concisão do pensamento. Também há quem

dê o nome de "música acadêmica" pelo fato de ser rigidamente estudada e possuir

regras minunciosamente matemáticas. Outros acham que o termo "erudito" é

inadequado, por julgarem que se refere a um tipo de música destinado a ser inacessível

às massas, preferindo o uso do termo "clássico", pela mesma razão que se fala em

"literatura clássica", sem levar em consideração o período em que foi escrita.

MÚSICA POPULAR BRASILEIRA (MPB) é um gênero musical brasileiro. Apreciado

principalmente pelas classes médias urbanas do Brasil, a MPB surgiu a partir de 1966,

com a segunda geração da Bossa Nova. Apesar de abrangente, a MPB não deve ser

confundida com Música do Brasil, em que esta abarca diversos gêneros da música

nacional, entre os quais o Baião, a Bossa Nova, o Choro, o Frevo, o Carimbó, o Forró, o

Samba, e a própria MPB. A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da

Bossa Nova, gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da

década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas

marcas ao samba tradicional. Arrastão, Vinícius de Moraes Mas já na primeira metade

da década de 1960, a Bossa Nova passaria por transformações e, a partir de uma nova

geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela

década. Uma canção que marca o fim da Bossa Nova e o início daquilo que se passaria

a chamar de MPB é Arrastão, de Vinícius de Moraes (um dos percursores da Bossa) e

Edu Lobo (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento,

marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba

tradicional, como de Cartola). Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis Regina no I

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Festival de Música Popular Brasileira (TV Excelsior, Guarujá-SP). A partir dali,

difundiriam-se artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como Geraldo Vandré, Taiguara,

Edu Lobo e Chico Buarque de Holanda, que apareciam com freqüência em festivais de

música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de

bossa nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em

1966), Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos

desta ruptura e mutação da Bossa para MPB. Era o início do que se rotularia como

MPB, um gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira durante

as décadas seguintes. A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas

foi mudando e incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca

resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais. Esta diversidade é

até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela própria hibridez é difícil

defini-la.

A MÚSICA FOLCLÓRICA, segundo a etimologia do termo adotada no século XIX, era a

música feita pela sabedoria popular (folk lore). A denominaç�o indicava especialmente

a música feita pela sociedade pré-industrial, fora dos circuitos da alta cultura urbana.

Durante o século XX, o termo folk music recebeu um segundo significado: um tipo

específico de música popular que é descendência cultural da música tradicional rural,

ou de outro modo influenciada por ela. Entendida na primera significaç�o, a música

folclórica sobrevive melhor em zonas onde a sociedade, geralmente rural, ainda não é

afetada pela comunicação de massas e pela comercialização da cultura. Era

geralmente partilhada e executada pela comunidade como um todo, sendo muitas

vezes transmitida pela tradição não escrita. As canções tradicionais de um povo tratam

de quase todos os tipos de atividades humanas. Assim, muitas destas canções

expressam crenças religiosas ou políticas de um povo ou descrevem sua história. A

melodia e a letra de uma canção popular podem sofrer modificações no decorrer de um

tempo, pois normalmente a transmissão é oral e passam de geração em geração. As

canções de dança são um dos tipos mais antigos de música popular. Cantadas como

acompanhamento para danças, o nome de seus compositores perdeu-se no tempo.

Muitas são ainda associadas ao lugar de origem, como a gavota francesa, a mazurca e

a polonesa, da Polônia e a tarantela da Itália.

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As canções lendárias são geralmente de origem semi-conhecida, às vezes literária, e

têm caráter poético e expressam acontecimentos interpretados pela perspetiva do

cantor. São exemplos disso os romances de tema épico ou criminoso. As danças e

jogos infantis são transmitidas por uma peculiar camada da sociedade que, n�o

utilizando a escritura como meio de transmiss�o, assemelha à sociedade rural adulta.

No Brasil são geralmente de origem européia e reduzem-se praticamente às danças de

roda. Algumas são de criação nacional com influência das modinhas, como Nesta Rua

tem um Bosque; outras têm influência africana como Sambalelê. As danças populares

de sociedade podem ser divididas em dramáticas e não dramáticas. As dramáticas

compreendem uma parte representada e têm um tema determinado como por exemplo,

Bumba-meu-boi do Norte do Brasil. As não dramáticas não contêm elementos de

representação. No Brasil a maior parte delas segue duas espécies de formação: em

roda, às vezes com solista no centro de origem africana ou portuguesa ou em fileiras

opostas, de origem indígena ou nacional.

http://pt.wikipedia.org

Atividade 6

“Conhecendo instrumentos musicais”

OBJETIVOS:

Conhecer instrumentos musicais.

Número de participantes: A classe toda.

Material: CD com o filme Pedro e o Lobo de Sergei Prokofiev.

Imagens sobre instrumentos musicais, divididos em: sopro, percussão, cordas.

Desenvolvimento:

Apresentar aos alunos a primeira parte do vídeo “Pedro e o Lobo” de Sergei Prokofiev,

onde aparece o maestro apresentando os instrumentos. E propor discussões a partir

dele.

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Entregar aos alunos fichas que contenham instrumentos musicais e pedir que agrupem

por suas características: sopro, percussão, cordas. Apresente aos alunos um painel

para que disponham os instrumentos dentro da formação da orquestra.

Você pode propor que desenhem um instrumentos de cada naipe.

Professor:

Aproveite para fazer uma breve apreciação da biografia do músico e por que ele

produziu “Pedro e o Lobo”.

O Pedro e o lobo é uma história infantil contada através da música. Foi composta por

Sergei Prokofiev em 1936, com o objectivo pedagógico de mostrar às crianças as

sonoridades dos diversos instrumentos. Cada personagem da história (o Pedro, o lobo,

o avô, o pássaro, o pato, o gato e os caçadores) é representada por um instrumento

diferente.

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Sergei Sergeyevich Prokofiev (em russo: ������� ���������� ����������) (Krasne, 27

de abril de 1891 – Moscovo, 5 de março de 1953) foi um compositor russo.

Nascido em Sontsovka (actualmente é a localidade de Krasne, no Óblast deDonetsk),

na Ucrânia, foi filho único. A sua mãe era pianista e o pai era engenheiro agrónomo, e a

família vivia com relativo desafogo económico. Prokofiev demonstrou bem cedo

invulgares dotes musicais e em 1902, quando começou a receber lições particulares de

composição, já tinha composto algunas peças. Quando aprendeu a base teórica

musical necessária, dedicou-se a experimentar, definindo o que seria o seu estilo

musical.

As suas primeiras obras, como o Concerto para piano n.º 1 (1911) e a Suite para

orquesta (1914), valeram-lhe má fama como músico contra a linha nacionalista russa.

Nesse ano termina o curso do Conservatório em São Petersburgo com as mais altas

classificações. Faz uma viagem a Londres, onde contacta com Sergei Daguitev e Igor

Stravinsky. Durante a Primeira Guerra Mundial compõe a ópera O Jogador, com base

na obra homónima de Fiodor Dostoievski. A estréia foi cancelada devido à Revolução

Russa de 1917. De 1918 1 1920 viveu em São Francisco (Califórnia), e entre 1920 e

1936 viveu na Europa Ocidental, realizando tournées como pianista nas quais

interpretava obras próprias como os 5 Concertos para piano e as suas 5 primeiras

Sonatas para piano. A sua obra mais destacada nesta época é a Sinfonia clássica

(1918), desenvolvida ao estilo clássico em quatro andamentos. Durante os anos em

que viveu fora do seu país compôs para o empresário de ballet russo Serguei Diaguilev

os bailados Chout (O bufão,1921, op.21), e O passo de aço (1927, op.41), apoteose da

industrialização que estava a produzir-se nesse momento na Rússia. Neste mesmo

período compõe as óperas O amor das três laranjas (de 1921, e que se tornou um

grande êxito em São Petersburgo, então Petrogrado), baseada numa fábula do

dramaturgo Carlo Gozzi (autor de Turandot), e O anjo de fogo (1919).

Em 1923 casa com a cantora de origem espanhola Lina Lluvera. Em1931 e 1932

finaliza os seus concertos para piano, nº 4 e 5.

Prokofiev volta à Rússia em 1936, onde continua a compor sobre a mesma linguagem

musical e as suas obras demonstram uma extraordinária integridade, se se tiver em

consideração a pressão imposta pelo dogma soviético do realismo socialista. Entre

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estas obras destacam-se a famosíssima Pedro e o Lobo para narrador e orquestra

(1936, realizada para agradar a Estaline), Romeu e Julieta (ballet,1936), a ópera Guerra

e paz (1946), a Sinfonia n.º 5 (1945), a suite O tenente Kijé (1933) e a cantata

Alexandre Nevski (1938, para o filme homónimo do realizador soviético Serguei

Eisenstein).

Em 1948 foi censurado por nunca compor no estilo do realismo soviético. As suas

harmonias foram julgadas como "cacofónicas". Teve que prometer que realizaria obras

com maior lirismo realista. Nesse mesmo ano compõe Conto de um homem autêntico

mas é de novo censurado . Quatro anos mais tarde, com a Sinfonia n.º 7, recebe o

premio Estaline (1952).

Serguei Prokofiev morreu em Moscovo no mesmo dia que Stalin, tendo sido apenas

iniciados os ensaios para o seu bailado A flor de pedra (1950), que foi levado à cena

em 1954.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sergei_Prokofiev

Atividade 7

“Pedro e o Lobo”

OBJETIVOS:

Funções dos instrumenstos;

apreciação e audição musical;

ampliação de vocabulário e repertório musical.

Número de participantes: A classe toda, o trabalho plástico deve ser realizado

individualmente.

Material: DVD Pedro e o Lobo de Sergei Prokofiev (TV Cultura), ou Vídeo animado da

Disney com a ilustração da história.

Desenvolvimento:

Apresentar aos alunos a segunda parte do vídeo “Pedro e o Lobo” de Sergei Prokofiev,

com a história sendo contada por meio dos instrumentos. Após a apresentação discutir

questões relacionadas à:

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Que instrumento você gostou mais? Por que?

Sabe tocar alguns instrumento? Qual? Como ele é?

Conhece alguém que toca algum instrumento?

Ouve música em casa? Quais?

Professor:

Proponha aos alunos que realizem uma produção plástica a partir do que mais

gostaram no vídeo. Organize uma exposição dos trabalhos discutindo com as crianças

quais as facilidades e dificuldades na elaboração e produção da proposta.

Atividade 8

“Adivinhe se puder”

OBJETIVOS:

Utilizar o conhecimento que possui e de memória ordenar a cantiga.

Número de participantes: Pequenos grupos, de no máximo 5 alunos cada. (No 1º e 2º

ano, realizar agrupamentos produtivos, ou seja, crianças que já dominam a base

alfabética com crianças que ainda não a dominam.

Material: Cápsulas de kinder ovo, caixa de fósforos, envelope ou outro recipiente. Tiras

com letras das cantigas.

OBS. É interessante que no 3º e 4º ano as músicas sejam do repertório deles, ou

melhor outras músicas.

Desenvolvimento:

Cada grupo receberá um recipiente contendo tiras com partes da cantiga. O desafio é

montar a cantiga na sequência correta e afixar num quadro na sala. As crianças se

souberem podem cantar a música.

No final o professor colocará a cantiga para que todos ouçam e cantem. É importante

que os alunos tenham acesso a letra da cantiga/música, para isso você pode entregar a

letra para cada um, lembre-se que alunos em fase de aquisição da escrita tem mais

facilidade para compreensão e leitura do texto se este estiver em letra bastão

maiúscula, ou se preferir faça um cartaz e afixe-o na sala.

Atividade 9

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“Apreciando”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

conhecer instrumentos não convencionais;

apreciação e audição musical.

Número de participantes: A classe toda.

Material: DVDs com shows e apresentação de músicas produzidas com instrumentos

não convencionais.

Desenvolvimento:

Apresentar aos alunos músicas e shows de artistas que utilizam instrumentos não

convencionais. Ex Hermeto Paschoal, UAIKIT, Stomp etc*. Chamar a atenção dos

alunos para que percebam os instrumentos, objetos que são utilizados para produzir os

sons e tentem imitar com a boca os sons que produzem.

* BJORK!!! Vespertine: a cantora passou seis meses pesquisando e baixando da

internet sons de caixinhas de música. Seu álbum “MEDULLA” foi feito assim. Na música

“who is it?” ela usa uma roupa de sininhos.

* No filme “Dançando no escuro” tem o clipe da fábrica onde a personagem principal

trabalha música com os sons das máquinas, o clipe no trem também.

É importante fazer uma breve contextualização do artista ou grupo que está sendo

apresentado.

Atividade 10

“Sons do ambiente”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

composição, produção e organização de sons.

Número de participantes: A classe toda.

Material: Objetos que possam produzir sons, os próprios móveis da sala de aula.

Desenvolvimento:

Espalhar objetos pela sala, além dos que ela já possui. Pedir que os alunos circulem

pela sala e escolham um objeto, que pode , inclusive ser o armário, a carteira etc..

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Depois disso um aluno é convidado a produzir um som, um ritmo com o objeto

escolhido, depois outro é chamado a interagir com os eu objeto fazendo um som apartir

do som que o outro aluno está produzindo. E assim vamos somando um som a outro

som, a outro som, a mais um som...

Atividade 11

“O corpo que toca”

OBJETIVOS:

Conhecimento do corpo como produtor de sons;

uso da voz como instrumento musical;

produção e improvisação de sons;

percepção sonora e musical.

Número de participantes: A classe toda, dividida em pequenos grupos.

Material: Corpo e voz

Desenvolvimento:

Comece a aula conversando com os alunos se nosso corpo emite sons, sobre quais

sons podem emitir com o corpo. Chame a atenção para o uso da voz como instrumento,

seja cantando ou emitindo sons (assovios, gritos etc.).

Afastar as carteiras da sala ou levá-los para o pátio, colocar uma música instrumental e

pedir que caminhem pelo espaço, investigando-o, fazendo caminhos diferentes a cada

volta, andando só com as pontas do pé, com o pé virado pra dentro, de cócoras, de ré,

olhando pra cima, num pé só etc. (Proponha outras formas de andar). Num segundo

momento proponha que caminhem de diversas formas imitando sons da natureza,

como vento, chuva, mar etc e também vozes de animais, assovios, ruídos, ou seja, os

mais variados sons.

Após essa atividade, peça que comecem a andar produzindo sons com o próprio corpo,

neste momento sem utilizar a voz, usando o corpo como percussão. Cada grupo deve

criar um símbolo para representar determinado som. Peça que registrem esses sons

por meio de grafismos, símbolos ou formas. Seria interessante gravar os sons e deixá-

los ouvir posteriormente, tentando identificar que parte do corpo produz tal som.

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Atividade 12

“Produzindo sons para...”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

composição, produção e organização de sons;

conhecer e interagir com objetos sonoros;

registro sonoro.

Número de participantes: grupos de cinco alunos.

Material: DVD UAKTI – Sonhos & Sons, objetos que possam produzir sons.

Desenvolvimento:

Apresentar aos alunos algumas músicas do grupo UAKTI, chamar a atenção para o uso

de objetos/instrumentos sonoros não convencionais.

O professor entregará para cada grupo alguns objetos sonoros, ou que possa produzir

sons. Deixe um tempo para que os alunos experimentem, brinquem com os objetos. A

tarefa é que cada grupo construa a partir dos objetos um conjunto de sons que tenha

como finalidade: sons para brincar; para dormir; para despertar; para passear etc.

O grupo deve pensar uma forma, símbolo ou marca para registrar esses sons, como se

fosse uma pauta sonora, para que depois possam reproduzí-los, ou seja, criar uma

composição musical só com sons, sem letra.

OBS. Após esta atividade o professor pode, juntamente com os alunos, escolher uma

das células sonoras e criar uma simbologia única para a sala, de acordo com cada som,

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padronizando a linguagem sonora da classe, e fazer uma relação com a pauta sonora

universal da música, ou seja, as notas músicais e a partitura musical.

Sobre o nome do grupo...

O nome do grupo - UAKTI - Oficina Instrumental, deriva de uma lenda indígena dos

índios Tukano do alto rio Negro:

"Uakti vivia às margens do rio Negro. Seu corpo, aberto em buracos, recebia o vento e

emitia um som tão irradiante que atraia as mulheres da tribo. Os índios, enciumados,

perseguiram Uakti e o mataram, enterrando seu corpo na floresta. Altas palmeiras ali

cresceram: de seus caules os índios fizeram instrumentos musicais de sons suaves e

melancólicos, feito o som do vento no corpo de Uakti. Ao ouvirem esse som, as

mulheres estarão impuras e serão tentadas".

Entrevista com o Grupo Uakti

Por: Louraidan Larsen – 08/06/2006

Retirada do site: www.palaciodasartes.com.br

TUBOS DE PVC, VIDROS, METAIS, PEDRAS, BORRACHA E CABAÇAS: TUDO

SERVE COMO MATERIAL PARA O MÚSICO MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES CRIAR

INSTRUMENTOS E PRODUZIR OS SONS DO GRUPO UAKTI. RESPONSÁVEL PELA

DIREÇÃO MUSICAL E PELA FABRIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS, MARCO

ANTÔNIO CONCEDEU ENTREVISTA EXCLUSIVA AO SITE NO DIA 8 DE JUNHO,

DURANTE ENSAIO DO GRUPO NO GRANDE TEATRO.

O MÚSICO ARTUR ANDRÉS RIBEIRO TAMBÉM CONVERSOU COM O SITE.

“SOMOS UM GRUPO DE MÚSICA INSTRUMENTAL, E JÁ PASSAMOS DESSE

UMBRAL ENTRE O POPULAR E O ERUDITO: TRANSITAMOS BEM ENTRE ESSES

DOIS UNIVERSOS”, EXPLICA ARTUR.

Palácio das Artes - Quantos instrumentos você já criou, Marco?

Marco Antônio Guimarães - Comecei a criar antes até do grupo, em 1971, e muitos

instrumentos já nem existem mais. Mas acredito que existam em torno de 50 e todos

foram feitos com todo o tipo de material que pude experimentar.

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PA - Como é o processo de criação dos instrumentos? Que tipo de pesquisas

faz?

MAG - Há várias fases de minha criação. Quando comecei, após estudar composição

na área de música contemporânea instrumental, fazia instrumentos que não tinha

importância se não tivessem escala, efeito sonoro. Depois comecei a construir

instrumentos de corda, e, aos poucos, comecei a pesquisar materiais diferentes. Houve

um período em que o trabalho foi determinado pelo material: fiquei muitos anos

experimentando possibilidades do PVC. Os instrumentos atuais vieram desse período:

instrumentos de percussão, de corda, de sopro. Essa fase puramente experimental foi

antes de surgir o grupo. Quando, em 1978, começa o Uakti, eu passo a construir os

instrumentos já pensando no grupo. Aos poucos, fui vendo as possibilidades que tinha

cada um deles e os ia desenvolvendo em função da técnica que o grupo desenvolvia.

PA - De onde surgem as idéias para usar materiais? De onde vem a inspiração?

MAG - Esta é uma pergunta difícil de responder. Eu sempre tive uma criatividade muito

desenvolvida, um dom. Quando criança, eu inventava meus próprios brinquedos. Com

isso, eu aprendi a trabalhar com ferramentas e materiais diferentes.

É muito de experimentação também o que eu faço. Experimentei todo tipo de PVC, por

exemplo: as medidas, os encaixes, as conexões. Muitas vezes, ao acaso, descobria

uma sonoridade que eu achava interessante, a partir daí via até onde podia ir para o

grave ou para o agudo. Depois, se fosse um instrumento com muitos tubos, eu

precisava criar uma estrutura para ele. Uma coisa ia puxando a outra.

Os instrumentos vão surgindo... No processo de criação de um instrumento é comum

surgir a idéia de um outro, pelo material que eu estava usando, pelas soluções que eu

estava encontrando. Uma coisa muito importante é ter domínio de todo tipo de

ferramenta e material. Para fazer alguns instrumentos, por exemplo, tive que aprender a

cortar vidro, a aprender marcenaria. É preciso saber também onde encontrar o material:

já saí pela Avenida Paraná, entrei em tudo quanto é loja para ver se encontrava uma

peça que eu estava imaginando e precisava para um instrumento. Às vezes, encontrava

em lojas de peças de carro, ou de material de construção, e até mesmo de material

cirúrgico.

PA - Você já tentou tirar som de algo que não conseguiu?

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MAG - Várias vezes eu tentava um material, achava que podia dar uma coisa, não dava

e acabava desistindo. Às vezes, porque não tive a sorte de experimentar de uma certa

maneira... Os instrumentos de PVC, por exemplo, surgiram por que, uma vez, eu estava

cortando um tubo de PVC, aí bati a mão por acaso, deu um som que eu gostei muito, e,

então, comecei a pesquisar a partir daí.

PA - Qual material foi mais trabalhoso tirar o som e qual deu melhor resultado

sonoro?

MAG - Há instrumentos que é difícil a criação, é preciso criar dezenas de pecinhas.

Teve uma época que fiquei experimentando instrumentos mecânicos, que

funcionassem com motor. Tentava instrumentos que tocassem sozinho. Acabei

chegando a um resultado muito bom, a um instrumento chamado Nastaré. Ele cria a

própria música.

A cabaça é um material usado no mundo inteiro para fazer instrumentos e que dá um

bom resultado, tem uma certa resistência para suportar a tensão das cordas. É leve,

vibra muito bem. Mas o PVC é muito produtivo também: encontra-se em muitas

medidas diferentes, há conexões de todo tipo, encontra-se em qualquer esquina, é

barato e é fácil de trabalhar.

PA - Com qual material você conseguiu um som mais inesperado?

MAG - Há uma quantidade grande de instrumentos que tem um som inusitado. Na

verdade, existem aqueles que atraem mais atenção, não só pelo material usado, mas

pelo mecanismo de funcionamento dele. Um exemplo é um instrumento de PVC com

cordas, que toca girando, e se chama Torre. Ele tem um efeito bem mágico. É um

instrumento hipnótico. Qualquer lugar do mundo que a gente toca, a platéia fica

fascinada. Quando tem um solo dele, as pessoas ficam imóveis. Iremos apresentá-lo no

espetáculo no Palácio das Artes e todos poderão conferir.

Palácio das Artes - A impressão que passa é que o improviso é fundamental para

a experimentação do grupo. É isso mesmo? Qual a importância do improviso para

vocês?

Artur Andrés Ribeiro - A improvisação te traz para o momento. Ela tem esse poder e

sempre interfere de forma positiva. Você não pode estar dormindo, repetindo aquela

melodia que você toca 500 vezes em casa, e vem ao palco e toca 501. No entanto, o

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improviso pode ser uma coisa automática também. Mas, quando improvisamos, sempre

buscamos relação com o momento, com o que estamos fazendo na hora.

PA - O nome do grupo é Uakti – Oficina Instrumental. O desejo de vocês é passar

essa idéia de oficina, um grupo em constante processo de transformação?

AAR - Sim, por que é um trabalho sempre constante. Os instrumentos que foram

construídos há 20 anos, por exemplo, demandam manutenção, e há instrumentos

novos que estão sendo feitos, há projetos novos. Então é um trabalho de oficina,

mesmo... não funciona assim: ‘fechou e agora é só tocar’. É um processo vivo,

contínuo.

PA - Das primeiras apresentações desde o começo do grupo, em 1978, o que

mudou?

AAR - Mudou muito. Éramos músicos de sinfônica, tocávamos muita música erudita,

com partitura, não havia essa liberdade que temos hoje. Estamos mais maduros, mais

fluentes e, entre nós, há uma relação muito mais harmônica, o que é difícil em um

grupo.

Atividade 13

“Móbiles sonoros”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

composição, produção e organização de sons;

conhecer e interagir com objetos sonoros;

Número de participantes: Grupos de 04 alunos.

Material: Fios de nylon, materiais recicláveis, cola, tesoura, fita adesiva.

Desenvolvimento:

Os móbiles podem ser construídos com materiais como: chaves, argolas, copos e

tampas de plástico, conchas, embalagens de filmes etc. Pendurar os materiais em fios

de nylon (ou barbante, lã, linha de crochê) num cabide, chapéu ou peneira. Quando

agitado cada móbile produzirá um timbre diferente.

Atividade 14

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“Produzindo instrumentos musicais”

OBJETIVOS:

Produzir instrumentos musicais e objetos sonoros.

Número de participantes: A classe toda, dividida em duplas ou grupos.

Material:

Sucatas em geral, fita crepe, pregos, cabo de vassoura, garrafas pets, tampinhas,

potinhos diversos, grãos (arroz, feijão, milho etc.), pedras, areia, conduítes, palito de

churrasco, palito de sorvete, cola quente, durex etc.

Desenvolvimento:

A sala será dividida em grupos ou duplas. Cada grupo deverá produzir um instrumento

musical.

Ex.:

CÔCO – cortar o côco pela metade, limpar, lixar e decorar com tinta plástica.

CLAVAS – serrar 02 pedaços de cabao de vassoura do mesmo tamanho (20 cm), pintar

com tinta plástica.

CHOCALHOS – utilizar garrafas pet ou garrafinhas, potinhos de danone, colocar grãos

dentro (arroz, feijão, milho etc.) ou outros elementos como pedriscos, areia. Fechar a

boca do pote com fita adesiva e decorar.

RECO RECO – cortar cabos de vassouras e revestir com conduíte, para tocar pode ser

utilizado caneta, lápis, palito de churrasco ou sorvete.

OBS.: É importante que durante a construção dos instrumentos haja manuseio e

apreciação dos mesmos.

Sugira que os alunos criem outros objetos sonoros.

Professor fique atento a esta atividade, como os alunos se relacionam com os materiais

sonoros, como organizam os objetos para que produzam sons. Valorize cada produção,

assim como o material utilizado.

Atividade 15

“O jogo dos animais”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

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apreciação e audição musical;

conhecendo compositores;

expressão corporal.

Número de participantes: A classe toda, dividida em grupos.

Material: CDs com músicas com sons de animais ou que tenham como tema animais.

Desenvolvimento:

O professor escolhe as músicas que tenham sons, vozes de animais ou que tenham

como tema animais. Cada grupo é orientado a exercer determinado movimento ao ouvir

cada uma das músicas. As músicas devem ser alternadas buscando números variados

de movimentos. Uma outra variação e deixar as crianças livres para que a partir de

cada som criem movimentos, e também cada grupo pode apresentar determinada

música representando as vozes de animais e gesticulando e dançando.

Atividade 16

“Carnaval dos animais”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

apreciação e audição musical;

conhecendo compositores.

Número de participantes: A classe toda.

Material: CD “Carnaval dos animais” de Saint Saens.

Desenvolvimento:

Primeiramente o professor deve levantar os conhecimentos prévios do grupo, se

conhecem múiscas com sons de animais, o que é um compositor. Depois disso

apresenta a biografia do compositor Saint Saens e apresenta-lhes suas músicas

constantes no CD Carnaval dos Animais, a partir da audição das músicas pedir as

crianças que percebam de que animal se trata a música, como ele está sendo

representado. Uma outra sugestão é dividir a classe em grupos e pedir que

representem por meio de sons a “voz” de três animais, apresentando para a classe.

Professor: Não se esqueça de levantar com os alunos a presença dos instrumentos

musicais em cada uma das músicas apreciadas.

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Atividade 17

“Torcer, voar e deslizar”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

apreciação e audição musical;

interação com a música e expressão corporal.

Número de participantes: A classe toda.

Material: CDs diversos (músicas eruditas, com sons de pássaros e natureza).

Desenvolvimento:

Cada aluno é posicionado em pé, a uma distância que não alcance o colega. Em

silêncio os alunos deverão movimentar-se de acordo com o ritmo da música. Em

determinado momento o professor dá a voz de comando “voar”, e todos se movimentam

como se fossem voar, cada um de seu jeito ao seu modo. Na sequência são dadas

outras vozes de comando: “deslizar” e “torcer”. Repita a voz de comando.

Após a atividade sente com os alunos numa roda de conversa e questione-os sobre o

que aprenderam, como foi fazer a atividade, que relações estabeleceram do corpo com

a música, onde tiveram mais dificuldade e mais facilidade. Faça registros das falas dos

alunos.

OBS. O professor deve explicar e contextualizar aos alunos o querem dizer os

movimentos: torcer, voar e deslizar.

Atividade 18

“Ritmos na cultura musical do Brasil”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

apreciação e audição musical;

conhecendo ritmos presentes na cultura musical brasileira (intépretes e

compositores).

Número de participantes: A classe toda.

Material: CDs com músicas brasileiras e estrangeiras de diversos ritmos.

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Desenvolvimento:

Apresentar aos alunos músicas com os mais variados ritmos brasileiros: música caipira,

forró, axé, pop, rock, cirandas, afro, salão, bossa, chorinho, samba etc. Abrir uma roda

de conversa sobre o que ouvem, que sons são esses, que instrumentos produzem

esses sons, quem está cantando, perceber a voz, se feminina ou masculina.

Professor dê informações sobre os ritmos, seus intépretes e compositores. E também

contextualize as influências que o país recebeu de fora em sua música. Escolha alguns

clipes musicais com estes ritmos e mostre-os aos launos.

AXÉ: A axé music é um movimento musical popular surgido no estado da Bahia na

década de 80, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador.

Não se trata exatamente um gênero ou movimento musical, mas uma rotulação

mercadológica muito útil para que uma série de artistas da cidade de Salvador, que

faziam uma fusão de ritmos nordestinos, caribenhos e africanos com embalagem pop-

rock, tomassem as paradas de sucessos do Brasil inteiro a partir de 1992. Axé é uma

saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva.

Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra da

língua inglesa music pelo jornalista Hagamenon Brito para formar um termo que

designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais.

Depois que Daniela Mercury chegou ao Sudeste com o show que a estouraria

nacionalmente, O Canto da Cidade, tudo o mais que veio de Salvador começou a ser

chamado de axé music. Em pouco tempo, os artistas deixaram de se importar com a

origem debochada do termo e passaram a dele se aproveitar. Por exemplo, a Banda

Beijo, do vocalista Netinho, simplesmente intitulou de Axé Music o seu disco de 1992.

Com o impulso da mídia, essa trilha sonora da folia de Salvador rapidamente se

espalhou pelo país (com os carnavais fora de época, as micaretas) e fortaleceu-se

como indústria, produzindo sucessos o ano inteiro ao longo dos anos 90. Testadas no

calor da multidão na Praça Castro Alves e na Ladeira do Pelô, as músicas dos blocos e

bandas responderam por alguns dos grandes êxitos comerciais da música brasileira na

década. O ano de 1998 foi, particularmente, o mais feliz para os baianos: Daniela

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Mercury, Banda Eva, Chiclete com Banana, Araketu, Cheiro de Amor e É o Tchan

venderam juntos nada menos que 3,4 milhões de discos.

Guitarras elétricas

As origens do axé estão nos anos 50, quando Dodô e Osmar começam a tocar o frevo

pernambucano em rudimentares guitarras elétricas (batizadas de guitarras baianas) em

cima de uma Fobica (um Ford 1929). Nascia o trio elétrico, atração dos carnavais para

a qual Caetano Veloso chamou a atenção em 1968 na canção Atrás do Trio Elétrico.

Mais tarde, Moraes Moreira, dos Novos Baianos, teria a idéia de subir num trio (que era

apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da axé music. Paralelamente ao

movimento dos trios, aconteceu o da proliferação dos blocos afro: Filhos de Gandhi (do

qual Gilberto Gil faz parte), Badauê, Ilê Ayê, Muzenza, Araketu e Olodum. Eles tocavam

ritmos africanos como o ijexá, brasileiros como o maracatu e o samba (os instrumentos

eram os das escolas de samba do Rio) e caribenhos como o merengue.

Com a cadência e as letras das canções de Bob Marley nos ouvidos, o Olodum criou o

samba-reggae, música com forte caráter de afirmação da negritude, que fez sucesso na

Salvador dos anos 80 com artistas como Lazzo, Tonho Matéria, Gerônimo e a Banda

Reflexus – as canções chegavam ao Sudeste em discos na bagagem dos que lá

passavam férias. Logo, Luíz Caldas (do trio Tapajós) e Paulinho Camafeu tiveram a

idéia de juntar o frevo elétrico dos trios e o ijexá. Surgiu assim o "Deboche", que rendeu

em 1986 o primeiro sucesso nacional daquela cena musical de Salvador: Fricote,

gravado por Caldas. A modernidade das guitarras se encontrava com a tradição dos

tambores em mistura de alta octanagem.

Uma nova geração de estrelas aparecia para o Brasil: Lazzo, Banda Reflexus (do

sucesso Madagascar Olodum), Sarajane, Cid Guerreiro (do Ilariê, gravado por Xuxa),

Chiclete com Banana (que vinha de uma tradição de bandas de baile, blocos afro e trios

elétricos), Banda Cheiro de Amor(com Márcia Freire e Margareth Menezes, a primeira a

engatilhar carreira internacional, com a benção do líder da banda americana de rock

Talking Heads, David Byrne. Pouco tempo depois, o Olodum estaria sendo convidado

pelo cantor e compositor americano Paul Simon para gravar participação no disco The

Rhythm of The Saints.

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Guinada para o pop

Aquela nova música baiana avançaria mais ainda na direção do pop em 1992, quando

o Araketu resolveu injetar eletrônica nos tambores, e o resultado foi o disco Araketu,

gravado pelo selo inglês independente Seven Gates, e lançado apenas na Europa. No

mesmo ano, Daniela Mercury A "Rainha do Axé" lançaria O Canto da Cidade, e o Brasil

se renderia de vez ao axé. Aberta a porta, vieram Asa de Águia, Banda Eva (que

nasceu do Bloco Eva e revelou Ivete Sangalo), Banda Mel (que depois assinaria como

Bamdamel), Banda Cheiro de Amor, Ricardo Chaves e tantos outros nomes. A explosão

comercial do axé passou longe da unanimidade. Dorival Caymmi reprovou suas

qualidades artísticas, Caetano Veloso as endossou. Das tentativas de incorporar o

repertório das bandas de pop rock, nasceu a marcha-frevo, que transformou sucessos

como Eva (Rádio Táxi) e Me Chama (Lobão) em mais combustível para a folia.

Enquanto o axé se fortalecia comercialmente, alguns nomes buscavam alternativas

criativas para a música baiana. O mais significativo deles foi a Timbalada, grupo de

percussionistas e vocalistas liderado por Carlinhos Brown (cuja Meia Lua Inteira tinha

estourado na voz de Caetano), que veio com a proposta de resgatar o som dos

timbaus, que há muito tempo estavam restritos à percussão dos terreiros de

Candomblé. Paralelamente à Timbalada, Brown lançou dois discos solos –

Alfagamabetizado (1996) e Omelete Man (1998), que com sua autoral incorporação de

várias tendências do pop e da MPB à música baiana, obteve grande reconhecimento no

exterior. Além disso, ele desenvolveu um trabalho social e cultural de alta relevância

entre a população da comunidade carente do Candeal, com a criação do espaço

cultural Candyall Guetho Square, o grupo de percussão Lactomia (para formar uma

nova geração de instrumentistas) e a escola de música Paracatum.

Enquanto isso, os nomes de sucesso da música baiana multiplicavam-se: aos então

conhecidos Banda Eva, Bamdamel, Araketu (que em 1994 vendeu 200 mil cópias do

disco Araketu Bom Demais), Chiclete com Banana e Cheiro de Amor, juntaram-se o ex-

Beijo Netinho e os grupos Jammil e Uma Noites, Pimenta N´Ativa e Bragadá.

Bunda music Foi em 1995, porém, que deu as caras o maior fenômeno comercial de

Salvador. Em seu terceiro disco, o grupo Gera Samba estourou o sucesso É o Tchan,

com a ajuda dos sacolejos das calipígias dançarinas Carla Perez (loura) e Débora Brasil

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(morena). Entre um "segura o tchan" e outro, a banda teve que mudar de nome,

processado por um outro grupo, de um irmão do integrante Compadre Washington.

Rebatizado de É o Tchan, o antigo Gera Samba inaugurou a face do axé que seria

conhecida como Bunda Music, de ênfase nas coreografias libidinosas em detrimento à

musica (que ainda assim trazia uma sólida base de samba de roda) e as letras. Com

toda a face showbiz a que tem direito (realizaram-se concursos na TV para a escolha

da morena e depois da loura que iriam substituir Débora e Carla), e uma fileira de

sucessos produzidos em série (Dança do Bumbum, Dança da Cordinha, Ralando o

Tchan, É o Tchan! no Havaí, A Nova Loira do Tchan...), o grupo bateu a barreira do

milhão de discos vendidos.

Com o Tchan, disputaram público na segunda metade dos anos 90 nomes como

Netinho (Milla, Fim de Semana), Araketu (Mal Acostumado) e Terrasamba (Liberar

Geral, Carrinho de Mão), Banda Eva (Beleza Rara, Carro Velho), entre outros. A

superexposição nos meios de comunicação e as pressões da indústria inevitavelmente

levaram o axé ao esgotamento artístico e comercial. Em 1999, ano em que o pop

ressurgiu como uma força, o gênero experimentou um significativo declínio nas

vendagens de discos.

ROCK: Rock and Roll (também escrito Rock'n'Roll) é um gênero de música que

emergiu e se definiu como estilo musical no sul dos Estados Unidos durante a década

de 50, rapidamente se espalhando pelo resto do mundo. Evoluiu mais tarde para

diversos sub-géneros no que hoje é definido simplesmente como "rock".

Actualmente, a palavra "rock and roll" tem diversos significados, seja para definir o rock

tradicional ao estilo dos anos 50, ou para definir o rock surgido posteriormente, e até

mesmo certas vertentes da música pop. Desde finais da década de 50 até meados dos

anos 90 o rock foi provavelmente o estilo musical mais popular no mundo ocidental.

Os instrumentos mais comuns no rock'n'roll são a guitarra elétrica, o baixo, a bateria, e

muitas vezes um piano ou teclado, embora no início, o principal instrumento tenha sido

o saxofone, posteriormente substituído pela guitarra no final dos anos 50.

AFRO: A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura da música portuguesa,

indígena e africana, produzindo uma grande variedade de estilos.

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A música brasileira foi fortemente influenciada pelos ritmos africanos, como é o caso do

samba, maracatu, carimbó, lambada e o maxixe. Embora se tenha mantido por muitos

anos na marginalidade, a música afro-brasileira ganhou notoriedade em meados do

século XX, até se tornar o estilo musical mais difundido no Brasil.

Obtido em http://pt.wikipedia.org

OBS.: Mostre também ritmos e cantores africanos. Ex. Salifkeita, Eva Touri, Richard

Bona e realize comparações com cantores do Brasil, como: Chico César, Olodum,

Timbalada. No caso do Rock, apresente Chuck Berry, Litlle Richard fazendo

comprações com Roberto Carlos, Mutantes, Titãs, Paralamas do sucesso, Secos e

Molhados etc.

Atividade 19

“Ritmo – Elementos teóricos”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

percepção rítmica;

Observaçao de duração do som, tempo, intensidade e a pausa.

Número de participantes: a sala toda.

Material: instrumentos de percussão, objetos que possam repercurtir sons e o próprio

corpo.

Desenvolvimento:

Demonstrar com os instrumentos ou objetos alguns ritmos simples (batidas), variar as

velocidades, intensidades e o tempo da pausa. Pedir aos alunos que exercitem e

tentem registrar uma sequência de sons, para que possam tocar posteriormente.

Atividade 20

“Compondo sons e ritmos”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

composição, produção e organização de sons;

experimentação de sons (organização de célula musical).

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Número de participantes: Grupos com 04 alunos

Material: o próprio corpo, objetos que produzam sons.

Desenvolvimento:

Cada aluno deve, a partir da fonte sonora escolhida, compor seu próprio som. Depois

organizar esses quatro sons de modo a formar uma célula musical. È importante

registrar os sons numa pauta, para poder executá-lo posteriormente.

Atividade 21

“O Som do Silêncio”

OBJETIVOS:

Percepção auditiva e corporal.

Número de participantes: A classe toda.

Material: Nenhum

Desenvolvimento:

Propor ao grupo que ouça o silêncio. Chegando-se à conclusão de que não conseguem

ouvi-lo, pois há muitos sons, sugere-se que ouçam sons a sua volta.

O professor pode fazer uso de objetos sonoros do ambiente como bater em uma

madeira de porta, raspar na parede, arrastar cadeiras etc. As crianças ouvem os sons

reagindo como se fossem eles.

Sugestão:

Representar os sons ouvidos durante esta atividade de forma gráfica. Ex.: Desenhar

linhas, formas, pontos etc.

Atividade 22

“Como está, pode ficar - Estátua”

OBJETIVOS:

Percepção auditiva e corporal.

Número de participantes: A classe toda.

Material:

CDs com músicas diversas. (é necessário uma seleção prévia das músicas para

garantir ritmos e instrumentação variados.)

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Desenvolvimento:

Esta atividade sugere questões realtivas ao tempo na música, que é composto por

“silêncios” (paradas) e sequências rítmicas, que por si, sugerem certos movimentos

corporais, discute estas questões com os alunos.

É uma variação da brincadeira de estátua. A partir da sensibilização feita na atividade

anterior, usando músicas com ritmos diferentes, pode-se direcionar as crianças para

que explorem seu corpo com movimentos que as múiscas possam lhes sugerir, o que

os fará mudar de pose, o professor parará a música derepente, e as crianças deverão

ficar na posição em que estiverem, e que lhes foi sugerida pela música. Ao final, o

professor pode conversar com os alunos sobre as poses e suas relações com as

múiscas ouvidas, discutindo tópicos como ritmo musical e corporal etc.

Atividade 23

“Barbatuques”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

apreciação e audição musical;

conhecendo artistas (grupo musical).

Número de participantes: A classe toda.

Material: CDs com músicas dos “Barbatuques”.

Desenvolvimento:

Apresentar aos alunos as músicas produzidas pelo grupo “Barbatuques” e chamar a

atenção para o que eles estão usando para produzir sons, tentar identificar o máximo

de sons produzidos. Para isso pode ser feita uma lista na lousa com estes sons, os

maiores podem realizar esse registro em seu caderno.

Reforçar que existem vários sons sendo produzidos ao mesmo tempo.

As crianças podem tentar reproduzir esses sons com outros objetos, com o corpo e a

boca.

Desenvolver uma prática de improvisação com o corpo.

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EX.: Fazer uma roda com os alunos em pé e convidar cada um a entrar no centro da

roda e produzir um som diferente utilizando uma parte do corpo sugerida previamente

pelo professor. Trocar a parte do corpo quando as possibilidades de produção de sons

esgotarem, com isso muda-se a parte do corpo a ser explorada.

OBS. Pode ser colocada alguma base ou instrumento de fundo tocado pelo professor,

por algum aluno ao até mesmo uma base gravada.

Atividade 24

“Vinicius, Chico e Caimmy... maneiras de cantar.”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

apreciação e audição musical;

chamar a atenção dos alunos para a diferença entre palvra cantada e palavra

falada, o que inclúi a interpretação;

conhecer diversos compositores e intérpretes,

voz como instrumento musical.

Número de participantes: A classe deve ser dividida em pequenos grupos que

trabalhem, cada um com um compositor ou intérprete.

Material: Cópias das letras compostas pelos músicos citados acima e gravaçoes destas

músicas interpretadas tanto por seu compositor como por outras pessoas/cantores.

Desenvolvimento:

Não há obrigatoriedade de que sejam os mesmos compositores citados, pois o que

importa aqui é a maneira de cantar. Cada grupo deve receber a letra da múisca

composta por um dos compositores e proceder a audição da mesma, observando como

o cantor usa a voz, a presença de instrumentos, de pausas etc. Após a audição cada

grupo deve apresentar o seu compositor para a classe apontando suas reflexões. É

bom ter em mãos fotos dos compositores e também a biografia de cada um deles para

apresentar aos alunos.

Atividade 25

“Orquestra de vozes”

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OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

composição, produção e organização de sons.

uso da voz como instrumento musical;

produção e improvisação de sons.

Número de participantes: A classe toda.

Material: Corpo e voz.

Desenvolvimento:

Em primeiro momento apresentar aos alunos diferentes sons vocais e pedir que os

reproduzam. Após apresentar instrumentos musicais, por meio de CDs e DVDs.

Separar a classe em grupos e designar a cada um deles a representação de um tipo de

instrumento. Realizar a apresentação dos grupos individualmente e coletivamente.

Atividade 26

“Frère Jacques”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

uso da voz;

canto coral.

Número de participantes: A classe toda.

Material: Corpo e voz, letra da música

Frère Jacques

Frère Jacques

Frère Jacques

Dormez-vous?

Dormez-vous?

Sonnez les matines,

Sonnez les matines.

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Ding, ding, dong.

Ding, ding, dong.

Desenvolvimento:

Passar a música no quadro ou entregar um xerox para cada aluno. Ouvir o CD com a

interpretação da música. Cantar com a classe, separar as vozes: agudas e graves,

ensaiar e apresentar para a classe.

Atividade 27

“O som da voz”

OBJETIVOS:

Percepção auditiva;

tipos de sons;

reprodução de histórias por meio de sons vocais;

uso da voz.

Número de participantes: A classe toda.

Material: CDs com sons da natureza, vozes de animais, pessoas, ruídos e histórias

cantadas.

Desenvolvimento:

Apresentar às crianças alguma história cantada. Conversar sobre o que ouviram. Tentar

resgatar de memória a história. Os alfabetizados podem recontar a história por meio da

escrita.

Dramatizar um conto com onomatopéias das vozes de animais (graves e agudas).

Reproduzir histórias utilizando diferentes sons vocais.

Atividade 28

“Um pouco mais de Pedro e o Lobo”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

conhecer instrumentos musicais.

Número de participantes: A classe toda mas de forma individual.

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Material: Sulfite, lápis de cor, caderno de desenho, giz de cera entre outros.

Desenvolvimento:

Propor aos launos a ilustração dos personagens da história “Pedro e o Lobo” de Sergey

Prokofiev, tentando relacionar o personagem ao instrumento musical.

Sugestão:

O professor poderpa criar postais com os desenhos dos personagens e colagens dos

intrumentos musicais.

Atividade 29

“Leitura compartilhada Pedro e o Lobo”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

conhecer a história e os intrumentos musicais.

Número de participantes: A classe toda

Material: Livro Pedro e o Lobo

Desenvolvimento:

O professor lerá para os alunos de forma pontuada e com entonação a história de

“Pedro e o Lobo” , utilizará para a leitura fichas com desenhos ou ilustrações com as

imagens dos personagens e dos instrumentos musicais que os representam. A cada

novo personagem o professor faz uma pausa e pede aos alunos que imitem tanto o

som do personagem quanto o som do instrumento que o representa. Após o término da

leitura garantir um tempo para conversar sobre a história, impressões, ou seja, uma

roda de conversa.

Atividade 30

“A orquestra”

OBJETIVOS:

Número de participantes: A classe toda

Material: Vídeo “A orquestra” ou “A orquestra de perto”.

Desenvolvimento:

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Propor as crianças a apreciação do vídeo e discutir a relação dos instrumentos

utilizados tanto na musica popular quanto na erudita. Fazer um levantamento dos

launos que tocam algum instrumento e organizar uma apresentação. Dividir os

instrumentos em naipes (cordas, sopro, percursão) e localizar sua posição na orquestra.

Apresentar uma imagem com a disposição da orquestra.

Atividade 31

“Criando paródia”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

estimular a criatividade e a percepção auditiva.

Número de participantes: A classe toda dividida em pequenos grupos.

Material: Caderno de desenho, lápis preto e CDs de música (de acordo com o

repertório da classe).

Desenvolvimento:

Propor aos alunos a criação de paródias, tendo por base músicas de seu repertório.

Fazer uma apresentação com os alunos cantando e representando a canção (paródia)

produzida. Para a apresentação, os alunos podem utilizar instrumentos musicais

(bandinha ritmica) ou objetos sonoros.

Atividade 32

“Apresentação musical”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

apreciação de produção musical;

interação com objetos sonoros.

Número de participantes: Grupos de 04 alunos

Material: Objetos sonoros

Desenvolvimento:

Depois da composição de uma célula musical e o registro numa pauta, apresentar sua

música para a classe.

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Atividade 33

“Instrumentos do grupo Uakit”

OBJETIVOS:

Ampliação de vocabulário e repertório musical;

Composição, produção e organização de sons;

interação com objetos sonoros e experimentação de sons.

Número de participantes: Grupos com 04 alunos

Material: Imagens dos instrumentos do Grupo UAKIT

Desenvolvimento:

Por meio das imagens, levar os alunos a conhecer novas fontes sonoras, que possam

experimentar sons e reproduzí-los com a voz (imitação).

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ANEXOS

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Luiz

ANEXO 1

Questionário

Diretoria de Educação

Perfil do Professor de Arte

Nome: ______________________________________________________________

Idade:

entre 18 e 25 anos ( )

entre 25 e 35 anos ( )

entre 35 e 45 anos ( )

entre 45 e 55 anos ( )

acima de 55 anos ( )

Sexo:

( ) masculino ( ) feminino

Formação:

Universidade:________________________________________________________

Habilitação: __________________________________________________________

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Realizou outros cursos, pós graduação, na área de arte? Quais?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

__________________________________________________________

E na área da Educação? Quais?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________Quais os

últimos livros que você leu:

Na área de Arte:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________

Na área de arte-educação:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________

Na área da educação:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________

Qual a última visita que você fez:

A museus

______________________________________________________________________

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______________________________________________________________________

_____________________________________________________________

A exposições

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________

Ao teatro

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________

Qual a concepção que você tem para o ensino de arte?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________

Qual a importância da arte na escola?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

____________________________________________________

Com qual linguagem da arte tem mais facilidade para o trabalho em sala de aula?

Justifique.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

____________________________________________________

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ANEXO 2

Pautas das Formações

Diretoria de Educação do Município de Cajamar

1º Encontro de Formação Implantação Especialistas de Arte no Ensino Fundamental

Pauta

Objetivos:

Reflexões sobre o papel do professor de arte; Concepção da área;

Proposta para avaliação diagnóstica inicial.

1º Momento:

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Apresentação Formador e Grupo Levantamento de expectativas do grupo

2º Momento:

Concepção: A área de Arte

3º Momento: O Projeto

4º Momento:

Avaliação Diagnóstica Inicial

5º Momento: Avaliação

Diretoria de Educação do Município de Cajamar

2º Encontro de Formação Ensino de Arte no Ensino Fundamental

04/04/2007

"O tempo extrai vários valores de um trabalho de um pintor. Quando esses valores são esgotados, os quadros são esquecidos, e quanto mais um quadro tem a dar, mais importante ele é.”

Henri Matisse Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte Tempo de Duração: 04 horas Objetivo: Discutir propostas para o ensino de artes visuais.

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1º Momento: 5 min. Sobre o olhar... 2º Momento: 30 min. Introdução: A área de Artes Visuais As áreas de artes visuais Conteúdos em artes visuais Ler e escrever em artes visuais 3º Momento: 10 min. Projeto 1 Artes Visuais: Paisagens Marinhas Objetivos Conteúdos 4º Momento: 3 horas. Oficina 1 – Artes Visuais Conhecimentos prévios Repertórios Produção 1 – Desenhando com linhas Ampliando repertórios Produção 2 – Barquinho Apreciação – Onda Conhecendo o Mar Desenhando uma onda coletiva Mais obras de Arte Manchas que formam mar Lendo as imagens Produzindo com manchas

5º Momento: 15 min. Avaliação

Prof. Sergio L. Cunha AP de Arte

Diretoria de Educação do Município de Cajamar

3º Encontro de Formação Ensino de Arte no Ensino Fundamental

13/04/2007

“A função da arte não é a de passar por portas abertas, mas a de abrir portas fechadas.”

Ernerst Fischer

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Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte Tempo de Duração: 04 horas Objetivo: Continuação da discussão e reflexão de propostas para o ensino de artes visuais. 1º Momento: 5 min. Leitura Compartilhada: 2º Momento: 5 min. Pensando um nome para o Projeto de Artes Visuais 3º Momento: 3h e 40 min. Cont. Oficina 1 – Artes Visuais Conhecendo Gravuras Leitura de Obras de Arte (formal e interpretativa) Biografia de Lasar Segall Produção 1 – Experimentando impressão Produção 2 – Frottage Sobre a Xilogravura Conhecendo Literatura de Cordel Patativa do Assaré Lendo textos de Cordel Brincando com textos... Fazendo Arte - Isoporgravura Produzindo um folheto de cordel Como assinar as produções

5º Momento: 10 min. Avaliação

Prof. Sergio L. Cunha AP de Arte

Diretoria de Educação do Município de Cajamar

4º Encontro de Formação Ensino de Arte no Ensino Fundamental

09/05/2007

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A arte alimenta-se de ingenuidades, de imaginações infantis que ultrapassam os limites do conhecimento; é aí que se encontra o seu reino. Toda a ciência do mundo não seria capaz de penetrá-lo. (Lionello Venturi)

Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte Tempo de Duração: 04 horas Objetivo: Discussão e reflexão sobre Modalidades Organizativas; Introdução ao Projeto de Música. 1º Momento: 5 min. Leitura/Roda de Apreciação: Águas de Março – Tom Jobim / Interpretada por Elis Regina Biografia de Elis Regina 2º Momento: 15 min. Construção painel “Para Apreciar e saber mais...” 3º Momento: 20 min. Estrutura do Projeto 4º Momento: 40 min. Modalidades Organizativas Leitura, discussão e reflexão do material escrito por Alfredina Nery. 5º Momento: 2 horas Começando a elaboração do projeto de música. Proposta de Oficina 6º Momento: 20 min. Avaliação

Prof. Sergio L. Cunha AP de Arte

Diretoria de Educação do Município de Cajamar

5º Encontro de Formação Ensino de Arte no Ensino Fundamental

18/05/2007

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“Não, não fuja não Finja que agora eu era o seu brinquedo

Eu era o seu pião O seu bicho preferido

Sim, me dê a mão A gente agora já não tinha medo

No tempo da maldade Acho que a gente nem tinha nascido.”

João e Maria Sivuca - Chico Buarque/1977

Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte Tempo de Duração: 04 horas Objetivo: Discussão e reflexão sobre Modalidades Organizativas; Continuação ao Projeto de Música. 1º Momento: 10 min. Leitura Compartilhada: Zoom – Istvan Banyai – Ed. Brinque Book 2º Momento: 20 min. Socialização de materiais / recursos educativos em arte 3º Momento: 20 min. Em que momento da aula estou? O que fiz em cada série essa semana? 4º Momento: 40 min. Modalidades Organizativas Leitura, discussão e reflexão do material escrito por Alfredina Nery. 5º Momento: 2 horas Começando a elaboração do projeto de música. Proposta de Oficina 6º Momento: 30 min. Avaliação

Prof. Sergio L. Cunha AP de Arte

Diretoria de Educação do Município de Cajamar

6º Encontro de Formação

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Ensino de Arte no Ensino Fundamental 20/06/2007

“É uma só voz É voce somos nós

É uma só voz É voce somos nós

Dessa vez não estamos sós”

Cazuza

Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte Tempo de Duração: 04 horas

Objetivo: Vivência e análise do projeto construído coletivamente para a área de música. 1º Momento: 10 min. Leitura Compartilhada: Apreciação musical – História da música 2º Momento: 20 min. Notícias do Projeto – Painel Geral: Avanços, dificuldades e encaminhamentos. 3º Momento: 30 min. Análise de uma atividade de aluno - Chaves de leitura - Painel 4º Momento: 2h30min. Oficina de música 5º Momento: 30 Finalização e avaliação

Prof. Sergio L. Cunha AP de Arte

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7º Encontro de Formação Ensino de Arte no Ensino Fundamental

03/08/2007 Prenda Minha

(Domínio Público) Vou-me embora, vou-me embora,

prenda minha Tenho muito que fazer

Tenho de ir para rodeio, prenda minha No campo do bem-querer.

Noite escura, noite escura, prenda minha toda noite me atentou

Quando foi de madrugada, prenda minha Foi-se embora e me deixou.

Troncos secos deram frutos, prenda minha Coração reverdeceu

Riu-se a própria natureza, prenda minha No dia em que o amor nasceu.

Público Alvo: Professores de Arte Tempo de Duração: 04 horas Objetivo: Continuação - Vivência e análise do projeto construído coletivamente para a área de música. 1º Momento: 10 min. Leitura Compartilhada: Apreciação Vídeo: A orquestra 2º Momento: 20 min. Notícias do Projeto – Painel Geral: Avanços, dificuldades e encaminhamentos. 3º Momento: 1H30 min. Análise de atividades - Chaves de leitura - Painel 4º Momento: 1H30min. Oficina de música 5º Momento: 30 min Finalização e avaliação

Prof. Sergio L. Cunha AP de Arte

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8º Encontro de Formação Ensino de Arte no Ensino Fundamental

29/08/2007 Agora eu era o herói

E o meu cavalo só falava inglês A noiva do cowboy

Era você Além das outras três

Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões

Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock

Para as matinês João e Maria – Chico Buarque e Sivuca

Público Alvo: Professores de Arte Tempo de Duração: 04 horas Objetivos: Audição Musical Reflexões sobre o papel da arte na escola Análise das atividades propostas para o projeto de música Iniciando a discussão sobre dança.

1º Momento: 10 min. Leitura Compartilhada: audição musical Construção/ Deus lhe pague – Chico Buarque interpretada por Luciana Rodrigues 2º Momento: 20 min. Notícias do Projeto 3º Momento: 1H. Leitura e análise de texto Arte- Educação para quê? Socialização 4º Momento: 30min. Análise do Material Projeto Música 5º Momento: 1H30 min Pensando atividades para dança Socialização 6º Momento: Avaliação

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9º Encontro de Formação Ensino de Arte no Ensino Fundamental

26/09/2007

“A dança, em minha opinião, tem como finalidade a expressão dos sentimentos mais nobres e mais profundos da alma humana: aqueles que nascem dos deuses em nós, Apolo, Pan, Baco, Afrodite. A dança deve implantar em nossas vidas uma harmonia que cintila e pulsa. Ver a dança apenas como uma diversão agradável é frívola é degradá-la.”

Isadora Duncan

Público Alvo: Professores de Arte Tempo de Duração: 04 horas

Objetivos: Reflexões sobre o papel do professor de Arte. Gestão de sala de aula. (metodologia de trabalho). Refletir sobre a possibilidade do trabalho com dança na escola.

1º Momento: 20 min. Leitura Compartilhada: As Bailarinas e o pintor – Elias José 2º Momento: 40 min. Notícias do Projeto Roda de Conversa 3º Momento: 1H. Leitura e análise de texto O papel do professor de Arte Gestão de Sala de aula 4º Momento: 10 min. Projeto Dança Vídeo: Dança Brasil 5º Momento: 30 min. A Dança na escola Texto: Lenira Rengel 6º Momento: 1H. Pensando atividades para dança Socialização

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7º Momento: 20 min. Avaliação

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10º Encontro de Formação Ensino de Arte no Ensino Fundamental

31/10/2007

A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia), ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela. (Wikipédia)

Público Alvo: Professores de Arte Tempo de Duração: 04 horas

Objetivos: Reflexões sobre gestão de sala de aula. Fechamento das atividades do ano letivo. Refletir sobre a possibilidade do trabalho com dança na escola.

1º Momento: 20 min. Leitura Compartilhada: Imagens 2º Momento: 40 min. Notícias do Projeto Roda de Conversa 3º Momento: 1H. Gestão de Sala de aula Reflexões 4º Momento: 30 min. A Dança na escola Retomada do texto: Lenira Rengel 6º Momento: 1H. Pensando atividades para dança

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Socialização 7º Momento: 20 min. Avaliação

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