Concurso SEEDUC RJ - Francês

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Concurso da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro para Professor Docente I de Francês.

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  • Caro(a) Candidato(a), leia atentamente e siga as instrues abaixo.

    01- A lista de presena deve, obrigatoriamente, ser assinada no recebimento do Carto de Respostas e assinada novamente na sua entrega, na presena e nos locais indicados pelo fi scal da sala.

    02- Voc recebeu do fi scal o seguinte material: a) Este Caderno, com 50 (cinquenta) questes da Prova Objetiva, sem repetio ou falha, conforme distribuio abaixo:

    Portugus Conhecimentos Conhecimentos Pedaggicos Especfi cos 01 a 10 11 a 20 21 a 50

    b) Um Carto de Respostas destinado s respostas das questes objetivas formuladas nas provas.

    03- Verifi que se este material est em ordem e se o seu nome e nmero de inscrio conferem com os que aparecem no Carto de Respostas. Caso contrrio, notifi que imediatamente o fi scal.

    04- Aps a conferncia, o candidato dever assinar no espao prprio do Carto de Respostas, com caneta esferogrfi ca de tinta na cor azul ou preta.

    05- No Carto de Respostas, a marcao da alternativa correta deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espao interno do quadrado, com caneta esferogrfi ca de tinta na cor azul ou preta, de forma contnua e densa.

    Exemplo:

    06- Para cada uma das questes objetivas, so apresentadas 5 (cinco) alternativas classifi cadas com as letras (A, B, C, D e E), mas s uma responde adequadamente questo proposta. Voc s deve assinalar uma alternativa. A marcao em mais de uma alternativa anula a questo, mesmo que uma das respostas esteja correta.

    07- Ser eliminado do Concurso Pblico o candidato que: a) Utilizar ou consultar cadernos, livros, notas de estudo, calculadoras, telefones celulares, pagers, walkmans, rguas, esquadros,

    transferidores, compassos, MP3, Ipod, Ipad e quaisquer outros recursos analgicos. b) Ausentar-se da sala, a qualquer tempo, portando o Carto de Respostas.Observaes: Por motivo de segurana, o candidato s poder retirar-se da sala aps 1 (uma) hora a partir do incio da prova. O candidato que optar por se retirar sem levar seu Caderno de Questes no poder copiar sua marcao de

    respostas, em qualquer hiptese ou meio. O descumprimento dessa determinao ser registrado em ata, acarretando a eliminao do candidato.

    Somente decorridas 2 horas de prova, o candidato poder retirar-se levando o seu Caderno de Questes.

    08- Reserve os 30 (trinta) minutos fi nais para marcar seu Carto de Respostas. Os rascunhos e as marcaes assinaladas no Caderno de Questes no sero levados em conta.

    [email protected] www.ceperj.rj.gov.br

    Concurso Pblico

    Data: 26/01/2014Durao: 3 horas

    GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIROSecretaria de Estado de Educao

    A B C D E

    Professor Docente I

    FRANCS

  • Professor Docente I - FRANCS

    2GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Secretaria de Estado de Educao - SEEDUCFundao Centro Estadual de Estatstica, Pesquisa e Formao de Servidores Pblicos do Rio de Janeiro - CEPERJ

    PORTUGUSTexto

    O LADO ESCURO DA FORAO av de Jabor era uma fi guraa. Quando o neto lhe contava

    entusiasmado uma boa novidade, o velho logo o advertia: Cuidado, Arnaldinho, nada s bom. Sim, tudo tambm tem um lado ruim, o das coisas boas que vo ter fi m. A mxima do velho antecipava o irnico paradoxo da era digital: nunca na histria deste planeta houve algo to bom para aproximar as pessoas e nada que as dividisse tanto como a internet, onde todos se encontram e cada um pode mostrar, escondido pelo anonimato, o seu pior.

    Chico Buarque, que um dia j foi chamado de maior unanimi-dade do Brasil, disse que sempre acreditou que era amado, at descobrir, na internet, que era odiado. Qualquer assunto ou pessoa que v ao ar tem logo dois lados trocando insultos e acusaes, dividindo o que poderia ser multiplicado. No pesadelo futurista, a diversidade e a diferena so soterradas pela ignorncia e o dio irracional, que impedem qualquer debate produtivo, assim como os blackblocks impedem qualquer manifestao pacfi ca.

    Na ltima semana li vrios editoriais de jornais e artigos de di-versas tendncias sobre o mesmo tema: a internet como geradora e ampliadora de um virulento e empobrecedor Fla X Flu, ou pior, de um PT X PSDB em que todos saem perdedores. E como disse o Pedro Dria: s vai piorar. Todas as paixes e excessos que so permitidos, e at divertidos e catrticos, nas discusses de futebol s produzem discrdia, mentiras e mais intolerncia no debate poltico e cultural. Simpatizantes de qualquer causa ou ideologia s leem o que dizem o que eles querem ouvir, nada aprendem de novo, chovem no molhado.

    Mas at esse lado ruim tambm tem um lado bom, de revelar as verdades secretas, expondo os piores sentimentos de homens e mulheres, suas invejas e ressentimentos, sua malignidade, que nenhum regime poltico pode resolver. Sem o crescimento da conscincia individual, como melhorar coletivamente?

    Nelson Motta, O Globo, 29/11/2013.

    01. O av de Jabor era uma fi guraa. Quando o neto lhe contava entusiasmado uma boa novidade, o velho logo o advertia: Cuidado, Arnaldinho, nada s bom. Sim, tudo tambm tem um lado ruim, o das coisas boas que vo ter fi m. O incio do texto de Nelson Motta mostra que a linguagem utilizada na sua composio:A) exclusivamente formal, j que o jornal que o publica de perfi l

    conservadorB) tem um carter predominantemente literrio, pois se fundamenta

    prioritariamente em linguagem fi guradaC) apresenta uma variedade informal, visto que o assunto abordado

    no fragmento de cunho folclricoD) mostra algumas concesses variedade familiar, dado que o

    tom da crnica de intimidade entre autor e leitorE) traz exemplos da linguagem do passado, pois o personagem

    citado no fragmento de idade avanada

    02. O av de Jabor era uma fi guraa. Quando o neto lhe con-tava entusiasmado uma boa novidade, o velho logo o advertia: Cuidado, Arnaldinho, nada s bom. Sim, tudo tambm tem um lado ruim, o das coisas boas que vo ter fi m. O segmento destacado nesse trecho inicial tem a seguinte funo textual:A) situar no tempo o fato narradoB) comprovar a veracidade de uma informao dadaC) justifi car a qualifi cao atribuda ao avD) concluir um raciocnio previamente construdoE) descrever as caractersticas de um personagem

    03. Quando o neto lhe contava uma boa novidade...; nesse segmento do texto, o autor qualifi ca a novidade como boa. Al-gumas palavras, em lngua portuguesa, j trazem em si mesmas um sentido positivo, como o caso de novidade, vista sempre como coisa boa. A frase abaixo que no apresenta um exemplo de vocbulo semelhante :A) Os queijos franceses so produtos de qualidade.B) Os jornais devem trazer fatos de importncia.C) Antigamente todos se casavam com moas de famlia.D) Os ces trazidos para a feira eram de raa.E) As roupas mostradas no desfi le eram de marca.

    04. No primeiro pargrafo do texto, o cronista alude a uma fi gura de pensamento, que o paradoxo. Nesse contexto, o paradoxo aludido o de algo que:A) aproxima e divide as pessoasB) bom e ruim ao mesmo tempoC) mostra o bem e o mal da tecnologiaD) se exibe e se esconde simultaneamenteE) demonstra que nada s bom

    05. O segmento do texto em que os elementos ligados pela conjuno E podem ser considerados sinnimos :A) Qualquer assunto ou pessoa que v ao ar tem logo dois lados

    trocando insultos e acusaes, dividindo o que poderia ser multiplicado

    B) No pesadelo futurista, a diversidade e a diferena so soter-radas...

    C) ...pela ignorncia e o dio irracional, que impedem qualquer debate produtivo...

    D) Na ltima semana li vrios editoriais de jornais e artigos de diversas tendncias sobre o mesmo tema...

    E) ...a internet como geradora e ampliadora de um virulento e empobrecedor Fla X Flu...

    Responda s questes de nmeros 06, 07 e 08 com base no segmento:

    Na ltima semana li vrios editoriais de jornais e artigos de diversas tendncias sobre o mesmo tema: a internet como geradora e ampliadora de um virulento e empobrecedor Fla X Flu, ou pior, de um PT X PSDB em que todos saem perdedores.

    06. Segundo o segmento, todos saem perdedores porque:A) ocorre um apelo violnciaB) se fala sempre a respeito das mesmas coisasC) se explora somente o lado negativo dos fatosD) se mostra o dio como presena social constanteE) se despreza a riqueza contida na diversidade

    07. O comentrio incorreto sobre um elemento componente desse fragmento do texto :A) Fla X Flu funciona como um ponto de referncia comparativaB) PT X PSDB repete estruturalmente o termo Fla X FluC) vrios e diversas funcionam como termos sinnimosD) diversas tendncias o mesmo que tendncias diversasE) o vocbulo mesmo funciona como um adjetivo

    08. Na ltima semana li vrios editoriais de jornais...; a refern-cia temporal no segmento em destaque mostra uma caracterstica especial, que a de:A) variar o referente conforme o momento de leituraB) modifi car o tempo cronolgico para tempo psicolgicoC) dar uma localizao imprecisa do momento temporal do textoD) indicar um momento prximo como mais distanteE) destacar a importncia do momento histrico da crnica

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    09. Simpatizantes de qualquer causa ou ideologia s leem o que dizem o que eles querem ouvir, nada aprendem de novo, chovem no molhado.A forma verbal que no se refere ao mesmo sujeito que as demais :A) leemB) dizemC) queremD) aprendemE) chovem

    10. Todas as paixes e excessos que so permitidos, e at divertidos e catrticos, nas discusses de futebol s produzem discrdia, mentiras e mais intolerncia no debate poltico e cultural.Nesse segmento do texto, os elementos que no equivalem es-truturalmente so:A) paixes / excessosB) permitidos / divertidosC) divertidos / catrticosD) discrdia / mentirasE) poltico / cultural

    CONHECIMENTOS PEDAGGICOS

    11. O pensamento pedaggico moderno sofreu infl uncias de vrias escolas sociolgicas. Comte, citado por Piletti (2006), deu incio a esses estudos ao sustentar, como princpio bsico, o mo-delo educacional de:A) desenvolvimento da conscincia coletivaB) transformao evolutiva do esprito humanoC) processo amplo de racionalizaoD) planejamento racional de intervencionismoE) construo de uma sociedade socialista

    12. O multiculturalismo estuda a melhor forma de se conviver com as diferenas. Essas ideias discutem como se pode enten-der e at resolver os problemas de uma sociedade heterognea. Dentre as diferentes concepes de multiculturalismo propostas por Stuart Hall, citado por Piletti (2006), tem-se a proposio de que os diferentes devem ser integrados como iguais na sociedade dominante. Esta modalidade de multiculturalismo denominada:A) liberalB) pluralistaC) corporativaD) crticaE) absentesta

    13. A prtica pedaggica atual muito infl uenciada pelo constru-tivismo, sendo este um facilitador para as relaes interativas entre professor e aluno. Assim, o professor que atua de uma forma sufi cien-temente fl exvel, ir permitir, entre as vrias possibilidades, que haja:A) contribuies de fundo emocionalB) aumento das relaes de confi anaC) adaptao s necessidades do alunoD) estabelecimento de respeito mtuoE) criao de metas a longo prazo

    14. As escolas oferecem atividades gerais que, na maioria das vezes, benefi ciam o trabalho de grupo. No entanto, nos trabalhos individuais, encontra-se uma caracterstica bastante defi nida, que auxilia na aprendizagem, conhecida por:A) organizaoB) conceitualizaoC) qualifi caoD) memorizaoE) estimulao

    15. A educao moral pode ser entendida como aplicao, quando a escola oferece instrumentalizao para a realizao dos projetos dos alunos, o que pode ser compreendido por ensino de:A) desenvolvimento planifi cadoB) boa qualidadeC) solidariedadeD) respeito ao prximoE) integridade permanente

    16. Ao pensar no professor refl exivo, depara-se com variedades dessa prtica refl exiva. Zeichner, citado por Contreras (2012), cita uma prtica que diz respeito priorizao de um ensino sensvel ao pensamento, aos interesses e ao desenvolvimento dos estudantes e do desempenho dos professores como docentes e como pessoas, a que denomina de verso:A) genricaB) de reconstruo socialC) de efi cincia socialD) acadmicaE) evolutiva

    17. As atitudes e comportamentos de um professor em sala de aula e problemas a surgidos, precisam ser pensados e resolvidos ou encaminhados para uma soluo, exigindo uma qualidade de relao pessoal e social que permita, pelo menos, que ocorram tentativas de compreenso e equilbrio pessoal, social, profi ssio-nal e de independncia de juzo com responsabilidade social. Tal atitude reconhecida por:A) autonomiaB) dependnciaC) atilamentoD) receptividadeE) valorizao

    18. Na avaliao formativa, a formao integral do aluno, quanto a sua funo social e de aprendizagem, deve basear-se no desen-volvimento de suas:A) aes B) necessidadesC) capacidadesD) disponibilidadesE) possibilidades

    19. A aprendizagem dos contedos procedimentais, segundo Zabala (1998), compreende ler, desenhar, observar, calcular, clas-sifi car, traduzir... Para identifi car estas caractersticas diferenciais, preciso situar cada contedo procedimental, mas, para se chegar aprendizagem de um procedimento, preciso:A) manter organizao conceitualB) aproveitar as situaes reaisC) aproveitar os confl itosD) refl etir sobre a prpria atividadeE) favorecer modelos de atitudes

    20. Segundo o previsto na Lei 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educao LDB, nos artigos 61 a 67, para o professor atuar nas quatro ltimas sries da educao fundamental exige-se:A) licenciatura plena em reas especfi casB) formao mnima de ensino mdioC) nvel de mestrado ou doutoradoD) graduao plena em PedagogiaE) formao em cursos normais superiores

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    CONHECIMENTOS ESPECFICOSUNE ADMIRATION

    Laccs linconnu dautrui est parfois fulgurant, dans le langage commun, un mot le dit: coup de foudre. Selon sa propre lgende, il serait inexplicable et ncessaire, immdiat et incontournable. Un nud de plaisir et de besoin vous saisit dans linstant et vous soumet pour longtemps. Un autre, son image dans votre rtine, sa voix dans votre oreille, autour de vous ce quon en dit vous fasci-nent et vous privent de vous-mme ; un autre prend toute la place en votre esprit. Cest un rapt. On croirait tort quil sagit toujours damour, dattrait, de dsir. Non! Il y a des coups de foudre damiti. Et il y a des admirations. Ce sont des clarts immdiates: on voit bien et lon voit heureux.

    Javais dix-huit ans quand je connus cette sorte de clairvoyance.Ladolescence tait passe sur moi sans dvastation ni dsastre.

    Javais pris parti de cet ge qui vous place entre deux tats, dans linconfort, hors de lenfance repre et face lavenir indfi ni.

    Quand je dis que javais grandi sans dvastation, je nentends pas sans malheur, mais plutt sans danger: je mtais prserv, javais ouvert des portes, javais tudi, javais obi. Je navais pas vgt. Mon esprit qui tait rapide deviner ce dont il sagissait sintressait aux choses. Javais t un grand lecteur, dvorant les classiques, de Hugo Dickens, de Balzac Zola. Les math-matiques ne me posant pas de diffi cults, javais suivi la fi lire scientifi que, et voil que commenait pour moi, au moment de fter mes dix-huit ans, la classe de mathmatiques suprieures qui peut suivre le baccalaurat lorsquon se destine aux tudes dingnieur.

    - Et toi, Arthur, sais-tu ce que tu veux faire plus tard? me de-mandaient les adultes.

    Je ntais pas encore dcid. Je navais pas fait la rencontre de monsieur T.

    Il arriva le jour de la rentre scolaire. A huit heures trente,il nous attendait sous le prau o nous tions convoqus. Il avait lair dun tudiant. Il tait notre professeur principal en mme temps que notre enseignant en mathmatiques. Je nai jamais oubli son allure, celle dun homme perdu dans ses penses, qui ntait pas entier dans notre monde! Et aussitt je voulus trouver pour moi cette conte-nance, cette libert. Il nous donna lemploi du temps par semaine. Il tait souriant, paraissait heureux de se trouver en classe, le jour de la rentre. Sa prsence tait simple, ni affectation, ni prtention, ni jeu, pas de svrit, pas de dmagogie. Je fus conquis.

    Ds les premiers cours, japprciai sa virtuosit de calcul et dexplication. Chaque notion tait limpide, il en matrisait lexpos, la dissection, la manipulation, lutilit. Il napportait avec lui ni cartable ni papiers, il faisait cours sans document, connaissant par cur jusquaux noncs des exercices quil nous posait. Je comprenais tout. Et jaimais ce professeur si dou, habit par ce quil nous en-seignait au point parfois de sembler nous oublier. Il contrastait avec notre vieux professeur de physique, confus, Monsieur Fairbanks, sur qui javais juste envie de balancer des tomates.

    Javais toujours travaill ce quil fallait, sans trop en faire. Ar-thur ne donne pas toute sa mesure: tel avait t le commentaire le plus frquent de mon dossier scolaire. Monsieur T mit fi n ma parcimonie. Je passais mes soires dans les mathmatiques. Rsoudre des problmes tait devenu mon passe-temps favori: un jeu intellectuel, comme pour dautres le sont les checs ou le bridge. Bien sr, mes rsultats sen ressentirent. Je devins lun des bons parce que jadmirais monsieur T. Parfois il me flicitait pour une rponse astucieuse - ctait son mot -, et je devenais tout rouge. Lunique fi lle de ma classe tomba amoureuse de moi. Je ntais plus seul. Parfois elle venait travailler chez moi et nous fi nissions ensemble une dmonstration, allongs sur mon petit lit, entrecoupant les lignes du raisonnement de quelques baisers. Monsieur T me valait bien des paradis.

    Bientt nous connmes le monde et comment il tourne parfois bizarrement: nos professeurs seraient inspects! Il nous tait bien sr demand de nous montrer calmes et coopratifs. couter, par-ticiper. Dabord vint le tour de monsieur Fairbanks. Nous attendions un massacre, une sanction. Rien de tout cela: il fi t le meilleur cours de lanne! Puis monsieur T enseigna devant linspecteur qui stait assis au fond de la classe. Nous fmes consterns et malheureux : notre virtuose avait apport un cours, se perdait dans ces feuilles, comme sil enseignait pour la premire fois. Le talent de monsieur T navait srement pas t reconnu. Rien de tragique. Dailleurs, il ne souffl a mot de cette tonnante dfaillance, mais nous dcouvrions les mystres de lducation nationale.

    Un jour monsieur T arriva en classe avec un vieux cartable en cuir. Il le tapota de la main en plaisantant : il contenait lpais nonc de notre devoir du lendemain. la pause de dix heures, monsieur T sen alla, nous laissant seuls avec le cartable. Deux garons sans peur en ouvrirent le rabat, trouvrent le sujet et foncrent faire une photocopie. Monsieur T revint, nous jugea particulirement en forme pour cette deuxime heure de cours, ne se douta pas une minute de la tricherie qui nous mettait en joie. La navet me toucha, monsieur T tait un esprit qui ne souponnait pas.

    Qua-t-il bien pu se passer? plaisanta-t-il avec humour lorsquil eut corrig nos copies, plus excellentes et similaires qu lordinaire.

    Jamais je nai oubli ce professeur simple et alerte. Des annes plus tard, je crus le croiser dans la rue. Jaurais voulu lui dire comme il avait compt. Je nai pas os!

    Le charme des autres claire notre chemin. Limitation nous ins-pire. Ladmiration nous donne du bonheur; et le bonheur, des ailes. Nous outrepassons ce que nous connaissons. Nous devenons nous-mmes. Notre talent se dploie par contagion et renouvellement. Le coup de foudre est fcond. Longtemps en moi lnergie sen est fait ressentir, comme un moteur la petite musique lancinante.

    Adapt dune nouvelle dAlice FerneyIn : Madame Figaro, supplment Figaro nr. 21448 et 21449, du 19 et 20 juillet 2013,

    page 34

    21. Marquez loption qui contient lide centrale du texte.A) La dception face laction de lducation nationale.B) Limpact des diffi cults inhrentes ladolescence.C) Le souhait de se faire accepter par les autres.D) La force de linfl uence exerce par une personnalit.E) Le dsir de correspondre aux attentes de la famille.

    22. Parmi les phrases ci-dessous, marquez celle qui montre un tournant dans la vie dArthur.A) Je navais pas fait la rencontre de monsieur T.B) Jaimais ce professeur si dou...C) Je ntais pas seul.D) Je mtais prserv.E) Jamais je nai oubli ce professeur simple et alerte.

    23. Daprs le texte, cochez loption qui complte la phrase: Ladolescence dArthur a t marque par ______ .A) une conduite insoucianteB) un mpris des convenancesC) une attitude sage et rangeD) une grande peur de lavenirE) un sentiment de dsarroi

    24. Dans la phrase Monsieur T mit fi n ma parcimonie.(lignes 51-52), on comprend que le jeune homme:A) sest mis faire davantage deffortsB) est devenu moins prvoyantC) a surmont sa timiditD) a dlaiss les tudes littrairesE) sest dcid dpenser prudemment

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    25. La phrase Et aussitt je voulus trouver pour moi cette conte-nance, cette libert. (lignes 35-36) clarifi e quArthur :A) avait envie dattirer lattention de monsieur TB) souhaitait acqurir les mmes qualits de ce professeurC) pensait quun professeur ne devait pas se soumettre des

    rglesD) voulait trouver les moyens de fuire les contraintes scolairesE) croyait quil serait capable damliorer ses comptences

    26. Dans le passage Javais pris parti de cet ge ()(ligne 14), lexpression prendre parti signifi e :A) prendre une dcision soudaine et inbranlableB) accepter ce quon ne peut viter ni changerC) adopter une attitude dinsoumissionD) faire loption de se tenir lcartE) emprunter une voie audacieuse

    27. La phrase Monsieur T me valait bien des paradis.(ligne 62) signifi e quArthur :A) tait heureux de se sentir aim de ce professeur B) se trouvait dsormais libre des soucis de sa familleC) vivait des moments de bonheur dus son nouveau profi l de

    bon lveD) navait rien regretter lgard de ses grands effortsE) ne se souciait plus des critiques de ses professeurs prcdents

    28. Le cours de monsieur T devant linspecteur na pas t la hauteur de son talent parce que le professeur :A) navait pas prpar son coursB) a dpass les limites requises par linspectionC) a voulu surprendre ses lvesD) na pas fait confi ance son savoir-faireE) avait peur des critiques de ses collgues

    29. Le passage () mais nous dcouvrions les mystres de lducation nationale. (lignes 73-74) signifi e que les lves :A) taient satisfaits de laction de lEducation nationaleB) avaient du mal comprendre les raisons de linspectionC) taient abasourdis par la rigueur de cette inspection D) taient surpris de lincomprhension des inspecteursE) apprenaient que toute valuation ne refl te pas la ralit

    30. Les synonymes de ladjectif () fulgurant, () (ligne 1) tel quemploy dans le texte sont:A) dchan effrn enrag B) frntique fougueux imptueux C) blouissant aveuglant clatantD) effrayant pouvantable terrifi antE) vident fl agrant visible

    31. Dans le texte, on comprend que lexpression voil que dans le passage(...) et voil que commenait pour moi (...) (ligne 23)A) annonce une numrationB) dtermine un aspect imprcisC) nuance un nonc prcdentD) met en lumire un raisonnementE) prsente une circonstance nouvelle

    32. Lemploi du Pass Compos ct du Pass Simple dans un rcit (cf. avant-dernier paragraphe) sexplique par le fait que laction exprime par le Pass Compos:A) est un fait accompliB) se produit au mme moment de lnonciationC) est coupe du moment de lnonciationD) exprime une action ponctuelleE) indique une action antrieure une autre

    33. Parmi les phrases ci-dessous, cochez celle qui admet deux interprtations.A) Il arriva le jour de la rentre scolaire (ligne 30)B) Il avait lair dun tudiant (lignes 31-32)C) Il nous attendait sous le prau (lignes 30-31)D) Il tait souriant (ligne 37)E) Il faisait cours sans document (ligne 43)

    34. Le mot () dfaillance () (ligne 73) dans le texte dAlice Ferney a le sens de / d:A) indcisionB) vanouissementC) dfi cienceD) tourdissementE) drangement

    35. Dans le passage Jaurais voulu lui dire comme il avait compt. Je nai pas os ! (lignes 87-88) , la forme verbale jaurais voulu exprime un sentiment de:A) tristesse immotiveB) gne profondeC) souhait inaccompliD) angoisse dmesure E) regret injustifi

    36. Dans la proposition Longtemps en moi lnergie sen est fait ressentir ()(lignes 93-94), le pronom EN remplace:A) charmeB) admirationC) talentD) nergieE) coup de foudre

    37. Au discours rapport, le passage Et toi, Arthur, sais-tu ce que tu veux faire plus tard? me demandaient les adultes. (ligne 26), devient: Les adultes me demandaient A) si je sais ce que je voudrais faire plus tardB) si je saurais quest-ce que jevoudrais faire plus tardC) si je savais ce qui je voulais faire plus tardD) si je savais ce que je voulais faire plus tardE) si je saurais ce que je voudrais faire plus tard

    38. La prposition qui complte la phrase Il en voulait _____ ses opposants politiques est:A) deB) C) surD) avec E) pour

    39. Le passage o EN a la mme fonction que dans la phrase (...) il en matrisait lexpos (...) (ligne 41) est:A) (...) ce quon en dit (...) (ligne 6)B) (...) sans trop en faire. (ligne 49)C) (...) mes rsultats sen ressentirent. (ligne 55)D) (...) en ouvrirent le rabat (...) (ligne 79)E) la pause de dix heures, monsieur T sen alla (...) (lignes 77-78)

    40. Les formes verbales qui compltent la phrase Pendant son enfance, si Arthur __________ un peu plus, il ____________ de meilleurs rsultats. sont respectivement:A) avait tudi avait B) avait tudi aurait eu C) tudierait aurait D) aurait tudi aurait euE) tudierait avait eu

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    41. Dans le texte, Dailleurs () (ligne 72) pourrait tre remplac, sens changement de sens, par:A) par contreB) par ailleursC) brefD) du resteE) en effet

    42. Au Pass Compos, la phrase dont le Participe Pass restera invariable est:A) Arthur et monsieur T sadmirent.B) Ils se rendent compte de la navet de monsieur T.C) Cette inspection, il ne laccepte pas.D) Les livres quil lit lui font du bien.E) Le professeur nous attend sous le prau.

    43. La srie dlments qui assure la cohsion de la phrase ci-dessous est, respectivement:Arthur na pas oubli la tricherie _____ _____ a dplu : ____ _____ les autres lves taient fi ers, mais lui, il _____ tait constern.A) que leur celui que enB) dont il celle que lC) que lui celui qui leurD) qui l celle o yE) qui lui ; celle dont en

    44. Le pronom interrogatif qui complte la question ____________ plaisait le plus Arthur chez monsieur T ? est:A) Quest-ce que B) Que C) Qui est-ce que D) Quest-ce qui E) Qui

    45. Si la phrase Arthur ne donne pas toute sa mesure (...) (lignes 49-50) commenait par Au cas o, le verbe de la phrase deviendrait:A) ait donn B) avait donn C) donnerait D) donna E) a donn

    46. Cochez loption o le pronom DONT a le mme emploi que dans la phrase Mon esprit qui tait rapide deviner ce dont il sagissait (...) (ligne 19)A) La tricherie dont les lves taient responsables lui a dplu.B) Le professeur dont il se souvenait tait trs dou.C) Le cartable dont ils ont sorti le devoir tait ouvert. D) Le professeur dont le cours a t valu sest senti frustr.E) Le rsultat de lexamen dont il tait fi er a chang sa vie.

    47. Indiquez loption qui correspond la squence des stratgies de rception dun texte (crit ou oral) daprs des orientations du CECRL (Cadre europen commun de rfrence pour les langues).A) formuler des hypothses; recourir la connaissance du monde;

    reprer des indices B) reprer des indices; formuler des hypothses; recourir la

    connaissance du monde C) formuler des hypothses; reprer des indices; recourir la

    connaissance du monde D) reprer des indices; recourir la connaissance du monde;

    formuler des hypothsesE) recourir la connaissance du monde; reprer des indices;

    formuler des hypothses

    48. La comptence sociolinguistique affecte toute communication langagire (CECRL). Parmi les composantes ci-dessous, celles qui ont trait la comptence sociolinguistique sont:A) rgles de politesse; rgulation des rapports entre gnrations;

    diffrence de groupes sociaux B) tendue des connaissances lexicales; rgles de politesse;

    utilisation des articulateurs syntaxiques C) rgles de politesse; utilisation des articulateurs syntaxiques;

    rgulation des rapports entre gnrationsD) utilisation des articulateurs syntaxiques; diffrence de groupes

    sociaux; tendue des connaissances lexicalesE) diffrence de groupes sociaux; tendue des connaissances

    lexicales; rgulation des rapports entre gnrations

    49. Il ne saurait y avoir acte de communication langagire sans texte, ce terme compris comme toute squence discursive orale ou crite (CECRL). Cela tant, pour travailler avec des apprenants dbutants, lenseignant cherchera un texte ayant:A) des connecteurs temporels et des expressions argotiques B) un niveau de langue soutenu et une longueur moyenne C) des mots transparents et un sujet de lintrt des apprenants D) un vocabulaire technique et un thme polmiqueE) des images attrayantes et des structures syntaxiques complexes

    50. Toute valuation orale ou crite devrait tre aussi objective que possible. Cela tant, parmi les dmarches ci-dessous, celle qui doit tre suivie par lenseignant lors dune valuation est de / d:A) sorienter par un bilan prcdentB) dfi nir ce qui sera valu par rapport aux objectifs tablisC) cibler lvaluation sur les aspects les plus complexes du contenuD) utiliser des outils dvaluation les plus modernesE) tablir une grille d valuation complexe