115
Universidade Federal da Bahia Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática Marcio Luis Ferreira Nascimento Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Departamento de Engenharia Química Laboratório de Materiais Vítreos www.lamav.ufba.br [email protected]

Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

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Universidade

Federal

da Bahia

Condutividade Iônica em

Vidros: Teoria & Prática

Marcio Luis Ferreira Nascimento

Universidade Federal da Bahia

Escola Politécnica

Departamento de Engenharia Química

Laboratório de Materiais Vítreos

www.lamav.ufba.br [email protected]

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Universidade

Federal

da Bahia Descoberto por acidente

Introdução: Breve História

Evolução do vidro

Propriedades & Aplicações

Definição de vidro

Condições para vitrificação

Montagem de forno

Sistema de aquisição CC & CA

Sistemas produzidos - Diagramas

Câmara de medições CC & CA

Ilustração medieval do processo de fabricação de

vidros do “Picture Book of Sir John Mandeville’s

Travels”, c. 1410, provavelmente da Boêmia

(Biblioteca do Museu Britânico, Londres, UK).

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Universidade

Federal

da Bahia Condutividade elétrica - Teoria

Difração de raios X

Modelos: eletrólito fraco & forte

Espectroscopia de impedância

Modelo de Anderson-Stuart

Resultados condutividade CC

Agradecimentos

Bibliografia

Anderson & Stuart: Na2OSiO2

Vasilhame alemão-1720

Resultados condutividade CA

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Universidade

Federal

da Bahia

VIDRO: um dos materiais mais antigos conhecidos, juntamente com a madeira e a

pedra.

Obsidiana: vidro natural de origem vulcânica, proveniente do resfriamento rápido da

lava.

Sinônimo de transparência, brilho e fragilidade, porém de grande presença no dia-a-

dia do homem.

Antiga receita da Biblioteca do Rei Assírio Assurbanipal (669-626AC): Tome 60

partes de areia, 180 partes de cinzas de algas marinhas e cinco partes de cal. Assim você

obterá um vidro.

Introdução: Breve História1

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Universidade

Federal

da Bahia Descoberto por acidente

O INÍCIO

Grécia

Síria Iraque

Egito

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Universidade

Federal

da Bahia

Contribuição de muitos povos: egípcios, fenícios e romanos.

Vaso de vidro encontrado na tumba do Faraó

Egípcio Tutmés II (cerca de 1450 AC)

Vasilhame de vidro produzido em Colonia

Agrippina - Cologna (cerca de 400 DC)

Introdução: Breve História2

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Universidade

Federal

da Bahia

O Método do Sopro (primeiros anos da Era Cristã).

Artesanato.

Comercialização.

VIDRO: Sólido Não-Cristalino.

Industrialização.

Ciência.

Introdução: Breve História3

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Universidade

Federal

da Bahia

Garrafas de Vinho – Início da Idade Média

Copo de Vidro de Veneza – Final da Idade Média

Evolução do Vidro1

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Universidade

Federal

da Bahia

Início da produção em massa

Inglaterra (séc. XIX)

Taça inglesa (séc. XVII)

Evolução do Vidro2

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Federal

da Bahia

Produção em Massa (Séc. XIX)

Diminuição de custo e diversificação de usos

Evolução do Vidro3

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Universidade

Federal

da Bahia Propriedades do Vidro

Facilidade

de

Fabricação

Transparência

Isolante

Térmico

Baixa

Dureza

Durabilidade

Química

Baixa

Dilatação

VIDROVIDRO

ZnO

MgOCaOBaO

PbO

Li2O

Na2O K2OB2O3

Al2O3

SiO2

devitrificaçãodensidade

índice de

refração

condutividade

solubilidade

em água

baixa

dilatação

viscosidade

resistência

química

cor

CuO

Cr2O3

MnO2

Fe2O3

Homogeneidade

Isotropia

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Universidade

Federal

da Bahia

Aplicações Gerais

Semicondutores Amorfos

Micro-esferas

Cerâmicas Vítreas

Vidros Sol-Gel

Vidros GIRE

Fibras

Óticas

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Federal

da Bahia

Tradicionalmente, os vidros são conhecidos como

isolantes elétricos. Contudo, é possível aumentar a

condutividade aumentando a mobilidade dos íons.

Baterias de automóveis

Dispositivos eletrocrômicos (SMART windows)

Baterias especiais: marcapassos, telefones celulares e laptops

Aplicações: Condução Iônica

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Federal

da Bahia

Definição de Vidro

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Federal

da Bahia

Definição de temperatura de transição vítrea Tg. Variação do

volume V com a temperatura (ls: líquido super-resfriado).

Vo

lum

e

T fusão T g Temperatura

líquido

ls vidro

cristal

Definição de Vidro VIDRO: Sólido não-cristalino que

apresenta o fenômeno da transição vítrea.

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da Bahia

Condições para Vitrificação1

W. H. Zachariasen. J. Am. Chem. Soc 54 (1932)

formadores de rede: SiO2, B2O3, GeO2, P2O5 ...

modificadores: Li2O, Na2O, K2O, CaO, BaO...

intermediários: Al2O3, PbO, TiO2, ZnO...

Frederick William Houlder Zachariasen

(1906 – 1979), Norwegian-American

physicist

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Universidade

Federal

da Bahia

Condições para Vitrificação2

Zachariesen (1932)

(b)(a)

Elementos formadores

Estrutura Cristalina (B2O3) Estrutura Vítrea (B2O3)

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Universidade

Federal

da Bahia Elementos modificadores e intermediários

Si

O

O

O

O

O

O

O

Si

(a)

O

Na+

Na+

-

O-

(b)

Condições para Vitrificação3

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da Bahia

Produção de Vidros &

Aquisição de Dados

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Montagem de Forno Fusão

Estrutura Forno SiC 1400oC

Câmara Forno

Termopar

tipo B

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da Bahia

Câmara de Medições CC

Aço Inoxidável

Manta Cerâmica

BNC

BNC

Eletrodos

de NíquelVidro

Fita Resistiva Kanthal

Fio de

Níquel

Mola

Termopar

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Sistema de Aquisição CC

150ºC0,200V

Forno

Controlador

de Temperatura

Amperímetro

Fonte de Tensão

0,00001A

Vidro

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150ºC

Forno

Controlador

de Temperatura

10000 10000 1000Hz

Impedancímetro

Amostras

Sistema de Aquisição CA1

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Sistema de Aquisição

HP 4192A

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Federal

da Bahia

Suporte de Inconel Eletrodo de Platina comum

Termopar

tipo S Tubo

de

Alumina

Amostra Suporte de

Alumina

Eletrodo

de

Platina

individual

Fio de

Platina

Sistema de Aquisição CA2

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Sistemas Vítreos

Produzidos &

Analisados

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Federal

da Bahia

Sistemas Vítreos Produzidos

Vidros Sílico-Sulfatados de Lítio

30Li2O15Li2SO455SiO2

35Li2O15Li2SO450SiO2

40Li2O15Li2SO445SiO2

25Li2O10Li2SO465SiO2

25Li2O25Li2SO450SiO2

35Li2O10Li2SO455SiO2

Vidros Sílico-Sulfatados de Sódio

30Na2O15Na2SO455SiO2

35Na2O15Na2SO450SiO2

40Na2O15Na2SO445SiO2

45Na2O15Na2SO440SiO2

50Na2O15Na2SO435SiO2

30Na2O10Na2SO460SiO2

35Na2O10Na2SO455SiO2

35Na2O5Na2SO460SiO2

40Na2O5Na2SO455SiO2

45Na2O5Na2SO4505SiO2

Vidros Silicatos de Lítio

35Li2O65SiO2

40Li2O60SiO2

Vidros Silicatos de Sódio

30Na2O70SiO2

35Na2O65SiO2

40Na2O60SiO2

45Na2O55SiO2

50Na2O50SiO2

Vidros à base de Boratos e outros

30Li2O50B2O320SiO2

30Li2O50B2O320Al2O3

40Li2O50B2O310Al2O3

40Na2O50B2O310Al2O3

30K2O50B2O320Al2O3

30CaO50B2O320Al2O3

40CaO50B2O310Al2O3

30BaO50B2O320Al2O3

40BaO50B2O310Al2O3

30Li2O60B2O310TiO2

40Li2O50B2O310TiO2

30Li2O50P2O520Al2O3

20Li2O35PbO45SiO2

32,1Li2O64,3B2O33,6SiO2

30,8Li2O61,5B2O37,7SiO2

27,3Li2O54,5B2O318,2SiO2

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Federal

da Bahia Diagramas de Composições

SiO2

Na2O Na2SO4

20

40

60

80

20 40 60 80

20

40

60

80

SiO2

Li2O Li2SO4

20

40

60

80

20 40 60 80

20

40

60

80

Sistema Sílico-Sulfato de Sódio

Sistema Sílico-Sulfato de Lítio

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Federal

da Bahia

Estrutura e

Resultados de Vidros

por Difração de Raios X

Cristal (cúbico de

corpo centrado)

gás de partículas

dr r > <

vidro

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Federal

da Bahia

Estrutura:

DRX Vidros

r0

0

(r)Primeira Esfera de Coordenação

Segunda Esfera de Coordenação

d

dsen

b)

Dif

raçã

o d

e ra

ios

X e

m v

idro

s

Sir William Henry

Bragg (1862-

1942), físico

inglês

William Lawrence

Bragg (1890-

1971), físico

australiano

a) Lei dos Braggs

2d sen = n

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Universidade

Federal

da Bahia

W. H. Bragg, W. L. Bragg,

Proc. R. Soc. Lond. A 88

(1913) 428

Difração

do Sal

(NaCl)

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Universidade

Federal

da Bahia Resultados: DRX

0 20 40 60 80 100 120 140

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Difração de Raios-X Vidro 40Li2O.50B

2O

3.10Al

2O

3

Difração de Raios-X Vidro 30Li2O.50B

2O

3.20Al

2O

3

Inte

nsi

dad

e (u

.a.)

2 (graus)

b)

a)

Vidros Boroaluminatos de Lítio

0 20 40 60 80 100 120 140

0

25

50

75

100

125

150

175

200

225

250

Difração de Raios-X Vidro 35Li2O.65SiO

2

Difração de Raios-X Vidro SODA CAL

Inte

nsi

dad

e (u

.a.)

2 (graus)

Vidros Silicato de Lítio e Soda Cal

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O que é

Condutividade?

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A passagem de uma corrente em uma material, ou seja, o

fenômeno da condução elétrica, é caracterizado pela

condutividade definida pela relação:

Georg Simon Ohm (1759-1854),

físico e matemático alemão

onde é a Lei de Pouillet x

A

x

A

R

11 A

x

Existem basicamente dois tipos de transporte elétrico: por

condução de elétrons ou por condução de íons.

onde n é o número de portadores de carga (q) e a mobilidade.

O que é Condutividade?

Lei de Ohm macroscópica: V RI

Lei de Ohm microscópica: nq

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Federal

da Bahia

V

ersu

ch e

iner

Th

eori

e d

er d

urc

h g

alva

nis

che

Krä

fte

her

vorg

ebra

chte

n e

lekt

rosk

op

isch

en

Ers

chei

nu

ng

en -

An

nal

en d

er P

hys

ik u

nd

Ch

emie

82

(182

6) 4

59 -

469

I V/R

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Federal

da Bahia

Die galvanische Kette: mathematisch

bearbeitet – “O Circuito Galvânico

Investigado Matematicamente” –

Berlin, Riemann (1827) 245 pgs.

t

Cargas positivas em movimento

através de uma superfície de área A. A

taxa temporal em que tais cargas q

atravessam A é definida como

corrente I:

I q

t Por convenção, o sentido da corrente

é o mesmo das cargas positivas

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Federal

da Bahia

Lei de Pouillet

A relação entre

resistência R e

resistividade foi

obtida experimen-

talmente como:

A

xR

Claude Servais

Mathias Marie Roland

Pouillet (1791 – 1868),

físico francês

ρ é a resistividade elétrica (em ohm-metro, Ωm);

R é a resistência elétrica de um espécime uniforme do

material(em ohms, Ω);

x é o comprimento do espécime (medido em metros, m);

A é a área da seção do espécime (em metros quadrados, m²).

Numa analogia hidráulica, a passagem

de corrente num material de alta

resistividade seria equivalente a

passagem de água numa tubulação

cheia de areia, enquanto num material

de baixa resistividade o equivalente

seria o da mesma tubulação apenas

com água. Se os tubos forem de

mesmo comprimento e diâmetro, o

com areia terá maior resistência ao

escoamento de água. Importante notar

que a resistência não depende só da

presença de areia – depende também

de quão longa é a tubulação, e qual o

seu diâmetro.

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Federal

da Bahia

Resistividade de

Alguns Materiais Material

Resistividade

(Ωm) a 20 °C

Prata 1,59×10−8

Cobre 1,72×10−8

Ouro 2,44×10−8

Alumínio 2,82×10−8

Tungstênio 5,60×10−8

Níquel 6,99×10−8

Latão 0,8×10−7

Ferro 1,0×10−7

Estanho 1,09×10−7

Platina 1,1×10−7

Chumbo 2,2×10−7

Manganin 4,82×10−7

Material Resistividade

(Ωm) a 20 °C

Constantan 4,9×10−7

Mercúrio 9,8×10−7

Nicromo 1,10×10−6

Carbono 3,5×10−5

Germânio 4,6×10−1

Silício 6,40×102

Vidro 1010 a 1014

Ebonite 1013

Enxofre 1015

Parafina 1017

Quartzo (fundido) 7,5×1017

PET 1020

Teflon 1022 a 1024

Manganin:

86Cu-

12Mn-2Ni

D. G

ian

coli,

Ph

ysic

s: P

rin

cip

les

wit

h A

pp

licat

ion

s. P

ren

tice

Hal

l (19

95)

A

x

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Federal

da Bahia

Comparação entre

Condutividades

• Valores em T ambiente (Ohmm) 1

Valores selecionados das Tabelas 18.1, 18.3, e 18.4, Callister

7e.

Prata 6,8 107

Cobre 6,0 107 Ferro 1,0 107

METAIS condutores

Silício 4 104

Germânio 2 100

GaAs 106

SEMICONDUTORES

semicondutores

( m) 1

Poliestireno < 1014

Polietileno 1015 - 1017

Vidro soda-cal

Concreto 109

Al2O3 < 1013

CERÂMICAS

POLÍMEROS

isolantes

1010 - 1011

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Modelo

Microscópico de

Corrente

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Universidade

Federal

da Bahia

Modelo

Microscópico

da Corrente1

Uma secção de condutor uniforme

de área A, distância x e volume

Ax, com n portadores de carga

neste volume.

Os transportadores de carga q se movem com velocidade vd, e

a distância que se deslocam num intervalo de tempo t é

xvdt. O número de portadores de carga na secção de

comprimento x é: x vdt

Portanto, o número de portadores de carga na secção de

comprimento x é:

onde n é o numero de portadores por unidade de volume.

nAx nAvdt

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Federal

da Bahia

Modelo

Microscópico

da Corrente2

A quantidade de carga q neste

volume Ax é igual ao numero de

portadores de carga q:

q (nAx)q (nAvdt)q

Sendo a corrente I definida como:

I q

t

(nAvdt)q

t nAvdq

A velocidade vd é definida como velocidade de deriva, e

corresponde a média das velocidades aleatórias das cargas q’s

em movimento

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Condutividade

Eletrônica em

Sólidos

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Universidade

Federal

da Bahia

ii) a colisão dos elétrons é instantânea.

MODELO DE DRUDE Paul Karl Ludwig Drude

(1863-1906), físico alemão

1

dt

Condutividade

Eletrônica em Sólidos

i) os elétrons são livres e enquanto não colidem com a rede descrevem trajetórias retas segundo as Leis da Mecânica de Newton.

iii) a probabilidade por unidade de tempo do elétron colidir com a rede (após ter colidido com um outro anterior) depende do tempo (chamado tempo de relaxação ):

A probabilidade de uma colisão num intervalo de tempo dt é:

iv) imediatamente após a colisão o elétron adquire

novamente a sua velocidade.

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Zur Elektronentheorie der Metalle. Ann.

Phys. 306 (1900) 566 - 613

Paul Karl Ludwig Drude (1863-1906),

físico alemão, professor universitário,

editor da revista Annalen der Physik e

membro da Academia Prussiana de

Ciências

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Federal

da Bahia

Resumo das Hipóteses

de Drude O modelo consiste

basicamente numa

aplicação da teoria cinética

dos gases numa estrutura

metálica, assumindo que o

comportamento micros-

cópico dos elétrons das

ligações metálicas podem

ser tratados de maneira

clássica (Leis de Newton)

como se fossem “um mar

de gás”. Uma outra

comparação seria de

elétrons como num de um

jogo de pinball, onde os

íons metálicos (positiva-

mente carregados) servi-

riam de barreiras.

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Federal

da Bahia

Se calcularmos a velocidade média de

um conjunto de elétrons de carga q

e submetidos a um campo elétrico

num intervalo de tempo dt :

Modelo de Drude1

área A

j

E

dx

vd

Por definição, j é a

densidade de corrente (em

unidades C/m2s):

dq neAdx dq neAdx neAvddt

j dq

Adt

(nAvddt)q

Adt nevd

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da Bahia

Assim:

Modelo de Drude2

Como o modelo assume que entre as colisões t (tempo de

relaxação ou tempo médio entre colisões) os elétrons são

partículas, e há um campo elétrico de intensidade E atuando, tais

partículas sofrem a ação de uma força F qE ma :

área A

j

E

dx

vd

vd at t qE m

t eE m

j nevd n E e2t m

Da Lei de Ohm:

j I A

V AR

VA Adx

V

dx E

Portanto:

n e2t m

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Condutividade Iônica

em Vidros

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A condutividade iônica em vidros foi verificada pela

primeira vez por Warburg (1884): transporte de

íons Na+ através de um vidro de lâmpada elétrica

Emil Gabriel Warburg (1846

– 1931), físico alemão

Breve História

E. G. Warburg. Ueber die Electrolyse des festen Glases. Ann. Phys. Chem. 21

(1884) 622- 646

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da Bahia

0

Potencial Elétrico

Distância

a

G

u

u a/2

E

Svante August

Arrhenius (1859 –

1927), físico e

químico sueco.

Prêmio Nobel de

Química em 1903

Tk

Gvv

B

exp0

Probabilidade de salto:

Condutividade Iônica1

Condição

inicial

Condição após

aplicação de E

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da Bahia

0

Potencial Elétrico

Distância

a

G

u

u a/2

E

Densidade

de corrente J:

Tk

aqE

Tk

GnqavvvnqaJ

BB 22 021 sinhexp

Tk

G

Tk

vanq

E

J

BB

exp022

Na presença de E:

Tk

uGvv

B

exp02

Tk

uGvv

B

exp01

aqEu2

1

Se u << kBT

Condutividade Iônica3

Trabalho / Energia u:

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Ueber die Reaktionsgeschwindigkeit bei der Inversion von Rohrzucker durch Säuren: “Sobre a

taxa de Reação da Inversão de Açúcar de Cana por Ácidos”, Z. Phys. Chem. 4 (1889) 226 - 248

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da Bahia

Svante August Arrhenius (1859 –

1927), físico e químico sueco. Reitor

da Universidade de Estocolmo, foi

pioneiro nos estudos de físico-

quimica e tambem um dos primeiros

a estudar o “efeito estufa”

Prêmio Nobel de Química de 1903, “em

reconhecimento dos extraordinários serviços

realizados para o avanço da química a partir da

sua teoria de dissociação eletrolítica”

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Mecanismo de

Condutividade Iônica

em Vidros (Souquet)

“Conduction mechanism in ionic

glasses is still considered one of the

great challenges in physics and

chemistry of glasses”

A. Bunde, K. Funke, M. Ingram, Sol. State Ionics 105 (1998) 1 Klaus Funke Malcolm Ingram

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Mecanismo de Condução

Iônica (Souquet) Ligações químicas numa estrutura vítrea:

Formação de portadores de carga :

Migração de portadores de carga e2v0

6kBT

Svante August Arrhenius

Premio Nobel em Química (1903)

onde

E*

kBT T = A exp( )

en

(formação) (migração)

n = n0 exp ( ) Hf

2kBT

kBT

Hm

= exp( )

E*

A

kBT 6kB

e2n02v0 Hf /2 + Hm

T exp( )

Da Lei de Ohm:

Tem-se:

Equação de

Arrhenius

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da Bahia

1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4

-11

-10

-9

-8

-7

-6

-5

-4

Vidros SODA CAL

150

= 6,837 X 10-8 (S/cm);

EA = 0,762(20) (eV)

150

= 6,882 X 10-8 (S/cm);

EA = 0,778(14) (eV)

log

(

Co

nd

uti

vid

ade

em S

/cm

)

1000/T (Temperatura em K)

= A exp (-EA / kBT)

Lei de Ohm:

Arrhenius:

= nq

Condutividade Iônica3

Georg Simon

Ohm (1789-1854),

físico alemão

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da Bahia

1.75x10-3

2.00x10-3

2.25x10-3

2.50x10-3

2.75x10-3

3.00x10-3

3.25x10-3

3.50x10-3

-9

-8

-7

-6

-5

-4

-3

Dale et al.

Hahnert et al.

Higby & Shelby

Kone et al.

Leko

Mazurin & Borisovskii

Mazurin & Tsekhomskii

Pronkin

Souquet et al.

Vakhrameev

Yoshiyagawa & Tomozawa

log

10

(

1·c

m

1)

1/T (K1

)

= 0exp(EA/kBT)

Lei de Ohm:

Gráfico tipo

Arrhenius:

= nq

Li2O2SiO2

0 = 96,9 (cm)1

EA = (0,6160,011) eV

Condutividade Iônica4

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Dados de condutividade

de 43 vidros no sistema

xLi2O(1x)SiO2 .

2.0x10-3

3.0x10-3

4.0x10-3

5.0x10-3

-22

-20

-18

-16

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0800700 600 500 400 300 200

-22

-20

-18

-16

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

0.67

0.1 - 0.4

0.08

0.05 & 0.07

log

10

(

1cm

1)

1/T (K1

)

0.06

}

T (K)

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Obstrução de corrente ou fluxo de e

Corrente contínua Corrente alternada

amostra V I

V = V0 senwt

amostra

I = I0 sen(wt + f) w=2pf

w

w

I

VZ

I

VR

James Macdonald (n. 1923) físico americano

Definição Resistência

/ Impedância

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Modelos:

Eletrólito Forte: n n0 e (T)

Eletrólito Fraco: n n(T) e 0

Modelos à base de Defeitos

Condutividade Iônica4

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Modelos: Eletrólito Forte e

Fraco

NBONBO

E E

E

E

-e /r-e /r

r__

+

rr

l

e

d

2 2

BO

Na Na

BO

Si Si

Si Si

E E

E

E

-e / r-e / r

r__

+

rr

e

l

2 2

d

BO

BO

NBO NBO

SiSi

NaNa

SiSi

(a) (b)Eletrólito Forte – Anderson/Stuart Eletrólito Fraco – Ravaine/Souquet

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Modelo Eletrólito Fraco:

Ravaine & Souquet

Uma pequena concentração de

portadores de carga n dissociados da

estrutura vítrea promovem a

condutividade iônica. A mobilidade é

mais relevante no processo.

D. Ravaine, J. L. Souquet. Phys. Chem. Glasses 18 (1977) 27–31

Jean-Louis Souquet (n.

1942), engenheiro

químico francês

= nq

Tk

H

Tk

ve

B

m

B

exp6

2

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Modelo Eletrólito Forte:

Anderson & Stuart

Praticamente todos os íons

portadores de carga (concentração n)

promovem a condutividade iônica da

estrutura vítrea. A mobilidade é

menos relevante.

Orson Lamar Anderson,

físico americano

O. L. Anderson, D. A. Stuart. J. Am. Ceram. Soc 37 (1954) 573–580

= nq

Tk

H

n

n

B

f

20

exp

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Modelos à base de Defeitos

(a) (b)

(c)

(d) (e)

Mecanismos de condução: (a) troca; (b) circular; (c)

vacância; (d) intersticial direto; (e) intersticial indireto

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0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7

3

4

5

6

7

8

9

Perm

issi

vid

ad

e d

iele

tric

a r

ela

tiv

a

x Li2O

Charles

O modelo de Anderson-Stuart é erroneamente citado como sendo um

‘eletrólito forte’. De acordo com Bjerrum, um tal eletrólito forte deveria

apresentar uma permissividade dielétrica relativa de 80, mais de dez

vezes superior ao encontrado em sistemas vítreos a base de metais

alcalinos

Niels Janikksen

Bjerrum (1879 – 1958),

químico holandês

Modelo de Anderson-

Stuart: Eletrólito Forte

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Modelo de Anderson-Stuart1

2DNaD

ONa

20 4 )(

)()( rrGr

rr

ezzEA p

sbA EEE )(

eletrostático elástico

Energia de Ativação

z e z0 são as valências do íon alcalino e do oxigênio, respectivamente, com

rNa e rO os correspondentes raios iônicos, e é a carga elétrica, rD é o raio

efetivo do canal de passagem (doorway) entre os oxigênios ponteantes – BO

- ainda fechado.

Há ainda o módulo elástico (G), uma ‘constante de Madelung’ (), que

depende de quão separados estão os íons, e um parâmetro de covalência (),

tomado como o valor da constante dielétrica no materials (7).

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2DNaD

ONa

20 4 )(

)()( rrGr

rr

ezzEA p

sbA EEE )(

eletrostático elástico

E E

E

E

- e / r - e / r

r _ _

+

r r

s

b

2 2

d

BO

BO

NBO NBO

Si Si Na Na

Si Si Modelo de

Anderson-

Stuart1

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2DNaD

ONa

20 4 )(

)()( rrGr

rr

ezzEA p

Módulo de Cisalhamento G:

Carga tangencial:

G

A

F

Permitividade (relativa)

“parâmetro de covalência”:

No vácuo: ED 0

Em materiais: ED 0

Constante de Madelung :

vizinhança dos átomos

Modelo de Anderson-Stuart3

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Espectroscopia de Impedância1

0 1x104

2x104

3x104

4x104

5x104

0,0

-5,0x103

-1,0x104

-1,5x104

-2,0x104

-2,5x104

-3,0x104

-3,5x104

+1

+2

+3

+4

+5

+6

Vidro SODA CAL a 305oC sob 50mV

R = 4,2217(42) x 104 ; C = 4,9328(49) x 10

-12F

w0 = 4,7117(47) x 10

6 Hz ; f = 11,121(56)

o

= 3,2098(32) x 10-6 (S/cm)

Z''

()

Z' ()

w

w

w

ww i

ti

ti

eZeI

eV

I

VZ

0

0

2

2

2

2

22

w

w

RZ

RrZ ImRe

Equação do Semicírculo:

Definição Impedância:

Z”

Z’

w

r r + R

R/2Z

r

R

Cw

f

0

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Z”

Z’

w

r r + R

R /2

Z

r

R

C

w

f

01

w02

R1

C

2

1 2

1r + R

1+ R

2

1

w

1

f2

R /22

Capacitância (F) Fenômenos Responsáveis

10-12 Bulk

10-11 Segunda Fase

10-11 10-8 Contorno de Grão

10-10 10-9 Bulk Ferroelétrico próximo à Tc

10-9 10-7 Camada da Superfície

10-7 10-5 Interface Amostra-Eletrodo

10-4 Reações Eletroquímicas

Associação de Semicírculos

a Circuitos R-C

Interpretação dos Dados:

Espectroscopia de Impedância1

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Análise Diagramas de Impedância

Programa ZView

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Resultados de

Condutividade Iônica

em Vidros Silicatos e

Boratos

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Resultados: Condutividade CC1

1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6

-11

-10

-9

-8

-7

-6

-5

-4

-3 Vidro 40Li

2O.50B

2O

3.10Al

2O

3

Vidro 30Li2O.50B

2O

3.20Al

2O

3

log

(

Co

nd

uti

vid

ade

em S

/cm

)

1000/T (Temperatura em K)

1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4

-11

-10

-9

-8

-7

-6

-5

-4

30Li2O.50B

2O

3.20SiO

2

30Li2O.50B

2O

3.20Al

2O

3

30K2O.50B

2O

3.20Al

2O

3

log

(

Co

nd

uti

vid

ade

em S

/cm

)

1000/T (Temperatura em K)

Vidros Boro-Aluminatos de Lítio

Vidros Boro-(Alumino/Silicato)

de Lítio e Potássio

M. L. F. Nascimento. Dissertação IFUSP (2000)

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Federal

da Bahia

1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6

-11

-10

-9

-8

-7

-6

-5

-4

-3

-2 45Na

2O.55SiO

2

40Na2O.60SiO

2

35Na2O.65SiO

2

30Na2O.70SiO

2

Vidro SODA CAL

log

(C

onduti

vid

ade

em S

/cm

)

1000/T (Temperatura em K)

1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4

-7,0

-6,5

-6,0

-5,5

-5,0

-4,5

-4,0

-3,5

-3,0

-2,5

-2,0

-1,5

-1,0 45Na2O.15Na2SO

4.40SiO

2

40Na2O.15Na2SO

4.45SiO

2

35Na2O.15Na2SO

4.50SiO

2

log

(C

onduti

vid

ade

em S

/cm

)

1000/T (Temperatura em K)

Vidros Silicatos de Sódio

Vidros Sílico-Sulfatos de Sódio

Resultados: Condutividade CC2

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Universidade

Federal

da Bahia

0 1x103

2x103

3x103

4x103

5x103

6x103

0,0

-5,0x102

-1,0x103

-1,5x103

-2,0x103

-2,5x103

-3,0x103

-3,5x103

-4,0x103

-4,5x103

Vidro 40Na2O.15Na

2SO

4.45SiO

2 a 104,3

oC sob 10mV

R = 5,1531(51) x 103 ; C = 1,5290(15) x 10

-11F

w0 = 1,2579(13) x 10

7 Hz ; f = 7,646(38)

o

= 1,6036(16) x 10-5 (S/cm)

Z''

()

Z' ()

0,0 5,0x102

1,0x103

1,5x103

2,0x103

2,5x103

0,0

-2,0x102

-4,0x102

-6,0x102

-8,0x102

-1,0x103

-1,2x103

-1,4x103

-1,6x103

Vidro 40Na2O.15Na

2SO

4.45SiO

2 a 128,7

oC sob 10mV

R = 1,9178(19) x 103 ; C = 1,7748(18) x 10

-11F

w0 = 3,1244(31) x 10

7 Hz ; f = 11,266(56)

o

= 4,6722(47) x 10-5 (S/cm)

Z''

()

Z' ()

0,0 5,0x102

1,0x103

1,5x103

2,0x103

2,5x103

3,0x103

3,5x103

4,0x103

0,0

-5,0x102

-1,0x103

-1,5x103

-2,0x103

-2,5x103

-3,0x103

Vidro 40Na2O.15Na

2SO

4.45SiO

2 a 119,7

oC sob 10mV

R = 2,8702(29) x 103 ; C = 1,6233(16) x 10

-11F

w0 = 2,1180(21) x 10

7 Hz ; f = 9,315(47)

o

= 2,8792(29) x 10-5 (S/cm)

Z''

()

Z' ()

0,0 5,0x102

1,0x103

1,5x103

2,0x103

2,5x103

0,00

-2,50x102

-5,00x102

-7,50x102

-1,00x103

-1,25x103

-1,50x103

-1,75x103

Vidro 40Na2O.15Na

2SO

4.45SiO

2 a 135,3

oC sob 10mV

R = 1,6905(17) x 103 ; C = 1,8501(18) x 10

-11F

w0 = 3,4576(13) x 10

7 Hz ; f = 11,640(58)

o

= 5,3973(54) x 10-5 (S/cm)

Z''

()

Z' ()

Vidro

40Na2O

15Na2SO4

45SiO2

104,5C 119,7C

128,7C 135,3C

Resultados: Condutividade CA1

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Universidade

Federal

da Bahia

Vidro

35Na2O

15Na2SO4

50SiO2

0,00 2,50x103

5,00x103

7,50x103

1,00x104

1,25x104

1,50x104

1,75x104

0,0

-2,0x103

-4,0x103

-6,0x103

-8,0x103

-1,0x104

-1,2x104

Vidro 35Na2O.15Na

2SO

4.50SiO

2 a 103,3

oC sob 10mV

R1 = 6,8972(70) x 10

3 ; C

1 = 2,0674(20) x 10

-11F

w01

= 6,7968(68) x 106 Hz ; f

1 = 14,264(71)

o

1 = 6,8660(69) x 10

-6 (S/cm)

R2 = 8,0080(72) x 10

3 ; C

2 = 1,4140(14) x 10

-9F

w02

= 6,42253(52) x 104 Hz ; f

2 = 43,34(35)

o

Z''

()

Z' ()

0,0 2,0x103

4,0x103

6,0x103

8,0x103

1,0x104

1,2x104

0

-1x103

-2x103

-3x103

-4x103

-5x103

-6x103

-7x103

-8x103

Vidro 35Na2O.15Na

2SO

4.50SiO

2 a 119,7

oC sob 10mV

R1 = 3,2138(32) x 10

3 ; C

1 = 1,7639(15) x 10

-11F

w01

= 1,7206(13) x 107 Hz ; f

1 = 12,741(64)

o

1 = 1,4765(15) x 10

-5 (S/cm)

R2 = 6,0246(64) x 10

3 ; C

2 = 1,4889(14) x 10

-9F

w02

= 1,0048(10) x 105 Hz ; f

2 = 25,668(94)

o

Z''

()

Z' ()

0,0 2,0x103

4,0x103

6,0x103

8,0x103

0

-1x103

-2x103

-3x103

-4x103

-5x103

-6x103 Vidro 35Na

2O.15Na

2SO

4.50SiO

2 a 130

oC sob 10mV

R1 = 2,3461(23) x 10

3 ; C

1 = 2,1781(22) x 10

-11F

w01

= 1,8655(13) x 107 Hz ; f

1 = 17,582(88)

o

1 = 2,0185(20) x 10

-5 (S/cm)

R2 = 3,4245(32) x 10

3 ; C

2 = 1,3367(24) x 10

-9F

w02

= 2,0277(25) x 105 Hz ; f

2 = 21,843(98)

o

Z''

()

Z' ()

2,45 2,50 2,55 2,60 2,65

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

Freqüência de Relaxação f01

= w01

/2p com EA = 0,485(95)eV

Freqüência de Relaxação f02

= w02

/2p com EA = 0,64(12)eV

log

f0 (

Fre

ênci

a em

Hz)

1000/T (Temperatura em K)

130,0C

119,7C 103,3C

Resultados: Condutividade CA2

Page 78: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

Vidro

35Na2O

65SiO2 0,0 5,0x10

41,0x10

51,5x10

52,0x10

5

0,0

-2,0x104

-4,0x104

-6,0x104

-8,0x104

-1,0x105

-1,2x105

-1,4x105

Vidro 35Na2O.65SiO

2 a 123,8

oC sob 50mV

R1 = 2,6855(27) x 10

4 ; C

1 = 2,0713(20) x 10

-11F

w01

= 1,7206(17) x 106 Hz ; f

1 = 16,854(84)

o

1 = 3,3725(34) x 10

-6 (S/cm)

R2 = 1,558(16) x 10

5 ; C

2 = 1,315(13) x 10

-9F

w02

= 4,501(45) x 103 Hz ; f

2 = 22,76(13)

o

Z''

()

Z' ()0 1x10

42x10

43x10

44x10

45x10

4

0,0

-5,0x103

-1,0x104

-1,5x104

-2,0x104

-2,5x104

-3,0x104

-3,5x104

Vidro 35Na2O.65SiO

2 a 142,8

oC sob 50mV

R1 = 1,3184(13) x 10

4 ; C

1 = 1,7848(18) x 10

-11F

w01

= 3,9872(40) x 105 Hz ; f

1 = 20,24(10)

o

1 = 6,8693(69) x 10

-6 (S/cm)

R2 = 3,501(35) x 10

4 ; C

2 = 1,3044(13) x 10

-9F

w02

= 1,9774(20) x 104 Hz ; f

2 = 25,46(16)

o

Z''

()

Z' ()

0,0 5,0x102

1,0x103

1,5x103

2,0x103

2,5x103

3,0x103

0,0

-2,0x102

-4,0x102

-6,0x102

-8,0x102

-1,0x103

-1,2x103

-1,4x103

-1,6x103

-1,8x103

-2,0x103

Vidro 35Na2O.65SiO

2 a 204

oC sob 50mV

R1 = 1,3151(13) x 10

3 ; C

1 = 2,3777(24) x 10

-11F

w01

= 3,0261(30) x 107 Hz ; f

1 = 18,877(94)

o

1 = 6,8868(69) x 10

-5 (S/cm)

R2 = 1,245(13) x 10

3 ; C

2 = 7,329(24) x 10

-10F

w02

= 8,868(89) x 105 Hz ; f

2 = 35,96(18)

o

Z''

()

Z' ()

2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

Freqüência de Relaxação f01

= w01

/2p com EA = 0,606(27)eV

Freqüência de Relaxação f02

= w02

/2p com EA = 1,002(44)eV

log

f (

Fre

ênci

a em

Hz)

1000/T (Temperatura em K)

142,8C 123,8C

204,0C

Resultados: Condutividade CA3

Page 79: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

Vidro

SODA

CAL

0,0 5,0x105

1,0x106

1,5x106

2,0x106

2,5x106

3,0x106

3,5x106

4,0x106

0,0

-5,0x105

-1,0x106

-1,5x106

-2,0x106

-2,5x106

-3,0x106

Vidro SODA CAL a 220,5oC sob 50mV

R = 3,3243(33) x 106 ; C = 2,6233(26) x 10

-12F

w0 = 1,1173(16) x 10

5 Hz ; f = 12,993(65)

o

= 4,0763(40) x 10-8 (S/cm)

Z''

()

Z' ()

0,0 2,0x104

4,0x104

6,0x104

8,0x104

1,0x105

1,2x105

1,4x105

0,0

-2,0x104

-4,0x104

-6,0x104

-8,0x104

-1,0x105

Vidro SODA CAL a 257,1oC sob 50mV

R = 1,2071(12) x 105 ; C = 1,2754(13) x 10

-11F

w0 = 6,2832(63) x 10

5 Hz ; f = 14,682(73)

o

= 1,1226(11) x 10-6 (S/cm)

Z''

()

Z' ()

0 1x104

2x104

3x104

4x104

5x104

6x104

7x104

0

-1x104

-2x104

-3x104

-4x104

-5x104

Vidro SODA CAL a 285,5oC sob 50mV

R = 6,5319(65) x 104 ; C = 4,2574(43) x 10

-12F

w0 = 3,5333(35) x 10

6 Hz ; f = 10,710(53)

o

= 2,0746(21) x 10-6 (S/cm)

Z''

()

Z' ()

01x10

4

2x104

3x104

4x104 1

2

3

4

567

0,0

-5,0x103

-1,0x104

-1,5x104

-2,0x104

-2,5x104

-3,0x104

Vidro SODA CAL a 305oC sob 50mV

R = 4,2217(42) x 104 ; C = 4,9328(49) x 10

-12F

w0 = 4,7117(47) x 10

6 Hz ; f = 11,121(56)

o

= 3,2098(32) x 10-6 (S/cm)

Z''

()

log f (

Hz)

Z' ()

220,5C 257,1C

285,5C

Resultados: Condutividade CC1

Page 80: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

Vidro

35Li2O

65SiO2 0,0 2,0x10

44,0x10

46,0x10

48,0x10

41,0x10

51,2x10

51,4x10

5

0,0

-2,0x104

-4,0x104

-6,0x104

-8,0x104

-1,0x105

Vidro 35Li2O.65SiO

2 a 123,9

oC sob 50mV

R1 = 1,1110(11) x 10

5 ; C

1 = 1,3149(13) x 10

-11F

w01

= 6,6031(66) x 105 Hz ; f

1 = 15,278(76)

o

1 = 1,0981(11) x 10

-6 (S/cm)

Z''

()

Z' ()

0,0 5,0x103

1,0x104

1,5x104

2,0x104

2,5x104

3,0x104

3,5x104

4,0x104

0,0

-5,0x103

-1,0x104

-1,5x104

-2,0x104

-2,5x104

Vidro 35Li2O.65SiO

2 a 162,1

oC sob 50mV

R1 = 1,0400(10) x 10

4 ; C

1 = 2,244(22) x 10

-12F

w01

= 4,712(47) x 107 Hz ; f

1 = 7,54(38)

o

1 = 1,301(13) x 10

-5 (S/cm)

R2 = 1,769(18) x 10

4 ; C

2 = 1,351(13) x 10

-11F

w02

= 3,883(39) x 106 Hz ; f

2 = 21,84(15)

o

Z''

()

Z' ()

0,0 2,0x103

4,0x103

6,0x103

8,0x103

1,0x104

1,2x104

1,4x104

0,0

-2,0x103

-4,0x103

-6,0x103

-8,0x103

-1,0x104

Vidro 35Li2O.65SiO

2 a 183,4

oC sob 50mV

R1 = 8,3431(84) x 10

3 ; C

1 = 1,124(11) x 10

-11F

w01

= 9,0938(91) x 106 Hz ; f

1 = 14,37(60)

o

1 = 1,566(16) x 10

-5 (S/cm)

R2 = 6,222(62) x 10

3 ; C

2 = 6,888(69) x 10

-9F

w02

= 1,710(17) x 104 Hz ; f

2 = 42,89(55)

o

Z''

()

Z' ()

0 1x103

2x103

3x103

4x103

5x103

6x103

7x103

8x103

0

-1x103

-2x103

-3x103

-4x103

-5x103

-6x103

Vidro 35Li2O.65SiO

2 a 202,1

oC sob 50mV

R1 = 4,5546(46) x 10

3 ; C

1 = 6,6686(67) x 10

-12F

w01

= 3,1231(31) x 107 Hz ; f

1 = 24,02(87)

o

1 = 3,865(39) x 10

-5 (S/cm)

R2 = 2,4882(52) x 10

3 ; C

2 = 8,082(81) x 10

-9F

w02

= 3,499(35) x 104 Hz ; f

2 = 45,29(97)

o

Z''

()

Z'' ()

123,9C

162,1C

183,4C 202,1C

Resultados: Condutividade CA5

Page 81: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

0,0 2,0x105

4,0x105

6,0x105

8,0x105

1,0x106

0

-1x105

-2x105

-3x105

-4x105

-5x105

-6x105

-7x105

Vidro 30Li2O.50B

2O

3.20SiO

2 a 178,4

oC sob 50mV

R1 = 1,420(14) x 10

5 ; C

1 = 2,0351(20) x 10

-11F

w01

= 3,3190(33) x 105 Hz ; f

1 = 16,460(82)

o

1 = 4,1972(42) x 10

-7 (S/cm)

R2 = 9,142(91) x 10

5 ; C

2 = 1,497(15) x 10

-9F

w02

= 6,648(66) x 102 Hz ; f

2 = 24,53(22)

o

Z''

()

Z' ()

Vidro

30Li2O

50B2O3

20SiO2

0 1x104

2x104

3x104

4x104

5x104

0,0

-5,0x103

-1,0x104

-1,5x104

-2,0x104

-2,5x104

-3,0x104

Vidro 30Li2O.50B

2O

3.20SiO

2 a 242

oC sob 50mV

R1 = 7,7560(78) x 10

3 ; C

1 = 1,9676(20) x 10

-11F

w01

= 6,3108(63) x 106 Hz ; f

1 = 15,621(78)

o

1 = 7,6834(77) x 10

-6 (S/cm)

R2 = 1,275(13) x 10

4 ; C

2 = 2,881(29) x 10

-9F

w02

= 2,285(23) x 104 Hz ; f

2 = 32,92(30)

o

Z''

()

Z' ()

0,0 2,0x103

4,0x103

6,0x103

8,0x103

1,0x104

1,2x104

1,4x104

0,0

-2,0x103

-4,0x103

-6,0x103

-8,0x103

-1,0x104

Vidro 30Li2O.50B

2O

3.20SiO

2 a 259,6

oC sob 50mV

R1 = 4,0719(41) x 10

3 ; C

1 = 1,6017(16) x 10

-11F

w01

= 1,4900(15) x 107 Hz ; f

1 = 13,651(68)

o

1 = 1,4635(15) x 10

-5 (S/cm)

R2 = 4,266(43) x 10

3 ; C

2 = 2,214(22) x 10

-10F

w02

= 6,119(63) x 105 Hz ; f

2 = 54,69(38)

o

Z''

()

Z' ()

1,85 1,90 1,95 2,00 2,05 2,10 2,15 2,20 2,25

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

Freqüência de Relaxação f01

= w01

/2p com EA = 0,961(63)eV

Freqüência de Relaxação f02

= w02

/2p com EA = 1,58(59)eV

log

f0 (

Fre

qüên

cia

em H

z)

1000/T (Temperatura em K)

178,4C 242,0C

259,6C

Resultados: Condutividade CC1

Page 82: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

Arrhenius: Condutividade CA1

2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 2,9 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4

-7,0

-6,5

-6,0

-5,5

-5,0

-4,5

-4,0

-3,5

Vidro 40Na2O.15Na

2SO

4.45SiO

2

Vidro 45Na2O.5Na

2SO

4.50SiO

2

Vidro 35Na2O.15Na

2SO

4.50SiO

2

Vidro 35Na2O.10Na

2SO

4.55SiO

2

log

(C

onduti

vid

ade

em S

/cm

)

1000/T (Temperatura em K)

2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4

-8,5

-8,0

-7,5

-7,0

-6,5

-6,0

-5,5

-5,0

-4,5

-4,0

-3,5

Vidro 45Na2O.55SiO

2

Vidro 40Na2O.60SiO

2

Vidro 35Na2O.65SiO

2

Vidro 30Na2O.70SiO

2

log

(C

onduti

vid

ade

em S

/cm

)

1000/T (Temperatura em K)

Vidros Sílico-Sulfatos de Sódio

Vidros Silicatos de Sódio

Page 83: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 2,9 3,0

-7,5

-7,0

-6,5

-6,0

-5,5

-5,0

-4,5

-4,0

Vidro 40Li2O.60SiO

2

Vidro 35Li2O.65SiO

2

log

(

Co

nd

uti

vid

ade

em S

/cm

)

1000/T (Temperatura em K)

1,7 1,8 1,9 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8

-8,0

-7,5

-7,0

-6,5

-6,0

-5,5

-5,0

-4,5

-4,0

Vidro 40Li2O.50B

2O

3.10Al

2O

3

Vidro 30Li2O.50B

2O

3.20SiO

2

Vidro 32,1Li2O.64,3B

2O

3.3,6SiO

2

Vidro 30,8Li2O.61,5B

2O

3.7,7SiO

2

Vidro 27,3Li2O.54,5B

2O

3.18,2SiO

2

log

(

Co

nd

uti

vid

ade

em S

/cm

)

1000/T (Temperatura em K)

Vidros Silicatos de Lítio

Vidros Boro-(Aluminato/

Silicatos) de Sódio

Arrhenius: Condutividade CA2

Page 84: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia Vidro Condutividade

a 150oC - DC

Condutividade

a 150oC - AC

Condutividade a 150oC

Literatura

50Na2O50SiO2 8.556 10-5 - 8.13 10-5 (Bansal); 4.776 10-5

(Zhitkyarvichyute);

4.322 10-5 (Pernice); 5.623 10-5 (Vargin)

45Na2O55SiO2 6.043 10-5 4.681 10-5 4.68 10-5 (Bansal); 4.677 10-5 (Mazurin);

1.959 10-5 (Otto)

40Na2O60SiO2 2.624 10-5 1.423 10-5 2.63 10-5 (Bansal); 1.751 10-5 (Lapp);

2.63 10-5 (Mazurin); 1.107 10-5 (Otto);

3.981 10-5 (Petrovskii); 3.571 10-5 (Martinsen)

2.63 10-6 (Vargin)

35Na2O65SiO2 4.895 10-6 9.978 10-6 1.29 10-5 (Bansal); 4.408 10-6 (Seddon);

5.844 10-6 (Otto); 5.347 10-6 (Hunter)

30Na2O70SiO2 2.399 10-6 2.385 10-6 1.78 10-6 (Bansal); 1.766 10-6 (Evstropiev);

2.427 10-6 (Mazurin); 3.981 10-6 (Vakhrameev);

1.425 10-6 (Otto); 1.778 10-6 (Evstropiev);

3.981 10-6 (Petrovskii); 5.017 10-6

(Wakabayashi);

1.144 10-6 (Namikawa); 1.117 10-6 (Boricheva);

6.434 10-6 (Unuma); 3.236 10-6 (Vargin)

Comparação Resultados CC & CA1

Resultados compatíveis

com os encontrados

em literatura Na2O-SiO2

Page 85: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia Vidro Energia

Ativação

DC

Energia

Ativação

AC

Dados Energia Ativação Literatura

50Na2O50SiO2 0.596(94) - 0.544 (Zhitkyarvichyute)

0.705 (Pernice); 0.481 (Vargin)

45Na2O55SiO2 0.553(26) 0.5278(92) 0.526 (Mazurin); 0.614 (Otto); 0.538 (Charles)

40Na2O60SiO2 0.622(30) 0.582(13) 0.603 (Bansal); 0.541 (Lapp); 0.516 (Mazurin)

0.601 (Otto); 0.398 (Petrovskii); 0.544 (Martinsen)

35Na2O65SiO2 0.515(18) 0.582(13) 0.629 (Bansal); 0.653 (Seddon); 0.605 (Otto)

0.648 (Hunter)

30Na2O70SiO2 0.533(10) 0.538(29) 0.663 (Bansal); 0.633 (Evstropiev); 0.631 (Mazurin)

0.527 (Vakhrameev); 0.626 (Otto); 0.587

(Petrovskii)

0.679 (Wakabayashi); 0.573 (Namikawa)

0.629 (Charles); 0.690 (Hakim); 0.718 (Boricheva)

0.635 (Unuma)

Resultados compatíveis

com os encontrados

em literatura Na2O-SiO2

Comparação Resultados CC & CA2

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Universidade

Federal

da Bahia

Modelo de Anderson-Stuart1

2DNaD

ONa

20 4 )(

)()( rrGr

rr

ezzEA p

sbA EEE )(

eletrostático elástico

Energia de Ativação

53

12 Na

.

. r

G = G (Na2O mol%)

= (Na2O mol%)

‘Constante de Madelung’

Módulo de cisalhamento

Parâmetro de covalência

(permitividade)

Page 87: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

Análise Anderson-

Stuart em Silicato de

Sódio

Page 88: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28 Appen

Bokin

Manghnani

Karapetyan

Takahashi

Haleck

Eagan

Tennison

Livshits

Molot

Matusita

Coenen

Appen calc

G = G0 - (dG/dn)n

R = 0.68459

G0 = 28.52 ± 0.57

dG/dn = 0.179 ± 0.024

Shea

r M

odulu

s (G

Pa)

Na2O (mole%)

2DNaD

ONa

20 4 )(

)()( rrGr

rr

ezzEA p

53

12 Na

.

. r

G = G (Na2O mol%)

Módulo de cisalhamento

Pontos cheios desconsiderados

Modelo de Anderson-Stuart2

M. L. F. Nascimento,

N. O. Dantas. Ciência

Eng. 12 (2003) 7-13

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Universidade

Federal

da Bahia

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

Mazurin

Stockdale

Appen

Taylor

Matusita

Unuma

Keller

'= 0 +(d'/dn)n

R = 0.92239

0 = 2.91 ± 0.66

d'/dn = 0.239 ± 0.028

Per

mit

tivit

y

'

Na2O (mole%)

2DNaD

ONa

20 4 )(

)()( rrGr

rr

ezzEA p

53

12 Na

.

. r

= (Na2O mol%)

Parâmetro de covalência

(permitividade)

Pontos cheios desconsiderados

Modelo de Anderson-Stuart3

Page 90: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

0 10 20 30 40 50

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4 2 = 0.01613

rNa

= 0.95

rO = 1.4

rD = 0.447 ± 0.047

eV (all data)E

A (

eV)

Na2O (mole%)

Anderson-Stuart em Na2O-SiO2

rD fixo

Levenberg-Marquardt algorithm

M. L. F. Nascimento, E. do Nascimento, W. M. Pontuschka,

M. Matsuoka, S. Watanabe. Cerâmica 52 (2006) 22-30

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Universidade

Federal

da Bahia

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

1,3

1,4

1,5

Anderson & Stuart Model

2 = 0.00955

rNa

= 1.155 ± 0.046

rO = 1.76 ± 0.30

All data Na2O-SiO

2 system

EA (

eV)

Na2O (mole%)

rD variável

Levenberg-Marquardt algorithm

Anderson-Stuart em Na2O-SiO2

Page 92: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

Na2O

(mole%)

G#

(GPa)

# Eb#

(eV)

Es#

(eV)

EA#

(eV)

Vm*

(cm3/

mol)

Tg*

(oC)

G*

(GPa)

*

(‘’)

Eb*

(eV)

Es*

(eV)

EA*

(eV)

8.2 31 5.3 0.812 0.126 0.938 26.1 27.0 4.86 0.549 0.333 0.881

11.5 30 6.3 0.694 0.122 0.816 25.9 26.4 5.65 0.472 0.346 0.818

14.8 29 6.2 0.699 0.117 0.816 25.7 25.9 6.44 0.414 0.357 0.771

18.8 28 6.7 0.647 0.113 0.76 25.4 25.1 7.39 0.361 0.368 0.729

22.2 27 6.9 0.634 0.108 0.742 25.2 24.5 8.20 0.325 0.376 0.701

25.8 26 7.1 0.616 0.104 0.720 25.0 23.9 9.06 0.302 0.381 0.675

26.6 26 7.3 0.599 0.104 0.703 24.9 23.7 9.25 0.294 0.382 0.670

29.1 26 7.5 0.582 0.104 0.686 24.8 23.3 9.85 0.288 0.384 0.654

30 - - - - - 24.7 448 23.1 10.1 0.295 0.384 0.649

32.2 25 7.8 0.564 0.100 0.664 24.6 22,.7 10.6 0.271 0.384 0.636

35 24 7.9 0.556 0.095 0.651 24.4 437 22.2 11.3 0.252 0.383 0.620

40 - - - - - 24.1 429 21.3 12.4 0.214 0.377 0.591

45 - - - - - 23.8 423 20.4 13.6 0.195 0.365 0.561

50 - - - - - 23.5 419 19.5 14.8 0.180 0.349 0.529

Diminuição EA com Na2O rA e rO bons G e experimento Considerações simples

Anderson-Stuart

Anderson-Stuart em Na2O-SiO2

Page 93: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

Análise Anderson-

Stuart em Silicato de

Potássio

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Universidade

Federal

da Bahia

1.5x10-3

2.0x10-3

2.5x10-3

3.0x10-3

3.5x10-3

-22

-20

-18

-16

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

log

10

(

1cm

1)

1/T (K1

)

Lapp & Shelby

Ipatjeva et al.

Makarova & Molchanov

Vakhrameev

Zhitkyavichyute et al.

Shchavelev et al.

Pronkin

Hakim & Uhlmann

Hayward

Sasek

Angel et al.

Dados experimentais

Modelo de Anderson-

Stuart5

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Universidade

Federal

da Bahia

10 12 14 16 18 20 22 24 26 28

18

20

22

Sh

ear

mo

du

lus

G (

GP

a)

K2O (mole%)

Bokin & Galakhov

Shelby & Day

Takahashi & Osaka

2

DD

O

2

0 4 rrGrrr

ezzEA p

53

12 K

.

. r

G = G (K2O mol%)

Módulo de cisalhamento

Modelo de Anderson-

Stuart: K2O2SiO2

Page 96: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

5 10 15 20 25 30

4

5

6

7

8

Rel

ativ

e d

iele

ctri

c p

erm

itti

vit

y

K2O (mole%)

Amrhein

Appen & Bresker

Charles

2

DD

O

2

0 4 rrGrrr

ezzEA p

53

12 K

.

. r

= (K2O mol%)

Parâmetro de covalência

(permitividade)

Modelo de Anderson-

Stuart: K2O2SiO2

Page 97: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

1.1

1.2

EA (

eV)

K2O (mol %)

Lapp & Shelby

Ipatjeva et al.

Makarova & Molchanov

Vakhrameev

Zhitkyavichyute et al.

Shchavelev et al.

Pronkin

Hakim & Uhlmann

Hayward

Sasek

Angel et al.

Eb

Es

EA

Modelo de Anderson-

Stuart: K2O2SiO2

Page 98: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

Tk

HH

Tk

venen

B

mf

B

2

6

22 /exp

Tk

EAT

B

AexpBk

venA

6

22

m

f

A HH

E

2

Teste de Ravaine-

Souquet em Vidros Li,

Na e K

Page 99: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia Di-Álcali Silicatos

5.0x10-4

1.0x10-3

1.5x10-3

2.0x10-3

2.5x10-3

3.0x10-3

-4

-2

0

2

420001500 1000 500

-4

-2

0

2

4lo

g

T (

S·K

/cm

)

1/T (K1

)

T (K)

Below Tg:

an Arrhenius behaviour

Above Tg:

a non-Arrhenius behaviour

Li2O2SiO2

Na2O2SiO2

K2O2SiO2

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Universidade

Federal

da Bahia

Um modelo microscopico: em funcao da temperatura existe

uma formacao continua de portadores de carga com uma

modificacao na sua migração

1) Formação de portadores de carga:

Tk

Hnn

B

f

2exp

2) Migração de portadores de carga:

Tk

ve

Tk

eD

BB 66

2

abaixo Tg

Tk

H

B

mexp1

acima Tg ff VV /exp*2

00 TTVV clf com

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Universidade

Federal

da Bahia

Detalhe Mecanismo

Condução Acima Tg

Vf

’ = exp( ) Vf

* volume livre crítico

volume livre médio

Uma relação similar à Lei de Ohm = en pode ser

derivada:

De fato: Vf = V0(T T0)

Assumindo que e ’

coexistem:

Acima de T0 (temperatura de transição

vítrea ideal) um novo mecanismo

cooperativo de migração com movimento

das cadeias surge com uma probabilidade:

Equação

DML

kB(T – T0) ’ = exp( )

B

= liq crys = Vf

*

kB

B

V0

2kBT 6kB 2kB

e2n0

2v0 Sf Hf T exp( ) exp( )[+’(1)]

Mas em geral, << ’: T = Aexp( )exp[ ] kB(TT0)

B

2kBT

Hf

Vf* Vf

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Universidade

Federal

da Bahia

Alguns Valores

Numéricos

Alguns valores numericos de Hf , m e 0VV f /*

Hf (eV) m (eV)

Li2O2SiO2 0,95 0,17 0,036

Na2O2SiO2 1,03 0,16 0,033

K2O2SiO2 1,10 0,14 0,039

0VV f /*

Remark: A relatively easy charge transfer below and above Tg

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Universidade

Federal

da Bahia

5.0x10-4

1.0x10-3

1.5x10-3

2.0x10-3

2.5x10-3

3.0x10-3

3.5x10-3

-10

-8

-6

-4

-2

20001500 1000 500

-10

-8

-6

-4

-2

KS2

NS2

log

n+/n

1/T (K1

)

LS2

T (K) From conductivity

fits above Tg

From density data

Li2O2SiO2

---- Na2O2SiO2

K2O2SiO2

Tk

Hnn

B2exp

f

Page 104: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

5.0x10-4

1.0x10-3

1.5x10-3

2.0x10-3

2.5x10-3

3.0x10-3

3.5x10-3

-4.0

-3.5

-3.0

-2.5

-2.0

-1.520001500 1000 500

-4.0

-3.5

-3.0

-2.5

-2.0

-1.5

KS2

NS2

LS2

log

+ (

cm

2/V

·s)

1/T (K1

)

T (K)

+= /n+

Li2O2SiO2

---- Na2O2SiO2

K2O2SiO2

Page 105: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia

0 10 20 30 40 50 60 70

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

1.1

1.2

EA (

eV)

x Li2O (mol%)

EA

AS

EB

ES

Teste Anderson-Stuart

Comparando a aplicação dos termos EB e ES,

devido ao tamanho do íon lítio em função da

concentração, o termo correspondente ao modulo

de cisalhamento pode ser considerado

desprezível

EAS = + 4pG(rLirD)2 1

rLi+rO

2

zzOe2

Page 106: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia Comparação Modelos

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7

0.25

0.50

0.75

1.00

1.25

1.50

1.75

E

AS(=5.5Å)

E

RS

E

A (

eV

)

x Li2O

E

AS(=7Å)

ERS = cte + h

x

1 x

EAS = + 4pG(rLirD)2 1

rLi+rO

2

zzOe2

Variações EA deduzidas

dos modelos RS & AS. Para

o ultimo consideramos =

5.5 & 7Å usando = 3.15 +

0.0796x.

• Ambos os modelos

falham ao descrever

EA abaixo de 0.1 mol%

h indica o numero de

ligações rompidas perante

a presença de íons lítio

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Universidade

Federal

da Bahia Conclusões Parciais

A aplicação dos modelos AS e RS no sistema xLi2O-(1x)SiO2 foi muito satisfatória considerando o amplo intervalo de composições estudado, embora ambos falhem ao descrever composições <0,1 L2O mol%

Os modelos AS e RS não são excludentes, e sim complementares. Ambos apresentam dois aspectos diversos do mesmo problema, obtendo resultados similares

O modelo RS apresenta a vantagem de predizer a variação do fator pré-exponencial 0

O modelo AS é bastante sensível ao valor da distancia de salto . Para o caso do sistema lítio-sílica, o termo ES é muito pequeno, desprezível.

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Universidade

Federal

da Bahia

Tk

HH

Tk

venen

B

mf

B

2

6

22 /exp

Tk

EAT

B

AexpBk

venA

6

22

m

f

A HH

E

2

Teste de Ravaine-

Souquet em Vidros Ag

Page 109: Condutividade Iônica em Vidros: Teoria & Prática · Universidade Federal da Bahia Descoberto por acidente Introdução: Breve História Evolução do vidro Propriedades & Aplicações

Universidade

Federal

da Bahia Bk

venA

6

22

log

10

T

+5

5

0

0 2 1 1/T

Extrapolated high temperature (T > Tg) conductivity data

Extrapolated low temperature (T < Tg) conductivity data

1/T0

T = Aexp kBT

Hf /2

T = Aexp exp Hf /2

kBT

B

Tg

1/Tg

kB(T T0)

exp kBT

Hm Modo de separar

as contribuições

entre número de

portadores de

carga n e mobili-

dade .

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Universidade

Federal

da Bahia

Teste de Ravaine-Souquet

em xAgI(1x)AgPO3 J. L. Souquet, M. L. F. Nascimento, A. C. M. Rodrigues. J. Chem. Phys. 135 (2011) 234504

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Universidade

Federal

da Bahia

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9 Hf

Hm

EA (

eV

)

x AgI (mol%)

EA

Teste de Ravaine-Souquet

em xAgI(1x)AgPO3

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Universidade

Federal

da Bahia

0.0 2.0x10-1

4.0x10-1

6.0x10-1

10-4

10-3

10-2

10-4

10-3

10-2

Hall Effect, Ref. [35]

This work, Equation (2)

This work, Equation (3)

Mo

bil

ity

cm

2/V

·s

x (AgI) (Mol%)

Teste de Ravaine-Souquet

em xAgI(1x)AgPO3

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Universidade

Federal

da Bahia

USP - Universidade de São Paulo

Laboratório de Cristais Iônicos, Vidros Especiais e

Datação

LACIFID

Prof. Dr. Shigueo Watanabe

UFSCar - Universidade Federal de São Carlos

Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros -

CeRTEV

Prof. Dr. Edgar Dutra Zanotto

Agradecimentos

Túmulo de Ohm no

Cemitério Alten Südlichen

(agora Alter Südlicher

Friedhof, ou Velho

Cemitério do Sul), Munique,

Alemanha

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Universidade

Federal

da Bahia

Agradecimentos

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Universidade

Federal

da Bahia

Bibliografia Glasses and the Vitreous State

Jerry Zarzycki - Cambridge (1991)

Calculation of Activation Energy of Ionic Conductivity in

Silica Glasses by Classical Methods

J. Am. Ceram. Soc. 37 – Anderson & Stuart (1954)

Fundamentals of Inorganic Glasses

Arun Varshneya – Academic Press (1994)

Condutividade Elétrica de Vidros de Boratos, Silicatos e

Sílico-Sulfatos de Íons Alcalinos

Marcio Nascimento – Instituto de Física da USP (2000)

Amorphous Inorganic Materials & Glasses

Adalbert Feltz – VCH (1993)

Physics of Amorphous Materials

Stephen Elliott – Longman Scientific & Technical (1990)