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CONFLITOS ENTRE CRIANÇAS, CONVIVÊNCIA, VIOLÊNCIA ENTRE PARES E BULLYING Ariadne Lopes Héber Luciano Polido Sene Laís Inês Sanseverinato Micheleti

Conflitos entre crianças, Convivência, Violência entre ... · e/ou psicológicos, entre colegas de escola, trabalho, ... e autor de livro sobre bullying Nelson Pedro- ... Até

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CONFLITOS ENTRE CRIANÇAS, CONVIVÊNCIA, VIOLÊNCIA ENTRE PARES E BULLYING

Ariadne Lopes

Héber Luciano Polido Sene

Laís Inês Sanseverinato Micheleti

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O QUE É BULLYING?

“O termo “bullying” surgiu na década de 1970 na Noruega. Designa comportamentos agressivos, físicos e/ou psicológicos, entre colegas de escola, trabalho, prisão, condomínio ou quaisquer outros ambientes de convívio, onde um indivíduo ou um grupo de indivíduos, agride outro(s), que geralmente não tem muitos meios de defesa. O fato é que, como não poderia deixar de ser, as minorias são as vítimas preferenciais dos ataques.” (Marcus Vinicius, Ezequiel Joabe, Ricardo Fiorin).

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O QUE É BULLYING?

“Em 1982, na Noruega, ocorreu o suicídio de três crianças entre 10 e 14 anos, motivadas pela situação de maus-tratos a que eram submetidos pelos seus companheiros da escola. Este fato teve grande repercussão nos meias de comunicação, mobilizando o governo norueguês que fizera uma campanha nacional contra o bullying no ano seguinte.” (Marcus Vinicius, Ezequiel Joabe, Ricardo Fiorin).

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POR QUE ACONTECE ESSE CONFLITO?

Garoto desabafa sobre bullying homofóbico: Link: https://www.youtube.com/watch?v=26p_13t2rWE

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POR QUE ACONTECE ESSE CONFLITO?

Vídeo do conflito entre jovens australianos 2011: Link: https://www.youtube.com/watch?v=EoA_nL2bSjY

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POR QUE ACONTECE ESSE CONFLITO?

“Bullying”: Link:

https://www.youtube.com/watch?v=Mp-8gRAWWqI

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POR QUE ACONTECE ESSE CONFLITO?

Muitos especialistas ocupam-se com os fatores que motivam o bullying como o perfil dos envolvidos, associação da violência doméstica e a escolar e as questões de gênero.

Perfil dos envolvidos: o fenômeno ocorre tanto com os meninos como pelas meninas, com a observação que os agressores são meninos na maioria dos casos e estes geralmente são verbais.

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Há uma diferença entre o bullying e um conflito cotidiano. Bullying: “diz respeito às ações agressivas intencionais e repetidas, praticadas por um ou mais alunos contra outro (...) quem sofre o bullying se sente perseguido, humilhado e intimidado” (Togneta, 2005, p.04), podendo haver mais de um agressor ou mais de uma vítima.

CONCEITO DE BULLYING

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O bullying por vezes passa despercebido nas instituições de ensino pois os professores tendem a classificar tais atitudes como falta de disciplina, o que não é o caso pois não se trata de uma violência entre diferentes autoridades (professor/aluno; pai/filho) no caso do bullying há uma forma de agressividade que acontece entre iguais.

CONCEITO DE BULLYING

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ESTATÍSTICAS

Segundo IBGE 1 em cada 5 adolescentes já praticou bullying;

51% não sabem os motivos que fizeram com que eles praticassem o bullying apenas uma pequena parte conseguiu explicar as causas do preconceito (aparência do corpo, seguido da aparência do rosto, raça ou cor,orientação sexual, religião e região de origem).

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BULLYING NA UNIVERSIDADE

Em uma pesquisa feita pelo GEPEM (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da UNESP – Fclar) 92% (138 dos 150 alunos) disseram já ter presenciado cenas de bullying;

47% desses alunos não tomaram nenhuma atitude ao presenciar o bullying;

32% dos alunos cometem ato de violência “de vez em quando”;

12% cometem atos de violência com freqüência.

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RESULTADO DA PESQUISA

Depoimento: Nícolas, criança de 12 anos, relata suas experiências de quando estava sofrendo bullying e expõe os seus sentimentos a respeito do assunto. Triste e muito errado na opinião dele.

- E agora, José?- Eu não sei... disse José...- Pois pense bem o quê você fará a partir de agora?!

Nícolas – 26/08/2016

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TRANSFORMAÇÕES DO FENÔMENO BULLYNG : O CYBERBULLYNG

Segundo o professor e pesquisador José Maria Avillés Martinéz o fenômeno vem sim sofrendo transformações principalmente devido ao evolução dos smarthphones que facilitam o acesso a redes sociais. Segundo o mesmo em entrevista a revista Educação no ano de 2015:

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“Hoje é mais difícil identificar e prevenir. As vítimas não estão mais protegidas pela passagem do dia, ou pelo fim do período escolar. Além disso a agressor agora não vê in loco como a vitima reage. Se a possibilidade de sofrimento com a empatia já seria baixa agora ele desaparece porque não vê a vitima chorar, não vê as conseqüências. Há outros Fatores como a permanência do dano – uma imagem postada fica na rede indefinidamente - e a garantia de audiência, na web gente do mundo todo é potencialmente público.”

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LEI ANTIBULLYNG

A Lei nº 13.185 sancionada em novembro de 2015 determina por intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima.

Tem por objetivo prevenir e combater a prática da Intimidação Sistemática em toda Sociedade.

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A nova legislação orienta evitar tanto quanto possível, a punição dos agressores privilegiando responsabilização e a mudança de comportamento hostil;

Classificação da Intimidação Sistemática (bullying): verbal, moral, sexual, social, psicológico, físico, material, virtual;

Passa a ser obrigatório que estabelecimentos de ensino, clubes e agremiações recreativas assegurem medidas de conscientização prevenção e combate a violência e a intimidação sistemática.

LEI ANTIBULLYNG

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Para o professor do curso de graduação e pós-graduação em Psicologia da Universidade Estadual Paulitas (Unesp) e autor de livro sobre bullying Nelson Pedro-Silva, embora a lei tenha mérito de chamar a população para o debate desse fenômeno, ela é desnecessária. “A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) são documentos suficientes que nos permitem retirar elementos que nos possibilitem trabalhar com o equacionamento do bullying”.

LEI ANTIBULLYNG

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AS CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS BASEADOS EM PIAGET PARA

COMPREENSÃO E COMBATE AO BULLYING

Fatores Psicológicos e Afetivos; Relação com os Estágios de Desenvolvimento; Intervenções (métodos, sansões, assembleias).

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FATORES PSICOLÓGICOS E AFETIVOS

Bullying está relacionado a um problema ligado à constituição de “quem eu sou”, ou “quem eu desejo ser”. Para a formação das imagens que temos de nós, nosso “Eu” só se constitui na relação com o outro. A participação dos adultos também influencia e pode contribuir para a constituição de uma identidade frágil ou que se sente forte demais. (TOGNETTA, 2005)

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RELAÇÃO COM OS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO

Aproximadamente 2 anos de idade: tomada de consciência de “quem eu sou” separado de outros objetos;

Aproximadamente 3 anos de idade: possibilidade, de uma criança ser vítima de bullying ou o agressor.

É importante ainda pontuar que tais condutas se tornarão muito mais freqüentes num momento em que as relações entre pares forem mais cotidianas” ou seja intensifica-se no ambiente escolar;

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PENSAMENTO PRÉ- LÓGICO

Até 8 ou 9 anos de idade aproximadamente: ações do indivíduo são baseado nas ações concretas, que não permite ao sujeito pensar sobre muitas possibilidades e está baseado em aspectos observáveis das ações ou objetos. Neste caso, os sinais de bullying são muito mais físicos e o agressor não mede as conseqüências dos próprios atos.

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PENSAMENTO FORMAL

Adolescência: Pensamento que opera, que organiza suas reflexões mentais de forma abstrata, hipotética, é possível que agridam mais pela violência verbal.

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“Uma criança ou adolescente que age ou sofre bullying é alguém que neste momento tem um pensamento irreversível, porque não vê outra possibilidade de resolver seu problema de satisfação pessoal, não antecipa o que pode acontecer com o outro, o que este, sua vítima, pode estar sentindo. A vítima também não pressupõe outras formas de resolver o problema a não ser ficar quieto, introverter-se em sua própria condição. Não vê outra possibilidade como a denúncia ou ao menos se defender expressando como se sente”. (TOGNETTA, 2005, p.12)

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ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

Inúmeros estudos baseados numa perspectiva piagetiana comprovam que a rigidez, obediência e autoritarismo não é o caminho, segundo estudiosos pessoas que forma vítimas desse sistema, na vida adulta precisarão dominar os outros para se sentirem bem ou serem dominados. Tendo dificuldades para admitir um erro ou não conseguem fazer escolhas e ficam estagnados em suas experiências profissionais e relacionamentos.

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9 PASSOS PARA COMBATER O BULLYING:

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1- Fazer diagnóstico preciso da realidade com dados que comprovem há existência de bullyng na instituição. (utilizando-se de formulários que os alunos devem preencher);

2- Cautela: Para êxito nas intervenções as vítimas não ser expostas mais do que já estão e nem os agressores, pois a exposição acarretará em ampliação do problema;

3- Diálogo: Garante a tomada de consciência, entretanto dialogo é diferente de extensos sermões que solucionam o problema apenas de imediato. “Exatamente porque para a tomada de consciência, é preciso que quem antecipe as conseqüências de suas ações, quem reconstitua mentalmente os fatos acontecidos, quem compare as possibilidades de resolução do problema, seja o próprio sujeito envolvido”. (TOGNETTA, 2005, P.15)

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4- Ajuda-los a Pensar: Não colocando os alunos em cantos isolados para “refletir” sozinhos sobre suas ações.“comumente, os professores têm se utilizado de uma proposta “inovadora”: colocam seus alunos para pensar em “cantos” da sala. Ora, se soubessem pensar sozinhos, em sentido pleno da palavra, contrapondo possibilidades, antecipando conseqüências, saindo de seu próprio ponto de vista, não teria sido causador de um problema moral. Eis a nossa ação: ajuda-los a pensar. Agora vejamos: será também necessário, diante de um conflito, que controlemos a nossa própria indignação e ansiedade por resolver a situação. Sem agressões e intimidações, porque essas são as mesmas soluções que as crianças ou adolescentes têm apresentado ou sofrido”(TOGNETTA, 2005, p.15)

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5- NÃO Incentivar a violência: indignados com a situação adultos muitas vezes incentivam para que a vítima se defenda batendo de volta, e também que se utilizando de violência verbal,este não é o caminho mais adequado, como adultos “nós temos a possibilidade de pensar sob mais de uma possibilidade para resolver os problemas,” (TOGNETTA, 2005, p.16), o que podemos fazer e dar a vítima possibilidade de se indignar de modo que a vitima se conscientize do quanto ela é importante e que sim ela pode e deve se defender, essa tomada de consciência se dá através de questionamentos do seguinte tipo: “Por que você deixou que ele te batesse? O que você pode fazer para que isso não aconteça novamente?” Não o bastante como adultos temos que saber contornar as respostas de vítimas como esta: “Vou Bater nele também” ampliando suas possibilidades através de questionamentos que a levem a reflexão. Por exemplo: “Não se bate nas pessoas; teremos que encontrar outro jeito para resolver isso”.

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6- Estabelecer Relação de Confiança tanto com vítimas como agressores: Não acusar, julgar ou castigar, Fante (2004) aponta que é preciso que nos coloquemos abertos ao diálogo e estabeleçamos uma relação de confiança com vítimas e agressores: “Como é que eu posso te ajudar?”, “Diga-me, vamos pensar juntos, o que nós podemos fazer para resolver essa situação?”. Assim, auxiliamos os envolvidos na violência a encontrar caminhos para a superação do problema. (p16)

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7- Aplicar Sanções por Reciprocidade e não punitivas: Tomemos um exemplo contrário, da punição: deixar a criança sem recreio ou sem televisão porque chamou a outra por um apelido, é apenas dar-lhe a possibilidade de, ao sair do castigo, estar livre para cometer outros delitos. Aplicar-lhe uma sanção por reciprocidade é dar-lhe possibilidades de escolhas, por exemplo, “Há um objeto de seu amigo que você quebrou, você o conserta sozinho ou quer a minha ajuda?” Ou ainda, se for o caso da impossibilidade do conserto: “Como você pode fazer para que o seu amigo tenha o objeto sem ser quebrado?” elucidando com a criança as possíveis soluções a serem encontradas: dar-lhe um novo objeto, levar para alguém conserta-lo...

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8- Atentar-se aos Expectadores: Expectadores também estão envolvidos no bullyng: participação efetiva dos envolvidos em situação de bullying e daqueles que são expectadores para uma reflexão sob seu papel. Neste contexto, professores e alunos podem organizar momentos de discussão de seus próprios problemas, legislar sobre eles apontando possíveis soluções: formando assembléias de classe (Fante, 2004).

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9- Assembléias de Classe: alunos são convidados a refletir sobre suas ações e avaliar as situações colocadas em pautas organizadas por eles mesmos. Uma possibilidade para se refletir: “Como é que as pessoas envolvidas nos problemas que apontamos estão se sentindo?” é um momento institucional, um exercício de cidadania. Aprimora o sentimento de pertencimento.

“A convicção de fazer parte de uma comunidade facilita a elaboração das necessidades comuns e redefine as relações entre o cidadão e o Estado. Uma grande parte dos alunos de nossas “escolas- Estados” não experimentam o sentimento de pertencimento ao grupo que participam. A assembléia é, ao menos, uma oportunidade de se sentir “pertencendo” (Tognetta, 2004).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

“A Única receita é levar a equipe escolar a refletir sobre sua própria realidade e construir suas ferramentas. Normalmente a escola não reconhece a existência de conflito e rechaça o debate sobre ele” (Avilés Martinez, 2015, p. 8)

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MENSAGEM

“- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa.- Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!”

O Pequeno Príncipe por Nícolas

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REFERÊNCIAS: http://www.brasil.gov.br/governo/2015/11/presidenta-dilma-sanciona-lei-de-combate-ao-bullying http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2015/05/pesquisa-aponta-que-20-dos-alunos-ja-praticaram-bullyin

g-contra-colegas.html

TOGNETTA, Luciene Regina Paulino (2005). Violência na escola: os sinais de bullying e o olhar necessário aos

sentimentos. In: Pontes, Aldo; De Lima, V. S.: Construindo saberes em educação. Porto Alegre: Editora Zouk.

https://www.dropbox.com/sh/p079oxxc48dtcle/AACVRkXqnhLmOmnqvMlHzwbpa?dl=0&preview=Sexta+Prod

u%C3%A7%C3%A3o.mp4

http://www.unesp.br/portal#!/prevencao-da-violencia/formacao-de-professores-para-a-prevencao-da-violencia17156/

http://www.fenatracoop.com.br/site/especialistas-dizem-que-e-necessario-entender-os-diretos-para-enfrentar-bullying/

MARTINÉZ, José Maria Avilés. O mediador de conflitos, [mar/2015] Educação, www.educação.com.br, mar. 2015.

Garoto vitima de BULLY" na Austrália reage e quase mata o agressor. Disponível em: https://

www.youtube.com/watch?v=EoA_nL2bSjY. acesso em 26/08/2016.

Garoto de 12 anos desabafa sobre bullying homofóbico e diz não ser gay. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=26p_13t2rWE . acesso em 26/08/2016. 'Bullying', disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Mp-8gRAWWqI. Acesso em 26/08/2016.

Surgimento do bullying, o termo bullying. Disponível em

http://bullyingadm2012.blogspot.com.br/2012/05/surgimento-do-bullying-o-termo-bullying_16.html . Postado por

Marcus Vinícius, Ezequiel Joabe, Ricardo Fiorin à quarta-feira, 16/05/2016, acesso em 26/08/2016. SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O pequeno príncipe. Rio de Janeiro, Agir, 2009.