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 Conhecimento e Prática do S erviço Social: o saber fazer dos assistentes sociais em Manaus. Profa.Dra.Simone Eneida B açal de Oliveira/UFAM

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 Conhecimento e Prática do Serviço Social: o

saber fazer dos assistentes sociais emManaus.

Profa.Dra.Simone Eneida Baçal de Oliveira/UFAM

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Prática do Serviço Social Para compreender as demandas sociais impostas às

profissões em suas diferentes formas de intervenção, e,em particular o Serviço Social é necessário oreconhecimento de que a instituição é um espaçocontraditório, de diferentes tipos de lutas degarantias de direitos sociais, e, nesse espaço, oassistente social é um dos profissionais mediadoresdos conflitos e dos direitos.

 

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Prática do Serviço Social

Neste sentido elaborei algumas questões paradesvendar a nossa prática:

Os assistentes sociais reconhecem o poder de sua

prática?; Reconhecem o nível de interferência na vida dos

usuários?;

Partilham as contradições que vivenciam nas

instituições?; Quais conhecimentos reúnem para agir e dividir os

saberes com as populações carentes no campo daspolíticas sociais públicas?

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Prática do Serviço Social

 A pesquisa possibilitou o descobrimento de novasformas de pensar como também de re-avaliar e re-definir a prática dos sujeitos sociais situados nadinâmica das relações e contradições sociais de nossa

sociedade. Toda prática profissional manifesta-se por elementos

conjunturais e estruturais de seu tempo; além dosconhecimentos teórico-metodológicos e políticos, é

necessário ao assistente social conhecer os usuáriosdos seus serviços compreendendo as contradiçõessociais em que vivem, bem como as alternativas deenfrentamento ou superação.

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Prática do Serviço Social

 A prática deve ser refletida e re-feita quandoadotamos como princípio fundamental a

criticidade. Entendemos que criticar o fazerprofissional significa redimensionar os elementosteórico-metodológicos, os fundamentos,direcionamentos e possibilidades do Serviço Social

na sociedade em que vivemos.

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O capitalismo contemporâneo vem impondoimpiedosamente, numa dimensão planetária,

formas de vida e de trabalho que estão alterandonão somente as relações de produção, masprincipalmente as relações sociais.

 A “globalização”, enquanto “nova visão do mundodo capital”, vem concretamente aumentando oprocesso de exclusão dos trabalhadores naatividade produtiva, alimentando um alto índicede população que vive fora do mercado detrabalho, milhares de trabalhadores ativamenteprodutivos mas que se tornam exércitos de mão-de-obra sobrante.

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Neste sentido, a pobreza hoje é manifestada de

diferentes formas, não sendo mais possível esconderou negar sua existência. É mostrada nas ruas, naspraças, nos camelódromos; invade o espaço públicoganhando nova visibilidade, de maneira tal que os

direitos sociais, políticos e civis expressam-se, na verdade, pela negação deles na vida material. O direitodo cidadão hoje é negado até mesmo nos discursosinstitucionais quando a instituição não tem recursos

materiais e humanos para atender determinado tipo deusuário de seus serviços.

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Prática do Serviço Social

 Assim convencemo-nos de que o profissional deServiço Social deve e precisa investigar a realidadesocial dos usuários dos serviços, para que possaintervir de forma crítica, consciente e, acima de tudo,com conhecimentos, garantindo um novo futuro àprofissão, capaz de criar condições para um exercícioprofissional ético, técnico e político, ainda queimbricados na teia contraditória de nossa sociedade.

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Prática do Serviço Social

Neste sentido, a análise sobre a prática profissionalque realizamos considera as dificuldadesenfrentados no lócus da intervenção profissional,

como também, abre-se à expectativa de motivarnovas formas de ação e desenvolvimento depolíticas que possam garantir melhores condiçõesde saúde, educação, habitação, assistência, etc

 junto aos sujeitos com os quais trabalhamos.

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Um Pouco da Pesquisa!

 A necessidade de conhecer o que pensam osassistentes sociais na prática que exercem não estálimitada a uma única forma de analisá-la, no

contexto ético ou político da profissão; refere-se,antes, a uma análise que expressa o exercício daprática profissional em diferentes interpretações,sejam elas reconhecidas ou não - foi a voz dossujeitos!

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Um Pouco da Pesquisa!

Um dos elementos importantes paracompreendermos a prática profissional é o próprioconceito atribuído à prática como uma atividade

constituída de uma relação sócio-histórica dossujeitos, ou melhor, uma atividade em quesomente os segmentos envolvidos no contextosocial são capazes de construírem sua própria

história através da atividade que exercem.

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Práxis Social e Prática Profissional

Práxis Social - Marx (1982), em sua célebre frase “  a vidasocial é essencialmente  prática” , atribuiu ao homem,enquanto ser social, o exercício dentro de certos limites oude possibilidades, de transformação do real, dependendo

do grau de consciência do sujeito nesse processo prático.

Prática Profissional - É fruto também da consciênciahistórica do homem nos diversos espaços de inserção

social. Trata-se de uma complexa relação que se estabeleceno percurso de sua ação, seja nas instituições, ou em outrosespaços de ocupação profissional. Portanto, nas ações ondea intervenção profissional se realizada.

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Hoje, no Serviço Social, constatamos forte

preocupação com a investigação enquantoelemento constitutivo da prática profissionale da produção do conhecimento. É ilusãopensar que somente uma teoria, a marxista,mesmo com sua perspectivatransformadora, sua concepção detotalidade, possa firmar, em nossa área, a

superação da fragmentação e, com ela, umasuperação do conservadorismo. Teoria, porsi só não muda a realidade.

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A Realidade da Profissão

Há uma preocupação crescente com oconhecimento do assistente social. No

entanto, este é orientado edeterminado no interior da profissãopelo conjunto dominante de

intelectuais que mantêm a hegemoniatanto no nível da idéias quanto dasdireções políticas.

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A Realidade da Prática Profissional,

 A prática profissional do assistente social não requerapenas apoio técnico e decisão política, mas,principalmente, um contínuo processo de reflexão

sobre a elaboração, implementação e execução daspolíticas sociais e de análise da presença dos usuáriosdos serviços sociais. O profissional na ação cotidianadeve dispor de conhecimentos teórico-metodológicos e

ético-políticos que possibilitem a construção conjuntado seu projeto político-profissional.

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A Realidade da Prática Profissional

Neste sentido, podemos entender que o espaço deintervenção social do profissional não se dá numaperspectiva de acertos, é preciso romper com a práticade subjugação da dominação burguesa institucional eprofissional reconhecendo os limites econdicionamentos presentes da própria práticaprofissional mantendo uma consciência crítica capaz

de romper com o conservadorismo, autoritarismo,dogmatismo de onde vier.

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DO CONHECIMENTO AO DISCURSO 

Percebeu-se pelos depoimentos que executar os programassignifica atender as demandas sociais através dodirecionamento das políticas sociais em nível nacional, namedida em que os órgãos estaduais distribuem entre assecretarias as políticas sociais a serem desenvolvidas pelosprofissionais como um todo.

Entretanto, entre a ação em si e os discursos há um enormeabismo os sujeitos entrevistados demonstram diferentesconceitos, uma vez que há neles um duplo aspecto:obedecem à supremacia dos programas ou diretrizesdeliberadas em nível nacional; ou não planejam, nãoprogramam e não criam propostas do Serviço Social emconjunto com outros profissionais de áreas afins.

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DO CONHECIMENTO AO DISCURSO 

 A mediação que os profissionais estabelecem entre opropósito e a efetivação de sua ação parece-nos quenão perpassa pela possibilidade de agir concretamente

em seu cotidiano, pois é percebido que ao analisaremos programas sociais o hiato permanece o mesmo emrelação ao discurso, ou seja, o que de fato fazem em suaprática profissional está um pouco longe da

concretude de suas proposições. Como expressamalguns entrevistados:

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Depoimentos

“Já vem tudo pronto pra gente, da Secretaria. A Secretaria deSaúde é que manda pra gente e a gente desenvolve de acordocom as nossas condições, mas já vem tudo estabelecido. A

 gente não tem o que fazer para ajudar. Esse apoio a gentenão tem. Passa muito longe de ser suficiente”  (Ass. SEMSA).

“Há uma certa carência nesse programa, como todo e

qualquer programa do Estado e da prefeitura... A gentetrabalha da maneira como dá, mas é sempre procurandoconseguir conquistar o espaço e conquistar também odireito das pessoas que nós atendemos”  (Ass.SUSAM).

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Análise dos Depoimentos

 A prática profissional dos assistentes sociais ainda sedá de maneira muito superficial diante do discurso queatribuem à sua ação. Verificamos que a fala dos sujeitosentrevistados deixa claro que predomina a inexistênciada participação na elaboração de algum tipo deprograma social; dos 14 entrevistados apenas 02profissionais afirmaram ter colaborado na construção

dos programas sociais.

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Depoimentos É preciso inserir os usuários na conquista social ou então

estaremos excluindo-os mais uma vez. Ao perguntarmossobre a participação dos usuários nos programas sociais, osprofissionais se posicionara da seguinte forma:

“Eles não tem senso crítico, se está bom ou não está bom. A preocupação deles maior é saber se vão ficar curados. Eudiria que 50% têm essa compreensão, mas os outros 50%não, ainda saem com dúvida”  (Ass.SUSAM).

“Eles dão sugestão, eles cobram muito sem saber nada dosdireitos que eles têm, mas eles cobram... Mas eles estãosempre reclamando... pede isso, pede por aquilo... Estãosempre insatisfeitos (Ass.SEMSA).

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Análise dos Depoimentos

É impressionante que o sentido da participação estejaainda determinado no que pode ser oferecidoinstitucionalmente, ou seja, participar é fazer parte doque pode ser dado. O nível de crítica que os assistentessociais incorporam das reclamações é algo negativo,diante do que a instituição pode oferecer aos usuários.Nesse particular, a relação usuário e profissional deixa

claro que os objetivos profissionais e os objetivosinstitucionais caminham, talvez, pelo mesmo destino.

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Depoimentos A certa altura do discurso profissional a assistência

social passa a ser “problema”  e não “direito”  naintervenção do assistente social:

“No início desse ano, nós tínhamos feito o seguinte: nós fomos na comunidade, lá pelos pequenos comérciossolicitar deles uma ajuda de uma cesta básica de

alimentos. Da quantidade que a gente arrecadava a gente formava as cestas básicas e dependendo daquantidade dos pacientes a gente fazia um sorteio.”  (Ass.SEMSA). 

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Análise dos Depoimentos

Com essa compreensão, o Serviço Social ainda precisater pulso crítico, capaz de compreender que ascompetências profissionais não estão limitadas a uma

iniciativa de boa vontade. É importante superar asdificuldades como algo que possa contribuir para omelhor atendimento aos usuários de seus serviços, eacima de tudo, incorporá-las como instrumento de

reflexão das políticas sociais do Estado e de seucotidiano profissional.

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Análise dos Depoimentos

Neste sentido, a legitimidade da Política de SeguridadeSocial, enquanto política pública, está demarcadatanto pelos profissionais quanto pelo Estado, numaperspectiva conservadora e tradicional de análise. Asrelações sócio-políticas entre usuário, profissional einstituição são fortalecidas pela subordinação às redesde poder entre aqueles que “precisam da ajuda”   eaqueles que “podem ajudar” . 

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A Subalternidade é visível nos assistentes sociais. A demonstração de consciência crítica através do discurso écontraditória quando em relação a sua prática.

“A gente vê que o Serviço Social funciona, mas como uma profissão de auxiliar as outras. E é o que acontece aqui, por exemplo: os médicos acham que a gente deve (...) estar 

disponível na hora em que eles precisarem e chamarem (...)aí temos que estar ali, à disposição deles, pra pegar os

 pacientes e internar. (...) Só estando mesmo na área pravocê sentir o que é o Serviço Social. Talvez daqui a algunsanos o Serviço Social seja uma profissão praticamente (...)

 A tendência é ser extinta. A maioria dos profissionais queestão formados hoje já nem pensam mais em fazer ServiçoSocial; trabalhar apenas no suporte à alguma assessoria”  (Ass.SUSAM).

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Análise do Depoimento

 A confiança e a valorização da profissão nesta ótica sãobastante comprometidas, ver a profissão como umaárea em extinção, dispensável e desnecessáriacertamente implica numa desvalorização pessoal e

profissional.

Percebe-se que o profissional, não só está preso a umaconcepção fatalista da profissão ao afirmar que atendência desta é ser extinta, mas sabe olharcriticamente para a ”autoridade  médica”. Umparadoxo!

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Para Finalizar,

O conhecimento da prática profissional ainda é frágil doponto de vista da relação que eles estabelecem com osusuários e com a instituição onde trabalham; poucossituam a garantia dos direitos sociais, ainda expressam umcerto voluntarismo na ação que desenvolvem, e pouco

articulam a reflexão crítica de seu fazer profissional.

Fica claro, em nosso entendimento, que há um paradoxo:de um lado sentem-se felizes com seu trabalho nas

instituições em que estão vinculados: Em uma análise maispormenorizada, afirmam que a profissão está em extinção,que não conhecem os programas.

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  Precisamos mudar a mentalidade de que dando um jeitinho  brasileiro tudo se resolve. Essa forma de

pensar principalmente as políticas sociais sóreforça a lógica de um Estado parasitário, quesegundo Demo (2000:82),

“É  mais fácil lidar com um parasita do quecom um cidadão. O sistema não teme o pobrecom fome – basta, como regra, cesta básica para driblar o problema, mas teme o pobre que

sabe pensar. É preciso, definitivamente,combinar assistência com saber  pensar” .

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Obrigada!