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Estudos da conservação no contexto da paisagem

Conservação dos Cerrados 2015

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Page 1: Conservação dos Cerrados 2015

Estudos da conservação no contexto

da paisagem

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O QUE É UMA SAVANA?

Page 4: Conservação dos Cerrados 2015

Seringueti – Tanzania - África

Existem 231 verbetes!!!

Page 5: Conservação dos Cerrados 2015

Fatores ambientais que determinam uma savana:

Clima - pluviosidade entre 250 mm a 2.000 mm com 3 a 4

meses de seca

Solos – textura, baixa disponibilidade de nutrientes,

profundidade – ricos em óxidos de ferro.

Geomorfologia – relevos antigos, sedimentares e aplainados

Fogo - vegetação mantida pelo fogo há milhare de anos

Pastejo – vegetação mantida pela atividade agropecuária

Page 6: Conservação dos Cerrados 2015

O CERRADO É UMA SAVANA?

Não se trata propriamente de uma savana, embora seu aspecto geral possa dar essa impressão (Santos, 1951).

É “basicamente uma campina com árvores esparsas” (Waibel, 1948).

É uma vegetação sui generis (Eiten, 1982) que evolui com as campinas africanas e Australianas, mas é um bioma autonomo.

O bioma como um todo não é savana, porque o Cerradão é uma floresta.

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O CERRADO É UMA SAVANA

O cerrado é uma savana sazonal úmida (Felfili e Silva Jr. 1993)

Cerrado é uma savana neotropical. Uma savana floristicamente rica. (Marquis, 2002)

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A – Velame-branco (Macrosymphonia velame; B – Caliandra ou Flor-

do-cerado (Calliandra dysantha); C – Ruibarbo (Trimezia juncea); D -

Jarinha (Aristolo chia clausenii); E – Murici (Byrsonima sp.); F –

Canela-de-ema (Vellozia squamata)

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Cerrados em altitude – campos rupestres

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Cerrados inundáveis – carandazal – pantanal

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Cerrado: Domínio do Brasil Centralcerrado:sentido amplo (lato

sensu), reúne as formações

savânicas e campestres, incluindo

desde o cerradão até o campo

limpo.

cerrado: sentido restrito (stricto

sensu), designa um dos tipos

fisionômicos que ocorrem na

formação savânica. Por ser uma

das principais fitofisionomias

caracteriza bem o Domínio

Cerrado.

“FECHADO”, ESPANHOL

41%

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Hotspots são os pontos quentes de biodiversidade no planeta

7 e 11 - Cerrado e Mata Atlântica foram declarados hotspots*

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Em geral são três tipos básicos de fisionomias vegetacionais

•Formações florestais (Mata ciliar, Mata de Galeria, Matas Secas, Cerradão);

•Formações savânicas(Cerrado stricto sensu, Parque Cerrado, Palmeiral, Vereda);

•Formações campestres(Campo-sujo, campo rupestre, campo limpo);

Pau Santo – Itirapina – Sueli Angelo Furlan, 2008

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Fitofisionomias do Cerrado

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Reúne as formações savânicas e campestres, incluindodesde: o campo limpo até o Cerradão,

Sob este conceito há uma única formação florestalincluída: o Cerradão (Coutinho, 1978; Eiten, 1994)

sentido amplo

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•Apenas o cerradão e o campo limpopossuem características florísticas marcantes e distintas. As formações intermediárias (campo sujo, campo cerrado e o cerrado stricto sensu são ecótonos de vegetação entre aquelas duas formações extremas. A composição varia gradativamente ao longo do gradiente de densidade (Eiten, 1977)

Page 19: Conservação dos Cerrados 2015

CERRADO Características Gerais

Galhos tortuosos com casca grossa.

Folhas grandes, coriáceas, “envernizadas” ou revestidas com pêlos.

Algumas árvores são semidecíduas mas, no seu todo, a vegetação não é decídua.

Especilização dos sistemas subterrâneos.

Nanismo (maioria das espécies lenhosas do cerrado é arbustiva (3-4 m).

XilopódiosBulbos

Rizomas

DimorphandraStryphnodendron

Xilopódio é um caule semelhante ao tubérculo,

porém rígido e lenhoso. Possui grande resistência a seca e queimadas e, é capaz de regenerar partes aéreas das plantas

Page 20: Conservação dos Cerrados 2015

CERRADO Características Gerais

Galhos tortuosos com casca grossa

Hélio Rocha. Galeria Pública Paisagem Natural br.olhares.comCortiça - Itirapina – Sueli Angelo Furlan, 2008

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CERRADO Características Gerais

Folhas grandes, coriáceas, “envernizadas” ou revestidas com pêlos

Aspidosperma tomentosum(Fam. Apocynaceae) –Peroba do campo Lorenzi, H. Arvores Brasileiras

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CERRADO Características Gerais

Algumas árvores são semidecíduas mas, no seu todo, a vegetação não é decídua

Ipê-amarelo (Tecoma chrysostricha)

Árvore símbolo do Brasil

Page 23: Conservação dos Cerrados 2015

CERRADO Características Gerais

Nanismo

DimorphandraStryphnodendron

Stryphnodendron adstringens (Fam. Leguminosae – Mimosoideae)

Lorenzi, H. Arvores Brasileiras

Page 24: Conservação dos Cerrados 2015

Traçar um limite entre árvores e arbustos do cerrado é difícil

Fisionomicamente é diversificado

Espécies em solos argilosos atingem 3-5 m e, em solos arenosos 1m

Cerrado é um tipo muito uniforme de vegetação, tanto Geográfica quanto floristicamente

Fruta-de-lobo (Solanum lyocarpum)é arbustiva ou arbórea (até 5 m)

Arbustos e ervasárvores (pomar)

Floresta

CERRADO Características Gerais

Page 25: Conservação dos Cerrados 2015

Fruta-de-lobo (Solanum lyocarpum – Fam. Solanaceae)

Campo limpo – Itirapina – Sueli Angelo Furlan, 2008

Page 26: Conservação dos Cerrados 2015

FATORES LIMITANTES

SOLOS

FOGOÁGUA

NUTRIENTES

CERRADOS

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ÁGUA

Os cerrados no Brasil são encontrados nos mais variados tipos climáticos:

Am - quente e úmido, com estação sêca pequenaAw - quente e úmido, com estação sêca pronunciada no invernoCwa - tropical de altitude, com verões frescos e estação sêca de invernoCfa - sub-tropical, com verões quentes e sem estação sêcaCfb - sub-tropical, com verões frescos e sem estação sêca

PORTANTO...

Page 28: Conservação dos Cerrados 2015

O solo é muito profundo e geralmente contém muita umidade, mesmo na época seca, com exceção da zona superficial que não ultrapassa 2 m;

Água gravitacional move-se para baixo o ano todo e o conteúdo de água armazenada no solo acima do lençol é equivalente à soma das precipitações pluviométricas de 3 anos;

...A OCORRÊNCIA DO CERRADO NÃO ESTÁ ASSOCIADA

OBRIGATORIAMENTE A FALTA DE ÁGUA

Perfil representativo de

um Latossolo

Vermelho-Amarelo

(LVA)

Page 29: Conservação dos Cerrados 2015

Chapada dos Guimarães

Planalto Central do BrasilPrecipitações totais anuais = 1.300 a 1.600 mmPeríodo seco = 3 a 4 meses (não muito intenso)

Page 30: Conservação dos Cerrados 2015

Lembrando...

Classes de solos:

a) Características físicas (cor, textura e estrutura)

b) Características químicas (fertilidade, acidez e matéria

orgânica.

SOLOS

Nas áreas de Cerrados – diversos tipos de rochas ricas em ferro

e magnésio:

Basalto

Diabásio

Gabro e granulitos ortoderivados

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Page 33: Conservação dos Cerrados 2015

Ambiente de ocorrência

Área de relevos aplainados, não sujeitos a

inundações (plano a suave-ondulado)

Material de origem

essencialmente

areno-quartzosa

Materiais de origem de rochas ígneas, metamórficas,

sedimentares e couraça laterítica

Material de origemde rochas

metamórficas e sedimentares

NEOSSOLO QUARTZARÊNICO (RQ)

LATOSSOLO VERMELHO (LV)

LATOSSOLO VERMELHO -AMARELO (LVA)

Controle geomorfológico (relevo e água)

Chave de

identificação

das classes

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Ambiente de ocorrência

Área de relevos aplainados, não sujeitos a

inundações (plano a suave-ondulado)

NEOSSOLO QUARTZARÊNICO (RQ)

LATOSSOLO VERMELHO (LV)

LATOSSOLO VERMELHO -AMARELO (LVA)

Controle geomorfológico (relevo e água)

Chave de

identificação

das classes

Page 35: Conservação dos Cerrados 2015

A maioria dos solos da região dos Cerrados são:

Latossolos - 46% da área de cerrados

Coloração variando do vermelho para o amarelo, profundos,

bem drenados na maior parte do ano, acidez, toxidez de

alumínio e são pobres em nutrientes essências (como cálcio,

magnésio, potássio e alguns micronutientes) para a maioria das

plantas.

Neossolos Litólicos - pedregosos e rasos - ocorrem

geralmente nas encostas

Neossolos Quartzarênicos - arenosos

Organossolos - orgânicos

SOLOS

Page 36: Conservação dos Cerrados 2015
Page 37: Conservação dos Cerrados 2015

O solo profundo e poroso é um reservatório de água que alimenta os rios (drenagem perene)... Abaixo dos 3 m da superfície há água suficiente para a vegetação arbórea e arbustiva durante o ano todo;

Nascentes de grande parte dos rios que formam as principais bacias hidrográficas do continente Sul Americano (Amazônia, Paraguai, São Francisco, Parnaíba);

As raízes de muitas espécies se aprofundam muito, chegando às vezes até o lençol (15 a 20 m), com a Andira humilis e Anacardium pumilum.

Page 38: Conservação dos Cerrados 2015

Imagem 1: Vegetação do cerrado com raízes profundas Fonte: www.scielo.br/img/fbpe/rbf/v24n1/9903f1.gif. Acesso em: 30 ago. 2015.

Page 39: Conservação dos Cerrados 2015

Indaiá (Attalea sp)= 2 metros de altura e 15 m de raízes à procura da água;

Plantas em geral mantém os estômatos abertos o dia todo mesmo durante a seca;

Floração em muitas espécies acontece antes do início das chuvas. Ex.: Ipê do cerrado (Tabebuia ochracea) e Algodão do campo (Cochlospermum regium).

Características gerais da vegetação

Page 40: Conservação dos Cerrados 2015

Attalea sp

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Andira humilis

Fabaceae

Page 42: Conservação dos Cerrados 2015

Andira humilis

Fabaceae

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Attalea oleifera

Cochlospermum regium

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Page 45: Conservação dos Cerrados 2015

Tabebuia ochraceae – Ipê Amarelo

Page 46: Conservação dos Cerrados 2015

Campo limpo – Itirapina – Sueli Angelo Furlan, 2008

Page 47: Conservação dos Cerrados 2015

Campo limpo – Itirapina – Sueli Angelo Furlan, 2008

Page 48: Conservação dos Cerrados 2015

ORIGEM DAS FORMAÇÕES FLORESTAIS DO

CERRADO

Ainda há pouco fundamento

florístico para sugerir laços

muito fortes entre a Floresta

Atlântica e a Amazônica,

comparado aos laços existentes

entre a componente

vegetacional “semidecídua” e a

componente “ombrofila” da

própria Mata Atlântica. Dessas

duas, o laço mais forte com

outros biomas se deu entre a

componente “semidecídua”e

as florestas secas

(semidecíduas) do Cerrado,

Oliveira-Filho e Fontes, 2000

Page 49: Conservação dos Cerrados 2015

Mas há fortes vinculos

florísticos entre as florestas

associadas aos cursos dágua

entre os três domínios.

Para a fauna as conexões

comprovam vínculos entre a

Amazônia e a Mata Atlântica

passando pelo Cerrado (Costa,

2003)

Page 50: Conservação dos Cerrados 2015

ORIGEM DAS FORMAÇÕES SAVÂNICAS E

CAMPESTRES

Registros mais antigos datam de 32.000 anos (Centro-

Oeste) – Ledru, 2002

Teorias climáticas – limitação sazonal hídrica no período seco

(estacionalidade), Warming, 1973

Teorias bióticas – resultado da ação humana, principalmente pelo uso

frequente do fogo, pastejo e desmatamento, formigas, Rawitscher,

1948; Waibel, 1948; Rizzini, 1997 ; Coutinho, 1992

Teorias pedológicas – vegetação dependente de deficiências minerais

(oligotrofismo)

Teorias combinadas – combinação dos fatores abióticos e bióticos,

Cole (1986); Amaral Filho (1995); Oliveira-Filho e Ratter (2000).

Page 51: Conservação dos Cerrados 2015

Teoria edáfica da formação Cerrado

Carapaças lateríticas dificultam a infiltração de água e de raízes

Coleção mineralógica da Universidad UNIFOR - Centro Universitário de Formiga-Minas Gerais-Brasil

Page 52: Conservação dos Cerrados 2015

HIPÓTESE DE ARENS (1958)ESCLEROMORFISMO OLIGOTRÓFICO

(PSEUDO-XEROMORFISMO)

LUZ

AR

ÁGUA

CARBOIDRATOS

E

GORDURAS

ESTRUTURAS ESCLEROMORFAS

DEFICIÊNCIA MINERAL

(falta de N, P e S)

PROTEINASACÚMULO DE CARBOIDRATOS

CRESCIMENTO

Page 53: Conservação dos Cerrados 2015

HIPÓTESE DE ARENS (1958)ESCLEROMORFISMO OLIGOTRÓFICO

(PSEUDO-XEROMORFISMO)

Page 54: Conservação dos Cerrados 2015
Page 55: Conservação dos Cerrados 2015

NUTRIENTES

ALUMÍNIO (Al2O3)

ACIDEZ

DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

ACIDEZ E RETENÇÃO DE NUTRIENTES

•Falta de matéria orgânica =

carência de N e S

•Acidez = carência de P e K

Page 56: Conservação dos Cerrados 2015

ESCLEROMORFISMO ALUMINOTÓXICO

(Goodland, 1971)

Plantas não-acumuladoras tolerantes:

Absorvem nutrientes em presença de

altas taxas de íons Alumínio:

Leguminosae, Malpighiaceae,

Myrtaceae, Compositae e

Dilleniaceae.

Mas a tolerância não implica em

indiferença. Elas seriam mais

produtivas em solos sem alumínio,

porém levam vantagens em solos de

Cerrado

Plantas acumuladoras obrigatórias:

Acumulam alumínio em altos níveis :

Vochysiaceae, Melastomataceae,

Rubiaceae, Theaceae e Symplocaceae.

Gêneros que mais acumulam: Neea,

Strychnos, Miconia, Psycotria, Antonia,

Rapanea, Roupala, Rudgea e Palicoura.

Características: caules lenhosos, folhas

coriáceas e nervuradas, tornando-se

amarelo-esverdeadas quando secas,

notáveis inflorescências e frutos azuis

brilhantes

Page 57: Conservação dos Cerrados 2015

Plantas não-acumuladoras tolerantes:

Absorvem nutrientes em presença de altas taxas de íons Alumínio: Leguminosae (Barbatimão -Stryphnodendron adstringens)

Page 58: Conservação dos Cerrados 2015

Plantas acumuladoras obrigatórias:

Acumulam alumínio em altos níveis -

Vochysiaceae,

Vochysia tucanorum _ Itirapina - SP

Page 59: Conservação dos Cerrados 2015

FOGO

FOGO

DESTRUIÇÃO DAS GEMAS TERMINAIS

TRONCOS TORCIDOS E RECURVADOS

MAIORIA DAS PLANTAS DO CERRADO

RESISTEM AOS INCÊNDIOS PERIÓDICOS

•A Floração e brotamento são

estimulados pela poda dos órgãos

epigeus. Ex.: Lantana

montevidensis, Vernonia

grandiflora, Wedelia glauca

Vegetação originária pelo fogo # Vegetação mantida pelo fogo

Page 60: Conservação dos Cerrados 2015

BROTAMENTO APÓS O FOGO

Page 61: Conservação dos Cerrados 2015

Compositae - Vernonia grandiflora

Verbenaceae - Lantana montevidensis

Compositae - Wedelia glauca

Page 62: Conservação dos Cerrados 2015

CARYOCARACEAE – Caryocar brasiliensis - Pequi

Foto: Sueli A Furlan, Itirapina 2008

Page 63: Conservação dos Cerrados 2015

CARYOCARACEAE – Caryocar brasiliensis - Pequi

Foto: Sueli A Furlan, Itirapina 2008

Page 64: Conservação dos Cerrados 2015

BROMELIACEAE – Gravatá

Foto: Sueli A Furlan, Itirapina 2008

Page 65: Conservação dos Cerrados 2015

ANNONACEAE – Xilopia sp - Pindaíba

Foto: Sueli A Furlan, Itirapina 2008

Page 66: Conservação dos Cerrados 2015

VOCHYSIACEAE – Vochysia rufa – Pau-doce

Foto: Sueli A Furlan, Itirapina 2008

Page 67: Conservação dos Cerrados 2015

VOCHYSIACEAE – Vochysia rufa – Pau-doce

Foto: Sueli A Furlan, Itirapina 2008

Page 68: Conservação dos Cerrados 2015

LAURACEAE – Nectandra sp - Canelinha

Foto: Sueli A Furlan, Itirapina 2008

Page 69: Conservação dos Cerrados 2015

Mata Ciliar e Floresta de Galeria

Mata ciliarFloresta de Galeria

Page 70: Conservação dos Cerrados 2015

Segundo Walter e Ribeiro, 1998, Cerrado amplo segundo Coutinho, 1978

Fitofisionomias de maior biomassa para os de menor, na posição topográfica em que geralmente ocorrem.

FT Plintossolo Argilúvico

GM Gleissolo melanico

RV neossolo flúvico

LVA Latossolo vermelho amarelo

NX nitossolo háplico

CX cambissolo Háplico

PV Argissolo vermelho

LV Latossolo vermelho

MT chernossolo argilúvico

MTK chernossolo argilúvico carbonático

RQ neossolo

quartzarênico

Fonte: Cerrado:caracterização e recuperação de Matas de Galeria, 2001-EMBRAPA e MMA

Page 71: Conservação dos Cerrados 2015

Os cerrados brasileiros - impactos

• Empobrecimento genético

• Compactação e erosão do solo

• Contaminação química das águas e da biota

• Rebaixamento do lençol freático nos vales em “veredas”

• Contaminação química por agrotóxicos das nascentes

• “morte” dos mananciais – ocupação do topo das chapadas

Page 72: Conservação dos Cerrados 2015

Cerrados – destruição em marcha

• Imagens de satélite dão conta que cerca de 57% da área ocupada originalmente por cerrados já foram destruídas

• Faltam conhecimentos e pesquisas científicas

• Pouco protegido na forma de Unidades de Conservação

• Fogo (queimadas) para produção de carvão vegetal

• Expansão da fronteira agropecuária

Page 73: Conservação dos Cerrados 2015

Fonte, MMA. Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/04_abril_dadosibama2002_2009_182_72.pdf

Page 74: Conservação dos Cerrados 2015

http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/04_abril_dadosibama2002_2009_182_72.pdf

Page 75: Conservação dos Cerrados 2015
Page 76: Conservação dos Cerrados 2015

Conservação - Impactos ambientais

Mecanização agrícola, adubação, agroquímicos, etc

Solos ocupados com monoculturas de participaçãoconsiderável na produção agropecuária nacional - PIB

NÃO É PATRIMÔNIO NATURAL DO BRASIL

Influência do relevo:

Áreas mais dissecadas: pastagens naturais e as plantadas

Superfícies tabulares: mecanização, monocultura para exportação(soja, café e milho) e a silvicultura

Page 77: Conservação dos Cerrados 2015

Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Cmarh) da Assembleia Legislativa, deputado Wagner Siqueira - comitiva de autoridades das três esferas (Município, Estado e União) lidadas ao Meio Ambiente para vistoriar voçoroca no município de Planaltina de Goiás na manhã desta terça-feira, 17/11/2015.

Voçorocas

em Goiás

Page 78: Conservação dos Cerrados 2015

Problemas ambientais da ação antrópica

1. desmatamento e empobrecimento genético

2. abertura de estradas

3. urbanização

4. represamento de veredas

5. uso inadequado do solo causando degradação

6. contaminação dos canais fluviais e da água como um todo

7. exploração desenfreada dos recursos minerais e ambientais

8. queimadas para “limpeza” do terreno

9. carvoarias

10. monoculturas, simplificação genética contaminação agroquímicos

Page 79: Conservação dos Cerrados 2015

Há 20 anos trâmita no Congresso Nacional, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 115/95), que pretende transformar o bioma Cerrado em patrimônio nacional.

Não há mobilização nem interesse dos parlamentares em defender a proteção de um dos biomas mais ameaçados do Brasil, que ocupa um quarto do território nacional, detêm 5% da biodiversidade mundial e possui a mais diversificada savana tropical do planeta, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA).

destruição de 1% ao ano

Page 80: Conservação dos Cerrados 2015

Vocês podem

me ajudar?

Page 81: Conservação dos Cerrados 2015

Fonte: http://cidadeverde.com/

Page 82: Conservação dos Cerrados 2015
Page 83: Conservação dos Cerrados 2015

Desmatamento no Cerrado caiu - 16%

2015

“corte ilegal de árvores em Minas cresceu 23% nos dois últimos

anos. Além do desmatamento, o cerrado sofre com incêndios

criminosos” (foto: Mário Lúcio/divulgação)

Page 84: Conservação dos Cerrados 2015

Conservação

Os cerrados não foram protegidos pela

Constituição Federal de 1988

No nível federal, apenas:

13 parques nacionais

5 estações ecológicas

9 Áreas de Proteção Ambiental

Page 85: Conservação dos Cerrados 2015

Modalidades de UCs Número

PARNA 13

ESEC 5

ARIE 1

REBIO 1

REVIS 1

APA 9

FLONA 6

RESEX 5

RPPN 11

Fonte: http://www.icmbio.gov.br/acesso 16/11/15

Conservação

Page 86: Conservação dos Cerrados 2015

Áreas de proteção no Cerrado criadas pelo Governo Brasileiro, através dos Parques Nacionais até 2000

Fonte: Moulin (2000)

Page 87: Conservação dos Cerrados 2015
Page 88: Conservação dos Cerrados 2015

Áreas Prioritárias - MMA

Portaria MMA 09/2007

431 áreas prioritárias no Cerrado 181 protegidas (UCs e terras indígenas) 237 em estado de importância biológica extremamente alta489.312 km

PRIORIDADES1. Inventário biológico2. Estudos sócio-antropológicos3. Ações para recuperação de áreas

degradadas4. Educação ambiental

Page 89: Conservação dos Cerrados 2015

É necessário...

• Conhecimento integrado e profundo dos

elementos, dos processos físicos, químicos,

biológicos e das ações humanas que se interagem

e contribuem para a dinâmica do sistema

ambiental físico dos Cerrados

• Conhecer a estabilidade e os limites do equilíbrio

dinâmico dos mais diversos sistemas e

subsistemas

Page 90: Conservação dos Cerrados 2015
Page 91: Conservação dos Cerrados 2015

A alternativa da Educação

FASES:

1. Tomar contato – “não posso admirar aquilo que nãoconheço, logo, necessito tomar contato”

2. Admirar – “se conheço e reconheço a engenharia perfeita danatureza, inclusive a do meu próprio corpo, através do qualpercebo o mundo, passo então a admirá-la”

3. Amar – “a admiração gera amor”

4. Respeitar – “amor gera respeito”

5. Conservar – “o respeito nos impulsiona a cuidar / conservaraquilo que amamos”

Page 92: Conservação dos Cerrados 2015

“Palmeiras denominadas buritis, desenhadas em Quilombo, distrito de

Chapada” – Junho de 1827 – Aquarela de Aimé-Adrien Taunay

Page 93: Conservação dos Cerrados 2015
Page 94: Conservação dos Cerrados 2015

www.biota.org.br

www.embrapa.org.br

Arens, K. O cerrado como vegetação Oligotrofica. Boletim da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas-Botanica. São Paulo:Edusp, no.15 1958:9-77

Ferri, Mario G. (org). Simpósio sobre o Cerrado. São Paulo:Edusp, 1963

Goodland, Robert e Ferri, Mario G. Ecologia do Cerrado. São Paulo. Ed.Itatiaia-Edusp, 1979

Rawitscher, F.K. et alli. Profundidade dos solos e vegetação em campos Cerrados do Brasil Meridional. Anais da Academia Brasileira de Ciências. No. 15, 1943: 267-294

Rizzini, Carlos T. Sobre as principais unidades de dispersão do Cerrado. III Simpósio do Cerrado. São Paulo, Edusp, 1971:117-132.