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Contemporaneu - arquitetura contemporânea #07

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Confira nesta sétima edição: Novas colunas, Ofis Arhitekti, West 8, Enrique Browne, Caramel Architekten e muito mais

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Novo ano. Novo Layout. Novas colunas.Equipe Contemporaneu

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Editor Chefe: Gabriel VespucciDiretora de Arte: Francis Graeff

Colunistas Colaboradores: Bráulio Viní-cius Ferreira e Elvis José Vieira

Fotógrafos desta edição: Cristián Hrdalo, Domagoj Blazevic, Enrique Browne,

Hertha Hurnaus, Indrek Erm, Jiri Havran, Ricardo Jaeger, Tomaž Gregorič

Agradecimento: Agnieszka Nowak, Andrej Gregoric, Arnaldo Souza Pinto, Bernardita Estay M., Bráulio Vinícius Ferreira, Elvis Vieira, Indrek Erm, Iva Baljkas, Maciel Barreira, Pernille Dam

Jensen, Roberto Passos Nehme, Ryszard Rychlicki, Sabine Bovelino

Ano 01Edição #07

Capa: Villa Old Oaks Arquiteto: OFIS Arhitekti

Para dúvidas, sugestões, críticas, entre em contato com a Contempo-raneu - arquitetura contemporânea pelo email:[email protected]

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Rem Koolhaas. Conversas com Hans Ulrich ObristHans Ulrich Obrist - Editorial Gustavo Gili

Este livro traz seis entrevistas entre o curador de arte e Rem Koolhaas. A frente do OMA/AMO, o arquiteto discorre sobre a prática projetual em diferentes partes do mundo e aborda algu-mas de suas obras mais importantes.

New York, Portrait of a CityReuel Golden - Taschen

Da magnitude de Coney Island aos reflexos da Depressão. A história de uma das mais impressionantes cidades do mundo contada através de fotografias famosas e inéditas, mapas, vistas aéres, retratos.

Isay WeinfeldDaniel Piza - Viana & Mosley Editora

Isay Weinfeld é um dos mais importantes arquitetos do Brasil, recebendo inúmeros prêmios por sua obra diversificada. Parte da coleção “Arquitetura e Design”, o livro apresenta diversas obras em mais de 70 imagens e com texto do jornalista Daniel Piza.

Pure Plastic. New Materials for Today’s ArchitectureChris van Uffelen - Braun Publishing

Qual a relação do plástico com arquitetura? Este livro mostra obras de diversos arquitetos como Greg Lynn, Lang/Bauman, Studio Pei-Zhu, com este material flexível, durável e multifuncional presente no nosso dia a dia.

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estante

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agenda

Brasil

IV Congresso Estadual de Arquitetos - SP 25 e 26/02/2011Bertioga – São Paulo

EREA Laguna30/03/2011 a 03/04/2011Laguna – Santa Catarina

9º Seminário Docomomo Brasil19 a 22/04/2011Brasília – Distrito Federal

Mundo

Tens 2011 - IV Simposio Latinoamericano de Tensoestructuras06 a 08/04/2011Montevidéu – Uruguai

100 Años de Enseñanza en Arquitectura 05 a 07/07/2011Lima – Peru

UIA 2011 Tokyo25/09/2011 a 01/10/2011Tokyo - Japão

Divulgue um evento: envie e-mail para [email protected]

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concursos

Estudantes

Concurso Internacional de Ideias - Setores Centrais do Plano Piloto de Brasília – Rumo ao CentenárioInscrições até 18/03/2011Envio do material até 03/04/2011

Arquitetos e Estudantes

OISTAT Theatre Architecture Competition 2011Inscrições até 11/03/2011

Concurso de Fotografia de ArquitecturaInscrições até 24/02/2011Envio do material até 01/03/2011

DesignMatters2Inscrições até 28/02/2011Envio do material até 01/03/2011

Lamp Lighting Solutions AwardsInscrições até 28/02/2011

The Globe Cafe NowEnvio do material até 15/03/2011

Barcelona 2011 - Bohemian Hostel for BackpackersInscrições até 31/03/2011Envio do material até 15/04/2011

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Bráulio Vinícius Ferreira

Autor do livro “FIM DA PICADA - Con-siderações sobre o Trabalho Final de Graduação do Curso de Arquitetura e Urbanismo”, Bráulio é arquiteto mestre e doutorando em Educação, professor da Universidade Estadual de Goiás e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Sócio do escritório Zebra Design, também é autor do Blog do Bráulio, no qual es-creve sobre pensamentos e novidades arquitetônicas.

[email protected]

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PROFESSOR, TRAVEI.

Foi assim que uma aluna de projeto começou uma conversa comigo, seu orientador. Por alguns instantes fiquei pensando: como é que alguém trava? Por que algumas pessoas simplesmente não conseguem criar?Vez por outra quando eu me empolgo nas braçadas matinais de minha na-tação, principalmente se for no estilo “costas”, saio de lá travado com dores no ombro e no pescoço. Sei que vou ter problemas no restante do dia. Faço alongamentos e, quando a situação está crítica, recorro a um relaxante muscular. Alongamento e relaxamento, o que é bom para o músculo pode ser bom também para a cabeça.

O processo criativo é muito interes-sante. As pessoas criam sob condições diversas e são capazes de produzir as ideias mais incríveis. Com arquitetos não é diferente. O problema é que achamos – e isso vem desde os primór-dios – que a criatividade é um dom “divino” que abençoa uns e amaldiçoa outros. Outro problema é que, desde o nascimento, nosso potencial criativo vai sendo minado. Começa com os pais em casa e termina fatalmente quando entramos na escola pela primeira vez.

PROFESSOR, TRAVEI.

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Outro dia quase saí correndo da es-cola de meu filho, gritando num surto psicótico: “Não matem a criatividade do meu filho!”. Era uma mostra pedagógi-ca e, quando entrei na sala dele, vi 25 telas penduradas nas paredes, eram borboletas iguais, idênticas mesmo. Respirei fundo e educadamente disse para a professora: – Como é que eu posso saber qual destas 25 pinturas é a do meu filho? A professora respon-deu: – Pai, é só olhar atrás da tela. Então, mais uma vez educadamente, contei até mil e disse a ela: – Não se-ria melhor que cada uma das crianças pintasse suas próprias borboletas? Até hoje ela não me respondeu.Lá na escola começa o processo de travamento das engrenagens. Pinta-se tudo certinho, da mesma cor, ou repro-duz-se alguma coisa que já foi criada.

Bráulio Vinícius Ferreira

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Anos depois você entra na faculdade de Arquitetura e, de repente, tem de criar um projeto. Olha, então, para a folha de papel ou para a tela do computador e nada. Pensa e nada. Pensa de novo, entra no MSN, facebook, dei-xa lá uma mensagem para seus amigos do tipo – projeto 3 – o pesadelo – e nada. Volta para realidade e pensa que o mundo vai acabar. E para quem é aluno de pro-jeto vai mesmo, pois há um prazo, há critérios, orientador “cri criterioso” etc. Enfim, há um projeto ou uma proposta para ser entregue.Mas voltemos ao alongamento e ao relaxamento. Penso que a cabeça pre-cisa de uma esticada para alongar. Ver coisas interessantes, exemplos ricos de arquitetura em livros e sites ajudam a esticar os neurônios e a buscar novas alternativas. Estudar os projetos seme-lhantes ao que você está produzindo pode ajudar nesta “esticada”. Rede-senhe os projetos. Segundo Mahfuz1, “só há três meios de se conhecer um edifício ou um projeto: sendo autor do projeto, sendo responsável por sua execução, ou por meio do seu rede-senho.” Redesenhe plantas e cortes. Redesenhe também perspectivas. Colo-que um papel translúcido por cima dos desenhos e faça-os de novo. Destaque a estrutura, as vedações, as aberturas. Pinte de cores diferentes as circulações. Perceba a lógica de cada elemento. En-fim, estude o projeto.

Ao contrário do relaxante muscular químico que eu utilizo, recomendo re-laxantes bem “naturebas”. Nada de computador, nada de realidade virtual. Caminhe num parque com alguém. Vá ver as cores da natureza. Descubra os sons e cheiros de algum lugar diferente. Se puder, tome um banho de cachoeira. Tome um café gostoso na companhia de alguém interessante e se essa pes-soa for um alguém que você ama, me-lhor ainda. Respire e relaxe. Inspire e expire. Ouça seu coração. Ouça uma música bacana. Dance. Enfim, esqueça por alguns momentos que você tem de fazer o projeto e relaxe.Eu gosto muito de ir para o centro da cidade onde moro. Vou ao comércio po-pular, sou bombardeado por cores, sons, aromas (alguns não muito agradáveis), vozes. Depois caminho mais. Observo as pessoas. Respiro. Paro numa banca do Mercado Central e como uma em-pada gostosa, feita há poucos minutos. Volto novinho em folha. Ou então faço outras coisas. Quando posso dar um mergulho de cachoeira, então é uma maravilha. Posso não ter as melhores ideias do mundo, mas volto com as ba-terias recarregadas.Então, destrave: faça um alongamento, um relaxamento e bom projeto.

PROFESSOR, TRAVEI.

1 - Edson da Cunha Mahfuz na apresentação do livro do arquiteto Jesus Cheregatti – Estruturas Formais: casas modernas brasileiras.

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OFIS Arhitekti

É na capital eslovena Ljubljana que o escritório Ofis Arhitekti desen-volve seus projetos. Rok Oman e Spela Videcnik, fundadores da firma, graduaram-se em 1999 e 1998, res-pectivamente, na Escola de Arquite-tura da Ljubljana e posteriormente estudaram na Architectural Associa-tion em Londres. No período de fa-culdade, enquanto a Eslovênia ainda era parte da Iugoslávia, ganharam o primeiro lugar no concurso “housing block on the plot 62x16”, em 1997. Este seria apenas o primeiro prêmio de uma série. O edifício de habita-ções 650 apartments, de 2006, por exemplo, é um conjunto de 650 uni-dades dividido em blocos e com uma tipologia repetida, tanto horizontal-mente quanto verticalmente, mas que suas aberturas na fachada “en-ganam” o olhar do observador, dan-do a impressão de que cada planta é diferente da outra.

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O Ofis integra uma nova geração de arquitetos da era pós-independência da Eslovênia, ocorrida em 1990. A arquitetura do país tem em sua história inúmeras referências, desde os primórdios até o século XIX, como o românico, o gótico, o renascimento e o barroco italiano e alemão. Um momento histórico importante foi o grande terremoto que a cidade de Ljubljana sofreu em 1895. Os pla-nos de remodelação e reconstrução da cidade ficaram sob a tutela de Camillo Sitte e Max Fabiani, este último, um dos grandes nomes da arquitetura eslovena. O art nouveau da Victor Horta foi referência, assim como a obra de Jože Plečnik (1872 - 1957), espalhada pelo território em inúmeros edifícios de grande im-portância, construídos nas primeiras décadas do século passado. Fabiani e Plečnik, introdutores da moderni-dade eslovena, tiveram a influência de Otto Wagner, para quem traba-lharam em uma fase que a obra do austríaco tornava-se cada vez mais simples e menos decorativa e orna-mentada. Pupilo de Plečnik, Edvard Ravnikar (1907-1993), como ar-quiteto e professor, foi o expoente de um modernismo tardio que seguia o ocidente europeu e se afastava da arquitetura socialista, nos anos do

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regime do presidente Tito, através da influência de Le Corbusier, com quem havia trabalhodo ainda nos anos 30.Já com uma obra consolidada, o Ofis Arhitekti, em conjunto com ou-tros cinco escritórios emergentes da Eslovênia -Bevk Perović, Dekleva Gregorič Arhitekti, Elastik, Maechtig Vrhunc Arhitekti e Sadar Vuga Arhi-tekti- participou do 6IX Pack, uma exposição itinerante que expôs seus trabalhos em cidades como Roma, Londres, Los Angeles, Nova York, Roterdã, Buenos Aires e Dublin. A arquitetura contemporânea do país, influenciada desde os tempos de Iu-goslávia pela Escandinávia, Ingla-terra e Estados Unidos, desta forma, ganha status internacional. O ano era 2004, o mesmo em que o país ingressa na União Europeia.

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OFIS Arhitekti

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Assim como o “650 apartments”, o Honeycomb Apartments [apar-tamentos colméia] é modulado de forma eficaz e é fruto de uma competição de projetos para habi-tação social. A fachada também é elemento primordial. Suas varandas são concebidas como um eficiente dispositivo de sombreamento –pelas cortinas móveis e coloridas de tecido que barram o sol direto– e ventila-ção para os apartamentos. No verão, o ar das varandas é trocado com o exterior por meio dos furos laterais de 10 cm de diâmetro; no inverno, o ar permance entre o tecido e o in-terior dos apartamentos, fornecendo aquecimento ao funcionar como um bolsão de ar quente. Não há, den-tro dos pequenos apartamentos, elementos estruturais, permitindo espaços internos flexíveis.

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OFIS Arhitekti

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O chalé alpino fica na localidade de Stara fuzina, na região do lago Bo-hinj e próximo à fronteira italiana. Tem dimensões de 6 X 11 metros em cada um de seus dois pavimen-tos. O cliente solicitou alterações na cabana existente em três aspectos: que o novo programa atendesse à sua família, que a posição das ab-erturas favorecesse as vistas e que a solução levasse em conta certos princípios sustentáveis. O resultado foi uma habitação racionalizada de 3 quartos, com recursos e aparên-cia atuais, janelas maiores, que mantém o diálogo com o entorno natural e construído. A pedra e as madeiras, tanto da nova estrutura externa quanto das fachadas, foram

retirados do meio ambiente local. A água da chuva é coletada do telha-do e transportada através de tubos verticais que inseridos em vigas de madeira. A grande janela no canto da sala, por fim, foi direcionada di-retamente ao sul, fazendo menos necessário o aquecimento extra nos dias de sol no inverno.Esta pequena mostra de obras do Ofis, somando-se ao projeto de am-pliação do Ring Stadium, já apre-sentado na Contemporaneu [rever aqui], exibem a qualidade e o poten-cial deste jovem e criativo escritório e, por extensão, daquilo que se pode ver hoje e esperar da arquitetura do leste europeu para os próximos anos.

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GRANDES PROJETOS URBANOS E A CIDADE CONTEMPORÂNEA

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Elvis Vieira

“A cidade já não existe. Entretanto a noção de cidade sofre uma distorção sem precedentes, insistir em sua natureza primordial, seja através de desenhos, re-gras ou invenções, conduz irrevogavelmente da nostalgia à irrelevância (...) Para assegurar sua sobrevivência, o urbanismo terá que imaginar uma nova idéia de novo (...) Temos que imaginar mil e um conceitos alternativos de cidade, temos que correr riscos desproporcionados, temos que nos atrever a ser profundamente acríticos, devemos agüentar a adversidade e perdoar a direita e a esquerda”1

Arquiteto formado em 1998, Elvis Vieira é professor das disciplinas de Projeto Arquitetônico e Projeto de Urbanismo da FAUUMC - Universidade de Mogi das Cruzes e FAUUBC - Universidade Braz Cu-bas. No presente momento, além de ser Diretor de Projetos Públicos da Prefeitura Municipal de Suzano - SP, é doutorando pela FAUUSP -Universidade de São Paulo- com a tese Construção de Novos Cenários Urbanos na Cidade Contemporânea.

[email protected]

GRANDES PROJETOS URBANOS E A CIDADE CONTEMPORÂNEATexto e Fotos: Elvis Vieira

1 - Koolhaas, R. (2002) In “Qué há sido del ur-banismo?”. Oeste: cultivos urbanos. Revistade Arquitectura, Urbanismo, Arte y Pensamien-to Contemporaneos, nº 15.

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Elvis Vieira

As cidades vêm sofrendo bruscas trans-formações em detrimento de uma di-versidade de influências, hábitos e com-portamentos, redefinindo a forma de compreendê-la e concebê-la. O modo tradicional de pensar a cidade vinculado a uma concepção física e geográfica do espaço, reiterando raciocínios de delimi-tação, fixação ou permanência sobre o território hoje são substituídos por outras problemáticas como finanças, capacidade de conexão (sob diversos aspectos), nós, redes e velocidade de informações no qual caracterizam a Cidade Contemporânea de modo a atender as necessidades de um “mundo” não somente globalizado, mas um planeta “sem fronteiras”, fruto do acelerado avanço tecnológico em que o final do século XX e inicio deste novo milênio estamos passando.

Hoje somos contemporâneos e teste-munhas de grandes transformações nas comunicações, transportes, no modo de viver e nos relacionar uns aos outros, e mesmo o veloz desenvolvimento ligado a computação, a robótica, computação grá-fica, nanotecnologia, engenharia gené-tica, a exploração espacial e as pesquisas de vidas artificiais, além da incansável discussão sobre as “cidades inteligentes”, incidem cada vez mais em como vivemos, relacionamos e pensamos as cidades onde vivemos atualmente. Não pretendo aqui teorizar ou criar novos conceitos sobre a Cidade Contemporânea, nem tão pouco defender teóricos que vem a décadas debatendo sobre o tema e discutindo com total competência sobre o tema e suas conseqüências. Caberá a esta coluna abrir a discussão através dos

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Grandes Projetos Urbanos e a Cidade Contemporânea

Grandes Projetos Urbanos, e em particu-lar os contemporâneos que tem buscado responder a um tecido urbano já con-solidado, porém em sua maioria fruto de áreas centrais das cidades ou territórios desatualizados e/ou desarticulados das “novas centralidades” com comércio e serviços de “alta tecnologia”.

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A partir da década de 1980 as cidades são obrigadas a se organizarem e repensar sua forma de reconstruir trechos urbanos que sofreram ora com desastres naturais, como maremotos, terremotos, ora devido aos ataques entre nações, onde podemos apontar neste caso as cidades que sofre-ram sérios ataques durante a II Guerra Mundial, resultando em um tecido total-mente destruído e importantes conjuntos edilícios arrasados. Diferentemente das propostas do Movi-mento Moderno, onde personagens como Le Corbusier, Ebenezer Howard ou Archi-gram, onde suas “utopias urbanas” pouco se implantaram. O Urbanismo Contem-porâneo possui a preocupação de com-preender a cidade como um “conjunto de dados e elementos urbanos” que devem se articular com o tecido existente e a ci-dade consolidada. Este reencontro com a cidade existente e a necessidade de reconstruir o tecido destruído e, ao mesmo tempo, desatua-lizado tecnologicamente e em suas infra-estruturas urbanas, possibilitou experiên-cias inéditas e instigantes, resultando em Projetos Urbanos que abriram a discussão em diversos países, inicialmente na Euro-pa, mais tarde nas Américas e Ásia. As estratégias utilizadas foram diversas podendo neste momento classificarmos em duas formas: o esvaziamento dos centros históricos e a migração habitacio-nal para bairros residenciais, marcados pela “regeneração” através da mudança de sua “vocação” com a implantação de sedes corporativas, parques tecnológicos

e a remodelação do patrimônio históri-co (habitação, cultura); e a aposta de imaginar estas áreas como “centro cul-tural urbano”, sublinhando a criatividade, lazer e de alta renda de consumo. Tal fato podemos confirmar com o Projeto Urbano para o Bairro de Beaubourg, no 3º distrito de Paris, que se tem como elemento chave a construção do Centro Cultural George Pompidou, projeto dos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers, responsável pela regeneração de todo um distrito localizado junto ao primeiro anel da capital francesa. De fato, as cidades européias foram os pioneiros em rediscutir as estratégias e o modo de intervir sobre a cidade existente e nisto, Barcelona, capital da Catalunha espanhola, implementou experiências di-versas sobre o tecido existente, tanto no “Bairro Gótico” como sobre o “Ensanche de Cerdà”. Sob o comendo de Oriol Bohi-gas a municipalidade de Barcelona colo-cou em prática o que o próprio urbanis-ta intitulou “Acupuntura Urbana”, num esforço conjunto de atuar sobre todo o território barcelonês através de Projetos Urbanos Pontuais articulados entre si. Sem dúvida, até hoje Barcelona é con-siderada como “referência urbana” para diversos projetos e estratégias urbanas e de gestão sobre as cidades. Neste sen-tido, os projetos para as Olimpíadas de Barcelona 92 possibilitaram a cidade se “redescobrir” como “Cidade Global” e reforçar sua posição junto as cidades espanholas, em especial com a desco-berta da cidade como pólo de turismo.

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O Urbanismo Contemporâneo possui a preocupação de compreender a cidade

como um “conjunto de dados e elementos urbanos” que devem se articular com o tecido existente e a cidade consolidada.

Grandes Projetos Urbanos e a Cidade Contemporânea

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Os Projetos Urbanos para as Olimpíadas demonstraram-se um sucesso em articu-lar os “eventos” em todo o território e re-generando áreas subutilizadas e degrada-das ao longo dos anos, além possibilitar o reencontro da cidade com o mar, tanto o habitante como os turistas descobrem as praias como mais um “elemento urbano” da cidade. A possibilidade de regenerar trechos da cidade a partir dos Grandes Eventos abriu a disputa mais acirrada das cidades-sedes em busca desta estratégia. Não somente os Jogos Olímpicos como a Copa Mundial se tornaram instrumentos de transformação urbana e a “esperança” de requalificação urbana para as cidades. Prova disto temos recentemente cidades como Pequim - China, em 2008 e a Copa do Mundo em 2010 em diversas cidades

da África do Sul foram palco não somente da transformação urbana mas a possibi-lidade demonstrar a cultura de seu país. As Grandes Exposições Mundiais também são utilizados como ferramentas para requalificar trechos da cidade e, na medi-da do possível, rever sua vocação urbana, econômica, social ou cultural. Já esta es-tratégia podemos dizer que não é inédita, tão pouco recente, no inicio do século XX, a Feira Mundial de 1900, realizada em Paris, foi uma celebração para a virada do século, e atraindo mais de 50 milhões de visitantes, uma das exposições de maior sucesso do mundo. Seu legado foi a cons-trução de diversas obras como: o Grand Palais, Petite Palais, Gare D’Orsay e Pont Alexandre III. Porém, seu maior legado foi o que hoje conhecemos como o sím-bolo da França, a Torre Eifel.

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EXPO’98 Lisboa EXPO Zaragoza 2008

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Recentemente outros países adotaram esta estratégia, como a Exposição In-ternacional de Lisboa – EXPO’98 em comemoração aos 500 anos dos Desco-brimentos portugueses, que requalificou a antiga zona portuária junto ao rio Tejo. Dez anos após, Zaragoza, Capital Autôno-ma de Aragón e quinta cidade espanhola em população, abrigou a Expo Zaragoza 2008, dedicada a água e o desenvolvi-mento sustentável; possibilitando a cria-ção de uma “nova centralidade” para a cidade junto ao rio Elbro e garantindo melhor acessibilidade entre a cidade, Bil-bao a norte e Barcelona a sul através de um novo eixo ferroviário de alta veloci-dade. A forma com que os Grandes Proje-tos Urbanos foram sendo colocados em pratica em diversos países, ao mesmo tempo era possível medir seus resulta-dos e reflexos sobre o tecido da cidade, o retorno econômico e principalmente sua real utilização e abstração como novo cenário urbano para a cidade. É certo que a II Guerra Mundial “produziu” com vasto campo para as experiências do que José Garcia Lamas chama de Novo Urba-nismo. Projetos como Portsdamer Platz em Berlim, proposta do arquiteto Renzo Piano que tinha como objetivo recon-figurar parte do tecido urbano destruído durante a guerra e tornar-se símbolo da “Nova Alemanha” após a queda do muro em 1989. Além de Potsdamer, Daimler-Chrysler, Sony Center, Centro Beisheim e edifícios adjacentes, Parque Kolonnaden, Leipziger Platz, entre outros colocaram

um conjunto de importantes arquitetos e urbanistas a redesenhar a nova capital alemã e possibilitar ao mundo conhecer a Berlim pós-queda do muro. Assim como a Alemanha, o Japão so-freu grandes ataques, resultando numa alta taxa de mortes de civis por conta dos fortes ataques aéreos a este arqui-pélago junto ao Oceano Pacifico, resul-tando numa grande devastação da ci-dade e seu tecido urbano. Os planos e propostas para a Revitalização de Kobe se cumprem na função de “reerguer” uma cidade, e um país, após uma seqüência de catástrofes humanas e naturais que arrasaram não somente o estado físico das cidades, mas toda uma população que vivia nestes territórios urbanos. Do ponto de vista das ações físicas que se propunha no plano, se pretendia à longo prazo, melhorar a infra estrutura da zona portuária, com a construção do Aeroporto Internacional de Kobe e as novas redes de transporte, assim como megaprojetos de cunho terciário e seu posicionamento global: parques tecnológicos e científicos, complexos industriais e grandes focos de comércio, principalmente na área próxi-mo a Rokko Island. Por outro lado, os Grandes Projetos Urba-nos podem causar impactos inesperados sobre a economia de uma área ou região. Apesar dos objetivos dos projetos esta-rem sempre relacionados a requalificação, reurbanização, regeneração, reabilitação, ou tantas outras “denominações” que possa se dar em busca de um “retorno” ao que se tinha no passado sobre aquela

Grandes Projetos Urbanos e a Cidade Contemporânea

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área, muitas vezes tendo como estratégia central a mudança da vocação daquele objeto de intervenção, alguns projetos provocaram o que conhecemos hoje como “Gentrificação”, no qual podemos apontar como “o processo de expulsão de determinada classe social a partir da qualificação urbana de uma região”, este processo pôde ser notado mais significa-tivamente com os Projetos para Dock-lands de Londres, que apesar de todo o sucesso urbanístico com a reconstrução e a remodelação de toda região dos an-tigas docas da capital inglesa, a atração de importantes multinacionais para esta região, este efeito causou a “expulsão” de um grande número de antigos mora-dores e usuários desta área em função do aumento dos custos de vida desta nova região da cidade.

Os países americanos também passaram por um processo de “deterioração ur-bana”, porém neste caso, fruto do aban-dono de áreas inteiras devido às transfor-mações tecnológicas e os novos sistemas econômicos e financeiros mundiais. Em sua maioria, as cidades portuárias foram as que mais se degradaram devido a este fator mundial de transformação econômi-ca, como Nova Iorque, Santos e Buenos Aires, tendo este última apresentado soluções de intervenção urbana com re-sultados positivos e chegando um Projeto Urbano de grande qualidade para o de-senho da capital portenha. Porto Madero hoje é considerado um dos bairros mais modernos da cidade e o centro financeiro da mesma, com menos de duas déca-das os projetos de renovação urbana os diques e antigos armazéns se transforma-ram em usos diversos como bares, res-

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Grandes Projetos Urbanos e a Cidade Contemporânea

Porto Madero, Buenos Aires

Vista da orla marítima de Barcelona

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Elvis Vieira

ampliando seu estoque construtivo e a geração de empregos nestas regiões. Atualmente o tema dos Grandes Projetos Urbanos vem sendo mais difundido nos países latinos e com resultados satis-fatórios aos anseios das administrações públicas e aceite de seus usuários. Chile, Equador, Venezuela, Colômbia entre ou-tros discutem a regeneração de seu teci-do urbano em função das desigualdades sociais e o crescimento desordenado ao longo de décadas. Destes países, alguns projetos se destacam em suas estratégias utilizadas como Guayaquil no Equador no Projeto Urbano intitulado Malécon 2000, responsável pela regeneração da orla junto ao rio Guayas numa ação conjunto entre o poder público e privado atraindo novos investimentos para a cidade e am-pliando a dinâmica urbana nesta região próxima ao centro histórico. Utilizando de outras estratégias, Medellín na Colômbia, um conjunto de Projetos Arquitetônicos e Urbanos tem se demonstrado eficientes na requalificação urbana de áreas estrita-

taurantes e universidades permanecendo como patrimônio da cidade, enquanto que junto a Reserva Natural “Costanera Sur”, os maiores arranha-céus argentinos são elevados a todo o momento, rede-senhando o skyline de Buenos Aires e dando a este bairro uma nova vocação urbana para a cidade. Em São Paulo, as Operações Urbanas trataram de “ajustar” as desigualdades urbanas causadas ao longo dos anos, buscando alcançar transformações ur-banísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental. Diversas ex-periências formam colocadas em prática nas últimas décadas alcançando bons resultados na requalificação urbana e redesenho de trechos da cidade com dé-ficit em infraestrutura urbana. Operações como do Centro Histórico possibilitaram reabilitar atividades financeiras e serviços públicos numa região já provida de in-fraestrutura, enquanto que as Operações Urbanas Água Branca, Faria Lima e Água Espraiada tinham como objetivo consoli-dar novas centralidades para São Paulo

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Grandes Projetos Urbanos e a Cidade Contemporânea

mente degradadas urbana e socialmente, resultado do crescimento desordenado e do alto índice de criminalidade resul-tante dos Cartéis Colombianos. Articu-lados a projetos como Parque Biblioteca Espanha, Parque Explora, Equipamentos de Educação, Saúde e Segurança, que se interligam através de um sistema de transporte existente integrado ao “alter-nativo” Metrocable, ampliando a acessibi-lidade por todas as áreas de intervenção da cidade. No mais, esta coluna tratará do “Pa-norama dos Grandes Projetos Urbanos Contemporâneos”, suas propostas, es-tratégias e resultados alcançados em sua aplicabilidade, com uma visão restrita à Construção de Novos Cenários Urbanos sobre estes tecidos ora degradados, ora em transformação, no qual a morfolo-gia urbana das cidades passa por um processo de mutação. As experiências apresentadas no futuro não buscarão criar uma ordem cronológica, tão pouco uma coletânea de Projetos Urbanos, mas

possibilitará ao leitor situar-se sobre a “Produção do Urbanismo Contemporâ-neo”. Poderíamos neste momento elencar uma infinidade de Grandes Projetos ou Mega-projetos que tem por princípio uma gama de objetivos e estratégias. Cidades co-nhecidas por nós ou nem tanto, escalas de intervenção metropolitanas ou pequenas ações pontuais num gesto gentil ao ser humano e sua cidade; projetos audacio-sos ou ate mesmo utópicos, se é que hoje podemos considerar que algo não seja possível realizar após o “efeito” Dubai, o que nos interessa agora, é abrir um canal de conhecimento e discussão sobre o que e como estamos tratando nossas cidades, como usufruímos e o que ela nos tem a oferecer? Quanto aos Grandes Projetos Urbanos, nos deteremos a cada número desta revista, que deverá cumprir sua missão de “enriquecer o repertório, o questionamento e a apreciação” no qual se está produzindo atualmente.

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de Groene LoperMaastricht, Holanda

West 8 e Humblé Architecten

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de Groene Loper

Ao cruzar Maastricht pela autoestra-da A2 nem se percebe que esta é a principal ligação rodoviária da cidade com o norte do país, onde estão lo-calizados Utrecht e Amsterdã. A falta de hierarquia entre a via de trânsito rápido e a via arterial pode ser per-cebida nos seus cruzamentos com as ruas Professor Cobbenhagenstraat e Scharnerweg, feitos com semáforos, além da proximidade com áreas resi-denciais, representando uma forte ruptura dentro da área urbanizada.Até 2016, a cidade de aproximada-mente 118 mil habitantes receberá uma modificação completa em sua estrutura rodoviária nas proximi-dades da autoestrada com o projeto “de Groene Loper”, termo holandês para “Tapete Verde”. O projeto foi eleito vencedor no concurso rea-lizado pela cidade de Maastricht e idealizado pelo consórcio Avenue2, composto pelas firmas West8, Hum-blé Architecten, Arcadis, 4cast, dgmr, Imtech, Peek Traffic, Fakton, Made by Mistake e Bex communicatie.

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de Groene Loper

O projeto consiste em eliminar a di-visão existente na cidade e diminuir o impacto da poluição e ruídos gera-dos pelo trânsito da autoestrada, criando um parque linear de 2,3 km para pedestres e ciclistas. A solução encontrada –enterrar a via– não se difere totalmente das já adotadas em algumas cidades, mas apresenta um diferencial: não será somente enterrada a autoestrada, mas tam-bém as vias coletoras.Para tal, será utilizado um túnel construído em duas camadas, am-bas com 4 faixas e separação entre as direções. A camada inferior será destinada à A2, de tráfego pesado, e a superior, aos automóveis que tran-sitam dentro de Maastricht.Para conter a especulação imobi-liária ao redor da “Park Avenue”, que conterá boulevard com mais de 2 mil árvores do gênero Tília e duas pistas para o trânsito local, a prefeitura res-tringiu a construção apenas de casas e comércio.

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O site World Architecture Community é aberto a todas as pessoas interessadas em arquitetura.Possui amplo material que abrange desde teoria a pro-jetos, e realiza, de forma aberta aos participantes, o WA Awards 20+10+X, um concurso mundial de projetos realizado em ciclos. Para participar é muito fácil: basta fazer o registro e enviar seus projetos - construídos ou não. Ao término, você estará automaticamente partici-pando do concurso.

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WA Awards 20+10+X

Desenho Conceitual para Arquitetura de Mesquita

WA Awards 20+10+X 8th Cicle

Autor do projeto: Manço Archi-tectsLocal: TurquiaAno: 2010Tipo: Religioso

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Escola Primária de Pon-zano

WA Awards 20+10+X 7th Cicle

Autor do projeto: C+S AssociatiLocal: ItáliaAno: 2008-2010Tipo: Educacional

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WA Awards 20+10+X

Centro de Comércio das Indústrias Nacionais do Irã

WA Awards 20+10+X 2nd Cicle

Autor do projeto: Ali KhiabanianLocal: IrãAno: 2007Tipo: Misto

Foto

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Musée des Confluences

WA Awards 20+10+X 1th Cicle

Autor do projeto: Coop Himmelb(l)auLocal: FrançaAno: 2001Tipo: Museu

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WA Awards 20+10+X

Centro Para Pessoas Com Doença De Alzheimer Em Benavente

WA Awards 20+10+X 8th Cicle

Autor do projeto: juanes + rubio arquitectosLocal: EspanhaAno: 2010Tipo: Hospitalar

Imag

em:

Isoc

hrom

.com

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em:

Isoc

hrom

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envie projetos, projetos de estudantes, desenhos, artigos, fotografias para a

Contemporaneu.

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projetos

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Passarela ZapallarEnrique Browne y Arquitectos Asociados

Zapallar, ChileFotos: Enrique Browne e Cristián Hrdalo

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Passarela Zapallar

Ao norte de Valparaiso e a 169 quilô-metros de Santiago, está a pequena Zapallar, balneário tradicional da costa central do Chile. O acesso a ela é a Ruta F-30-E, uma rodovia que une vários vilarejos, de tráfego intenso e repleta de curvas. o que torna a sua travessia um perigoso evento. A existência de um novo complexo ha-bitacional do lado leste da via impôs a necessidade de se oferecer uma travessia segura da área em questão em direção ao Oceano Pacífico.A solução ficou a cargo do escritório do prestigiado arquiteto Enrique Browne, que projetou esta interes-sante passarela permitindo não so-mente o acesso de pedestres, mas também a transmissão de energia e o abastecimento de água.O aspecto geral da passarela, por si

só, dá margem a algumas interpre-tações acerca da existência de um elemento que tenha servido de ins-piração para sua forma. O próprio escritório apresenta cinco delas e as apresenta como metáforas: espinha de peixe, coroa de rainha, um barco a remo, a viga vierendeel e um por-tal de entrada de uma pequena ci-dade alemã. Destas, pelo menos as três últimas escapam de uma relação meramente formal.Barco a remo – há uma analagia entre a estrutura de um barco, porém, no caso da ponte, o arco é invertido e formado no sentido longitudinal a fim de reduzir as deformações. A viga-mestra na parte inferior resiste à ten-são de flexão e o conjunto composto de mais duas vigas secundárias, reduz as deformações.

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Viga Vierendeel – é um sistema cons-trutivo criado em 1896 pelo enge-nheiro belga Jules Arthur Vierendeel [1852-1940] formado por barras paralelas que se encontram em nós rígidos. Diferentemente das treliças, dispensam a formação triangular dos banzos, permitindo uso mais amplo dos vãos da estrutura. Nas treliças, além disso, os nós são articulados.

Projeto: 2006Término da Obra: 2008Área construída: 48 m2

Arquiteto: Enrique Browne C.Arquitetos Colaboradores: Rodrigo Rojas, Davor Pavlovic, Baltazar Sánchez and Tomás SwettEng. Estrutural: Alfonso LarraínIluminação: Paulina SirConstrutor: Besalco S.A

48 m2

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A passarela em Zapallar se utiliza de uma solução com o mesmo conceito, por opção estética e liberando a vista dos transeuntes, além de favorecer a passagem dos dutos internos à pas-sarela, localizados entre o piso e a viga-mestra, sendo escondidos pelos quadros laterais de madeira.Portal de entrada – a cidade não a-trai o viajante sem destino, não há um marco formal da cidade pela es-trada, por ser composta de vilarejos, por estar entre montanhas e por não ter uma vista de sua totalidade ao se trafegar pela sinuosa Ruta F-30-E. Um portal de entrada cumpre esta função.O resultado é uma simples e autên-tica obra de arte e técnica. Por moti-vos alheios ao arquiteto, a ponte foi deslocada em 50 metros e as rampas de acesso não foram executadas de acordo com o projeto. Parte da e-xecução e montagem da ponte, em madeira laminada sobre fundações de concreto, foi feita em Santiago e transportada por terra para Zapallar, onde foi finalizada. Já sobre a rodo-via, foram instalados a tela metálica [item de segurança obrigatório], os corrimãos e as mangueiras luminosas de led sob eles. A madeira e as peças metálicas foram preservados em suas cores naturais.

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Passarela Zapallar

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Planta Baixa

48 m2

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Passarela Zapallar

Corte Longitudinal

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Casa PCaramel architekten

Klosterneuburg, ÁustriaFotos: Hertha Hurnaus

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Casa P

Como em uma escultura de pedra, o processo projetual aqui se faz pela subtração. De um bloco comprido co-locado sobre o terreno, da rua em di-reção ao vale, são retirados alguns ele-mentos para “descobrir” a forma final. A casa, não de pedra, mas de placas de concreto pré-moldado, fica em Kloster-neuburg, um município fundado por Carlos Magno localizado às margens do rio Danúbio. De pouco mais de 24 mil habitantes, é um subúrbio industrial da capital Viena que conserva um impor-tante monastério e vê brotar em seu território uma quantidade razoável de novas arquiteturas, sobretudo residen-ciais, das quais a Casa P é um exemplo de qualidade.

Projeto: 2005-2007Término da Obra: 2008

Área construída: 170 m2

Área do terreno: 800 m2

Arquitetura: Caramel architekten zt gmbhEng. Estrutural: Werkraum Wien

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Casa P

De autoria do escritório austríaco Cara-mel [ver outro projeto na Contempo-raneu #3, página 108], está no alto de uma encosta, sobre um terreno de 800m2. A entrada é feita pelo pavimento superior, onde é estabelecido um eixo que atravessa lateralmente a garagem, um terraço, a sala de jantar, a cozinha, o lavabo e chega, ao fundo, à sala. Esta última é amplamente envidraçada, cuja transparência favorece a vista para o vale, abarcando três dimensões: duas paredes e parte do teto. Escamas na parede oeste do mesmo eixo convidam o olhar no sentido norte, por onde não entra sol direto. Tais saliências evitam também a monotonia desta fachada, já que, pela proximidade com a casa viz-inha, optou-se pela privacidade de uma face com poucas aberturas. As janelas se concentram nas orientações norte e sul por razões de insolação e, com certos cuidados, também na fachada oeste, pelo contato com a piscina e o gramado.

Perpendiculares ao sentido do com-primento da casa, estão duas escadas: uma externa, que liga o terraço desco-berto ao recinto da piscina e outra in-terna e central, que acessa os cômodos inferiores - ateliê, quarto dos pais [com banheira e pia] e do filho, o ateliê, o banheiro e a sauna. Paralela às esca-das está a piscina, que se relaciona di-retamente com a parte mais recortada da casa, como se a piscina fosse mais um dos elementos extraídos do corpo da edificação. Desta vez, porém, uma subtração deixada ali ao lado.Finalizada em 2008, a Casa P tem 150m2 de área construída.

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170 m2

implantação

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Casa P

Planta Baixa Pavimento Térreo

Planta Baixa Primeiro Pavimento

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170 m2

Fachada Oeste

Fachada Leste

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Casa P

Corte Longitudinal

Cortes Transversais

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Rural Mat

Um conjunto residencial no qual se evitou um andar tipo, questionando e buscando a singularidade do habi-tar e as interfaces entre condições sociais, espaço urbano e fantasia. Bem ao gosto do autor, aliás. Hrvoje Njiric, fundador do Njiric + Arhitekti, é avesso à especialização dentro da arquitetura [hospitalar, residencial etc.] e procura manter o controle sobre a produção projetual em prol da qualidade, com poucas obras de cada vez e uma equipe enxuta, que conta, a depender do projeto, com colaboradores artistas, engenheiros ambientais e paisagistas.O conjunto Rural Mat, de 2007, é baseado na crítica da produção ex-cessiva de habitações do pós-guerra da Croácia, ex-república iugoslava – pouco substanciais e carentes de subversão tipológica. Cada unidade do Rural Mat tem duas habitações, sempre uma ao térreo ou sob o nível da rua e a outra ocupando os dois andares superiores. Os lotes, dis-tribuídos ao redor de uma rua inter-na em T, foram assim divididos aten-dendo a uma área mínima de 600m2 e em cada um estão 2 unidades, ou 4 habitações. São localizados em Markusever, ao norte de Zagreb.

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3500 m2

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Rural Mat

O projeto partiu de uma encomenda de um cliente russo, que solicitou ao escritório uma solução residencial voltada para um público de classe média. A resposta veio na forma deste refinado e, ao mesmo tempo, sóbrio conjunto, com um atraente jogo de espaços e improváveis soluções. As garagens, por exem-plo, são fechadas mas descobertas e permitem a permeabilidade do solo. As entradas, através de pátios ou de escadas externas e as abertu-ras desencontradas fogem do óbvio. A escala da numeração das casas enfatiza o coletivo, tanto quanto a opção pela geminação. Os aparta-mentos são amplos: no térreo, são mais introspectivos e voltados para pátios denotando preocupação com a privacidade, nos andares superi-ores, as grandes varandas conferem a sensação de estar em uma casa. Nota-se aqui um esforço para man-ter a individualidade dentro de certa exaltação do coletivo. Há também uma harmoniosa con-jugação das fachadas: a madeira nas faces mais internas e superiores trazendo o aconchego e a funciona-lidade do alumínio como proteção às intempéries nas faces frontais.

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3500 m2

Implantação

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Rural Mat

Planta Baixa Pavimento Térreo - Bloco AJ

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3500 m2

Projeto: 2001-2004Início da Obra: 2006Término da Obra: 2008Área construída: 3500 m2

Arquitetura: njiric+ arhitektiEquipe de projeto: Hrvoje Njiric, Helena Sterpin, David Kabalin, Vedran Skopac, Davor Busnja, Igor Ekstajn, Ljiljana Gasi, Tena ZicEng. Estrutural: G&F d.o.o., Eugen GajsakEng. Eletricista: Grid d.o.o.Eng. Hidráulico: HIT Projekt d.o.o.Eng. Térmica: SM Inzenjering d.o.o.

Corte Transversal - Bloco CJ

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Rural Mat

Corte Transversal - Bloco BJ

Corte Longitudinal - Bloco BJ

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Creche e Escola Primária em ViimsiArhitektibüroo Emil Urbel

Viimsi, EstôniaFotos: Indrek Erm

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6291 m2

É na capital Tallinn, Estônia, que o arquiteto Emil Urbel comanda seu escritório desde o ano 2000. Ele e mais sete arquitetos dedicam-se es-sencialmente a prédios públicos e muitas residências particulares.Este complexo escolar é localizado em uma área de expansão recente da cidade e, lado a lado com outros edifícios públicos, compõe uma filei-ra edificada estritamente separada da cidade por uma estrada local. O

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Creche e Escola Primária em Viimsi

partido da escola infantil e jardim de infância, em Viimsi, ao norte de Tal-linn, é bem claro: três funções es-pecíficas em três blocos independen-tes, dispostos de maneira a criar um amplo e retangular pátio de entrada do conjunto.De frente para a entrada, ou seja, à leste do patio, está a escola infan-til. Um prédio compacto de blocos de concreto que abriga salas de aula voltadas ao sul e salas de uso comum, como o auditório, e de ad-ministração, voltadas ao norte. Um átrio central fica sob uma claraboia, que ilumina os espaços de circulação. São, além do térreo, dois pavimentos superiores e mais um no subsolo.Ao norte do pátio, o ginásio. Tam-bém de forma simples e retangular, é um pouco menor que o bloco da escola infantil. Possui dois pavimen-tos e as fachadas são em ripas de madeira pintadas de branco. Mes-mo acabamento, alias, do bloco do jardim de infância. Este, um edifí-cio predominantemente térreo e de maior complexidade espacial, loca-lizado ao sul do terreno.Sua disposição interna, devido às demandas de insolação e logísitica, repete a mesma solução da escola infantil, ou seja, salas de uso coletivo

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Creche e Escola Primária em Viimsi

e administração ao norte e seis uni-dades de aulas ao sul. Há, entretan-to, três pátios conectando estas uni-dades, de duas em duas, conferindo entradas independents à salas e pos-sibilidades de interação direta entre as turmas de alunos e também com o exterior.No perímetro do grande pátio de entrada há uma cobertura que liga o portão do complexo às entradas principais de cada bloco, permitindo proteção às intempéries no desloca-mento e servindo de beirais para as próprias edificações. Sob ela tam-bém está o bicicletário. Considerando-se a sabida influência da organização do espaço sobre o comportamento dentro do espaço de aprendizado, o projeto, tratado como elemento constitutivo da atividade educativa, no todo, é equilibrado e serve de pano de fundo para as inte-rações, imprevistos e relações diver-sas. Notam-se privilegiados o confor-to ambiental, a simplicidade formal e de acabamentos, a sensação de segurança e certa imponência, uma formalidade dentro do universo das instituições públicas de ensino em geral.

Projeto: 2008-2009Término da Obra: 2009

Área construída: 6291 m2

Área do terreno: 51686 m2

Arquitetos: Emil Urbel, Indrek ErmInterior: Taso Mähar, Ines Haak

Eng. Estrutural: PCC Projekt AS, AS KolmosConstrutor: AS Merko Ehitus

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6291 m2

Implantação

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Creche e Escola Primária em Viimsi

Planta Baixa Subsolo

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6291 m2

Planta Baixa Pavimento Térreo

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Creche e Escola Primária em Viimsi

Planta Baixa Primeiro Pavimento

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6291 m2

Corte Transversal

Corte Longitudinal

Corte Longitudinal

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Creche e Escola Primária em Viimsi

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Escola Secundária Thor HeyerdahlSchmidt Hammer Lassen Architects

Larvik, NoruegaFotos: Jiri Havran

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Escola Secundária Thor Heyerdahl

A intenção era gerar uma similitude entre a instituição e a pessoa cujo nome a batizou. Em outras palavras, que o espaço físico do estabelecimen-to escolar honrasse o espírito do fa-moso explorador, geógrafo e zoólogo norueguês Thor Heyerdahl. Falecido em 2002, ele foi o responsável pela conhecida expedição Kon-Tiki [1937], que, diante de suas observações so-bre a cultura, a fauna e a flora locais, tinha a finalidade de comprovar a teo-ria de que o povoamento da Polinésia teria sido através do Pacífico –Costa Oeste da América– e não do sul da Ásia, de acordo com a versão oficial. Quatro eixos conceituais e simbólicos [vann/água, luft/ar, jord/terra e ild/fogo] foram, então, estabelecidos no projeto arquitetônico dando ensejo a exploração acadêmica, incremento da atividade transdisciplinar, partilha de conhecimentos e interação social.De autoria do Schmidt Hammer Las-sen Architects, o Thor Heyerdahl Col-lege, primeiro prêmio de uma com-petição internacional de 2005, é um dentre os mais de vinte projetos de edificações educacionais espalhadas por Dinamarca, incluindo o território da Groenlândia, Noruega, Reino Unido e Alemanha, projetados pela equipe desde 1998.

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28000 m2

A disposição do prédio principal é ver-tical e feita em camadas sobrepostas que são giradas em 180 graus e leve-mente deslocadas a cada pavimento. Para entender melhor essa opção, veja o vídeo, na própria página do escritório. São conformados, a partir disso, além de terraços periféricos e conexão visual entre pavimentos, espaços com pé-di-reito simples para atividades conven-cionais de ensino e oficinas e pé-direito duplo nas áreas de atividades comuns, como biblioteca, cantina e auditório. Tudo ao redor de um espaço que se alarga em direção ao teto, em uma aproximação direta com a luz natural. A agitação e o barulho, provenientes das reuniões informais e da circulação, concentram-se no centro e são diluídos em direção à periferia do edifício, onde o silêncio e o maior isolamento perme-iam as atividades de estudo e concen-tração.O conjunto abarca também uma arena esportiva para 4 mil espectadores, des-tinada a aulas e aos treinos do time lo-cal de handebol, além da eventual uti-lização para concertos e outros eventos culturais, reforçando desta forma os laços de comunhão entre a população estudantil e a comunidade em geral.A instituição fica em Larvik, no condado de Vestfold, ao sul da Noruega, tendo sido construída entre 2007 e 2009 para um total de 1.650 alunos.

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28000 m2

Implantação

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Escola Secundária Thor Heyerdahl

Planta Baixa Pavimento Térreo

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28000 m2

Planta Baixa Primeiro Pavimento

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Escola Secundária Thor Heyerdahl

Planta Baixa Segundo Pavimento

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28000 m2

Planta Baixa Terceiro Pavimento

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Escola Secundária Thor Heyerdahl

Planta Baixa Quarto Pavimento

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28000 m2

Corte Longitudinal

Fachada Leste

Fachada Sul

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Escola Secundária Thor Heyerdahl

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interior

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Loja Disco

A composição de móveis por módu-los é uma técnica dinfundida desde 1932, quando o arquiteto belga Louis Herman De Koninck criou a cozinha Cubex. Desde então, este processo pode ser visto em projetos de Eames, George Nelson, Joe Colombo, e, re-centemente, no mobiliário de Gaeta-no Pesce e Ron Arad.A modulação significa a padronização de componentes que constroem o elemento –arquitetônico, mobiliário etc–, permitindo criar diferentes for-mas com as unidades, que não pre-cisam, necessariamente, ser iguais.As intenções de expansão da Loja Disco a partir da abertura de filiais, criou a necessidade de uma identi-dade visual para a loja que pudesse ser reproduzida em diferentes confi-gurações de espaço, sendo flexível e, ao mesmo tempo, que atendesse às diversas funções presentes. Assim, o escritório gaúcho RGS Arquitetura concebeu um espaço formado por grelhas modulares de 60 cm x 60 cm x 60 cm. Ora abertas, ora fechadas, estas grelhas abrigam diferentes fun-ções como exposição de produtos, manequins, provadores, iluminação e sonorização. Este elemento princi-pal garante rápida modificação sem a utilização de muitos materiais.

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interior

Sua estrutura em tubos de alumínio de seção quadrada, presente tanto na parte externa quanto interna da loja, recebe chapa melamínica 9 mm branca com spots, autofalante, ar condicionado ou adesivos, e também chapas de acrílico fosco de 8 mm para iluminação. Nos pontos em que há exposição de produtos, a estru-tura é recuada e recebe cremalhei-ras e prateleiras em vidro temperado 10mm. Os provadores são feitos em MDF com pintura laca PU texturizada e possui fechamento em cortina Rolô Blackout com acionamento interno.No centro da loja existem pufes re-vestidos em courino branco e exposi-tores em MDF, que podem ser recon-figurados permitindo eventos, tais como desfiles, festas, apresentações.

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interior

Planta Baixa

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Loja Disco

Projeto: 2010Término da Obra: 2010

Área construída: 125 m2

Arquitetos: Genoveva Ost Scherer e Roberto Passos Nehme

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interior

01 - Caixa em melamina branca 9mm para iluminação02 - Fechamentos em chapa melamínica 9mm branca03 - Recúo na estrutura pra ex-posição de produtos04 - Recúo na estrutura pra ex-posição de manequins05 - Provadores06 - Tirantes chumbados na laje sustentando forro de estrutura em alumínio07 - Fechamento em chapa de aço gavanizado 1.5mm perfurada

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Loja Disco

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interior

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Loja Disco

01 - Caixa em melamina branca 9mm para iluminação02 - Fechamentos em chapa melamínica 9mm branca03 - Recúo na estrutura pra ex-posição de produtos04 - Recúo na estrutura pra ex-posição de manequins05 - Provadores06 - Tirantes chumbados na laje sustentando forro de estrutura em alumínio

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projetos de estudantes

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projetos de estudantes

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Nome: Arnaldo Souza Pintoemail: [email protected]: issuu.com/chaib.souzapintoCidade: São Paulo - SP

Disciplina: TFGPeríodo: 10o

Instituição de ensino: Centro Universitário Belas Artes de São PauloProfessor: Ivanir Abreu

Revendo o Morar e Trabalhar na Metrópole Contemporânea: Um Exercício na Av. Paulista

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Arnaldo Souza Pinto

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projetos de estudantes

Implantado na porção sudoeste do terreno, este edifício trata da condição da vida urbana, remeten-do tanto seus corredores a vilas, pátios, praças, quanto seus apar-tamentos a casas. Na parte infe-rior, concentra funções voltadas ao público, com áreas comerciais e o Museu dos Matarazzo, sobrenome da tradicional família dos antigos donos da propriedade sobre a qual está situado o projeto.Ainda no terreno, pode ser visto o bosque, com acesso pela Avenida Paulista, devolvendo a característi-ca do início do século passado dos casarões amplamente arborizados.Sua grande dimensão é dissolvida em suas funções: praças com pé di-

reito de 4 andares, abertas e arbori-zadas, áreas de lazer e residências. Estas conformam a “área privada”, nos pavimentos superiores, desti-nada aos moradores.O subsolo é reservado aos 3 an-dares de estacionamento, acessa-dos por escadas e elevadores que conduzem os moradores a todos os pavimentos deste edifício. Mas não se trata de um sistema de paradas de elevadores comumente visto em edifícios residenciais. Em todo o deslocamento vertical há apenas 14 paradas -3 para estacionamentos, 2 para térreo e primeiro pavimento e outras 9 para as “vilas”, como o au-tor classifica cada bloco de aparta-mentos/casas.

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Arnaldo Souza Pinto

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Arnaldo Souza Pinto

Cortes Ampliados

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Arnaldo Souza Pinto

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Fachada Lateral

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Arnaldo Souza Pinto

Fachada Frontal

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Nome: Maciel Barreiraemail: [email protected]: PortfólioCidade: Covilhã - Portugal

Disciplina: Projecto IVPeríodo: 7o /8o

Instituição de ensino: Universi-dade da Beira Interior - Covilhã - Por-tugal

Faculdade de Arquitectura

projetos de estudantes

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Maciel Barreira

O terreno eleito, encontra-se lo-calizado na antiga zona industrial da cidade da Covilhã, esquecida e deixada de lado na atualidade. En-riquecido por uma forte paisagem natural, rodeado pela serra e inseri-do num vale com uma pendência onde corre a Ribeira da Carpinteira, este é sem dúvida um espaço de encontro do Homem, da Arquite-tura e da Natureza. Três elementos essências para o desenvolvimento deste projeto.

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projetos de estudantes

Esta faculdade de Arquitetura é um aglomerado de três volumes de linhas sóbrias que assentam no terreno de modo a não alterarem a topografia existente, estando des-ta forma apoiados em pilares que se cruzam visualmente entre si criando dinamismo e proximidade à figura dos troncos das árvores (aproxima-ção à natureza). Apenas o bloco A formado pela cantina/bar e serviços administrativos foi adaptado de um edifício já existente de modo

a manter a sua fachada com uma forte marca de aberturas com uma proporção constante entre elas.Esta proporção assim como as me-didas deste edifício é que deram ori-gem ao restante projecto formado pelo bloco B (destinado às salas de aula, gabinetes, auditórios e salas polivalentes) e o bloco C (destinado à biblioteca e ateliers).

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Maciel Barreira

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Maciel Barreira

O projeto desenvolve-se em volta do conceito já referido assim como de materiais marcantes na região como a pedra de granito -aplicada em elementos exteriores de união dos blocos- e a madeira -colocada somente em alguns locais de modo a enriquecer e marcar certos pontos do projeto. De resto todo o projeto é assinalado pela simplicidade da cor branca e da presença de fortes vãos em vidro de modo a aproveitar ao máximo a luz natural, assim como de espaços verdes e de convívio dos alunos.

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projetos de estudantes

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Maciel Barreira

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Planta Baixa Bloco A Pavimento Térreo

Planta Baixa Bloco A Pavimento Térreo

Planta Baixa Bloco A Segundo Pavimento

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Maciel Barreira

Esquema Topografia

Planta Baixa Bloco C Pavimento Térreo

Planta Baixa Bloco C Primeiro Pavimento

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Planta Baixa Bloco B Pavimento Térreo

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Maciel Barreira

Planta Baixa Bloco B Primeiro Pavimento

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projeto de concurso

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projeto de concurso

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Museu de Moda na Rua Omotesando2RAM

Tóquio, Japão

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projeto de concurso

Qual a relação da arquitetura com moda? É na rua Omotesando, na capital japonesa, que essa relação é explorada de forma veemente. Nomes como Toyo Ito, MVRDV, Her-zog & de Meuron e SANAA podem ser encontrados nos projetos das mais famosas marcas do mundo da moda e é neste reduto de arquitetu-ra contemporânea e alta costura que o Arquitectum propôs um concurso de ideias de projeto para um museu de moda.As diretrizes projetuais eram simples e claras: um edifício de 100 metros de altura contendo espaços de exi-bição para a história da moda do sé-culo XX, além de virar um ponto de referência para Tóquio.No quinto ano da faculdade de ar-quitetura e urbanismo, os poloneses Ryszard Rychlicki e Agnieszka Nowak são os responsáveis pelo escritório 2ram e já receberam atenção da mídia polonesa e internacional com seus projetos enviados a concursos em apenas dois anos.Para o Museu de Moda da Rua Omotesando, a dupla criou um e-difício com linhas verticais suaves, remetendo a peças de vestuário e, em sua fachada, a transparência é como em uma vitrine.

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Museu de Moda na Rua Omotesando

A cada pavimento surge uma cone-xão com o superior através de uma escada, tornando assim possível a interação entre os pisos em um edi-fício de 15 pavimentos de pé-direito duplo e mezanino.A organização espacial se deu através da utilização dos dois primeiros pavi-mentos em áreas voltadas a entrada do museu, loja de suvenir, banheiros públicos e passarela para desfiles. Nos 13 pavimentos seguintes estão dispostos em ordem cronológica a história da moda desde os anos 20 do século passado, até o presente momentos, terminando o roteiro em um bar no terraço.Para permitir grandes espaços livres dedicados às exposições, foram agrupadas em um cilindro vertical no centro do edifício elevadores, esca-das de emergência, encanamento, fiação elétrica, banheiros e outras funções. Este é considerado pelos futuros arquitetos o esqueleto do edifício.

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projeto de concurso

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Museu de Moda na Rua Omotesando

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edições anteriores

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