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________________ FA/ADVOCACIA ________________ JOÃO IRANI FLORES – Advogado EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) DE DIREITO DA 4ª SECRETARIA DO CÍVEL DE CASCAVEL – ESTADO DO PARANÁ – PROJUDI. Processo nº: 0026167-19.2013.8.16.0021 MARINA ESTEVE SANTOS, brasileira, viúva, Tabeliã do Cartório de Registro Civil 1º Ofício e 4º Tabelionato de Notas de Cascavel-PR, portadora da Cédula de Identidade RG nº 653.833-9-SSP-PR e inscrita no CPF/MF sob o nº 643.952.609-00, residente e domiciliada na Rua Minas Gerais, 2645, Centro, em Cascavel-PR, por seus procuradores e advogados, infra-assinados, com escritório profissional à Rua Fortaleza, nº 1851, na Cidade de Cascavel-PR, onde recebem todos os expedientes forenses, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar: FA/Advocacia – Rua Fortaleza nº1851- Centro- CEP 85810-051 – CASCAVEL – PARANA Fone: (45) 3039-0115 [email protected]

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________________ FA/ADVOCACIA ________________JOO IRANI FLORES Advogado

EXCELENTSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUZ(A) DE DIREITO DA 4 SECRETARIA DO CVEL DE CASCAVEL ESTADO DO PARAN PROJUDI.

Processo n: 0026167-19.2013.8.16.0021

MARINA ESTEVE SANTOS, brasileira, viva, Tabeli do Cartrio de Registro Civil 1 Ofcio e 4 Tabelionato de Notas de Cascavel-PR, portadora da Cdula de Identidade RG n 653.833-9-SSP-PR e inscrita no CPF/MF sob o n 643.952.609-00, residente e domiciliada na Rua Minas Gerais, 2645, Centro, em Cascavel-PR, por seus procuradores e advogados, infra-assinados, com escritrio profissional Rua Fortaleza, n 1851, na Cidade de Cascavel-PR, onde recebem todos os expedientes forenses, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelncia, apresentar:

CONTESTAO

a Ao de Indenizao por Danos Morais e Materiais Reconhecimento de Firma Mediante Assinatura Falsificada que lhe move OSANI MARIA GEHLEN, j devidamente qualificada nos autos em epgrafe, pelos motivos de fato e direito que passa a expor:

1 PRELIMINAR DE MRITO

1.1 DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA REQUERIDA

Prope a Autora, Ao Indenizatria contra a Requerida, haja vista a existncia de um reconhecimento de firma em determinado instrumento de procurao outorgada a SALVADOR CARLOS DO NASCIMENTO FRANA, supostamente realizado no 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR. Tergiversa que o referido procedimento ilcito posteriormente resultou na transferncia do veculo KIA/BESTA GS GRAND, placas AJC-9172 de sua propriedade para nome de terceiros, gerando mltiplos outros danos patrimoniais e extrapatrimoniais.

Alega em suma que a Requerida responsvel civilmente pelos danos materiais e morais resultantes do reconhecimento de firma mediante assinatura falsificada, hipoteticamente efetuado no 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos desta Comarca, pois a Autora no possua, poca dos fatos, carto de assinatura naquele local.

Referidas tergiversaes no dispe da realidade dos fatos.

Neste momento, cabe esclarecer alguns pontos que aparentemente no foram percebidos pela Requerente antes da propositura da presente ao. Salienta-se ainda que tais questes, de extrema relevncia para o desenrolar destes autos, no foram devidamente observadas durante o trmite do Inqurito Policial instaurado mediante o Boletim de Ocorrncia 2010/669680.

Vejamos o que foi relatado na inicial pela parte Autora (grifo nosso):

Ora Excelncia, questiona-se: em que momento ficou aclarado que o suposto reconhecimento de firma da assinatura falsa fora efetuado no 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR? Com base em qual informao cedida pelos mltiplos documentos juntados isso ficou constatado?

Do estudo do instrumento de procurao gerador de toda a problemtica, no foi necessrio demasiado conhecimento tcnico na seara cartorria para se notar, sem maiores dvidas, que a parte Autora, quando do desenvolvimento de sua pea vestibular, cometeu algum desatino ao responsabilizar a Requerida pelo ato danoso.

Primeiramente Excelncia, a Requerente no teve o condo de notar que a procurao outorgada ao Sr. Salvador (homem j com extenso histrico de atividades ilcitas, especialmente no que tange a crimes de falsificao de documentos e estelionato, conforme documentos policiais anexados) dispe de dois atos notariais, realizados em datas distintas por cartrios independentes entre si, ou seja, um de RECONHECIMENTO DE FIRMA supostamente realizado na Comarca de Corblia/PR; outro de AUTENTICAO DE CPIA realizado na Comarca de Cascavel/PR.

Diante disso e de maneira a demonstrar o que foi alegado alhures, vejamos um fragmento do referido documento, em especial, o ato notarial de Reconhecimento de Firma tanto debatido nesta lide e imputado responsabilidade da Requerida nos termos da exordial.

Observado o fragmento retirado do instrumento procuratrio colacionado aos autos pela Autora, nota-se que o ato notarial de RECONHECIMENTO DE FIRMA POR VERDADEIRA, no foi realizado pelo 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos da Comarca de Cascavel/PR. A impresso matricial que pode ser vista na figura acima taxativa em conter o TABELIONATO SANTOS da COMARCA DE CORBLIA/PR. como provvel autor do ato.

No obstante, torna-se necessrio esclarecer o contedo do ofcio remetido Requerida pela diretoria da ANSATA, empresa responsvel pela implantao do sistema operacional no 4 Tabelionato de Notas de Cascavel/PR.

Nos termos do documento, ora juntado, a ANSATA informa que o 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR utiliza os sistemas VerusTBL, para gesto de lavratura de atos notariais e o sistema VerusCRT, para gesto de balco na emisso de ETIQUETAS de Reconhecimento de Firma, utilizando impressoras trmicas desde o ano de 2002.

Constata-se, em verdade, que a Requerida nunca utilizou a impresso matricial na realizao de atos notariais de reconhecimento de firma, mas to somente as impresses trmicas de ETIQUETAS ADESIVAS. Contudo, o documento de procurao, juntado aos autos, possui a impresso matricial.

Demais, cabe esclarecer que a Serventia Notarial, por exigncia legal, utiliza-se do Livro de Controle de Reconhecimento de Firma Autntica ou Verdadeira onde lana termo de comparecimento da parte, que identificada e qualificada, indicando-se o local, data e natureza do ato em que foi reconhecida a firma lanada.

Em anlise, observa-se assim, que na data de 18 de janeiro de 2008, (registrada no carimbo de reconhecimento de firma da procurao), inexiste registro no respectivo Livro de Controle de Reconhecimento de Firma Autntica ou Verdadeira de ato praticado pela Requerente no 4 Tabelionato de Notas da Comarca de Cascavel,PR. cujo livro se encontra a disposio desse r.juizo para requisito, se julgar necessrio.

Dando continuidade, vejamos o segundo ato notarial de Autenticao de Cpia anteriormente citado, mas aparentemente esquecido ou ignorado pela parte Autora na exordial:

A anlise deste fragmento tambm no exige grandioso critrio tcnico para que fique constatado que o 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos da Comarca de Cascavel/PR fora o responsvel, to somente, pela AUTENTICAO de cpia reprogrfica desenvolvida mediante a apresentao do documento original no ato, conforme as exigncias legais, em fevereiro de 2008, ou seja, um ms depois da confeco do suposto reconhecimento de firma.

Nesta toada, os artigos 3 e 7, inciso V, da Lei 8.935/1994, devidamente atualizada pela Lei 11.789/2008, corroboram pelo entendimento de que o procedimento de autenticao plenamente eficaz, haja vista a legitimidade da Tabeli para esta atividade. Portanto, no h que se falar em ato vicioso e indenizvel.

Vejamos o que aduzem os artigos 3 e 7, inciso V, do diploma legal mencionado:

Art. 3 - Notrio, ou tabelio, e oficial de registro, ou registrador, so profissionais do direito, dotados de f pblica, a quem delegado o exerccio da atividade notarial e de registro. (grifo nosso)

Art. 7 - Aos tabelies de notas compete com exclusividade: I - lavrar escrituras e procuraes, pblicas; II - lavrar testamentos pblicos e aprovar os cerrados; III - lavrar atas notariais; IV - reconhecer firmas; V - autenticar cpias. (grifo nosso)

No que diz respeito ao ilcito de falsidade ideolgica cometido, cedio que a irregularidade no adveio de atitudes cometidas pelo 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR, ou seja, a irregularidade partiu supostamente na criao primitiva da procurao, que, posteriormente, quando apresentada ao Cartrio para autenticao, encontrava-se em sua via original materialmente formalizada.

Torna-se imperioso elencar tambm o Cdigo de Normas da Douta Corregedoria-Geral da Justia do Estado do Paran, nos termos do item 11.5.1, que assim dispe:

Item: 11.5.1- Compete ao notrio ou substituto a autenticao de documentos e cpias de documentos particulares, certides ou traslados de instrumentos do foro judicial ou extrajudicial, extradas pelo sistema reprogrfico, desde que apresentados os originais.

Ademais, no h que se falar no cometimento de ato ilcito passvel de indenizao, pois o 4 Tabelionato de Notas de Cascavel/PR na pessoa de sua Tabeli, detentora de carter ilibado e grande respeito nesta Comarca, agiu somente de maneira a cumprir as determinaes que lhe so atribudas por lei, autenticando, pois, a cpia reprogrfica com a devida apresentao do documento procuratrio original.

Assim, a Requerida no pode configurar como parte passiva legtima de processamento, vez que o ato notarial de RECONHECIMENTO DE FIRMA POR VERDADEIRA, que, segundo a exordial, ensejou o ilcito e causou o dano, no foi produzido pelo 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR, conforme os apontamentos mencionados e elucidados acima, bem como os documentos juntados aos autos. Ademais, inexiste qualquer nexo de causalidade entre a mera autenticao de cpia mediante a apresentao do documento original e o dano experimentado pela vtima, Sra. OSANI MARIA GEHLEN.

Portanto, ante ao exposto, a Requerida pugna Vossa Excelncia, respeitosamente, nos termos do artigo 267, inciso VI, do Cdigo de Processo Civil, pela extino do feito sem julgamento de mrito, vez que a R procedeu somente pelo ato de AUTENTICAO DE CPIA mediante a apresentao do documento original, no possuindo qualquer envolvimento com o reconhecimento de firma que motivou a propositura desta ao.

2 SNTESE DA INICIAL

Esclarecidos os apontamentos anteriores, passa-se ao resumo da lide at o presente momento.

Trata-se de Ao de Indenizao, por meio do qual pretende a Autora, a condenao da Requerida ao pagamento de damos materiais e morais, haja vista suposto reconhecimento de firma por verdadeira mediante assinatura falsificada em um instrumento de procurao que resultou na transferncia de um veculo de sua propriedade para o nome de SALVADOR CARLOS DO NASCIMENTO FRANA, o que gerou inmeros percalos financeiros e emocionais.

Alega a Requerente que no dia 23 de abril de 2007, na cidade de Cascavel/PR, celebrou contrato de compra e venda de um determinado lote urbano com rea de 360,00 m, do loteamento denominado Residencial Roma, valorado em R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) de propriedade outrora do Sr. Salvador Carlos do Nascimento Frana. Aduz que deu em pagamento o veculo KIA/Besta Gs Grand, de placas AJC-9172, onde tal veculo somente seria transferido para o vendedor do imvel (Salvador Frana), aps a quitao devido que sua propriedade encontrava-se financiada. Juntou contratos e outros documentos.

Segundo a Autora, aproveitando sua ausncia no pas, o Sr. Salvador Carlos do Nascimento Frana munido de uma procurao supostamente fraudulenta que lhe dava poderes para transferir o veculo, procedeu at o 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR a fim de reconhecer a assinatura falsa da Requerente. Afirma que a Requerida deu f ao documento e reconheceu a firma mesmo com a assinatura falsificada da Autora. Ademais, alegou que fora por meio deste documento viciado com firma reconhecida falsamente que o veculo foi transferido e vendido para terceiros estranhos aos autos.

Diante do problema, a Requerente buscou a competncia policial, que a seu pedido instaurou o devido inqurito com base no Boletim de Ocorrncia 2010/669680, onde ficou constatado que realmente a assinatura constante do documento era falsa. Contudo, os selos utilizados e colacionados ao documento procuratrio tinham procedncia crvel.

Ao final, pugnou pela condenao da Requerida em danos materiais no valor de R$ 87.357,89 (oitenta e sete mil trezentos e cinqenta e sete reais e oitenta e nove centavos) e danos morais no importe de 500 (quinhentos) salrios mnimos.

a sntese da inicial.

3 DO DIREITO.

3.1 DA INEXISTCNCIA DE RESPONSABILIDADE DA REQUERIDA POR INDENIZAR. ATO NOTARIAL LEGTIMO.

A Autora afirma na inicial que a Requerida responsvel pelo Cartrio onde foi reconhecida a firma com sua assinatura adulterada. Com base nisso, tergiversa que a Requerida deve ser responsabilizada pelos atos praticados pelo 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR de sua titularidade. Ademais, a Requerente alega que esto presentes no caso em tela os requisitos caracterizadores da responsabilidade civil, haja vista a existncia do dano e do nexo de causalidade entre a conduta da R e o resultado lesivo. Tergiversa que o reconhecimento de firma da assinatura falsa ocorreu mesmo sem possuir carto de assinatura no Cartrio de titularidade da Requerida. Afirmou, por fim, que os selos constantes do documento, aps o devido exame pericial, foram considerados verdadeiros.

Tais consideraes no merecem prosperar e por oportuno, torna-se necessrio reiterar o que j ficou demonstrado anteriormente neste petitrio, em especial em seu item 1.1.

Salienta-se, Vossa Excelncia, no que tange s afirmaes da Autora de que a Requerida teria procedido pelo ato de reconhecer suposta firma falsa, tal questo j ficou devidamente esclarecida. Em verdade, isso no ocorreu no 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR, visto que a impresso matricial (supostamente falsificado) consta como ato praticado pelo Cartrio de Notas e Protestos da Comarca de Corblia/PR. O instrumento de procurao utilizado pelo Sr. Salvador Carlos do Nascimento Frana no foi lavrado pelo Tabelionato de titularidade da Requerida e muito menos teve a firma reconhecida neste Cartrio.

Estas afirmaes no so meras especulaes, mas sim fatos devidamente comprovados e extrados mediante o estudo dos documentos juntados a este processo eletrnico, ou seja, o documento procuratrio supostamente fraudulento dispe de dois atos notariais distintos, realizados em dois Cartrios independentes, possuidores de titularidades e Comarcas diversas. Isso explica a existncia de dois selos FUNARPEN no documento.

Em momento algum, Excelncia, a Autora trouxe para estes autos, qualquer prova crvel e idnea o bastante para comprovar ou demonstrar que, efetivamente, fora o 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR de titularidade da Requerida que realizou o reconhecimento de firma. Ora, no existem quaisquer indcios ou provas pelo simples motivo de que tal ato no foi realizado no Cartrio Esteves Santos de Cascavel/PR.

Nesta toada, vejamos o que dispe o artigo 186 do Cdigo Civil, colacionado na exordial como fundamento para os pleitos da Autora:

Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito. (grifo nosso) Para que exista o ato ilcito passvel de indenizao, a atitude do agente deve cumprir para com um dos requisitos acima destacados.

Constata-se, portanto, de que no existiu ao danosa, vez que o ato de AUTENTICAR cpia reprogrfica de determinado documento mediante a apresentao do original de plena titularidade da Requerida, conforme a legislao vigente e j mencionada anteriormente nesta defesa. Por conseguinte, no h que se falar na existncia de omisso por parte da Requerida, pois, a apresentao do documento original para que a cpia fosse extrada e posteriormente autenticada efetivamente ocorreu.

No obstante, torna-se imperioso esclarecer ainda que a Requerente no possua carto de assinatura no 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR de titularidade da Requerida. Tal afirmao adveio da prpria Autora em sua pea vestibular. Seno vejamos:

Conforme fragmento da exordial colacionado acima, a prpria Autora alega que no possua carto de assinatura para reconhecimento de firma perante a Requerida, e isso, de fato, verdade. O registro de carto de assinatura confeccionado para a Requerente se deu somente em data posterior, nos termos dos documentos ora juntados pela R neste ato.

Nesse contexto, tais pontos no so passveis de caracterizar a responsabilidade da Requerida por dano algum no presente caso, pois o que deve ficar entendido que o ato notarial de RECONHECIMENTO DE FIRMA no foi realizado pela Requerida. Assim, a inexistncia de carto de assinatura poca dos fatos torna-se totalmente irrelevante para estes autos.

Para que fique esclarecido, a assinatura da Autora foi registrada (Carto n 0066591) nas dependncias de titularidade da Requerida somente em 14 de maio de 2010. Ademais, segundo informaes e documentos fornecidos pela Requerida, o nico reconhecimento de firma realizado pelo Cartrio Esteves Santos de Cascavel/PR para a Autora se deu s 12h26m do dia 25/01/2012. Antes desta data nada ocorreu, conforme provam os livros de registros notariais que estaro totalmente disponveis para avaliao durante o trmite processual.

Nesta toada, tem-se Vossa Excelncia, que a Requerida procedeu nos conformes e rigores da lei. Respeitados os preceitos constantes da Lei 8.935/1994, bem como do Cdigo de Normas da Corregedoria-Geral da Justia do Estado do Paran, no havendo qualquer ilcito passvel de indenizao nos seus atos, que possa corroborar as alegaes e fundamentos elencados pela Autora na inicial.

Portanto, no h que se responsabilizar o 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR pelo cometimento de quaisquer negligncias ou imprudncias visto que o instrumento procuratrio foi reproduzido reprograficamente e AUTENTICADO mediante apresentao do original. Assim, inexiste qualquer nexo de causalidade entre as aes da Requerida e o resultado danoso.

No que diz respeito as tergiversaes a respeito da veracidade dos selos utilizados no instrumento de procurao, nota-se que conforme Ofcio n 018/2012 disponibilizado pela FUNARPEN referente ao Boletim de Ocorrncia 2010/659680, o selo CG137559 utilizado na autenticao, por bvio, original e pertencente ao 4 Tabelionato de Notas de Cascavel/PR de titularidade da Requerida. Isso somente reitera que o ato notarial de autenticao, realizado pela Requerida totalmente legtimo e amparado pela boa-f, muito pelo contrrio do que foi alegado pela Autora na inicial. Em momento algum a veracidade do Selo FUNARPEN prova cabal da existncia de ilicitude (sic).

J o ato notarial de reconhecimento de firma, que tambm contm o selo FUNARPEN idneo de numerao CFW73919, foi entregue na data de 15/01/2008 ao CARTRIO FRATTI - 2 Registro Civil e 5 Tabelionato de Notas de Cascavel/PR, conforme ofcio disponibilizado pelo Fundo de Apoio ao Registro Civil nos autos de inqurito policial e ofcio n 175/TAB/2013 do CARTRIO FRATTI (em anexo), que acostamos aos autos, com afirmao que o referido selo no foi utilizado no documento de reconhecimento de firma feito em nome de OSANI MARIA GEHLEN FRANA.

Assim, mesmo no possuindo relao com o ocorrido, a Requerida lamenta pelos fatos. No entanto, as alegaes da Autora de que os atos praticados por ela so de cunho criminoso e irresponsvel um tanto desmedido.

Sabe-se que imputar algum falsamente por fato definido como crime resulta no cometimento de calnia devidamente esboado no artigo 138, do Cdigo Penal, e as penas se estendem queles que sabendo ser falsa a imputao, a propala ou divulga. Portanto, afirmaes desmedidas como as feitas na exordial demonstram, to somente, uma total ignorncia dos fatos e completa desateno na anlise dos documentos juntados pela prpria parte Autora, que no teve o mnimo de conhecimento tcnico para perceber que estava diante de um instrumento de procurao possuidor de dois atos notariais distintos entre si, elaborados por dois Cartrios independentes.

Ora Excelncia, mobilizar o sistema judicirio mediante uma ao de caracterstica puramente aventureira com valores muito alm de qualquer patamar civilizatrio e livre de quaisquer custas no deve ter o mnimo de prevalncia.

Destarte, ficou clara a existncia de um erro grosseiro por parte da Autora que, mesmo com todos os documentos juntados, no teve o condo de efetivamente provar o que afirmou em sede de inicial, pois o ato de reconhecimento de firma to citado, no foi realizado pela Requerida, conforme prova documental j existente nos autos.

Desta feita, a Requerida, aps todas as questes aqui suscitadas e com o devido acatamento e respeito, REQUER seja a Ao de Indenizao julgada TOTALMENTE IMPROCEDENTE, pois o ato notarial que fundamenta os pleitos da parte Autora diz respeito ao reconhecimento de firma com assinatura falsa, que no se deu no 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR, conforme documentos apresentados, inexistindo qualquer responsabilidade por indenizar.

3.3 DOS DANOS MORAIS E MATERIAIS. INEXISTNCIA DE RESPONSABILIDADE POR INDENIZAR.

Inicialmente, impende destacar, que a Autora fez grande confuso no que toca s afirmaes de responsabilidade da Requerida pelo ato notarial de reconhecimento de firma que por ela no foi realizado, segundo questes j suscitadas, bem como documentos constantes destes autos.

Tomando como base todas as ponderaes e esclarecimentos prestados, certamente os pleitos da Autora sero julgados como improcedentes. Todavia, em caso remoto de Vossa Excelncia entender que efetivamente existiram quaisquer condutas culposas por parte da Requerida, o que se admite apenas para argumentar, necessrio se faz enredar algumas consideraes acerca dos pedidos indenizatrios da Autora.

Neste diapaso, verifica-se na doutrina e na jurisprudncia que o valor indenizatrio referente ao dano moral dever ser fixado levando em considerao as condies da Requerente e da Requerida, sopesadas pelo prudente arbtrio do juiz, com a observncia da teoria do desestmulo, ou seja, o valor no deve enriquecer ilicitamente o ofendido, sob pena de industrializao das aes por danos morais.

De forma que a apurao do quantum indenizatrio se complica, porquanto o bem lesado (a honra, o sentimento, o nome etc.) no se mede monetariamente, isto , no se tem dimenso econmica ou patrimonial. Cabe, portanto, ao prudente arbtrio do r. Juzo e a fora criativa da doutrina e da jurisprudncia a instituio de critrios e parmetros que havero de presidir as indenizaes por dano moral. Deste modo, hodiernamente esbarra o julgador no momento de fixar a valorao econmica que deve ser suficiente satisfao do ofendido. Os obstculos enfrentados pelos julgadores repousam no fato de que a prpria lei no estabelece uma indenizao tarifada.

Diante da ausncia de critrios legais e objetivos, percebe-se que a permisso constitucional de cumulao dos danos materiais com os danos extra patrimoniais tem sido utilizada de maneira equivocada, como se servisse a justificar o enriquecimento ilcito.

No objetivo de evitar que isso ocorra, sempre ser considerado o subjetivismo do juiz. A ele foi atribudo o poder e a competncia para a fixao dos valores atravs da anlise detida das condies do ofendido, nvel social, intelectual, cultural e anlise da extenso dos danos experimentados, bem como, analisa-se ainda, a condio daquele que deu razo dor o ofensor medidos pelo grau econmico, sociocultural e outros.

Salienta-se a teoria desenvolvida pelo ilustrssimo jurista Yussef Said Cahali que corrobora as questes mencionadas alhures. Seno vejamos:

... em realidade, no h com eliminar o subjetivismo na estimao pecuniria do dano moral fenmeno que igualmente ocorre na estimao do dano patrimonial, em que, segundo experincia, os valores fixados nem sempre correspondem ao exato valor do dano econmico sofrido. (pg. 172)

Por tais ensinamentos, as condies dos contendores sempre devem ser analisadas de modo a no causar enriquecimento ilcito de uns em detrimento de outros. Contudo, conforme o estudo do caso em tela, muito antes que seja debatida qualquer referncia a um quantum debeatur, ainda h que se levar em extrema considerao o fato de que o 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR de titularidade da Requerida, no foi responsvel pela realizao do suposto reconhecimento de firma, objeto utilizado como fundamento para toda a lide processual. Ademais os documentos juntados aos autos em momento algum fazem prova da existncia de qualquer ilcito cometido pela Requerida, restando por prejudicados as supostas premissas alegadas em sede de inicial que autorizam uma reparao.

Torna-se imperioso esclarecer ainda que o valor de 500 (quinhentos) salrios mnimos pleiteados representa nada mais, que uma tentativa escusa e funesta da Autora em angariar riquezas das quais no dispe qualquer direito. Percebendo, ou no, que no havia outra possibilidade de reaver suas perdas, a Autora buscou aventurar-se juridicamente amparada por afirmaes e documentos que, em verdade, no possuem o condo de provar qualquer envolvimento da Requerida com o ato notarial de reconhecimento de firma originrio de toda a problemtica, pois segundo os esclarecimentos prestados nos itens 1.1 e 3.1, tem-se que o 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR somente AUTENTICOU cpia reprogrfica do instrumento de procurao apresentado em sua via original.

No que tange aos pleitos de danos materiais, as mesmas afirmaes feitas acima devem ser sopesadas por este Douto Juzo. Novamente a Requerida lamenta pelo ocorrido, no entanto, os valores apresentados como forma de comprovao dos tantos danos patrimoniais experimentados pela Autora so irrelevantes para a Requerida que em momento algum agiu da maneira a qual foi imputada na inicial, no tendo absolutamente nenhuma relao com o caso em apreo, por simplesmente ter procedido pela cpia autenticada do documento procuratrio, conforme os ditames legais a qual est submetida.

Portanto, resta impugnado o valor de R$ 426.357,89 (quatrocentos e vinte e seis mil trezentos e cinquenta e sete reais e oitenta e nove centavos) pleiteados na exordial em sede de danos morais e materiais, haja vista a ilegitimidade passiva da Requerida para figurar como responsvel pelos danos sofridos pela Autora, consideradas todas as questes fticas e tcnicas j esboadas neste petitrio.

Nesta toada, convicta do bom senso sempre despendido nos julgamentos desse Juzo, e considerando o entendimento jurisprudencial consolidado a cerca do caso, a Requerida, REQUER, respeitosamente que sejam julgados TOTALMENTE IMPROCEDENTES os pedidos de danos morais e materiais, vez que inexistem quaisquer provas crveis o bastante para caracterizar a responsabilidade da Requerida pelas perdas patrimoniais e extra patrimoniais suportados pela Autora.

3.4 DA PRETENDIDA INVERSO DO NUS DA PROVA.

A Requerente sustenta em seus pedidos que deveria haver a inverso do nus probante, em face da pressuposio de responsabilidade civil da Requerida pelos danos sofridos. Fundamentou o pedido na Lei 8070/90 comumente conhecida como o Cdigo de Defesa do Consumidor.

Tal pedido no possui qualquer cabimento e no merece razo.

A regra comezinha em matria processual de que o nus incumbe a quem alega (artigo 333, I, do CPC), ou seja, fato constitutivo e de ntimo interesse do onerado, capaz de gerar o direito postulado ou nas palavras de Nery Junior: a carga, fardo, peso e gravame da parte.

O saudoso jurista ainda esclarece em seu Cdigo de Processo Civil comentado:

No existe obrigao que corresponda ao descumprimento do nus. O no atendimento do nus de provar coloca a parte em desvantajosa posio para obteno do ganho de causa. A produo, no tempo e na forma prescrita em lei, o nus da condio de parte.

Pelo raciocnio equivocado da inicial, seria o caso de relao de consumo, mas por evidncia, que no , no se aplica no caso vertente as regras consumeristas. Trata-se de obrigao extracontratual, que, por evidente, precisa ser comprovada pela parte que alega.

Com efeito, no caso em apreo, incumbe Autora fazer prova de que a Requerida agiu ilicitamente, ou seja, fato constitutivo de seu direito, devendo ser afastada de pronto a pretenso de inverso do nus da prova, vez que no se trata de relao de consumo, motivo pelo qual REQUER, respeitosamente, que o pedido seja considerado TOTALMENTE IMPROCEDENTE.

3.5 HONORRIOS ADVOCATCIOS CONTRATUAIS. REEMBOLSO DOS GASTOS COM CONTRATAO DE ADVOGADO.

Aps todas as questes fticas devidamente suscitadas nestes autos, nota-se que a parte Autora, equivocadamente, imputou Requerida a responsabilidade por um suposto ilcito que em verdade no fora cometido pelo 4 Tabelionato de Notas Esteves Santos de Cascavel/PR. No obstante, as alegaes feitas em sede de inicial so de extrema gravidade e envolvem valores astronmicos no que tange uma hipottica indenizao civil, o que no se acredita.

Nesta toada, os honorrios convencionais so queles que decorrem da relao jurdica contratual entre o advogado e seu cliente. Decorrem da autonomia de vontade, mas citada atualmente como autonomia privada. Como cita Naves:

A denominao autonomia privada veio apenas substituir a carga individualista e liberal da autonomia da vontade. Ao Direito, pois, resta analisar a manifestao concreta, segundo critrios objetivos de boa-f, e no suas causas e caractersticas intrnsecas. No o objeto do Direito perquirir sobre o contedo da conscincia interna de cada ser. Por isso da expresso autonomia privada.

No parece razovel Requerida, que se viu obrigada a defender-se perante o Poder Judicirio de acusaes e pedidos infundados, valorados num montante absurdamente alto, ter de arcar com os honorrios contratuais de seu patrono por uma lide meramente temerria e aventureira proposta pela Autora. Afinal, no restam maiores dvidas no sentido de que a Requerida no diligenciou corretamente pelo estudo das provas juntadas aos autos. Salienta-se que tais provas em nada lhe auxiliaram para corroborar ou ratificar todas as exigncias e pleitos constantes da exordial.

Recentemente, no pela primeira vez, o Superior Tribunal de Justia (REsp 1.134.725-MG), confirmou a responsabilidade daquele que deu causa propositura da ao em arcar integralmente com os honorrios contratuais do advogado da parte contrria, que se sagrou vencedora na ao.

A ilustre Ministra relatora do acrdo, Nancy Andrighi, esclareceu que os honorrios advocatcios integram os valores relativos reparao por perdas e danos, e que os honorrios sucumbenciais, por constiturem crdito autnomo do advogado, no importam em decrscimo patrimonial do vencedor da demanda. Portanto, como os honorrios contratuais so retirados do patrimnio da parte lesada, aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores despendidos com os honorrios contratuais. Nota-se, assim a aplicao do Princpio da Causalidade, por meio do qual aquele que deu causa a ao, deve responder integralmente pelas despesas dela decorrentes, inclusive no que tange aos honorrios contratuais do advogado.

Mais uma vez a brilhante Ministra Nancy Andrighi, exps em recente fundamentao:O Cdigo Civil de 2002 nos termos dos arts. 389, 395 e 404 determina, de forma expressa, que os honorrios advocatcios integram os valores devidos a ttulo de reparao por perdas e danos.

Os honorrios mencionados pelos referidos artigos so os honorrios contratuais, pois os sucumbenciais, por constiturem crdito autnomo do advogado, no importam em decrscimo patrimonial do vencedor da demanda.

Assim, como os honorrios convencionais so retirados do patrimnio da parte lesada, aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores despendidos com os honorrios contratuais.(grifo nosso)

A respeitosa deciso colacionada alhures demonstra a extrema necessidade de no se olvidar os princpios da equidade, justia e causalidade, atribuindo quele que deu causa ao processo, o dever de arcar com os honorrios do advogado contratado pela parte contrria, no permitindo, desta forma, que a parte que tem razo, sofra prejuzo por se ver obrigada a custear sua defesa em uma demanda de origem puramente aventureira, mas que envolve, contudo, questes de grande seriedade, como a imputao de cometimento de crime e pedido de restituio de valores que somados alcanam o montante de R$ 426.357,89 (quatrocentos e vinte e seis mil trezentos e cinquenta e sete reais e oitenta e nove centavos). Esta questo torna-se ainda mais problemtica, diante do fato de que a Autora beneficiria da justia gratuita, e, portanto, isenta de cobrana de quaisquer valores referente a honorrios de sucumbncia pelo perodo de 5 (cinco) anos. Contudo, tais honorrios no devem ser confundidos com os valores ora pleiteados, pois os honorrios contratuais objetivam recompor os prejuzos amargados pela Requerida, diante da necessidade de contratao de advogado para contrapor os pedidos da parte Autora que no se fazem devidos.

Por todo o exposto, e em sendo do entendimento de Vossa Excelncia, a Requerida PUGNA, respeitosamente, pela condenao da Autora ao reembolso dos valores gastos em sede de honorrios contratuais para a elaborao do presente instrumento de defesa, levando-se em considerao o valor discriminado no presente contrato ora anexado, no montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), haja vista os princpios da causalidade, equidade e da justia, bem como a mais recente jurisprudncia de nossos tribunais.

4 DOS REQUERIMENTOS

Levando-se em considerao todos os motivos fticos e jurdicos expostos, requer:

a) O acolhimento da presente defesa em todos os seus termos e da Preliminar de Mrito ora suscitada no item 1.1 deste petitrio com posterior EXTINO DO PROCESSO SEM RESOLUO DE MRITO, conforme o artigo 267, VI do Cdigo de Processo Civil, haja vista que a Requerida encontrar-se como PARTE ILEGTIMA de processamento por no ter qualquer relao com o ato notarial de Reconhecimento de Firma, fato gerador dos danos Autora, conforme seus prprios pleitos na exordial;

b) Em no sendo este o entendimento de Vossa Excelncia, pugna-se, portanto, pela TOTAL IMPROCEDNCIA DOS PEDIDOS INICIAIS, pelos motivos j debatidos e amplamente elencados;

c) A IMPROCEDNCIA do pedido de condenao em danos morais e materiais, haja vista a ausncia de comprovao da ocorrncia de ato ilcito passvel de responsabilidade advindo das aes da Requerida, que to somente, autenticou cpia do instrumento procuratrio mediante apresentao do original, conforme as provas j anexadas nestes autos e mencionadas neste petitrio;

c.1) Em caso remoto de Vossa Excelncia assim no entender, o que no se espera, pugna para que os valores referentes aos danos morais e materiais sejam fixados com parcimnia e razoabilidade, levando-se em considerao o caso concreto e a capacidade econmica das partes;

d) Requer seja julgado IMPROCEDENTE o pedido de inverso do nus da prova, pelo caso em tela no se tratar de relao de consumo, conforme questes fticas e jurdicas anteriormente abordadas;

e) Requer a condenao da Autora ao reembolso dos valores gastos em sede de honorrios contratuais advocatcios para a elaborao do presente instrumento de defesa, levando-se em considerao o valor discriminado no presente contrato ora anexado, no montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), haja vista os princpios da causalidade, equidade e da justia, bem como a mais recente jurisprudncia de nossos tribunais;

f) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova pelo direito admitidas, em especial a documental, testemunhal, cujo o rol ser apresentado em momento oportuno, dentre outras que se demonstrarem necessrias para a continuidade do feito e elucidao do Nobre Julgador.

Nestes termos,pede deferimento.Cascavel/PR, 19 de Setembro de 2013.

JOO IRANI FLORESMARCO A. T. MAGNONI OAB/PR N 50.395 OAB/PR N 65.375

FA/Advocacia Rua Fortaleza n1851- Centro- CEP 85810-051 CASCAVEL PARANAFone: (45) 3039-0115 [email protected]