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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Art. 54 do Código de Defesa do Consumidor
Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas
tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de
produtos ou serviços, sem que o consumidor possa
discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Art. 54, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura
a natureza de adesão do contrato.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Cláusula resolutória alternativa - Art. 54, § 3º, do
Código de Defesa do Consumidor
• Resolução do contrato (Resolução é o meio de
dissolução do contrato em caso de inadimplemento
culposo ou fortuito)
• Manutenção do contrato com a devolução das quantias
pagas, corrigidas monetariamente, descontada a
vantagem auferida pelo consumidor.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Artigo 54, § 3º, do Código de Defesa do Consumidor
Os contratos de adesão escritos serão redigidos
em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis,
cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de
modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Princípio da Legibilidade das Cláusulas Contratuais
Esse princípio está relacionado com o princípio da
transparência (art. 4º do CDC) e o princípio da informação
(art. 6º, inc. III, do CDC)
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Artigo 54, § 4°, do Código de Defesa do Consumidor
As cláusulas que implicarem limitação de direito
do consumidor deverão ser redigidas com destaque,
permitindo sua imediata e fácil compreensão.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E
REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. RECUSA NA AUTORIZAÇÃO DE EXAME MÉDICO PELO
PLANO DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA.
INCONFORMISMO DA PARTE RÉ. 1- Aplicação do CDC ao caso, uma vez que autor e réu se
amoldam aos conceitos de consumidor e fornecedor previstos nos artigos 2º e 3º da Lei 8.078/90.
Incidência do verbete 469 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça; 2- Obrigações assumidas
pelas operadoras de planos de saúde, às quais os consumidores aderem por força da própria
natureza (adesão), que devem ser interpretadas e aplicadas à luz dos princípios da boa-fé objetiva
e da equidade (art. 4º, 7º e 51 do CDC). As cláusulas contratuais devem ser interpretadas de
maneira mais favorável ao consumidor (art. 47 do CDC); 3- Estando a doença dentro da cobertura
do plano de saúde, a negativa em autorizar determinado exame ou medicamento reputa-se como
comportamento abusivo por parte da seguradora, atraindo a aplicação do art. 51, IV, do CDC, ou
seja, ensejando em nulidade da cláusula contratual que assim dispõe. Precedente do STJ; 4-
Direito à saúde como direito fundamental. Função social do contrato do plano de atendimento à
saúde frustrada no presente caso; 5- Inadimplemento obrigacional que viola a dignidade da pessoa
humana, atingindo os direitos da personalidade, é apto a ensejar a condenação em danos morais.
Verbetes nº 75 e 339 do TJRJ. Enunciado nº 411 da V Jornada de Direito Civil do Conselho da
Justiça Federal/STJ; 6- Indenização arbitrada pelo juízo a quo em R$ 6.000,00 (seis mil reais) se
mostrou razoável e proporcional ao dano experimentado pelo autor, razão pela qual não deve ser
modificada; 7- Sentença mantida em julgamento monocrático. Negado provimento ao recurso.
Honorários advocatícios majorados em 2% do valor da condenação, nos termos do art. 85, §11, do
CPC. 0001353-56.2017.8.19.0202 - APELAÇÃO Des(a). MARCO AURÉLIO BEZERRA DE MELO -
Julgamento: 05/02/2018 - DÉCIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL (05/02/2018)
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Resilição unilateral do contrato por parte da operadora do plano de
saúde durante internação de paciente (titular ou dependente)
APELAÇÃO CÍVEL – PLANO DE SAÚDE – Ação para manutenção de
plano de saúde coletivo – Resilição unilateral imotivada da seguradora –
Sentença de procedência – Manutenção - Contrato relacional que não
comporta resilição unilateral imotivada por parte da operadora do plano
de saúde – Inteligência do artigo 13, parágrafo único, inciso II da Lei nº
9.656/98 – Recurso não provido. TJSP; Apelação 1123191-
03.2016.8.26.0100; Relator (a): José Carlos Ferreira Alves; Órgão
Julgador: 2ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 9ª Vara
Cível; Data do Julgamento: 09/02/2018; Data de Registro: 09/02/2018)
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Art. 13 da Lei n. 9.656/98
Os contratos de produtos de que tratam o inciso I e o
§ 1o do art. 1o desta Lei têm renovação automática a partir
do vencimento do prazo inicial de vigência, não cabendo a
cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da
renovação.
III - a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, em
qualquer hipótese, durante a ocorrência de internação do
titular
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A operadora do plano de saúde não pode fixar
número de sessões de tratamento médico. Exemplo: 40
sessões de fisioterapia.
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Apelação - Plano de saúde - Limitação a vinte sessões anuais de
fisioterapia - Abusividade reconhecida - Sessões que devem ser
ilimitadas, em número suficiente ao restabelecimento do paciente -
Inteligência do Código de Defesa do Consumidor - Incidência da
Súmula 102 deste Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo -
Indicação do tratamento adequado cabe ao médico especialista –
Precedentes - Danos morais não caracterizados - Inadimplemento
contratual - Situação que não ultrapassou o aborrecimento ou dissabor
cotidiano, diante das circunstâncias verificada na espécie - Inexistência
de lesão a direito da personalidade - Indenização indevida -
Sucumbência recíproca - Recurso parcialmente
provido. (TJSP; Apelação 0005098-81.2015.8.26.0505; Relator
(a): J.B. Paula Lima; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Privado;
Foro de Ribeirão Pires - 1ª Vara; Data do Julgamento: 06/02/2018; Data
de Registro: 07/02/2018)
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Art. 46 do CDC
Os contratos que regulam as relações de consumo
não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a
oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos
de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e
alcance.
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PLANO DE SAÚDE – NEGATIVA DE COBERTURA INTEGRAL A
PROCEDIMENTO PRESCRITO POR MÉDICO - IMPOSSIBILIDADE –
Segurado internado em UTI que foi submetido a fisioterapias motoras e
respiratórias, necessárias à obtenção da alta médica – Recusa de custeio, por
parte da ré, sobre o fundamento de exclusão de cobertura a tratamento de
reabilitação – Contrato que conta, contudo, com previsão de até 40 sessões de
fisioterapia em casos de acidente – Interpretação de cláusulas dúbias que deve
se dar da forma mais favorável ao consumidor, que não é obrigado a
compreender quais modalidades fisioterápicas se enquadram no conceito de
reabilitação e quais delas são limitadas a 40 sessões – Ademais, em se tratando
de enfermidade cujo tratamento conta com previsão médica, é abusiva a
negativa, vez que a terapia é etapa necessária à obtenção da cura, sob pena de
esvaziamento do próprio contrato – Inteligência da Súmula 96 deste Tribunal –
Dano moral caracterizado – Condenação mantida – Honorários recursais
devidos - RECURSO DESPROVIDO. (TJSP; Apelação 1008131-
79.2016.8.26.0100; Relator (a): Angela Lopes; Órgão Julgador: 9ª Câmara de
Direito Privado; Foro Central Cível - 22ª Vara Cível; Data do Julgamento:
30/01/2018; Data de Registro: 01/02/2018)
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Art. 31 do CDC
A oferta e apresentação de produtos ou serviços
devem assegurar informações corretas, claras, precisas,
ostensivas e em língua portuguesa sobre suas
características, qualidades, quantidade, composição, preço,
garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados,
bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e
segurança dos consumidores.
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Informações precisas e caracteres ostensivos
• Termos vagos e ambíguos
• Caracteres ostensivos:
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. CONTRATO
DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. VITASERV. PRESTADORA DE SERVIÇOS COM
NATUREZA ASSOCIATIVA SEM FINS ECONÔMICOS. CONDIÇÃO QUE NÃO OBSTA A
CARACTERIZAÇÃO DE RELAÇÃO DE CONSUMO E A APLICAÇÃO DAS NORMAS DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. NECESSIDADE DE
CIRURGIA ORTOPÉDICA DE ARTOPLASTIA. UTILIZAÇÃO DE PRÓTESE IMPORTADA.
MATERIAL CIRÚRGICO NEGADO SOB O ARGUMENTO DE COBERTURA DE
MATERIAIS NACIONAIS. RELATIVIZAÇÃO DO PACTA SUNT SERVANDA.
INTERPRETAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS DE FORMA MAIS FAVORÁVEL AO
CONSUMIDOR. COBERTURA DEVIDA. DEVER DE AUTORIZAR TODOS OS MATERIAIS
NECESSÁRIOS AO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO PARA O RESTABELECIMENTO DO
USUÁRIO. SENTENÇA MANTIDA. LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ CONFIGURADA.
CONDENAÇÃO EX OFFICIO, NOS TERMOS DO ART. 17, V E ART. 18, § 2º, DO CPC.
RECURSO NÃO PROVIDO. "O Código de Defesa do Consumidor consagra o princípio da
transparência e harmonia das relações de consumo (art. 4º), definindo como abusiva a
cláusula que coloque o consumidor em desvantagem exagerada, ou seja, incompatível com a
boa-fé e equidade (art. 51, IV), preceituando que as cláusulas contratuais serão interpretadas
de maneira mais favorável ao consumidor (art. 47), impondo-se, nos contratos de adesão,
que estes sejam redigidos em termos claros de modo a facilitar sua compreensão (art. 54, §
3º)". (AC n. 2000.010873-1, Rel. Des. Carlos Prudêncio, DJ de 26-4-2002). (TJSC, Apelação
Cível n. 2012.088482-9, de Joinville, rel. Des. Carlos Prudêncio, Primeira Câmara de Direito
Civil, j. 23-04-2013).