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Controel de qualidade
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08/02/2015
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CONTROLE DE QUALIDADE
Srgio Fernando de Oliveira Gomes
Instrumento legal utilizado:
Resoluo-RDC n. 17/10;
Resoluo-RDC n. 67/07 e suas atualizaes (RDC 87/08; RDC21/09).
Art. 79. O responsvel pelo Controle de Qualidade detm as seguintesresponsabilidades:
I - aprovar ou rejeitar as matrias-primas, os materiais de embalagem e os produtosintermedirios, a granel e terminados em relao sua especificao;
II - avaliar os registros analticos dos lotes;
III - assegurar que sejam realizados todos os ensaios necessrios;
IV - participar da elaborao das instrues para amostragem, as especificaes, osmtodos de ensaio e os procedimentos de controle de qualidade;
V - aprovar e monitorar as anlises realizadas, sob contrato;
VI - verificar a manuteno das instalaes e dos equipamentos do controle de qualidade;
VII - assegurar que sejam feitas as validaes necessrias, inclusive a validao dosmtodos analticos e calibrao dos equipamentos de controle; e
VIII - assegurar que sejam realizados treinamentos iniciais e contnuos do pessoal da reade Controle de Qualidade, de acordo com as necessidades do setor. (Resoluo 17, abrilde 2010).
Especificaes e Ensaios de Controle de Qualidade
Os mtodos de controle de qualidade devem ser validados antes de serem adotados narotina, levando em considerao as instalaes e os equipamentos disponveis.
Os mtodos analticos compendiais no requerem validao, entretanto antes de suaimplementao, devem existir evidncias documentadas de sua adequabilidade nascondies operacionais do laboratrio.
Todas as especificaes de matrias-primas, materiais de embalagem e produtosterminados devem estar devidamente autorizadas, assinadas e datadas, bem como mantidaspelo Controle de Qualidade ou Garantia da Qualidade.
Devem ser realizados ensaios nos produtos intermedirios e no produto a granel, quandocouber.
Devem ser realizadas revises peridicas das especificaes para que sejam atualizadasconforme as novas edies da farmacopia nacional ou outros compndios oficiais.
As farmacopias, os padres de referncia, e outros materiais de referncia necessriosdevem estar disposio no laboratrio de controle de qualidade. (Resoluo 17, abril de2010).
FONTES DE CONSULTA
Farmacopia Brasileira 5a edio (RES 49 de 24 de novembro de 2010)
Na ausncia de monografia oficial de matrias-primas, formas
farmacuticas, correlatos e mtodos gerais inscritos na Farmacopia
Brasileira, poder ser adotada monografia oficial , ltima edio, de um
dos seguintes compndios internacionais:
Farmacopia Alem,
Farmacopia Americana,
FarmacopiaArgentina,
Farmacopia Europia,
Farmacopia Europia,
Farmacopia Francesa,
Farmacopia Internacional (OMS),
Farmacopia Japonesa,
Farmacopia Mexicana,
Farmacopia Britnica
Farmacopia Portuguesa (Resoluo 37, 06 de julho de 2009)
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I. ANLISES DE PRODUTOS ACABADOS
DE ACORDO COM AS FARMACOPIAS
ESPECIFICAO DO TEOR DO ATIVO:
GERALMENTE DE 90% - 110% EM RELAO AO VALOR ROTULADO (%V.R.)
MTODOS DE IDENTIFICAO DE FRMACOS
Reaes qumicas caractersticas
Espectros na regio do infravermelho
Espectros na regio do ultravioleta/visvel
Ponto de fuso
Teste de chama
Valores de Rf em CCD
(Cromatografia em Camada Delgada)
Tempos de reteno em CLAE
(Cromatografia Lquida de Alta Eficincia)
MTODOS DE DOSEAMENTO DE FRMACOS
Analticos:
Gravimetria
Volumetria (titulaes):
Neutralizao em meio aquoso
Neutralizao em meio no aquoso
Oxi-reduo
Precipitao e Complexao
MTODOS DE DOSEAMENTO DE FRMACOS
Instrumentais:
Fotometria de chama
Polarimetria
Espectrofotometria no UV-vis
Espectrofluorimetria
Absoro atmica
Cromatogrficos:
Cromatografia lquida de alta eficincia (CLAE)
Cromatografia a gs (CG)
Biolgicos e Microbiolgicos
1 - DETERMINAO DO VOLUME/VOLUME MDIO:
O objetivo desse teste avaliar a uniformidade no envase;
Aplicvel a medicamentos em dose mltipla, nica e injetvel.
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Lquidas e Semi-Slidas
2 - pH:
Assegurar a estabilidade, solubilidade e compatibilidade do produto; Aplicvel a solues e
suspenses aquosas. Para medidas de pH em
formulaes semi-slidas necessrio realizar diluio prvia.
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Lquidas e Semi-Slidas
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Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Lquidas e Semi-Slidas
3 - DENSIDADE:
Assegurar a homogeneidade do produto; Aplicvel a suspenses,
emulses e xaropes. Para medidas de densidade em formulaes semi-slidas necessrio realizar diluio prvia.
4 - VISCOSIDADE: Assegurar a homogeneidade,
estabilidade e posologia do
produto; Aplicvel a suspenses,
emulses, gis, pomadas,
cremes, xaropes.
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Lquidas e Semi-Slidas
5 - CONDUTIVIDADE
Aplicvel a solues e suspenses aquosas, emulses, gis, xaropes.
Aplicvel ao controle de qualidade da gua potvel e purificada.
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Lquidas e Semi-Slidas
6 - OUTROS:
Limpidez: assegurar a ausncia de partculas visveis em solues;
Caractersticas organolpticas: COR, SABOR, ODOR.
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Lquidas e Semi-Slidas
1 - DETERMINAO DO PESO/
PESO MDIO O objetivo desse teste avaliar a
uniformidade no envase; Aplicvel a medicamentos em
dose mltipla e dose nica.
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Slidas DETERMINAO DE PESO
O teste se aplica a formas farmacuticas slidas emdose unitria comprimidos no revestidos,comprimidos revestidos, pastilhas, cpsulas duras emoles e supositrios), formas farmacuticas slidasacondicionadas em recipientes para dose unitria(ps estreis, ps liofilizados, ps para injetveis eps para reconstituio de uso oral) e a formasfarmacuticas slidas e semisslidas acondicionadasem recipientes para doses mltiplas (granulados,ps, gis, cremes, pomadas e ps parareconstituio).
As pesagens so feitas em balanas de sensibilidadeadequada.
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Comprimidos
Comprimidos no revestidos ou revestidos com filme
Pesar, individualmente, 20 comprimidos e determinar o peso mdio.
Pode-se tolerar no mais que duas unidades fora dos limites especificados na Tabela 1, em relao ao peso mdio, porm, nenhuma poder estar acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas.
Comprimidos com revestimento aucarado (drgeas)
Pesar, individualmente, 20 drgeas e determinar o pesomdio.
Pode-se tolerar no mais que cinco unidades fora doslimites especificados na Tabela 1, em relao ao pesomdio, porm, nenhuma poder estar acima ou abaixodo dobro das porcentagens indicadas.
Comprimidos
Cpsulas gelatinosas
Cpsulas duras
Pesar, individualmente, 20 unidades, remover o contedo de cada uma, limpar adequadamente e pesar novamente.
Determinar o peso do contedo de cada cpsula pela diferena de peso entre a cpsula cheia e a vazia.
Com os valores obtidos, determinar o peso mdio do contedo.
Pode-se tolerar no mais que duas unidades fora dos limites especificados na Tabela 1, em relao ao peso mdio do contedo, porm, nenhuma poder estar acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas
Cpsulas gelatinosas duras
Cpsulas moles
Proceder como descrito para Cpsulas duras.
Para determinar o peso mdio do contedo,cortar as cpsulas previamente pesadas e lav-las com ter etlico ou outro solvente adequado.
Deixar os invlucros expostos ao ar, emtemperatura ambiente, at completa evaporaodo solvente.
Pesar novamente.
Cpsulas gelatinosas molesTabela 1 Critrios de avaliao da determinao de peso para formas farmacuticas slidas em dose unitria.
FORMAS FARMACUTICAS PESO MDIO LIMITES DE VARIAO
Comprimidos no revestidos ou revestidos com filme,comprimidos efervescentes, comprimidos sublinguais,comprimidos vaginais e pastilhas
80 mg ou menos mais que 80 mg e menos que 250 mg 250 mg ou mais
10,0%
7,5%5,0%
Comprimidos com revestimento aucarado (drgeas)
25mg ou menosmais que 25 mg e at 150 mg mais que 150 mg e menos que 300 mg 300 mg ou mais
15,0%10,0%
7,5%5,0%
Cpsulas duras e moles, cpsulas vaginais
menos que 300mg300mg ou mais
10,0%7,5%
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2 - UMIDADE:
Avaliar quantidade de gua
no produto evitando
alteraes no produto.
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Slidas
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Slidas
3 - DUREZA: Avaliar a resistncia a quebras; Os equipamentos mais
modernos avaliam tambm o
dimetro e a espessura; Aplicvel a comprimidos e
ncleos de drgeas.
Permite determinar a resistncia do comprimido ao esmagamento ou ruptura sob presso radial.
O teste consiste em submeter o comprimido ao de um aparelho que mea a fora aplicada diametralmente, necessria para esmag-lo.
DUREZA DUREZA
dureza
dimetro e a espessura
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Slidas
4 - FRIABILIDADE: Avaliar a resistncia ao atrito ou
movimentos; Aplicvel a comprimidos e ncleos
de drgeas.
FRIABILIDADE Permite determinar a
friabilidade de comprimidos, isto a falta de resistncia dos comprimidos abraso, quando submetidos ao mecnica de aparelhagem especfica.
Um comprimido frivel pode apresentar problemas, tais como perda de integridade (formao de lascas) durante o transporte e a retirada da embalagem.
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Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Slidas
5 - TESTE DE DESINTEGRAO Verifica se a desintegrao ocorre
no tempo e meio determinados; Aplicao: comprimidos, cpsulas
e drgeas.
Permite determinar se um comprimido ou cpsula desintegra-se dentro de um limite de tempo especificado, quando unidades, em nmero especificado, so submetidas a suco gstrico ou intestinal simulado, a 37C, sob agitao ascendente.
TESTE DE DESINTEGRAO
Caso no haja desintegrao, o frmaco no poder ser dissolvido no lquido gastrintestinal, no podendo, conseqentemente, ser absorvido e exercer a ao teraputica desejada.
TESTE DE DESINTEGRAOTestes Fsico-Qumicos para Formas
Farmacuticas Slidas
6 - TESTE DE DISSOLUO Determina a quantidade de
p.a. liberado em determinadas
condies; Aplicao: slidos de uso oral,
ao controlada; sistemas
transdrmicos.
Permite determinar a porcentagem da quantidade de princpio ativo, declarado no rtulo do produto, liberado no meio de dissoluo, dentro do perodo de tempo especificado na monografia de cada produto, quando o mesmo submetido ao de aparelhagem especfica, sob condies experimentais descritas.
TESTE DE DISSOLUO
Se o frmaco no dissolver no intervalo de tempo especificado, no haver uma concentrao adequada do frmaco no sangue necessria para a ao teraputica desejada.
TESTE DE DISSOLUO
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7- UNIFORMIDADE DE DOSES
UNITRIAS
Variao de peso: estima o teor de
frmaco em cada unidade;
Uniformidade de contedo:
determina o teor frmaco em cada
unidade.
Testes Fsico-Qumicos para Formas Farmacuticas Slidas
Uniformidade de doses unitrias pela variao de peso
Estabelecer mtodo para a verificao da uniformidade de doses unitrias atravs da variao de peso de formas farmacuticas em dose unitrias.
Aplicao do mtodo
O mtodo de Variao de peso pode seraplicado se o produto for cpsulas duras,comprimidos no revestidos ou revestidos comfilme, contendo 25 mg ou mais da substnciaativa compreendendo 25% ou mais, em peso,da dose unitria ou, no caso de cpsulas duras,o contedo da cpsula.
O mtodo de Uniformidade de Contedo exigido para todas as formas farmacuticas queno atendem s condies especificadas paraaplicao do mtodo de Variao de peso.
Especificaes de produtos acabados
Amostra: Cpsulas de ...... - ...... mg
Lote: 0000000
Condies de rotulagem: satisfatrias
Condies da amostra: satisfatrias
Fornecedor: 0000000Lote: 0000000
Data de fabricao: 0000000Data de validade: 0000000
Amostrador: no consta
ESPECIFICAES DE PRODUTO ACABADO SLIDO ORAL
Especificaes de produtos acabadosENSAIOS ESPECIFICAES RESULTADOS
Caractersticas: aspecto, cor
Peso mdio:
Uniformidade de doses unitrias:- Variao de peso- Uniformidade de contedo
Identificao:
Doseamento:
Desintegrao:
Dissoluo:
Amostra: Soluo de ...... - ...... mg
Lote: 0000000
Condies de rotulagem: satisfatrias
Condies da amostra: satisfatrias
Fornecedor: 0000000Lote: 0000000
Data de fabricao: 0000000Data de validade: 0000000
Amostrador: no consta
Especificaes de produtos acabados
ESPECIFICAES DE PRODUTO ACABADO LQUIDO / SEMI-SLIDO
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Especificaes de produtos acabados
ENSAIOS ESPECIFICAES RESULTADOS
Caractersticas:Aspecto, cor, odor, sabor
pH:DiretoSoluo 10% em H2O
Densidade relativa (20 C)
Grau alcolico (GL):
Viscosidade Copo Ford 4(25 C)
Doseamento:
Especificaes de produtos acabados
Testes microbiolgicos:
1. Contagem total de microrganismos viveis2. Identificao de microrganismos patognicos
Observaes:
Referncia:
Analista:
Responsvel:
Referncias Bibliogrficas1 - EUROPEAN Pharmacopoeia, 3. ed., Strasbourg: Council of
Europe. 1779p, 1997.
2 - Brasil. Farmacopeia Brasileira, volume 1 / Agncia
Nacional de Vigilncia Sanitria. Braslia: Anvisa, 2010.
3 - UNITED States Pharmacopoeia 35. National Formulary 30.
Rockville: United States Pharmacopeial Convention, 2012.
4 - BRITISH Pharmacopoeia, 2012. London: Her Majesty
Stationary Office, 2012.
5 - MENDHAM, J.; DENNEY, R. C.; BARNES, J. D.; THOMAS,
M. J. K,. VOGEL Anlise Inorgnica Quantitativa. 6. ed., Rio
de Janeiro: LTC, 2002.
6 - SOLOMONS, T. W. G., Qumica Orgnica. 9. ed., Rio de
Janeiro: LTC, 2v, 2009.
Srgio Fernando de Oliveira Gomese-mail: [email protected]