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BIC – Boletim Informativo CEAP – 29/05/2018. Nº 73 – ANO VII A Casa Espírita e o trabalhador voluntário O estímulo ao trabalhador jamais deve ser olvidado por se tratar de vo- luntários que desejam colaborar nas atividades da Casa Espírita e, para isso, ne- cessário se faz que seja acolhido, auxiliado e orientado adequadamente para o exercício das atividades a que estará vinculado, desde o instante em que aceite o convite. A partir do momento em que há a aceitação, o voluntário passa a ser compromissado e, como tal, deve estar ciente do tipo de trabalho a que estará vinculado e o que se espera de sua participação efetiva como trabalhador. Assim, o dirigente da Casa Espírita, ao se abeirar do voluntário com o intuito de estimulá-lo ao serviço, especialmente o que estiver diretamente ligado à atividade a ser desempenhada pelo voluntário, deve acolhê-lo com o carinho e respeito naturais aos bons costumes, sem, no entanto, dispensar uma conversa fraterna, clara, objetiva e prática em que sejam colocadas as atribuições, respon- sabilidades e tarefas a que o futuro trabalhador estará afeto, alertando-o sobre o aproveitamento do tempo em benefício dos que necessitam do seu concurso, mas, sobretudo, a favor de si mesmo. É a oportunidade de esclarecer o voluntário, antes dele se compromissar, para que possa refletir, analisar e decidir diante da tarefa que lhe aguarda o con- curso. Desta forma, torna-se importante esclarecer-lhe: que o serviço na Casa Espírita é variado e rigoroso; que as tarefas são oferecidas aos cooperadores in- teressados na descoberta da felicidade de servir; que ao assumir a tarefa estará comprometendo-se com todos, mutuamente, a calar toda espécie de reclamação; que na Casa Espírita ninguém exige expressão nominal nas obras úteis realizadas e todos respondem por qualquer erro admitido; que todos se encontram, en- quanto trabalhadores, num curso de extinção das vaidades pessoais, porque o interesse comum deve ser, tão somente, pelo Bem Divino, considerando que to- das as possibilidades construtivas vêm de nosso Pai; que tais diretrizes são ins- trumentos balizadores a auxiliar o esquecimento das exigências descabidas de nossas personalidades inferiores; que a Casa Espírita necessita de colaboradores fiéis que não cogitam de condições, compensações e discussões, mas que se in- teressam pela sublimidade do sacrifício e da renunciação com o Senhor; e que a Casa Espírita, acima de trabalhadores, necessita de servidores que atendam de boa vontade. Reformador | Janeiro de 2017 Federação Espírita Brasileira Suicídio? Não Vale a pena… Permitam-me um lamento, um lamento triste por todos aqueles que menos- prezando as diretrizes traçadas pelo Senhor da Vida, tentam fugir e descobrem desa- pontados, que o máximo que conseguiram, foi sair do corpo, mas não conseguiram sair da vida. Ele irá sofrer muito, pois tentou destruir o maior patrimônio que existe: a Vida! E ele não tem esse direito, porque ele não é o Autor da vida, mas sim alguém que desfruta da vida. https://espirito.org.br/artigos/suicidio-nao-vale-pena/ * Por Ag- naldo Cardoso “Na balança divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus.” O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. VII. Convite à Caridade "Filho, vai hoje trabalhar na minha Vinha." (Mateus: capítulo 21º, versículo 28.) Enquanto a saúde enfloresce as tuas possibilidades de bem-estar, reserva um dia por mês, ao menos, para visitar os irmãos enfermos, que ressarcem pesa- dos tributos pretéritos, muitas vezes em dolorosa soledade, com o espírito tomado de apreensões e angústias. Companheiros tuberculosos que expungem em leitos de asfixiante espera, em duros intervalos de hemoptises rudes. Amigos leprosos em isolamento compulsório, acompanhando a dissolução dos tecidos que se desfazem em purulência desagradável. Irmãos cancerosos sem esperança de recuperação orgânica entre dores e ásperas ansiedades. Homens e mulheres em delírios de loucura ou presos por cruéis obsessões coercitivas, longe da lucidez, à margem do equilíbrio, em desoladora situação. Crianças surpreendidas por enfermidades que as ferreteiam impiedosa- mente, roubando-lhes o frescor juvenil e macerando-as vigorosamente. Anêmicos e penfigosos, operados em situação irreversível e distônicos vá- rios que enxameiam nos leitos dos hospitais públicos e particulares, nos Nosocô- mios de Convênio governamental ou em Clínicas diversas sob azorrague inces- sante. Seja teu o sorriso de cordialidade franca, através da lembrança de uma palavra fraterna, de uma flor delicada, de uma pergunta gentil em que esteja ex- presso o interesse pela sua recuperação, de uma prece discreta ao lado do seu

Convite à Caridade - ceapfpolis.files.wordpress.com · (meimei, do livro "pai nosso", 14, fcxavier, feb) mediunidade com jesus “o compromisso mediÚnico exige disci-plina, trabalho,

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BIC – Boletim Informativo CEAP – 29/05/2018. Nº 73 – ANO VII

A Casa Espírita e o trabalhador voluntário

O estímulo ao trabalhador jamais deve ser olvidado por se tratar de vo-

luntários que desejam colaborar nas atividades da Casa Espírita e, para isso, ne-

cessário se faz que seja acolhido, auxiliado e orientado adequadamente para o

exercício das atividades a que estará vinculado, desde o instante em que aceite o

convite.

A partir do momento em que há a aceitação, o voluntário passa a ser

compromissado e, como tal, deve estar ciente do tipo de trabalho a que estará

vinculado e o que se espera de sua participação efetiva como trabalhador.

Assim, o dirigente da Casa Espírita, ao se abeirar do voluntário com o

intuito de estimulá-lo ao serviço, especialmente o que estiver diretamente ligado

à atividade a ser desempenhada pelo voluntário, deve acolhê-lo com o carinho e

respeito naturais aos bons costumes, sem, no entanto, dispensar uma conversa

fraterna, clara, objetiva e prática em que sejam colocadas as atribuições, respon-

sabilidades e tarefas a que o futuro trabalhador estará afeto, alertando-o sobre o

aproveitamento do tempo em benefício dos que necessitam do seu concurso,

mas, sobretudo, a favor de si mesmo.

É a oportunidade de esclarecer o voluntário, antes dele se compromissar,

para que possa refletir, analisar e decidir diante da tarefa que lhe aguarda o con-

curso.

Desta forma, torna-se importante esclarecer-lhe: que o serviço na Casa

Espírita é variado e rigoroso; que as tarefas são oferecidas aos cooperadores in-

teressados na descoberta da felicidade de servir; que ao assumir a tarefa estará

comprometendo-se com todos, mutuamente, a calar toda espécie de reclamação;

que na Casa Espírita ninguém exige expressão nominal nas obras úteis realizadas

e todos respondem por qualquer erro admitido; que todos se encontram, en-

quanto trabalhadores, num curso de extinção das vaidades pessoais, porque o

interesse comum deve ser, tão somente, pelo Bem Divino, considerando que to-

das as possibilidades construtivas vêm de nosso Pai; que tais diretrizes são ins-

trumentos balizadores a auxiliar o esquecimento das exigências descabidas de

nossas personalidades inferiores; que a Casa Espírita necessita de colaboradores

fiéis que não cogitam de condições, compensações e discussões, mas que se in-

teressam pela sublimidade do sacrifício e da renunciação com o Senhor; e que a

Casa Espírita, acima de trabalhadores, necessita de servidores que atendam de

boa vontade.

Reformador | Janeiro de 2017 – Federação Espírita Brasileira

Suicídio? Não Vale a pena…

Permitam-me um lamento, um lamento triste por todos aqueles que menos-

prezando as diretrizes traçadas pelo Senhor da Vida, tentam fugir e descobrem desa-

pontados, que o máximo que conseguiram, foi sair do corpo, mas não conseguiram

sair da vida. Ele irá sofrer muito, pois tentou destruir o maior patrimônio que existe: a

Vida! E ele não tem esse direito, porque ele não é o Autor da vida, mas sim alguém

que desfruta da vida. https://espirito.org.br/artigos/suicidio-nao-vale-pena/ * Por Ag-

naldo Cardoso

“Na balança divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos

de Deus.” O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. VII.

Convite à Caridade "Filho, vai hoje trabalhar na minha Vinha." (Mateus: capítulo 21º,

versículo 28.)

Enquanto a saúde enfloresce as tuas possibilidades de bem-estar, reserva um dia por mês, ao menos, para visitar os irmãos enfermos, que ressarcem pesa-dos tributos pretéritos, muitas vezes em dolorosa soledade, com o espírito tomado de apreensões e angústias.

Companheiros tuberculosos que expungem em leitos de asfixiante espera, em duros intervalos de hemoptises rudes.

Amigos leprosos em isolamento compulsório, acompanhando a dissolução dos tecidos que se desfazem em purulência desagradável.

Irmãos cancerosos sem esperança de recuperação orgânica entre dores e ásperas ansiedades.

Homens e mulheres em delírios de loucura ou presos por cruéis obsessões coercitivas, longe da lucidez, à margem do equilíbrio, em desoladora situação.

Crianças surpreendidas por enfermidades que as ferreteiam impiedosa-mente, roubando-lhes o frescor juvenil e macerando-as vigorosamente.

Anêmicos e penfigosos, operados em situação irreversível e distônicos vá-rios que enxameiam nos leitos dos hospitais públicos e particulares, nos Nosocô-mios de Convênio governamental ou em Clínicas diversas sob azorrague inces-sante.

Seja teu o sorriso de cordialidade franca, através da lembrança de uma palavra fraterna, de uma flor delicada, de uma pergunta gentil em que esteja ex-presso o interesse pela sua recuperação, de uma prece discreta ao lado do seu

leito, de uma vibração refazente com que podes diminuir os males que inquietam esses seres em necessário resgate.

Lembra-te, porém, que acima do bem que lhes possas fazer, a ti fará muito bem verificar o de que dispões e pouco consideras, bem precioso e de alto valor com que o Senhor te concede a honra de crescer: a saúde!

Vai desde hoje trabalhar na vinha do Senhor.

Caridade para com os que sofrem, em última análise é caridade para con-tigo mesmo.

FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 6.

FÉ E PERSEVERANÇA – Meimei

Três rapazes suspiravam por encontrar o Senhor, a fim de fazer-lhe rogati-vas.

Depois de muitas orações, eis que, certa vez, no campo em que trabalha-vam, apareceu-lhes o carro do Senhor, guiado pelos anjos.

Radiante de luz, o Divino Amigo desceu da carruagem e pôs-se a ouvi-los.

Os três ajoelharam-se em lágrimas de júbilo e o primeiro implorou a Jesus o favor da riqueza. O Mestre, bondoso, determinou que um dos anjos lhe entre-gasse enorme tesouro em moedas, O segundo suplicou a beleza perfeita e o Ce-leste Benfeitor mandou que um dos servidores lhe desse um milagroso unguento a fim de que a formosura lhe brilhasse no rosto. O terceiro exclamou com fé:

— Senhor, eu não sei escolher... Dá-me o que for justo, segundo a tua vontade.

O Mestre sorriu e recomendou a um dos seus anjos lhe entregasse uma grande bolsa.

Em seguida, abençoou-os e partiu...

O moço que recebera a bolsa abriu-a, ansioso, mas, oh! desencanto!... Ela continha simplesmente uma enorme pedra.

Os companheiros riram-se dele, supondo-o ludibriado, mas o jovem afirmou a sua fé no Senhor, levou consigo a pedra e começou a desbastá-la, procurando, procurando...

Depois de algum tempo, chegou ao coração do bloco endurecido e encon-trou aí um soberbo diamante. Com ele adquiriu grande fortuna e com a fortuna construiu uma casa onde os doentes pudessem encontrar refúgio e alivio, em nome do Senhor.

Vivia feliz, cuidando de seu trabalho, quando, um dia, dois enfermos bate-ram à porta. Não teve dificuldade em reconhecê-los. Eram os dois antigos colegas de oração, que se haviam enganado com o ouro e com a beleza, adquirindo apenas doença e cansaço, miséria e desilusão.

Abraçaram-se, chorando de alegria e, nesse instante, o Divino Mestre apa-receu entre eles e falou:

— Bem-aventurados todos aqueles que sabem aproveitar as pedras da vida, porque a fé e a perseverança no bem são os dois grandes alicerces do Reino de Deus. (Meimei, do livro "Pai Nosso", 14, FCXavier, FEB)

MEDIUNIDADE COM JESUS “O COMPROMISSO MEDIÚNICO EXIGE DISCI-PLINA, TRABALHO, ESTUDO, RENÚNCIA E ATUAÇÃO NO BEM.”

O Compromisso com a mediunidade estabelece metas, renúncia, vida discipli-nada, sem privilégios. Para nos conven-cermos disso oferecemos ao leitor dois exemplos de consolidação do compro-misso mediúnico.

No primeiro encontro de Chico Xavier com Emmanuel, deu-se o seguinte diá-logo:

- Está mesmo disposto a trabalhar na me-diunidade?

- Sim, se os bons Espíritos não me aban-donarem.

- Você não será desamparado, mas que para isso é preciso que trabalhe, estude e se esforce no bem.

- O senhor acha que estou em condições de aceitar o compromisso?

- Perfeitamente, desde que respeite os três pontos básicos para o serviço.

Diante do silêncio do desconhecido, Chico perguntou:

- Qual é o primeiro ponto?

A resposta veio seca:

- Disciplina.

- E o segundo?

- Disciplina.

- E o terceiro?

- Disciplinam, é claro.

Chico Xavier concordou. E o estranho

aproveitou a deixa:

- Temos algo a realizar. Trinta livros para começar.4 (Grifo nosso).

O médium de Uberaba foi tão dis-ciplinado em toda sua vida que não es-creveu somente 30 livros, e sim mais de 400!

Em 1945, Joanna de Ângelis, teve o primeiro contato com Divaldo Franco. Eis o que dela ouviu:

- Eu tenho a tarefa de caminhar ao teu lado nesta atual existência. Não te pro-meto regalias ou facilidades. Não es-peres de mim aquilo que o mundo mesmo pode te dar e que obterás por esforço próprio, mas te afianço ser ne-cessário que, na tua fidelidade à pala-vra de Jesus, contes com a minha pre-sença de amiga à medida que eu possa contar contigo nas necessida-des do nosso programa.5 4 MAIOR, Marcel S. As vidas de Chico Xavier 2.ed. São Paulo. Editora Pla-neta, 2005. P.44. 5LANDI, Ana. Divaldo Franco: a traje-tória de um dos maiores médiuns de todos os tempos. 1.ed. São Paulo:

Bella Editora, 2015. Cap. 12-Joanna, p.115.

Reformador, Maio/2018 – Federação Es-pírita Brasileira.

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EXPEDIENTE nº 73 – Maio/2018 - ANO VII - (Distribuição Interna Gratuita) - BIC - BO-

LETIM INFORMATIVO CEAP - Centro Espírita Antônio de Pádua, Rua Eng. Max de

Souza, nº 1138, Coqueiros, Florianópolis, SC, fundado em 27 de junho de 1948. Contato:

[email protected] – blog: ceapfpolis.wordpress.com – fb.com/ceapfpolis