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Copy of 3 - Direito Civil II - Cristiano Chaves - Aula Pela Internet - Direito Sucessorio, Parte Processual. Inventario e Partilha

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Direito Civill Intensivo II

DIREITO CIVIL IIIntensivo II

Prof.a Cristiano Chaves de Farias

_______________________________________________________________________________________________________2010

DIREITO CIVIL IIProfessor: Cristiano Chaves de Farias

Aula pela Internet 10/2010INVENTRIO E PARTILHAConceito de Inventrio e Partilha:

Deve-se lembrar da Regra de Saisine, segundo a qual, aberta a sucesso com a morte transmitem-se automaticamente posse propriedade de todas as relaes patrimoniais do falecido (transmisso automtica). Os herdeiros recebem posse e propriedade automaticamente. Saisine responsvel pela transmisso patrimonial de posse e de propriedade.

Se Saisine a transmisso automtica, ento inventrio e partilha o procedimento judicial especial tendente a enumerar e descrever os bens e direitos transmitidos automaticamente por Saisine, separando a meao do cnjuge ou companheiro e dividindo os haveres entre todos os sucessores. um procedimento de jurisdio contenciosa (mesmo quando ele for consensual) com a caracterstica de ser bifsico e escalonado. Na primeira fase chamada de inventariana os bens so enumerados, descritos e avaliados; na segunda fase ocorre a diviso, a partilha desse patrimnio.Nesse procedimento bifsico haver uma atuao judicial basicamente declaratria, porque no o inventrio que constitui o patrimnio (o patrimnio foi adquirido pela transmisso automtica pela morte), por conta da transmisso automtica de Saisine o inventrio tem natureza puramente declaratria. A maior prova dessa natureza declaratria do inventrio o Art.1.784 do CC que fala da transmisso automtica.

CC

Art. 1.784. Aberta a sucesso, a herana transmite-se, desde logo, aos herdeiros legtimos e testamentrios.

Destaque-se que a palavra inventrio vem da expresso latina invenire que significa relacionar, descrever. Logo o inventrio um procedimento tendente descrio do patrimnio transmitido e depois da descrio h a promoo da diviso do patrimnio.

Procedimentos de Inventrio:

O CPC diz que o inventrio tem um procedimento bifsico escalonado porque ele tem uma primeira fase chamada de Inventrio Propriamente Dito e a fase de Partilha. Logo, todo inventrio bifsico.Mas o inventrio tem 3 (trs) possibilidades procedimentais:

1) Inventrio Tradicional ou Solene: aquele que ser estudado durante esta aula. o tipo comum, padro, bsico, sendo mais cadenciado, mais lento, mais formal.2) Arrolamento Comum (Art. 1.036 do CPC): ser cabvel quando o patrimnio transmitido no ultrapassar 2.000 OTNs (Obrigaes do Tesouro Nacional. A OTN hoje no existe mais e este valor hoje equivale a algo em torno de R$ 60.000,00 a R$ 80.000,00. Aqui h uma simplificao procedimental da primeira fase do inventrio. possvel a presena de incapaz, assim, haver a necessidade da interveno do MP como custus legis. O MP tambm intervir se houver no procedimento declarao de ltima vontade.CPC

Art.1.036.Quando o valor dos bens do esplio for igual ou inferior a 2.000 (duas mil) Obrigaes do Tesouro Nacional-OTN, o inventrio processar-se- na forma de arrolamento, cabendo ao inventariante nomeado, independentemente da assinatura de termo de compromisso, apresentar, com suas declaraes, a atribuio do valor dos bens do esplio e o plano da partilha.3) Arrolamento Sumrio (Arts. 1.031 e 1.032 do CPC): caber este procedimento quando, independentemente do valor do patrimnio transmitido, todos os herdeiros forem maiores e capazes, inexistindo conflito. Mesmo que o patrimnio seja vultoso haver uma simplificao de atos, uma abreviao de atos. A quitao dos tributos se dar administrativamente, sendo requisito para que seja vivel o arrolamento sumrio. Assim nem haver citao da Fazenda Pblica nem do MP que no ser fiscal da lei porque no h interesse pblico.CPC

Art. 1.031. A partilha amigvel, celebrada entre partes capazes, nos termos do art. 2.015 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Cdigo Civil, ser homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitao dos tributos relativos aos bens do esplio e s suas rendas, com observncia dos arts. 1.032 a 1.035 desta Lei. 1oO disposto neste artigo aplica-se, tambm, ao pedido de adjudicao, quando houver herdeiro nico. 2oTransitada em julgado a sentena de homologao de partilha ou adjudicao, o respectivo formal, bem como os alvars referentes aos bens por ele abrangidos, s sero expedidos e entregues s partes aps a comprovao, verificada pela Fazenda Pblica, do pagamento de todos os tributos. Art.1.032.Na petio de inventrio, que se processar na forma de arrolamento sumrio, independentemente da lavratura de termos de qualquer espcie, os herdeiros: I-requerero ao juiz a nomeao do inventariante que designarem;II-declararo os ttulos dos herdeiros e os bens do esplio, observado o disposto no art. 993 desta Lei; III-atribuiro o valor dos bens do esplio, para fins de partilha.Tanto o Arrolamento Comum como o Arrolamento Sumrio so simplificaes procedimentais, procedimentos mais simplificados de inventrio. Mas deve-se ter em mente que eles so simplificaes procedimentais da primeira fase porque todo arrolamento e inventrio sero decididos por uma partilha, porque a partilha a consequncia natural do inventrio, seu corolrio. Destaque-se que, em se tratando de Arrolamento Sumrio, a deciso de partilha ser meramente homologatria. Esta deciso dir respeito to somente a homologar a vontade das partes assim no desafia ao rescisria, poder ser objeto de ao anulatria.No h perigo de fraude em relao ao arrolamento Sumrio porque a Fazenda Pblica s emitir guia de pagamento de tributos referentes transmisso do patrimnio se concordar com os valores apresentados pelos sucessores. Ressalte-se que pressuposto do arrolamento o recolhimento do tributo fiscal.

Excees Procedimentais:So duas hipteses em que se dispensa o inventrio judicial (inventrio tradicional, ou arrolamento comum ou arrolamento sumrio):

1) Lei n 6.858/1980 regulamentada pelo Decreto n 85.845/1981: Lei do Alvar Judicial com previso no Art. 1.037 do CC.O alvar judicial um procedimento de jurisdio voluntria de competncia da Vara das Sucesses para realizar a transmisso de resduos pecunirios de pouca expresso, de pequena monta (transmisso de dinheiro, desde que no exceda 500 OTNs, algo em torno de R$ 15.000,00 a R$ 20.000,00).

Exemplos comuns: FGTS, PIS/PASEP, Saldo de Salrio, Restituio de IR, etc..

A lei exige para concesso do alvar judicial a inexistncia de outros bens a partilhar, ou seja, preciso que o falecido tenha deixado somente o resduo pecunirio.

Algumas legislaes estaduais (como a da Bahia) dispensam tributao de alvar judicial.

Para o professor luz do Art. 5 da LICC, mesmo que a pessoa tenha deixado bens alm desses valores que no ultrapassem as 500 OTNs caberia a aplicao de alvar judicial. Mas esta posio no majoritria e no deve ser adotada em concursos.LEI No 6.858, DE 24 DE NOVEMBRO DE 1980.Dispe sobre o Pagamento, aos Dependentes ou Sucessores, de Valores No Recebidos em Vida pelos Respectivos Titulares.

O PRESIDENTE DA REPBLICA:Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1 - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Servio e do Fundo de Participao PIS-PASEP, no recebidos em vida pelos respectivos titulares, sero pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdncia Social ou na forma da legislao especfica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvar judicial, independentemente de inventrio ou arrolamento. 1 - As quotas atribudas a menores ficaro depositadas em caderneta de poupana, rendendo juros e correo monetria, e s sero disponveis aps o menor completar 18 (dezoito) anos, salvo autorizao do juiz para aquisio de imvel destinado residncia do menor e de sua famlia ou para dispndio necessrio subsistncia e educao do menor. 2 - Inexistindo dependentes ou sucessores, os valores de que trata este artigo revertero em favor, respectivamente, do Fundo de Previdncia e Assistncia Social, do Fundo de Garantia do Tempo de Servio ou do Fundo de Participao PIS-PASEP, conforme se tratar de quantias devidas pelo empregador ou de contas de FGTS e do Fundo PIS PASEP.Art. 2 - O disposto nesta Lei se aplica s restituies relativas ao Imposto de Renda e outros tributos, recolhidos por pessoa fsica, e, no existindo outros bens sujeitos a inventrio, aos saldos bancrios e de contas de cadernetas de poupana e fundos de investimento de valor at 500 (quinhentas) Obrigaes do Tesouro Nacional.Pargrafo nico. Na hiptese de inexistirem dependentes ou sucessores do titular, os valores referidos neste artigo revertero em favor do Fundo de Previdncia e Assistncia Social.Art. 3 - Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao.Art. 4 - Revogam-se as disposies em contrrio.Braslia, 24 de novembro de 1980; 159 da Independncia e 92 da Repblica.CPC

Art.1.037.Independer de inventrio ou arrolamento o pagamento dos valores previstos na Lei no 6.858, de 24 de novembro de 1980.No se deve confundir alvar judicial com alvar incidental que comum no dia a dia forense. O alvar incidental a autorizao requerida ao juiz do inventrio para levantar bens ou valores pertencentes ao esplio (Ex.: um menor de idade herdeiro que precisa de dinheiro para custear os seus estudos).

Ressalte-se que todo alvar incidental implicar em antecipao de herana, ou seja, aquele bem entregue pelo alvar ser deduzido da cota-parte do interessado quando da partilha. Se assim no fosse haveria quebra da igualdade sucessria. Por isso que se diz que todo alvar incidental ter natureza antecipatria.Mas pode acontecer que o dinheiro seja liberado para fazer jus a despesas do esplio e, neste caso, no ser descontado de ningum na partilha porque ser partilhado por todos.

2) Lei n 11.441/2007 (que permitiu o Inventrio Administrativo ou o Inventrio Cartorrio):Requisitos para o Inventrio em Cartrio:

1) Inexistncia de interesse de incapaz vale dizer todos os herdeiros e legatrios devem ser maiores e capazes.

2) Concordncia dos interessados quanto partilha, ou seja, inexistncia de litgio.

3) Inexistncia de testamento. Porque too testamento necessita de homologao judicial mesmo que seja testamento pblico. Havendo testamento ser imprescindvel tambm a atuao do MP como fiscal da lei.4) Comprovao prvia do recolhimento fiscal.

5) Assistncia por advogado ou defensor pblico. As partes podem no ir pessoalmente ao cartrio fazendo-se representar por procurador constitudo por instrumento pblico e com poderes especiais. A presena do procurador no elimina a presena do advogado. possvel no Inventrio Administrativo a gratuidade de taxas, mas jamais alcanar a iseno de tributos.O Inventrio Administrativo no se submete s regras de competncia judicial. Desse modo, mesmo que a pessoa tenha seu domiclio em uma cidade, tenha falecido em outra cidade e tenha imveis em uma terceira cidade o Inventrio Administrativo poder ser feito em uma quarta cidade diferente das demais porque o Inventrio Administrativo pode ser feito em qualquer cartrio do Brasil independentemente das regras de competncia judicial.

Regras do Inventrio Tradicional:

1) Competncia para Processar e Julgar o Inventrio:O CC e o CPC, dizem a mesma coisa, ou seja, que o foro para processar e julgar o inventrio ser no ltimo domiclio do falecido porque presumidamente al que estaro presentes os seus interesses:

CC

Art. 1.785. A sucesso abre-se no lugar do ltimo domiclio do falecido.CPC

Art.96.O foro do domiclio do autor da herana, no Brasil, o competente para o inventrio, a partilha, a arrecadao, o cumprimento de disposies de ltima vontade e todas as aes em que o esplio for ru, ainda que o bito tenha ocorrido no estrangeiro.Pargrafo nico., porm, competente o foro:

I-da situao dos bens, se o autor da herana no possua domiclio certo;

II-do lugar em que ocorreu o bito se o autor da herana no tinha domiclio certo e possua bens em lugares diferentes.Esta regra de competncia uma regra de competncia territorial e, portanto, relativa, incidindo sobre ela a Smula 33 do STJ:

STJ - Smula: 33

A INCOMPETENCIA RELATIVA NO PODE SER DECLARADA DE OFICIO.

Apesar do CPC e do CC determinarem que a competncia para processar o inventrio no ltimo domiclio do falecido, se os herdeiros resolverem propor a ao em local diverso dele e no houver proposio de exceo de incompetncia prorroga-se a competncia.

Fixado o foro de competncia, internamente a competncia ser da Vara de Sucesses. Neste caso a competncia absoluta porque em razo da matria, exceto quando houver procedimento de herana jacente ou vacante que a competncia ser da Vara de Fazenda Pblica.Estas regras de competncia so inaplicveis ao Inventrio Administrativo pelo motivo de que ele no se submete s regras de competncia.Na forma do CPC (Art. 984), fixado o juzo competente, ele se torna juzo universal do inventrio porque decidir todas as questes fticas e jurdicas relativas ao inventrio, com exceo das questes de alta indagao que devero ser remetidas para as vias ordinrias. Destaque-se que so questes de alta indagao aquelas que exigem prova e contraprova. No se trata de alta indagao jurdica, alta indagao ftica, ou seja, a questo no foi provada documentalmente.Ex.: discusso sobre indignidade e sobre reconhecimento de paternidade.Se o juzo for competente a questo vai correr naquele juzo mas em apenso ao processo do inventrio.

Da deciso do juiz que delibera se uma questo , ou no, de alta indagao caber agravo.

Competncia Exclusiva da Justia Brasileira (Art. 89 do CPC):

CPC

Art.89.Compete autoridade judiciria brasileira, com excluso de qualquer outra:I-conhecer de aes relativas a imveis situados no Brasil;II-proceder a inventrio e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herana seja estrangeiro e tenha residido fora do territrio nacional.O juiz brasileiro decidir as causas em que o autor da herana seja estrangeiro mas em que o seus bens estejam situados no Brasil, porm, no necessariamente ele utilizar a lei brasileira para resolver a questo. Ele usar a lei mais favorvel de acordo com o Art. 5, XXXI, da CRFB/88:CRFB/88 Art. 5

XXXI - a sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pela lei brasileira em benefcio do cnjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que no lhes seja mais favorvel a lei pessoal do "de cujus";

Prazo de Abertura do Inventrio:CPC

Art. 983. O processo de inventrio e partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a contar da abertura da sucesso, ultimando-se nos 12 (doze) meses subseqentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofcio ou a requerimento de parte.O juiz pode prorrogar estes prazos de ofcio ou requerimento quando houver motivo plausvel.

Se os interessados dentro do prazo de 60 dias no requereram a abertura do inventrio e os prazos no forem prorrogados no h nenhuma consequncia processual, no h prescrio, no h decadncia e o inventrio pode ser aberto mesmo depois deste prazo.

A consequncia jurdica da perda do prazo a aplicao de multa fiscal se houver lei estadual prevendo isso. O STF reconhece a constitucionalidade da multa instituda.STF - SMULA 542

NO INCONSTITUCIONAL A MULTA INSTITUDA PELO ESTADO-MEMBRO, COMO SANO PELO RETARDAMENTO DO INCIO OU DA ULTIMAO DO INVENTRIO.Se a abertura do inventrio no foi intentada no prazo legal o juiz poder decret-la de ofcio na forma do Art. 989 do CPC. Neste caso h uma mitigao do Princpio Dispositivo ou da Inrcia (Art. 2 do CPC) porque se nenhum dos interessados requerer haver atuao do juiz de ofcio porque o inventrio um processo necessrio:

CPC

Art.989.O juiz determinar, de ofcio, que se inicie o inventrio, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.Legitimidade para Processar e Julgar o Inventrio:CPC

Da Legitimidade para Requerer o InventrioArt.987.A quem estiver na posse e administrao do esplio incumbe, no prazo estabelecido no art. 983, requerer o inventrio e a partilha.Pargrafo nico.O requerimento ser instrudo com a certido de bito do autor da herana.Art.988.Tem, contudo, legitimidade concorrente:I-o cnjuge suprstite ou companheiro;II-o herdeiro;III-o legatrio;IV-o testamenteiro;V-o cessionrio do herdeiro ou do legatrio;Vl-o credor do herdeiro, do legatrio ou do autor da herana;Vll-o sndico da falncia do herdeiro, do legatrio, do autor da herana ou do cnjuge suprstite;Vlll-o Ministrio Pblico, havendo herdeiros incapazes;IX-a Fazenda Pblica, quando tiver interesse.No se deve confundir o legitimado para requerer a abertura do inventrio com o inventariante. O legitimado para requerer a abertura do inventrio s tem o dever de comunicar ao juiz o bito e requerer a abertura do inventrio, somente isso. O Art. 988 apresenta um rol de 9 (nove) co-legitimados, legitimados concorrentes. Conforme j visto, se nenhum dos legitimados requererem a abertura do inventrio, em razo do interesse pblico, o juiz o far de ofcio.O requerimento da abertura do inventrio dever ser instrudo com a certido de bito e, alm disso, imprescindvel que o legitimado inclua neste requerimento o valor da causa (Art. 258 do CPC). Segundo este artigo do CPC o valor da causa deve corresponder ao contedo econmico perseguido. O valor da causa no inventrio ser correspondente ao patrimnio do falecido, abatido da meao e de suas dvidas (certas e exigveis) porque meao e dvida no so transmitidas, so pagas.

CPC

Art.258.A toda causa ser atribudo um valor certo, ainda que no tenha contedo econmico imediato.Assim, a meao e as dvidas certas e exigveis do falecido no so computadas para fins de tributao e de custas processuais.

Inventariante:

O inventariante no um herdeiro especial ou diferenciado, mas ele o administrador e representante, em juzo e fora dele, do esplio.

importante notar que o inventariante somente ser nomeado por ato do juiz no curso do procedimento de inventrio. Assim, at que se d a sua nomeao quem representa o esplio o administrador provisrio que ser aquele que estiver na posse. Se vrios sucessores estiverem na posse todos eles sero administradores provisrios do esplio.

Importante lembrar que, quando se tratar de inventariante dativo (da confiana do juiz) ou inventariante judicial (o serventurio da justia que exerce esta funo),eles no representaro o esplio em juzo e fora dele porque ele no tem interesse direto no inventrio. Neste caso quem representa o esplio so os prprios herdeiros.

Ex.: Ao promovida contra o esplio quem citado o inventariante, porm, se ele for dativo ou judicial, devero ser citados todos os herdeiros.

Vale lembrar que o Inventrio em Cartrio ou Administrativo dispensa a figura do inventariante, porm, estranhamente, o Art. 11, da Resoluo n 35 do CNJ, faz aluso ao inventariante no procedimento em cartrio.

CNJ - RESOLUO N 35, DE 24 DE ABRIL DE 2007.

Disciplina a aplicao da Lei n 11.441/07 pelos servios notariais e de registro.

Art 11. obrigatria a nomeao de interessado, na escritura pblica de inventrio e partilha, para representar o esplio, com poderes de inventariante, no cumprimento de obrigaes ativas ou passivas pendentes, sem necessidade de seguir a ordem prevista no art. 990 do Cdigo de Processo Civil.

Nomeao do Inventariante:A nomeao do inventariante se dar de acordo com o rol de pessoas previsto no Art. 990 do CPC.CPC

Art.990.O juiz nomear inventariante:I-o cnjuge (ou companheiro) sobrevivente casado sob o regime de comunho, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste;II-o herdeiro que se achar na posse e administrao do esplio, se no houver cnjuge suprstite ou este no puder ser nomeado;III-qualquer herdeiro, nenhum estando na posse e administrao do esplio;IV-o testamenteiro, se Ihe foi confiada a administrao do esplio ou toda a herana estiver distribuda em legados;V-o inventariante judicial, se houver;Vl-pessoa estranha idnea, onde no houver inventariante judicial (inventariante dativo).Observaes:

Incapaz no pode ser inventariante (REsp 658.831/RS).

RECURSO ESPECIAL N 658.831 - RS (2004/0095197-0)

EMENTA

PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. INVENTRIO. TESTAMENTO. NOMEAO DE INVENTARIANTE. ORDEM LEGAL. ART. 990 DO CPC. NOMEAO DE TESTAMENTEIRO. IMPOSSIBILIDADE. HERDEIROS TESTAMENTRIOS, MAIORES E CAPAZES. PREFERNCIA.

- Para efeitos de nomeao de inventariante, os herdeiros testamentrios so equiparados aos herdeiros necessrios e legtimos.

- Herdeiro menor ou incapaz no pode ser nomeado inventariante, pois impossibilitado de praticar ou receber diretamente atos processuais; sendo que para os quais no possvel o suprimento da incapacidade, uma vez que a funo de inventariante personalssima.

- Os herdeiros testamentrios, maiores e capazes, preferem ao testamenteiro na ordem para nomeao de inventariante.

- Existindo herdeiros maiores e capazes, viola o inciso III, do art. 990, do CPC, a nomeao de testamenteiro como inventariante.

Recurso especial conhecido e provido. Quando se tratar de inventrio conjunto (quando se abre um inventrio dentro de outro inventrio. Ex.: Morreu o pai, abriu-se o inventrio dele e, no curso de seu procedimento, houve o falecimento da me com a abertura de seu inventrio) deve haver inventariante que seja herdeiro comum dos dois inventrios que esto sendo processados conjuntamente. Maria Berenice Dias defende que o inventariante deve ser o parceiro homoafetivo.

O rol do Art. 990 do CPC preferencial, porm, doutrina e jurisprudncia defendem que o juiz pode justificadamente alterar esta ordem quando entender cabvel (Ex.: Quando os herdeiros interessados esto em acirrado conflito).

Da deciso que nomeia ou indefere a nomeao de inventariante caber agravo.

Atribuies do Inventariante:

O inventariante nomeado prestar compromisso de cumprir bem e fielmente sua funo, no prazo de 5 (cinco) dias (Pargrafo nico do Art. 990 do CPC).

O inventariante assume determinadas atribuies e estas atribuies podem, ou no, exigir ato judicirio. Assim, algumas atribuies dadas ao inventariante permitiro sua atuao de ofcio e outras no permitem sua ao de ofcio. Esta matria est regulada nos artigos 991 e 992 do CPC.

CPC

Art.991.Incumbe ao inventariante: (sem autorizao judicial)I-representar o esplio ativa e passivamente, em juzo ou fora dele, observando-se, quanto ao dativo, o disposto no art. 12, 1o; (isto no se aplica ao inventariante dativo ou judicial)II-administrar o esplio, velando-lhe os bens com a mesma diligncia como se seus fossem;III-prestar as primeiras e ltimas declaraes pessoalmente ou por procurador com poderes especiais;IV-exibir em cartrio, a qualquer tempo, para exame das partes, os documentos relativos ao esplio;V-juntar aos autos certido do testamento, se houver; (na hiptese de haver testamento homologado)Vl-trazer colao os bens recebidos pelo herdeiro ausente, renunciante ou excludo; (se no o fizer, alm de sua remoo, pode sofrer a pena de sonegados)Vll-prestar contas de sua gesto ao deixar o cargo ou sempre que o juiz Ihe determinar;Vlll-requerer a declarao de insolvncia (art. 748). Art.992.Incumbe ainda ao inventariante, ouvidos os interessados (inclusive o MP se ele atuar) e com autorizao do juiz:I-alienar bens de qualquer espcie;II-transigir em juzo ou fora dele;III-pagar dvidas do esplio;IV-fazer as despesas necessrias com a conservao e o melhoramento dos bens do esplio.

O STJ a partir do REsp140.369/RS passou a entender que a prtica de qualquer destes atos do Art. 992, sem autorizao judicial implica em nulidade do ato.

Remoo e Destituio do Inventariante:

Remoo e Destituio so hipteses de afastamento do inventariante. Tanto a remoo como a restituio pressupe a formao do devido processo legal.

a) Remoo punio imposta ao inventariante que cometeu uma falta ou um deslize. (Ex.: falta de prestao de contas; abandono do procedimento).Ela requerida pelo interessado ou pelo MP atravs de um incidente processual. No Brasil, em nome do interesse pblico que existe no inventrio, admite-se que o procedimento seja iniciado de ofcio pelo juiz.

A Remoo um procedimento incidente que tramita em apenso. O inventariante ser citado para se defender no prazo de 5 (cinco) dias.

Contra esta deciso de remoo cabe agravo. Se porventura a deciso for de remoo o juiz ter que indicar o substituto evitando que o inventrio sofra uma soluo de continuidade.

b) A Destituio no tem carter punitivo. Ela est ligada a um fato externo que, de algum modo, impede ou atrapalha o exerccio da inventariana (Ex.: o inventariante foi preso; foi interditado).

A Destituio no depende de processo incidente porque no tem natureza punitiva. Alm disso, de qualquer sorte, o juiz est obrigado a indicar os fundamentos da deciso de destituio, ele est obrigado a dizer quais foram os motivos que ensejaram a destituio do inventariante porque o Art. 93 da CRFB/88 exige a motivao de decises judiciais.Caber agravo contra a deciso de destituio porque deciso no terminativa. Essa deciso, por bvio, dever indicar o substituto.

O inventariante restitudo ou removido obrigado a devolver todos os bens e documentos do esplio que estejam sob sua posse. Caso ele no devolva os referidos documentos caber busca e apreenso ou imisso na posse se mvel ou imvel respectivamente.Procedimento do Inventrio Tradicional ou Solene:

Em se tratando de Arrolamento (Comum ou Sumrio Arts 1.031 e 1.036 do CPC)este procedimento ser simplificado.

1) Petio Inicial: uma petio simples que vai comunicar o bito devendo vir com a certido de bito e com o valor da causa.2) Deciso de Nomeao do Inventariante:

O juiz no est obrigado a nomear o inventariante que foi solicitado na inicial podendo nomear quem ele entender desde que motivadamente.3) Compromisso do Inventariante:

O inventariante deve prestar compromisso no prazo de 5 dias.

4) Apresentao das Primeiras Declaraes:

o momento em que o herdeiro vai indicar quem so os herdeiros, quais so os bens a serem transmitidos, quais so as dvidas. uma espcie de balano geral do esplio.

5) Citaes:

CPC

Art.999.Feitas as primeiras declaraes, o juiz mandar citar, para os termos do inventrio e partilha, o cnjuge (o companheiro), os herdeiros, os legatrios, a Fazenda Pblica, o Ministrio Pblico, se houver herdeiro incapaz ou ausente (tecnicamente no ser citado mas intimado), e o testamenteiro, se o finado deixou testamento.(Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)1oCitar-se-o, conforme o disposto nos arts. 224 a 230 (citao pessoal), somente as pessoas domiciliadas na comarca por onde corre o inventrio ou que a foram encontradas; e por edital, com o prazo de 20 (vinte) a 60 (sessenta) dias, todas as demais, residentes, assim no Brasil como no estrangeiro.(Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)2oDas primeiras declaraes extrair-se-o tantas cpias quantas forem as partes.(Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)3oO oficial de justia, ao proceder citao, entregar um exemplar a cada parte. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)4oIncumbe ao escrivo remeter cpias Fazenda Pblica, ao Ministrio Pblico, ao testamenteiro, se houver, e ao advogado, se a parte j estiver representada nos autos. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)O 1 do Art. 999 do CPC prev a citao pessoal das pessoas domiciliadas na comarca onde corre o inventrio ou que ali forem encontradas e, por edital, todas as demais. Ele encontra-se em rota de coliso com o texto constitucional que prev a garantia do devido processo legal. Porm, para Alexandre Freitas Cmara e para a maioria da doutrina no h inconstitucionalidade porque o quinho daquele herdeiro citado por edital ser separado pelo juiz no havendo qualquer prejuzo para ele.6) Fase de Impugnaes:CPC

Art.1.000.Concludas as citaes, abrir-se- vista s partes, em cartrio e pelo prazo comum de 10 (dez) dias, para dizerem sobre as primeiras declaraes. Cabe parte:I-argir erros e omisses;II-reclamar contra a nomeao do inventariante;III-contestar a qualidade de quem foi includo no ttulo de herdeiro.Pargrafo nico.Julgando procedente a impugnao referida no no I, o juiz mandar retificar as primeiras declaraes. Se acolher o pedido, de que trata o no II, nomear outro inventariante, observada a preferncia legal. Verificando que a disputa sobre a qualidade de herdeiro, a que alude o no III, constitui matria de alta indagao, remeter a parte para os meios ordinrios e sobrestar, at o julgamento da ao, na entrega do quinho que na partilha couber ao herdeiro admitido.Esta impugnao tem natureza jurdica de verdadeira contestao, tanto que, alm de arguir erros e reclamar a nomeao do inventariante o interessado pode arguir preliminares, ou seja, ele pode promover uma defesa de mrito e uma defesa processual.

Tambm relevante lembrar que, se houver impugnao da qualidade de herdeiro, de uma das pessoas indicadas nas primeiras declaraes, o juiz dever sobrestar a entrega do quinho remetendo as partes s vias ordinrias. Note-se que o juiz somente suspende a entrega do quinho daquela pessoa mas o inventrio no ser suspenso em nenhuma hiptese.

No entanto, a deciso suspensiva, a deciso que sobrestar a entrega do quinho, decair se no for promovida a ao principal no prazo de 30 dias. Se ela no for proposta no prazo de 30 dias, cessar o sobrestamento da entrega do quinho.

7) Fase de Avaliaes:Nesta fase os bens sero apreciados. O juiz designar um avaliador para levantar o valor dos bens (que ser importante, tanto para fins tributrios como para fins de partilha).Se houver interesse de incapaz, a avaliao ser necessariamente judicial, ou seja, ser feita por perito judicial.

Pode ser dispensada a avaliao sempre que inexistir conflito entre as partes e interesse de incapaz e a Fazenda Pblica anuir.

Tambm ser dispensada a avaliao se houver impugnao do valor pela Fazenda Pblica aceita pelos interessados.

As avaliaes judiciais devero ser feitas de acordo com o que dispem os Artigos 681 a 683 do CPC (dispositivos que tratam da avaliao na penhora de bens).

CPC

Art. 681. O laudo da avaliao integrar o auto de penhora ou, em caso de percia (art. 680), ser apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo conter: (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).I-a descrio dos bens, com os seus caractersticos, e a indicao do estado em que se encontram;II-o valor dos bens.Pargrafo nico. Quando o imvel for suscetvel de cmoda diviso, o avaliador, tendo em conta o crdito reclamado, o avaliar em partes, sugerindo os possveis desmembramentos. (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).Art.682.O valor dos ttulos da dvida pblica, das aes das sociedades e dos ttulos de crdito negociveis em bolsa ser o da cotao oficial do dia, provada por certido ou publicao no rgo oficial.Art. 683. admitida nova avaliao quando: (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).I - qualquer das partes argir, fundamentadamente, a ocorrncia de erro na avaliao ou dolo do avaliador; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).II - se verificar, posteriormente avaliao, que houve majorao ou diminuio no valor do bem; ou (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).III - houver fundada dvida sobre o valor atribudo ao bem (art. 668, pargrafo nico, inciso V).8) ltimas Declaraes:CPC

Art.1.012.Ouvidas as partes sobre as ltimas declaraes no prazo comum de 10 (dez) dias, proceder-se- ao clculo do imposto. o ltimo momento para que se indique algum herdeiro que foi preterido, ou se formule algum requerimento ou se impugne.

Esta fase muito importante para o Direito Civil porque o prazo para as ltimas declaraes um prazo fatal para que o interessado traga bens colao (aqueles bens que lhe foram antecipados Ex.: pai que doou para o filho).

Se o bem no foi colacionado at o limite das ltimas declaraes poder ser caracterizado os sonegados, havendo a possibilidade da propositura de uma ao de condenao chamada ao de sonegados.A ao de sonegados serve para condenar aquele que deveria ter colacionado e no o fez. Esta ao tem prazo prescricional de 10 anos para sua propositura.

Nesta ao de sonegados a pena aplicada a perda do direito hereditrio sobre o bem sonegado, no a perda da qualidade hereditria.

Esta ao tramitar no juzo do inventrio em apenso. A discusso de sonegados no se pode dar nos autos do inventrio porque ela uma questo de alta indagao.

9) Pagamento de Dvidas e Recolhimento Fiscal:No que tange ao pagamento de dvidas o CPC estabelece que se a dvida liquida, certa e exigvel, o credor pode escolher entre habilitar o crdito diretamente no inventrio ou ajuizar uma ao autnoma cabvel (de cobrana, de execuo, monitria, etc.).

Quando ele ajuza a ao cabvel, de ordinrio, ele j o faz com uma medida incidental cautelar de bloqueio de quinho para reservar os seus interesses no esplio. Para que o juiz da sua ao reserve aquele quinho at que o direito creditcio seja discutido.S existe um credor que est obrigado a cobrar pelas vias ordinrias, afinal de contas, o mecanismo de cobrana do crdito fiscal o executivo fiscal. A Fazenda Pblica, portanto, no pode se habilitar nos autos do inventrio, ela tem de promover a ao de execuo fiscal.

CPC

Art.1.018.No havendo concordncia de todas as partes sobre o pedido de pagamento feito pelo credor, ser ele remetido para os meios ordinrios.Pargrafo nico.O juiz mandar, porm, reservar em poder do inventariante bens suficientes para pagar o credor, quando a dvida constar de documento que comprove suficientemente a obrigao e a impugnao no se fundar em quitao.Jurisprudncia do STF sobre o Recolhimento Fiscal do Inventrio:

STF - SMULA 112

O IMPOSTO DE TRANSMISSO "CAUSA MORTIS" DEVIDO PELA ALQUOTA VIGENTE AO TEMPO DA ABERTURA DA SUCESSO.

STF - SMULA 331

LEGTIMA A INCIDNCIA DO IMPOSTO DE TRANSMISSO "CAUSA MORTIS" NO INVENTRIO POR MORTE PRESUMIDA.

STF - SMULA 115

SOBRE OS HONORRIOS DO ADVOGADO CONTRATADO PELO INVENTARIANTE, COM A HOMOLOGAO DO JUIZ, NO INCIDE O IMPOSTO DE TRANSMISSO "CAUSA MORTIS".STF - SMULA 114

O IMPOSTO DE TRANSMISSO "CAUSA MORTIS" NO EXIGVEL ANTES DA HOMOLOGAO DO CLCULO.STF - SMULA 590

CALCULA-SE O IMPOSTO DE TRANSMISSO "CAUSA MORTIS" SOBRE O SALDO CREDOR DA PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMVEL, NO MOMENTO DA ABERTURA DA SUCESSO DO PROMITENTE VENDEDOR.

10) Deciso de Partilha:

o ltimo momento do inventrio. Todo inventrio desemboca em partilha, mesmo quando ele tramitou sobre forma de arrolamento.Esta partilha pode ser:

Judicial

Amigvel

Inter Vivos (Art. 2.015 do CC) Causa Mortis

A partilha somente poder ser amigvel se todos os herdeiros forem maiores e capazes e no houver conflito de interesses. Se h interesse de incapaz ou se h conflito entre eles a partilha ser, necessariamente, judicial.Se a partilha judicial ela comporta ao rescisria que deve ser promovida no prazo de 2 (dois) anos (Art. 1.030 do CPC). Se a partilha for amigvel ela comporta ao anulatria no prazo de 1 (um) ano (Pargrafo nico do Art. 1.029 do CPC).

Obs.: No se deve confundir emenda da partilha com sobrepartilha. Emenda da Partilha: para correo de erros materiais (Ex.: o juiz chamou de Jos quem era Joo; ele falou que o quinho era de 50 quando era de 500). Para emenda da partilha no h prazo.

Sobrepartilha: uma nova partilha para bens que indevidamente no foram includos. Aquele bem que no foi includo ser partilhado por sobrepartilha.

LICC - Art.5o Na aplicao da lei, o juiz atender aos fins sociais a que ela se dirige e s exigncias do bem comum.

CPC - Art.984.O juiz decidir todas as questes de direito e tambm as questes de fato, quando este se achar provado por documento, s remetendo para os meios ordinrios as que demandarem alta indagao ou dependerem de outras provas.

CPC - Art.2oNenhum juiz prestar a tutela jurisdicional seno quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.

Esta ao pode ser, por exemplo, uma negatria de paternidade, uma ao de indignidade ou de deserdao.

O prazo prescricional porque a ao condenatria.

H conexo entre as matrias e, por isso, a competncia se d por preveno.

CC - Art. 2.015. Se os herdeiros forem capazes, podero fazer partilha amigvel, por escritura pblica, termo nos autos do inventrio, ou escrito particular, homologado pelo juiz.

CPC - Art.1.030. rescindvel a partilha julgada por sentena:

I-nos casos mencionados no artigo antecedente;

II-se feita com preterio de formalidades legais;

III-se preteriu herdeiro ou incluiu quem no o seja.

CPC - Art.1.029.A partilha amigvel, lavrada em instrumento pblico, reduzida a termo nos autos do inventrio ou constante de escrito particular homologado pelo juiz, pode ser anulada, por dolo, coao, erro essencial ou interveno de incapaz. HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm" \l "art1029" (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)

Pargrafo nico.O direito de propor ao anulatria de partilha amigvel prescreve em 1 (um) ano, contado este prazo: HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm" \l "art1029" (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)

I-no caso de coao, do dia em que ela cessou; HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm" \l "art1029" (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)

II-no de erro ou dolo, do dia em que se realizou o ato; HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm" \l "art1029" (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)

III-quanto ao incapaz, do dia em que cessar a incapacidade.

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