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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCO PESSOA CURSO DE HABILITAÇÃO DE OFICIAIS- BOMBEIRO MILITAR MANUEL HENRIQUES DA ROCHA ERGONOMIA NA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL DO TRABALHO DO BOMBEIRO MILITAR JOAO PESSOA - PB 2016

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA ACADEMIA DE … · 1º Examinador (a) _____ 2º Examinador (a) JOÃO PESSOA - PB 2016. RESUMO Este artigo apresenta uma revisão de literatura

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA

ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCO PESSOA

CURSO DE HABILITAÇÃO DE OFICIAIS- BOMBEIRO MILITAR

MANUEL HENRIQUES DA ROCHA

ERGONOMIA NA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL DO TRABALHO

DO BOMBEIRO MILITAR

JOAO PESSOA - PB

2016

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MANUEL HENRIQUES DA ROCHA

ERGONOMIA NA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL DO TRABALHO

DO BOMBEIRO MILITAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao curso de Habilitação de Oficiais - Bombeiro

Militar, CHO 2016, da Academia Bombeiro

Militar Aristarco Pessoa, como requisito para a

conclusão do curso.

Orientador: 1º Tenente Pablo honorato

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

1º Tenente Pablo Honorato

Orientador/Presidente

_____________________________________________

1º Examinador (a)

_____________________________________________

2º Examinador (a)

JOÃO PESSOA - PB

2016

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RESUMO

Este artigo apresenta uma revisão de literatura sobre a ergonomia na comunicação operacional

no trabalho diário dos bombeiros. Foi realizada uma pesquisa na Internet e foram trabalhados

com artigos referentes ao assunto que datasse de 2010 a 2016 capazes de aumentar o

conhecimento acerca do tema. A ergonomia é a ciência responsável pelo estudo das

características do meio ambiente físico do trabalho, tempo utilizado para realizar uma tarefa, o

modelo de treinamento e aprendizagem e as lideranças em que o trabalhador está submetido

regularmente. Os objetivos deste trabalho foram, de forma geral: analisar a importância da

ergonomia na comunicação operacional do trabalho do bombeiro militar; de forma específica:

discorrer sobre a ergonomia no trabalho diário dos bombeiros; identificar as leis que

assegurem aos bombeiros uma melhor qualidade de trabalho; e verificar quais os principais

problemas ergonômicos que atingem os bombeiros militares. A ergonomia está classificada

como ergonomia cognitiva, operacional e organizacional. Também se identificaram a carga e

atividade mental e o ambiente de trabalho e humanização como fatores que podem afetar as

atividades produtivas e o trabalho pode ocupar grande destaque em favor da saúde ou também

pode atuar contra, dependendo da forma como seja executado. Os riscos ocupacionais são

uma constante no dia-a-dia no trabalho dos bombeiros e faz-se necessário a utilização de

equipamento de proteção individual pois é um direito assegurado por lei. Os bombeiros

executam suas atividades laborais submetidos a grande pressão e estresse e a grande maioria

não sabe dos riscos aos quais estão sujeitos, no entanto, são capazes de realizar essas tarefas,

mesmo sob muito estresse, desempenhando atividades que civis não estariam aptos a

realizarem.

PALAVRAS-CHAVE: Comunicação. Ergonomia. Bombeiros. Riscos. Leis.

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ABSTRACT

This article presents a review of the literature on ergonomics in operational communication in

the daily work of firefighters. An Internet search was carried out and articles related to the

subject were published from 2010 to 2016 capable of increasing knowledge about the subject.

Ergonomics is the science responsible for studying the characteristics of the physical

environment of work, the time taken to perform a task, the model of training and learning, and

the leaderships in which the worker is submitted regularly. The objectives of this work were,

in general: to analyze the importance of ergonomics in the operational communication of the

work of the military firefighter; Specifically: discuss ergonomics in the daily work of

firefighters; Identify laws that ensure a better quality of work for firefighters; And check

which are the main ergonomic problems that affect the military firefighters. Ergonomics is

classified as cognitive, operational and organizational ergonomics. Mental load and activity

and the work environment and humanization have also been identified as factors that can

affect productive activities, and work may occupy a prominent position in favor of health or

may also act against, depending on how it is performed. Occupational hazards are a constant

in the day-to-day work of firefighters and it is necessary to use personal protective equipment

as it is a right assured by law. Firefighters carry out their work activities under great pressure

and stress, and the vast majority do not know the risks they are subjected to, yet they are able

to perform these tasks, even under a lot of stress, performing activities that civilians would

not be able to perform.

KEYWORDS: Communication. Ergonomics. Firefighters. Scratchs. Laws.

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, os bombeiros vêm se deparando com situações mais arriscadas,

devido ao grande processo de urbanização e até mesmo o de povoamento de grandes áreas de

riscos de difícil acesso por populações mais carentes que. A questão da ergonomia na

comunicação operacional do trabalho do bombeiro militar faz-se urgente, pois é através do

trabalho organizado e sincronizado que os bombeiros são capazes de salvar vidas e

protegerem suas próprias vidas e as vidas dos seus colegas de trabalho.

A escolha do tema se deu devido fato de verificar a importância da ergonomia no

trabalho diário da corporação de bombeiros militares, para um bom desempenho de suas

tarefas.

O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo polonês W.

Jastrzebowski, que publicou um artigo intitulado “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho

baseada nas leis objetivas da ciência da natureza” (JARUFE, 2012).

Os bombeiros militares trabalham, constantemente, com situações de risco que

exigem grandes esforços para superar as adversidades encontradas. A ergonomia visa

observar as características psicofisiológicas dos trabalhadores buscando proporcionar o

máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Assim, questiona-se se os bombeiros

militares estão recebendo os treinamentos necessários e têm uma condição de trabalho que os

façam sentir seguros na comunicação operacional do seu trabalho?

De acordo com Santos (2008), a ergonomia é a ciência que estuda as

características do meio ambiente físico do trabalho, tempo utilizado para realizar uma tarefa, o

modelo de treinamento e aprendizagem e as lideranças, dentre outros. Por isso, este projeto se

justifica pela importância de confirmar que a Ergonomia é essencial no processo da

comunicação operacional no trabalho dos bombeiros militares.

Costa (2012) afirma que 0 ambiente de trabalho dos bombeiros é diversificado e

muitas vezes realizado em condições desfavoráveis, o que pode implicar vários riscos à saúde,

que vão desde leves ferimentos até mesmo a lesões fatais.

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1. 1 OBJETIVOS

1.1.1 Geral

Analisar a importância da ergonomia na comunicação operacional do trabalho do

bombeiro militar.

1.1.2 Objetivos Específicos

● Discorrer sobre a ergonomia no trabalho diário dos bombeiros;

● Identificar as leis que assegurem aos bombeiros uma melhor qualidade de

trabalho;

● Verificar quais os principais problemas ergonômicos que atingem os bombeiros

militares.

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2 ERGONOMIA

De acordo com Brasil (2007) a Norma Regulamentadora 17 - NR117, afirma que

a Ergonomia “visa ao estabelecimento de parâmetros que permitam a adaptação das condições

de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o

máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”.

A ergonomia analisa as atividades de trabalho em seu contexto real, levando em

consideração as questões técnicas, organizacionais e a relação destes com o homem no

ambiente de produção e ainda trabalha conceito de tarefa e atividade, definindo a tarefa como

o trabalho prescrito que é idealizado no campo das ideias e normas; e a atividade são as

condições e situações em que ocorre a efetivação da ação de trabalho (PIRES, 2016)

Para Moraes e Mont’Alvão (2003) os estudos interdisciplinares e a

industrialização foram primordiais para o surgimento da Ergonomia. Os autores alegam que

os estudos de engenheiros, psicólogos e fisiólogos buscavam adaptar operacionalmente

equipamentos, ambientes e tarefas aos aspectos neuropsicológicos, aos limites psicológicos de

memória, a atenção e ao processamento de informações, esses estudos interdisciplinares

viriam a contribuir para resolução de problemas e tomada de decisões de acordo com as

características cognitivas de seleção de informações. A Ergonomia pode ser identificada

como: cognitiva, operacional e organizacional.

2.1 Ergonomia Cognitiva

De acordo com Moraes e Mont’Alvão (2003) a este tipo de ergonomia se

caracteriza por características relativas com questões de compreensões, lógica, etc.

Ergonomia Cognitiva conhecida também como engenharia psicológica, trata-se do aspecto

mental (percepção, atenção, armazenamento e recuperação de memória, etc.). Estuda a

capacidade e os processos de formação e produção de conhecimentos em sistema em geral.

Incluem carga mental de trabalho, desempenho de habilidades, erro humano, interação entre o

ser humano e a máquina. (VIDAL, 2007 citado por ALMEIDA 2008).

Conforme a IEA - Internacional Ergonomics Association (Associação de

Ergonomia Internacional), a ergonomia cognitiva se preocupa com processos mentais

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relacionados com atividade de trabalho, como percepção, memória, raciocínio e resposta

motora, em seu impacto sobre as interações entre as pessoas e outros elementos de um

sistema. Os objetos de estudo incluem a carga de trabalho mental, desempenho de tomadas de

decisão, desempenho, interação homem-máquina-ambiente, confiabilidade humana, estresse

no trabalho e treinamento (LIMA, 2016).

2.2 Ergonomia Operacional

Moraes e Mont’Alvão (2003) identificam alguns aspectos como da ergonomia

operacional, tais como: o ritmo intenso das atividades, a repetitividade e monotonia inerente

ao processo produtivo, bem como a pressão por prazos de produção e de controle.

2.3 Ergonomia Organizacional

Para Moraes e Mont’Alvão (2003) esse tipo de ergonomia trabalha com ligados a

falta de parcelamento adequado das atividades, participação, gestão, jornada de trabalho com

avaliação de horário, turnos e escalas, bem como a falta de seleção e treinamento de pessoal,

visando capacitação para as atividades produtivas.

Para Lima (20016) a ergonomia ocupacional está preocupada com a otimização

dos sistemas de sócio- técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, que define as

regras e processos de trabalho. Os objetos de estudo incluem comunicações, projetos de

trabalho (gestão de recursos humanos), programação do trabalho em grupo (horários de

trabalho), trabalho cooperativo (trabalho em equipe), cultura organizacional (novas formas de

trabalho).

2.4 FATORES QUE AFETAM AS ATIVIDADES PRODUTIVAS

Correia e Silveira (2009) afirmam que existem alguns fatores que podem afetar

diretamente as atividades produtivas dos indivíduos em seus ambientes de trabalho

comprometendo de forma positiva ou negativa os resultados esperados. Esses fatores são

identificados como: Carga e atividade mental e Ambiente de Trabalho e Humanização.

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2.5 TRABALHO

Costa (2015) afirma que com o passar dos tempos, a palavra “trabalho” passou a

ter um conotação associada à tortura, e foi a partir do século XVI, com a Revolução

Industrial, que esta palavra começou a tomar o significado que hoje se conhece. Os

trabalhadores fabris adquirem uma nova cultura sobre o trabalho, em que as normas, os

tempos e as relações são ditados pela acumulação de capital.

Definir o conceito de trabalho é uma tarefa complexa, não apenas porque suas

práticas são variáveis mas também porque o seu sentido pode variar ao longo do tempo e pode

mudar de uma sociedade para outra (TERSSAC; MAGGI, 2004). O trabalho pode ser fonte de

plenitude e realização pessoal (DOPPLER, 2007)

O trabalho é considerado um dos pilares fundamentais da sociedade e ocupa

grande parte dos indivíduos, representando um dos aspetos mais importantes da vida pessoal,

social e organizacional (COSTA, 2015).

Assim, o trabalho pode ocupar um lugar de destaque em favor da saúde, pois ao

corporizar as dimensões pessoais e sociais da pessoa, responde às necessidades de

autorrealização, construção da identidade, bem como a interação satisfatória com os outros

(ARAÚJO, 2003).

Faz-se importante ressaltar que todo trabalho têm a sua carga e exige do

trabalhador. “Em Ergonomia entendemos carga de trabalho como sendo a resultante das

exigências sobre o indivíduo no decorrer de sua atividade de trabalho que pesam sobre o

desempenho [...]” (VIDAL, 2011, p. 249). Sendo assim, a carga de trabalho pode ser

compreendida como o produto final das exigências sobre o trabalhador ao longo do seu

período de trabalho que influenciam diretamente no desempenho de suas atividades laborais

(PIRES, 2015).

Outro fato de extrema relevância é a separação e entendimento acerca de tarefa e

atividade que está explicado nas palavras de Pires (2015), ao afirmar que:

O conceito de tarefa e atividade é fundamental para a análise de uma

atividade de trabalho, visto que a tarefa é pensada a partir de

condições ideais para a realização de um determinado tipo de trabalho

e a atividade é a condição concreta em que este determinado trabalho

é executado (PIRES, 2015, p. 35).

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2.5.1 Organização no Trabalho

A Norma Regulamentadora 17, estabelece que a organização do trabalho deve ser

adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser

executado (BRASIL, 2007). Ainda de acordo com Brasil (2007), quando se refere à

organização do trabalho, deve-se levar em consideração, no mínimo: a) as normas de

produção; b) o modo operatório; c) a exigência de tempo; d) a determinação do conteúdo de

tempo; e) o ritmo de trabalho; e f) o conteúdo das tarefas.

De acordo com Couto (2002) “organização do trabalho é todo o conjunto de ações

feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a prescrição de trabalho, objetivos, planos e

metas, ditada pela direção da organização sejam cumpridos”.

Correia e Silveira (2009) afirmam que a organização do trabalho tem por objetivo

estabelecer regras, procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar o

rendimento e a qualidade das atividades produtivas, bem como atender as necessidades de

sequenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho.

2.5.2 Riscos

Um grave problema enfrentado pelo trabalho diário dos bombeiros, sãos os riscos

que este profissionais sofrem diariamente, pois estão sujeitos a inúmeras intempéries e a

execução de suas tarefas, além de permitirem salvar vidas das outras pessoas, acabam

colocando em risco a própria vida do bombeiro militar. Por isso, observa-se o que se assevera

acerca dos riscos de trabalho de acordo com o que preconiza a Medicina do Trabalho.

A medicina do trabalho utiliza o conceito de “risco” para dar conta dos elementos

presentes no centro do trabalho que podem causar danos ao corpo do trabalhador.

Define, dessa maneira, os riscos como agentes nocivos isolados que podem causar

doenças. Dado que quase sempre os conceitua num esquema monocausal, nem

sequer chegam a ser os “fatores de risco” do modelo epidemiológico multicausal,

que postula a necessidade da presença simultânea de vários deles para que se

produza a doença. A noção de “risco” da medicina do trabalho, que ademais é

diferente da dos “grupos de risco” do Modelo Operário Italiano, consigna, pois,

elementos isolados entre si e da dinâmica global do processo de trabalho.

(LAURELL; NORIEGA, 1989, p. 109-110).

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Em seu início, o risco era considerado como sendo um elemento presente no

ambiente de trabalho que poderia causar algum efeito negativo sobre o trabalhador. Com o

Modelo Operário Italiano (MOI) surge o conceito de grupos de risco, ou seja, um conjunto de

elementos presentes no ambiente de trabalho que ao interagirem com o homem durante a

atividade laboral poderiam causar algum tipo de enfermidade.

2.5.2.1 Riscos Ocupacionais

De acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), os riscos

ocupacionais são os acidentes ou doenças a que estão expostos os trabalhadores, tanto na

prática quanto pelo motivo da atividade desempenhada (BVS, 2011).

Uma das preocupações desta pesquisa, refere-se aos tipos de riscos ergonômicos

aos quais estão expostos os bombeiros militares e, conforme Nitschke et. al. (2000), os eixos

que direcionam a intervenção em ergonomia são a segurança dos indivíduos e dos

equipamentos, a eficácia e o conforto dos trabalhadores nas situações e trabalho, tendo por

finalidade o melhoramento e a conservação da saúde dos trabalhadores. Levantamento e

transporte manual de peso, ritmo excessivo e posturas inadequadas e trabalho em turnos são

exemplos de riscos ergonômicos (UEM, 2011).

Baumgart (2012), na sua lista de pesquisa acerca dos riscos ergonômicos, aos

quais estavam expostos os bombeiros militares, classificou-os em: levantamento e transporte

manual de peso; monotonia; repetitividade; responsabilidade; ritmos excessivos; posturas

inadequadas; e trabalho em turnos.

2.5.2.2 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

A NR-36 assegura que os equipamentos ou ferramentas devem promover a

adoção de posturas e movimentos adequados, deve ter fácil utilização e propiciar o conforto

no seu manuseio, fazendo com que o trabalhador não tenha que fazer uso excessivo de força,

pressão, preensão, flexão, extensão ou torção dos segmentos corporais, sendo necessário que

se adotem medidas preventivas para permitir o uso correto, sendo inclusas medidas como

afiação e adequação de ferramentas e equipamentos; treinamento e orientação, na admissão e

periodicamente, no mínimo (BRASIL, 2016).

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Equipamentos como luvas, máscaras, capacetes, botas, dentre outros, possibilitam

ao trabalhador, uma maior segurança ao desempenhar suas atividades profissionais. A Norma

Regulamentadora - 6 (NR-6) considera Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo e

qualquer dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à

proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 1978).

Geralmente, sempre se associa o termo segurança no trabalho aos equipamentos

de proteção individual (EPI), ou então, a acontecimento de acidentes de trabalho, afastamento

temporário ou permanente etc., e destaca-se que para algumas empresas dotar seu processo

produtivo de segurança, ainda faz parte da lista de obrigações, no entanto, estas empresas

acabam se esquecendo que, além de máquinas e ferramentas, pessoas atuam nesses processos

(MORAES; PILATTI; COVALESKI, 2005). Os EPI’s têm o objetivo de aumentar a

segurança do profissional durante o atendimento das ocorrências (BAUMGART,, 2012).

2.6 BOMBEIROS MILITARES

Em 2 de julho de 1856, o Imperador D. Pedro II assinou o Decreto Imperial n.

1.775, que regulamentava, pela primeira vez no Brasil, o Corpo de Bombeiros Provisório da

Corte (Cascavel, 2011 apud PRADO 2011).

Antes da criação do Corpo de Bombeiros, o serviço de extinção de incêndios no

Rio de Janeiro era realizado por seções dos Arsenais de Guerra da Marinha, da Casa de

Correção e da Repartição de Obras Públicas. Quando havia um incêndio na cidade, os

bombeiros eram avisados por três disparos de canhão, partidos do Morro do Castelo, e por

toques de sinos da igreja de São Francisco de Paula, correspondendo o número de badaladas

ao número da freguesia onde se verificava o sinistro. Esses toques eram então reproduzidos

pela igreja matriz da freguesia, quando recebiam aviso de incêndio (Cascavel, 2011 apud

PRADO 2011).

Os bombeiros militares desempenham um trabalho é extremamente desgastante e

representa e este trabalho está repleto de riscos para a saúde e a relação entre o trabalho e a

saúde dos bombeiros vem sendo abordada de forma pouco explícita, no contexto real da

atividade, constatando que os dados obtidos na literatura, além de poucos, versam

basicamente sobre problemas relacionados às doenças, não utilizando ferramentas

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epistemológicas que promovam uma melhor compreensão do processo dinâmico trabalho-

saúde (SOUZA; VELLOSO; OLIVEIRA, 2012).

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2.6.1 Ergonomia no Ambiente de Trabalho

Conforme o Sistema FIEMG (2014), para que os trabalhadores possam ter uma

maior segurança para sua saúde, é necessário que as condições de trabalho envolvem aspectos

relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos

equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do

trabalho.

O Sistema FIEMG (2014), afirma que de acordo com o tipo de trabalho, é

necessário que existam adequações para a execução do referido trabalho.

Trabalho em pé: caso o trabalhador utilize uma bancada, é necessário que esta

esteja no nível da estatura do empregado, de modo que o mesmo não precise curvar-se para

executar o trabalho e os objetos e ferramentas devem estar de fácil alcance ao empregado,

bem como os comandos dos equipamentos devem estar posicionados em nível mais baixo que

os ombros.

Trabalho sentado: Caso o trabalhador execute suas tarefas sentado, a mesa e os

painéis devem proporcionar-lhe condições de boa postura, visualização e operação e caso seja

necessária a utilização dos pés, os pedais e demais comandos para acionamento com os pés

devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance e ângulos adequados

para o corpo.

2.7 COMUNICAÇÕES NA ERGONOMIA DO TRABALHO DO BOMBEIRO MILITAR

De acordo com Jarufe (2010), utilizando-se o modelo de sistemas de informações,

as comunicações de trabalho estão alicerçadas através de:

Informação: qualquer dado que, por sua pertinência, atraia nossa atenção;

Interação: ocorre quando o homem ou a máquina, devido à informação recebida,

altera o seu comportamento; e

Comunicação: ocorre quando a interação se dá por meio de códigos previamente

elaborados.

As comunicações têm dois grandes tipos de função no trabalho:

- Motivacional: permite a melhoria das relações sociais na organização e o

surgimento de soluções técnicas;

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- Operacional: assegurar o fluxo das informações necessárias para que se

estabeleçam a interação das operações necessárias à produção.

As diferentes fases que podem ser usadas nas operações:

Fase de análise da situação:

• Ativação: um sinal chama a atenção provocando o estado de alerta;

• Observação: permite a coleta de um conjunto de dados sobre o ambiente;

• Categorização: decodificação dos dados para representar o estado do sistema;

• Interpretação: permite o estabelecimento de um diagnóstico da situação.

Fase de planificação da ação:

• Avaliação da tarefa: permite a avaliação das soluções e a escolha de uma

estratégia;

• Definição da tarefa: permite a fixação de objetivos e dos meios (tarefa);

• Definição dos procedimentos: sequência ordenada de operações

(procedimentos);

• Execução: a planificação termina com a execução dos procedimentos, isto é, a

ação.

Os diferentes tipos de comportamento

• Os comportamentos baseados em habilidades (skills);

• Os comportamentos baseados em regras (rules);

• Os comportamentos baseados em conhecimentos (knowledge).

Os diferentes tipos de informações:

• As habilidades são ativadas por sinais;

− As regras são ativadas por signos;

− Os conhecimentos são ativados por símbolos

Este modelo foi adotado, pois no trabalho dos bombeiros, é necessário que exista

uma liderança capaz de direcionar e estimular as habilidades de cada indivíduo liderado.

Fazendo com que se possa obter os melhores êxitos em cada situação emergencial. Assim,

observa-se que este estilo de comunicações apresentado por Jarufe (2010), representa de

forma adequada, as necessidades de comunicações na ergonomia do serviço do corpo de

bombeiro militar.

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2.8 LEIS QUE GARANTEM OS DIREITOS DOS TRABALHADORES

A Lei 6.514 de 22 de dezembro de 1977 - Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978 -

Normas Regulamentadoras assegura os direitos dos trabalhadores brasileiros.

NR06 - Equipamento de Proteção Individual (EPI): estabelece que a empresa é

obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado

de conservação e funcionamento (BAUMGART, 2012);

A NR07 - Estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de

trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um

máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

NR09 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: estabelece a

obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos

Ambientai, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da

antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos

ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho (BAUMGART, 2012);

NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde: estabelece

diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos

trabalhadores dos serviços de saúde, assim como daqueles que exercem atividades de

promoção e assistência à saúde em geral (BAUMGART, 2012).

A Constituição Federal de 1988, que é um grande marco nas conquistas sociais e

trabalhistas, no Brasil, que assegura os direitos dos cidadãos brasileiros.

A Lei 8.213 de 24 de junho de 1991 - Plano de Benefícios da Previdência Social.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O procedimento metodológico utilizado nessa pesquisa foi de caráter exploratório,

baseando-se em pesquisas bibliográficas específicas ao assunto. Com consulta a diversos

colaboradores, foi possível expandir o conhecimento a respeito do trabalho dos bombeiros

militares.

Caracteriza-se, quanto ao procedimento, como pesquisa bibliográfica, que

segundo Gil (2010, p. 29), “é aquela elaborada com base em material já publicado, que inclui

material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos

científicos”. Ele ainda aborda como a principal vantagem desse tipo de pesquisa o fato dela

permitir, ao investigador, a cobertura de uma variedade de fenômenos muito mais ampla do

que aquela que poderia pesquisar diretamente.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O trabalho de Costa (2015) permitiu compreender os riscos profissionais e o

estado de saúde dos bombeiros que integram um corpo de bombeiros profissionais português,

assim como o tipo de relações que se estabelecem entre a sua saúde e o seu trabalho. Este

trabalho foi conduzido com o intuito de dar uma maior visibilidade às consequências do

trabalho na saúde e à forma como, efetivamente, os riscos de trabalho são geridos pelos

diferentes atores envolvidos.

Para Baumgart (2012), a grande parte dos bombeiros não possui consciência sobre

os riscos ocupacionais aos quais estão expostos. Entretanto, demonstrou que existe o

comprometimento dos profissionais para a utilização de EPI’s, contribuindo de forma positiva

para o desenvolvimento das atividades dos bombeiros nas ocorrências.

O Ministério do Trabalho e Emprego, de acordo com a Portaria de nº 25, de 29 de

dezembro de 1994, classifica os riscos ergonômicos como pertencentes ao Grupo 4 (marrom),

e são eles: esforço físico intenso; levantamento e transporte manual de peso; exigência de

postura inadequada; controle rígido de produtividade; imposição de ritmos excessivos;

trabalho em turno e noturno; jornadas de trabalho prolongadas; monotonia e repetitividade;

outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico (BRASIL, 1994).

De acordo com Costa (2015) os resultados obtidos em seu estudo mostraram que

os bombeiros estão exposto a diversos constrangimentos no trabalho, nomeadamente a nível

ambiental, físico, organizacional e relacional. Estes constrangimentos revelam-se importantes

não só pela exposição e incómodo, mas também pela sua associação a diversos problemas de

saúde que afetam este corpo de bombeiros.

Prado (2011) afirma que os bombeiros demonstram, em sua grande maioria, uma

adaptação à sobrecarga e peculiaridades inerentes ao serviço. Todo trabalho com urgências e

emergências é imprevisível, incomoda, desequilibra e silencia a onipotência de ser humano,

mas, quando se refere a estes profissionais estudados, observou-se que eles têm a habilidade

de lidar com as contingências do dia-a-dia.

Baumgart (2012) afirma que os bombeiros estão expostos a vários riscos

ocupacionais, independentemente do tipo de ocorrência que tenha que atender e de forma

geral, todos os tipos de riscos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes,

estão presentes no dia-a-dia destes profissionais.

Assim, concorda-se com os autores investigados, sobre a questão da importância e

responsabilidade do trabalho dos bombeiros militares, principalmente quando se refere aos

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riscos que estes profissionais encontram no seu dia-a-dia, nas mais diversas situações de

estresse.

Não foi encontrado nenhum trabalho de autor que tivesse opinião diferentes, e

apesar de se verificar a pouca quantidade de trabalhos nesta área, os colaboradores

encontrados foram unânimes em atestar que os bombeiros são profissionais treinados e

capacitados e que precisam de uma liderança qualificada para que possa desempenhar suas

atividades da melhor maneira possível, minimizando ou erradicando qualquer possibilidade de

erro no desempenho de suas tarefas.

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5 CONCLUSÃO

Este trabalho possibilitou verificar as questões da ergonomia na comunicação

operacional do bombeiro militar utilizando pesquisas na Internet que permitiram estabelecer

conceitos, bem como analisar os riscos ergonômicos aos quais os bombeiros estão expostos

no seu dia-a-dia, bem como também foi possível verificar as leis que asseguram os direitos

dos bombeiros referente à segurança no seu trabalho e na proteção de suas vidas, para

proteger a população nos atendimentos solicitados.

Constatou-se que é necessário que haja uma boa comunicação entre comandantes

e comandados e que é dever do comandante liderar e estimular cada indivíduo para a

conquista de êxito nas ocorrências às quais os bombeiros atendem.

Foram especificados os tipos de ergonomia, os fatores que podem afetar as

atividades produtivas e definido o que é trabalho, dividindo os conceitos de tarefa e atividade

e mostrando que todo trabalho tem sua carga e que é necessário que haja uma organização no

trabalho para que este seja executado de forma adequada, sem colocar em risco os bombeiros.

Definiram-se os riscos ocupacionais e a necessidade da utilização dos

equipamentos de proteção individual (EPI’s), bem como foi feita um breve relato da

regulamentação do Corpo de Bombeiros no Brasil, e a definição do trabalho destes

profissionais.

Abordou-se a questão da ergonomia no trabalho e utilizou-se um modelo de

comunicação adotado em sistemas de informação que pode ser perfeitamente adequado ao

trabalho operacional do corpo de bombeiros, pois faz-se necessário que cada indivíduo seja

identificado e que tenha suas habilidades trabalhadas e exploradas em prol da corporação,

visando o bem de todos e foram especificadas as leis que asseguram o direito de segurança no

trabalho.

Também foram descritos os riscos aos quais estão expostos os bombeiros

militares, mesmo que em pesquisas recentes, ficou constatado que grande parte dos bombeiros

não têm consciência que estão expostos a estes riscos e que estes profissionais estão aptos a

lidar com situações de estresse alto, tendo grande desempenho em suas tarefas, sem se deixar

abater por essas mesmas situações estressantes

Assim, conclui-se que todos os objetivos propostos foram alcançados e que,

apesar da existência de pouco material acerca deste assunto, faz-se necessário um maior

número de pesquisas para que se possa trabalhar para um melhoramento no processo de

melhoramento do trabalho diário do bombeiro.

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