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Diretoria Jurídica Departamento Jurídico Contencioso EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. TRIBUM SUPERIOR DÕTRABÃLHO/CCP ] EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT, empresa pública federal, situada no SBN Quadra 1, Bloco A, Edifício Sede, Brasília:DF, CEP 70.002-900, inscrita no CNPJ n.° 34.028.316/0001-03, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência por seus advogados signatários (procuração em anexo), com fundamento nos artigos 219 e seguintes do Regimento Interno desse egrégio Tribunal Superior do Trabalho - TST, propor o presente DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE E ECONÔMICO, com pedido LIMINAR, contra a contra a FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DOS SINDICATOS DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DOS CORREIOS - FINDECT, situada na Rua Batista de Carvalho, n.°4-33. Piso "A", Sala 2, Edifício Comercial, Centro, Bauru/SP, CEP 17.010-901, inscrita no CNPJ n.° 59.995.498/0001-12, e-mail [email protected], e a FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DE CORREIOS E TELÉGRAFOS E SIMILARES • FENTECT, situada no SDS Edifício Venâncio V, Bloco R, Loja 60, Brasília-DF, CEP 70.393-900, inscrita no CNPJ n.° 03.659.034/0001-80, e-mail fentect(5)fentect.orq.br, por seus representantes legais, conforme exposição de fatos e fundamentos a seguir: 1 SBN Quadra 1. Bloco A, Ed. Sede, 7S andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Bra$í!ia-DF. Tel. 3426-2078 Correios

Correios Departamento Jurídico Contencioso - FENTECT · de r de agosto de 2014 até 31 de julho de 2015"!' 5. Com a proximidade da data-base da categoria e objetivando a formalização

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHO.

T R I B U M SUPERIOR DÕTRABÃLHO/CCP ]

EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT, empresa pública federal,

situada no SBN Quadra 1, Bloco A, Edifício Sede, Brasília:DF, CEP 70.002-900, inscrita no CNPJ n.°

34.028.316/0001-03, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência por seus advogados signatários

(procuração em anexo), com fundamento nos artigos 219 e seguintes do Regimento Interno desse egrégio

Tribunal Superior do Trabalho - TST, propor o presente DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE E

ECONÔMICO, com pedido LIMINAR, contra a contra a FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DOS

SINDICATOS DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DOS CORREIOS - FINDECT, situada na Rua

Batista de Carvalho, n.°4-33. Piso "A", Sala 2, Edifício Comercial, Centro, Bauru/SP, CEP 17.010-901, inscrita

no CNPJ n.° 59.995.498/0001-12, e-mail [email protected], e a FEDERAÇÃO NACIONAL DOS

TRABALHADORES DE CORREIOS E TELÉGRAFOS E SIMILARES • FENTECT, situada no SDS Edifício

Venâncio V, Bloco R, Loja 60, Brasília-DF, CEP 70.393-900, inscrita no CNPJ n.° 03.659.034/0001-80, e-mail

fentect(5)fentect.orq.br, por seus representantes legais, conforme exposição de fatos e fundamentos a seguir:

1 SBN Quadra 1. Bloco A, Ed. Sede, 7S andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Bra$í!ia-DF. Tel. 3426-2078

Correios

(^Correios I • DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE E ECONÔMICO.

1.1 - Das Negociações Coletivas.

1. Em 24.9.2014, o Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015 foi firmado pelos sindicatos

integrantes da FINDECT, V. Suscitada, - à época os Sindicatos de Bauru, Rio de Janeiro, Rio Grande do

Norte, Rondônia, São Paulo e Tocantins - e por 13 (treze) sindicatos da FENTECT, 2^ Suscitada, - Sindicatos

do Acre, Alagoas, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (JFA), Uberaba (URA), Maranhão, Mato

Grosso do Sul, Pará, Santa Maria (SMA), Santos (STS) e Ribeirão Preto, ajuste esse que contou com a

mediação da Vice-Presidência desse TST (doe. anexo).

2. Em razão da não adesão da FENTECT ao ACT 2014/2015 na sua integralidade pelos seus

sindicatos, em 30.9.2009 a Suscitante propôs o Dissídio Coletivo de Greve e Extensão de Acordo n.° 22007-

73.2014.5.00.0000 para estender os termos do ajuste coletivo firmado com a 1^ Suscitada e os Sindicatos do

Acre, Alagoas, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (JFA), Uberaba (URA), Maranhão, Mato Grosso

do Sul, Pará, Santa Maria (SMA), Santos (STS) e Ribeirão Preto aos trabalhadores das bases territoriais da

2^ Suscitada que rejeitaram a proposta.

3. No curso da demanda, a 2^ Suscitada aderiu integralmente ao ajuste coletivo, o que levou a

Suscitante a requerer a extinção do feito.

4. Dentre as cláusulas constantes no ACT 2014/2015, consta a sua vigência:

"Cláusula 78 - VIGÊNCIA - O presente Acordo Cçletivo de Trabalho terá vigência de 1 (um) ano, de r de agosto de 2014 até 31 de julho de 2015"!'

5. Com a proximidade da data-base da categoria e objetivando a formalização de novo

instrumento coletivo para o período de 1.8.2015 a 31.7.2016, após o recebimento das Pautas de

Reinvindicações da categoria as partes passaram a reunir-se nas dependências da Suscitante - na

Universidade dos Correios -, reuniões essas que iniciaram em 3.7.2015 e se estenderam até o dia 10.9.2015

(does. anexos).

6. Nesse período foram debatidas, exaustivamente, todas as cláusulas sociais, econômicas e

sindicais insertas nas Pautas de Reivindicações das Federações, segundo o cronograma previamente

aprovado pelas partes, com análise pormenorizada de cada cláusula sugerida, tendo a Suscitante atendido a

maioria das reivindicações apresentadas pela categoria, r - ^ ^ ^

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7. Nas diversas reuniões realizadas na sede da Suscitante, que totalizam 24 (vinte e quatro)

encontros, foi oportunizado às Suscitadas dirimir o dissídio coletivo agora trazido a essa Corte Superior do

Trabalho para julgamento. Confira-se as tentativas de negociação empreendidas pela Suscitante antes de

trazer a questão à apreciação do Poder Judiciário:

DATA DA REUNIÃO

03/07/2015

03/07/2015

08/07/2015

14/07/2015

16/07/2015

21/07/2015

22/07/2015

23/07/2015 28/07/2015 29/07/2015 04/08/2015 05/08/2015 12/08/2015 13/08/2015

PAUTA Reunião de alinhamento do processo negociai - Convite a quatro membros da FENTECT para reunião prévia do ACT, na qual será alinhada a metodologia de negociação para 2015. Reunião de alinhamento do processo negociai - Convida quatro membros da FINDECT para reunião prévia do ACT, na qual será alinhada a metodologia de negociação para 2015. 1' Ata de Reunião - Alinhamento da metodologia que será aplicada para o processo de negociação do ACT 2014/2015, visando os procedimentos para formação de mesa única entre Empresa e Federações. Findect não se opôs à mesa única. Ficou acordado que a ECT encaminhará proposta de calendário para as negociações, iniciando o processo negociai na próxima semana. Os representantes da FENTECT não compareceram. T Ata de Reunião: Apresentação do novo modelo de governança e estrutura organizacional dos Correios; Discussão e definição do calendário de negociações -15/07: protocolo de negociações; 16/07: balanço do ACT 2014/2015; 21/07 à 04/08 -Cláusulas Sociais; 05 a 11/08 - Condições de Trabalho e Saúde do Trabalhador; 12 e 13/08 - Benefícios; 18 a 20/08 - Cláusulas Sindicais e Disposições Gerais; 25/08 -Apresentação do Cenário Econômico e Cláusulas Econômicas; 26/08 a 03/09 -Cláusulas pendentes. 3 Ata de Reunião: As partes acordaram que não haverá necessidade de assinatura do Protocolo de Negociação; Os representantes dos Trabalhadores expuseram as cláusulas do ACT 2014/2015 que entendem que não estão sendo cumpridas ou cumpridas parcialmente pela Empresa; Ficou acordado entre as partes que a Representação dos Trabalhadores, por meio de documento, oficializará os casos pontuais, para que a Representação dos Correios adote as medidas para cumprimento das cláusulas, caso a reclamação seja comprovada; A Representação dos Correios verificará os pontos questionados e responderá aos Representantes dos Trabalhadores. 4 Ata de Reunião: Apesar de acordarem pela não assinatura do protocolo de reuniões, as partes discutiram como se dará a organização das mesas de negociação; A Representação dos Trabalhadores sugeriu que seja elaborado memorando circular para as Diretorias Regionais orientando o cumprimento das cláusulas supracitadas do Acordo Coletivo 2014/2015; Discussão e esclarecimentos sobre as cláusulas que, segundo a Representação dos Trabalhadores, não estão sendo cumpridas pela Empresa. 5' Ata de Reunião: Apresentação das Cláusulas Sociais e apresentação do Programa Meu Endereço. A Representação dos Correios apresentou o histórico dos avanços das cláusulas sociais e observou que o referido título do ACT está condizente a uma empresa do porte dos Correios e que entende que o ponto de partida para esta negociação é elevado, no entanto, ainda assim, a empresa está apresentando oportunidades de melhorias. 6 Ata de Reunião: Prosseguimento do debate das cláusulas sociais; V Ata de Reunião: Prosseguimento do debate das cláusulas sociais; 8 Ata de Reunião: Prosseguimento do debate das cláusulas sociais; 9 Ata de Reunião: Prosseguimento do debate das cláusulas sociais; 10 Ata de Reunião: Não assinada 11^ Ata de Reunião: Discussões referentes às cláusulas de Saúde do Trabalhador. 12 Ata de Reunião: Continuação das discussões referentes às cláusulas de Saú^e do

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18/08/2015

19/08/2015

20/08/2015

25/08/2015

26/08/2015

27/08/2015

01/09/2015

02/09/2015

03/09/2015

Trabalhador. 13* Ata de Reunião: Discussões referentes às cláusulas de Saúde do Trabalhador. Cláusula 33 até a Cláusula 37. Por meio do DESAU, a ECT assumiu compromissos referentes às Cláusulas tratadas. 14* Ata de Reunião: Discussões referentes ás cláusulas de Saúde do Trabalhador. Cláusula 38 Prevenção de Doenças e implantação da Cinesioterapia e Terapia Comunitária Integrativa. Foram solicitados novos exames no periódico. Foram discutidas a extensão e qualidade da POSTAL SAÚDE. 15* Ata de Reunião: Discussões referentes à POSTAL SAÚDE. 16* Ata de Reunião: Discussões referentes ás cláusulas de Saúde do Trabalhador e Condições de Trabalho. Conforme acordado na última reunião, a Representação dos Correios em conjunto com a PostalSaude, iniciou a apresentação sendo abordado os seguintes temas: criação da Caixa de Assistência; modernização no atendimento aos beneficiários com canais exclusivos; URRs - Unidades de Representação Regional; PBM - Postal Beneficio Medicamento; aumento da cobertura; Viva Benefícios -programa de descontos e vantagens; modernização na gestão do Correiossaúde; rede credenciada; ouvidoria da PostalSaude; saúde ocupacional; implementação de novas clínicas; criação do Plano Família, entre outros.

17* Ata de Reunião: Continuação das discussões referentes Condições de Trabalho.

18* Ata de Reunião: Debate das cláusulas do Titulo II - Das Relações Sindicais e discussões referentes aos temios de acordo para a constituição dos gmpos de trabalho paritários dos temas referentes ao Título 1 - Das Questões Sociais. A Representação dos Correios apresentou proposta de pauta para próxima semana de acordo com as considerações realizadas pela Representação dos Trabalhadores: dia 1°/09 -apresentação da proposta e debate da cláusula 28 - Assistência Médica/Hospitalar e Odontológica e cláusula 41 - Distribuição Domiciliaria. No dia 02/09, posicionamento referente às paralisações nacionais ocorridas nos dias 18/03,15/04 e 29/05 e discussão das paralisações estaduais; debate das cláusulas que ficaram pendentes, referente aos títulos que jà foram apresentados na mesa de negociações. No dia 03/09, apresentação da proposta de reajuste salarial e de benefícios.

19* Ata de Reunião: A Representação dos Correios apresentou sua proposta para a assistência médica, por meio de nova cláusula para novos empregados e adaptação da cláusula 28, sem qualquer alteração no atual plano de saúde. Um novo plano de saúde será ofertado para os empregados admitidos a partir de 1°/09/2015. Esclareceu que o novo plano proposto é sustentável, atuarial e economicamente, o que garante a sua perenidade e o atendimento à Lei 9.656/98 e o Art. 27 da Resolução ANS 254/2011, que proibiu a Empresa de incluir novos empregados no plano CorreiosSaude, pelo fato do Plano não ter sido ajustado à Lei mencionada. A Representação dos Trabalhadores ratifica sua posição de que a ECT mantenha, na integra, a cláusula 28, sem nenhuma modificação, seja para os atuais e/ou futuros empregados, uma vez que a normativa 254 da ANS não impõe o fechamento do plano CorreiosSaude a novos contratados. Foi debatido também, algumas questões referentes a entrega matutina.

20* Ata de Reunião: apresentação da proposta da Representação dos Trabalhadores de redação para a cláusula 20 - Liberação de Dirigentes Sindicais e cláusula 22 -Processo Permanente de Negociação. Discussões referentes ás paralisações (nacionais) dos dias 18/03, 15/04 e 29/05 e discussões referentes às paralisações estaduais, e discussões referentes às pendências de rodadas de negociações coletivas 2015/2016 (Cláusulas sociais e Compromissos da Saúde).

21* Ata de Reunião: Apresentação da proposta de reajuste salarial e de benefícios. Reajuste de 9,56% aplicado ao Vale Alimentação/Refeição; reajuste de 9,56% aplicado ao Reembolso Creche/Babá; incorporação de R$ 100,00 da GIP em Janeiro/2016,iR$

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09/09/2015

10/09/2015

50,00 que seria incorporado em maio de 2016 e R$ 50,00 dos próximos anos) e criação de uma nova gratificação nos moldes da GIP no valor de R$ 100,00 linear (janeiro/2016) para todos os empregados. A representação da Empresa informou que o calendário de negociações 2015/2016 foi cumprido no que tange a discussão dos Títulos do ACT, no entanto, durante esse período ainda ocorrerão negociações especialmente no que diz respeito às pendências dos textos de algumas cláusulas, bem como apresentação referente á reestruturação. A Representação dos Trabalhadores reafirma o seu posicionamento à ECT quanto a manutenção, na integra, da cláusula 28 constante no ACT 2014/2015 para os atuais e futuros empregados.

22* Ata de Reunião: Debate da reestruturação da Empresa. Além do debate, a Representação dos Trabalhadores informou que nos dias 4 e 5/09/2015 foi realizada a plenária da categoria, onde teve como deliberação a rejeição da proposta apresentada pela ECT no dia 03/09/2015. Esclareceu que a proposta será apresentada para avaliação nas assembléias dos sindicatos com indicação pára a rejeição.

23* Ata de Reunião: apresentação e discussão pendências do Titulo II - Das Relações Sindicais e Titulo III - Da Saúde do Trabalhador e apresentação da nova proposta para o reajuste salarial e de benefícios, alternativa 1 - reajuste de 9,56% aplicado ao Vale Alimentação/Refeição; reajuste de 9,56% aplicado ao Reembolso Creche/Babá; reajuste de 9,56% aplicado no Vale Cesta e reajuste de 9,56% aplicado no Auxílio Especial; incorporação de R$ 100,00 da GIP em Janeiro/2016 e criação de uma nova gratificação nos moldes da GIP no valor de R$ 150,00 linear (janeiro/2016) para todos os empregados. Alternativa II - reajuste de 9,56% aplicado ao Vale Alimentação/Refeição; reajuste de 9,56% aplicado ao Reembolso Creche/Babá; reajuste de 9,56% aplicado no Vale Cesta e reajuste de 9,56% aplicado no Auxilio Especial; reajuste nos salários de 6%, sendo 3% retroativo ao mês de agosto/2015 e 3% em Janeiro de 2016. As propostas acrescentam o reajuste de 9,56% no vale cesta e no auxílio especial. A representação dos trabalhadores informou retirar-se da sala de reuniões, sendo acompanhado pelos demais membros da comissão, interrompendo a elaboração de proposta alternativa bem como a finalização da discussão dos dois Títulos, restando prejudicada também a análise das alterações das cláusulas do Título Saúde do Trabalhador.

1.2 - Da Mediação Conduzida por esse Tribunal Superior do Trabalho.

8. Cumprido o cronograma estabelecido pelas partes para negociação, em mais uma tentativa

de firmar o ACT 2015/2016, a Suscitante solicitou à Vice-Presidência dessa Corte a realização de mediação,

no que foi imediatamente atendida pelo Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, tendo sido realizada uma

conciliação no dia 11.9.2015 que contou com a presença das Suscitadas, oportunidade em que foram

empreendidos esforços na busca da melhor solução ao impasse, independente de dissídio (doe. anexo).

9. Apesar dos esforços da Vice-Presidência desse TST, que se colocou à disposição da

categoria, tendo inclusive conseguido avanços não alcançados na negociação direta, as partes rejeitaram a

proposta oferecida pela Suscitante, perdendo a oportunidade histórica de firmar o Acordo Coletivo fruto da

mediação.^

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1.3 - Do Resultado das Assembléias.

10. Embora a proposta formulada por essa Corte Superior do Trabalho tenha sido rejeitada na

mediação realizada no dia 11.9.2015, seu conteúdo foi submetido às assembléias de trabalhadores no dia

15.9.2015 restando aprovada pelos Sindicatos do Acre, Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Juiz de

Fora, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Ribeirão Preto, Rio Grande do Norte, Rondônia,

Roraima, Santa Maria, Ribeirão Preto, Santos e Uberaba.

11. Contudo, os Sindicatos dos Empregados de Bauru, do Rio de Janeiro, São Paulo e

Tocantins, que são filiados à FINDECT, 1^. Suscitada, e representam aproximadamente um terço da

categoria, e os Sindicatos dos Empregados dos Estados do Amazonas, Bahia, Brasília, Ceará,

Maranhão, Minas Gerais, Mato grosso, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,

Sergipe, Campinas, São José do Rio Preto e Rondônia, que são filiados à FENTECT, 2^ Suscitada, a

rejeitaram e decidiram deflagrar greve a partir das 22h do dia 15.9.2015 e Oh do dia 16.9.2015, paralisando as

atividades naqueles Estados, conforme demonstram documentos obtidos por meio dos sistemas disponíveis e

utilizados para o acompanhamento das operações na Suscitante (does. anexos).

12. Abaixo, segue o cenário das paralisações após a realização das assembléias:

Sindicato

ACR AL

AM

AP

BA

BSB

CE

ES GO

MA

MG MG

JFA URA

MT

MS

Base Sindical

369 1259

1313

291

5618

7350

2891

2133 3212

1942

8830

1411 1959

1641

1613

Horário

19h 20h

19h

19h

19h

19h

19h

19h 19h

19h

19h

19h 19h

19h

19h

Empregados 71 191

154

95

340

500

234

210 468

90

120

45 30

60

173

:. Deliberações

Aprovada a Proposta Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Aprovada a Proposta Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Aprovada a Proposta Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Aprovada a Proposta

Comentário/ Observação

--

-

.

-

-

--

-

-

--

-

-

Nova Assembléia

--

-

.

16/09 às 15h

-

-

--

16/09 às lOh

16/09 às 17h

--

-

^

^ / J y A

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PA

PB

PE

PI

PR

RJ

RN RO RR

RS RS

SMA

SC

SE

SPI

SPM

BRU

CAS

RPO

SJO

VP

SP

STS

TO

TOTAL

2466

1558

3618

1684

6533

12625

1484 884 232

6784

1395

4240

912

3887

3972

2238

1394

1568

17958

1180

796

119.240

19h

19h

19h

19h

19h

19h

19h 19h 19h

19h

19h

20h

19h

18h

19h

19h

19h

19h

19h

19h

17h

210

107

200

120

875

1200

153 62 31

620

218

124

120

176

250

261

90

117

1500

120

185

Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Aprovada a Proposta Aprovada a Proposta Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovou a greve Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovou a greve Rejeitada a Proposta

Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve

Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve Aprovada a Proposta Rejeitada a Proposta e Aprovaram greve

-

-

-

-

-

-

---

-

-

-

Não aprovou a greve Sem detalhamento dos dados, devido ao suposto desentendimento entre 0 Coordenador da assembléia e os empregados presentes.

-

-

-

-

-

-

-

-

-

16/09 às 16h

-

21/09 às lOh

---

-

-

-

21/09 às lOh

21/09 às lOh

-

-

-

21/09 às 15h

-

-

21/09 às lOh

Total de Assembléias: 36

Total de Empregados: 119.240

Total de Empregados nas assembléias: 9.520

Aprovação da Proposta: 16

Rejeição da Proposta: 20

Sindicatos em greve; 19

13. Dessa feita, a deflagração da greve ante a frustração da negociação prévia pela distância

entre as pretensões das Suscitadas e a oferta da Suscitante, não deixa outra alternativa a não serjpsrtaurar o .

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presente dissídio coletivo para por fim ao movimento paredista e resolver os conflitos de trabalho surgidos

durante a negociação coletiva, que restou infrutífera.

1.4 - Dos Efeitos da Greve nos Contratos Individuais de Trabalho.

14. Vale lembrar que o artigo 7° da Lei n.° 7.783/1989 dispõe que a participação em movimento

grevista suspende o contrato de trabalho, de forma que, não havendo obrigação de prestação de trabalho

pelo empregado que ingresse no movimento paredista, não há qualquer obrigação do empregador quanto ao

pagamento de salários, parcelas remuneratòrias e demais benefícios, além de não se computar esse período

para efeito de aquisição do direito às férias:

"Art. 7° Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitrai ou decisão da Justiça do Trabalho" (grifo acrescido).

15. A remuneração dos representados das Suscitadas é paga com dinheiro da população e,

conforme a lógica do artigo 37 da Constituição Federal, o fundamento de qualquer direito perante a

Administração Pública consiste na lei e, considerando que a Lei n° 7.783/Í989 dispõe que o movimento

paredista suspende o contrato de trabalho, não cabe direito ao recebimento dos salários quando não houver

trabalho.

16. Não havendo execução do contrato de trabalho, decorre a impossibilidade de computar, para

qualquer efeito, o período em que perdurou a causa suspensiva. Portanto, na ocorrência da greve, não são

devidos salários dos dias de paralisação, até porque inexiste a prestação de serviços, tampouco é

computável esse período de paralisação para efeito de aquisição do direito às férias.

17. Embora reconhecido o direito de greve, os trabalhadores sujeitam-se ao risco da paralisação

da prestação de serviços, na forma da lei, daí ser possível o desconto da remuneração relativa aos dias de

paralisação, devendo essa Corte autorizar que a Suscitante proceda aos descontos dos dias parados na

remuneração dos empregados das Suscitadas que aderiram à greve (salário, anuênio, gratificações, vale

alimentação/refeição, vale cesta, vale-transporte, horas extras, adicional noturno, adicional de periculosidade,

gratificação de função e demais benefícios), na folha de pagamento do mês subsequente ao julgamento da

presente demanda, u

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II • PROPOSTA DE REDAÇÃO DO ACT 2015/2016.

18. Vale lembrar que a Suscitante, instituída por meio do Decreto-lei n.° 509/1969, é pessoa

jurídica de direito privado integrante da Administração Pública Federal indireta, com natureza jurídica de

empresa pública, e como tal está sujeita á observância dos princípios de direito público, notadamente o

disposto no artigo 37, caput, da Constituição Federal.

19. Além de nortear-se pelo princípio da legalidade consagrado no caput do artigo 37 da

Constituição Federal, a Suscitante deve estrita observância aos artigos. 163, I, 169, §1°, I, do texto

constitucional, à Resolução n.° 09, de 8/10/1996, do Conselho de Coordenação e Controle das Empresas

Estatais - CEE, e à Lei Complementar n°. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), que estabelecem

normas, diretrizes e limitações quanto ao uso de dotação orçamentária pelos órgãos da Administração

Pública.

20. Por imposição constitucional e legal, a Suscitante somente pode conceder qualquer

vantagem a seus empregados se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender ás projeções de

despesas de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes.

21. Assim, a atuação do administrador público, como é o caso da Suscitante, está sujeita a forte

controle constitucional e legal, razão pela qual somente pode conceder qualquer vantagem a seus

empregados se houver prévia e suficiente dotação orçamentária para atender ás projeções de despesas de

pessoal e aos acréscimos dela decorrentes, devendo, obediência à União, órgão superior responsável pela

coordenação e controle das informações econômico-financeiras das empresas estatais, sujeitando-se à rígida

fiscalização da Controladoria-Geral da União - CGU, da Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas

da União e do Ministério Público Federal.

22. E tendo por base as legislações acima citadas, a Suscitante apresentou ás Suscitadas o

cenário econômico-financeiro da Empresa, desde o período de 2002 até os dias de hoje, e demonstrou que

nos últimos anos, além de reajustes salariais superiores à inflação e benefícios previstos em lei, concedeu

benefícios adicionais a seus empregados.

23. Contudo, passados quase de 50 (cinqüenta) dias da data-base da categoria e a realização de

24 (vinte e quatro) reuniões com intensos debates acerca da recomposição dos salários e benefícios e de

cláusulas sociais visando promover uma padronização mínima dos direitos dos trabalhadores, e 1 (uma)

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mediação realizada nessa Corte Superior do Trabalho presidida pelo Vice-Presidente, Ministro Ives Gandra

da Silva Martins Filho, que restaram frustradas, a Suscitante apresenta sua proposta de redação para o

Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2016 nos seguintes termos;

"TITULO I DAS QUESTÕES SOCIAIS

Cláusula 01 • ANISTIA - A ECT respeitando e seguindo os ditames previstos nas Leis 8.632/93, 8.878/94,10.559/2002 e 11.282/2006, compromete-se:

§1° adotar, de imediato, os procedimentos para o cumprimento da decisão, quando os atos de anistia previstos em lei determinar o retorno do anistiado aos quadros da Empresa, permitindo o acesso às informações de documentos aos interessados.

§2° analisar e julgar os pedidos de anistia de empregados da ECT, com fundamento nas Leis n" 8.632, de 4 de março de 1993 e n° 11.282 de 23 de fevereiro de 2006, conforme Portaria MC N° 349 de 12 de dezembro de 2013.

I - Os pedidos de anistia referenciados no §2° serão conduzidos por Grupo de Trabalho constituído pela ECT, com a participação de 5 (cinco) representantes da ECT e 3 (três) membros indicados pela representação dos trabalhadores.

II - Aplica-se o disposto no §2° aos processos com pedidos de anistia de empregados da ECT pendente de decisão ou em que houver decisão recorrível.

§3° avaliar e discutir os impactos e condições de viabilização para adequação salarial dos empregados anistiados pela Lei 8.878/94, com referência salarial abaixo do piso inicial da ECT, para enquadramento na referência de Nível Médio - NM 01.

I - O previsto no §3° será conduzido pelo Grupo de Trabalho, conforme item I do parágrafo 2°. §4° avaliar e examinar encaminhamentos de demissões sem justa causa ocorridas durante o período de estabilidade previstas em lei, quando não se tratar de anistia por força das leis referenciadas no caput.

Cláusula 02 - APOSENTADOS - A ECT desenvolverá ações de integração e valorização como forma de reconhecimento à contribuição de empregados, que se encontram aposentados, de forma a:

§1° incluir o dia 24 de janeiro - Dia do Aposentado - no calendário da ECT - desenvolvendo atividades alusivas à data no âmbito da Administração Central e Diretorias Regionais.

§2° garantir a participação dos aposentados nas ações propostas na Cláusula n° 5, parágrafo 2°, Diversidade e Inclusão, no que diz respeito à Pessoa Idosa.

§3° oportunizar ao empregado aposentando a participação em programa de preparação para aposentadoria desenvolvido pela ECT.

§4° fornecer crachá específico para os Aposentados, visando facilitar o acesso às dependências da ECT, desde que apresentem os documentos básicos para a confecção dos crachás, observando os prazos internos da ECT. ^

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Cláusula 03 - ASSÉDIO SEXUAL E ASSÉDIO MORAL - A ECT prosseguirá no desenvolvimento de programas educativos, visando coibir o assédio sexual e o assédio moral.

§1° Continuará promovendo eventos de sensibilização para a inserção e a convivência dos profissionais da ECT, de fomia a prevenir o assédio sexual e o assédio moral.

§2° As denúncias de casos de assédio sexual e de assédio moral deverão ser feitas pelo próprio empregado, por escrito, à área de gestão das relações sindicais e do trabalho, ou do grupo de trabalho responsável, confomie o caso, para a devida análise e encaminhamento. O empregado poderá solicitar o apoio da entidade sindical.

§3° Havendo a comprovação da denúncia ou, em não se constatando os fatos denunciados, em ambos os casos, as vitimas, se solicitarem, receberão a orientação psicológica pertinente.

Cláusula 04 - DISCRIMINAÇÃO RACIAL - A ECT continuará implementando políticas de enfrentamento ao racismo e de promoção da igualdade racial, em sintonia com as diretrizes do Govemo Federal.

§1° A ECT tratará os casos de discriminação racial ocorridos em seu âmbito e também os praticados contra os seus empregados no cumprimento das suas atividades, sempre que estes forem denunciados.

§2° A denúncia aqui referida deverá ser dirigida, pelo próprio empregado, por escrito, à área de gestão das relações sindicais e do trabalho, para análise e encaminhamento.

§3° A ECT se compromete a realizar campanhas constantes de conscientização e de enfrentamento a todas as formas de discriminação racial.

§4° A ECT desenvolverá estudos com a finalidade de inserir percentuais de resen/a de vagas de bolsas de estudos para Mulheres, Negros e Indígenas.

§5° Serão promovidas ações de sensibilização que visem à promoção de igualdade racial, especialmente, no mês da consciência negra. §6° A ECT fará levantamento de informações relativas á cor ou à raça de seus empregados(as) e implementará ações voltadas a minimizar possíveis desigualdades existentes.

Cláusula 05 - DIVERSIDADE E INCLUSÃO - A ECT valorizará a diversidade humana, garantindo ações para promoção do respeito às diferenças e a não discriminação.

§1° A ECT implementará Campanhas de Comunicação visando inserir conteúdo específico com finalidade de sensibilizar empregados (as) a temas referentes à Pessoa com Deficiência, Jovens, Idosos, LGBT e Povos Indígenas, objetivando que os (as), empregados (as) possuam uma percepção inclusiva.

§2° A ECT promoverá seminários, fóruns e palestras abordando assuntos relativos à Pessoa com Deficiência, Jovens, Idosos, LGBT e Povos Indígenas, objetivando promover o respeito às diferenças e a não discriminação, bem como contribuir para o desenvolvimento humano.

§3° A ECT assegurará que os cursos de formação inicial e continuada oferecidos pela Empresa contenham temas relativos à valorização da diversidade e respeito às diferenças e a não discriminação.

§4° A ECT desenvolverá campanhas específicas objetivando a eliminação de homofobia no ambiente corporativo.

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Cláusula 06 • GARANTIAS AO EMPREGADO ESTUDANTE - A ECT facultará aos empregados estudantes as seguintes garantias:

§1° Abono de ausências nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas do Exame Nacional de Ensino Médio - ENEM ou de vestibular específico para ingresso em estabelecimento de ensino superior ou técnico, devendo o empregado inscrito apresentar cópia do documento legal de inscrição no respectivo exame, com antecedência mínima de 10 (dez) dias.

§2° Não alteração da jornada de trabalho, no decurso de um período letivo, para não prejudicar o horário escolar do estudante de ensino superior ou técnico.

§3° Realização de estágio cumcular na própria Empresa, para o estudante de ensino superior ou técnico, na medida da conveniência e possibilidade desta, desde que não comprometa a execução das atividades dos interessados.

§4° Buscar estabelecer parcerias com instituições de ensino pré-vestibular, ensino superior e técnico para obtenção de descontos nas mensalidades escolares, inclusive para os seus dependentes.

§5° O empregado estudante, comprovadamente matriculado, não será convocado para a realização de horas extras em horário que coincida com o escolar, durante o período letivo, sem que haja a sua "expressa" concordância.

§6° Orientação e apoio às Federações legalmente constituídas e Sindicatos dos Empregados dos Correios, visando articular as políticas educacionais do Governo Federal às necessidades dos empregados e empregadas da ECT, estimulando seu acesso ao ensino superior e técnico por meio do ENEM, porta de entrada para os programas SISU, SISUTEC, PROUNI, PRONATEC e FIES.

§7° Priorização de transferência, frente ao SNT, de empregado estudante que por meio do ENEM ou Vestibular específico seja aprovado em curso superior de instituição federal de ensino, para localidade diferente do seu local de trabalho.

§8° Empreender política de estímulo á pesquisa e à inovação com a participação de seus empregados estudantes nos grupos de pesquisa e inovação estabelecidos em parceria com instituições de pesquisa e ensino superior.

§9° Adoção de política de incentivo ao desenvolvimento educacional de seus empregados, com destaque para o ensino fundamental e médio, devendo as Federações legalmente constituídas e os Sindicatos dos Empregados dos Correios estimularem os seus associados a concluírem prontamente o ensino médio.

§10° Fortalecimento das orientações e das condições operacionais para permitir o acesso do empregado estudante à internet, em conformidade ao Programa de Inclusão Digital Interna - PIDI, cuja utilização se dará em horários previamente acordados com o gestor da unidade, de modo a não prejudicar as atividades de trabalho.

Cláusula 07 - LICENÇA ADOÇÃO - A ECT concederá às empregadas adotantes ou guardiãs em processo de adoção a licença adoção, conforme previsto na legislação vigente.

§1° No caso de adoção ou guarda judicial de criança de até 12 (doze) anos, o período de licença será de 120 (cento e vinte) dias.

§2° As empregadas abrangidas pelo disposto no parágrafo anterior poderão optar pela prorrogação de 60 (sessenta) dias da licença adoção.

A 12

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§3° A licença adoção só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou à guardiã.

§4° O empregado adotante fará jus a 5 (cinco) dias úteis a título de licença paternidade.

§5° O (A) empregado (a) adotante sem relação estável e considerado solteiro (a) no processo judicial de adoção, terá direito, após a concessão da adoção, à iicença-adoção prevista em lei.

§6° No caso de relação homoafetiva estável, o (a) empregado (a) adotante fará jus aos benefícios constantes nesta Cláusula, desde que seu (sua) companheiro (a) não utilize do mesmo beneficio na instituição onde trabalha.

Cláusula 08 • PROGRAMA CASA PRÓPRIA - A ECT desenvolverá ações visando prospectar e divulgar informações relativas às ofertas de moradia para público de baixa renda. Incentivará a organização dos empregados por meio das associações e cooperativas habitacionais. Realizará gestão junto aos agentes financeiros públicos e privados, com vistas a criar convênio que viabilize 0 desconto em folha de pagamento e juros menores que o praticado pelo mercado imobiliário, para aquisição, construção e reforma de moradia.

§1° A ECT, com vistas a reconhecer a importância deste trabalho social, buscando a melhoria do nível de satisfação e qualidade de vida dos seus empregados, mediante solicitação prévia, poderá liberar, pontualmente, por um período pré-definido, 01 (um) dirigente de entidade habitacional (Cooperativa, Associação ou Federação) legalmente constituída e devidamente habilitada no Ministério das Cidades e Secretaria Habitação Estadual e Municipal, mediante apresentação de projeto habitacional em desenvolvimento, para empregados, familiares de empregados e prestadores de sen/iço, sem prejuízo de suas remunerações e outras vantagens prescritas em lei.

1 - A ECT liberará somente os empregados que não ocupem função com remuneração singular.

II - A liberação do dirigente de entidade habitacional deverá ser solicitada por escrito à respectiva Diretoria Regional com, no mínimo, 10 (dez) dias úteis de antecedência à data de início da liberação, contendo nome, matrícula, lotação, cargo/função e período inicial/final da liberação.

III - Para que a ECT proceda a liberação do dirigente, a entidade habitacional deverá encaminhar, 0 pedido de liberação e o projeto habitacional em andamento.

Subtítulo I DAS GARANTIAS DA MULHER ECETISTA

Cláusula 09 - ADICIONAL DE ATIVIDADE DISTRIBUIÇÃO E COLETA - AADC - A ECT garantirá às empregadas gestantes e em período de licença maternidade.

§1° O adicional de 30% do salário base, para a empregada gestante ocupante do cargo de Agente de Correios, na Atividade de Carteiro, inclusive as que não aderiram ao PCCS 2008 e se encontram no cargo de Carteiro em extinção, a título de AADC, a partir do 5° (quinto) mês de gestação, quando deslocadas para serviços internos com o objetivo de preservar o estado de saúde da mãe e da criança.

1 - Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à empregada gestante ocupante do cargo de Agente de Correios, na Atividade de Carteiro que, a qualquer tempo, apresente prescrição expressa de médico especialista, devidamente homologada pelo Serviço Médico da ECT, indicando que a sua atividade coloca em risco seu estado de gravidez. /

/ - A manutenção do adicional de 30% do salário base a título de AADC, para a empregada

gestante ocupante do cargo de Agente de Correios, na Atividade de Carteiro, aplica-se pa^todo ^x 13

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período de licença gestante e prorrogação, inclusive, às atuais empregadas afastadas em decorrência de licença gestante.

Cláusula 10 - ENFRENTAWIENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - A ECT desenvolverá ações objetivando a difusão, promoção e fortalecimento no enfrentamento à violência contra as mulheres.

§ r A empregada vitima de violência doméstica terá prioridade na transferência de unidade, Município ou Estado, independentemente do cadastro no Sistema Nacional de Transferência -SNT, devendo a empregada apresentar documentos comprobatórios para homologação da área de Gestão de Pessoas.

§2° A ECT fará a divulgação da Central de Atendimento à Mulher, Ligue 180 e/ou demais serviços públicos, para o atendimento de mulheres em situação de violência.

§3° A ECT garantirá a manutenção do vinculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até 6 (seis) meses, conforme a Lei 11.340/2006, sem quaisquer pagamentos de remunerações.

§4° A ECT implementará comissões regionais compostas por empregados (as) com a finalidade de orientá-los (Ias) a identificar casos de violência doméstica e violação de Direitos Humanos no ambiente de trabalho.

Cláusula 11 • LICENÇA MATERNIDADE - A ECT assegurará à empregada:

§ r Inicio da licença maternidade entre o 28° (vigésimo oitavo) dia antes do parto e a ocorrência deste, mediante apresentação de atestado médico.

§2" Quando do término da licença maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sua permanência por mais 2 (dois) meses em atividades internas, mantendo-se o estabelecido na Cláusula Adicional de Atividade Distribuição e Coleta - AADC. Após esse período, a empregada retornará à distribuição domiciliaria.

§3° Conciliar o início da fruição de suas férias com o final da licença maternidade, observado o seu período aquisitivo, devendo esse tempo ser deduzido dos 2 (dois) meses mencionados no §2° desta cláusula.

§4" O pagamento do salário maternidade, observadas as normas da Previdência Social.

§5° Estabilidade no emprego por 90 (noventa) dias, salvo por motivo de demissão por justa causa ou a pedido, a partir da data de término da licença maternidade.

Cláusula 12 • PERÍODO DE AMAMENTAÇÃO - A ECT assegurará á empregada, durante a jornada de trabalho de 8 (oito) horas, um descanso especial de 2 (duas) horas ou dois descansos de uma hora para amamentar o próprio filho até que este complete 1 (um) ano de idade, já incluídos os descansos previstos em lei.

§1° Por solicitação da empregada, no caso de um descanso especial de 2 (duas) horas, a jornada de trabalho poderá ser de 6 (seis) horas corridas, observando-se a legislação vigente.

§2° A empregada em período de amamentação, quando solicitar, terá príoridade para preenchimento de vaga caracterizada no cargo, em unidade próxima de sua residência, não podendo haver recusa por parte da chefia.

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§3° Em caso de jornada inferior à prevista no caput desta cláusula, serão garantidos 2 (dois) descansos especiais de 30 (trinta) minutos durante a jornada ou 1 (um) único descanso de 1 (uma) hora, até que o filho complete 1 (um) ano de idade.

Cláusula 13 - PRORROGAÇÃO DA LICENÇA MATERNIDADE - A ECT concederá à empregada a prorrogação por 60 (sessenta) dias da licença maternidade conforme estabelece a Lei 11.770 de 9/9/2008 e este Acordo Coletivo de Trabalho.

§1° A empregada deverá requerer a prorrogação, junto a sua unidade de lotação, até o prazo de 30 (trinta) dias antes do término da licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias.

§2° Durante o período de proaogação a empregada terá o direito a sua remuneração integral nos mesmos moldes do salário maternidade pago pela Previdência Social.

§3° No período de prorrogação, a empregada não poderá exercer qualquer atividade remunerada e a criança não poderá ser mantida em creche ou organização similar.

§4° No caso de descumprimento do disposto no §3° desta cláusula, a empregada perderá o direito à prorrogação.

§5° A empregada que optar pela prorrogação não fará jus aos benefícios estabelecidos na Cláusula 49 - Reembolso Creche e Reembolso Babá.

Cláusula 14 - SAÚDE DA MULHER - A ECT desenvolverá atividades de prevenção e promoção à saúde da mulher.

§1° No mês de março, as ações terão enfoque na saúde da mulher e, no mês de outubro, orientações com vistas á conscientização do combate ao câncer de mama.

§2° As ações de comunicação serão realizadas corporativamente, e aquelas que envolvam workshops, palestras e seminários, ocorrerão na Administração Central e nas Diretorias Regionais.

§3° A ECT garantirá a mudança provisória de tarefa às empregadas, mediante prescrição expressa de médico especialista, devidamente homologada pelo Serviço Médico da ECT, quando a atividade desempenhada coloque em risco seu estado de gra\yidez.

1 - Às funcionárias que ocupem os cargos/atividades de carteiro, motorista e operador de triagem e transbordo, a ECT garantirá, sem prejuízo do disposto no parágrafo terceiro, a mudança provisória automática, a partir do 5° (quinto) mês de gestação, para serviços internos que preservem o estado de saúde da mãe e da criança.

TITULO II DAS REUÇÕES SINDICAIS

Cláusula 15 - ACESSO ÀS DEPENDÊNCIAS - Quando solicitado pelas entidades sindicais e acordado entre as partes (Empresa e Entidade Sindical), os empregados da ECT regularmente eleitos como dirigentes sindicais e que não estejam com o contrato de trabalho suspenso para apuração de falta grave, terão acesso às dependências da Empresa para tratar de assuntos de interesse exclusivo dos empregados, resguardadas as disposições do art. 5°, Parágrafo único, da Lei n° 6.538/78 e observado o seguinte:

§1° Nos Centros de Distribuição Domiciliaria, Centros de Entrega de Encomendas, Centros de Tratamento e Centros de Transporte, as reuniões poderão ocorrer durante a jornada de trabalho.

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§2° Nas demais unidades, as reuniões poderão ser realizadas no início ou no final da jornada de trabalho.

§3° Cada reunião deverá ser realizada, no máximo, por 3 (três) dirigentes sindicais, no exercício de seus mandatos, observadas as demais condições desta cláusula, com duração máxima de 40 (quarenta) minutos.

§4° Os sindicatos poderão, durante o tempo reservado às reuniões, desenvolver processo de filiação.

§5° As reuniões serão realizadas em locais apropriados, tais como salas de aula/reunião, áreas de lazer, refeitórios ou no local de trabalho, sem a participação do represente da área de relações sindicais da empresa, salvo se solicitado pela entidade sindical, sem prejuízo ao desenvolvimento das atividades previstas para a unidade visitada, sendo a participação do empregado facultativa.

I - As reuniões deverão ser solicitadas, por escrito, ao representante, da área de gestão das relações sindicais e do trabalho com 2 (dois) dias úteis de antecedência; para a viabilidade do atendimento correspondente. II - As Diretorias Regionais e os Sindicatos dos empregados da ECT compreendidos em sua área territorial ficam autorizados a negociar alterações ao disposto nos incisos desta Cláusula, que terão validade e eficácia somente em sua jurisdição.

§6° Quando de treinamento para os novos empregados admitidos pela ECT, em curso próprio de formação, o Sindicato dos Empregados dos Correios da respectiva base territorial, onde os empregados serão lotados, poderá apresentar as atividades sindicais no período acordado entre o sindicato e a Diretoria Regional, no prazo máximo de uma hora de duração.

I - O sindicato deverá ser comunicado com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis.

§7° Durante a vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho, a ECT disponibilizará o acesso ao Sistema ECTNormas, que contém todos os manuais da Empresa:

I - A disponibilização será concedida por meio do serviço de acesso remoto Virtual Private Network-VPN.

II - O Dirigente Sindical deverá solicitar o acesso à Área de Gestão de Pessoas da Administração Central, preenchendo Termo de Confidencialidade fornecido pela ECT.

Cláusula 16 • CONCILIAÇÃO DE DIVERGÊNCIAS - Eventuais divergências de interpretação relacionadas ao disposto no presente Acordo Coletivo de Trabalho deverão ser comunicadas, por escrito, à ECT para fins de conciliação, no prazo de 15 (quinze) dias, antes de serem submetidas à Justiça do Trabalho.

Cláusula 17 - DESCONTO ASSISTENCIAL - A ECT promoverá o desconto assistencial, conforme aprovado em assembléia geral da categoria, na folha de pagamento do empregado filiado ou não à entidade sindical.

§ r Se o empregado não concordar com o desconto de que trata esta cláusula, deverá manifestar essa intenção ao sindicato, até o dia 12 (doze) do mês do desconto, em documento assinado pelo próprio interessado (válido para todas as parcelas, em caso de desconto parcelado), e, por opção exclusiva do empregado, encaminhado via postal sob registro ou entregue nas Sedes das Entidades Sindicais.

§2° Para que se verifique o desconto, as respectivas representações sindicais enviarão à ECT cópia das Atas das Assembléias em que foram decididos os percentuais, até o 2° (segundo) dia

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Útil, e relação dos empregados que desautorizaram o desconto, até o dia 15 (quinze) do mês de incidência.

§3° A ECT não poderá induzir os empregados a desautorizar o desconto por intermédio de requerimento ou outros meios, devendo, no entanto, dar conhecimento desta Cláusula no mês do desconto.

Cláusula 18 • FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS - A ECT, quando solicitada, fornecerá ás Federações legalmente constituídas e sindicatos dos Empregados dos Correios, desde que respeitada a Lei de Acesso à Informação, cópia em meio digital dos Manuais da Empresa, no prazo de 5 (cinco) dias da data de recebimento da solicitação.

§1° Quando se tratar de manual estratégico da ECT, a entidade sindical solicitante deverá assinar um termo de confidencialidade fornecido pela ECT.

I - A definição de manual estratégico ficará a critério da ECT.

§2° A ECT enviará às Federações legalmente constituídas e aos sindicatos seu informativo de comunicação interna - Primeira Hora.

§3° A ECT disponibilizará, quando solicitado pelos sindicatos, por meio magnético, em até 5 (cinco) dias úteis, relação contendo nome, matrícula, cargo/atividade, lotação dos empregados, status (ativo/inativo) e período do afastamento, no intervalo mínimo de 1 (um) mês.

Cláusula 19 • LIBERAÇÃO DE CONSELHEIRO DO POSTALIS - A ECT, por solicitação do POSTALIS, liberará os membros do Conselho Deliberativo e Fiscal do POSTALIS, eleitos pelos empregados ou indicados pela Empresa, pertencentes aos seus quadros, para o exercício das atribuições próprias dos respectivos colegiados.

Parágrafo Único: Os Conselheiros eleitos pelos empregados serão liberados com ônus para a ECT, quando da participação em reuniões obrigatórias do POSTALIS e em horário que estiver realizando curso de capacitação continuada para atuar em conselhos estabelecidos pela Lei Complementar 108.

Cláusula 20 • LIBERAÇÃO DE DIRIGENTES SINDICAIS - A ECT liberará 11 (onze) empregados para cada Federação legalmente constituída e 5 (cinco) por Sindicato dos Empregados dos Correios, regularmente eleitos como dirigentes sindicais (comprovado por meio de Ata), nas bases sindicais com até 5.000 (cinco mil) empregados, sem prejuízo de suas remunerações e outras vantagens prescritas em lei. Nas bases sindicais com efetivo superior a 5.000 (cinco mil) empregados, será liberado mais 1 (um) empregado a cada total de 1.500 (um mil e quinhentos), limitado a 9 (nove) liberações, sem prejuízo de suas remunerações e outras vantagens previstas em lei.

§1° Nas liberações com ônus para as Federações legalmente constituídas ou Sindicatos dos Empregados dos Correios, a ECT manterá o pagamento dos salários e o recolhimento dos encargos respectivos, bem como o fornecimento dos Vales Alimentação/Refeição/Cesta e Vale Cultura, conforme os seus critérios, cujos valores serão totalmente suportados pelas entidades de representação, descontados das mensalidades a serem repassadas para as Federações/Sindicatos.

I - As condições pactuadas no parágrafo 1° não descaracterizam a suspensão do contrato de trabalho.

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II - O não ressarcimento dos referidos valores, pelas entidades de representação, ensejará a imediata suspensão do pagamento dos salários e o recolhimento dos encargos e demais benefícios.

§2° Toda e qualquer liberação de dirigente sindical, com ou sem ônus para a ECT, deverá ser solicitada, por escrito, à Gerência de Negociações Trabalhistas (se das Federações legalmente constituídas) ou às áreas de Relações Sindicais e do Trabalho (se dos respectivos Sindicatos), e protocolizada, no mínimo, em até 2 (dois) dias úteis de antecedência da data de início da liberação.

§3° As entidades sindicais deverão indicar, nas ocasiões oportunas e com o prazo de antecedência apontado no parágrafo anterior, o nome dos dirigentes e período que pennanecerão liberados com e sem ônus para a ECT.

§4° Nas liberações com ônus para as Federações legalmente constituídas ou Sindicatos dos Empregados dos Correios, será mantido o benefício de Assistência Médica regularmente compartilhada, sendo que a participação financeira dos empregados no custeio das despesas médicas se dará conforme previsto na Cláusula Assistência Médica/Hospitalar e Odontológica, do Acordo Coletivo de Trabalho vigente e será descontado do repasse das mensalidades dos sindicatos.

I - O demonstrativo das despesas médicas/odontológicas será encaminhado, mensalmente, às Federações legalmente constituídas e Sindicatos dos Empregados dos Correios, detalhado por empregado liberado com ônus para as Federações legalmente constituídas ou Sindicatos dos Empregados dos Correios.

II - O não ressarcimento dos referídos valores, pelas entidades de representação, ensejará a imediata suspensão do pagamento dos saláríos e o recolhimento dos encargos e demais benefícios.

§5° A liberação de dirigentes sindicais para as Federações legalmente constituídas e Sindicatos dos Empregados dos Correios (sem ônus para a ECT) será considerada para efeito de registro de freqüência como "Licença não Remunerada de Dirigente Sindical", com o respectivo lançamento no contracheque.

§6° A liberação de representante eleito em Assembléia da categoria para participação em eventos relacionados às atividades sindicais ocorrerá sem ônus para a.ECT, com reflexos pecuniários na folha de pagamento e reflexos de dilação do período aquisitivo de férias, porém sem repercussão no aspecto disciplinar e sem redução do período de fruição das férias.

Cláusula 21 - NEGOCIAÇÃO COLETIVA - Em caso de ocorrência de fatos econômicos, sociais ou políticos que determinem ou alterem substancialmente a regulamentação salarial vigente, serão revistos de comum acordo pelas partes os termos do presente Acordo Coletivo de Trabalho, visando ajustá-lo à nova realidade.

Cláusula 22 - PROCESSO PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO - A ECT manterá o processo permanente de negociação com as Federações legalmente constituídas e Sindicatos dos Empregados dos Correios, por meio do Sistema Nacional de Negociação Permanente - SNNP-Correios, com regras definidas em conjunto com as representações dos trabalhadores.

§1° Os temas/assuntos a serem debatidos serão acordados previamente entre as partes, dentre os quais:

I - Vale Transporte não abrangido na Cláusula 52 - Vale Transporte e Jornada de Trabalho "In Itinere";

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II - Sistema de Distritamento - SD;

III - a substituição gradativa de mão-de-obra temporária - MOT, por contrato de trabalho por prazo determinado, nos termos da Lei 9.601/98, cuja deliberação integrará, para todos os fins, o presente Acordo Coletivo de Trabalho;

IV - a jornada de trabalho do jornalista, com discussão sobre compensação de horas.

§2° As partes se comprometem a discutir as pautas de reivindicações dos trabalhadores e da Empresa nas reuniões do SNNP-Correios.

Cláusula 23 - PRORROGAÇÃO, REVISÃO, DENÚNCIA OU REVOGAÇÃO - A prorrogação, revisão, denúncia ou revogação, total ou parcial, do presente Acordo Coletivo de Trabalho ficará subordinada às normas estabelecidas pelo art. 615 da CLT, observando-se os princípios da liberdade e autonomia sindical estabelecidas na Constituição Federal.

Cláusula 24 - QUADRO DE AVISOS - A ECT assegurará que o Sindicato dos Empregados dos Correios da respectiva base territorial, instale quadro para a fixação de avisos e comunicações de interesse da categoria profissional, em local apropriado e de comum acordo entre as partes.

Parágrafo único: As comunicações escritas serão de inteira responsabilidade dos Sindicatos, ficando vedadas as manifestações de conteúdo ou objetivos politico-partidários e de ofensas a quem quer que seja.

Cláusula 25 • REPASSE DAS MENSALIDADES DO SINDICATO - A ECT se compromete a descontar dos empregados filiados, na forma da legislação vigente, a mensalidade em favor das representações sindicais, mediante comprovação do respectivo valor ou percentual, por meio das Atas de Assembléias que as autorizarem.

§1° O repasse desses descontos para as entidades sindicais será feito no primeiro dia útil após o pagamento mensal dos salários dos empregados da ECT.

§2° A ECT se compromete a restabelecer o desconto mensal em favor do sindicato, a partir da data em que os empregados filiados, afastados do trabalho, retornarem ao serviço.

§3° Os pedidos de filiação e desfiliação deverão ser encaminhados pelos empregados aos respectivos sindicatos.

§4° Os comunicados de filiação e desfiliação deverão ser encaminhados pelos sindicatos à Empresa até o dia 10 (dez), para possibilitar o processamento na folha de pagamento no mesmo mês.

Cláusula 26 • REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS - Os Representantes dos Empregados (dirigentes sindicais, delegados/representantes sindicais e cipeiros) eleitos exclusivamente pelos empregados dos Correios, mediante ato formal, não serão punidos, nem demitidos sem que os fatos motivadores da respectiva falta sejam inteiramente apurados, mediante procedimento próprio, ficando resguardado amplo direito de defesa, com a assistência da entidade sindical de sua base territorial, que será notificada com a devida antecedência, por decisão do Diretor Regional, cuja instância recursal será a Vice-presidência de Gestão de Pessoas - VIGEP.

§ r A ECT garantirá estabilidade no emprego aos dirigentes sindicais, conforme estabelece o Art. 522 da CLT, e cipeiros, por mais 6 (seis) meses após o término da estabilidade concedida por lei.

§2° Na vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho, os delegados sindicais terão estabilidade de 1 (um) ano após o término do seu mandato. .

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§3° O número de delegados por sindicato obedecerá critérios de razoabilidade e, a concessão da referida estabilidade será avaliada pelos Correios, em conjunto com as Federações legalmente constituídas.

TÍTULO III DA SAÚDE DO TRABALHOR

Cláusula 27 - ACOMPANHANTE - Assegura-se ao empregado o direito á ausência remunerada de até 6 (seis) dias, o que eqüivale a 12 (doze) turnos de trabalho, durante a vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho, para levar ao médico: dependente(s) e tutelado(s) menor(es) de 18 (dezoito) anos de idade; dependente(s) e curatelado(s) com deficiência (física, visual, auditiva ou mental); esposa gestante; companheira gestante; esposa(o) ou companheiro(a) com impossibilidade de locomover-se sozinho(a), por problema de saúde, atestado por médico assistente; e, pais com mais de 60 (sessenta) anos de idade. Para todos os casos, será necessária a apresentação de atestado de acompanhamento, subscrito por profissional da área de saúde, no prazo de 4 (quatro) dias úteis, a partir da data de emissão do atestado.

§1° Caso a ausência ocorra em apenas um dos turnos da jornada diária de trabalho, será registrada como ausência parcial para fins de registro de freqüência e para efeito do cálculo do saldo remanescente.

§2" Para o empregado que possui filho com deficiência nos termos da Cláusula 48 - Auxilio para Dependentes com Deficiência, o período para acompanhamento será acrescido de 4 (quatro) dias úteis o que eqüivale a 8 (oito) turnos de trabalho.

§3° As ausências objeto desta Cláusula serão consideradas como de efetivo exercício, sem prejuízo de qualquer natureza para o empregado.

§4° O direito à ausência remunerada disposto nesta cláusula não se aplica aos empregados contratados a partir de 16/09/2015.

Cláusula 28 • ASSISTÊNCIA MÉDICA/HOSPITALAR E ODONTOLÓGICA - A ECT, na qualidade de gestora, com vistas a manter a qualidade da cobertura de atendimento, oferecerá serviço de assistência médica, hospitalar e odontológica aos empregados ativos, aos aposentados na ECT que permanecem na ativa, aos aposentados desligados sem justa causa ou a pedido e aos aposentados na ECT por ínvalidez, bem como a seus dependentes que atendam aos critérios estabelecidos nas normas que regulamentam o Plano de Saúde, os quais, na vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho, não poderão ser modificados para efeito de exclusão de dependentes. Eventual alteração no plano de ASSISTÊNCIA MEDICA/HOSPITALAR E ODONTOLÓGICA vigente na empresa, será precedida de estudos atuariais por comissão

• paritária. A participação financeira dos empregados no custeio das despesas, mediante sistema compartilhado, ocorrerá de acordo com os percentuais a seguir discriminados por faixa salarial, observados os limites máximos para efeito de compartilhamento citados no parágrafo 1°, excluída de tais percentuais a internação opcional em apartamento e a prótese odontológica, que têm regulamentação própria:

l-NM-01atéNM-16-10%. ll-NM-17atéNM-48-15%. lll-NM-49atéNM-90-20%. IV-NS-01atéNS-60-20%.

§1° O teto limite máximo para efeito de compartilhamento será de:

I - Para os empregados ativos 2 vezes o valor do salário-base do empregado.

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II - Para os aposentados desligados 3 vezes o valor da soma do benefício recebido do INSS e suplementação concedida pelo POSTALIS.

§2° Os exames periódicos obrigatórios para os empregados afivos serão realizados sem quaisquer ônus para os mesmos.

§3° Enquanto durar o afastamento em razão de acidente de trabalho (código 91 do INSS), o empregado ativo terá direito à assistência médico-hospitalar e odontológica, sendo o atendimento totalmente gratuito na rede conveniada, no que se relaciona ao respectivo tratamento. Os valores relativos ao atendimento na rede conveniada para os casos não relacionados ao tratamento do acidente de trabalho serão compartilhados dentro dos percentuais estabelecidos nesta cláusula.

§4° Os empregados afastados por Auxílio Doença (código 31 do INSS) terão direito à assistência médico-hospitalar e odontológica, sendo que os valores relafivos ao atendimento na rede credenciada serão compartilhados dentro dos percentuais estabelecidos nesta cláusula.

§5° A ECT garanfirá o transporte dos empregados com necessidade de atendimentos emergenciais, do setor de trabalho para o hospital conveniado mais próximo.

§6° Os aposentados citados no caput desta cláusula terão que ter no mínimo, 10 (dez) anos de serviços contínuos ou descontínuos prestados à ECT, sendo que o último período trabalhado não poderá ter sido inferior a 5 (cinco) anos contínuos.

§7° Os ex-empregados, aposentados na ECT a partir de 01/01/1986, que não tenham sido cadastrados, poderão efetuar, exclusivamente, a sua própria inscrição e a do seu respecfivo cônjuge ou companheiro(a) no Plano de Saúde da ECT.

§8° Para os seus empregados afivos, afastados por doença, aposentados por ínvalidez e aposentados cadastrados no Plano CorreiosSaúde, a ECT disponibilizará o Postal Benefício Medicamento - PBM nos termos do seu regulamento, sem a cobrança de mensalidade ao participante deste benefício.

§9° Para os empregados contratados a partir de 16/09/2015, será oferecida assistência médica, hospitalar e odontológica por meio de adesão voluntária ao Fulano Postal Mais Saúde, ou outro plano aprovado pela ANS que venha a subsfituí-lo, cujas regras de cobertura, custos, compartilhamento, carência, rede credenciada, entre outros, vinculam-se ao regulamento aprovado pela ANS para o referido Plano de Saúde.

Cláusula 29 - ATESTADO DE SAÚDE NA DEMISSÃO - Quando solicitado pelo sindicato, a ECT encaminhará cópia de todas as rescisões, acompanhadas do Atestado de Saúde Ocupacional -ASO, dos empregados demitidos nas unidades do interior, cujas homologações foram realizadas nas DRTs, bem como daqueles demifidos antes de completarem 1 (um) ano de serviço e que fizerem a homologação na própria Empresa.

Parágrafo Único: A ECT autorizará a realização de exames complementares, sempre que solicitado pelo médico responsável pela emissão do ASO.

Cláusula 30 - AVERIGUAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO - A ECT garanfirá o acesso aos locais de trabalho de representante do sindicato, acompanhado por médico e/ou engenheiro do trabalho e por representantes da Empresa, mediante agendamento prévio, sempre que solicitado pelos empregados, para averiguação das condições de trabalho a que estão submetidos.

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§1° O sindicato deverá solicitar o agendamento de visita com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis, à Área de Gestão das Relações Sindicais e do Trabalho da respecfiva Diretoria Regional.

I - A ECT agendará a reunião no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis após o recebimento da solicitação.

II - Os prazos estabelecidos neste parágrafo não se aplicam quando da ocorrência de situações emergenciais ou extraordinárias.

§2° A ECT confinuará o processo gradual de exame das condições técnicas para climafização e melhoria das condições de conforto ambiental das unidades de trabalho que estiverem em desacordo com as normas regulamentadoras, observadas as disponibilidades de orçamento.

Cláusula 31 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA - A ECT realizará eleições para composição da CIPA em todos os seus-estabelecimentos cujo efetivo seja superior a 30 (trinta) empregados.

§1° A eleição para a CIPA será convocada em até 60 (sessenta) dias antes do término do mandato e realizada com antecedência de 30 (trinta) dias do seu término, facultando ao sindicato 0 acompanhamento.

§2° A partir de 31 (trinta e um) empregados observar-se-á o que estabelece a NR- 05.

§3° Nos estabelecimentos com efefivo de até 30 (trinta) empregados a ECT designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos da CIPA.

§4° Para o desenvolvimento de suas atividades (verificação das condições de trabalho, elaboração de mapa de risco, reuniões, etc), quando convocado pela CIPA com 72 (setenta e duas) horas de antecedência, no mínimo, será garantida aos cipeiros a seguinte liberação mensal: 4 (quatro) horas nos estabelecimentos com menos de 400 (quatrocentos) empregados, 6 (seis) horas nos estabelecimentos com 400 (quatrocentos) a 1.000 (hum mil) empregados e 8 (oito) horas nos estabelecimentos com mais de 1.000 (hum mil) empregados.

§5° A CIPA fornecerá aos sindicatos a ata de reunião, em até 5 (cinco) dias úteis após a sua realização, sem que haja a solicitação do Sindicato dos Empregados dos Correios da respectiva base territorial, sob a supervisão da ECT.

§6° A ECT garanfirá a visita de um médico do trabalho do quadro próprio ou credenciado a quaisquer dos locais de trabalho, sempre que necessário e solicitado pela CIPA.

§7° A ECT manterá, em seus órgãos operacionais, materiais necessários à prestação de primeiros socorros, considerando-se as caracterisficas da afividade desenvolvida, confonne subitem 7.5.1. da NR 7 (PCMSO).

§8° A ECT providenciará o curso de formação na modalidade de Ensino à Distância - EaD, para os representantes dos empregados e do empregador, fitulares e suplentes, que integrarão as CIPAs, antes da posse e instalação das mesmas.

1 - Para o primeiro mandato o referído curso de formação, deverá ser realizado no prazo máximo de 30 (trínta) dias, contatos a partir do término da eleição.

§9° A ECT se compromete a realizar reuniões semestrais com os presidentes de CIPAs de estabelecimentos com mais de 1.000 (um mil) empregados, preferencialmente, por

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videoconferência, devendo a prímeira ocorrer em até 120 (cento e vinte) dias após a assinatura deste Acordo Coletivo de Trabalho.

§10° O treinamento da CIPA também será disponibilizado para os integrantes da Diretoría da Enfidade Sindical, empregados da Empresa.

I - A Empresa assumirá eventuais custos no caso de integrantes da Diretoria da Enfidade Sindical liberados com ônus.

Cláusula 32 • EMPREGADO PORTADOR DO VÍRUS HIV - Em caso de recomendação médica ou por solicitação e interesse do empregado portador do vírus HIV, preservado o sigilo de informação, a ECT promoverá o seu remanejamento para outra posição de trabalho que o ajude a preservar seu estado de saúde, vedada a sua dispensa sem justa causa.

Parágrafo único: A ECT realizará ações junto a enfidades públicas, visando facilitar a obtenção de medicamentos para tratamento do empregado de que trata esta cláusula, bem como autorizará a realização de todos os exames necessários ao tratamento, observando-se as regras do Correios Saúde.

Cláusula 33 - EMPREGADO INAPTO PARA RETORNO AO TRABALHO - A ECT garanfirá o imediato retorno ao trabalho para trabalhadores que tiveram cessado o seu benefício, por terem sido considerados aptos para o trabalho pelos peritos do INSS.

§ r A orientação prevista no caput terá como fundamento a avaliação médica da Área de Saúde da Empresa que, mesmo com base na Comunicação de Decisão da Perícia Médica do INSS da cessação do benefício previdenciárío, considerar o empregado inapto para retorno ao trabalho.

I - Caso a Área de Saúde da Empresa entenda pela incapacidade do empregado para o retorno ao trabalho, será manfida a sua remuneração, exceto em relação aos benefícios concedidos aos empregados em afividade, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados da data de cessação do benefício previdenciárío.

II - Para a concessão do benefício, o empregado deverá apresentar requerimento à Empresa, anexando a cópia do seu Recurso/Pedido de Reconsideração protocolizado perante o INSS, juntamente com o laudo médico que ratifica a avaliação da Área de Saúde da Empresa, acerca da sua incapacidade laborativa para retorno ao trabalho.

III - Em caso de acidente de trabalho, será observado o disposto no inciso I do § 5° da Cláusula 51.

§2° Se deferido o recurso impetrado pelo empregado junto ao INSS, considerando-o inapto para o trabalho e com isto reafivando o pagamento do beneficio previdenciário, cessa o pagamento pela ECT, e quando do seu retorno as suas atividades laborais este deverá devolver os valores desembolsados pela Empresa em até 6 (seis) parcelas, a partir do terceiro mês de trabalho.

§3° Se indeferido o recurso impetrado pelo empregado junto ao INSS, mantendo a decisão anterior de apto para o trabalho, os valores desembolsados serão assumidos integralmente pela ECT.

1 - Neste caso, a ECT sustentará sua posição pela inapfidão, adotando as providências necessárias, devidamente fundamentadas por laudo médico consubstanciado, para seu novo encaminhamento ao INSS.

§4° Caso o recurso impetrado pelo empregado contra a decisão do INSS não seja julgado dentro dos 90 (noventa) dias, este prazo poderá ser prorrogado, uma única vez, por mais 90 (noventa) .

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dias, mediante decisão de uma Junta Médica formada por 3 (três) profissionais da Área de Saúde da Empresa, indicando a manutenção de sua inapfidão para o trabalho.

Cláusula 34 • ERGONOMIA NA EMPRESA - A ECT se compromete a realizar avaliação permanente dos processos de trabalho, tendo como base, dentre outros sabores técnicos científicos, os conceitos e príncípios ergonômicos, de acordo com a NR 17 e seus anexos, conforme condições de trabalho e fipos de ambientes da ECT.

§1° A ECT quando idenfificar processo cuja operacionalização se mostre mais apropriado, sob o ponto vista ergonômico, com a ufilização de sistema mecanizado ou automafizado, desencadeará ações com vistas ao seu aprimoramento.

§2° A implementação destas soluções ficará condicionada à existência de soluções disponíveis no mercado.

Cláusula 35 - FORNECIMENTO DE CAT/LISA - A ECT emifirá CAT nos casos de doenças ocupacionais, de acidentes do trabalho, de assaltos aos empregados em serviço, nas atividades promovidas e em representação.

§1° A ECT fornecerá uma via da CAT registrada no Ministério da Previdência Assistência Social -MPAS, relativa aos acidentes ocorridos no mês imediatamente anterior.

§2° A ECT emitirá CAT para o empregado Dirigente Sindical que estiver liberado com ônus para a Empresa e que se acidentar, quando em atividades da representação sindical de que participa.

§ 3° A ECT orientará aos gestores quanto ao preenchimento da CAT, em conformidade com as normas e orientações da Previdência Social.

1 - As orientações sobre emissão de CAT, emanadas pela ECT, também serão encaminhadas ás entidades sindicais.

Cláusula 36 - ITENS DE PROTEÇÃO NO CASO DE BAIXA UMIDADE RELATIVA DO AR - A ECT se compromete a fornecer itens de proteção ao empregado que realiza atividades externas em regiões de baixa umidade relativa do ar.

§1° Considera-se a umidade relativa do ar baixa quando:

I - A média dos menores índices de umidade relativa do ar, registrados nos últimos cinco dias consecutivos, atingir valores iguais ou inferiores a 20%.

II - O menor índice de umidade relativa do ar, registrado no dia anterior, atingir valor igual ou inferior a 15%.

§2° Nas situações descritas nos incisos do §1°, a ECT fornecerá ao empregado que realiza atividade externa:

I - Garrafa individual de água {squeezes) para os empregados, para o transporte de água durante as atividades de entrega extema, para hidratação.

II - Frascos com soro fisiológico, visando evitar ressecamento nasal.

III - Protetor labial FPS 30 com ação hidratante para minimizar o impacto da radiação solar e o ressecamento da pele. .

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§3° Os procedimentos descritos nos incisos do §2° são suplementares, não havendo prejuízo ao fornecimento regular de camisa manga longa, protetor solar, bonés e óculos de sol.

Cláusula 37 - ITENS DE USO E PROTEÇÃO AO EMPREGADO - ECT fornecerá sem ônus aos empregados, uniformes adequados à atividade desenvolvida na empresa e às condições climáticas da região, nos modelos masculino e feminino, no prazo de reposição previsto para cada peça e testado previamente pelos trabalhadores, por amostragem, quando do desenvolvimento do modelo.

§1° A ECT fornecerá meias de compressão, joelheira e cinturão ergonômico para os (as) carteiros (as), OTTs, motoristas e atendentes comerciais, de acordo com a recomendação médica e homologada pelo Serviço Médico da ECT.

§2° A ECT assegurará aos OTTs condições de higiene para o manuseio de malas e caixetas, bancadas e ferramentas adequadas, proibição do trabalho continuamente em pé e respeito ao peso máximo previsto para os receptáculos que são manuseados.

§3° A ECT fornecerá aos carteiros (as) tênis, diferenciado em modelos masculino e feminino, providos de amortecedores com gel ou outro processo compativel, para proteção da coluna vertebral.

I - Os tênis terão as especificações técnicas desenvolvidas com foco na saúde ocupacional e serão testados previamente pelos trabalhadores, por amostragem.

§4° A ECT fornecerá bofina para uso dos OTTs, considerando as especificações técnicas que atendam aos requisitos de saúde ocupacional, disponibilizando modelos masculino e feminino.

§5° O fornecimento de Equipamento de Proteção Individual (EPI) aos empregados será feito conforme a NR 06.

§6° A ECT fornecerá, sem ônus para o empregado, protetor solar, óculos de sol ou dip on para os trabalhadores que executam atividades de distribuição domiciliaria.

§7° A ECT garantirá a elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA nos seus estabelecimentos e a adoção das medidas por ele indicadas.

§8° A ECT promoverá campanhas de conscientização contra os perigos da exposição solar e uso do protetor solar.

§9° Para o empregado designado com a função de Motorizado M, o fornecimento inicial dos seguintes itens de uniforme: luvas, jaquetas de couro e botas serão de duas peças por item e da calça de motociclista, de quatro peças.

I - A ECT também garantirá o fornecimento de tênis para os empregados designados com a função de Motorizado M.

§10° Nas situações em que o empregado designado com a função de Motorizado M atue regularmente na distribuição domiciliar convencional, será fornecido também um par de tênis e calça ou bermuda.

§11° A ECT continuará aplicando orientação e treinamento aos empregados sobre o uso adequado dos equipamentos de proteção individual, ergonômicos e uniformes.

§12° A ECT prosseguirá com os estudos referentes à definição de mesa ergonômica para carteiro como forma de preservar a saúde ocupacional do empregado.

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§13° A ECT fornecerá luvas e capacetes para carteiros ciclistas, com especificações técnicas desenvolvidas com foco na saúde do trabalhador durante a vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho.

§14° A ECT realizará estudos técnicos para avaliação de uso de material fluorescente e retrorrefletivo nas camisas de Carteiros, de modo a torná-las um vestuário de segurança de alta visibilidade.

§15° A ECT desenvolverá análises técnicas e de viabilidade para adoção de tecido com fator de proteção solar UVA/UVB nas camisas de Carteiros.

§16° A ECT constituirá grupo de trabalho Nacional, sempre que tiver que desenvolver estudos para concepção de novos uniformes profissionais, com a participação de dois representantes sindicais de cada Federação, sendo um do sexo masculino e um do sexo feminino, por Federação, que terão como papel principal o acompanhamento dos trabalhos e das definições de distribuição de peças teste, bem como o acompanhamento dos resultados quanto à satisfação dos empregados em relação às peças propostas.

§17° A ECT orientará os gestores quanto à necessidade de atualização do cadastro de empregados no WEBSUN - Sistema de Fornecimento de Uniformes, em conformidade com o que consta do MANSUP - Manual de Suprimento.

§18° A ECT continuará fornecendo uniforme apropriado para as empregadas gestantes ocupantes dos cargos de Agente de Correios nas atividades de Carteira, Atendente Comercial e OTTs.

Cláusula 38 • PREVENÇÃO DE DOENÇAS - A ECT se compromete a implementar programas voltados a promoção da saúde e prevenção de doenças no trabalho, visando:

§1° implantar gradativamente as ações de Cinesioterapia dentro dos Centros de Tratamento e Terminais de Carga ou nas suas imediações, com o objetivo de levar para perto dos empregados todas as condições de fortalecimento da saúde e melhoria da qualidade de vida.

§2° implantar gradativamente o rodízio operacional nos Centros de Tratamento, com vistas à melhoria contínua da saúde dos empregados, ambientes de trabalho e clima organizacional.

§3° expandir o programa terapia comunitária integrativa em, no mínimo, 50% das Sedes das Diretorias Regionais.

Cláusula 39 - REABILITAÇÃO PROFISSIONAL - Na forma da legislação que trata da saúde do trabalhador, a ECT assegurará a reabilitação profissional de seus empregados, mediante laudo fornecido por instituição médica ou profissional habilitado, devidamente autorizado pela Previdência Social.

§1° Quando autorizados pelo órgão competente, os empregados realizarão seu estágio de reabilitação na própria Empresa, em cargo adequado a sua situação.

§2° A ECT garantirá a estabilidade do reabilitado por um período de 24 (vinte e quatro) meses.

I - A garantia de estabilidade será ampliada para 36 (trinta e seis) meses no caso de ser o período que antecede à data para que o trabalhador reabilitado possa legalmente requerer a sua aposentadoria junto à Previdência Social.

§3° A ECT se compromete a realizar acompanhamento sistemático de empregado reabilitado com vistas à sua manutenção em atividades compatíveis com sua capacidade laborai, A

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§4° A Comissão Regional de Reabilitação Profissional - CRRP, sempre que necessário, poderá interagir com a Comissão Regional de Saúde do Sindicado com vistas ao melhor encaminhamento das questões junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS.

Cláusula 40 • SAÚDE DO EMPREGADO - A ECT prosseguirá nas campanhas de prevenção de doenças e promoção da saúde, abordando prioritariamente os temas vinculados à saúde e enfermidades relacionadas ao trabalho, possibilitando acesso de seus empregados aos exames necessários.

§1° A ECT continuará desenvolvendo estudos ergonômicos, conforme recomenda a NR 17 para prevenção de LER/DORT.

§2° A Empresa promoverá campanhas de combate e prevenção à hipertensão arterial para empregados, com atenção às especificidades do afrodescendente.

§3° Por indicação profissional e autorização de médico da ECT, será oferecido acompanhamento psicológico para empregados vitimas de assalto no exercício de suas atividades, bem como para os seus dependentes cadastrados no Plano CorreioSaúde, nos casos destes serem feitos reféns durante o assalto. Neste último caso, as despesas serão compartilhadas pelo beneficiário titular.

§4° A Empresa se compromete a entregar ao empregado, quando por ele solicitado, cópia do seu prontuário médico, onde deverão estar todos os exames de saúde ocupacional, laudo, pareceres e resultados de exame admissional, periódico e demissional, se for o caso.

§5° Quando solicitado, a ECT encaminhará aos Sindicatos os documentos relativos à segurança e à higiene do trabalho.

§6° A ECT promoverá cursos e palestras de orientação e prevenção sobre dependência química para empregados, assegurando acompanhamento social e psicológico e o tratamento clínico, quando necessários.

§7° A ECT continuará incentivando a participação dos empregados no programa de ginástica laborai nos locais de trabalho, com o objetivo da prevenção de LER/DORT e de outras doenças.

§8° A ECT implantará procedimentos voltados ao restabelecimento da saúde laborai do empregado em atividade que apresentar restrição médica e/ou psicossocial.

I - Durante os 90 (noventa) dias em que o empregado, ocupante do cargo de Agente de Correios (Carteiros, OTTs e Atendente Comercial) estiver em atividade com restrições médicas e/ou psicossocial, será garantido a ele o recebimento do respectivo adicionai de atividade.

§9° A ECT fornecerá serviço de saúde psicossocial atuando nas questões relacionadas ao adoecimento psíquico, distúrbios do comportamento, dependência química, vítima de assalto e outros eventos adversos.

§10° O prazo para entrega de atestados médicos/odontológicos, de 01 (um) a 15 (quinze) dias de afastamento pelo empregado á sua chefia imediata passa a ser de 4 (quatro) dias úteis, contados a partir da data de sua emissão. Os atestados superiores a 4 (quatro) dias deverão, obrigatoriamente, ser submetidos a homologação médica/odontológico.

I - No caso do estado de saúde do empregado comprometer ou impossibilitar que ele cumpra o prazo estabelecido acima, poderá a chefia imediata receber o atestado médico/odontológico, mesmo fora do prazo estabelecido, desde que devidamente justificado pelo empregado via requerimento de próprio punho.

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TÍTULO IV DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO

Cláusula 41 - DISTRIBUIÇÃO DOMICILIARIA - A Distribuição Domiciliaria de Correspondência será efetuada de acordo com os seguintes critérios:

§1° O limite de peso transportado pelo carteiro, quer na saída das Unidades, quer nos Depósitos Auxiliares - DA, não ultrapassará 10 (dez) kg para homem e 08 (oito) kg para mulher. §2° Em caso de gravidez, o limite do parágrafo anterior poderá ser reduzido mediante prescrição expressa de médico especialista, homologada pelo Serviço Médico da Empresa.

§3° A ECT compromete-se a aperfeiçoar os critérios e ampliar a aplicação de processo seletivo interno no preenchimento de vagas de função para o sistema motorizado de entrega domiciliaria. 0 tempo de atuação do carteiro na atividade será o critério de maior peso e de desempate.

§4° Depois de realizado o processo seletivo interno e não havendo êxito no preenchimento das funções de Motorizado (M) e Motorizado (V) a Empresa, mediante seleção entre os carteiros interessados e que não possuam as respectivas carteiras de habilitação, garantirá os recursos necessários para a obtenção dessas.

§5° A responsabilização por perdas, extravies e danos em objetos postais, malotes e outros será definida mediante aplicação do respectivo processo de apuração.

§6° A ECT continuará aprimorando o complexo logístico de seu fluxo operacional, visando à otimização dos processos com vistas à antecipação do horário da distribuição domiciliaria, sem comprometer a qualidade operacional ou as necessidades dos clientes e zelando pela saúde dos trabalhadores. A Empresa priorizará as entregas matutinas em âmbito nacional, nos Centros de Distribuição Domiciliaria - CDD, desde que atendidos os seguintes requisitos:

1 - Em distritos postais, executados de forma pedestre ou com uso de bicicletas.

II - Em CDDs instalados em localidades classificadas, segundo a matriz de prazos para mensagens simples, a partir de B (Nacional) e B (Estadual).

III - Quando o horário de chegada da carga qualificada nas unidades seja anterior ao horário de entrada dos carteiros na unidade.

iV - Desde que atendidos os pré-requisitos de implantação da LOEC automática, em todos os distritos das unidades; implantação da rotina de Otimização de Atividades Internas relativas á primeira e segunda triagens; e, reequilíbrio dos tempos extemos dos Distritos Postais.

V - A implantação se dará em três etapas, conforme abaixo:

a) FASE 1 - 20% das unidades elegíveis, conforme os critérios acima estabelecidos, iniciando a implantação em até 30 (trinta) dias após a assinatura deste Acordo Coletivo de Trabalho, com 90 (noventa) dias de prazo limite para implantação.

b) FASE 2 - 30% das unidades elegíveis, conforme os critérios acima estabelecidos, iniciando a implantação em até 30 (trinta) dias após a conclusão da FASE 1, com até 8 (oito) meses de prazo limite para implantação.

c) FASE 3 - Nas demais unidades elegíveis, conforme os critérios acima estabelecidos, iniciando em até 30 (trinta) dias após a conclusão da FASE 2, com até 60 (sessenta) meses para implantação.

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§7° Durante o período de implantação da entrega matutina, no conjunto das localidades aonde no período de seca a umidade relativa do ar for menor que 30% (trinta por cento), a Empresa se compromete a ajustar o processo produtivo com o objetivo de mitigar os impactos negativos à saúde do trabalhador, inclusive antecipando o horário para realização da distribuição domiciliaria, em distritos postais onde o trabalho é executado de forma pedestre ou com uso de bicicletas, quando for o caso, sem prejuízo aos níveis de serviço estabelecidos.

I - Nos locais onde já ocorrem a inversão será mantida a antecipação da carga até a implementação definitiva da entrega matutina.

II - Durante a vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho, a ECT manterá a entrega matutina nas localidades onde já existem os projetos pilotos com a inversão de horário.

§8° A implantação da entrega matutina será acompanhada por Comissão fomiada por 5 (cinco) representantes da Empresa e 2 (dois) representantes de cada Federação legalmente constituída.

Cláusula 42 • FROTA OPERACIONAL - A ECT, visando à melhoria contínua da qualidade de vida dos empregados, providenciará, quando da aquisição e locação, novos veículos de carga contendo ar condicionado, direção hidráulica, vidro elétrico e trava para uso operacional.

§1° Quando da aquisição de motos para uso operacional, a ECT priorizará a introdução do item partida elétrica, desde que haja ampla oferta do item no mercado, garantindo-se o princípio da livre concorrência.

§2° A ECT se compromete a promover estudos com o objetivo de especificar novo modelo de bicicleta, observando aspectos ergonômicos, funcionais, técnicos e de produtividade, adequada para utilização em terrenos mais irregulares, viabilizando a implantação das alternativas que se mostrarem viáveis técnica e economicamente e que proporcionem melhores condições de trabalho aos empregados.

§3° A implantação será realizada por meio de substituição, considerando o final da vida útil de cada item da Frota Operacional.

Cláusula 43 - INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS - A ECT se compromete a realocar o empregado cuja atividade seja afetada por inovações tecnológicas ou racionalização de processo, remanejando-o para outra atividade compatível com o cargo que ocupa, qualificando-o para o exercício de sua nova atividade, sem prejuízo das vantagens adquiridas.

Cláusula 44 - JORNADA DE TRABALHO NAS AGÊNCIAS DE CORREIOS - O início da jomada de trabalho dos empregados lotados nas Agências de Correio deverá ser escalonado de modo a permitir sua abertura e fechamento nos horários estabelecidos para cada unidade.

Parágrafo Único: A ECT respeitará os horários estabelecidos para a jornada de trabalho e para o intervalo de alimentação.

Cláusula 45 • JORNADA DE TRABALHO PARA TRABALHADORES EM TERMINAIS COMPUTADORIZADOS - Aos empregados com atividade permanente e ininterrupta de entrada de dados nos terminais computadorizados, por processo de digitação, será assegurado intervalo de 10 (dez) minutos para descanso a cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados, computados na jornada normal de trabalho.

Cláusula 46 - REDIMENSIONAMENTO DE CARGA - No caso de redimensionamento de carga, além da participação dos empregados que serão abrangidos com o redimensionamento, a ECT viabilizará a participação de 1 (um) representante sindical regularmente eleito, quando solicitado pelo sindicato, para participar do momento de realização dos levantamentos de carga específicos /v>

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para dimensionamento de efetivo de CTC, CTE, CTCE, CDD, CEE, TECA e CTCI, de acordo com o cronograma previamente estabelecido pelas áreas funcionais.

Parágrafo único: Após a conclusão, o novo dimensionamento será implantado integralmente em até 120 (cento e vinte) dias após a liberação dos recursos necessários pelos órgãos competentes.

Cláusula 47 - SEGURANÇA NA EMPRESA - A ECT se compromete a adotar as medidas necessárias para preservar a segurança física dos empregados, clientes e visitantes que circulam em suas dependências, reafirmando, como política institucional, a valorização da vida e da integridade física das pessoas que participam das atividades postais, o reforço á confiança dos clientes nos serviços ofertados e à proteção do patrimônio da Empresa.

§1° A ECT fornecerá todo o suporte institucional para assegurar a operacionalização da segurança empresarial das suas unidades.

§2° A ECT compromete-se a informar os representantes dos sindicatos regionais, sobre as providências já adotadas e as que estão em planejamento relativas á questão de segurança.

§3° A ECT continuará aprimorando o sistema de transporte de numerários, visando minimizar os riscos operacionais, articulado à política de segurança empresarial.

§4° As ações e compromissos decorrentes da implementação dessa política de segurança empresarial obedecerão ao princípio da eficiência na prestação dos serviços prestados pela ECT à Sociedade que, como entidade da Administração Federal Pública, respeitará as diretrizes e princípios norteadores dos procedimentos da Administração Pública.

§5° Na ECT, o compromisso com a preservação da vida e da integridade física das pessoas será priorizada sobre os demais aspectos da atividade postal.

TITULO V DOS BENEFÍCIOS

Cláusula 48 - AUXÍLIO PARA DEPENDENTES COM DEFICIÊNCIA - A ECT reembolsará aos empregados cujos filhos, enteados, tutelados e curatelados dependam de cuidados especiais as despesas dos recursos especializados que utilizem, observado o seguinte:

§1° para os efeitos desta cláusula, entende-se como recursos especializados os resultantes da manutenção em instituições que ofereçam tratamento e acompanhamento especializados, adequados ao desenvolvimento neuropsicomotor de pessoas dependentes de cuidados especiais condicionado à prévia análise e autorização do Serviço Médico da ECT, conforme documento básico.

§2° o valor do reembolso previsto nesta cláusula corresponde ao somatório das despesas respectivas, condicionado ao limite mensal de R$ 807,23 (oitocentos e sete reais e vinte e três centavos) em relação a cada um dos dependentes de cuidados especiais.

§3° os gastos mensais superiores ao limite estipulado no parágrafo anterior poderão ser reembolsados com base em pronunciamento específico por parte do Serviço Médico e do Serviço Social da ECT, conforme documento básico.

§4° o reembolso será mantido mesmo quando os respectivos empregados encontrarem-se em licença médica. .

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Cláusula 49 - REEMBOLSO CRECHE E REEMBOLSO BABÁ - As empregadas da ECT, mesmo quando se encontrarem em licença médica, farão jus ao pagamento de reembolso creche até o final do ano em que seu filho, tutelado ou menor sob guarda em processo de adoção atingir o sétimo aniversário.

§1° Para as mães que tenham interesse, a ECT disponibilizará a opção pelo Reembolso Babá, em conformidade com a legislação previdenciária e trabalhista, com a Lei 8.212/1991, no seu artigo 28, inciso 11, § 9°, alínea "s", com a Lei 5.859/1972, e nos termos do artigo 13, inciso XXXIV da Instrução Normativa 257/2001 da Secretária de Inspeção do Trabalho.

§2° O pagamento previsto nesta cláusula será realizado mesmo quando o beneficiário se encontrar em licença médica e terá por limite máximo o valor de R$ 508,36 (quinhentos e oito reais e trinta e seis centavos) e se destina exclusivamente ao ressarcimento das despesas realizadas com creche, berçário e jardim de infância, em instituições habilitadas, ou ao ressarcimento do Reembolso Babá, mediante apresentação da Carteira de Trabalho e Previdência Social assinada pelo beneficiário, ao pagamento do salário do mês e ao recolhimento da contribuição previdenciária da babá.

I - Nos seis primeiros meses de idade da criança, o ressarcimento da despesa com a instituição é realizado de forma integral, conforme estabelece o inciso I do artigo 1° da Portaria MTE 670/97. Após este período, o ressarcimento, respeitado o limite mensal máximo definido no §2° desta cláusula, obedece ao percentual de participação do empregado em 5% (cinco por cento) e da Empresa em 95% (noventa e cinco por cento).

II - No caso da empregada que optou pelo Reembolso Babá.desde o primeiro mês de vida da criança, o ressarcimento máximo será aquele estabelecido no §2° desta cláusula.

§3° O direito ao benefício previsto nesta cláusula estende-se ao empregado pai solteiro ou separado judicialmente, que tenha a guarda legal dos filhos, ao viúvo e à empregada em gozo de licença-maternidade por 120 (cento e vinte) dias.

§4° Não são consideradas, para efeito de reembolso, as mensalidades relativas ao ensino fundamental, mesmo que o dependente se encontre na faixa etária prevista no caput desta cláusula.

§5° As empregadas da ECT que ocupem o cargo de Agente de Correios - Atividade de Carteiro, ÒTT e Atendentes Comerciais, inclusive que não aderiram ao PCCS 2008 e encontram-se nos cargos em extinção de Carteiro, OTT e Atendente Comercial, que recebam o Auxílio Creche/Babá, preferencialmente, não serão convocadas para o Trabalho no Final de Semana - TFS sem sua prévia concordância.

Cláusula 50 - TRANSPORTE NOTURNO - A ECT providenciará transporte, sem ônus para o empregado que inicie ou encerre seu expediente entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 6 (seis) horas da manhã do dia seguinte, em local de trabalho de difícil acesso ou onde comprovadamente não haja, neste período, meio de transporte urbano regular entre a Empresa e a residência do empregado.

Cláusula 51 • VALE REFEIÇÃO/ALIMENTAÇÃO - A ECT concederá aos seus empregados, até o último dia útil da primeira quinzena de cada mês, a partir de agosto/2014. Vale Refeição ou Vale Alimentação no valor facial de R$ 33,01 (trinta e três reais e um centavo) na quantidade de 26 (vinte e seis) ou 30 (trinta) vales, para os que têm jornada de trabalho regular de 5 (cinco) ou 6 (seis) dias por semana, respectivamente, e Vale Cesta no valor de R$ 206,60 (duzentos e seis reais e sessenta centavos).

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§1° Os benefícios referidos no caput terão a participação financeira dos empregados nas seguintes proporções:

I - 5% para os ocupantes das referências salariais NM-01 a NM-18. II - 10°/o para os ocupantes das referências salariais NM-19 a NM-38. III -15% para os ocupantes das referências salariais NM-39 a NM-90. IV -15% para os ocupantes das referências salariais NS-01 a NS-60.

§2° No período de fruição de férias, licença-maternidade e licença adoção, inclusive prorrogação (conforme legislação específica), também serão concedidos os Vales Refeição/Alimentação e Vale Cesta, mencionados no caput, nas mesmas condições dos demais meses. Os créditos alusivos aos Vales Refeição, Alimentação e Cesta, em razão do atual suporte eletrônico, serão disponibilizados conforme descrito no capuf desta cláusula.

I - O disposto no parágrafo 2° desta cláusula não se aplica aos empregados contratados a partir de 16/09/2015.

§3° O empregado poderá optar por receber o seu Vale Refeição ou Vale Alimentação das seguintes formas: 100% no Cartão Refeição ou 100% no Cartão Alimentação ou 30% no Cartão Refeição e 70% no Cartão Alimentação, ou 30% no Cartão Alimentação e 70% no cartão Refeição ou 50% em cada um dos cartões.

§4° A ECT fica desobrigada das exigências previstas nos subitens 24.6.3. e 24.6.3.2 da Portaria MTE n° 13 de 17/09/93 principalmente em relação a aquecimento de marmita e instalação de local caracterizado como Cantina/Refeitório.

§5° Serão concedidos, a partir da vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho, os Vales Refeição ou Alimentação e Vale Cesta referidos nesta cláusula nos primeiros 90 dias de afastamento por licença médica, e até o retorno por motivo de acidente do trabalho, inclusive para aposentados em atividade que estejam afastados em tratamento de saúde. Para todos os casos haverá desconto do devido compartilhamento quando do retorno ao trabalho.

I - Em caso de retorno ao auxílio doença e se o motivo ou o CiD (Código Intemacional de Doenças) de retorno for relacionado ao do último afastamento, o empregado não terá direito a nova contagem de 90 (noventa) dias para recebimento de Vales Alimentação, Refeição e Cesta, exceto se o retorno ocorrer após 60 (sessenta) dias corridos, contados da data de retorno da última licença.

II - O disposto no parágrafo 5° desta cláusula não se aplica aos empregados contratados a partir de 16/09/2015.

§6° A ECT não descontará os créditos do vale refeição, alimentação e vale cesta na rescisão do empregado falecido, distribuídos anteriormente ao desligamento.

§7° A ECT irá manter o fornecimento de Vales Alimentação, Refeição e Vale Cesta ao Dirigente Sindical, quando de seu afastamento com ônus para a Entidade Sindical, sendo que o referido valor será descontado do repasse sindical.

Cláusula 52 - VALE TRANSPORTE E JORNADA DE TRABALHO "IN ITINERE" - A ECT fornecerá o vale transporte, observando as formalidades legais.

§1° A ECT compartilhará, nos moldes da lei, as despesas com outros meios de transporte coletivo legalizados, que não apresentam as caracteristicas de transporte urbano e semiurbano, desde que seja a única opção ou a mais econômica, limitado à distância de 120 (cento e vinte) km e ao valor total de R$ 673,06 (seiscentos e setenta e três reais e seis centavos) por mês. Wk

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§2° Nos casos previstos no parágrafo anterior, as despesas custeadas pela Empresa não têm natureza salarial e não se incorporam à remuneração do benefÍGíário para quaisquer efeitos.

§3° O pagamento da jornada "in itinere" está condicionado ao contido no parágrafo 2° do Artigo 58 da CLT.

Cláusula 53 • VALE CULTURA - A ECT concederá a seus funcionários, que percebam remuneração mensal até o limite de 5 (cinco) salários mínimos, o Vale Cultura instituído pela Lei 12.761, de 27/12/2012, regulamentado pelo Decreto n°. 8.084 de 26 de agosto de 2013, no valor único mensal de R$ 50,00 (cinqüenta reais), respeitado o compartilhamento e a opção do empregado, não tendo natureza remuneratória.

Parágrafo único - O percentual de compartilhamento do Vale Cultura, ocorrerá na forma descrita abaixo:

I - até um salário mínimo - dois por cento. II - acima de um salário mínimo e até dois salários mínimos - quatro por cento. III - acima de dois salários mínimos e até três salários mínimos - seis por cento. IV - acima de três salários mínimos e até quatro salários mínimos - oito por cento. V - acima de quatro salários mínimos e até cinco salários mínimos - dez por cento.

TITULO VI DAS QUESTÕES ECONÔMICAS

Cláusula 54 - ADIANTAMENTO DE FÉRIAS - O adiantamento de férias será concedido a todos os empregados por ocasião de sua fruição, em valor equivalente a um salário-base, acrescido de anuênios ou qüinqüênios, do IGQP incorporado e, quando for o caso, da gratificação de função.

§ r A ECT mantém para todos os empregados o pagamento desse adiantamento, reembolsável, por opção do empregado, em até cinco parcelas mensais, sucessivas e sem reajuste, iniciando-se a restituição no pagamento relativo ao segundo mês subsequente à data de início do período de fruição das férias, independentemente da opção por abono pecuniário.

§2° Para os efeitos desta cláusula, os empregados reintegrados ou readmitidos também farão jus ao reembolso parcelado do adiantamento de férias.

§3° Poderá o empregado optar, por escrito, até quarenta dias antes do início do período previsto para a fruição das férias, pela não antecipação do respectivo pagamento.

§4° Por solicitação do empregado, inclusive aquele com idade superior a cinqüenta anos e sem que haja prejuízos para as atividades da unidade, a Empresa poderá conceder as férias em dois períodos. Nenhum dos períodos poderá ser inferior a dez dias corridos e ambos deverão ocorrer dentro do mesmo período concessivo, com interstício mínimo d.e 30 (trinta) dias entre um período e outro.

§5° No caso de a concessão de férias ocorrer em dois períodos, o adiantamento de férias será pago proporcionalmente a cada período.

§6° A vantagem prevista no parágrafo anterior não gera direitos em relação a situações pretéritas.

Cláusula 55 - ADICIONAL NOTURNO - Para os empregados com jomada normal noturna, mista ou extraordinária, a ECT pagará, a título de adicional noturno, acréscimo de 60% (sessenta por

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cento) sobre o valor da hora diurna em relação ao salário-base, já incluído o respectivo valor correspondente ao adicional legal.

§ r Para os fins desta Cláusula, considera-se horário noturno o prestado entre 20 (vinte) horas de um dia e 6 (seis) horas do dia seguinte, aplicando-se também a regra de hora reduzida de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos entre esse horário.

§2° Não haverá a suspensão do pagamento do adicional noturno, para o empregado com jornada normal noturna ou mista, nos casos de não comparecimento ao trabalho pelos motivos de licença médica até os primeiros 15 (quinze) dias, treinamento, viagem a serviço ou folgas compensatórias resultantes de trabalho em dias de repouso remunerado ou feriado.

§3° Para os empregados contratados a partir de 16/09/2015 com jornada normal noturna, mista ou extraordinária, a ECT pagará, a título de adicional noturno, acréscimo de 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna em relação ao salário-base.

I - Considera-se horário noturno o prestado entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, aplicando-se também a regra de hora reduzida de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos entre esse horário, conforme Art. 73 da CLT.

Cláusula 56 - AJUDA DE CUSTO NA TRANSFERÊNCIA - A ajuda de custo pela transferência do empregado, por necessidade de serviço, continuará sendo calculada sobre o valor do salário-base, acrescido de anuênios, do IGQP incorporado e, quando for o caso, da gratificação de função. O valor mínimo da ajuda de custo será de R$ 1.325,90 (hum mil trezentos e vinte e cinco reais e noventa centavos).

§ r As despesas com a transferência por necessidade de serviço serão de responsabilidade da ECT, nos termos do Manual de Pessoal - MANPES.

§2° Os empregados transferidos para exercício de função gratificada ou de confiança, na localidade de destino, farão jus à respectiva gratificação a partir do início do periodo de trânsito, quando houver.

§3° A ECT dará especial atenção aos pedidos de transferência de empregados, observando os critérios vigentes no Sistema Nacional de transferência - SNT, procurando conciliar cada caso à real necessidade do serviço.

Cláusula 57 - ANTECIPAÇÃO DE 50% DA GRATIFICAÇÃO NATALINA - Os empregados que, em 2015, não gozarem férias até junho e não optarem pelo recebimento por ocasião de suas férias, receberão, a título de adiantamento, a metade do 13° (décimo terceiro) salário em 2 (duas) parcelas, sendo: 25% (vinte e cinco por cento) na folha de pagamento do mês de março/2015 e 25% (vinte e cinco por cento) na de junho/2015, ou, por sua opção, em uma só parcela de 50% (cinqüenta por cento) na folha de pagamento de junho/2015.

§1° A diferença entre o valor do 13° (décimo terceiro) salário e o que foi adiantado na forma da presente cláusula será paga até 20/12/2015.

§2° A ECT garantirá, aos empregados que optarem, o direito de receber a antecipação de 50% (cinqüenta por cento) da gratificação natalina no seu período de férias, de janeiro a novembro.

Cláusula 58 - ANUÊNIOS - A ECT garantirá ao empregado, mensalmente, 1% (um por cento) aplicado ao seu salário-base e respectivo valor da gratificação de função ou complementação de remuneração singular, quando houver, por ano de serviço prestado, observado o limite máximo de retroação a 20/03/69, data da criação da Empresa assegurados os direitos anteriormente adquiridos pelos empregados.

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§1° Cada novo anuênio será pago a partir do mês em que se completar a data-base de anuênio do empregado.

§2° O limite máximo para o adicional de tempo de serviço é de 35% (trinta e cinco por cento).

§3° As vantagens previstas nesta cláusula não geram direitos em relação a pagamentos pretéritos.

§4° A regra para concessão de anuênios prevista nesta cláusula não é aplicável aos empregados a serem contratados a partir de 16/09/2015, uma vez que não farão jus ao anuênio.

Cláusula 59 - GRATIFICAÇÃO DE FÉRIAS - A ECT concederá a todos os empregados gratificação de férias no valor de 70% (setenta por cento) da remuneração vigente, estando incluído neste percentual o previsto no inciso XVII do artigo 7°(séfimo) da Constituição Federal, assegurados os direitos anteriormente adquiridos pelos empregados.

§1° No caso de a concessão de férias ocorrer em dois períodos, a gratificação de férias será paga proporcionalmente a cada período.

§2° A vantagem prevista nesta cláusula não gera direitos em relação a pagamentos pretéritos.

§3° O percentual de 70% (setenta por cento) para gratificação de férias previsto nesta cláusula não é aplicável aos empregados a serem contratados a partir de 16/09/2015, incidindo-se o percentual estabelecido no inciso XVII do artigo 7°(séfimo) da Constituição Federal.

Cláusula 60 • GRATIFICAÇÃO DE QUEBRA DE CAIXA - A ECT concederá aos empregados que exercem durante toda a sua jornada de trabalho as atividades de recebimento e pagamento de dinheiro à vista (em espécie ou em cheque), em guichês de Agências, gratificação de quebra de caixa no seguinte valor: I - R$ 183,85 (cento e oitenta e três reais e oitenta e cinco centavos) para os empregados que atuam em guichê de agências que não operam o Banco Postal.' .

II - R$ 245,14 (duzentos e quarenta e cinco reais e quatorze centavos) para os empregados que atuam em guichê de agências que operam o Banco Postal.

§1° Se o empregado estiver recebendo ou vier receber qualquer outra gratificação de função, prevalecerá a maior, para que não haja acumulação de vantagens.

§2° A vantagem prevista nesta cláusula não gera direitos em relação a pagamentos pretéritos.

§3° A partir de janeiro de 2010, os empregados que atuarem em parte da sua jornada diária de trabalho, em guichês de Agências, cobrindo horário de almoço de titular de guichê, farão jus a 25% (vinte e cinco por cento) do valor previsto nos incisos " I " e "11", conforme o caso.

Cláusula 61 • HORAS EXTRAS - As horas extraordinárias serão pagas na folha do mês subsequente a sua realização, mediante acréscimo de 70% (setenta por cento) sobre o valor da hora normal em relação ao salário-base.

Parágrafo Único: As horas e/ou frações de hora que o empregado foi oficialmente liberado não poderão ter o respectivo período para compensação de hora extra trabalhada em outro dia.

Cláusula 62 - PAGAMENTO DE SALÁRIO - Os salários serão pagos no último dia útil bancário do mês trabalhado. .^

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Cláusula 63 - REAJUSTE SALARIAL - A ECT concederá aos empregados reajuste linear de 6% (seis por cento), sendo 3% (três por cento) a partir da data do julgamento do dissídio e 3% (três porcento) a partir de 01/02/2016.

Cláusula 64 - DA GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO À PRODUTIVIDADE - GIP, A gratificação de incentivo á Produfividade, prevista na cláusula 63 do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, obedecerá às regras a seguir:

§1° Sobre a GIP incidirá anualmente o percentual linear de reajuste salarial concedido por ocasião da data-base.

§2° A GIP produzirá reflexos sobre o pagamento de férias, décimo terceiro, FGTS, dentre outras rubricas, excluídos os adicionais, anuênios, funções, gratificações e demais rubricas de caráter pessoal.

§3° A GIP será incorporada a referência salarial do empregado da seguinte forma:

I - 25% (vinte e cinco por cento) de seu valor inicial atualizado no exercício de 2015, pagos na folha do mês subsequente à aprovação das contas pela Assembléia Geral Ordinária.

II - 25% (vinte e cinco por cento) de seu valor inicial atualizado no exercício de 2016, pagos na folha do mês subsequente à aprovação das contas pela Assembléia Geral Ordinária.

III - Sobre os demais 50% (cinqüenta por cento) de seu valor inicial atualizado, no percentual de 10% (dez por cento) para cada R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais) de lucro líquido atingidos pela Empresa, até sua completa incorporação à referência salarial do empregado, a partir do exercício de 2014. Caso o lucro líquido supere o montante de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais), o valor da GIP será calculado obedecida a relação de 2% (dois por cento) de incorporação para cada R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) de lucro líquido alcançado.

a) O lucro líquido será aquele constante das contas aprovadas pela Assembléia Geral Ordinária. b) Em caso de obtenção do lucro líquido esfipulado, a incorporação se dará na folha de pagamento do mês subsequente à aprovação das contas.

§4° Caso a aprovação de contas pela Assembléia Geral Ordinária, a que se refere o caput desta cláusula, ocorra após o mês de maio do respectivo exercício, a incorporação da GIP se dará na folha de pagamento do mês subsequente à aprovação das contas, com efeitos retroativos ao mês de maio do exercício correspondente.

§5° O valor incorporado será simultaneamente abatido da GIP, na mesma proporção.

§6° A Gratificação prevista nesta Cláusula não gera direitos em relação a pagamentos pretéritos.

Cláusula 65 - TRABALHO EM DIA DE REPOUSO - Sem prejuízo do pagamento do valor correspondente ao repouso semanal remunerado fica assegurado ao empregado que for convocado a trabalhar em dia de repouso semanal remunerado e feriados o pagamento do valor equivalente a 200% (duzentos por cento), calculado sobre o valor pago no dia de jornada normal de trabalho, fazendo também jus a um Vale Alimentação ou Refeição (de acordo com a modalidade na qual está cadastrado) pelo dia trabalhado, salvo na hipótese do parágrafo segundo.

§ r Os 200% (duzentos por cento) de que trata esta cláusula serão pagos na folha do mês subsequente a sua apuração.

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36 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 79 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

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§2° A critério do empregado, o dia trabalhado na forma desta cláusula, poderá ser trocado pela concessão de 2 (duas) folgas compensatórias, devendo as folgas ocorrerem após o dia trabalhado.

§3° A Empresa se compromete, salvo em casos excepcionais, a evitar as convocações para viagens a serviço em dia de repouso.

§4° A Empresa se compromete, salvo em casos excepcionais, a realizar a convocação dos empregados nas situações previstas nesta cláusula com, no mínimo, 48 horas de antecedência.

Cláusula 66 • TRABALHO NOS FINS DE SEMANA - Os empregados lotados na Área Operacional com carga de trabalho normal de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, que trabalham regularmente nos fins de semana, receberão pelo trabalho excedente, em relação ao pessoal com jornada de 40 (quarenta) horas semanais, um valor complementar de 15% (quinze por cento) do salário-base pelas horas trabalhadas.

§1° Para os efeitos desta cláusula, consideram-se como atividades operacionais as de atendimento, transporte, tratamento, encaminhamento e distribuição de objetos postais e as de suporte imprescindível à realização dessas atividades.

§2° Qualquer empregado, independentemente de sua área de lotação, convocado eventualmente pela autoridade competente, devidamente justificado, terá direito a um quarto de 15% (quinze por cento) por fim de semana trabalhado, limitado a 15% (quinze por cento) ao mês.

§3° O empregado convocado na forma prevista no parágrafo anterior, com jornada mínima de trabalho de 4 (quatro) horas, fará jus também a um vaie alimentação ou refeição (de acordo com a modalidade na qual está cadastrado), pelo dia trabalhado.

§4° A Empresa se compromete, salvo em casos excepcionais, a realizar a convocação dos empregados nas situações previstas nesta cláusula com, no mínimo, 48 horas de antecedência.

TITULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Cláusula 67 - ACUMULAÇÃO DE VANTAGENS - Em caso de posterior instituição legal de benefícios ou vantagens previstos no presente Acordo Coletivo de Trabalho ou quaisquer outros já mantidos pela ECT, será feita a necessária compensação, a fim de que não se computem ou se acumulem acréscimos pecuniários superiores sob o mesmo título ou idêntico fundamento, com conseqüente duplicidade de pagamento.

Cláusula 68 - CONCURSO PÚBLICO - A ECT garantirá que nos concursos públicos realizados para preenchimento de seus cargos não haverá quaisquer discriminações raciais, religiosas ou de orientação sexual, conforme previsão da CF/88, respeitando o percentual de 10% (dez por cento) das vagas destinadas a pessoas com deficiência e 20% (vinte por cento) de reserva de vagas para negros.

Parágrafo Único: A ECT continuará observando a sistemática de alocação e reposição de pessoal, com vistas a garantir a manutenção do efetivo necessário à prestação qualitativa e contínua dos serviços postais.

Cláusula 69 - CURSOS E REUNIÕES OBRIGATÓRIAS - A ECT propiciará a participação de seus empregados, em cursos e reuniões obrigatórias, por exigência da Empresa, para capacitação

37 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 79 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

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relacionada ao cargo/atividade/especialidade, referente às suas atribuições ou atuação em trabalhos específicos exercidos na ECT.

§1° A ECT comunicará, com no mínimo 3 (três) dias úteis de antecedência, aos empregados sobre sua participação em cursos obrigatórios.

§2° Os locais de treinamento, inclusive para ensino à distância, deverão estar devidamente adequados à realização dos cursos.

§3° No caso dos empregados em efetivo exercício:

I - Os cursos e reuniões realizados fora do horário de serviço, a ECT pagará horas extras aos empregados participantes.

II - Poderá haver compensação em dobro, em substituição ao pagamento das horas extras realizadas, desde que acordado entre a ECT e o empregado.

III - Aos cursos em EaD, não se aplica o estabelecido nos incisos "1" e "H" deste parágrafo, quando 0 empregado, por seu interesse, optar por fazer o curso fora do seu horário de trabalho.

IV - A ECT desenvolverá treinamento para os empregados recém-contratados que trabalham com valores e continuarão orientando sobre a identificação de cédulas falsas.

§4° Convocação para cursos e reuniões obrigatórias, destinadas aos empregados estudantes, somente serão cumpridas caso não prejudiquem suas atividades estudantis e o seu horário de trabalho.

§5° No caso dos Dirigentes Sindicais, liberados com ou sem ônus para a Empresa:

1 - Os Cursos de capacitação se darão mediante o prévio acordo entre a Empresa e a Entidade Sindical dos Empregados dos Correios da respectiva base territorial e Federação legalmente constituída.

II - Não haverá pagamento de transporte, hospedagem, horas extras, adicional noturno ou quaisquer outras rubricas que excedam ao pagamento mensal a que fazem jus.

III - Os Dirigentes Sindicais poderão participar de cursos de capacitação promovidos pela ECT, respeitados os princjpios da razoabilidade, oportunidade e conveniência.

IV - A participação dos Dirigentes Sindicais em cursos de capacitação promovidos pela ECT deverão seguir todas as regras de presença, freqüência e resultados determinados para os demais empregados.

Cláusula 70 • DIREITO A AMPLA DEFESA - Aos empregados arrolados em processo de apuração de falta grave e por sua solicitação serão assegurados a obtenção de documentos e o amplo direito de defesa. As cópias dos documentos deverão ser entregues diretamente ao empregado envolvido ou ao seu procurador legal, quando solicitado formalmente. A critério do empregado o sindicato poderá acompanhar o processo de apuração.

Cláusula 71 - MULTAS DE TRÂNSITO - A ECT arcará, provisoriamente, com as multas de trânsito relativas aos veículos de sua propriedade, quando sua aplicação tenha ocorrido no percurso programado para a prestação dos serviços de coleta e entrega de objetos postais.

§1° Em não havendo recusa por parte do empregado junto ao órgão de trânsito, a Empresa processará o desconto do valor da multa na próxima folha de pagamer\to.

38 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 79 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

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§2° Havendo o recurso por parte do empregado e julgado improcedente pelo órgão de trânsito, obriga-se o infrator a ressarcir a ECT o valor da multa atualizada na forma da lei.

§3° Verificadas as hipóteses do §1° ou do §2°, o ressarcimento será feito de forma parcelada, obedecido o limite máximo legal de consignações.

§4° Em caso de necessidade imperiosa de estacionamento em lugar não permitido, exonera-se o empregado dos reflexos financeiros da multa eventualmente aplicada e, por intermédio de seus propostos, a ECT fará gestão junto ao DETRAN no sentido de não serem registrados os respectivos pontos no prontuário da Carteira Nacional de Habilitação - CNH.

§5° Na ocorrência da suspensão da CNH pelo DETRAN em função exclusivamente do disposto no §4°, a ECT remanejará, provisoriamente, sem a perda da função, o empregado para outra atividade compatível com o cargo.

§6° A ECT manterá a realização dos cursos de direção defensiva.

§7° Nos casos em que as muitas ocorrerem em linhas comboiadas, derivadas de situações em que as ações policiais determinaram a infração, a ECT adotará os mesmos critérios previstos no §4° desta cláusula.

Cláusula 72 - PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS - PLR - A ECT se compromete a negociar a PLR com a participação das Federações legalmente constituídas, em conformidade com a Lei 10.101, de 19 de Dezembro de 2000.

Cláusula 73 - PENALIDADE - Descumprida qualquer obrigação deste Acordo Coletivo de Trabalho, por qualquer das partes, ficará a parte infratora obrigada ao pagamento, em favor do empregado prejudicado, de multa equivalente a 20% (vinte por cento) do dia de serviço deste.

Cláusula 74 - PROCESSAMENTO DE CONSIGNAÇÕES EM FOLHA DE PAGAMENTO - As consignações em folha de pagamento são os descontos mensais processados nos contracheques dos empregados da Empresa, e se classificam em obrigatórias e voluntárias. Considera-se, para fins desta Cláusula:

I - consignado: empregado ativo que por contrato tenha estabelecido com pessoa jurídica relação jurídica que autorize o desconto de valores mediante consignação em folha de pagamento;

II - consignação obrigatória: desconto incidente sobre a remuneração, efetuado por força de lei ou mandado judicial;

III - consignação voluntária: desconto incidente sobre a remuneração, mediante autorização prévia e formal do consignado; e,

IV - margem consignável: para efeito da consignação voluntária, é a parcela limitada a 30% da remuneração do empregado, considerados os proventos fixos.

a) São consignações obrigatórias:

I - contribuição para a Previdência Social;

li - pensão alimentícia judicial;

III - imposto sobre rendimentos do trabalho;

IV - decorrente de decisão judicial ou administrativa da Empresa; T SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 7S andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasíiia-DF. Tel. 3426-2078

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V - mensalidade e contribuição em favor de entidades sindicais;

VI - compartilhamento para serviço ou Plano CorreiosSaúde;

VII - outros descontos obrigatórios instituídos por lei ou decorrentes de contrato de trabalho.

b) São consignações voluntárias, na seguinte ordem de prioridade:

I - contribuição ou mensalidade para plano de previdência complementar;

II - prestação referente a financiamento habitacional concedidos por entidades bancárias, caixas econômicas ou entidades integrantes do Sistema Financeiro da Habitação;

lil - pensão alimentícia voluntária, consignada em favor de dependente indicado no assentamento funcional do empregado; contendo a indicação do valor ou percentual de desconto sobre a remuneração e o valor do benefício de pensão;

IV - prestação referente a empréstimo concedido por cooperativas de crédito constituídas, na forma da lei, com a finalidade de prestar serviços financeiros a seus cooperados;

V - prestação referente a empréstimo concedido por entidades bancárias, caixas econômicas ou por entidade aberta ou fechada de previdência complementar ou sociedade seguradora autorizada a instituir planos de previdência complementar aberta, em conformidade com o disposto no parágrafo único do art.36 da Lei Complementar n° 109, de 29 de maio de 2001.

§1° A soma mensal das consignações voluntárias de cada empregado não excederá ao valor equivalente a 30% (trinta por cento) da respectiva remuneração para empréstimos financeiros e outras consignações e 10% (dez porcento) para cartão de crédito consignado.

§2° Os descontos autorizados na forma desta lei e seu regulamento terão preferência sobre outros descontos da mesma natureza que venham a ser autorizados posteriormente.

§3° A implementação do processamento das consignações dispostas na presente Cláusula se dará no próximo exercício.

Cláusula 75 • REGISTRO DE PONTO - O registro de presença ao serviço será feito exclusivamente pelo empregado sob a supervisão da Empresa.

§1° Fica vedada qualquer interferência de terceiros na marcação do cartão de ponto.

§2° Além da tolerância de 5 (cinco) minutos, prevista em lei, para registro do ponto no início de cada turno de trabalho, será concedida uma tolerância adicional de 5 (cinco) minutos em cada início de turno, limitada a 4 (quatro) vezes ao mês.

Cláusula 76 • RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRANSITO - A ECT assumirá os custos com a recuperação dos danos de veículos de sua frota, bem como danos causados a terceiros, conseqüentes de acidentes de trânsito, nos casos em que, após apuração, ficar comprovada a inexistência de dolo por parte do empregado, estando o mesmo no exercício de suas funções.

§1° As diretrizes sobre o assunto serão estabelecidas e implantadas pela ECT, por meio de grupo de trabalho constituído por portaria.

§2° Os processos administrativos de apuração de responsabilidades não concluídos e sobrestados na Empresa, deverão ser analisados por comissão paritária, composta por 3 (três)

^ ^ ^ 40 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 79 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

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integrantes da ECT e 3 (três) integrantes do Sindicato dos Empregados dos Correios da respectiva base sindical.

I - Somente se caracterizará a conduta dolosa do empregado quando houver decisão da comissão.

II - As comissões paritárias responderão, administrativa e juridicamente, por todos os seus atos.

III - As comissões paritárias já instituídas permanecerão conforrtie acordo assinado, anteriormente, na MNNP-Correios pelas respectivas Entidades Sindicais, até a data de sua vigência.

§3° A ECT se compromete a desenvolver campanhas de prevenção sobre acidentes de trânsito, com o objetivo de mitigar os riscos de eventuais acidentes.

Cláusula 77 - SEGURO DE VIDA - INDENIZAÇÃO POR MORTE OU INCAPACIDADE DECORRENTE DE ASSALTO: Em conseqüência de assalto ou ataque, consumado ou não o roubo, nas Unidades de Atendimento e/ou Operacional ou no percurso, a Empresa oferecerá indenização ao empregado ou seus dependentes legais, no caso de morte ou incapacidade permanente, na importância de R$ 100.000,00 (Cem mil reais).

§ 1° Enquanto o empregado estiver percebendo o beneficio por acidente de trabalho, pelo INSS, decorrente do evento previsto no "caput", sem definição quanto à invalidez permanente, a Empresa complementará o benefício previdenciário até o montante do salário da ativa, inclusive o 13° salário, salvo se a complementação for paga por outra entidade, vinculada ou não à Empresa.

§ 2° A indenização de que trata o "caput" poderá ser substituída por seguro, a critério da Empresa.

§ 3° No caso de assalto a qualquer das Unidades de Atendimento e/ou Operacional ou no percurso, todos os empregados envolvidos terão direito a atendimento médico logo após o ocorrido, e será feita comunicação à CIPA.

§ 4° O benefício previsto no "caput" aplica-se apenas aos casos ocorridos a partir da vigência do presente ACT.

§ 5° O recebimento de indenização na fonna desta Cláusula implica em renúncia ao pleito judicial de indenização civil, por danos materiais, morais ou outro qualquer, decorrente do mesmo fato.

Cláusula 78 - ACOMPANHAMENTO DO CUMPRIMENTO DE CLÁUSULAS DO ACORDO - A ECT se compromete a fornecer à Vice-Presidência do TST informações a respeito do cumprimento das cláusulas que prevejam prazo para sua implementação, de modo que o Tribunal possa acompanhar o efetivo cumprimento dessas condições de trabalho e, eventualmente, intermediar negociação ou cobrar o seu cumprimento.

Cláusula 79 - VIGÊNCIA - A presente proposta terá vigência de 1 (um) ano, de 1° de agosto de 2015até31dejulhode2016".

11.1 - Levantamento Econômico das Bases da Proposta do ACT 2015/2016.

24. A gestão da remuneração na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT possui

mecanismos derivados de dois institutos básicos: Acordo Coletivo de Trabaliio (ACT) e Plano de Cargos,

Carreiras e Salários (PCCS).

A 41

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25. O acordo coletivo de trabalho - ACT é um instrumento em forma de cláusulas acordadas

entre a entidade representativa dos empregados, no caso a FENTECT, 2^ Suscitada, e a Suscitante. No

ACT, podem ser negociadas cláusulas de natureza econômica e social, que versam, por exemplo, sobre

reajuste de salários, duração da jornada de trabalho, serviços extraordinários, benefícios e outros.

26. No que tange a política salarial e de benefícios, tem-se os seguintes mecanismos os quais

normalmente são previstos nos ACTs da ECT:

• REAJUSTES SALARIAIS: Pode-se conceituar o reajuste salarial como o ato de ajustar o salário

proporcionalmente à elevação dos preços de mercado ou custo de vida. Neste sentido a ECT

proporcionou, historicamente, um reajuste acima da inflação.

• VALE ALIMENTAÇÃO/REFEIÇÃO: Valor concedido aos empregados em cartão eletrônico,

destinado á compra de gêneros alimentícios "in natura" (alimentação) ou destinado à refeição pronta

em restaurantes e similares (refeição).

• VALE CESTA: Destinado aos empregados para a compra de gêneros alimentícios "in natura",

mediante cartão eletrônico.".

• REEMBOLSO-CRECHE/BABÁ: O reembolso babá é benefício concedido aos empregados, em

substituição ao reembolso-creche, referente ao ressarcimento de despesas com os serviços de uma

babá enquanto que o reembolso creche destina-se para ressarcimento de despesas com a

manutenção de seus filhos na educação infantil.

• AUXÍLIO DEPENDENTES CUIDADOS ESPECIAIS: É o beneficio concedido aos empregados para

ressarcimentos de despesas com filhos dependentes portadores de deficiência, decorrentes de

tratamentos autorizados de patologia neuropsicomotora, sem limite de idade.

HORAS-EXTRAS: 70% sobre o valor da hora normal, sendo que a legislação estabelece 50%.

ADICIONAL NOTURNO: para os empregados com jornada normal noturna, mista ou extraordinária, a

Empresa paga adicional noturno de 60% sobre o valor da hora diurna em relação ao salário-base,

sendo que a legislação estabelece 20%. Ressalta-se ainda que pela legislação o horário noturno a

ser considerado é o de 22h de um dia a 5h do outro dia, enquanto que na ECT é considerado das

20h de um dia até as 6h do outro dia.

REPOUSO/FERIADO TRABALHADO: O empregado que é convocado em dia de repouso/feriado

recebe 200% calculados sobre o valor pago da jornada do dia.

TRABALHO NOS FINS DE SEMANA: 15% calculados sobre o salário-base dos empregados com

carga de 44 horas semanais, que trabalham regularmente aos sábados.

ANUÊNIOS: 1% calculados sobre o salário-base por ano de serviço prestado, limitado a 35%. Esse

percentual é aplicado também sobre a gratificação de função, quando houver.

GRATIFICAÇÃO DE FÉRIAS: A Constituição Federal prevê o pagamento de no mínimo 1/3 (um

terço) da remuneração. O ACT prevê um adicional de 70% já incluído o pagamento previsto na

CF/88.

«

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27. O Plano de Carreira, Cargos e Salários - PCCS contempla o subsistema de remuneração e o

de desenvolvimento nas carreiras. O subsistema de remuneração baseia-se na chamada abordagem total da

remuneração, segundo a qual, a esta deve ser considerada de forma integrada, enfatizando-se a

complementaridade dos seus diversos componentes: salário-base, adicionais, benefícios e outros, a exemplo

de: parcelas, benefícios ou adicionais previstos na legislação consolidada especifica, em acordos coletivos ou

por deliberação da empresa. É composto pelos seguintes mecanismos:

« DIFERENCIAL DE MERCADO • O Diferencial de Mercado constitui-se em parcela variável e de

natureza temporária, que tem como objetivo compatibilizar níveis de salários praticados pela ECT

com os praticados pelo mercado, tendo como fundamentação a defasagem salarial.

• ADICIONAL DE ATIVIDADE DE DISTRIBUIÇÃO E/OU COLETA EXTERNA - AADC: O Adicional de

Atividade de Distribuição e/ou Coleta Externa - AADC é atribuído, exclusivamente, aos empregados

que atuarem no exercício efetivo da atividade postal externa de Distribuição e/ou Coleta em vias

públicas.

• ADICIONAL DE ATENDIMENTO EM GUICHÊ EM AGÊNCIAS DE CORREIOS - AAG: O Adicional

de Atendimento em Guichê em Agências de Correios - AAG é .atribuído, exclusivamente, aos

empregados ocupantes do cargo de Agente de Correios na atividade Atendente Comercial e do cargo

de Atendente Comercial I, II e III, na situação de extinção, que executem atividades de guichê em

Agências de Correios.

• ADICIONAL DE ATIVIDADE DE TRATAMENTO - AAT: O Adicional de Atividade de Tratamento -

AAT será atribuído, exclusivamente, aos empregados ocupantes do cargo de Agente de Correios na

Atividade de Operador de Triagem e Transbordo e do cargo de Operador de Triagem e Transbordo I,

II, lil, na situação de extinção, que atuarem no exercício efetivo da atividade de tratamento nas

unidades operacionais.

28. O desenvolvimento na carreira far-se-á mediante as seguintes modalidades de evolução

funcional e/ou salarial do empregado:

• Promoção vertical: promoção vertical por mudança de cargo ou por mudança de estágio de

desenvolvimento;

• Reclassificação;

• Promoção horizontal por mérito; antigüidade ou mudança de atividade. A Promoção Horizontal por

Mérito é a concessão de 1 (uma) referência salarial, dentro da faixa salarial prevista para o cargo que

o empregado ocupa, conjugando-se os critérios definidos para tal concessão e será aplicada

anualmente, no mês de novembro. A Promoção Horizontal por Antigüidade é a movimentação do

empregado da referência salarial na qual se encontra para a imediatamente superior, dentro da faixa

salarial prevista para o seu cargo e será aplicada anualmente, no mês de outubro, sendo a data para

apuração do efetivo exercício fixada em 31 de agosto.

A 43

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29. Os critérios de aplicação para as promoções horizontais por antigüidade e mérito serão

propostos pela Diretoria de Gestão de Pessoas, mediante estudos pertinentes e em consonância com o

previsto no item 5.4.4 do PCCS/2008, caberá à Diretoria Colegiada aprovar, antecipadamente, os critérios e a

aplicação desta promoção horizontal. Ressalta-se que as promoções horizontais por mérito e por antigüidade

serão concedidas de forma alternada, não podendo, ambas, serem concedidas ao mesmo empregado, no

mesmo ano. O quadro seguir detalha a quantidade de empregados contemplados com promoção por mérito

ou por antigüidade.

Promoção Antigüidade

Mérito Total

Qtde. de Contemplados 51.304 29.901 81.205

30. As Funções Gerenciais e Técnicas integram a estrutura Ocupacional gerencial da empresa e

se associam a estrutura organizacional de cada órgão. As Funções de Atividade Especial decorrem de

determinadas características operacional e/ou administrativas, cujo exercício submete o empregado a

condições de trabalho, ao uso de equipamentos, responsabilidades etc, previstas na estrutura de

funcionamento de determinadas unidades, cujo provimento submete-se a norrpas especificas.

31. Outro ponto importante, além dos mecanismos da gestão da remuneração e o

desenvolvimento na carreira, é retratar a evolução salarial da ECT.

32. Considerando o período de 08/2011 até 08/2014 o piso salarial da ECT (PSE) teve um

aumento acumulado de 59,09% contra 27,23% do aumento acumulado do índice do IPCA para o mesmo

período.

33. Vale ressaltar que tanto o Brasil quanto o mundo estão atravessando uma crise que afeta os

setores econômicos, as empresas, os negócios, inclusive o setor público e a indústria postal, provocando um

impacto significativo na vida de quem emprega e de quem é empregado.

34. A crise em países importantes para o Brasil, como a China, que é o principal importador de

commodities (petróleo, minério de ferro, soja e açúcar), impactam negativamente na economia do País, pois a

demanda é reduzida. No Brasil, com esse cenário, a projeção do PIB para 2015 foi revisada para (3,0%) e em

2016 (2,1%), conforme cálculos do IBGE/FGV.

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44 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 7a andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

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35. Já o COPOM entende que o cenário de convergência do IPCA para 4,5% em 2016 tem se

mantido e, nessa ótica, certos riscos remanescentes para esse cenário são condizentes com o efeito

defasado e cumulativo da ação de política monetária.

36. No que tange aos Correios, o reflexo dessa conjuntura é possível ser constatado com o

resultado negativo, acumulado até agosto de 2015, de R$ 623 milhões, conforme demonstrado abaixo:

Resulta Rentabilidade <

'. íaÉÈ)<ítota?(y 2015 5,25%

Até ago/15 9,23%

LÉo3 - ^M

(2,45%) A

Até ago/2014

do i Ebltda

t

t

<t<623)

f l r a í ' ^ Ué ago/14 6,93%

Wé ago/15 8,38%

(23,40%) A

Até ago/2015

ULL BEBITDA A RPL

* RPL de 2014 foi calculado com base no PL não reapresentado.

37. No gráfico anterior é possível observar que a Suscitante permanece em cenário de prejuízo

no exercício de 2015 maior do que no exercício de 2014, o que ocasionou, consequentemente, EBITDA e

RPL inferiores àquele exercício. Os resultados inferiores ao exercício de 2014 foram motivados,

principalmente, pelo reconhecimento do benefício pós-emprego relativo ao plano de saúde que, por

recomendação da Auditoria Independente, passou a ser registrado mensalmente a partir de janeiro de 2015.

No exercício de 2014, o referido reconhecimento só ocorreu no final do exercício, após a conclusão dos

cálculos atuariais, realizados por consultoria externa.

38. Na tabela a seguir é demonstrado a composição da despesa e da receita dos Correios

comprando-a entre julho de 2014 e julho de 2015:

/

SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 79 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078 45

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Item -R$ Milhões vjul/201-íí ^sàui^zojs Variação

No Mês Receitas Operacionais Receitas Financeiras Outras Receitas Operacionais Receita Total Despesa total* Resultado

Aplicações Financeiras Operações Outras

Acumulado Receitas Operacionais Receitas Financeiras Outras Receitas Operacionais Receita Total Despesa total * Resultado

Aplicações Financeiras Operações Outras

(A)

1.414,0 37,5 14,6

1.466,1 1.507,4

-41,3 35,0 -91,2 14,9

9.267,0 348,0 90,0

9.704,0 10.258,0

-554,3 295,6

-922,0 72.2

(B)

1.579,5 88,1 17,1

1.684,7 1.665,3

19,4 39,9

-77,9 57,4

10.289,0 444,0 116,0

10.849,0 11.387,0

-538,0 219,4 -977,2 219,9

B-A

165,5 50,6 2,5

218,6 157,8 60,7 4,9

13,3 42,5

1.022,0 96,0 26,0

1.145,0 1.129,0

16,3 -76,2 -55,2 147,7

B/A

11,7% 135,0%

16,8% 14,9% 10,5%

147,0% 14,0% 14,6%

285,4%

11,0% 27,6% 28,9% 11,8% 11,0%

2,9% -25,8%

-6,0% 204,7%

R$ Milhões

7.170

6.377

1.035 m JJ? 682 _664 416 466 5 1 ^ 374 192 237 218 178 134 178

12,4%

Pessoal*

16,1%

Desp. Comerc."*

10,1% 14,0% 11,9%

Transporte Sv PF / PJ Tributos

-27,3%

Outras

23,5%

Alugueis

-18,4%

PublicJ Patroc.

Atéjul/2014 •Atéjul/2015 Var%

DESPESA PESSOAL X RECEITA OPERACIONAL

33,2%

utilidades

203,3%

Despesa Finane.*'

30.000

,g 25.000

i i 20.000

15.000 10.000 5.000

O

14.620

7.571 8.736 9.84S 11.01

: Í DESPESA DE PESSOAL I RECEITA OPERACIONAIS

f

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Correios Diretoria Jurídica

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Despesa de Pessoal X Receita Total

6.330

52%

1 7.S71 i 8.736

53%

í 3.B45

59%

325

67%

39. Destaca-se, ainda, conforme gráficos acima, que a despesa com pessoal teve um

crescimento de 70% do exercício de 2010 para 2014, sendo que consumia em 2010 52% da receita total e no

exercício de 2014 representou 67% da Receita da empresa. Neste sentido, demonstramos a seguir, a

composição da despesa de pessoal.

1.3581.393

31 30

16,9% 4,9% 69,4%

Outros

4,0%

Dispêndios Encargos de pessoal

Até juI/2014

Serviço médico/ Postal

• Até jui/2015

Pós-Em prego

Saúde

r

Al SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 79 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

Correios

2010

Diretoria Jurídica Departamento Jurídico Contencioso

Dispêndios de Pessoal

15,18% 12,44%

2011 2012 2013

12,77%!

1 6c:3

5.C00

íCCO

5.C:D

2c:3

1.CC3

^

9,94%' 1.72%,

3.788

;__.,

4.165

i.^„^._..,^_

!

4.797

1

1 5.394

j

:_,....,.,_ J

i

;

6.083

:

2014

:.cco

scD [9,91%

6C0

;co 593

2010

Despesas com Saúde 119,83%

[19,74%

18,90%

705 844

1.012

2011 2012 2013

6,86%

1.081

2014

40. Outra forma de se ver os resultados da Empresa é a partir dos resultados operacionais, que

são uma conta simples de receita versus despesas, não refletindo eventos próprios de contabilidade, como

despesa com provisão ou receita com reversão de provisão.

41. Em resumo, é possível, a partir dos gráficos apresentados, concluir que:

1. A folha de pagamento da estatal Correios já sofre reajuste da despesa de pessoal

independente de qualquer acordo coletivo à ordem média de 3% ao ano;

2. Os gastos com saúde estão subindo em uma proporção superior à capacidade da

empresa em suportá-las;

3. A empresa acumula resultado operacional negativo na ordem de R$ 3 bilhões nos últimos cinco anos; r

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C^ Correios Diretoria Jurídica

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4. A despesa de pessoal sobre a receita total aumentou de 52% (2010) para 67%

(2014). Ou seja, a empresa aumentou seu gasto com pessoal na ordem de R$ 4,85

bilhões, e;

5. Os itens anterior refletem no resultado modesto de 2014 e no prejuízo de R$ 557

milhões acumulados de janeiro até junho/2015.

11.2 - Das Cláusulas Econômicas da Proposta do ACT 2015/2016.

42. Como conseqüência do cenário econômico acima delineado e tomando por base a planilha

extraída dos balanços patrimoniais, divulgada às Suscitadas, a Suscitante concederá aos seus empregados

reajuste linear de 6% (seis por cento), sendo 3% (três por cento) a partir da data do julgamento do presente

dissídio e 3% (três por cento) a partir de 1.2.2016 (Cláusula 63).

43. Além disso, o Auxílio para Dependentes com Deficiência (Cláusula 48), o Reembolso-Creche

e Reembolso Babá (Cláusula 49) e o Vale Refeição/Alimentação (Cláusula 51), serão atualizados pelo

índice de 9,56% (nove vírgula cinqüenta e seis por cento).

11.2 - Das Cláusulas Sociais da Proposta do ACT 2015/2016.

44. Ainda com base no cenário econômico já exposto e tomando por base a planilha extraída dos

balanços patrimoniais, a Suscitante propõe nova redação a algumas cláusulas sociais que integrarão o ACT

2015/2016, a saber:

45. Inserção do parágrafo 4° à Cláusula 27 do ACT 2014/2015, passando o novo instrumento

2015/2016 a ter a seguinte redação:

Cláusula 27 - ACOMPANHANTE - Assegura-se ao empregado o direito à ausência remunerada de até 6 (seis) dias, o que eqüivale a 12 (doze) turnos de trabalho, durante a vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho, para levar ao médico: dependente(s) e tutelado(s) menor(es) de 18 (dezoito) anos de idade; dependente(s) e curatelado(s) com deficiência (física, visual, auditiva ou mental); esposa gestante; companheira gestante; esposa(o) ou companheíro(a) com impossibilidade de locomover-se sozinho(a), por problema de saúde, atestado por médico assistente; e, país com mais de 60 (sessenta) anos de idade. Para todos os casos, será necessária a apresentação de atestado de acompanhamento, subscrito por profissional da área de saúde, no prazo de 4 (quatro) dias úteis, a partir da data de emissão do atestado.

§1° Caso a ausência ocorra em apenas um dos turnos da jornada diária de trabalho, será registrada como ausência parcial para fins de registro de freqüência e para efeito do cálculo do saldo remanescente.

A 49

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.—-^g^ Diretoria Jurídica £ /iál^ V í^rriP^IC^^ Departamento Jurídico Contencioso

§2° Para o empregado que possui filho com deficiência nos termos da Cláusula 48 - Auxílio para Dependentes com Deficiência, o período para acompanhamento será acrescido de 4 (quatro) dias úteis o que eqüivale a 8 (oito) turnos de trabalho.

§3° As ausências objeto desta Cláusula serão consideradas como de efetivo exercício, sem prejuízo de qualquer natureza para o empregado.

§4° O direito à ausência remunerada disposto nesta cláusula não se aplica aos empregados contratados a partir de 16/09/2015.

46. Inserção do parágrafo 9° à Cláusula 28 do ACT 2014/2015, passando o novo instrumento

2015/2016 a ter a seguinte redação:

Cláusula 28 - ASSISTÊNCIA MÉDICA/HOSPITAUR E ODONTOLÓGICA - A ECT, na qualidade de gestora, com vistas a manter a qualidade da cobertura de 'atendimento, oferecerá serviço de assistência médica, hospitalar e odontológica aos empregados ativos, aos aposentados na ECT que permanecem na ativa, aos aposentados desligados sem justa causa ou a pedido e aos aposentados na ECT por invalidez, bem como a seus dependentes que atendam aos critérios estabelecidos nas normas que regulamentam o Plano de Saúde, os quais, na vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho, não poderão ser modificados para efeito de exclusão de dependentes. Eventual alteração no plano de ASSISTÊNCIA MEDICA/HOSPITALAR E ODONTOLÓGICA vigente na empresa, será precedida de estudos atuariais por comissão paritária. A participação financeira dos empregados no custeio das despesas, mediante sistema compartilhado, ocorrerá de acordo com os percentuais a seguir discriminados por faixa salarial, observados os limites máximos para efeito de compartilhamento citados no parágrafo 1°, excluída de tais percentuais a internação opcional em apartamento e a prótese odontológica, que têm regulamentação própria:

l-NM-01atéNM-16-10%. ll-NM-17atéNM-48-15%. III - NM-49 até NM-90 - 20%. IV-NS-01atéNS-60-20%.

§1° O teto limite máximo para efeito de compartilhamento será de:

I - Para os empregados ativos 2 vezes o valor do salário-base do empregado.

II - Para os aposentados desligados 3 vezes o valor da soma do benefício recebido do INSS e suplementação concedida pelo POSTALIS.

§2° Os exames periódicos obrigatórios para os empregados ativos serão realizados sem quaisquer ônus para os mesmos.

§3° Enquanto durar o afastamento em razão de acidente dê trabalho (código 91 do INSS), o empregado ativo terá direito á assistência médico-hospitalar e odontológica, sendo o atendimento totalmente gratuito na rede conveníada, no que se relaciona ao respectivo tratamento. Os valores relativos ao atendimento na rede conveníada para os casos não relacionados ao tratamento do acidente de trabalho serão compartilhados dentro dos percentuais estabelecidos nesta cláusula.

§4° Os empregados afastados por Auxílio Doença (código 31 do INSS) terão direito à assistência médico-hospitalar e odontológica, sendo que os valores relativos ao atendimento na rede credenciada serão compartilhados dentro dos percentuais estabelecidos nesta cláusula.

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— . ^ ^ Diretoria Jurídica / J M ^ ^ / ^ r r ^ j O C Departamento Jurídico Contencioso

§5° A ECT garantirá o transporte dos empregados com necessidade de atendimentos emergenciais, do setor de trabalho para o hospital conveniado mais próximo.

§6° Os aposentados citados no caput desta cláusula terão que ter no mínimo, 10 (dez) anos de serviços contínuos ou descontínuos prestados à ECT, sendo que o último período trabalhado não poderá ter sido inferior a 5 (cinco) anos contínuos.

§7° Os ex-empregados, aposentados na ECT a partir de 01/01/1986, que não tenham sido cadastrados, poderão efetuar, exclusivamente, a sua própria inscrição e a do seu respectivo cônjuge ou companheiro(a) no Plano de Saúde da ECT. §8° Para os seus empregados ativos, afastados por doença, aposentados por invalidez e aposentados cadastrados no Plano CorreiosSaúde, a ECT disponibilizará o Postal Beneficio Medicamento - PBM nos termos do seu regulamento, sem a cobrança de mensalidade ao participante deste benefício. §9° Para os empregados contratados a partir de 16/09/2015. será oferecida assistência médica, hospitalar e odontológica por meio de adesão voluntária ao Plano Postal Mais Saúde, ou outro plano aprovado pela ANS que venha a substituí-lo. cujas regras de cobertura, custos, compartilhamento, carência, rede credenciada, entre outros, vinculam-se ao regulamento aprovado pela ANS para o referido Plano de Saúde.

47. Inserção do inciso I ao parágrafo 2° e do inciso II ao parágrafo 5° à Cláusula 51 e exclusão do

parágrafo 8° da redação do ACT 2014/2015, passando o novo instrumento 2015/2016 a ter a seguinte

redação:

Cláusula 51 - VALE REFEIÇÃO/ALIIVIENTAÇÃO - A ECT concederá aos seus empregados, até 0 último dia útil da primeira quinzena de cada mês, a partir de agosto/2014, Vale Refeição ou Vale Alimentação no valor facial de R$ 33,01 (trinta e três reais e um centavo) na quantidade de 26 (vinte e seis) ou 30 (trinta) vales, para os que têm jornada de trabalho regular de 5 (cinco) ou 6 (seis) dias por semana, respectivamente, e Vale Cesta no valor de R$ 206,60 (duzentos e seis reais e sessenta centavos). §1° Os benefícios referidos no caput terão a participação financeira dos empregados nas seguintes proporções: 1 - 5% para os ocupantes das referências salariais NM-01 a NM-18. II -10% para os ocupantes das referências salariais NM-19 a NM-38. III -15% para os ocupantes das referências salariais NM-39 a NM-90. IV -15% para os ocupantes das referências salariais NS-01 a NS-60. §2° No período de fruição de férias, licença-maternidade e licença adoção, inclusive prorrogação (conforme legislação específica), também serão concedidos os Vales Refeição/Alimentação e Vale Cesta, mencionados no caput, nas mesmas condições dos demais meses. Os créditos alusivos aos Vales Refeição, Alimentação e Cesta, em razão do atual suporte eletrônico, serão disponibilizados confomie descrito no capuf desta cláusula. I - O disposto no parágrafo 2° desta cláusula não se aplica aos empregados contratados a partir de 16/09/2015. §3° O empregado poderá optar por receber o seu Vale Refeição ou Vale Alimentação das seguintes formas: 100% no Cartão Refeição ou 100% no Cartão Alimentação ou 30% no Cartão Refeição e 70% no Cartão Alimentação, ou 30% no Cartão Alimentação e 70% no cartão Refeição ou 50% em cada um dos cartões. §4° A ECT fica desobrigada das exigências previstas nos subitens 24.6.3. e 24.6.3.2 da Portaria MTE n° 13 de 17/09/93 principalmente em relação a aquecimento de marmita e instalação de local caracterizado como Cantina/Refeitório. ,

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«^ ^ Diretoria Jurídica

^ ^ ^ L í ^ r r ^ ^ l ^ ^ ^ Departamento Jurídico Contencioso

§5° Serão concedidos, a partir da vigência deste Acordo Coletivo de Trabalho, os Vales Refeição ou Alimentação e Vale Cesta referidos nesta cláusula nos primeiros 90 dias de afastamento por licença médica, e até o retorno por motivo de acidente do trabalho, inclusive para aposentados em atividade que estejam afastados em tratamento de saúde. Pará todos os casos haverá desconto do devido compartilhamento quando do retorno ao trabalho. I - Em caso de retorno ao auxílio doença e se o motivo ou o CID (Código Internacional de Doenças) de retomo for relacionado ao do último afastamento, o empregado não terá direito a nova contagem de 90 (noventa) dias para recebimento de Vales Alimentação, Refeição e Cesta, exceto se o retorno ocorrer após 60 (sessenta) dias corridos, contados da data de retorno da última licença. II • O disposto no parágrafo 5° desta cláusula não se aplica aos empregados contratados a partir de 16/09/2015. §6° A ECT não descontará os créditos do vale refeição, alimentação e vale cesta na rescisão do empregado falecido, distribuídos anteriormente ao desligamento. §7° A ECT irá manter o fornecimento de Vales Alimentação, Refeição e Vale Cesta ao Dirigente Sindical, quando de seu afastamento com ônus para a Entidade Sindical, sendo que o referido valor será descontado do repasse sindical.

48. Atualização da Cláusula 53 do ACT 2014/2015 com a exclusão dos parágrafos 1° e 2°, posto

que tal obrigação restou cumprida pela Suscitante, passando o novo instrumento 2015/2016 a ter a seguinte

redação:

Cláusula 53 - VALE CULTURA - A ECT concederá a seus funcionários, que percebam remuneração mensal até o limite de 5 (cinco) salários mínimos, o Vale Cultura instituído pela Lei 12.761, de 27/12/2012, regulamentado pelo Decreto n°. 8.084 de 26 de agosto de 2013, no valor único mensal de R$ 50,00 (cinqüenta reais), respeitado o compartilhamento e a opção do empregado, não tendo natureza remuneratória.

Parágrafo único - O percentual de compartilhamento do Vale Cultura, ocorrerá na fonna descrita abaixo:

I - até um salário mínimo - dois por cento. II - acima de um salário mínimo e até dois salários mínimos - quatro por cento. III - acima de dois salários mínimos e até três salários mínimos - seis por cento. IV - acima de três salários mínimos e até quatro salários mínimos - oito por cento. V - acima de quatro salários mínimos e até cinco salários mínimos - dez por cento.

49. Inserção do parágrafo 3° e inciso I à Cláusula 55 do ACT 2014/2015, passando o novo

instrumento 2015/2016 a ter a seguinte redação:

Cláusula 55 - ADICIONAL NOTURNO - Para os empregados com jornada normal noturna, mista ou extraordinária, a ECT pagará, a título de adicional noturno, acréscimo de 60% (sessenta por cento) sobre o valor da hora diurna em relação ao salário-base, já incluído o respectivo valor correspondente ao adicional legal.

§1 ° Para os fins desta Cláusula, considera-se horário noturno o prestado entre 20 (vinte) horas de um dia e 6 (seis) horas do dia seguinte, aplicando-se também a regra de hora reduzida de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos entre esse horário. »

" ^ 52 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 7^ andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

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Diretoria Jurídica Departamento Jurídico Contencioso

§2° Não haverá a suspensão do pagamento do adicional noturno, para o empregado com jornada normal noturna ou mista, nos casos de não comparecimento ao trabalho pelos motivos de licença médica até os primeiros 15 (quinze) dias, treinamento, viagem a serviço ou folgas compensatórias resultantes de trabalho em dias de repouso remunerado ou feriado.

§3° Para os empregados contratados a partir de 16/09/2015 com jornada normal noturna, mista ou extraordinária, a ECT pagará, a'título de adicional noturno. acréscimo de 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna em relação ao salário-base.

I - Considera-se horário noturno o prestado entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, aplicando-se também a regra de hora reduzida de 52 (cinguenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos entre esse horário, conforme Art. 73 da CLT.

50. Inserção do parágrafo 4° à Cláusula 58 do ACT 2014/2015, passando o novo instrumento

2015/2016 a ter a seguinte redação:

Cláusula 58 • ANUÊNIOS - A ECT garantirá ao empregado, mensalmente, 1% (um por cento) aplicado ao seu salário-base e respectivo valor da gratificação de função ou complementação de remuneração singular, quando houver, por ano de serviço prestado, observado o limite máximo de retroação a 20/03/69, data da criação da Empresa assegurados os direitos anteriormente adquiridos pelos empregados. §1° Cada novo anuênio será pago a partir do mês em que se completar a data-base de anuênio do empregado.

§2° O limite máximo para o adicional de tempo de serviço é de 35% (trinta e cinco por cento).

§3° As vantagens previstas nesta cláusula não geram direitos em relação a pagamentos pretéritos.

§4° A regra para concessão de anuênios prevista nesta cláusula não é aplicável aos empregados a serem contratados a partir de 16/09/2015. uma vez gue não farão ius ao anuênio.

51. Inserção do parágrafo 3° á Cláusula 59 do ACT 2014/2015, passando o novo instrumento

2015/2016 a ter a seguinte redação:

Cláusula 59 - GRATIFICAÇÃO DE FÉRIAS - A ECT concederá a todos os empregados gratificação de férias no valor de 70% (setenta por cento) da remuneração vigente, estando incluído neste percentual o previsto no inciso XVII do artigo 7°(sétimo) da Constituição Federal, assegurados os direitos anteriormente adquiridos pelos empregados.

§1° No caso de a concessão de férias ocorrer em dois períodos, a gratificação de férias será paga proporcionalmente a cada período.

§2° A vantagem prevista nesta cláusula não gera direitos em relação a pagamentos pretéritos.

53 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 79 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

^ - J ^ « Diretoria Jurídica <í'-^^ ^t^ffG^if^^ . Departamento Jurídico Contencioso

§3° O percentual de 70% (setenta por cento) para gratificação de férias previsto nesta cláusula não é aplicável aos empregados a serem contratados a partir de 16/09/2015. incidindo-se o percentual estabelecido no inciso XVII do artigo 7°(sétimo) da Constituição Federal.

52. Inserção da Cláusula 64 ao novo instrumento 2015/2016, posto que a obrigação com o

pagamento da Gratificação de Incentivo à Produtividade - GIP prevista no Acordo Coletivo de Trabalho

2014/2015 restou cumprida pela Suscitante, estabelecendo-se nova obrigação para o Acordo Coletivo de

Trabalho 2015/2016 e, consequentemente, a renumeração das cláusulas seguintes do instrumento coletivo:

Cláusula 64 - DA GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO À PRODUTIVIDADE - GIP, A gratificação de incentivo à Produtividade, prevista na cláusula 63 do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, obedecerá às regras a seguir:

§1° Sobre a GIP incidirá anualmente o percentual linear de reajuste salarial concedido por ocasião da data-base.

§2° A GIP produzirá reflexos sobre o pagamento de férias, décimo terceiro, FGTS, dentre outras rubricas, excluídos os adicionais, anuênios, funções, gratificações e demais rubricas de caráter pessoal.

§3° A GIP será incorporada a referência salarial do empregado da seguinte forma:

I - 25% (vinte e cinco por cento) de seu valor inicial atualizado no exercício de 2015, pagos na folha do mês subsequente à aprovação das contas pela Assembléia Geral Ordinária.

II - 25% (vinte e cinco por cento) de seu valor inicial atualizado no exercício de 2016, pagos na folha do mês subsequente á aprovação das contas pela Assembléia Geral Ordinária.

III - Sobre os demais 50% (cinqüenta por cento) de seu valor inicial atualizado, no percentual de 10% (dez por cento) para cada R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais) de lucro líquido atingidos pela Empresa, até sua completa incorporação á referência salarial do empregado, a partir do exercício de 2014. Caso o lucro líquido supere o montante de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais), o valor da GIP será calculado obedecida a relação de 2% (dois por cento) de incorporação para cada R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) de lucro líquido alcançado.

a) O lucro líquido será aquele constante das contas aprovadas pela Assembléia Geral Ordinária. b) Em caso de obtenção do lucro líquido estipulado, a incorporação se dará na folha de pagamento do mês subsequente à aprovação das contas.

§4° Caso a aprovação de contas pela Assembléia Geral Ordinária, a que se refere o caput desta cláusula, ocorra após o mês de maio do respectivo exercício, a incorporação da GIP se dará na folha de pagamento do mês subsequente à aprovação das contas, com efeitos retroativos ao mês de maio do exercício correspondente.

§5° O valor incorporado será simultaneamente abatido da GIP, na mesma proporção.

§6° A Gratificação prevista nesta Cláusula não gera direitos em relação a pagamentos pretéritos.

54 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 79 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

_ 5 ^ Diretoria Jurídica f' ]^ãm ^ í°Sff^\f\'Sl Departamento Jurídico Contencioso

53. Alteração da Cláusula 76 do ACT 2014/2015, que previa que Suscitante deveria providenciar

Seguro de Vida para os Agentes de Correios, atividade Carteiro e Atendente Comercial, para estabelecer

obrigação de indenizar o empregado ou seus dependentes legais, no caso de morte ou incapacidade

permanente, em conseqüência de assalto ou ataque, consumado ou não o roubo, nas Unidades de

Atendimento e/ou Operacional ou no percurso, passando o novo instrumento 2015/2016 a ter a seguinte

redação:

Cláusula 77 • SEGURO DE VIDA - INDENIZAÇÃO POR MORTE OU INCAPACIDADE DECORRENTE DE ASSALTO: Em conseqüência de assalto ou ataque, consumado ou não o roubo, nas Unidades de Atendimento e/ou Operacional ou no percurso, a Empresa oferecerá indenização ao empregado ou seus dependentes legais, no caso de morte ou incapacidade permanente, na importância de R$ 100.000,00 (Cem mil reais).

§ 1° Enquanto o empregado esfiver percebendo o benefício por acidente de trabalho, pelo INSS, decorrente do evento previsto no "caput", sem definição quanto á invalidez permanente, a Empresa complementará o benefício previdenciário até o montante do salário da ativa, inclusive o 13° salário, salvo se a complementação for paga por outra enfídade, vinculada ou não à Empresa.

§ 2° A indenização de que trata o "caput" poderá ser substituída por seguro, a critério da Empresa.

§ 3° No caso de assalto a qualquer das Unidades de Atendimento e/ou Operacional ou no percurso, todos os empregados envolvidos terão direito a atendimento médico logo após o ocorrido, e será feita comunicação á CIPA.

§ 4° O benefício previsto no "caput" aplica-se apenas aos casos ocorridos a partir da vigência do presente ACT.

§ 5° O recebimento de indenização na forma desta Cláusula implica em renúncia ao pleito judicial de indenização civil, por danos materiais, morais ou outro qualquer, decorrente do mesmo fato.

54. Em razão do previsto na Súmula 277 desse TST, que estabelece que "As cláusulas

normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e

somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho", restam

preservadas as situações constantes nas Cláusulas 27, 28, 51, 53, 55, 58 e 59 para todos os empregados

contratados pela suscitante até o último dia de vigência do ACT 2014/2015.

55. No entanto, para os empregados que vierem a ingressar na Empresa, ou seja, aqueles

contratados a partir da vigência da sentença normativa, valerão as regras nos termos do acima exposto.

56. E é nos termos do acima proposto (itens II - PROPOSTA DE REDAÇÃO DO ACT 2015/2016,

11.2 - Das Cláusulas Econômicas da Proposta do ACT 2015/2016 e 11.2 - Das Cláusulas Sociais da Proposta

do ACT 2015/2016), que a Suscitante requer que essa Corte Superior do Trabalho estabeleça, por meio de y ^ 55

SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 73 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078 ""

Diretoria Jurídica L í^rr^^lin&^ Departamento jurídico contencioso

sentença normativa, os comandos normativos que regerão a relação de trabalho para a categoria no período

de 1.8.2015 a 31.7.2016.

III - ABUSIVIDADE DA GREVE PELA INOBSERVÂNCIA AOS REQUISITOS PREVISTOS NA LEI N.°

7.783/1989.

57. A doutrina considera que todos os serviços públicos são essenciais, tendo em vista seu

escopo de satisfazer o interesse público. Nas palavras de Luiz Antônio Rizzatto Nunes {in Comentários ao

Código de Defesa do Consumidor: Direito Material, 2000, p. 306):

"Em medida amplíssima, todo serviço público, exatamente pelo fato de sê-lo (público), somente pode ser essencial. Não poderia a sociedade funcionar sem um mínimo de segurança pública, sem a existência dos sen/iços do Poder Judiciário, sem algum serviço de saúde etc. Nesse sentido então é que se diz que todo serviço público é essencial."

58. A Suscitante é empresa pública e os serviços por ela prestados, portanto, revestem-se de

essencialidade e eventual interrupção de suas atividades, ainda que de fomia parcial, causa sérios

embaraços á população beneficiária dos serviços postais na medida em que é reconhecidamente prestadora

de serviço público obrigatório e de titularidade exclusiva do Estado (artigo 21, X, da Consfituição Federal), daí

a necessidade de se manter em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar a regular

confinuidade da prestação do serviço público.

59. O principio da continuidade dos serviços públicos estabelece que esses não podem ser

interrompidos, pois, como tais, destinam-se a atender não apenas as necessidades de um ou alguns

indivíduos, mas de toda a sociedade.

60. E não há dúvidas de que as atividades postais são de extrema importância á sociedade e

ocupam relevante posição no universo dos interesses sociais, permitindo a comunicação com cidadãos nos

mais longínquos municípios, a distribuição de material didático, sua atuação no processo eleitoral, o

cumprimento das notificações judiciais, o recebimento e o pagamento de contas e obrigações, sem deixar de

citar o caráter social do Banco Postal possibilitando a inclusão social de milhares de brasileiros que passaram

a ter acesso a sistemas bancários nos mais recônditos lugares do país, etc.

61. Tudo isso indica a indispensabilidade dos serviços prestados pela Suscitante, não se

podendo deixar de lembrar que o monopólio das tarefas postais destaca mais ainda o caráter essencial

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,— ^m. Diretoria Jurídica C ^ ^ ^ ^ C O r r ^ i O ^ Departamento Jurídico Contencioso

desses a atividade, na medida em que a suspensão das atividades impossibilita o cidadão de buscar

alternativas em outros prestadores de serviços.

62. Acerca da essencialidade dos serviços prestados pela Suscitante, importa destacar a decisão

proferida em 6.10.2011 pelo então Presidente dessa Corte Superior do Trabalho, Ministro João Oreste

Dalazen, no dissídio econômico e de greve n.° 6535-37.2011.5.00.0000, i/erò/s:

Público e notório, no momento, que os sindicatos filiados à FENTECT não aceitaram os termos da conciliação obtidos pelo comando de greve e, por tal razão, decidiram pela manutenção do movimento grevista.

Assim, em razão do relevante interesse público de que se reveste o tema, porque, de fato, os serviços prestados pela ECT caracterizam-se por essenciais á população, entendo necessária a manutenção de pelo menos parte das atividades da empresa.

Com efeito. A Consfituição Federal assegurou "o direito de greve, compefindo aos trabalhadores decidir

sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender" (art. 9°).

Conforme leciona Amauri Mascaro Nascimento, "a greve é um direito individual de exercício coletivo, manifestando-se como autodefesa [...]. Força o empregador a fazer concessões que não faria de outro modo. Obriga o legislador a se manter vigilante e reformular a ordem juridica. Logo, apesar dos seus inconvenientes, a greve é necessária e compatível com as estruturas capitalistas." {Cur^o de Direito do Trabaltio, Editora Saraiva, págs. 892/893).

O constituinte, todavia, ao assegurar o direito à paralisaçãç coletiva do trabalho, estabeleceu que a "lei definirá os serviços ou afividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade" (art. 9°, § 1°, CF).

Adveio, então, a Lei n" 7.783/89, que, ao definir as atividades essenciais, estabeleceu igualmente critérios para o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

Nesse senfido, a Lei n° 7.783/89 dispôs que "nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos sen/iços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade" (Lei n° 7.783/89, art. 11).

O aludido diploma legal, outrossim, estabeleceu que, "no caso de inobservância do disposto no artigo anterior, o Poder Público assegurará a prestação dos serviços indispensáveis" (Lei n° 7.783/89, art. 12).

Na espécie, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, mediante outorga do Estado, presta serviço público essencial e de inegável alcance social, cuja interrupção afinge, precipuamente, a população menos favorecida, que depende-de suas agências, sobretudo nas regiões mais longínquas do País.

Logo, a paralisação dos empregados dos Correios põe em risco necessidades inadiáveis da comunidade, justificando-se, assim, a intervenção do Poder Público para compafibilizar o exercício legífimo do direito de greve e o atendimento de tais necessidades...".

63. Não há dúvidas, portanto, que a greve iniciada às 22h do dia 15.9.2015 e à Oh do dia

16.9.2015 se dá em atividade essencial, nos termos do artigo 10 da Lei n." 7.783/1989, o que demanda

atendimento das necessidades inadiáveis da coletividade, exigência essa contida no artigo 11 da mesma

legislação:

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"Art. 11. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade" (grifo acrescido).

64. Embora a Constituição Federal assegure o direito de greve, compefindo aos trabalhadores

decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devem por meio dele defender, aquele

deve ser exercido na forma estabelecida na Lei n.° 7.783/1989 e a cuidadosa análise dos documentos que

acompanham a presente demanda conduz à conclusão de desatendimehto às exigências contidas na

legislação especifica, senão veja-se:

65. Primeiramente é possível constatar que, até o memento, as Suscitadas não notificaram a

Suscitante, tampouco a comunidade, acerca da defiagração da greve com 72 (setenta e duas) horas de

antecedência, como exige o artigo 13 da Lei de Greve:

"Art. 13 Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação".

66. Importa destacar que o prazo previsto na legislação, principalmente em se tratando de

serviço essencial, visa preservar direitos dos usuários e da população, sendo certo que a falta de aviso não

permite que a Suscitante adote as providências necessárias que garantam o atendimento de necessidades

inadiáveis da coletividade, exigência essa contida no artigo 11 já transcrito.

67. Além disso, é possível constatar nos boletins informativos e comunicados encaminhados

pelos sindicatos obreiros à Suscitante que a greve estava sendo anunciada antes mesmo do esgotamento do

cronograma de negociações, ainda no curso das tratativas, e sem a constatação do seu malogro, daí não

se poder cogitar que o movimento paredista é a demonstração da insatisfação dos empregados por não

haverem sido atendidas as suas pretensões por parte do empregador, o que torna o movimento ilegítimo já

sob esse aspecto (Informativo n.° 7 de agosto de 2015 do SINTECT-GO, Oficio n.° 13/2015 do SINTECT-AL

de 3.9.2015, Ofício n.° 235/2015 do SINTECT-SMA de 4.9.2015, Ofício n.°,0246/2015 do SINTECT-PE de

8.9.2015, Ofício n.° 67/2015 do SINTECT-RN de 8.9.2015, Ofício n.° 0818/09//2015 do SINCOTELBA de

9.9.2015, Edital de Convocação do SINTECT-PB de 9.9.2015, Edital de Convocação do SINTECT-MA de

9.9.2015, CT/SINTECT - SP/N°. 028/15 de 9.9.2015, Oficio/SINDECTEB - 196/2015 de 10.9.2015,

CT/SINTECT/DF - 335/15 de 10,9.2015, Edital de Convocação do SINTECT-GO de 10.9.2015,

CT/SINTECT/CAS -110/15 de 10.9.2015, telegrama do SINTECT/RO de 10.9.2015, CT-SINTECT-VP/183-

2015 de 10.9,2015). i

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68. Portanto, antes da finalização do cronograma de negociação e sem ouvir os trabalhadores, a

greve deve ser considerada abusiva em razão da inobservância dos requisitos necessários para a sua

instauração.

69. Portanto, a Suscitante não foi cientificada da deflagração da greve com observância do prazo

legal, haja vista que a realização das assembléias ocorrera no dia 15.9.2015, com a imediata decretação do

movimento paredista às 22h do mesmo dia, por parte de alguns sindicatos, e a Oh do dia 16.9.2015, por parte

de outros sindicatos, em total desprezo à legislação que rege o tema.

70. Verifica-se, também, inexistir divulgação do início da greve por parte das Suscitadas e

diretamente aos beneficiários dos serviços prestados pela Suscitante, o que se concretizaria com a

publicação em jornais de grande circulação e que não foi feito,

71. Há que se ressaltar, ainda, que as Suscitadas não encaminharam à Suscitante cópia dos

, editais de convocação e das atas de assembléias que deliberaram acerca da paralisação coletiva, que

também é requisito legal que deveria ter sido cumprido pelas Federações:

"Art. 4° Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembléia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços".

72. Tratando a Suscitante de empresa pública a qual compete "executar e controlar, em regime

de monopólio, os serviços postais", com privilégios inerentes á Fazenda Pública (art, 12 do Dec-Lei 509/1969)

e sendo de competência da União "manter o serviço postal" (art, 21, X da CRFB/88), mediante delegação, a

quem cabe "assegurar a continuidade dos serviços, observados os índices de confiabilidade, qualidade e

eficiência ,.." e sendo "reconhecido a todos o direito de haver a prestação do serviço postal....", na forma dos

artigos 3° e 4° da Lei n.° 6.538/1978, é de resguardar-se-lhe os serviços que são essenciais á continuidade

operacional da Empresa.

73. Pelos motivos já aduzidos, a decretação da greve é totalmente Ilegal e causa transtornos à

população e sérios prejuízos de ordem financeira à Suscitante, que está impedida de prestar os serviços

postais de forma adequada. A permanência dos trabalhadores nas afividades,postais é medida que se impõe

de forma a impedir prejuízos a essa atividade pública essencial, que é o serviço postal.

74. Não restam dúvidas de que o movimento paredista deflagrado extrapolou os limites da lei,

posto que as Suscitadas incorreram em condutas ilícitas, o que conduz à conclusão da sua abusividade,

tanto no plano formal como no material, maculando a validade e eficácia das reivindicações. ^ / rt'

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75. Desatendidos os requisitos legais atinentes à deflagração de greve iniciada em 15.9.2015 e

16.9,2015, necessário se faz que esse TST a declare abusiva e determine o retorno imediato dos

trabalhadores aos seus postos de trabalho, com cominação de multa em caso de descumprimento da ordem,

76. Além disso, sendo reconhecida a abusividade da greve, vale destacar que a Consfituição

Federal determina no seu artigo 9°, §2°, que os seus responsáveis sujeitem-se às penas de lei, sendo que a

Lei de Greve dispõe no artigo 15 que a responsabilidade pelos atos praticados durante o movimento será

apurada através de análise casuística, não se restringindo somente à esfera trabalhista, pelo que a Suscitante

requer lhe seja assegurado quando da prolação da sentença normafiva;

"Art. 15 A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será apurada, confomie o caso, segundo a legislação trabalhista, civil ou penal".

IV - DO PODER GERAL DE CAUTELA.

77. Provocada a via jurisdicional e evidenciados o pericuium in mora e o fumus boni júris,

presentes no caso em questão, tem o Magistrado o poder-dever de exercer o poder geral de cautela para

evitar danos irreparáveis ao interesse público.

78. Nesse sentido, explica Carios Henrique Bezerra Leite que: -

"O art. 798 do CPC confere ao juiz poderes gerais para resguardar determinados direitos ou bens suscetíveis de perecimento ou deterioração antes mesmo de proferir a sentença final.

Trata-se do instituto do poder geral de cautela, que é perfeitamente aplicável ao processo do trabalho. Aliás, o art. 765 da CLT outorga ao juiz do trabalho ampla liberdade na condução e direção do processo, estando aí implícito que ele pode, até mesmo de ofício, determinar providências urgentes que visem a resguardar determinados bens e direitos sobre os quais verse a demanda.

O poder geral de cautela não é arbitrário. Ao revés, é um poder discricionário que deve ser exercido com a indispensável prudência e de acordo com critérios de oportunidade e conveniência.

Dito de outro modo, é o interesse público que deve motivar a adoção de determinadas providências acautelatórias pelo juiz, desde que presentes os requisitos exigidos para as demais medidas cautelares, a saber: o fumus boni júris e o pericuium in morar\

79. Resta evidente, pelas razões acima expostas, que o instituto da greve está sendo totalmente

desvirtuado e a Lei n.° 7.783/1989 usada de maneira inadequada pelas Suscitadas, pelo que se tem

demonstrado o fundamento relevante a embasar o pedido de concessão de medida de urgência. /,

' Curso de Direito Processual do Trabalho, 4a ed., São Paulo: LTr, 2006, p. 1.076 a 1.077 ^.^'"'^í^

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80. Dúvidas não há acerca da possibilidade de dano irreparável ou de difícil reparação, haja vista

que a paralisação da atividade postal trará desastrosas conseqüências aos interesses da coletividade, na

medida em que a Suscitante é reconhecidamente prestadora de serviço público obrigatório e de titularidade

exclusiva do Estado (artigo 21, X, da Constituição Federal) e a eventual interrupção de suas atividades, ainda

que de forma parcial, causa sérios embaraços á população beneficiária dos serviços postais.

81. E o perigo da demora também fica configurado posto que, se paralisado o serviço postal,

inexiste medida compensatória suficiente para ressarcir o prejuízo a ser causado ao interesse público, cuja

lesão é infinitamente mais grave, danosa e extensa que eventual lesão causada aos representados das

Suscitadas.

82. Evidente, portanto, que os efeitos da paralisação, ainda que parcial, têm potencial lesivo

suficiente para comprometer a continuidade dos serviços essenciais prestados em todo o País, capaz de

promover o desequilíbrio social, econômico e financeiro da Suscitante, resultando em caos nos principais

setores da sociedade.

83. Pelas razões acima expostas, a liminar aqui postulada deverá ser deferida para que as

Suscitadas mantenham em atividade e no desempenho normal de suas atribuições, em cada uma das

unidades localizadas nas suas bases territoriais, o contingente minimo de 80% (oitenta por cento) de

Agentes de Correios (carteiros, atendentes comerciais e operadores de transbordo e triagem - OTTs),

tendo em vista que essas atividades são típicas das áreas de reserva legal que a ECT detém o monopólio,

garantindo, com isso, a prestação dos serviços postais à coletividade, reconhecidamente por essa Corte

como essenciais.

84. Reitere-se que a greve iniciada em 15.9.2015 e em 16,9,2015 se dá em atividade essencial,

nos termos do artigo 10 da Lei n,° 7,783/1989, o que demanda atendimento das necessidades inadiáveis da

coletividade, exigência essa contida no artigo 11 da mesma legislação, fazendo-se necessária a intervenção

do Poder Público para garantia desses serviços,

85. Destaca-se que em outra oportunidade a Suscitante ajuizou Dissídio Coletivo de Greve e

Jurídico postulando a concessão de liminar para suspender paralisação iniciada no dia 29,12,2014, para que

seus trabalhadores permanecessem em seus postos de trabalho para o desempenho normal de suas

atividades, em cada uma das unidades localizadas nas suas bases territoriais das Suscitadas, ou,

sucessivamente, que estas mantivessem em atividade e no desempenho normal de suas atribuições, em

cada uma das unidades localizadas nas suas bases territoriais, o contingente mínimo de 80% (oiteptó" por JL

61 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 7^ andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

Diretoria Jurídica * íC*^ CL ^ ^ r r ^ ^ i C ^ ^ Departamento Jurídico Contencioso

cento) de Agentes de Correios (carteiros, atendentes comerciais e operadores de transbordo e triagem -

OTTs), bem como que as Demandadas abstivessem-se de impedir o livre trânsito de bens, pessoas e carga

postal em todas as unidades, garantindo, com isso, a prestação dos serviços postais à coletividade, o que foi

deferido em 5.1.2015 pelo Presidente dessa Corte, Ministro Barros Levenhagen, nos seguintes termos (doe, Í-:

anexo):

Ressalte-se o caráter essencial das atividades desenvolvidas pela Suscitante, segundo estabelecido no artigo 10, inciso VI, da Lei 7.783/89.

Dai decorre seu interesse de agir, a partir do binômio necessidade-utilidade de valer-se do Judiciário, de modo a prevenir prejuízos para a sua relevante atividade sócio-empresarial.

De outro lado, malgrado seja lícito á assembléia da entidade sindical deflagrar o movimento paredista, a deliberação que o fora pelo SINTECT/DF, ultimada no dia 29 de dezembro, guarda potenciais e expressivos transtornos à coletividade, na esteira da parte final do artigo 8° da CLT.

Desse modo, em sede de cognição sumária e com base nas informações e documentos trazidos pela Suscitante, em que se noticia não ter havido acordo quanto à prestação de serviços imprescindíveis à população, sobressai a aparência do bom direito e o perigo da demora.

A partir dessa digressão jurídico-factual, defiro inaudita altera parte, com base no § 3° do artigo 461 do CPC, a liminar requerida para que o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Distrito Federal e Região do Entorno garanta a manutenção mínima de 80% (oitenta por cento) dos Agentes de Correios (carteiros, atendentes comerciais e operadores de transbordo e triagem - OTTS) nas áreas de atendimento e distribuição de cada uma das unidades localizadas nas suas bases territoriais.

Considerando que o movimento paredista fora deflagrado pelo referido Sindicato, não havendo notícia nos autos que o tenha sido pela Suscitada ou por outro dos Sindicatos a ela vinculados, comino ao SlNTECT/DF multa diária de R$ 100.000,00 (cem mil reais), no caso de descumprimento dessa determinação judicial.

86. Em decisão mais recente, após a Suscitante ajuizar ação cautelar postulando a concessão de

liminar para suspender outra paralisação marcada para iniciar às 22h do dia 17.3.2015, a Ministra Maria de

Assis Calsing também deferiu a medida de urgência visando proteger a continuidade das atividades nos

seguintes termos:

Pelo exposto, defiro, em caráter liminar, o pedido sucessivo para que a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios - FINDECT garantam a manutenção mínima de 80% (oitenta por cento) de Agentes de Correios (carteiros, atendentes comerciais e operadores de transbordo e triagem - OTTs) em cada uma das unidades localizadas nas bases de atuação; determino ainda que a Requerida se abstenha de impedir o livre trânsito de bens, pessoas e carga postal em todas as unidades localizadas nas suas bases territoriais; fixo a multa diária por descumprimento de quaisquer das medidas ora determinadas no importe de R$100.000,00 (cem mil reais).

87, Pelas razões expostas, a Suscitante requer a concessão de liminar nos mesmos moldes do

deferido no Dissídio Coletivo de Greve e Jurídico 2-23.2015,00,0000 e no Processo Caulnom - 4751-

83,2015,5,00,0000, tendo em vista que a greve iniciada em 15,9,2015 e 16.9.2015 se dá epn atividade j ^

^ " " ^ ^ SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 7^ andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

\ A ,orrei©^ Diretoria Jurídica

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essencial, nos termos do artigo 10 da Lei n.° 7,783/1989, o que demanda atendimento das necessidades

inadiáveis da coletividade, exigência essa contida no artigo 11 da mesma legislação, fazendo-se necessária a

intervenção do Poder Público para garantia desses serviços,

88. Importa informar que nos Estados do Amazonas, Bahia, Brasília, Ceará, Maranhão, Minas

Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São tf

Paulo interior, São Paulo metropolitana e Tocantins as atividades foram paí"alisadas e o movimento tende

a se aprofundar, cabendo destacar que nessas Diretorias Regionais o efetivo que se apresentou ao

trabalho é inferior a 50% (cinqüenta por cento), destaque que se dá para a ausências registradas no

Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo interior, cujos efetivos registrados são inferiores

a 20% (vinte por cento)

% Rep. Greve por Cargo

:+ 65,07%

aAjaaís

79,64%,

y^

90,29%

9,71%

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Í

OTT L

KToíal Empfegaòos Previs tes 13 Total em Greve

SJSTEMA DE KOtQlOíiMXanO DO <^NÁRiO DE COt/tmCÉNCIA - StiOH I^cenchimenlo Dedos Situação de &evâ

Efíájvo Previsto X EfeSvo tm Greve

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%unQacci>dD8

3,9*3

a^% 2.845

1.632 50,47% tomv. 3 7 ^ 1 % 1BJ7% 1.3&3

17,7g% 4 890 1,70% 0,00%

17^7%

34.7S%

5,280 2.973 43,e3% 1V6% 10,32% 2.W3

< ^ 7 % 11.14% 2 . S 4

24.17S

T.jm 4-Í52 iSJDSfíí t.327 11.63% 10.073 7.S56 S1.12%

31,58% 3,953 2.497 4739%

TOTAL 33.747 21.966 26.747 El c^õps, 17.670

Oba.: O ereíiw Prr^sto concictera somente en^>rega(»5 que eewnam esEar rabaltiando, tíssccnaderantlo Ferias, Atestados. Licenças

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89. Pelas razões acima expostas, a liminar aqui postulada deverá ser deferida, para que as

Suscitadas mantenham em atividade e no desempenho normal de suas atribuições, em cada uma das

unidades localizadas nas suas bases territoriais, o contingente mínimo de 80% (oitenta por cento) de

Agentes de Correios (carteiros, atendentes comerciais e operadores de transbordo e triagem - OTTs),

tendo em vista que essas atividades são típicas das áreas de reserva legal que a ECT detém o monopólio,

garantindo, com isso, a prestação dos serviços postais à coletividade, recontiecidamente por essa Corte

como essenciais.

V • DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS DA SUSCITANTE.

90. A Suscitante é empresa pública criada pelo Decreto-lei n°. 509/1969, com capital constituído

integralmente pela União, na forma de seu artigo 6°. Ademais, preceitua o artigo 12 do mesmo diploma legal:

"A ECT gozará de isenção de direitos de importação de materiais e equipamentos destinados aos seus serviços, dos privilégios concedidos à Fazenda Pública, quer em relação à imunidade tributária, direta ou indireta, impentiorabilidade de seus bens, rendas e sen/iços, quer no concernente a foros, prazos e custas processuais."

91. Assim, por força do dispositivo legal acima transcrito, goza das mesmas garantias e

prerrogativas conferidas á Fazenda Pública, dentre elas, a dispensa de realizar o recolhimento prévio das

custas processuais e de efetuar depósito recursal para a interposição de recursos, impenhorabilidade de seus

bens, rendas e serviços e prazos diferenciados.

92. Cabe destacar, também, que o referido dispositivo foi recepcionado pela Constituição da

República de 1988, sendo que o Supremo Tribunal Federal já firmou jurisprudência pacífica nesse sentido,

inclusive para declarar que a execução contra a Suscitante deve fazer-se mediante precatório, podendo-se

citar como precedentes os seguintes arestos, todos proferidos pelo tribunal em sua composição plena:

225.011-MG, Rei. orig. Min. IVIarco Aurélio, red. p/ Ac. Min. Maurício Corrêa; 229.696-PE, 230.051-SP,

230.072-RS, Rei. orig. Min. limar Gaivão, red. p/Ac. Min. Maurício Corrêa, 16/11/2000.

93. • Não é diferente o posicionamento adotado por esse colendo TST acerca do tema, inclusive

quanto à limitação dos juros, na forma do previsto no artigo 1°-F, da Lei n.° 9.494/1997, sendo

desnecessárias outras transcrições. »

64 SBN Quadra 1, Bloco A, Ed. Sede, 79 andar. Ala Norte, CEP 70.002-900, Brasília-DF. Tel. 3426-2078

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94. Assim, não liá dúvidas de que se aplicam á Suscitante as mesmas garantias e prerrogativas

conferidas á Fazenda Pública, quais sejam: a dispensa de realizar o recolhimento prévio das custas

processuais e de efetuar o depósito recursal para a interposição de recursos, impenhorabilidade de seus

bens, rendas e serviços e prazos diferenciados, além de pagamento por precatório ou RPV, com incidência

de juros de mora no percentual de 0,5 % (meio por cento).

95. Dessa feita, resta demonstrado que a Suscitante é detentora das prerrogativas processuais

pertinentes à Fazenda Pública, nos termos exatos do ato normativo que a constituiu - Decreto-Lei n°.

509/1969.

VI - DOS PEDIDOS.

96. Ante a necessidade e urgência de que o provimento jurisdicional buscado com o

ajuizamento da presente demanda seja apreciado e concedido ainda hoje por essa Corte Superior

Trabalhista, requer:

VI. 1 - A concessão de liminar nas modalidades,/n/f/b //f/s e inaudita altera pars para que esse Tribunal

Superior do Trabalho detemnine:

a) Que as Suscitadas mantenham em atividade e no desempenho normal de suas atribuições, em

cada uma das unidades localizadas nas suas bases territoriais, o contingente mínimo de 80% (oitenta

por cento) de Agentes de Correios (carteiros, atendentes comerciais e operadores de transbordo e

triagem - OTTs), garantindo, com isso, a prestação dos serviços postais á coletividade, reconhecidamente

por essa Corte como essenciais, com a fixação de multa diária a ser arbitrada por esse Juízo, em caso de

descumprimento;

b) Que as Suscitadas abstenham-se de impedir o livre trânsito de bens, pessoas e carga postal em

todas as unidades localizadas nas suas bases territoriais, com a fixação de multa diária a ser arbitrada

por esse Juízo, em caso de descumprimento;

VI.2 - A citação da FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DOS SINDICATOS DOS TRABALHADORES E

TRABALHADORAS DOS CORREIOS • FINDECT e da FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES

DE CORREIOS E TELÉGRAFOS E SIMILARES - FENTECT, para, querendo, responder a presente

demanda; . / • /

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VI. 3 - A intimação do Ministério Público do Trabalho para que atue como fiscal da lei;

VI.4 - No mérito, julgue procedentes os pleitos aqui formulados para que esse TST:

a) Confirme os efeitos da medida liminar pleiteada no pedido "VI. 1 "a" e "b";

b) Autorize os descontos dos dias parados na remuneração dos empregados das Suscitadas que

aderiram á greve (salário, anuênio, gratificações, vale alimentação/refeição, vale cesta, vale-transporte, horas

extras, adicional noturno, adicional de periculosidade, gratificação de função e demais benefícios), na folha de

pagamento do mês subsequente ao julgamento da presente demanda, além de não se computar esse

período para efeito de aquisição do direito ás férias;

c) Declare abusiva a greve deflagrada a partir das 22h do dia 15.9.3015.6 ás Oh do dia 16.9.2015, para

sujeitar seus responsáveis ás penas de lei, na forma do disposto no artigo 15 da Lei de Greve, pelos atos

praticados durante o movimento a ser apurado em procedimento próprio, não se restringindo somente á

esfera trabalhista, vez que demonstrado que as Suscitadas utilizam-se desse instituto sem observância às

determinações previstas na Lei n° 7.783/1989;

d) A designação, com urgência, de audiência de julgamento, posto que resta demonstrada a

impossibilidade de qualquer conciliação no presente feito;

VI.5 - Defira á Suscitante todos os privilégios processuais conferidos á Fazenda Pública, consoante o

disposto no artigo 12 do Decreto-lei n.° 509, de 20/3/1969.

97. Por fim, os patronos da Suscitante, com fulcro no artigo 830 da Consolidação das Leis do

Trabalho, declaram que os documentos oferecidos em cópia e que acompanham apresente demanda são

autênticas reproduções dos originais.

98. Pretende provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, j

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99. Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00.

Brasília, 16 de setembro de 2015.

tAMÍ.4.A -^-y/ Ane CarolTha de Medeiros Rios

OAB/DF 14.543 n/l péos Antônio Tavaçc^H/lartlns

OAB/DF 18.508

José Barreto de Arruda Neto OAB/PB 9.426

Diretor Jurídico da ECT

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