Cranberry CBT 6 Chapeus Pensamento DeBono

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/24/2019 Cranberry CBT 6 Chapeus Pensamento DeBono

    1/5

    Praa Nuno Rodrigues dos Santos, 7Piso 2, Salas 9 e 101600-171 LISBOA

    www.cranberryabc.com

    [email protected]

    Telef.: +351 217 217 400 1

    CRANBERRYTOOLBOX:

    DO PENSAMENTO6CHAPUS(EDWARD DE BONO,1985)

    EM POUCAS PALAVRAS Edward De Bono usa a metfora dos seis chapus do pensamento para facilitar a colaborao criativa edesenvolver a competncia de pensar que ajudam a lidar com situaes inusitadas e tomar melhoresdecises. Cada chapu corresponde a um estilo de pensamento: factual, emotivo, crtico, positivo,criativo, facilitador; ao mudarmos de chapu, mudamos a nossa forma de pensar, conseguindo ver umproblema em mltiplas perspetivas. Em grupo, deve usar-se um estilo de pensamento de cada vez paraexplorando todos os lados de uma questo, antes de passar a outro chapu. Evitam-se assim asconfrontaes e cada assunto analisado com profundidade e de forma abrangente.

    OPROBLEMA E O SEU CONTEXTOScrates desafiava os seus interlocutores a examinarem o real significado daquiloque afirmavam. Porque que diz isso? O que quer dizer com isso?

    Plato afirmava, atravs da alegoria da caverna, que no conseguimos ver averdade e a realidade das coisas, apenas as suas sombras. A verdade existe mastemos de a procurar com afinco.

    Aristteles desenvolveu uma lgica baseada em categorias (definies), que nospermitem dizer o que e no . Por exemplo: conhecendo a definio de cadeira,posso dizer se um determinado objeto uma cadeira ou no.

    Figura 1:Trs Capacidades de Inovao

    Fonte: Linda Hill, Greg Brandeau, Emily Truelove, Kent Lineback- HBR.org

    A forma como pensamos nas nossas interaes dirias remonta aos mtodos depensamento clssico dos antigos gregos, como Scrates, Plato e Aristteles, que lanaramos alicerces da filosofia ocidental. O sistema de pensamento baseava-se na procura daverdade, atravs do questionamento da no verdade.

    Movimentos como o renascimento e o humanismo deram continuidade ao pensamentoclssico, colocando a tnica na razo, na lgica, no pensamento crtico e na argumentao.

    Apesar da importncia basilar destes pressupostos do pensamento humano, a realidadeatual em mutao constante e acelerada exige uma abordagem construtiva e criativa dos

    problemas, aberta a novas possibilidades e criadora de oportunidades. argumentao,embora til, faltam-lhe as energias criativas capazes de unir um grupo de pessoas naresoluo colaborativa de problemas, de incentivar a descoberta e a experimentao econduzir criao de novas solues a partir de ideias diferentes, e mesmo contraditrias,de formas improvveis e imprevisveis. aquilo a que os autores de The Capabilities YourOrganization Needs to Sustain Innovation (2015) chamam as trs capacidades da inovao(Figura 1).

  • 7/24/2019 Cranberry CBT 6 Chapeus Pensamento DeBono

    2/5

    Praa Nuno Rodrigues dos Santos, 7Piso 2, Salas 9 e 101600-171 LISBOA

    www.cranberryabc.com

    [email protected]

    Telef.: +351 217 217 400 2

    OPENSAMENTO PARALELOJ na dcada de 70 Edward de Bono se tinha apercebido da necessidade de capacitar aspessoas para lidarem no seu dia-a-dia com uma avalanche de situaes inusitadas. Aresposta alternativa que encontrou para a argumentao ou a confrontao, habituaisnas conversas e reunies, foi o que designou de Pensamento Paralelo, em que cadapessoa apresenta o seu pensamento em paralelo com os pensamentos dos outros, deforma cooperativa, coordenada e construtiva. Este termo tem sido confundido com

    outro, tambm inventado por De Bono em 1967 no livro "The Use of Lateral Thinking":o Pensamento Lateral.

    O Pensamento Lateral dirige-se mudanade conceitos, percees e limitaesassumidas pelo ser humano e que amide oinibem de observar a realidade segundooutras perspetivas. uma forma de pensarque procura a soluo de um problemaatravs de mtodos que so habitualmenteignorados pelo pensamento lgico.

    Figura 2: Pensamento Linear vs Lateral

    O Pensamento Paralelopreocupa-se em colocar ambas as partes de umadiscusso a pensar em paralelo na mesma direo.

    Figura 3: Confrontao vs Pensamento Paralelo

    Para ilustrar esta teoria e facilitar a sua prtica, de Bono desenvolveu o mtodo dos SeisChapus do Pensamento.

    OQUE O MTODO DOS SEIS CHAPUS DO PENSAMENTO?

    Os Seis Chapus do Pensamento representam seis estilos possveis de pensamentoem diferentes situaes como, por exemplo, na resoluo de problemas, na tomada dedeciso ou na formulao de estratgias. Nos debates tradicionais existemhabitualmente dois lados em conflito; cada lado procura criticar o ponto de vista dooutro. O aspeto diferenciador deste mtodo o facto de assegurar que em cada fase doprocesso os diferentes lados usam juntos cada chapu na explorao de todas as

    perspetivas de um dado assunto.

    O objetivo deste mtodo direcionar o pensamento, e resistir a catalogar quer opensador quer o prprio pensamento. Deste modo, a confrontao e oconstrangimento so substitudos pela explorao cooperativa dos temas.

    A MAIOR DIFICULDADE QUE ENFRENTAMOS AO PENSAR A CONFUSO.TENTAMOS FAZER DEMASIADAS COISAS AO MESMO TEMPO. EMOES,

    INFORMAO, LGICA,ESPERANA E CRIATIVIDADE

    TUDO ISTO OCUPA ANOSSA ATENO.COMO FAZER MALABARISMO COM DEMASIADAS BOLAS.

    Ao obrigar a focalizar uma nica dimenso do pensamento em cada fase do debate,garante-se que todos os intervenientes se mantm concentrados no mesmo ngulo dasituao, logo mais colaborativos na construo de uma soluo. Por outro lado, comotodos so chamados a usar sucvessivamente os vrios chapus, nenhum pensamento melhor que outro, antes todos so necessrios para se atingir o melhor resultado, e ompeto para a confrontao e a para exaltao do ego diminuem drasticamente,aumentando a compreenso, a aceitao e o prazer da colaborao criativa.

    Este processo leva-nos a mudar a nossa forma habitual de pensar, ajudando acompreender a complexidade de uma deciso e a ver oportunidades que de outra

    forma nos escapariam, bem como a encarar um problema nas suas diferentesperspetivas. Por outro lado, esta metodologia torna o participante mais consciente dassuas formas de pensar e das mltiplas alternativas de que dispe, assim como facilita acompreenso e aceitao do ponto de vista dos outros, e at a sua incorporao.

    QUAIS OS SEUS PRINCIPAIS BENEFCIOS? Poupa tempo e energia ao minimizar os conflitos e focalizar a concentrao Consciencializa para a validade de diferentes perspetivas e formas de pensar Incentiva o pensar fora da caixa, para alm do bvio Facilita a expresso livre de ideias Garante a participao de todos

    Torna a comunicao mais clara e concisa Alarga o leque de solues Melhora a qualidade das decises Fomenta a cooperao e colaborao criativas Aumenta a criatividade e inovao Estimula a mudana de comportamento sem recurso a crticas Ajuda cada um dos membros a colocar-se no lugar do outro simples de aprender, usar e implementar Pode ser usado em todos os nveis e em diferentes situaes

  • 7/24/2019 Cranberry CBT 6 Chapeus Pensamento DeBono

    3/5

    Praa Nuno Rodrigues dos Santos, 7Piso 2, Salas 9 e 101600-171 LISBOA

    www.cranberryabc.com

    [email protected]

    Telef.: +351 217 217 400 3

    CHAPU FOCO PRINCIPAIS CARACTERSTICAS QUESTES

    FACTUAL Apresenta dados e informao

    Neutro e objetivoNo d opinies

    Trabalha com informao, dados e factos, identificando as falhas e outras necessidades de informao.O pensamento baseado em factos e nmeros, objetivo e focado, torna mais fcil discernir e debatertemas.

    Olhe para a informao de que dispe e veja o que pode aprender com ela. Verifique que falhas h noseu conhecimento e tente colmat-las ou t-las em considerao. neste momento que analisa astendncias passadas e tenta extrapolar a partir de dados histricos.

    Quais so os factos?Qual a informao de que dispomos?

    Qual a informao que precisamos?Onde podemos obter a informao emfalta?

    EMOCIONAL Contribui com sentimentos eintuio

    Emoo/instinto/palpiteA emoo no precisa

    de justificaoRpido, seno a razo atrapalha

    Usado antes e/ou depois de umadeciso

    Assenta na intuio, isto , nos sentimentos e emoes que ocorrem durante a discusso. Ossentimentos no precisam de ser justificados, mas s podem ser introduzidos quando suportados pelalgica. Geralmente as emoes so genunas, mas a lgica que est por detrs pode ser incorreta.Tem permisso para apresentar livremente os seus sentimentos genunos em relao ao assunto quese discute no momento. Olhe para os problemas utilizando a intuio, a reao instintiva e a emoo.Imagine como as outras pessoas iro reagir emocionalmente e tente compreender as suas respostas.O pensamento emocional e intuitivo usa o sentimento para e xplicitar as preferncias humanas que,embora no baseadas na lgica, so igualmente relevantes.

    Como nos sentimos em relao a isto?

    Estamos comprometidos com o assunto?O que a intuio nos diz?

    Sentimo-nos confortveis com a ideia?

    Temos medo em arriscar aimplementao desta soluo?

    Sentimo-nos confortveis em expressar anossa opinio em pblico?

    CR TICO D argumentos racionais pelosquais pode no resultar

    Potenciais problemasRiscos/dificuldades

    Cuidado e precauoAdvogado do Diabo

    Argumentos sempre lgicos

    Representa o julgamento e a prudncia. usado para esclarecer por que motivo uma sugesto no seadequa aos factos, experincia disponvel, ao sistema em uso ou a poltica que est a ser seguida. Opensamento crtico aponta as falhas, os desafios iminentes e os perigos. de grande importante e nodeve ser considerado como um pensamento negativo, inferior ou causador de conflitos.Obriga a olhar para todos os pontos negativos da deciso, a imaginar onde que e la pode no

    funcionar, e o que pode correr mal. Este ngulo essencial porque destaca os pontos fracos de umplano, permitindo elimin-los, alter-los ou preparar planos de contingncia para combat-los. Portudo isto, ajuda a fazer planos mais robustos e mais resilientes.

    Quais so os riscos?

    Quais so as dificuldades?

    Quais so os potenciais problemas? a soluo apropriada? exequvel?

    Algum possui experincia prvia que

    justifique esta soluo?

    POSITIVO Defende porque que poderesultar

    Benefcios /oportunidadesPontos positivos

    Esperana/otimismo

    Assenta no pensamento otimista, mas lgico, apresentando os benefcios de uma ideia e a forma comoesta pode funcionar (ou como fazer para que funcione). Adota um ngulo positivo que se centra nosresultados e benefcios. Encontra valor no trabalho feito, contribuindo com energia positiva para odebate.Permite vises e sonhos. Ajuda a perseverar quando tudo em redor parece sombrio e difcil.

    Quais so as vantagens?

    Quais so os pontos positivos?

    Quais so as potenciais oportunidades?

    Podemos fazer um esforo para quefuncione?

    CRIATIVO Contribui com criatividade

    Ideias/alternativas/soluesPossibilidades/provocao

    No ao julgamento

    No precisa ser lgico

    Assenta na criatividade, inovao, descoberta de alternativas, provocaes e mudanas. Funcionacomo um ventilador de ideias, j que disponibiliza tempo e es pao para o pensamento criativo. graas a ele que se desenvolvem solues criativas para um problema. uma maneira exuberante depensar, onde h poucas crticas s ideias apresentadas. Existem vrias ferramentas de criatividade (porexemplo: brainstorming, brainwriting, mind maps) que podem ajudar.

    Que outras possibilidades existem?

    Podemos questionar a situao atual?

    E se segussemos o plano A?

    Porque no fazemos um brainstorming?

    Vamos imaginar esta soluo na prtica!

    FACILITADOR Ajuda a orientar o pensamentona direo certa

    Planeamento/organizaoFormulao do problema

    Controlo do processoResumos/concluses

    Utilizado quando necessria uma viso geral e um controlo do processo. No se focaliza no tema,mas sim no pensamento sobre o tema (metacognio). Identifica o estilo de pensamento que necessrio para estimular e progredir. Inclui o planeamento da sesso, os prximos passos, papis,responsabilidade, gesto do tempo, etc. habitualmente utilizado pela pessoa que preside sesso.Quando se depara com dificuldades devido falta de ideias, pode dirigir a atividade para o C hapuVerde. Quando so necessrios planos de contingncia, pode pedir opinio ao Chapu Preto e assimsucessivamente. Pode ter de impedir que algum membro mude o estilo de pensamento ou quecritique outro membro.

    Qual a nossa proposta de agenda?

    Quais so os pontos essenciais?Que chapu usamos agora?

    Qual nossa deciso?Quais as concluses?

    Quais os prximos passos?

  • 7/24/2019 Cranberry CBT 6 Chapeus Pensamento DeBono

    4/5

    Praa Nuno Rodrigues dos Santos, 7Piso 2, Salas 9 e 101600-171 LISBOA

    www.cranberryabc.com

    [email protected]

    Telef.: +351 217 217 400 4

    COMO PR EM PRTICA ESTE MTODOA tcnica dos Seis Chapus do Pensamento pode ser utilizada em diferentessituaes, nomeadamente na resoluo de problemas, na conduo de reunies oueventos, na tomada de decises, ou em qualquer circunstncia em que seja necessrioolhar uma situao sob diferentes perspetivas, dirimir conflitos de opinies, ou facilitaro trabalho colaborativo e criativo das equipas.

    Dependendo da natureza do assunto, problema ou deciso, os chapus podem serutilizados numa sequncia estruturada, conforme o exemplo apresentado.

    Passo Descrio Chapu

    1 Apresentar o tema, durao e procedimentos da sesso.

    2 Analisar a questo, apresentando os factos, histrico, anlises

    3 Verificar como se sentem em relao situao, como os afeta

    4 Gerar ideias sobre possveis causas e solues

    5 Avaliar os riscos, potenciais problemas, exequibilidade das solues

    6 Identificar as vantagens, os benefcios, procurar oportunidades

    7 Obter os sentimentos de todos sobre as solues alternativas

    8 Sintetizar e apresentar as concluses

    O Chapu Azul principalmente assumido pelo facilitador da sesso, que para alm deabrir e fechar os trabalhos, assinala as mudanas de chapus e certifica-se de que aslinhas de orientao acordadas so seguidas. Tem um particular papel na garantia deque todos participam e expressam as suas ideias na perspetiva do pensamento queesto a representar. Cabe tambm ao Chapu Azul ir fazendo snteses ao longo dasesso, minimizar crticas e interrupes, e gerir os tempos adequados durao e aosobjetivos da sesso.

    LINHAS DE ORIENTAO H seis chapus imaginrios* (ver figura 4) para colocar e tirar consoante o

    momento.

    Cada chapu tem uma cor diferente e representa um estilo de pensamento.

    Todos usam chapus de mesma cor no mesmo momento.

    Quando se troca de chapu, muda-se o modo de pensar.

    Define-se previamente um perodo de tempo para cada chapu.

    Em cada chapu, os contributos individuais podem ter uma ordem aleatria, ouseguir seguir uma sequncia definida; esta ltima pode ajudar o grupo a manterum nvel positivo de energia.

    Na sequncia seguinte, os chapus mudam de cor, o que obriga a mudar oenquadramento do pensamento, de modo a corresponder cor do chapu.

    Deve-se respeitar a interveno de cada participante, no interrompendo e nocriticando a pessoa.

    As intervenes so livres mas com alguma lgica, deixando-se porm liberdade imaginao no caso do Chapu Verde, o criativo.

    Um elevado grau de disparidade entre os participantes pode limitar a livreexpresso de ideias; por isso conveniente definir algumas regras de base.

    Um secretrio regista os contributos dados sob cada chapu.

    Resumem-se todos os contributos, utilizando tcnicas de organizao ouseleo, se desejvel.

    Podem usar-se para esse efeito outras tcnicas de criatividade, como obrainstorming e os mind maps, ou de resoluo de problemas, como odiagrama deParetoou o Ishikawa.

    O ciclo pode ser repetido para refinar e explorar mais ideias.

    * Sugesto: para uma aplicao mais dinmica e divertida, podem usar-sefisicamente chapus das diferentes cores por exemplo moldados ou dobradosem cartolinas coloridas.

  • 7/24/2019 Cranberry CBT 6 Chapeus Pensamento DeBono

    5/5

    Praa Nuno Rodrigues dos Santos, 7Piso 2, Salas 9 e 101600-171 LISBOA

    www.cranberryabc.com

    [email protected]

    Telef.: +351 217 217 400 5

    CONSIDERAES FINAIS

    O mtodo dos Seis Chapus do Pensamento uma boa tcnica para verificar os efeitosde uma deciso, a partir de vrios e diferentes pontos de vista. Permite a emoo e oceticismo necessrios quilo que seriam de outra forma apenas decises racionais. Abreuma janela de oportunidades para a criatividade, para a liberdade de expresso e para

    a experimentao de comportamentos que nos so menos familiares. Os planosdesenvolvidos atravs desta tcnica tendem a ser mais slidos e resistentes, porque criado um ambiente seguro para partilhar vises, receios, a lternativas e emoes.

    Com algumas adaptaes esta tcnica pode ser utilizada do ponto de vista dopensamento e preocupaes de diferentes profissionais (mdicos, arquitetos,comerciantes), de diferentes funes numa organizao (administrativos, operadores,vendedores..), nveis hierrquicos (operador, chefe de linha, supervisor, diretor),

    reas funcionais (financeiro, recursos humanos, marketing), ou da cadeia de valor(cliente, fornecedor, produtor), entre outros.

    BIBLIOGRAFIADe Bono, E. (1999). Six Thinking Hats. Boston, MA: Little, Brown and Company.

    Hill, L., Brandeau, G., Truelove, E., Lineback, K. (2015).The Capabilities YourOrganization Needs to Sustain Innovation. HBR.org.

    APLICAES

    A tcnica pode ter mltiplas aplicaes de que se destacam aqui algumas:

    Gesto da mudana Formulao de estratgia Resoluo de problemas

    Formao Investigao, desenvolvimento e inovao Coaching individual e de equipa

    A Cranberry ABC utiliza esta e outras ferramentas de criatividade nas suas

    intervenes nas organizaes.

    Consulte-nos!

    Para esclarecimentos adicionais, porfavor contactar:

    Isabel VilhenaPraa Nuno Rodrigues dos Santos, 7Piso 2Salas 9 e 101600-171 Lisboa

    +351 210 161 790 (w)+351 962 957 086 (m)

    [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]