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créduspulo

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Créduspulo Uma paródia de “Crepúsculo”

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Uma paródia por

Jeferson Rodrigo

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Aos fãs, por favor, não fiquem bravos. É apenas uma paródia e não queremos atingir ninguém.

A intenção dessa paródia é tirar de vocês boas risadas – e matar um pouco o tédio de cada um.

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Créduspulo – Uma paródia de “Crepúsculo”

Primeira edição – 2014

Editora PerSe

Paródia escrita inspirada na obra de Stephenie Meyer,

“Crepúsculo”. Todos os direitos legais reservados à autora.

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Capítulo 1

Oi, meu nome é Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella,

ou de linda, ou de maravilhosa, ou de qualquer outro nome

que me deixe mais bela. Enfim, isso não importa. Hoje é meu

primeiro dia de aula na escolinha mixuruca de Forks. Vim

morar com meu pai depois que minha mãe se prostituiu por

vinte reais. Eu achei isso um absurdo, e desde então, resolvi

morar com meu pai – que é viciado em Teletubbies – mas

pelo menos Teletubbies não é tão ruim quanto se prostituir –

por vinte reais ainda.

Eu tenho uma péssima mania de falar mal dos outros – mania

popularmente conhecida como fofoca. Sim, sou uma

fofoqueira. Mas não sou a Gossip Girl, ao contrário, nem blog

eu tenho. Sou uma burra quando o assunto é internet. Esse é

um dos meus motivos para vir morar em Forks, aqui não

existe internet. Essa cidadezinha de poucos habitantes – cinco

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mil se você não contar os vampiros – é calma e arejada. A

única coisa que me incomoda é o tempo, só chove. Ás vezes

chove mais dentro de casa do que fora, já falei para meu velho

consertar as goteiras, mas ele não tem tempo. Ele é policial, o

policial mais importante de Forks – apesar de que isso não é

desculpa para não contratar alguém para consertar essas

malditas goteiras.

— Senhorita Swan? Senhorita Swan?

Sou acordada de repente pelo meu professor, que joga o livro

na minha cara, fazendo com que eu volte a mim. Já estou na

sala de aula. Nossa como vim parar aqui? Tele-transporte?

Não, foram apenas minhas pernas que me trouxe para a sala.

— Desculpe professor Snape. Acho que estava boiando um

pouco.

O professor Severo Snape é assustador. Se ele não for um

vampiro eu posso jurar que ele é um bruxo. Só usa roupas

pretas e tem um cabelo longo – preto também. Assustador.

— Não boie mais senhorita Swan, se não serei obrigado a tirar

essa piscina da sala. – Respondeu ele, mostrando a piscina de

plástico onde tinha alguns alunos se refrescando.

— Tudo bem. – Falei.

Assim que saí da piscina, me sequei e voltei a sentar-se nas

mesas da sala. O tema da aula era Cinquenta tons de cinza.

Não gosto desse livro. Se eu quiser ver pornô eu posso alugar

alguns DVD’s – até mesmo porque o Blu-Ray ainda não

chegou em Forks. Peguei meu caderno e comecei a fazer

algumas anotações, quando de repente eu olho de relance para

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a lousa e dou de cara com alguém: Edward Eduardo Cullen.

OMG!

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Capítulo 2

Comecei a encará-lo nos olhos, parecia que o tempo tinha

parado – o que era mentira, já que é impossível o tempo parar.

Mas mesmo assim, a sensação que aqueles olhos me

causavam era diferente. Parecia que ele estava olhando para

outra pessoa do meu lado, talvez ele seja vesgo, não tenho

certeza.

— Com licença. Posso me sentar ao seu lado? – Falou ele, se

aproximando de mim.

— Oi, claro que pode, mas eu estou aqui. – Respondi

acenando, já que ele parecia estar falando com a cadeira vazia

ao meu lado.

É ele é vesgo.

Edward Eduardo Cullen é lindo. Nunca vi ninguém com esses

olhos – a não ser aqueles monstrinhos do Monstros S.A que

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eu assistia quando era criança – mas tirando isso, ele é

perfeito. Tirando também a pele super branca, o cabelo super

arrepiado – parece que ele tomou um choque de 220V – e

tirando seus dentes caninos enormes.

— Você é nova aqui? – Perguntou ele, me fazendo voltar dos

meus pensamentos.

— Sim esse é meu primeiro dia de aula. – Respondi meio

receosa. – E você?

— Considerando que hoje é o primeiro dia de aula da escola,

também é meu primeiro dia de aula aqui. – Respondeu ele.

— E porque você veio vestido assim? – Perguntei de repente,

sem perceber.

— Assim como? – Perguntou o gostoso.

— Com roupas da moda. Digo, essa calça deve ter custado os

olhos da cara. – Falei.

Edward se virou e me encarou nos olhos.

— Sim custou. – Respondeu ele, tirando um de seus olhos. –

Tanto que eu uso um olho de brinquedo, é uma prótese.

Ah, está explicado então porque ele é vesgo.

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Capítulo

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O sinal tocou para a hora do almoço. Sempre almoçamos ao

meio-dia, mas aqui em Forks, por estar sempre chovendo,

parece que estou jantando no lugar de almoçar. Assim que o

sinal tocou, peguei os meus materiais e enfiei-os na minha

mochila do Ben 10 – sim eu sou fã do Ben 10 – e saí

rapidamente da sala, minha conversa com o Edward Eduardo

não foi como eu esperava.

O refeitório era enorme. Cada tribo tinha sua mesa: tribo dos

índios, tribo dos nerds, tribo dos vampiros, tribo dos viciados

em Glee, tribo dos viciados em The Walking Dead e a tribo

das vadias – a qual me identifiquei perfeitamente.

— Olá gente. Posso me sentar com vocês? – Falei, chegando

perto a mesa.

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— Depende... Você é uma vadia? – Perguntou uma garota,

com a saia tão curta que talvez fosse melhor ela vir estudar

pelada.

Levantei minha camisa como resposta, mostrando meus seios.

— Ok, sente-se com a gente. – Respondeu a garota, encantada

com meus seios.

Eu adorei conversar com eles. Fiz amizade quase que

instantaneamente. O que um bom seio não faz né? Agora eu

era amiga da Jéssica, da Ângela e do Mike. Em meio à

conversa, eis que vejo o Edward Eduardo entrando no

refeitório com seus amigos brancos em câmera lenta.

— Quem são eles? – Perguntei meio receosa.

— São os Cullens Coalhados. – Respondeu Jéssica.

— Coalhados? – Perguntei. – Como assim?

— É, Coalhados. Porque eles sempre estão azedando o leite

de alguém.

Não entendi muito bem o que isso quer dizer, mas não insisti

na pergunta.

— E quem é aquela vadia? – Perguntei, olhando para a garota

de cabelos curtos.

— Aquela é a Hélice, dizem que ela é vidente. Tipo a Raven

de “As visões da Raven” já assistiu? – Respondeu Jéssica.

— Adoro essa série! – Falei, empolgada. – Você é fã?

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Foi só eu perguntar que ela tirou seu celular do bolso e me

mostrou uma página fã-clube no facebook.

— Ok. Já entendi. – Disse, voltando os olhos ao grupo dos

Cullens. – Vou pegar sobremesa já volto.

Saí rapidamente da mesa das vadias e fui buscar uma

sobremesa. Assim que coloquei quase toda a sobremesa no

meu prato, eu me viro e dou de cara com Edward Eduardo –

literalmente.

— Desculpe. – Falei, meio sem graça.

— A culpa foi minha. Meus olhos não ajudam muito.

— Por isso eu devia me orientar melhor que você. – Falei.

— Você quer sair comigo hoje? – Perguntou ele, de repente.

— Não sei se devo...

— Então tudo bem. – Ele se virou para ir embora, sem mais

nem menos.

— Espera! – Eu segurei seu braço e senti o frio de sua pele.

— O que foi? – Ele se virou, esperançoso.

— Você deixou cair sua dentadura. – Respondi, lhe

entregando a dentadura que caiu na minha sobremesa.

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Capítulo

4

Sobrevivi ao meu primeiro dia de aula na escolinha de Forks –

até mesmo porque é apenas uma escola – e assim que cheguei

em casa, vi meu pai parado ao lado de um lindo carro

vermelho do ano.

— Oi Bella querida, adivinha para quem é esse carro? – Falou

ele, vindo me abraçar.

— Pai, não precisava... – Respondi, negando o abraço dele e

correndo em direção ao carro.

Mal cheguei perto do carro quando alguém acelerou de

repente e saiu. Bom, acho que não era daquele carro que meu

pai estava falando.

— Bella? Está tudo bem? – Perguntou ele, se aproximando.

— Estou... – Me levantei. – Pensei que aquele carro era para

mim...

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— Você acha que sou louco de dar um carro caro do ano para

você? – Falou ele. – Aquele era o carro da vizinha. Esse é o

seu carro.

Meu pai então apontou para o outro lado do quintal,

mostrando um carro que mais parecia uma cambiarra

ambulante.

— Pai... Não precisava. – Disse, com uma cara de desgosto.

— Para você minha querida. Comprei no ferro velho, para

você sair de rolê com suas amigas e com seu gatinho. – Ele

piscou.

Fiquei sem graça e corei.

— Pai, eu não tenho nenhum gatinho...

— Claro que tem. – Ele respondeu me entregando um gatinho

amarelo e branco. – Ele se chama Bob.

Entendi, era desse gatinho que ele estava falando. Não do

gatinho Edward Eduardo Cullen.