Crenças de Pais de Alunos Sobre o Ensino Línguas Estrangeiras Liberato Santos Margarete Nogueira Vânia Rodrigues Vinicius Lemos

Crenças de Pais de Alunos Sobre o Ensino Línguas Crenças de Pais de Alunos Sobre o Ensino Línguas EstrangeirasEstrangeiras

Liberato SantosLiberato SantosMargarete NogueiraMargarete Nogueira

Vânia RodriguesVânia RodriguesVinicius LemosVinicius Lemos

Crenças de Pais de Alunos Sobre o Ensino de Língua Crenças de Pais de Alunos Sobre o Ensino de Língua EstrangeiraEstrangeira

Motivação para a pesquisa:Motivação para a pesquisa: alunos menores de idade ouvem e são expostos, alunos menores de idade ouvem e são expostos,

por motivos óbvios de hierarquia e fatores afetivos, por motivos óbvios de hierarquia e fatores afetivos, morais e financeiros, à opinião de seus pais quanto morais e financeiros, à opinião de seus pais quanto aos caminhos que devem seguir em seu processo aos caminhos que devem seguir em seu processo educacional, o que inclui a aprendizagem de línguas educacional, o que inclui a aprendizagem de línguas estrangeiras (LEs). As crenças dos pais sobre o estrangeiras (LEs). As crenças dos pais sobre o ensino-aprendizagem de LEs influenciam nas escolhas ensino-aprendizagem de LEs influenciam nas escolhas e rumos tomados por seus filhos aprendizes de LEs.e rumos tomados por seus filhos aprendizes de LEs.


Objetivo:Objetivo:Investigar as crenças de pais de alunos Investigar as crenças de pais de alunos

sobre ensino de línguas estrangeiras, para avaliar sobre ensino de línguas estrangeiras, para avaliar o impacto de suas crenças nas escolhas e o impacto de suas crenças nas escolhas e caminhos trilhados pelos filhos aprendizes de LEs. caminhos trilhados pelos filhos aprendizes de LEs.


Metodologia:Metodologia:Pesquisa qualitativa de base Pesquisa qualitativa de base etnográfica, com análise etnográfica, com análise contrastiva das respostas contrastiva das respostas fornecidas pelos participantes fornecidas pelos participantes em questionários, narrativas e em questionários, narrativas e entrevistas. Comparação entre entrevistas. Comparação entre relatos de pais pertencentes a relatos de pais pertencentes a classes sociais diferentes. classes sociais diferentes.


Para André (2003:27), “o termo (etnografia) tem dois Para André (2003:27), “o termo (etnografia) tem dois sentidos:sentidos:

(1) um conjunto de técnicas que eles usam para coletar (1) um conjunto de técnicas que eles usam para coletar dados sobre os valores, os hábitos, as crenças, as dados sobre os valores, os hábitos, as crenças, as práticas e os comportamentos de um grupo social;práticas e os comportamentos de um grupo social;

(2) um relato escrito resultante do emprego dessas (2) um relato escrito resultante do emprego dessas técnicas”.técnicas”.

Ainda de acordo com André (2003:28), a pesquisa de Ainda de acordo com André (2003:28), a pesquisa de cunho etnográfico utiliza técnicas típicas da cunho etnográfico utiliza técnicas típicas da etnografia como a observação participante, a etnografia como a observação participante, a entrevista intensiva e a análise de documentos. A entrevista intensiva e a análise de documentos. A pesquisa de cunho etnográfico foi desenvolvida pelos pesquisa de cunho etnográfico foi desenvolvida pelos antropólogos para estudar a cultura e a sociedade. antropólogos para estudar a cultura e a sociedade.

Crenças de Pais de Alunos Sobre Ensino de Língua EstrangeiraCrenças de Pais de Alunos Sobre Ensino de Língua Estrangeira

As entrevistas que serão feitas durante a pesquisa serão mais um As entrevistas que serão feitas durante a pesquisa serão mais um componente importante dessa pesquisa etnográfica, pois ela componente importante dessa pesquisa etnográfica, pois ela complementará a coleta de dados. Segundo Ludke e André complementará a coleta de dados. Segundo Ludke e André (1986:34), “a entrevista também pode criar condições para o (1986:34), “a entrevista também pode criar condições para o pesquisador aprofundar qualquer dado que não tenha sido pesquisador aprofundar qualquer dado que não tenha sido suficientemente colhido por meio de outras técnicas de coleta de suficientemente colhido por meio de outras técnicas de coleta de alcance mais superficial, como o questionário”.alcance mais superficial, como o questionário”.


Cenário:Cenário: Três (a cinco) famílias:Três (a cinco) famílias: 1) uma família de classe média alta na qual os filhos aprendem LE na 1) uma família de classe média alta na qual os filhos aprendem LE na escola privada em que estudam e também num instituto de idiomas;escola privada em que estudam e também num instituto de idiomas; 2) uma família de classe baixa na qual os filhos aprendem LE somente na 2) uma família de classe baixa na qual os filhos aprendem LE somente na escola pública em que estudam;escola pública em que estudam; 3) uma família de classe média-média na qual a mãe dos alunos é 3) uma família de classe média-média na qual a mãe dos alunos é secretária de uma instituto de idiomas; secretária de uma instituto de idiomas;


Instrumentos de Coleta de Instrumentos de Coleta de Dados:Dados:

1º1º: : questionário misto, com alguns questionário misto, com alguns itens fechados e outros abertos itens fechados e outros abertos

2º: narrativa escrita 2º: narrativa escrita

3º: entrevista semi-estruturada3º: entrevista semi-estruturada


Segundo Barcelos (2001), os questionários têm sido bastante utilizados na investigação de crenças por oferecerem várias vantagens, pois são menos ameaçadores e úteis se o pesquisador tem recursos limitados e não dispõe de muito tempo.

A entrevista semi-estruturada terá a função de esclarecer e expandir as idéias colocadas por escrito no questionário. Para Vieira Abrahão (2005:223), a entrevista semi-estruturada “é um instrumento que melhor se adéqua ao paradigma qualitativo por permitir interações ricas e respostas pessoais”.

A narrativa escrita possibilita aos participantes (pais de alunos) falarem sobre suas histórias de vida e experiências de aprendizagem de línguas e como elas refletiram na escolha da forma como seus filhos aprenderiam (ou aprenderão) uma LE. De acordo com Barcelos (2006:148), as “narrativas são referenciais através dos quais refletimos sobre nossas experiências e as reconstruímos baseados em novas percepções e experiências”.


Procedimentos para a análise dos dados: 1º) Análise documental das respostas fornecidas por escrito

no questionário e oralmente nas entrevistas gravadas.

2º) Análise das narrativas

3º) Triangulação das respostas fornecidas pelos respondentes nas três etapas da coleta de dados, para verificar concordâncias e discrepâncias.

4º) Entrevista final com os respondentes para apresentar a eles os resultados do trabalho e perguntar se eles têm algo a acrescentar ou a corrigir em função dos resultados da análise.


Contribuições do Estudo: revelar as crenças de um importante grupo de terceiros agentes, os pais, co-atores no processo de formação das crenças de seus filhos aprendizes e nas escolhas educacionais por eles feitas.


Instrumentos de pesquisa 1: Questionário misto:

1. Quantos filhos em idade escolar você tem? _________________________________

2. Qual o seu grau de instrução? ___________________________________________

3. Que língua estrangeira seu filho estuda atualmente na escola? ____________________________

O que você tem a dizer sobre a língua estrangeira que seu filho (ou sua filha) estuda na escola ? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Você acha importante que seu filho estude uma língua estrangeira? ____ Sim _____Não Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________


5. Que línguas estrangeiras você gostaria que seu filho estudasse? Numere de 1 a 4, sendo 1 a mais importante e 4 a menos importante.

___inglês ___alemão ___francês ___espanhol ___outros especificar ________

Por quê? _____________________________________________________________________

6. Qual o melhor lugar para se aprender uma língua estrangeira? Numere de 1 a 4 sendo 1 a mais importante e 4 a menos importante.

___ escola regular ___ curso de idiomas ___ no país em que a língua é falada ___ professor particular ___ outros. Especificar __________

Por quê? ____________________________________________________________

7. Qual a melhor idade para seu filho aprender uma língua estrangeira? ___ antes dos 4 anos de idade ___ entre 4 e 7 anos ___ entre 8 e 11 anos ___ entre 12 e 15 anos ___ acima de 15 anos ___outros. Especificar __________

Por quê? ____________________________________________________________


Instrumento de Pesquisa 2: Narrativa escrita:

Você alguma vez aprendeu uma língua estrangeira? Sim ________ Não _________

Caso afirmativo, que língua estrangeira você aprendeu? __________________

O que você achou da experiência de aprender uma língua estrangeira? Como você acha que sua experiência influenciou a forma como você

orienta seu filho com relação a aprendizagem de uma língua estrangeira?


Instrumento de Pesquisa 3: Entrevista semi-estruturada:

(Fala do pesquisador para o participante): Vamos aproveitar este momento para juntos lermos as respostas que você forneceu no questionário e você terá alguns minutos para comentar o que respondeu, falar alguma coisa a mais ou acrescentar algo que já tenha sido dito, OK?


Referências:

ANDRÉ, M. Etnografia Da Prática Escolar. Campinas: Papirus, 2003.

BARCELOS, A. M. F. Narrativas, crenças e experiências de aprender inglês. Linguagem & Ensino, v.9, n.2, 2006.

BARCELOS, A.M.F. Metodologia de pesquisa das crenças sobre aprendizagem de línguas: estado da arte. Revista Brasileira de Lingüística Aplicada, v.1, n.1, 2001: 71-92.

LUDKE, M. & ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

VIEIRA ABRAHÃO, M. H. Metodologia na investigação das crenças. In: BARCELOS, A. M. F. & VIEIRA ABRHÃO, M. H. (Orgs.). Crenças e ensino de línguas: foco no professor, no aluno e na formação de professores. Campinas , Pontes Editores, 2005.


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