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www.congressousp.fipecafi.org Processos de inovação, práticas de sustentabilidade e desempenho organizacional CRISTIAN BAÚ DAL MAGRO Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) GABRIELA BERTOLETTI JOHANN Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) CLEUNICE ZANELLA Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) SADY MAZZIONI Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) Resumo As empresas estão em constantes mudanças para atender às demandas que surgem rapidamente e, estas adaptações ao ambiente em que estão inseridas envolvem inovações de diversos tipos. Dentre as novas demandas, constata-se a crescente preocupação dos clientes com as práticas socioambientais das empresas com as quais se relacionam. O objetivo do estudo é avaliar a influência dos processos de inovação e das práticas socioambientais no desempenho sustentável de empresas industriais. A coleta de dados ocorreu por meio do uso de questionário e a análise dos dados foi realizada valendo-se de regressão linear múltipla. A estrutura do questionário considerou os processos de inovação (produto, processos, organizacional e de marketing), práticas de sustentabilidade (econômica, ambiental e social) e elementos de desempenho sustentável. Os achados apontam que a introdução de produto novo existente no mercado, um sistema logístico novo e novas técnicas de gestão ambiental influenciam a adoção de práticas de sustentabilidade. A introdução de produto novo existente no mercado, introdução de produto novo para o mercado e a introdução de nova mídia/marketing influenciam significativamente o desempenho sustentável. Além disso, os processos de inovação de produto (IPD), as práticas de sustentabilidade social (PSS) e ambiental (PSA) e a moderação de inovação de produto (IPD) com as práticas de sustentabilidade (PS) influenciam significativamente o desempenho sustentável. Palavras-chave: Inovação, Sustentabilidade, Desempenho.

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Processos de inovação, práticas de sustentabilidade e desempenho organizacional

CRISTIAN BAÚ DAL MAGRO

Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó)

GABRIELA BERTOLETTI JOHANN

Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó)

CLEUNICE ZANELLA

Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó)

SADY MAZZIONI

Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó)

Resumo

As empresas estão em constantes mudanças para atender às demandas que surgem rapidamente

e, estas adaptações ao ambiente em que estão inseridas envolvem inovações de diversos tipos.

Dentre as novas demandas, constata-se a crescente preocupação dos clientes com as práticas

socioambientais das empresas com as quais se relacionam. O objetivo do estudo é avaliar a

influência dos processos de inovação e das práticas socioambientais no desempenho sustentável

de empresas industriais. A coleta de dados ocorreu por meio do uso de questionário e a análise

dos dados foi realizada valendo-se de regressão linear múltipla. A estrutura do questionário

considerou os processos de inovação (produto, processos, organizacional e de marketing),

práticas de sustentabilidade (econômica, ambiental e social) e elementos de desempenho

sustentável. Os achados apontam que a introdução de produto novo existente no mercado, um

sistema logístico novo e novas técnicas de gestão ambiental influenciam a adoção de práticas

de sustentabilidade. A introdução de produto novo existente no mercado, introdução de produto

novo para o mercado e a introdução de nova mídia/marketing influenciam significativamente o

desempenho sustentável. Além disso, os processos de inovação de produto (IPD), as práticas

de sustentabilidade social (PSS) e ambiental (PSA) e a moderação de inovação de produto (IPD)

com as práticas de sustentabilidade (PS) influenciam significativamente o desempenho

sustentável.

Palavras-chave: Inovação, Sustentabilidade, Desempenho.

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1 Introdução

A inovação como fator chave para um desenvolvimento robusto tanto em nível de país

quanto em nível de empresa já é um fato amplamente aceito entre acadêmicos, profissionais e

representantes do governo (Kahn, 2018; Gunday, Ulusoy, Kilic & Alpkan, 2011). Neste

cenário, tem-se ainda a busca pela diminuição da desigualdade social e a preocupação com a

finitude dos recursos naturais, que são questões cada vez mais presentes e que fomentam

discussões acerca das formas alternativas para utilização dos recursos prejudiciais ao meio

ambiente (Bocken, Ritala, Albareda & Verbung, 2019; Silvestre & Tîrca, 2019).

É inegável que o cenário está cada vez mais favorável para as empresas que conseguem

aliar conhecimento e tecnologia para inovar em produtos ou serviços e que há evolução no

desempenho das empresas decorrentes dessas técnicas (Gunday, Ulusoy et al., 2011; Tidd &

Bessant, 2015). Porém, as inovações precisam considerar como adicional aos resultados

econômicos, os aspectos socioambientais. Nos últimos anos, tem havido certa integração entre

inovação e sustentabilidade buscando-se num futuro próximo almejar um pensamento único de

ambos conceitos (Nidumolu, Prahalad & Rangaswami, 2013; Albareda & Hajikhani, 2019).

Bocken, Ritala et al. (2019) argumentam que a inovação orientada à sustentabilidade

(IOS) mostra múltiplos níveis de ações necessários para interligar liderança sustentável

individual e empreendedorismo aos outros níveis de transformação organizacional e, sistemas

de transição em direção a um desenvolvimento sustentável. Adicionalmente, estes desafios se

transformam em oportunidades de negócios que solucionem problemas e, como consequência

gera melhor desempenho para organizações inovadoras.

A literatura comprova que ocorre melhoria no desempenho econômico, ambiental e social

das empresas, quando buscam resolver os desafios socioambientais por meio de novos

produtos/serviços e processos (Nidumolu, Prahalad et al., 2013; Kneipp, Gomes, Bichueti,

Müller & Motke, 2018 Albareda & Hajikhani, 2019). As inovações em produtos/serviços que

consideram aspectos como otimização de matéria-prima, utilização de materiais que permitam

a reciclagem e componentes de menor impacto ambiental, tendem a impactar positivamente nos

resultados econômicos e ambientais das empresas, pois além de diminuir o impacto ambiental,

os custos tendem a diminuir pelo uso mais eficiente dos recursos (Lin, Tan & Geng, 2013;

Ramadani, Hisrich, Abazi-Alili, Dana, Panthi & Abazi-Bexheti, 2019).

A inovação de processos (IPC) afeta positivamente o desempenho econômico das

empresas, e quando aliada às práticas de sustentabilidade ambiental, tendem a melhorar o

desempenho ambiental, pois levam à redução do desperdício de água, energia e matéria-prima

ao passo que se implementa novos softwares de apoio à produção e transporte, que também

diminuem o desperdício de combustíveis fósseis (González-García, Lozano, Moreira &

Gabarrell 2012; Knneip, Gomes et al., 2018).

E a inovação organizacional e de marketing (IOM), quando aliada às práticas

socioambientais tem o potencial para melhorar o desempenho econômico, social e ambiental.

Isso ocorre porque permite abrir novos mercados por meio de novas técnicas de promoção dos

produtos (como embalagens retornáveis ou biodegradáveis), novos formatos de relacionamento

com stakeholders que potencializem as ações sustentáveis, dentre outras inúmeras formas de se

pensar este tipo de inovação aliada à sustentabilidade (Nidumolu, Prahalad et al., 2013;

Guererro-Villegas, Sierra-García & Palacios-Florencio, 2018).

Desde o final da década de 1980, tem-se discutido a respeito de IOS, mas na maior parte

do tempo o foco foram as grandes empresas. Nas últimas décadas as Micro, Pequenas e Médias

Empresas passaram a ser alvo de estudos, por sua representatividade no mercado mundial e

flexibilidade para adaptação, sendo reconhecidas como grandes contribuintes do

desenvolvimento sustentável (Klewitz & Hansen, 2013).

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Atendendo ao contexto sugerido por Klewitz e Hansen (2013), foram escolhidas como

população desse estudo as empresas industriais da região de Chapecó. A escolha justifica-se

pela relevância econômica que a região tem para o estado de Santa Catarina, pois de acordo

com o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, 2013), a

Macrorregião Oeste está em 4º lugar na contribuição com o PIB do estado e, dentro desse

cenário, ressalta-se que as Micro e Pequenas Empresas constituem 98,90% das empresas.

A partir desse contexto, questiona-se: qual a influência dos processos de inovação e das

práticas socioambientais no desempenho sustentável das empresas industriais da região de

Chapecó. O objetivo é avaliar a influência dos processos de inovação e das práticas

socioambientais no desempenho sustentável de empresas industriais da região de Chapecó.

Descobrir como tornar a empresa mais sustentável considerando os aspectos do Triple

Bottom Line (TBL) ainda é um grande desafio aos gestores, por um imaginado trade-off entre

adoção de práticas de sustentabilidade e a lucratividade da empresa, ou pela necessidade de

abrir mão da competitividade para terem uma empresa sustentável (Nidumolu, Prahalad et al.,

2013; Adams, Jeanrenaud, Bessant, Denyer & Overy, 2016). Ocorre, também, que muitos

gestores ainda não sabem de que forma tornar seu negócio mais sustentável do ponto de vista

socioambiental (Adams, Jeanrenaud et al., 2016).

O desenvolvimento do estudo justifica-se por apresentar evidências empíricas de que a

inovação aliada às práticas de sustentabilidade pode melhorar o desempenho sustentável da

empresa nas dimensões econômica social e ambiental. A abordagem supre uma carência

indicada na literatura sobre IOS em pequenas e médias empresas. Os resultados podem ser de

interesse acadêmico e dos gestores, que ao buscar a inovação a fim de melhorar ou implementar

novas práticas de sustentabilidade podem gerar ganhos econômicos decorrentes da diminuição

de custos e da melhoria da imagem da empresa, por exemplo.

A originalidade da investigação reside na amplitude do constructo utilizado, ao considerar

a inovação em produto, processo, organizacional e de marketing, práticas sustentáveis na

dimensão econômica, ambiental e social e o reflexo direto e moderado sobre os resultados

econômicos, ambientais, sociais e de modo global. Esta contribuição ajuda a suprir o

apontamento realizado por Das (2017), de que a maior parte dos estudos considera apenas a

dimensão ambiental ou social das práticas de sustentabilidade e enfoca apenas a dimensão

econômica de desempenho, bem como tratam apenas de determinados aspectos da inovação.

2 Referencial Teórico

Nesta seção, aborda-se a inter-relação da inovação, sustentabilidade e desempenho

sustentável e Inovação Orientada à Sustentabilidade (IOS), com o intuito de embasar as

hipóteses e a discussão dos resultados.

2.1 Inovação, sustentabilidade e desempenho empresarial

A inovação, segundo o Manual de Oslo (2005), envolve a implementação de um produto

(ou serviço) novo ou significativamente melhorado, novo processo, ou novo método de

marketing. Pode ser ainda um novo método organizacional nas práticas de negócios, na

organização do local de trabalho ou nas relações externas, sendo o aspecto fundamental de uma

inovação sua implementação (Manual de Oslo, 2005). Não há como negar que a inovação é

vital para a sobrevivência, crescimento e vantagens competitivas das empresas (Teece, 2010).

De acordo com a última versão do Manual de Oslo (2018), IPD é definido como um

bem ou serviço que difere significativamente dos produtos/serviços anteriormente

comercializados pela empresa. Já o IPC é definido como um processo novo ou melhorado

(Manual de Oslo, 2018), relacionado à atividade de produção e entrega de produtos para a venda

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e aqueles relacionados ao suporte dessas atividades, como técnicas, equipamentos e softwares

novos ou substancialmente melhoradas em atividades de suporte à produção.

Quanto ao conceito de inovação organizacional, o Manual de Oslo (2005) trata como

um fator de apoio às inovações de produto e processo, com potencial para impactar o

desempenho da empresa, tratando de melhorias na qualidade e eficiência do trabalho, da troca

de informações e da capacidade da empresa de aprender e utilizar conhecimentos e tecnologias.

A inovação de marketing, que teve seu conceito apresentado pela primeira vez no

Manual de Oslo (2005), envolve a implementação de novos métodos de marketing com

mudanças significativas na concepção do produto ou em sua embalagem e desenvolvimento de

novas formas de comunicação e promoção dos produtos ou serviços.

Diante deste cenário, a vantagem competitiva pode advir de fatores como tamanho ou

patrimônio, mas o cenário econômico está cada vez mais a favor das organizações que

conseguem aliar conhecimento e avanços tecnológicos para inovar em produtos/serviços ou na

forma como os ofertam e/ou produzem (Tidd & Bessant, 2015).

Gunday, Ritala et al. (2011) argumentam que a inovação, de um modo geral, traz

perceptíveis evoluções no desempenho das empresas. Ao analisar empresas de manufatura, os

autores sugerem que os gestores deveriam concentrar esforços nas inovações de produto e

processo para atingir o desenvolvimento sustentável.

A IPD está positivamente associada ao desempenho de empresas e os gestores devem

procurar desenvolver uma estratégia clara de inovação que os ajude a perceber o impacto da

P&D, da própria inovação e do empreendedorismo no desempenho da empresa (Ramadani et

al., 2019). Dependendo da forma como é conduzida, a IPD tem o potencial de melhorar o

desempenho da dimensão ambiental das empresas, pois produtos ou serviços novos ou

significativamente melhorados podem diminuir a emissão de gases poluentes e reduzir

utilização de materiais prejudiciais ao meio ambiente. Empresas que investem neste tipo de

inovação, não apenas melhoram seus indicadores ambientais, como também alavancam sua

participação no mercado (Lin, Tan et al., 2013; Huang & Li, 2015).

Tuan, Nhan, Giang e Ngoc (2016) encontraram evidências de que alguns tipos de

inovação são mais importantes para melhorar o desempenho de inovação e esta, por sua vez,

pode melhorar o desempenho da empresa como um todo. Segundo os autores, as empresas

deveriam concentrar esforços em IPC e IOM, pois influenciam positivamente no desempenho

financeiro, de produção e de mercado.

Em um estudo qualitativo que analisou os processos de inovação aliados às práticas de

sustentabilidade de multinacionais brasileiras, Marcon, Medeiros e Ribeiro (2017) indicam que

muitas empresas investem em ações para conscientizar fornecedores, clientes e comunidade do

entorno sobre a importância do cuidado ao meio ambiente. Os autores ressaltam o caso da

Natura que investe em centros de inovação e financiam pesquisas sobre biodiversidade,

agronomia e sustentabilidade, ao passo que outras empresas focam sua estratégia de

comunicação para propagar um consumo mais sustentável e consciente.

Em um estudo quantitativo com 121 vinícolas espanholas, Guerrero-Villegas, Sierra-

García e Palacios-Florencio (2018) encontraram evidências de que as práticas de

responsabilidade social influenciam positivamente a relação entre inovação e desempenho,

utilizando o ROA (Retorno sobre os ativos) como indicador de desempenho, considerando que

este reflete o retorno dos investimentos nas práticas sociais.

A partir dos achados na literatura prévia e com o intuito de atender aos objetivos da

pesquisa, apresentam-se as seguintes hipóteses:

H1: o processo de inovação de produto (IPD) influencia positivamente as práticas de

sustentabilidade (PS);

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H2: a inovação de processos (IPC) influencia positivamente as práticas de sustentabilidade (PS);

H3: a inovação organizacional e de marketing (IOM) influencia positivamente as práticas de

sustentabilidade (PS);

H4: os processos de inovação (PI) influenciam positivamente o desempenho em

sustentabilidade das empresas (DS).

No entendimento de Eccles, Ioannou e Serafiem (2014), as empresas que se preocupam

com a sustentabilidade acabam desenvolvendo mecanismos de governança para assuntos

socioambientais, buscando um engajamento profundo de seus stakeholders, elaborando

estratégias para efetivar práticas em prol do meio ambiente e da sociedade, adotando práticas

como emissão de relatórios, comunicação interna e externa, análise de indicadores não

financeiros sobre os funcionários e estabelecimento de padrões socioambientais na seleção de

fornecedores.

Zhu, Liu e Lai (2016) verificaram que empresas estatais chinesas que implantaram

práticas na melhoria da segurança no trabalho, responsabilidade política e direitos humanos, e

como consequência tiveram melhoria no desempenho social e financeiro. Os autores

verificaram que estas práticas tiveram grande impacto positivo na imagem das empresas, no

cenário internacional e também na satisfação dos funcionários no trabalho.

Agudo-Valiente, Garces-Ayerbe e Salvador-Figueiras (2015) também encontraram

relação positiva entre a forma com que as empresas geram a interação e comunicação com os

stakeholders e o desempenho de responsabilidade social. Estabelecer canais de comunicação

com os diferentes stakeholders permite a identificação de demandas e expectativas,

possibilitando melhorar o desempenho de práticas sociais, pois a empresa consegue concentrar

esforços no que é realmente importante para os clientes, funcionários e comunidade (Agudo-

Valiente & Garces-Ayerbe et al., 2015).

Zhang, Rong e Ji (2018), ao analisarem empresas governamentais chinesas, constataram

que patentes de produtos ecologicamente corretos estão positivamente associadas ao

desempenho das empresas quanto ao crescimento das vendas e lucro líquido. Além disso, a

capacidade das empresas de adotar práticas ambientais que tenham foco em diminuir o consumo

de energia e a poluição, bem como estabelecer parcerias com fornecedores e outras instituições

para a implantação dessas práticas, impacta positivamente no desempenho de mercado das

empresas (Dangelico & Pontrandolfo, 2015). Segundo os autores, essas práticas melhoram o

desempenho pois possibilitam a abertura de novos mercados e aumentam a probabilidade de os

clientes aceitarem pagar um valor maior por um produto ambientalmente sustentável.

2.2 Inovação orientada à sustentabilidade (IOS)

Bocken, Ritala et al. (2019) apresentam o conceito de IOS como a introdução de

produtos, serviços ou sistemas radicalmente inovadores ou melhorados que trazem benefícios

ambientais e/ou sociais maiores em relação ao que já existe. O estudo bibliográfico de Silvestre

e Tîrca (2019) indica que o total de citações sobre IOS tem crescido exponencialmente desde

2006, demonstrando a importância do desenvolvimento sustentável (aquele que considera as

três dimensões do TBL focando nas práticas de inovação (Albareda & Hajikhani, 2019).

A literatura acerca da IOS aborda cinco objetivos-chave para a discussão: estratégico,

operacional, organizacional, colaborativo (com stakeholders) e mudanças sistêmicas de IOS

(Albareda & Hajikhani, 2019). Tem-se ainda uma crescente disseminação e interação entre a

gestão de negócios e a pesquisa na área da IOS, ou seja, os gestores estão realizando mudanças

em direção a esse tipo de inovação, enquanto exploram novos modelos de negócios e criam ou

“co-criam” produtos e/ou serviços sustentáveis (Albareda & Hajikhani, 2019).

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García-Granero, Piedra-Muñoz e Galeano-Gomez (2018) identificaram na literatura os

trinta principais indicadores de desempenho de eco-inovação, classificando-os em inovação de

produto, processo, organizacional e de marketing, conforme demonstrado no Tabela 1. Tabela 1

Indicadores chave da eco-inovação

Produto

Utilização de novos materiais mais limpos ou com menor impacto ambiental; Uso de

materiais reciclados; Redução ou otimização do uso de matéria-prima; Redução do número

de componentes por produto; Produtos com ciclo de vida mais longo; Produtos que possam

ser reciclados.

Processo

Redução do desperdício de produtos químicos; Redução do desperdício de água; Redução do

desperdício de energia; Manutenção do mínimo desperdício; Reutilização de componentes;

Reciclagem de resíduos, água e materiais; Uso de tecnologias ecologicamente corretas; Uso

de energia renovável; Pesquisa e Desenvolvimento; Aquisição de maquinário e software;

Aquisição de licenças e patentes.

Organizacional

Recursos humanos “verde”; Prevenção da poluição das fábricas; Estabelecimentos de

objetivos ambientais; Auditoria ambiental; Consultoria ambiental; Investimento em pesquisa;

Cooperação com stakeholders; Abertura de novos mercados; Utilização de novos sistemas de

gestão (para a manufatura e transporte).

Marketing Designs de embalagens mais ecologicamente corretos; Certificações de qualidade.

Fonte: García-Granero, Piedra-Muñoz et al. (2018).

De acordo com González-García, Lozano, Moreira, Gabarrell, i Pons, Feijoo e Murphy

(2012), a eco-inovação em produto pode ser uma forma de diminuir o impacto ambiental das

empresas pois, dessa forma, podem elaborar um design ecológico dos produtos, melhorando

seu desempenho ambiental. Este impacto somente ocorre se esse novo design utilizar medidas

de reutilização dos resíduos, otimização do uso da matéria-prima, redução do uso de energia da

fabricação, por exemplo (González-García, Lozano et al., 2012; Kneipp, Gomes et al., 2018).

De modo geral, a IOS é vista como um processo e como um resultado da busca por

melhoria dos aspectos econômicos, sociais e ambientais na criação de valor (Bocken, Ritala et

al., 2019). Portanto, é sugerido que um campo de pesquisa chamado “Inovação para a

Sustentabilidade” não será mais necessário no futuro, uma vez que todo o tipo de inovação terá

o objetivo de implicar positivamente no TBL (Bocken, Ritala et al., 2019).

Somado a isso, estudos indicam que as empresas que investem em processos de IOS

tendem a ter desempenho financeiro superior. Isso decorre do fato de que empresas que buscam

desenvolver processos, produtos ou serviços que prejudiquem menos o meio ambiente, por

exemplo, melhoram a imagem da empresa, conquistando melhor reputação e legitimidade

perante os stakeholders, o que gera aumento na receita bruta além de reduzir custos

operacionais (Aguilera-Caracuel & Ortiz-de-Mandojana, 2013).

Ghassim e Bogers (2019) verificaram que a IOS liga o engajamento dos stakeholders

com a lucratividade das empresas da indústria da mineração. Ou seja, a capacidade da empresa

de desenvolver IOS é melhorada pelo engajamento dos stakeholders, pois permite obter uma

ampla gama de conhecimento que dará suporte aos esforços e resultados das inovações. Com

maior capacidade para inovar, focando na sustentabilidade, a lucratividade da empresa tende a

ser maior e o engajamento dos stakeholders ajuda a superar as incertezas da inovação,

preenchendo as lacunas de conhecimento (Ghassim & Bogers, 2019).

Maletic, Maletic, Dahlgaard, Dahlgaard-Park e Gomišček (2016) também encontram

evidências empíricas de que a inovação, quando é orientada por práticas de sustentabilidade,

tem a capacidade de melhorar os resultados econômicos e não econômicos das empresas. Os

autores verificaram o efeito da IOS sobre o desempenho econômico, de qualidade, de inovação,

ambiental e social, encontrando relação positiva entre as práticas de IOS e o desempenho

ambiental e também entre o desenvolvimento de competência para efetivar inovações e

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melhorar o desempenho econômico de empresas industriais e prestadoras de serviço de cinco

países (Alemanha, Polônia, Sérvia, Eslovênia e Espanha).

Muitos empresários ainda agem como se tivessem que escolher entre produtos e/ou

serviços que envolvam design e processos melhores do ponto de vista socioambiental e os

benefícios financeiros. Porém, não percebem que quando os princípios do TBL guiam os

processos de inovação, os custos tendem a diminuir pelo uso mais eficiente dos recursos e por

processos que geram menos desperdício e que a imagem da empresa melhora, ou seja, este novo

cenário beneficia as empresas mais sustentáveis (Nidumolu, Prahalad et al., 2013).

Considerando o embasamento teórico exposto e com o intuito de atender aos objetivos

da pesquisa são propostas as seguintes hipóteses:

H5: a inovação e as práticas de sustentabilidade influenciam positivamente o desempenho em

sustentabilidade ambiental das empresas.

H6: as práticas de sustentabilidade melhoram a relação entre inovação e o desempenho em

sustentabilidade ambiental das empresas;

H7: a inovação e as práticas de sustentabilidade influenciam positivamente o desempenho em

sustentabilidade social das empresas;

H8: as práticas de sustentabilidade melhoram a relação entre inovação e o desempenho em

sustentabilidade social das empresas;

H9: a inovação e as práticas de sustentabilidade influenciam positivamente o desempenho em

sustentabilidade econômica das empresas;

H10: as práticas de sustentabilidade melhoram a relação entre inovação e o desempenho em

sustentabilidade social das empresas;

H11: a inovação e práticas de sustentabilidade influenciam positivamente o desempenho em

sustentabilidade econômica das empresas;

H12: as práticas de sustentabilidade melhoram a relação entre inovação e o desempenho em

sustentabilidade social das empresas.

3 Procedimentos Metodológicos

A pesquisa caracteriza-se como descritiva e apresenta abordagem quantitativa, uma vez

que foi verificado estatisticamente a influência dos processos de inovação e das práticas de

sustentabilidade no desempenho das empresas industriais da região de Chapecó. A população

da pesquisa compreendeu as empresas industriais localizadas na região de Chapecó, Santa

Catarina. A amostra ficou constituída por acessibilidade, conforme demonstrado na Tabela 2.

Foram excluídas apenas as empresas que faziam parte do mesmo grupo econômico. Tabela 2

População da pesquisa e respostas obtidas

Número de empresas N Saldo

Empresas do setor industrial (população) 288 288 Total de respostas obtidas 66 66

Fazem parte do mesmo grupo econômico 3 285 Amostra de questionários válidos 63 63

Fonte: elaborada pelos autores

Como técnica para levantamento dos dados foi utilizado questionário composto de 57

questões com uso de escala Likert de 5 pontos. O questionário foi aplicado por meio eletrônico

nos meses de outubro e novembro de 2019. Devido à extensão do questionário, os constructos

da pesquisa encontram-se no Apêndice A.

Para realizar a análise, foram calculadas as médias aritméticas das práticas de

sustentabilidade, considerando as práticas ambientais, sociais e econômica. Também foi

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calculado o desempenho sustentável, construído pelas médias do desempenho ambiental, social

e econômico.

Foram aferidas análises fatoriais e o teste de confiabilidade de cada constructo, bem

como a análise da estatística descritiva. Aplicou o teste de confiabilidade por meio do Alfa de

Cronbach, tendo 0,7 como resultado mínimo. Os constructos referentes aos processos de

inovação apresentaram Alfa de Cronbach de 0,871, as práticas de sustentabilidade apresentaram

resultado de 0,835 e o desempenho sustentável um Alfa de Cronbach de 0,835, permitindo

validar os modelos. Para análise das hipóteses utilizou-se da regressão linear múltipla. Todos

os modelos estatísticos foram aplicados com uso do software SPSS.

4 Análise e Interpretação dos Resultados

Nesta seção são analisados os dados correspondentes à estatística descritiva dos dados

obtidos e a relação entre as variáveis por meio de regressão estatística.

4.1 Análise e Discussão dos Resultados

A fim de verificar a confiabilidade e validade interna dos dados da pesquisa, foram

analisadas as médias e o desvio dos constructos de inovação de produto (IPD), inovação de

processo (IPC), inovação organizacional e de marketing (IOM), práticas de sustentabilidade

econômica (PSE), social (PSS) e ambiental (PSA) de sustentabilidade e desempenho em

sustentabilidade econômica, ambiental e social, conforme Tabela 3. Tabela 3

Análise descritiva dos atributos de inovação, das práticas de sustentabilidade e do desempenho

Painel A – Processos de Inovação Mínimo Máximo Média Desvio-padrão IPD 1 5 3,45 1,13 IPC 1 5 3,11 1,08

IOM

(IOM( (IOM)

1 5 3,19 0,89

Processos de Inovação (PI) 1 5 3,23 0,91

Painel B – Práticas de Sustentabilidade Mínimo Máximo Média Desvio-padrão

PSE 2,33 5 3,90 0,62

PSS 1,50 5 3,42 0,86

PSA 1,67 5 3,82 0,81 Práticas de Sustentabilidade (PS) 2,19 4,95 3,71 0,66

Painel C – Desempenho em Sustentabilidade Mínimo Máximo Média Desvio-padrão

DSE 2 5 3,67 0,76 DSA 1 5 3,25 0,92

DSS 2,20 5 3,59 0,79

Desempenho em Sustentabilidade (DS) 1,83 5 3,52 0,72

IPD – Processos de Inovação de Produto; IPC – Inovação de Processos; IOM – Inovação Organizacional e de

Marketing; PI – Processos de Inovação; PSE – Práticas de Sustentabilidade Econômica; Práticas de

Sustentabilidade Social; PSA - Práticas de Sustentabilidade Ambiental; PS – Práticas de Sustentabilidade; DSE

– Desempenho em Sustentabilidade Econômica; DSA – Desempenho em Sustentabilidade Ambiental; DSS –

Desempenho em Sustentabilidade Social; DS – Desempenho em Sustentabilidade.

Fonte: Dados da pesquisa

No questionário foi utilizada a escala Likert de 1 a 5 e o Painel A da Tabela 3 demonstra

as médias do constructo de IPD (3,45), de IPC (3,11), IOM (3,19). Todos os atributos

apresentaram média superior a 3 e, de modo geral, as empresas têm investido mais em inovação

de produto, que pode ganhar prioridade quando se foca em ganho de mercado.

O Painel B da Tabela 3 demonstra as médias das PSE (3,90), PSS (3,42), PSA (3,82) e

a PS (3,71). Todos os atributos apresentaram média superior a 3 e, de modo geral, as empresas

apresentaram destaque para a prática de sustentabilidade econômica. A prática de

sustentabilidade social apresentou o menor desempenho, abaixo da média global das práticas.

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O Painel C da Tabela 3 apresenta a média dos constructos de DSE (3,67), DSA (3,25),

DSS (3,59) e também o DS (3,52). Percebe-se que o maior impacto esperado está relacionado

com os resultados econômicos e os menores resultados esperados são os ambientais, abaixo da

média global. A Tabela 4 apresenta os resultados da influência dos atributos individuais de

inovação nas práticas de sustentabilidade das empresas investigadas. Tabela 4

Influência da inovação nas práticas de sustentabilidade

Variável dependente: Práticas de sustentabilidade (PS) Variáveis explicativas Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3

Coef. B Sig. Coef. B Sig. Coef. B Sig.

IPD1 Produto novo existente mercado -0,165

0,240

IPD2 Mudança estética 0,198

0,163

IPD3 Produto novo mercado 0,481*

0,001

IPC1 Método produção novo 0,102

0,520

IPC2 Sistema logístico novo 0,332**

0,037

IPC3 Novas técnicas apoio 0,097

0,514

IPC4 Novas técnicas gestão 0,004

0,976

IOM1 Novas técnicas gestão ambiental 0,393*

0,002

IOM2 Mudança relação parceria 0,039

0,766

IOM3 Nova mídia marketing 0,165

0,201

IOM4 Nova organização trabalho 0,192

0,121

Estatística F 7,641* 4,068* 5,677* R² ajustado 0,243 0,165 0,232

VIF 1,527 até 1,601 1,227 até 1,859 1,169 até 1,379 DW 1,614 1,622 1,744 ** significância a 5%; * significância a 1%

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados apresentados nos modelos 1 (IPD), 2 (IPC) e 3 (IOM) da Tabela 4, não

permitem rejeitar as hipóteses H1, H2 e H3, dada a significância das variáveis independentes,

em conjunto, sobre a variável dependente (estatística F).

Individualmente, o lançamento de um produto novo ou significativamente melhorado

para o mercado, a introdução de um sistema logístico novo ou significativamente melhorado

tanto para logística de entrada quanto de saída e o investimento em novas técnicas de gestão

ambiental influenciam positivamente a adoção de práticas de sustentabilidade. Os resultados

sugerem que quando as empresas investigadas adotam os processos inovativos, o fazem com o

intuito de melhorar suas práticas de sustentabilidade.

Os resultados da influência dos atributos de IPD sobre as PS são coerentes com os

estudos de Lin, Tan et al. (2013); para a inovação de processos e inovação organizacional e de

marketing, os resultados são correntes com os estudos de García-Granero, Piedra-Muñoz et al.

(2018). Os achados reforçam o pressuposto de que as empresas com consciência socioambiental

desenvolvem práticas e mecanismos de controle e buscam efetivar estratégias em prol da

sociedade e do meio ambiente (Eccles, Ioannou et al., 2014).

A Tabela 5 apresenta os resultados da influência dos atributos individuais de inovação

no Desempenho sustentável das empresas investigadas. Tabela 5

Influência da inovação no desempenho sustentável

Variável dependente: Desempenho sustentável (DS)

Variáveis explicativas Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6

Coef. B Sig. Coef. B Sig. Coef. B Sig.

IPD1 Produto novo existente mercado 0,256**

0,038

IPD2 Mudança estética 0,167

0,175

IPD3 Produto novo mercado 0,386*

0,002

IPC1 Método produção novo 0,207

0,181

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IPC2 Sistema logístico novo 0,158 0,298

IPC3 Novas técnicas apoio 0,151

0,295

IPC4 Novas técnicas gestão 0,150

0,233

IOM1 Novas técnicas gestão ambiental 0,184 0,142 IOM2 Mudança relação parceria 0,074 0,585

IOM3 Nova mídia marketing 0,312** 0,021

IOM4 Nova organização trabalho 0,189 0,137

Estatística F 16,510* 5,329* 4,607* R² ajustado 0,429 0,218 0,189 VIF 1,527 até 1,601 1,227 até 1,859

1,169 até 1,379

DW 1,894 1,968 1,867 ** significância a 5%; * significância a 1%

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados apresentados nos modelos 4 (inovação de produto), 5 (inovação de

processo) e 6 (inovação organizacional e de marketing) da Tabela 5, não permitem rejeitar a

hipótese H4, dada a significância das variáveis independentes, em conjunto, sobre a variável

dependente (estatística F).

Individualmente, o lançamento de um produto ou serviço novo ou significativamente

melhorado, já existente ou não no mercado nacional e mudanças significativas nas estratégias

de mídia ou técnicas para a promoção de marketing de produto, influenciam positivamente o

DS. Os resultados estão alinhados com os achados de Ramadani et al. (2019), ao encontrar

relação positiva entre a inovação de produto e o desempenho das empresas. A relação positiva

entre inovação organizacional e de marketing e o desempenho das empresas coaduna com os

estudos de Gunday, Ulusoy et al. (2011) e Tuan, Nham et al. (2016). A relação positiva entre

inovação de processos e o desempenho sustentável reforça os achados de Tuan, Nham et al.

(2016). A Tabela 6 apresenta os resultados da influência dos atributos de inovação e das PS no

DSA das empresas investigadas. Tabela 6

Influência da inovação, das práticas de sustentabilidade e da inovação moderada pelas práticas de

sustentabilidade no desempenho ambiental

Variável dependente: Desempenho de Sustentabilidade ambiental (DSA)

Variáveis explicativas Modelo 7 Modelo 8

Coef. B Sig. Coef. B Sig.

IPD 0,353** 0,011 IPC -0,077 0,586

IOM -0,173 0,179

PSE 0,211 0,146

PSS 0,486* 0,000

PSA 0,092 0,440 IPD x PS 0,584* 0,005

IPC x PS 0,032 0,883 IOM x PS 0,066 0,749

Estatística F 14,736* 15,836* R² ajustado 0,571 0,418 VIF 2,004 até 2,960 4,265 até 4,836

DW 2,189 2,009

** significância a 5%; * significância a 1%

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados da Tabela 6 indicam que os atributos de inovação e as PS (modelo 7) e a

moderação entre os atributos de inovação e as Práticas de Sustentabilidade (modelo 8)

influenciam positivamente o DSA das empresas e não permitem rejeitar as hipóteses H5 e H6,

dada a significância das variáveis independentes, em conjunto, sobre a variável dependente

(estatística F).

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Foi encontrada relação significativa entre IPD e o DSA das empresas, confirmando

evidências prévias de Lin, Tan et al. (2013). Isso ocorre porque este tipo de inovação pode

envolver melhorias nos produtos ou serviços que visam diminuir o consumo de matéria-prima,

aumentar a capacidade de reutilização/reciclagem de produtos e insumos ou mesmo a

substituição da venda de produtos pela venda de serviços, o que consequentemente melhora os

resultados do DSA, pois cada vez mais os consumidores estão atentos ao impacto ambiental

dos produtos ou serviços que utilizam.

As PSS também estão positivamente relacionadas com o DSA das empresas, reforçando

resultados anteriores de Marcon, Medeiros et al. (2017). Tal resultado está alinhado com a

preocupação em aliar inovação com sustentabilidade, monitorando o seu impacto ambiental e

adotando práticas de cooperação com todos os stakeholders (Marcon, Medeiros et al., 2017).

O modelo 8 mostra que as PS moderadas com os atributos de inovação melhoram os

coeficientes dos atributos de inovação sobre o DSA. Os resultados são coerentes com os

achados de Huang e Li (2015) - a IPD, quando orientada por PS influencia positivamente no

DSA das empresas – e de González-García, Lozano, et al. (2012) - o redesenho dos produtos

podem envolver medidas que impactam positivamente no DSA. A Tabela 7 apresenta os

resultados da influência dos atributos de inovação e das PS no DSS das empresas investigadas. Tabela 7

Influência da inovação, das práticas de sustentabilidade e da inovação moderada pelas práticas de

sustentabilidade no desempenho social

Variável dependente: Desempenho Sustentabilidade Social (DSS)

Variáveis explicativas Modelo 9 Modelo 10

Coef. B Sig. Coef. B Sig.

IPD 0,568* 0,000 IPC -0,063 0,659

IOM -0,168 0,195

PSE -0,093 0,523 PSS 0,379* 0,005

PSA 0,327* 0,008

IPD x PS 0,822* 0,000 IPC x PS -0,105 0,604

IOM x PS -0,028 0,887

Estatística F 14,250* 20,282* R² ajustado 0,562 0,483

VIF 2,004 até 2,960 4,265 até 4,836 DW 2,025 2,189

** significância a 5%; * significância a 1%

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados da Tabela 7 indicam que os atributos de inovação e as PS (modelo 9) e a

moderação entre os atributos de inovação e as PS (modelo 10) influenciam o DSS das empresas

e não permitem rejeitar as hipóteses H7 e H8, dada a significância das variáveis independentes,

em conjunto, sobre a variável dependente (estatística F).

A relação entre IPD, PSS e PSA com o DSS se coaduna com achados de Ezzi e Jarboui

(2016), ao identificar que as estratégias de inovação também impactam no desempenho social,

pois dependem de uma sólida relação entre empresa e seus clientes e funcionários para que

sejam implementadas.

A relação entre as PSS e o DSS está em consonância com Agudo-Valiente, Garces-

Ayerbe et al. (2015), ao constatar que as PSS social vão além de respeitar a legislação, devendo

enfocar a melhoria da qualidade de vida da população e dos colaboradores. O resultado obtido

sugere que práticas de responsabilidade social estão sendo efetivas, ou seja, proporcionam um

ambiente de trabalho saudável, valorizam a diversidade e incentivam o trabalho voluntário,

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impactando positivamente na qualidade de vida das partes interessadas. Sugere-se que tal

preocupação com os aspectos sociais, deve-se ao fato de que as empresas se localizam em

pequenas e médias cidades, onde a reputação da empresa é confundida com a reputação pessoal

do proprietário.

A relação entre PSA e o DSS permite inferir que ao tentar diminuir os impactos

ambientais negativos, a empresa passa a comprar insumos da comunidade do entorno, o que

gera maiores oportunidades de negócios, emprego e renda, tende a melhorar também a imagem

da empresa junto à sociedade e se reflete em melhor desempenho social. Para Marcon, Medeiros

et al. (2017), ao buscar diminuir as externalidades negativas, a empresa acaba melhorando sua

relação com os stakeholders, criando um ambiente de cooperação.

No modelo 10, pode-se perceber que as PS melhoram a relação entre IPD e DSS. Ou

seja, quanto mais a empresa aperfeiçoa seus produtos e/ou serviços, estabelece alianças e

parcerias estratégicas, elabora novas técnicas de comunicação, e visa melhorar a qualidade de

vida dos funcionários e comunidade de entorno, melhor se torna a imagem corporativa e os

índices de satisfação no trabalho. O resultado é coerente com o estudo de Guerrero-Villegas,

Sierra-García et al. (2018), ao identificar que as PSS mediam positivamente a relação entre

inovação e desempenho das empresas. A Tabela 8 apresenta os resultados da influência dos

atributos de inovação e das PS no DSE das empresas investigadas. Tabela 8

Influência da inovação, práticas de sustentabilidade e inovação moderada pelas práticas de sustentabilidade

no desempenho econômico

Variável dependente: Desempenho de Sustentabilidade Econômica

Variáveis explicativas Modelo 11 Modelo 12

Coef. B Sig. Coef. B Sig.

IPD 0,637* 0,000 IPC 0,055 0,708

IOM -0,036 0,787

PSE -0,196 0,191 PSS 0,338** 0,013

PAS 0,146 0,238

IPD x PS 0,778* 0,000 IPC x PS 0,087 0,654

IOM x PS -0,142 0,449

Estatística F 13,086* 23,236* R² ajustado 0,539 0,518

VIF 2,004 até 2,960 4,265 até 4,836 DW 2,145 2,234 ** significância a 5%; * significância a 1%

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados da Tabela 8 indicam que os atributos de inovação e as PS (modelo 11) e

a moderação entre os atributos de inovação e as PS (modelo 12) influenciam o DSS das

empresas e não permitem rejeitar as hipóteses H9 e H10, dada a significância das variáveis

independentes, em conjunto, sobre a variável dependente (estatística F).

Os resultados indicam que lançamento de produto novo ou significativamente

melhorado, e ter feito alguma melhoria na estética ou no design de algum dos produtos

comercializados, está positivamente associado com o DSE das empresas (modelo 11). Os

resultados estão alinhados com os achados de Ramadani et al. (2019), que encontraram relação

positiva entre a IPD e o desempenho de empresas.

O impacto positivo das PSS (modelo 11) sugere que as medidas tomadas na melhoria

da qualidade de vida da comunidade do entorno, preocupação com acessibilidade, segurança e

bem-estar dos funcionários no ambiente de trabalho e valorização da diversidade, melhorem a

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imagem da empresa perante clientes e fornecedores além de fazer com os funcionários

trabalhem com maior comprometimento onde se preza pelo bem-estar, segurança e incentivo à

diversidade. Resultados semelhantes foram obtidos por Zhu, Liu et al. (2016) que encontraram

relação positiva entre práticas sociais e o desempenho financeiro.

O modelo 12 confirma que as PS melhoram a relação entre IPD e DSE. Pode-se inferir

que normalmente as empresas adotam PS, como redução do desperdício de recursos (água e

energia) ou que tornem a logística mais eficiente com a finalidade de diminuir custos.

Concomitantemente, podem adotar medidas visando a melhoria da imagem corporativa.

O resultado é consistente com o argumento de que a sustentabilidade, ao guiar os

processos de inovação, torna a empresa ambientalmente mais amigável e, consequentemente,

mais eficiente no uso de todos os seus recursos e práticas, repercutindo nos resultados

econômicos, potencialmente aumentando as vendas e o lucro líquido (Nidumolu, Prahalad et

al., 2013; Zhang, Rong et al., 2018).

A Tabela 9 apresenta os resultados da influência dos atributos de inovação e das práticas

de sustentabilidade no desempenho global das empresas investigadas. Tabela 9

Influência da inovação, das práticas de sustentabilidade e da inovação moderada pelas práticas de

sustentabilidade no desempenho global

Variável dependente: Desempenho Global de Sustentabilidade

Variáveis explicativas Modelo 13 Modelo 14

Coef. B Sig. Coef. B Sig.

IPD 0,596* 0,000 IPC -0,017 0,889

IOM -0,125 0,259

PSE -0,041 0,744 PSS 0,450* 0,000

PSA 0,188** 0,071

IPD x PS 0,817* 0,000 IPC x PS 0,031 0,856

IOM x PS -0,053 0,749

Estatística F 22,852* 34,818* R² ajustado 0,679 0,621

VIF 2,004 até 2,960 4,265 até 4,836 DW 2,007 2,057

** significância a 5%; * significância a 1%

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados da Tabela 9 indicam que os atributos de inovação e as PS (modelo 13) e

a moderação entre os atributos de inovação e as PS (modelo 14) influenciam o DGS das

empresas e não permitem rejeitar as hipóteses H11 e H12, dada a significância das variáveis

independentes, em conjunto, sobre a variável dependente (estatística F).

A relação positiva verificada entre IPD e DGS pode ocorrer pelo fato de este tipo de

inovação envolver ações que visam diminuir o consumo de matéria-prima, aumentar a

capacidade de reutilização/reciclagem de produtos e insumos, por exemplo, o que

consequentemente melhora os resultados do desempenho de sustentabilidade ambiental.

Além disso, ao desenvolver um novo produto ou serviço, a empresa precisar atentar-se

aos impactos sociais dessa inovação para manter a legitimidade perante a sociedade e

comprometimento dos funcionários, mantendo ações que melhorem a qualidade de vida da

comunidade do entorno e mantenham um bom ambiente de trabalho para seus funcionários.

Tais medidas acabam por reduzir o desperdício de recursos e melhoram a imagem da empresa,

melhorando a participação no mercado, uma vez que os consumidores estão atentos ao impacto

socioambiental dos produtos e/ou serviços que utilizam.

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A influência positiva das estratégias de inovação e das práticas de sustentabilidade no

desempenho em sustentabilidade ambiental social e econômica é condizente com achados de

González-García et al. (2012), Lin, Tan et al. (2013), Ezzi e Jarboui (2016) e Ramadani et al.

(2019). Ademais, as práticas de sustentabilidade social e ambiental influenciam positivamente

o desempenho de sustentabilidade, permitindo inferir que ao adotar tais práticas as empresas

diminuem a emissão de gases poluentes e resíduos tóxicos, reduzem desperdícios, estabelecem

parcerias com a comunidade do entorno gerando maiores oportunidades de emprego e de

negócios, investem em acessibilidade, segurança e bem-estar dos funcionários no ambiente de

trabalho e valorização da diversidade, melhoram imagem da empresa perante clientes e

fornecedores além de aumentar o engajamento dos funcionários.

Percebe-se que ao aliar as PS aos processos de IPD, a relação entre IPD e DGS continua

positiva e torna-se mais forte (H12). O resultado é coerente com Nidumolu, Pahalad et al. (2013)

e Chege e Wang (2020) para os quais as inovações em produto, processo e de marketing

influenciam positivamente o desempenho de sustentabilidade da empresa por meio da adoção

de práticas de desenvolvimento sustentável, pois a torna mais eficiente no uso de todos os seus

recursos e práticas.

5 Considerações Finais

Os resultados indicam que os atributos de inovação de produtos, processos,

organizacional e de marketing (IPD, IPC, IOM) influenciam positivamente as práticas de

sustentabilidade e o desempenho sustentável das empresas industriais. Além disso, o conjunto

de atributos de inovação de produto exerce influência positiva no desempenho em

sustentabilidade social, ambiental e econômica. Em relação ao desempenho sustentável,

considerando o desempenho em sustentabilidade social, ambiental e econômica de forma

agregada, encontrou-se evidências da influência dos atributos de inovação de produtos,

processos, organizacional e de marketing. Adicionalmente, observou-se que as práticas de

sustentabilidade melhoram o efeito positivo da inovação de produtos no desempenho

sustentável.

Os achados indicam que as práticas de sustentabilidade social influenciam o

desempenho em sustentabilidade ambiental e as práticas de sustentabilidade ambiental

influenciam positivamente o desempenho em sustentabilidade social. Tal resultado,

possivelmente, deve-se ao fato de que empresas que apresentam maior consciência sobre

sustentabilidade ambiental, preocupam-se também com a preservação de boas condições

ambientais para a comunidade do entorno, adotando práticas de cooperação que envolve a

educação e conscientização ambiental dos stakeholders. Além disso, as empresas preocupadas

com aspectos sociais da sustentabilidade com o público interno buscam formas de contribuir

com a melhoria da qualidade de vida das pessoas próximas, passando a comprar e capacitar

fornecedores mais próximos, o que gera oportunidade de negócios, renda e tende a melhorar os

indicadores sociais da comunidade do entorno.

Outras duas contribuições teóricas são possíveis observar: (i) suprir a carência de estudos

de IOS voltados para as Micro, Pequenas e Médias Empresas, conforme alertado por Klewitz e

Hansen (2013); (ii) a utilização de constructo de sustentabilidade que considera as três

dimensões, diferentemente do fluxo principal de estudos prévios que consideram apenas a

dimensão ambiental ou social das práticas de sustentabilidade e enfoca apenas a dimensão

econômica de desempenho, conforme observado por Das (2017). As contribuições práticas

apontam para a importância atribuída pelos gestores de micro, pequenas e médias empresas

para a necessidade de considerar elementos de inovação e adotar práticas sustentáveis no intuito

de buscar a sustentabilidade global dos empreendimentos.

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Como limitações do estudo tem-se a condição de uma amostra não probabilística, cujos

resultados devem ser considerados com parcimônia, evitando a generalização, embora permita

insights importantes sobre o comportamento das empresas investigadas. Adicionalmente, o uso

de questionário como instrumento de coleta de dados não permite aprofundar os aspectos

qualitativos das práticas de inovação e sustentabilidade e das razões da sua adoção.

Para investigações futuras, recomenda-se a realização da investigação em outras regiões

do país, no intuito de verificar se o comportamento das micro, pequenas e médias empresas é

manifestado de modo similar. Outra possibilidade é realização de estudo qualitativo, utilizando-

se entrevistas em profundidade para avaliar as motivações que impulsiona as empresas na

adoção de práticas inovativas e sustentáveis. Adicionalmente, pode-se considerar outros

critérios de desempenho das empresas.

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APÊNDICE A

Bloco I – Caracterização da empresa e do respondente

Indique as opções que melhor representam sua condição e da empresa onde você atua:

1. Faixa etária:

( ) 18 a 25 anos ( ) 26 a 35 anos ( ) 36 a 45 anos ( ) Acima de 46 anos

2. Formação acadêmica:

( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino Superior Completo ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado

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3. Sexo:

( ) Masculino ( ) Feminino

4. Função na empresa:

( ) Sócio/Proprietário ( ) Diretor/Gerente ( ) Responsável de setor/unidade

5. Tempo de atividade da empresa:

( ) Até 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) 11 a 15 anos ( ) 16 anos a 20 anos ( ) Mais de 20 anos

6. Tempo de trabalho na empresa:

( ) Até 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) 11 a 15 anos ( ) 16 anos a 20 anos ( ) Mais de 20 anos

Bloco II – Atributos de Inovação

No que se refere à Inovação, indique sua concordância ou discordância quanto à adoção de práticas pela empresa,

utilizando escala de 1 (discordo totalmente) até 5 (concordo totalmente):

Inovação de Produto

Nos últimos três anos a empresa introduziu algum produto (bem ou serviço) novo ou

significativamente aperfeiçoado para a empresa, mas já existente no mercado

nacional.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Nos últimos três anos a empresa introduziu algum produto (bem ou serviço) novo ou

significativamente aperfeiçoado para o mercado nacional.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Inovação de Processo

Nos últimos três anos a empresa passou a utilizar algum método de fabricação ou de

produção de bens ou serviços novo ou significativamente aperfeiçoado.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Nos últimos três anos a empresa passou a utilizar algum sistema logístico ou método

de entrega novo ou significativamente aperfeiçoado para seus insumos, bens ou

serviços.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Nos últimos três anos a empresa passou a utilizar equipamentos, e técnicas novas ou

significativamente aperfeiçoadas em atividades de apoio à produção, tais como:

softwares de planejamento e controle da produção, medição de desempenho, controle

da qualidade, compra, manutenção ou computação/infraestrutura de TI.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Inovações organizacionais e de Marketing

Nos últimos três anos a empresa passou a utilizar algum método de fabricação ou de

produção de bens ou serviços novo ou significativamente melhorado.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Nos últimos três anos a empresa implementou novas técnicas de gestão para melhorar

rotinas e práticas de trabalho, para o uso e a troca de informações, de conhecimento e

habilidades dentro da empresa. Por exemplo: reengenharia dos processos de negócio,

gestão do conhecimento, controle da qualidade total, sistemas de

formação/treinamento, SIG (Sistemas de Informações Gerenciais), ERP (planejamento

dos recursos do negócio), etc.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Nos últimos três anos a empresa implementou novas técnicas de gestão ambiental para

tratamento de efluentes, redução de resíduos, redução de gases de efeito estufa, etc.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Nos últimos três anos a empresa implementou novos métodos de organização do

trabalho para melhorar a distribuição de responsabilidades e poder de decisão, como

por exemplo o estabelecimento do trabalho em equipe, a descentralização ou

integração de departamentos, etc.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Nos últimos três anos a empresa realizou mudanças significativas nas relações com

outras empresas ou instituições públicas e sem fins lucrativos, tais como o

estabelecimento pela primeira vez de alianças, parcerias, terceirização ou

subcontratação de atividades.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Nos últimos três anos a empresa realizou mudanças significativas nos

conceitos/estratégias de novas mídias ou técnicas para a promoção de marketing de

produtos, por exemplo; novas formas para colocação de produtos no mercado ou canais

de venda; ou novos métodos de fixação de preços para a comercialização de bens e

serviços.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Nos últimos três anos a empresa realizou mudanças significativas na estética, desenho

ou outras mudanças subjetivas em pelo menos um dos produtos.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Bloco III – Práticas de Sustentabilidade

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No que se refere à Dimensão Econômica, indique sua concordância ou discordância quanto à adoção de práticas

pela empresa, utilizando escala de 1 (discordo totalmente) até 5 (concordo totalmente):

Dimensão Econômica da Sustentabilidade

Na contratação de um fornecedor, além de exigir uma boa proposta comercial

(qualidade, preço e prazo), a empresa também avalia a existência de práticas de

responsabilidade sócio ambiental.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa pratica em suas dependências ações para a redução do consumo de água

(como instalação de torneiras com fechamento automático e de descargas com vazão

reduzida ou aproveitamento da água da chuva para as atividades de limpeza e

manutenção).

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa pratica em suas dependências ações para a redução do consumo de energia. 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa pratica em suas dependências ações para a redução do consumo de

matérias-primas.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa procura implementar em suas atividades ações de economia do papel (como

a utilização da frente e do verso das folhas).

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa tem adotado medidas para melhorar a qualidade dos bens e/ou serviços

oferecidos.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa tem buscado ampliar a gama de bens e/ou serviços ofertados. 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa tem adotado medidas para ampliar a oferta de produtos/serviços. 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa tem adotado medidas para ampliar o valor adicionado sobre os

produtos/serviços ofertados.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

No que se refere à Dimensão Social, indique sua concordância ou discordância quanto à adoção de práticas pela

empresa, utilizando escala de 1 (discordo totalmente) até 5 (concordo totalmente):

Dimensão Social da Sustentabilidade

A empresa possui um documento formal que esclarece os parâmetros incentivados nas

suas relações com as partes interessadas.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa procura envolver suas partes interessadas (colaboradores, clientes,

fornecedores, comunidade e diretoria) na elaboração e revisão desse documento.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa se preocupa em oferecer a seus colaboradores um ambiente físico agradável

e seguro. Por exemplo: orienta os colaboradores quanto aos cuidados com a postura

corporal durante as atividades profissionais.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

As dependências da empresa contam com recursos para facilitar o deslocamento e a

convivência de pessoas com deficiência (como rampas, avisos de segurança em braile,

linguagem de sinais, etc.).

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa valoriza a diversidade, não utilizando práticas discriminatórias em relação

à gênero, à raça, à orientação sexual, à idade e a crenças religiosas ou políticas dos

candidatos, bem como a pessoas com deficiência na seleção de pessoal.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa considera importante e aplica ações para fins de desenvolvimento da

comunidade local por meio da geração de trabalho e renda, bem como medidas para

reduzir a pobreza e aumentar a inclusão perante a sociedade.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa incentiva o trabalho voluntário de seus colaboradores na comunidade e

reconhece a importância do trabalho voluntário de seus colaboradores, divulgando-o

por meio de murais, jornal interno ou jornal local.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Em sua comunicação (contratos publicitários e mídia), a empresa incentiva e educa

seus consumidores a adotar atitudes conscientes e responsáveis de consumo (como o

descarte adequado de embalagens, por exemplo).

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

No que se refere à Dimensão Ambiental, indique sua concordância ou discordância quanto à adoção de práticas

pela empresa, utilizando escala de 1 (discordo totalmente) até 5 (concordo totalmente):

Dimensão Ambiental da Sustentabilidade

A empresa conhece, entende e avalia os impactos de suas atividades sobre o meio

ambiente (como emissão de poluentes e alto consumo de energia, de água e de

combustível), mantendo indicadores e relatórios para medi-los e acompanhá-los.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa procura utilizar em seus processos, materiais que possam reduzir danos ao

meio ambiente. Por exemplo: procura controlar e reduzir a poluição sonora, visual e

do ar, causadas por seus processos.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

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A empresa discute parcerias com fornecedores, visando o retorno de materiais

descartados (como produtos vencidos, pilhas, baterias, pneus usados e lâmpadas

usadas, embalagens, etc.) ao fabricante.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa procura implementar em suas dependências e em suas atividades ações que

visam preservar o meio ambiente, por exemplo: coleta seletiva de lixo, com recipientes

identificados para papel, vidro, metal, plástico e material orgânico.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa pratica em suas dependências ações como destinação final adequada para

resíduos que necessitam de tratamento específico, como pilhas, baterias, óleos, pneus

e lixo hospitalar.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

A empresa promove a educação ambiental para os colaboradores, seus familiares e

para a comunidade, como forma efetiva de reduzir os impactos ambientais.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

BLOCO IV - Impactos da Inovação

No que se refere à influência (impactos) das inovações implementadas sobre o desempenho da empresa, indique a

intensidade observada utilizando escala de 1 (muito pouco) até 5 (muito elevado): Influência da inovação nos resultados ECONÔMICOS

Melhorou a qualidade dos bens ou serviços 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Ampliou a gama de bens ou serviços ofertados 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Permitiu manter a participação da empresa no mercado 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Ampliou a participação da empresa no mercado 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Permitiu abrir novos mercados 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Aumentou a capacidade de produção ou de prestação de serviços 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Aumentou a flexibilidade da produção ou da prestação de serviços 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Reduziu os custos de produção ou dos serviços prestados 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Reduziu os custos do trabalho 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Reduziu o consumo de matérias-primas 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Aumentou o percentual de valor adicionado dos produtos/serviços oferecidos

Influência da inovação nos resultados AMBIENTAIS

Reduziu o consumo de energia 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Reduziu o consumo de água 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Substituição (total ou parcial) de matérias-primas por outras menos contaminantes

ou perigosas.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Substituição (total ou parcial) de energia proveniente de combustíveis fósseis por

fontes de energia renováveis.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Reduziu a contaminação do solo, da água, de ruído ou do ar 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Ampliou a reciclagem de resíduos, águas residuais ou materiais para venda e/ou

reutilização.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Reduziu a emissão de gases de efeito estufa. 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Influência da inovação nos resultados SOCIAIS

Permitiu controlar aspectos ligados à saúde e segurança no trabalho. 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Melhorou a imagem corporativa perante funcionários e comunidade. 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Ampliou os benefícios para comunidade por meio de trabalho voluntário dos

funcionários.

1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Melhorou os indicadores de satisfação do trabalho 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]

Diminuiu o turnover de empregados 1[ ] 2[ ] 3[ ] 4[ ] 5[ ]