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Palavras que Falam!

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Jonas Neves Costa

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“A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre.”

Oscar Wilde

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Agradecimentos

A Deus, por ser meu eterno companheiro e Senhor. Aos meus pais, por todo o amor e dedicação.

Aos meus irmãos, pelo apoio e atenção dedicados. Aos meus amigos, por acreditarem sempre em mim e no meu potencial.

À Ramona Thayara, pelo amor dedicado.

Palavras que Falam!

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Prefácio

No decorrer de alguns anos passei a registrar fatos que aconteceram em minha vida em forma de poesia, sonetos e cartas.

Muitas das obras aqui registradas são fatos verídicos, ora vividos, ora presenciados por mim. Registrei fielmente cada detalhe de cada situação, buscando desta forma transmitir os sentimentos que vivi para os leitores que apreciarem essas palavras. Espero que esta obra traga reflexões e bons sentimentos aos leitores que desfrutarem dela.

Temos que amar intensamente a cada dia e deixarmos ser amados por Deus e pelo próximo.

Boa leitura e bons sentimentos!

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Sumário

Agradecimento Prefácio Palavras de Esperança e Reflexão O que se perde com o tempo De quem sofre por “ser humano” Desabafo O Poeta De quando em quando Memórias de um viciado Poema de Matuto Caleidoscopoema Irônico Realidade Poética Soneto de Tristeza Último instante Palavras do gênio Mosaico O que se pode ser O que se perde com o tempo A revolta do poeta Matuto Paulista Palavras do Coração

Palavras que Falam!

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Amor e perjúrio Ao anjo que guardo... Em teus olhos Fiz numa hora tardia ...não me entenda...só ouça!!! Monólogo de uma vida triste Não sei por que, mas te amo! O que é...amar? Ouço vozes, é você? Poema sem sentido algum... Se se morre Não mais que de repente... Segredo! Se...! Tanto...tanto... Triste despedida... Um só... Tem que ser assim Resposta Declínio Cartas Iara Iara II

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O que se perde com o tempo... O que fizeste de tua vida, minha criança. Tens direito de reclamar tuas memórias, pois és fruto da riqueza de nossa história que apresenta para o mundo suas lembranças. Eu me lembro que quando também era criança, Mamãe dizia que meu futuro era promissor. Seria um médico, um poeta ou até um doutor, mas essa história me tirou a esperança.. E porque procuramos hoje um motivo para explicar seu estado aqui e agora, se sabemos perfeitamente que outrora nós cedemos a vitória ao marido, ao irmão, o pai, e temos mantido nossos filhos condenados à história. A história se repete em meus versos para mostrar que meu pensamento inato diz que se torna cada vez mais um relato a questão da nossa cidadania, que ofereceu direitos para todos um dia e hoje é apenas da história mais um fato.

Palavras que Falam!

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De quem sofre por �ser humano� Que sempre que eu for procurado Seja por um justo, cristão E que em seu semblante amável Eu veja o seu coração Que suas palavras tão puras Abrandem e selem minha dor Que essas palavras de alívio Sejam de nosso Senhor. Que sejas usado, irmão E diz-me o que quero saber Se à morte eu fui condenado Ou se ainda mereço viver. Pois sei que falhei, admito E conheço bem meu Senhor Mas já não sei se sou digno De sua Misericórdia e Amor. Por isso te peço, ó Pai Que dá-me a graça da humilhação Pra mais uma vez, Meu Senhor e Meu DEUS Sentir-te no meu coração.

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Desabafo Um dia eu sai da terra úmida pra terra seca, pra viver melhor. Mas se aqui vivia na tristeza, na terra seca me sentia só. Mas fiz amigos que me ajudaram, que me tiraram dessa solidão. Esses amigos que tanto me amaram apaixonaram o meu coração. Mas o destino de todo poeta apareceu e me fez infeliz. O mau do século me tirou alegrias, me fez trilhar o rumo que eu não quis. Sofri o diabo, isso eu não nego, mas não me entrego à desilusão. De novo só, volto pra casa triste mas, ainda sonho em voltar pro sertão.

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O Poeta...

Quem és tu estranho adivinho? Como sabes de tudo que faço?

Nunca vi tamanha destreza, para descrever tão imensa beleza

simplesmente com pequenos traços.

Quem és tu estranho andarilho? Que por noites permaneces em claro

Caminhando na noite serena Com uma caderneta pequena

Descrevendo uma dor do passado.

Quem és tu ó mendigo flagelo? O que sabes do reino encantado se dormistes debaixo da ponte Do rio que deságua na fonte

Do saber que tornou-se sagrado?

Quem és tu sábio professor? Que ensinas com tal sabedoria, Que confunde o aluno confuso E se presta ao imenso abuso

De ensinar com completa ironia.

Sois um ser que não se entende e que busca dia e noite sua meta

de explicar o inexplicável

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e comparar o incomparável. Sois desafio e segredo, sois poeta!

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Memórias de um viciado De quando em quando busco ajuda Mas ninguém ouve meus apelos. Eu vendo balas, chocolates... E malabares também faço, Mas para eles sou só um traço Do que se desenha na sociedade Sou apenas sombra nessa cidade De quando em quando. De quando em quando fico isolado, E chego a fugir de meus amigos. O meu relógio de cinco kilates Renderia-me um almoço farto, Mas não consigo medir meus atos E troco por um punhado de felicidade Que me faz crer que não estou mais isolado Só de quando em quando. De quando em quando papai desconfia E mamãe pergunta de onde vêm os gemidos? Que algumas vezes ela ouve de tarde e Se sou eu quem fico chorando no quarto E se eu me lembro que tenho estado Tão distante das minhas vontades Da boa família que me conduzia

Jonas Neves Costa

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E eu respondo que já é tarde Meus braços roxos se atrofiaram Minha mente encheu-se da agonia De ter usado o que não devia O que me levou ao desfecho trágico De uma morte prematura e fria Que não cessou à diplomacia Nem se vendeu à minha riqueza Que me fez perder a beleza Da juventude que tive um dia E logo que daqui eu partir Haverá outros jovens a meu exemplo Que morrerão tristes em desalento Por se entregarem a um punhado de alegria E por uma triste ironia Não terão chance de retorno E encontrarão a dor da morte em torno Daqueles que os fizera feliz um dia Mesmo que de quando em quando...

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Poema de Matuto. Mande-me filho Um punhado de milho Pois teu irmão casto De poeira está farto E ontem quando vi Uma aranha no meu prato Lembrei de quando Eu era uma criança Papai levantava no raiar do dia E eu tão feliz ia a sua companhia Ceifar com prazer a nossa esperança. E hoje estamos nesta cidadela Teu irmão de tão fraco, exibe as costelas Que Deus tomou um dia Para usar de guia E dar vida a ela Que deu continuidade Ao povo cansado desta cidade Que hoje chora sua miséria. A mãe todo dia fala em seu filho Que a anos saiu em busca do milho Que um dia ia enfeitar nossa mesa Mas infeliz destino que causou sua tristeza Quando privou-a um dia de sua companhia E hoje ela chora de noite e de dia

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Pedindo a Deus que o traga de volta E que quando chegar ela veja em sua porta A esperança de vida que lhe restaria. Sei que você se tornou fazendeiro Mas o que lhe peço não é seu dinheiro E sim o que Deus lhe confiou um dia Para que entregasse em mãos a nossa família A semente que germinaria junto comigo E que salvaria a vida de meus doze filhos Volta meu filho, e me traz nosso milho.

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Caleidoscópoema Como diz o poeta com pés de atleta que corre pelo monte A vida é curta e que não se discuta a razão dos pronomes Quem sou eu, quem é você quem somos nós? Porque há tanta questão e tanta dúvida em tua voz Nada se explica, tudo se complica Nada se faz, tudo se copia Nada se inventa, tudo se aumenta Tudo se chora mas nada se lamenta Apenas a falsidade de um pingo de verdade Que surge nos olhos de quem escreveu E a alegria fingida de um simples dia Que se fez tudo e que nada recebeu A mentira do texto que é contada nos versos Distorcidos e curtos deste poema meu Não explica nada da realidade Que foi escrita por mim como forma de adeus Que ficará como lição de vida pros meus filhos E para os filhos de seus filhos Que saberão que um grande poeta escreveu Sem saber que esse poeta era eu.

Jonas Neves Costa

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Irônico

Pois que, Escrevo sem saber o que quero.

Por quê? Porque sou louco, simples e sincero.

Por quê? Porque minha vida é uma loucura constante

Em que... Permaneço lutando contra o que não vejo

Pra que? Pra provar que não sou mais um no mundo

Sem ter Um motivo pra sonhar

Palavras que Falam!

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Realidade Poética

Enquanto respiro Não ouvem o que falo não lêem o que escrevo sou só eu, triste assim.

Mas quando acabarem as minhas lembranças e as minhas palavras

vão notar meus dons, enfim.

Quem sabe, se depois de eu morrer alguns possam até lembrar de mim!

Jonas Neves Costa

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Soneto de Tristeza Não me sinto parecido com autores famosos Nem tão próximo de sua filosofia dorsal Sinto-me o oposto da obra de meus mestres Um revoltado ser unilateral. Não busco entender as palavras dos primeiros E os derradeiros, ignoro com desrespeito Não vejo graça na rima, só vejo erros E que me perdoem os jovens poetas, mas esse é o meu jeito. Eu me sinto confuso com as discussões da sociedade E me perco nas ruas desta insana cidade Buscando um rumo que nem sei se existe. Sou assim, um alguém que com ninguém é comparado E não sei se estou certo ou errado Sou, e sempre serei assim, poeta triste!

Palavras que Falam!

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Último instante. Num momento de pura fraqueza diante de meus olhos surgiu. As lágrimas rolavam no canto de sua face rubra do frio que caia na noite incessante de uma triste semana de abril. Um casaco de pele cobria todo seu corpo juvenil. A expressão em seu rosto mostrava seu precário estado febril, e num gesto sutil de seu braço minha ajuda então ela pediu. E de longe se podia ouvir os apelos de seu estômago vazio, que aguardava ansiosamente por uma doação gentil, enquanto seus pés enterrados na neve sustentavam seu corpo doentio. Tão jovem criança que vejo agora em meio ao frio, não só da fúria da natureza mas também da solidão que sentiu, quando, do calor aconchegante de sua família fugiu.

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A Deus eu pedi com franqueza que de coração aberto me ouviu, que recebesse a alma de minha filha que naquele instante caiu e fechando seus olhos, em meus braços no último instante, perdão me pediu.

Palavras que Falam!

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Palavras do gênio

Velhos malditos, escravos de povos, doenças humanas que andam entre nós.

Vagam calados, conspiram entre eles, mas em nenhum momento houvem sua voz.

Piratas, soldados, guerreiros do povo, dizia o velho Marley em suas canções.

Velhos piratas me sequestraram e me manteram em suas embarcações.

Até hoje em dia vivo exilado

sem voz, sem direitos, sem expressão. Seguindo leis de velhos piratas

que roubam até uma simples canção.

Por isso meus filhos não tem esperança nem lutam, nem respeitam seu voto legal.

Os piratas me alienaram, e agora acredito que vivo um velho ideal.

Por séculos continuaremos mortos,

zumbis vagando em escombros e pó. Nossa justiça do Brasil de hoje

vive como o reggae de Marley, triste e só.

Jonas Neves Costa

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Mosaico

O que sei daquele que sabe

se não sei nem o que sei agora?

Se soubesse o que ele sabe

saberia sem dor, sem hora...

que essa hora em que se sabe,

ora, é para se saber agora

que o saber evolui adentro

e o sabido se perde afora.

Palavras que Falam!

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O que se pode ser

Você dizia que eu não ia falar, pois nasci mudo como meu mano.

Mas a fonética despertou minha voz e batalhei durante muitos anos.

Hoje formo minhas próprias palavras E acabei por contrariar seus planos.

* Depois disse que diferente eu ia falar

por ter nascido no sertão Pernambucano, mas o sonho de São Paulo me chamou

e aqui as pessoas falam assoviando. De tanto tempo que estou aqui acabei aprendendo

e novamente contrariei seus planos. *

Sempre que eu ia na venda, demorava muito,você ficava me esperando.

Aqui as pessoas andam rápido, acabei aprendendo com a rotina e o cotidiano. Hoje atravesso a cidade num piscar de olhos

e rio sozinho as vezes,lembrando de seus planos. *

Jonas Neves Costa

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Lembra que eu não conseguia tocar o velho violão do mano?

Pois é, aqui aprendi a tocar flauta, violino e até piano.

Aprendi com um amigo no trabalho e mudei de novo seus planos.

* Seus planos pra mim, mãe, eram de ser fazendeiro ou

agricultor, e herdar tudo que foi construído durante anos,

pois seria mudo e analfabeto pra sempre. Mas eu mudei, e como todo ser humano

aprendi o que é o homem,e sigo raciocinando. Hoje sou médico, poliglota, professor,

mas não se preocupe mãe,não perdi meu jeito Pernambucano.

Palavras que Falam!

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O que se perde com o tempo

O que fizeste de tua vida, minha criança. Tens direito de reclamar tuas memórias, pois és fruto da riqueza de nossa história

que apresenta para o mundo suas lembranças.

Eu me lembro que quando também era criança, Mamãe dizia que meu futuro era promissor.

Seria um médico, um poeta ou até um doutor, mas essa história me tirou a esperança..

E porque procuramos hoje um motivo para explicar seu estado aqui e agora, se sabemos perfeitamente que outrora

nós cedemos a vitória ao marido, ao irmão, o pai, e temos mantido

nossos filhos condenados à história.

A história se repete em meus versos para mostrar que meu pensamento inato diz que se torna cada vez mais um relato

a questão da nossa cidadania, que ofereceu direitos para todos um dia e hoje é apenas da história mais um fato.

Jonas Neves Costa

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A revolta do poeta

Não consigo me importar Com as notas que me dão

Meu objetivo aqui é pensar como Antão desafiar o demônio

e servir-me da razão.

Pra que ser conhecedor Das datas e tempos de meus poetas

Se só o que quero é transcrever Meus pensamentos em verso e seresta?

Sem rima, sem sentido, sem jeito Essa sim é minha meta.

Entenda, caro amigo

O que quero é ver E sonhar, e sentir

O que nunca poderá ser Quero ir além dos vales Sem limites pra romper

E vagar por meus pensamentos Ser sempre eu mesmo, e nunca eu mesmo ser!

Palavras que Falam!

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Matuto Paulista

Um dia um jóvi cabôcro da terra que o povo córri resorveu tentá sua vida

na terra que o povo dórmi

cu abôno da casas bahia pagô u biête di avião

i veio tentá a sorte nu meu pédaço di chão

chegando aculá, minha nossa

u môço singrandissia dizia que era fâmozo devoto di ave maria

u póbe se apaxonô

pela minha humilde terra i resorveu si instalá

nu pé di uma piquena serra

era muito vistoso esse moço bondozo que só vêno

fez muita amizade por aqui trabaiava no sol i chuvêno

Jonas Neves Costa

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até qui o distino lhe fez uma lambança da muléxta u moço perdeu a isperança e deu cum a porta na testa

a prima que lhi acolhia

feiz uma tremenda doidera largou u marido de anos e curpô a cidade intera

u primero a sê condenado

foi u pobre do moço paulista qui perdeu o abrigo que tinha

e acabô na beira da pixta

compro uma passage de vorta o sonho enrolo i guardo

mas com fé na virge maria se foi, mas prometeu, i vortô.

Essa história num to inventano

quem quisé pode comprová ele foi mermo pra são paulo

agora só farta vortá!

Palavras que Falam!

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Jonas Neves Costa

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Amor e perjúrio Sirvo com obediência infante. Dias a fio um frio semblante. Olhar que remete a pensamentos distantes. Cada instante se faz mais ausente. Beleza doce de cotovia. Braços que abraçam, atos que adiam. Tempos difíceis de estar só de dia. E a noite pensando estarei novamente. Dor que traz ato perjúrio. Fria sensação de estar inseguro. Ato meu, simplesmente demente. Mundo insano sem amor próprio. Promete, não cumpre, transmite dor e ódio. Promessas vazias de um amor indecente.

Palavras que Falam!

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Ao anjo que guardo... Não sabia que os anjos tinham nome, nem que andavam entre nós, sonhando. E por amar demais nessa vida as vezes tristes, se pegam chorando. Mas alguns anjos depois da batalha se igualam aos seres humanos, e por não terem sido amados de verdade não conseguem mais amar como eu amo.

Eu amo um anjo de verdade que me faz cada dia mais feliz. Que me transmitiu com o brilho de seus olhos o amor verdadeiro que sempre quis. A bailarina que quando atua no palco da minha vida, me encanta, me seduz, me fascina. Agora sei que meu anjo tem nome, se chama Thaís Renata de Lima.

Jonas Neves Costa

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Em teus olhos Se os meus olhos fossem alados Voariam de encontro aos teus Entrariam no brilho dos teus olhos Sumiriam sem dizer-me adeus. Se meus olhos estivessem em seus olhos Queria eu ser meus olhos nos teus Pra viver na luz do teu espírito Sem jamais se importar com o meu. Te amaria do fundo dos teus olhos Pois meu coração desde sempre foi teu!

Palavras que Falam!

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Fiz numa hora tardia Lembro do tempo em que via seus olhos Tristes, calados, vidrados nos meus Lembro das vezes que estive em teus braços Lembro de quando me disse adeus. Lembro das tardes e noites, se amando Em meio à penumbra de um vale sem fim Hoje as lembranças de ti, e a saudade Trazem a dor de não tê-la pra mim. Hoje essa dor que aperta em meu peito Faz minha vida resumir-se em dor Hoje eu vivo assim desse jeito. Chorando de ressentimento e de dor Chorando e sofrendo assim desse jeito Por não ser capaz de provar meu amor.

Jonas Neves Costa

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...não me entenda...só ouça!!! Em tardes turvas, alado vem meu sentimento Voando alto, pairando as plantas do meu pensamento E até a noite, sequer um instante, para e descansa Na esperança de essa tarde estar contigo. É nessa hora que ele implora por atitudes Com medo cansa, mas tem esperança que ainda mude A intenção de um coração desesperado E apaixonado, buscando algo como um abrigo. O tempo urge, a noite é clara, mas sem auxilio E num delírio posso cair em desilusão Por isso penso, penso e repenso nesse martírio. Penso e reflito na chance clara, na emoção E nesse amor que me envolve com teu carinho Sei que contigo é que está meu coração!

Palavras que Falam!

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Monólogo de uma vida triste Triste lembrança guardo Nos devaneios de minha mente livre Dos sonhos desvairados Que sonhei, como quem vive Esperando algo perdido Algo que se divide Em amor de alguém não amado E saudade de quem nunca tive. Tristeza essa que ainda alimento Contra minha própria vontade vã Sem respostas e sem argumento Apenas vivendo com uma mente sã Fingindo com um sorriso triste Que sou feliz em demasia Mas por dentro corrói a saudade De quem nunca verei um dia. Eu enceno no palco da vida Como quem apresenta um monólogo Ator lindo, inteligente, famoso Apresentando um espetáculo solo Na platéia, um faxineiro velho E as cadeiras tomadas por defuntos No palco, eu, triste assim Mais um ser vivo, morto no mundo.

Jonas Neves Costa

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Como queria dizer que a esperança Voltou agora pros olhos meus E a essa dura saudade Dizer apenas um breve adeus Mas ela insiste em tomar meus olhos E me manter nesta triste ilusão De quem espera com pesar e tristeza A gloriosa chegada de uma paixão.

Palavras que Falam!

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Não sei por que, mas te amo! Amor tão constante, ausente, de dias tristes, semblante Coração tão fraco, mas quente, momentos felizes, azul Pensamento distante, doente, inconseqüente, inconsciente Saudade tão triste, e o pranto, chega com a noite, sem ti. Amor perturbado, demente, pensa só em sexo, sem cor Estou dividido, mas vivo, estou vivendo em prantos, sem ver Os meus braços doem, da reza, minhas pernas cansam, espero Meu convívio fraco, com a sorte, e a esperança acabando, eu vi. Olho cartas velhas, bilhetes, fotografias, teus olhos Penso em você, de dia, de noite, a todo instante Sinto tua presença, constante, seus braços, comigo Lembro de tua boca, rogo, peço você, um dia aqui. Sonho com uma foto, um recado, uma mensagem, qualquer coisa Ou com uma conversa, um gesto, um beijo, um oi Deus me abençoe, e te guarde, e me leve, em meus sonhos Pra viver de novo, amando, sonhando, junto de ti.

Jonas Neves Costa

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O que é...amar?

Amar? Não sei o que é...

Pode ser uma bela rosa Ou uma face de mulher

Pode ser ironia Ou até solidão

Não, não é nada triste Mas também não é paixão.

Já sei! Amar é ser seu semelhante

É ajudar na hora da dor É olhar nos olhos da pessoa amada

E ver a mais divina flor É um sentimento puro

De momentos duros e desilusão Que jorra de uma fonte inesgotável

Que se chama coração!!!

Palavras que Falam!

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Ouço vozes, é você?

Ouço vozes, é você? Uma voz a me chamar

Um sussurro, um gemido Ainda estou a te esperar.

Qualquer vulto que eu veja

Já me faz imaginar Traz à tona meu desejo

De novamente te encontrar

Sinto o perfume do teu corpo E o toque de tuas mãos

O desejo que sinto é mais forte Não me deixe nessa solidão

Volte logo, tenho pressa É o que implora meu coração.

Dia e noite eu vigio

pois tenho medo de perder o momento maravilhoso em que voltarei a te ver

Tenho pressa, amor, volte logo Ouço vozes, é você?

Jonas Neves Costa

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Poema sem sentido algum... Às vezes passava por mim, eu olhava. Às vezes sorria pra mim, eu retribuía. Às vezes falava comigo, eu sonhava. Às vezes olhava pra mim, e eu dizia. Às vezes em ti pensava por horas. Às vezes contigo sonhava por dias. Às vezes de ti esperava sem sorte. Às vezes você me esnobava e eu sofria. Às vezes penso se você me odiava. Às vezes olho pro céu, apenas. E pergunto por que tanto te amava. Se você nunca sentiu por mim mais que simples pena. Só às vezes...

Palavras que Falam!

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Se se morre...

Se se morre de amor não se fala o motivo

nem se cala com o tempo nem se houve um gemido

Se se morre sozinho e não traz o recado

não se morre sozinho se revive o passado

Se se morre na angústia

de se ter esperado sua vida inteira

por algo inesperado se consola com o tempo

com o tempo que foi.

Se se morre de amor se morre na angústia

de nunca se ter amado...

Jonas Neves Costa

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Não mais que de repente... de repente não mais que de repente vi seus olhos fixados nos meus tive medo de não ver mais teus olhos tive medo que dissese adeus de repente vi tudo diferente no lugar onde sempre havia dor tudo ficou claro e de repente senti que o claro era amor minha vida que de manso se estendia num ligeiro ato mudou como nunca eu imaginaria então tudo combinou entre a gente então tudo ficou claro novamente de repente te amei, não mais que de repente, mas sim pra sempre!!!

Palavras que Falam!

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Segredo! Diz casinha pequenina Onde mora meu amor? No alto daquela colina Ou na pétala da flor? Sonhei esta noite passada Com meu amor a cavalgar Num pasto vasto e verdejante Que despontava ao sul do mar. Meu amorzinho ainda não tem nome Fantasiei seu roupão de rei Contei pedrinhas no lago triste Pra colocar no sonho que sonhei. A vida inteira vivi nesta terra Passaram guerras, tempos de amor e paz Nunca ouvi o canto de uma vitrola Mas as notícias sempre ele me traz. Agora quero ser livre na vida Mas andar neste mundo não sei Por isso é que preciso tanto dele Pra descobrir tudo que eu sonhei. Por isso diz casinha pequenina Aonde se escondeu o meu amor?

Jonas Neves Costa

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No alto daquela colina Ou na pétala da flor?

Palavras que Falam!

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Se...! Se essa noite meu coração chora Não é de tristeza nem dor Já se foram os tempos sofridos E as noites de medo e pavor. Se essa noite suspira minh�alma E se banha de pranto e canção As canções que minh�alma celebra Acompanham esse meu coração. Se me sinto, hoje, abandonado Não é mais por pensamentos vãos E continuo aqui do meu lado Pois se hoje chora meu coração É porque hoje me sinto amado É porque hoje encontrei uma paixão.

Jonas Neves Costa

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Tanto...tanto... De tanto olhar-te nos olhos E fitar o seu rosto na luz De tanto sentir o teu perfume Que os meus pensamentos induz E de tanto dizer-te baixinho O que minha consciência pensou E nos meus pensamentos os sonhos E amores que nunca sonhou. Percebi que de tanto pensar Eu agi sem pensar no futuro E de tanto o futuro planejar Acabei nessa prisão sem muros Pois de tanta loucura vivida A olhar os teus olhos, voltei E de tanto olhar-te nos olhos Me perdi, e me apaixonei.

Palavras que Falam!

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Triste despedida... Vejo em seus olhos o brilho dos meus Vejo em seu rosto tristeza e dor Vejo que sofres por um amor E vejo que esse amor já não sou mais eu. Sinto que a vida me pesa nos ombros Sinto que estou distante de ti Não sei nem mesmo dizer o que senti Só o que me resta agora são escombros. E esse sentimento de dor e abandono que me invade e me priva de noites de sono e revela a dor de quem algo perdeu. Introduz o desfecho da vida que um dia vivi com a mais completa alegria e, que agora se resume num breve adeus.

Jonas Neves Costa

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Um só... Não chores, amor, por mim, somente esta noite Não perca seus sonhos sagrados, e as noites em vão Vai, dorme com os anjos, esquece que fui seu amado Vai, esquece que um dia vivemos num só coração. Não pense que já não te amo, que planos não fiz para nós Não ouse pensar em traição, engano pensar assim Esqueça que me amou tanto, esqueça até minha voz Não posso estar mais contigo, pois já não sou dono de mim. Te esperei por tanto tempo, e a luta me fez crescer Dormi com um anjo apenas, um anjo que me fez sonhar Pensar em ti somente é pouco, por isso não podemos, dois, ser Pois somos um só, eu e você, muito mais que somente imaginar. Somos um corpo, um espírito, um coração Bem mais que simplesmente amar.

Palavras que Falam!

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Tem que ser assim

Surge assim, sem ver, sem avisar Me diz coisas que nunca ouvi Eu aceito assim, sem pensar

E me entrego aos desejos. Sofri!

Surpreende a dor e o pesar Me conforta, completa, nem vi Quando ditou as regras do mar

E o céu, dependente, calou. Percebi!

É assim que o amor costuma chegar E é assim que acostumei, aprendi Que não consigo deixar de te amar

E que não posso mais viver. Não sem ti!

Preciso te amar, Tem que ser assim!

Jonas Neves Costa

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Resposta

Olhar Sentir Pensar

Qual o sentido de Amar?

Viver Pedir Fazer

Qual a razão de viver?

Duvidar Responder Questionar

Como pode me ajudar?

Simples!

Me ame Me abrace

Me faça viver O resto o amor fará por mim e por você!

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Declínio

Amor estranho de tempos profanos

de dores latentes amor insistente

durou dois anos.

Amor confuso de fim de ano

de corpo presente paixão ardente

talvez um engano.

Amei por mim amei por ti

amei por nós e nunca, entre nós

houve calor humano.

e amei demais e fui capaz

de suportar a dor por isso, amor

me deixa te amar mais este ano?

Jonas Neves Costa

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Iara

Venho dizer-te amor, que já não me tenho como mera criatura. Ganhou sentido a vida que outrora vagava pelo mundo a buscar o sopro que lhe faltara. A dor de não ter amado sucumbiu ao doce prazer de tua presença ausente.

Cruel e insensível mar que nos separa, sem coração é este que nos priva de um abraço caloroso e um beijo apaixonado.

Quantas foram as noites que passei junto a ti e ao mesmo tempo separado, a sonhar com um olhar que brilha apenas através do frio cristal líquido, olhar que limita-se ao momento em que foste tirada a fotografia que me traz o teu rosto.

Noites que falamos sobre planos futuros e que planejamos nossas vidas a dois, numa prisão sem muros que delimita o espaço entre nossos corações, uma prisão que me priva do toque de teus dedos e do doce som de sua voz.

Ao Deus que sempre cri peço perdão, e suplico que a ti me traga sem demoras, pois a dor de ter te e não tocar te é infame, e meus dias se encurtam por não sentir tua presença.

Mas não, não me permitirei chegar a loucura, pois em mim tenho a esperança de logo em breve tocar teu rosto, e sentir o mel adocicado de teus lábios, enquanto aprecio seus amendoados olhos que um dia me tomaram por escravo.

Sim, sou escravo de tua beleza, escravo de teu coração, escravo de teu amor que me alimenta e me faz sentir mais uma vez vivo.E quando encaro teu sorriso nas imagens límpidas que me enviaste, sinto nele uma suave brisa que me transporta aos teus pés, e me faz sentir o calor de teu corpo.

Viajo em sonhos e devaneios, numa clausura que me

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prende a tua devoção, e presto tributo a tua beleza que me envolve e me encanta constantemente.

Há! Como queria estar ao teu lado em teu despertar, fitando teu rosto claro a produzir o primeiro sorriso de teu dia, e teus olhos se abrindo e brilhando quando fitam meu rosto junto ao teu. Como queria estar a teu lado no nascer do sol, para ver com ele nascer mais uma vez nosso amor sincero.

Como queria mil vezes ao dia pronunciar teu nome, Iara, e gritar ao mundo o nome daquela que mandas em minha vida, Iara, e declarar num grito aos quatro cantos o nome daquela que um dia me apaixonei e durante uma vida amei, IARA!

E se existisse um idioma divino usá-lo ia para definir meu amor, pois essas medíocres palavras não definem tua beleza com precisão, nem o amor imenso que abita meu coração e o teu.

Se mil vezes dissesses que não me amava, mil vezes cortarias em pedaços meu coração, pois não suportaria a dor de perder-te, e morreria se me fosse negado apenas um beijo teu. Ai de mim amor se me for privado o brilho de teus olhos, o calor de teus abraços, as batidas de teu coração. Seria melhor que a este mundo não tivesse vindo! Seria melhor que de mim tivesse sido roubada a alma!

Fazem-se medíocres as palavras eu te amo, pois o que sinto por ti amor é quase sobre-humano, assim é antes de te ter em meus braços, e como será quando tocares teu rosto?

Posso morrer de amores por ti ao fitar teus olhos, mas não temo mal algum, pois antes de meu fim terei visto aquela que deu-me sentido a vida, que fez bater meu coração, que inspirou-me a ser poeta apaixonado, e trouxe a luz que iluminou meus pensamentos de amores guardados.

Agora compreendo porque tanto tempo meu amor

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permanecera adormecido em lágrimas, é porque a ti esperava sem demora, na certeza de que tu eras dona dele por completo.

Ao final desta carta amor, tenha certeza de que meu coração só por ti está batendo, até o momento que desejes o contrário.

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Iara II Nesta noite de calor incessante, quando deveria junto à

brisa leve da relva chegar uma felicidade constante, sinto meu coração calado, sussurrando um gemido estridente que há tempos se escondia na escuridão de meu estômago vazio. Recordo com dificuldade dos teus olhos que, outrora, brilhavam e transmitiam brilho aos meus, lembro de quando sonhava com tua boca doce tocando de leve os lábios meus, e a tua pele tão clara que sonhava tocar com meus dedos e acariciar com meu espírito, agora é fria como um mausoléu centenário, e preenchida em seu interior da fria sensação de abandono e tristeza.

Como foram longas as noites em que nos deliciávamos um com o outro, imaginando noites tempestuosas com raios de carinhos e relâmpagos de amor, ouvindo o estrondoso e inigualável som dos fenômenos naturais que a tempestade de nosso amor produzia. Seus cabelos emaranhavam-se nos meus, tornando-os um só, assim como deveras fosse nossas almas.

Palavras, tão simples palavras e gestos que proferimos e professamos em nossa curta história de amor. Palavras são fragmentos que se perderam no vazio de nossos corpos sedentos de um amor maior. Se não fossem as palavras, se não fossem os gestos, se não fossem os olhares, ainda hoje teria você ao meu lado. Palavras são construções e invenções do homem, apenas lingüística estruturalizada ao contexto de uma história vivida, apenas feixes de luz que sorrateiramente penetram no escuro do nosso coração.

E se hoje permito que esse coração outrora selado com um beijo teu ou um abraço apaixonado mais uma vez bata, de forma

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constante, é porque verdadeiramente não eras o amor que sonhei, era porque simplesmente, nunca fomos um. Guardo com carinho as noites e os dias, os olhares apaixonados, as juras falsas de amor eterno, a loucura de cada sensação, mas basta! Não quero mais ouvir o canto de um pássaro canoro e mudo, e sentir o aroma de uma rosa inodora, nem sentir pulsar meu coração antes vazio. Quero viver não mais uma vida apaixonado, mas quero morrer, se necessário hoje, por um amor puro e sagrado.

Sagrado sim, pois o amor resiste a tudo, e se sagrado recebe a proteção do amor maior, de seu criador uno e trino. E esse amor que jorra e vive em cada artéria de meu miserável corpo é o amor que necessito pra sobreviver à morte anunciada.

Não mais chamar-te-ei de amor, não mais jurar-te-ei eternidade, não mais viverei esperando-te. Vai! Segue teu caminho e busca teus ares necessários, pois em outro jardim ei de colher meu fruto da vida.

Agora sei que não se vive de lembranças e promessas, agora vejo que nunca amei um ser amado, agora sei que não mais vou viver assim. Pois faço mim as palavras do profeta, que com franqueza soube esperar a hora certa, e quando esta chegou, reconheceu: -Não sou eu mesmo nem nunca serei dono de mim!

Nunca te amei, amor, nunca senti o que disse que sentia, me enganei a cada instante de paixão alada, nunca me amou também, eu sei, senão teria se despedido de minha vida, e do amor que senti outrora, e se era amor, hoje não resta mais nada.

Vai, segue teu rumo que já estou trilhando o meu. Vai, e se puderes um dia volta, mas não diga adeus. Vai, pois agora sim bate meu coração, se é amor? Não sei! Prefiro ficar na dúvida, e viver uma vida de amor, do que viver uma morte de paixão!

Despeço de ti dizendo que por ti me apaixonei, mas a ti

Jonas Neves Costa

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nunca amei. E hoje voltasse à minha humilde e triste vida, diria que esta mandou lembranças antes de seu fim. Hoje encontrará um coração renovado, novamente apaixonado, mas desta vez, sem palavras, sem gestos, apenas amor, inigualável amor, indescritível amor, incomparável amor, inexplicável amor.

De um coração que um dia foi seu... Até sempre!

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