CTSA – Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente

Profs. Ana Luiza, Gustavo e Tatiana – 2ªUP/2018

Tema: Construção do conhecimento científico

Objetivos de aprendizagem:

▪ Apropriar-se de uma forma de análise (um modelo explicativo) do processo de construção do

conhecimento científico;

▪ Reconhecer essa forma de análise no contexto dos estudos de Isaac Newton;

▪ Aplicar essa forma de análise em outros contextos de estudos científicos;

▪ Comparar uma visão de ciência (proposta pelo historiador Boris Hessen) com as visões de ciência

analisadas no curso de Filosofia do 1º ano (Karl Popper e Thomas Kuhn);

▪ Valorizar a produção de discursos críticos e argumentativos.

▪ Valorizar o uso de ferramentas de pesquisa de fontes confiáveis e atualizadas e o uso de sistemas de

indexação de referências como o da ABNT.

Texto disparador de trabalho:

HESSEN, Boris. As razões sociais e econômicas do “Principia” de Newton. Disponível em:

http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol06a06.pdf . Acesso em 01/04/2018.

O texto também pode ser acessado através do portal de Física (Disponível em:

http://www.cei.santacruz.g12.br/~fisica/lessons/3up/newton.pdf. Acesso em 01/04/2018).

Cronograma de Atividades

▪ 09 ou 10/abril: publicação do documento nos portais das disciplinas envolvidas no projeto CTSA e

apresentação do mesmo com instruções sobre o trabalho (nas aulas de Biologia e Química);

▪ 16 ou 17/abril: divisão dos grupos de trabalho (nas aulas de Física);

▪ 23 ou 24/abril: apresentação e discussão das questões da parte 1 (nas aulas de Física) – 1ª ETAPA;

▪ 26 ou 27/abril: apresentação dos temas dos seminários (da 3ª etapa do trabalho), em aula conjunta de

Biologia e Química;

▪ 02 ou 03/maio: apresentação das estagiárias referentes à estrutura dos seminários (exemplo de

aplicação da forma de análise do processo de produção do conhecimento científico) – 2ª ETAPA;

▪ 21 ou 23/maio: plantão de dúvidas sobre os seminários, seguida de publicação da sinopse sobre os

seminários;

▪ 28, 29 ou 30/maio: finalização dos trabalhos: apresentação dos seminários e discussão FINAL – 3ª

ETAPA.

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Descrição das Atividades

1ª ETAPA:

▪ Leiam o texto de Boris Hessen.

▪ Formem grupos de seis ou sete alunos. A divisão dos grupos será ratificada nas aulas de Física dos dias

16 ou 17/04, quando cada grupo ficará responsável pela pesquisa de uma das questões.

▪ Em grupo, respondam as questões propostas. Todas(os) integrantes do grupo devem ter as respostas

documentadas em seu caderno.

▪ Essas questões serão apresentadas e debatidas na aula de Física (23 ou 24/04) no seguinte formato:

➢ Uma mesma questão terá sido pesquisada por dois grupos;

➢ Cada grupo terá em torno de 5 minutos para apresentar a resposta das questões para toda a

sala. A apresentação das respostas será no formato de seminário e necessariamente com uso de

slides;

➢ A discussão em sala partirá do contraste entre as duas respostas para a mesma questão, seguirá

com a participação dos demais alunos (afinal, todos leram o texto e refletiram sobre ele) até que

se chegue numa resposta mais completa que seja uma referência para todos;

➢ Após os debates terem sido realizados em todas as salas, as estagiárias irão publicar (nos portais

das disciplinas envolvidas no projeto CTSA) uma síntese das discussões de cada questão com os

elementos principais das respostas para cada questão;

➢ O objetivo principal dessa 1ª etapa de trabalho é que todos se apropriem de uma forma de

análise do processo de construção do conhecimento científico, a qual deverá ser aplicada na 2ª

etapa do trabalho em dois outros contextos.

Questões

As questões a seguir devem ser respondidas em grupo no formato de slides para apresentação em aula para os

demais colegas. É fundamental que o trabalho seja apresentado de forma organizada e refletindo pesquisa em

fontes atualizadas e de credibilidade, as quais devem ser corretamente citadas no trabalho.

Questão 1 O autor faz uma problematização dos contextos sociais/técnicos para propor um entendimento dos trabalhos escritos por Newton em seus Principia. A partir dessas informações,

a) identifique as principais características sociais, econômicas e históricas que estruturavam a Europa da época (análise estrutural);

b) relacione as características apontadas no item anterior ao desenvolvimento científico e tecnológico da época (análise conjuntural).

c) Pesquise e enumere pelo menos três outras necessidades sociais/técnicas além daquelas apontadas no texto, referentes a conhecimentos que atualmente classificamos como científico.

De acordo com Alves (2008):

Uma análise de conjuntura é um retrato dinâmico de uma realidade e não uma simples descrição

de fatos ocorridos em um determinado local e período. Ela deve ir além das aparências e buscar a

essência do real. [...] O desafio de qualquer análise de conjuntura é compreender as inter-relações

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das partes que formam o todo, pois a totalidade é um conjunto de múltiplas determinações.

Neste sentido, a análise de conjuntura funciona como um mapa que nos permite “viajar” na

realidade. [...] é a análise de conjuntura que busca traçar um mapa da correlação das forças

econômicas, políticas e sociais que constituem a estrutura e a superestrutura da sociedade, as

quais se vinculam através de relações de poder.

(ALVES, José Eustáquio Diniz. Análise de conjuntura: teoria e método. Disponível em:

<http://www.ie.ufrj.br/aparte/pdfs/analiseconjuntura_teoriametodo_01jul08.pdf> Acesso em: 14 abr. 2016)

Questão 2

“Comparando os principais problemas técnicos com os temas que dominavam a física desse período, chegamos à

conclusão de que esses temas eram determinados principalmente pelas tarefas econômicas e técnicas que

interessavam à nascente burguesia.”

Nesse trecho, o autor traz para a discussão os interesses que direcionavam os investimentos e trabalhos científicos e técnicos do período em questão.

a) Como essa situação se dá atualmente? Explique. b) Qual(is) a(s) diferença(s) entre ciência pura/básica, ciência aplicada e tecnologia? Organize numa tabela

comparativa semelhanças e diferenças entre elas. Questão 3 No primeiro ano do ensino médio foram discutidas nas aulas da professora Luciana, diferentes concepções

sobre a construção do conhecimento científico a partir de dois filósofos da ciência: Karl Popper e Thomas Khun.

De forma simplificada, pode-se afirmar que um deles parte de uma concepção internalista, enquanto outro

parte de uma concepção externalista de desenvolvimento científico.

a) Organize numa tabela comparativa semelhanças e diferenças entre elas.

b) Com qual dessas duas concepções a visão apresentada por Boris Hessen está mais alinhada? Justifique

sua resposta, apresentando argumentos confiáveis e consistentes com sua tese.

2ª ETAPA:

As estagiárias farão uma apresentação que utiliza a forma de análise do processo de construção do

conhecimento científico (analisada na 1ª etapa do trabalho) em novos contextos (que consiste na resposta à

questão abaixo). Os objetivos principais desta etapa são:

➢ Revisar as principais características do modelo explicativo sobre processo de construção do

conhecimento científico proposto por Boris Hesse;

➢ Utilizar essa forma de análise em novos contextos, os quais são diretamente relacionados à 3ª etapa do

trabalho (e aos conteúdos das aulas de Biologia e Química);

➢ Destacar elementos fundamentais para a elaboração de um seminário fluente.

Questão central para a apresentação: Como aponta Boris Hesse, são as necessidades sociais que geram e

financiam as pesquisas e a produção do conhecimento científico. Quais seriam algumas necessidades sociais que

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geram a pesquisa atual em a) tecnologia do DNA recombinante (também conhecida como “engenharia

genética”) e b) armas químicas usadas em guerras e conflitos diversos?

3ª ETAPA:

O principal objetivo da 3ª etapa do trabalho é aplicar a forma de análise do processo de construção do conhecimento científico proposto por Boris Hesse em outro contexto. Há duas opções principais de contextos, que podem ser escolhidos pelos grupos:

OPÇÃO A: Haber e a síntese da amônia.

OPÇÃO B: O Projeto Genoma Humano

Atenção: vocês trabalharão nos mesmos grupos estabelecidos na parte 1.

Descrição dos contextos e proposta de trabalho para a 3ª etapa

Vale lembrar que, independente do tema escolhido, é de extrema importância destacar aspectos sociais, econômicos e históricos do(s) período(s) abordado(s).

OPÇÃO A: Fritz Haber e a síntese da amônia

Em 1908, o químico Fritz Haber publicou o primeiro artigo relatando a síntese da amônia a partir do nitrogênio e do hidrogênio atmosféricos. Dois anos depois, a multinacional alemã BASF comprou a patente do processo e atribuiu a Carl Bosh, químico e engenheiro da empresa, a responsabilidade de adaptá-lo para a escala industrial.

Dez anos após a publicação do artigo inicial, em 1918, Haber seria laureado com o Prêmio Nobel da Química. O reconhecimento da fundação Nobel pelo trabalho de Bosh ocorreria em 1931 .

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Figura 1: Fritz Haber (1868-1934), natural da Polônia, graduou-se

em química e exerceu sua carreira de pesquisador na Alemanha. Disponível em:

https://www.sciencephoto.com/media/153207/view. Acesso em 08/04/2018.

Figura 2: Carl Bosh (1874-1940), químico e engenheiro alemão. Disponível

em: https://www.sciencephoto.com/media/223702/view. Acesso em 08/04/2018.

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Figura 3: Um dos primeiros reatores utilizados na síntese da amônia

exposto como monumento em praça próxima às instalações industriais da BASF, em Ludwigshafen, Alemanha. Disponível

em: https://www.basf.com/en/company/news-and-media/science-around-us/fertilizer-out-of-thin-air.html. Acesso em

08/04/2018.

Hoje, o desenvolvimento do processo denominado Haber-Bosh é considerado por alguns autores como uma das mais importantes invenções técnicas do século XX. Leia, a seguir, trecho extraído do livro Enriching the Earth, de Vaclav Smil.1

“Qual seria a mais importante invenção técnica do século XX? Aeroplanos, energia nuclear, vôo espacial, televisão e computadores estão entre as respostas mais comuns. Porém, nenhuma destas invenções teve a fundamental importância da síntese industrial da amônia a partir de seus elementos. O viver das 6 bilhões de pessoas de nosso mundo poderia ser melhor sem o Microsoft Windows e a TV de 600 canais e nem os reatores nucleares ou ônibus espaciais são determinantes críticos do bem-estar humano. Mas a única e mais importante mudança afetando a população mundial – sua expansão de 1,6 bilhões de pessoas em 1900 para os atuais 6 bilhões- não teria sido possível sem a síntese da amônia.”

Proposta de trabalho:

Não há como dissociar a síntese da amônia do nome de Fritz Haber. No entanto a associação ao cientista, muitas vezes, se restringe ao Nobel a ele conferido pelo feito. Aliás, apesar de anunciado em 1918, a premiação só

1 Citação feita no artigo: A síntese da amônia: alguns aspectos históricos. Revista Química Nova, 30, p. 240 (2007). Texto original: Smil, V.; Enriching the Earth, MIT

Press: Cambridge, Massachusets, 2000.

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ocorreu dois anos depois, em 1920, devido à guerra. Alguns ganhadores se recusaram a participar da cerimônia de premiação, em protesto contra a escolha de Haber. Mais ainda, por trás desta figura polêmica, temos uma esposa, também química, cujo perfil nos fornece pistas para entender melhor a figura da mulher cientista da época e compará-la à atual.

• Assista ao curta "Haber", produzido e dirigido por Daniel Ragussis. Disponível em: https://vimeo.com/18728629. Acesso em 08/04/2018.

• Leia o artigo intitulado: Fritz Haber: Héroi e vilão ou as duas faces da ciência, publicado no Boletim da Sociedade Portuguesa de Química, 135, p. 43 (2014), disponível em: https://www.spq.pt/magazines/BSPQuimica/667/article/30001929/pdf . Acesso em 25/04/2018.

Tarefa A tarefa é elaborar um seminário (no mínimo 10 e no máximo 15 minutos) para abordar os temas abaixo relacionados. Os grupos que optaram pela opção A devem procurar se aprofundar em um dos seguintes temas:

1. Ética na ciência. O cientista e as guerras: Qual o papel da ciência e do cientista nas guerras? Discuta os desenvolvimentos científicos alcançados nas guerras e os conflitos éticos aos quais são expostos os cientistas.

2. Pesquisa básica, aplicada e a indústria bélica. Como a ciência básica está vinculada à aplicada e à indústria bélica?

3. Mulheres na ciência. Qual era o papel da mulher cientista no início do século XX? Em que medida se diferenciou do que ocorreu em séculos anteriores?

Detalhamento dos temas Tema 1: Partindo do exemplo de Haber, deve procurar destacar eventos científicos ocorridos em períodos de guerra, e discutir se é possível estabelecer conexão direta entre desenvolvimento científico e indústria bélica. Por outro lado, deve pesquisar também se, no mesmo período, houve atuações/desenvolvimentos científicos que possam ser desvinculados da indústria da guerra.

Fontes de informação para a pesquisa:

• CHAGAS, Aécio Pereira et al. A síntese da amônia: alguns aspectos históricos. Química nova, v. 30, p. 240, 2007. Disponível em: http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/Vol30No1_240_38-AG05215.pdf . Acesso em 08/04/2018.

• DE MOURA, André Farias. A inovação tecnológica e o avanço científico: a química em perspectiva. Química Nova, v. 23, n. 6, p. 851, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v23n6/3545.pdf . Acesso em 08/04/2018.

• King, G. Fritz Haber’s Experiments in Life and Death. Portal Smithsorian.com., jun/2012 Disponível em: http://www.smithsonianmag.com/history/fritz-habers-experiments-in-life-and-death-114161301/#ptho0KoBJe3u8E5S.99. Acesso em 08/04/2018.

• Everts, S. A Brief History of Chemical War. Science History Institute. (2015). Disponível em: https://www.sciencehistory.org/distillations/magazine/a-brief-history-of-chemical-war . Acesso em 08/04/2018.

Tema 2: Partindo da importância da síntese da amônia para a agricultura, sua controversa utilização na indústria bélica durante a I Guerra Mundial e as pesquisas básicas desenvolvidas na época, deve discutir as relações

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estabelecidas entre as pesquisas básica e aplicada, e como estas se relacionam à indústria da guerra, nos séculos XX e XXI.

Fontes de informação para a pesquisa:

• CHAGAS, Aécio Pereira et al. A síntese da amônia: alguns aspectos históricos. Química nova, v. 30, p. 240, 2007. Disponível em: http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/Vol30No1_240_38-AG05215.pdf . Acesso em 08/04/2018.

• DE MOURA, André Farias. A inovação tecnológica e o avanço científico: a química em perspectiva. Química Nova, v. 23, n. 6, p. 851, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v23n6/3545.pdf . Acesso em 08/04/2018.

• 100 anos de síntese da amônia, a descoberta que mudou o mundo. Revista Inovação Tecnológica. (2008). Disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=100-anos-de-sintese-da-amonia--a-descoberta-que-mudou-o-mundo#.WBJyeOgrKhe. Acesso em 08/04/2018.

• Nitrato de amônio, NH4NO3. Química Nova Interativa. Sociedade Brasileira de Química (SBQ). Disponível em: http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=hfai0IYyKfSBgE0Pd_ojUhdAvOrS6gs6QDsZi_w_IDn8eqnevuyn0tkhlM8vTwYAah3xw5C92GxyyI5tXXRetw . Acesso em 08/04/2018.

• Borges, J. C; Hipólito, D. A. Uma descoberta que mudou o mundo. Ciência Hoje Uol (2008). Disponível em: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4251/n/uma_descoberta_que_mudou_o_mundo. Acesso em 08/04/2018.

• 100 Years of ammonia synthesis: from the first mineral fertilizer to clean air. BASF (vídeo institucional da empresa BASF). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pzFZ9TYizaw .

• Fertilizer out of thin air. BASF (2013). Disponível em: https://www.basf.com/en/company/news-and-media/science-around-us/fertilizer-out-of-thin-air.html . Acesso em 08/04/2018.

Tema 3: Partindo da história de Clara Immerwahr, com ênfase na época em que viveu e nas dificuldades enfrentadas para seguir a carreira científica, deve discutir o papel da mulher na ciência no século XX e em comparação com os séculos anteriores. Não se trata de elaborar uma lista com biografias de mulheres de destaque na ciência, mas de traçar processo histórico, destacando conquistas, denúncias, avanços e, até mesmo retrocessos ao longo dos anos.

Fontes de informação para a pesquisa:

• Guimarães, M. Ciência: palavra (pouco) feminina. Revista Pesquisa Fapesp (2011), disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2011/12/26/ciencia-palavra-pouco-feminina/. Acesso em 08/04/2018.

• Harding, S. Gênero, democracia e filosofia da ciência. Reciis, 1 (1): 163-168, 2007. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17583/2/ve_Harding_Sandra_2007_pt.pdf Acesso em: 06/04/2018.

• Silva, E.B. Des-construindo gênero em ciência e tecnologia. Cadernos Pagu, 10: 7-20, 1998. Disponível em: http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/2134 Acesso em: 06/04/2018.

OPÇÃO B: O Projeto Genoma Humano (PGH)

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Um dos mais renomados geneticistas brasileiros da atualidade, Francisco Salzano, escreveu o seguinte sobre o Projeto Genoma Humano em um de seus livros mais recentes2:

[...] A ideia, sugerida por alguns visionários na metade da década de 1980, foi inicialmente muito criticada pela comunidade científica, mas após a chancela de uma comissão da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, houve a montagem de toda uma estrutura institucional nos Estados Unidos, França, Reino Unido e Canadá para concretizá-la. Cria-se uma organização não governamental (HUGO) para coordenar a interação entre os pesquisadores, com adesão ao programa também da Alemanha e da China.

O Projeto Genoma Humano é lançado oficialmente em 1990, com uma meta de que a tarefa fosse completada em 2005. Surge então uma controvérsia sobre se as sequências obtidas deveriam ou não ser patenteadas. Desgostoso com a política do National Institutes of Health (NIH) a respeito, James D. Watson, o primeiro diretor do Projeto, afasta-se. [...]

Os trabalhos desenvolviam-se normalmente, de acordo com os planos, quando em 1988 um dos pesquisadores do NIH, Craig Venter, anuncia que iria fundar uma companhia privada (a Celera Genomics) para efetuar todo o sequenciamento em três anos. A notícia caiu como uma bomba na reunião anual, que era sempre realizada em Cold Spring Harbour (EUA), para a discussão sobre os progressos realizados pelo Projeto durante o ano. Watson, irritado, comparou a tentativa de Venter de tomar conta do sequenciamento humano com a invasão da Polônia pela Alemanha em 1939, e interpelou Francis Collins, o novo diretor do Projeto, se ele agiria como Chamberlain ou Churchill nos eventos que culminaram com a Segunda Guerra Mundial.

Longe de se intimidarem, os integrantes do Consórcio Público aceleraram as pesquisas e finalmente, em 2000, em cerimônia solene, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, e o primeiro ministro do Reino Unido, Tony Blair, anunciaram a finalização da primeira versão do genoma humano. [...]

O material do Consórcio Público foi publicado em número especial da Nature de 15 de fevereiro de 2001 e o da Celera, no dia seguinte, na Science. Mas a discussão sobre os métodos utilizados pelos dois grupos, o clone-by-clone shotgun, CCS (Consórcio Público) ou o whole-genome shotgun, WGS (Celera), prosseguiu nos dois anos subsequentes, inclusive com Waterson, Lander e Sulston (2002, 2003) acusando o grupo privado de utilizar dados que eram disponibilizados publicamente pelo Consórcio Público para a montagem de seus dados. [...]

A sequência original do genoma humano vem sendo revisada de uma maneira contínua, e as sucessivas versões foram sendo disponibilizadas publicamente. Um processo metódico de revisão, cromossomo por cromossomo, foi finalizado em 2006.

No entusiasmo de divulgação dos resultados, tanto cientistas e políticos quanto a mídia em geral exageraram sobre o significado da descoberta. O presidente Clinton mencionou que “hoje nós estamos aprendendo a linguagem com a qual Deus criou a vida”, e Collins assinalou que “hoje nós celebramos a revelação do primeiro rascunho da vida humana”.

2 Salzano, F. M. Genômica e evolução: moléculas, organismos e sociedades. São Paulo: Oficina de Textos, 2012.

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Essas metáforas podem fazer mais mal do que bem à ciência. [...] o genoma carrega informação desenvolvida através do nosso processo evolucionário que é traduzida fisiologicamente pelas células. Chamar o genoma de “livro da vida” implica que ele foi escrito com uma intenção, para ser lido pelos humanos. Essa confusão na intenção e na audiência-alvo interpreta erroneamente o papel dos cientistas.

Encontro no Cold Spring Harbor Laboratory

em Nova Iorque em 1989, antes do

lançamento do Projeto Genoma Humano.

(Imagem disponível em:

https://www.nature.com/news/human-genome-project-

twenty-five-years-of-big-biology-1.18436 Acesso em:

05/04/2018)

Capa das revistas Nature e Science de

fevereiro de 2001.

(Imagens disponíveis respectivamente em:

https://www.researchgate.net/figure/Cover-of-Nature-

human-genome-issue-published-on-15-February-

2001The-image-by-Eric_fig6_10939080 e

http://science.sciencemag.org/content/291/5507 Acesso

em: 05/04/2018)

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Craig Venter, Bill Clinton e Francis Collins no

anúncio oficial da finalização do

sequenciamento do Genoma Humano na Casa

branca em 26/06/2000.

(Imagem disponível em:

https://www.gettyimages.com/detail/news-

photo/president-bill-clinton-is-joined-by-craig-venter-

president-news-photo/97346609#/president-bill-clinton-

is-joined-by-craig-venter-president-of-the-picture-

id97346609 Acesso em: 05/04/2018)

Veja evento completo em:

https://www.youtube.com/watch?v=slRyGLmt3qc (acesso em 05/04/2018).

Proposta de trabalho:

O Projeto Genoma humano envolve colaboração transnacional no processo de produção do conhecimento científico e é um exemplo de desenvolvimento tecnológico impulsionando a ciência (e vice-versa). É também um dos mais icônicos exemplos de competição e ganância em produção científica. Esse paradoxo está ainda associado a uma concepção arraigada de “determinismo genético”, que perdura desde o auge da eugenia e carrega diversas questões éticas. Tudo isso coloca os bilhões de letrinhas ATCGs do DNA envoltas em bilhões de dólares e muitas disputas, como disputas por patentes e por prêmios Nobel (veja aqui uma breve lista de diversos prêmios Nobel associados à Genética: https://webs.ucm.es/info/genetica/AVG/nobel/nobel.htm - acesso em: 05/04/2018).

• Assista ao vídeo “Lições do Genoma Humano”: https://www.youtube.com/watch?v=qOW5e4BgEa4

• Veja as linhas do tempo que mostram eventos marcantes do estudo da Genética Humana, tendo o Projeto Genoma Humano como foco: https://unlockinglifescode.org/timeline

Tarefa A tarefa é elaborar um seminário (no mínimo 10 e no máximo 15 minutos) para abordar os temas abaixo relacionados. Os grupos que optaram pela opção B devem procurar se aprofundar em um dos seguintes temas:

4. Eugenia – ciência, pseudociência e ética: perspectiva histórica da eugenia e contextualização, nesse

panorama, das técnicas de terapia gênica, que configuravam a “grande promessa da medicina” pós-

PGH.

5. Pesquisa básica, pesquisa aplicada e propriedade intelectual: estudo do caso do patenteamento de genes e da “corrida” para o sequenciamento do genoma humano como ponto de partida para análise da relação entre pesquisa básica e pesquisa aplicada.

6. Mulheres na ciência: Qual era o papel da mulher cientista no início do século XX? O que mudou de lá para cá?

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Detalhamento dos temas Tema 4: O trabalho envolve definir os tipos de eugenia e identificar claramente como o uso das técnicas de terapia gênica se relaciona a um dos tipos de eugenia. É importante descrever a origem da eugenia e alguns episódios históricos em que a prática foi marcante. Nesse contexto, deve-se abordar as técnicas de terapia gênica como a grande promessa da medicina a partir do Projeto Genoma Humano e destacar, dentre as possibilidades propiciadas por essas técnicas, a relação com um dos tipos de eugenia, apresentando as devidas ponderações éticas e científicas.

Fontes de informação para a pesquisa:

• Documentário Homo sapiens 1900 (Peter Cohen, 1998). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TPSjjElIIZM Acesso em: 03/04/2018.

• Leite, M. Vinte anos de 'Gattaca' e os dilemas éticos da Era dos Bebês Transgênicos. Folha de São Paulo, 26/11/2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/11/1937931-vinte-anos-depois-de-gattaca-genes-perfeitos-seguem-longe-da-realidade.shtml Acesso em: 03/04/2018.

• Pena, S.D. Bebês à la carte? Revista Ciência Hoje Online, 08/12/2006. Disponível em: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4364/n/bebes_a_la_carte Acesso em: 03/04/2018.

• Caplan, A.L. e cols. What is immoral about eugenics? BMJ, 319 (7220): 1284, 1999. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1129063/ Acesso em: 03/04/2018.

• Del Cont, V. O controle de características genéticas humanas através da institucionalização de práticas socioculturais eugênicas. Sci. Stud., 11 (3): 511-30, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ss/v11n3/04.pdf Acesso em: 03/04/2018.

• Callaway, E. Gene-editing research in human embryos gains momentum. Nature, 532: 289–290, 2016. Disponível em: http://www.nature.com/news/gene-editing-research-in-human-embryos-gains-momentum-1.19767 Acesso em: 03/04/2018.

• Sample, I. e Davis, N. Should we genetically engineer humans? The Guardian Podcast, 01/05/2015. Disponível em: https://www.theguardian.com/science/audio/2015/may/01/genetics Acesso em: 03/04/2018.

• DFTBA – Kurzgesagt: in a Nutshell. Genetic engineering will change everything forever – CRISPR. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jAhjPd4uNFY Acesso em: 03/04/2018.

• Offord, C. The rising research profile of 23andMe. The Scientist, 01/12/2017. Disponível em: https://www.the-scientist.com/?articles.view/articleNo/51073/title/The-Rising-Research-Profile-of-23andMe/ Acesso em: 03/04/2018.

• Kraves, S. The era of personal DNA testing is here. TED BCG Paris, maio 2016. Disponível em: https://www.ted.com/talks/sebastian_kraves_the_era_of_personal_dna_testing_is_here Acesso em: 03/04/2018.

• Zatz, M. Proteger a provacidade é crucial para os serviços de saúde. Rádio USP, 04/04/2018. Disponível em: http://jornal.usp.br/atualidades/proteger-privacidade-e-crucial-para-futuro-dos-servicos-de-saude/ Acesso em: 05/04/2018.

• Filme de ficção científica Gattaca (Andrew Niccol, 1997). Informações e trailler disponíveis em: http://www.imdb.com/title/tt0119177/ Acesso em: 05/04/2018.

• Série de ficção científica Engenharia reversa (Men Against Fire, Black Mirror T3-E5, Jakob Verbruggen, 2016). Informações disponíveis em: http://www.imdb.com/title/tt5709234/ Acesso em: 05/04/2018.

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Tema 5: O trabalho envolve abordar a corrida entre o consórcio público e a empresa privada para sequenciamento do Genoma Humano, as razões que levaram a essa disputa e os interesses de ambos os lados. Deve, ainda, a) usar esse caso como exemplo para descrever como funcionam os processos de propriedade intelectual relacionados às pesquisas científicas e tecnológicas e b) definir claramente pesquisa básica, pesquisa aplicada, ciência e tecnologia no contexto desse estudo de caso.

Fontes de informação para a pesquisa:

• Nguyen, T. The race to sequence the human genome. TED-ed, 12/10/2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AhsIF-cmoQQ&t=40s Acesso em: 04/04/2018.

• Your Genome. Why was there a race to sequence the human genome? Disponível em: https://www.yourgenome.org/stories/why-was-there-a-race-to-sequence-the-human-genome Acesso em: 04/04/2018.

• Karow, J. The Human Genome Race. Scientific American, 24/04/2000. Disponível em: https://www.scientificamerican.com/article/the-human-genome-race/ Acesso em: 04/04/2018.

• Simoncelli, T. Should you be able to patent a human gene? TEDx AmoskeagMillyard, nov. 2014. Disponível em: https://www.ted.com/talks/tania_simoncelli_should_you_be_able_to_patent_a_human_gene Acesso em: 03/04/2018.

• Chial, H. DNA sequencing technologies key to the Human Genome Project. Nature Education 1(1): 219, 2008. Disponível em: https://www.nature.com/scitable/topicpage/dna-sequencing-technologies-key-to-the-human-828 Acesso em: 04/04/2018.

• Amsen, E. Life After Sequencing. The Scientist, 01/02/2016. Disponível em: https://www.the-scientist.com/?articles.view/articleNo/45101/title/Life-After-Sequencing/ Acesso em: 05/04/2018.

• Kiel, M.J. How to sequence the human genome. TED-ed, 09/12/2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MvuYATh7Y74&vl=pt-BR Acesso em: 04/04/2018.

• Resnick, R. Welcome to the genomic revolution. TEDx Boston, 2011. Disponível em: https://www.ted.com/talks/richard_resnick_welcome_to_the_genomic_revolution/ Acesso em: 03/04/2018.

• Offord, C. DNA Sequencing: From Tedious to Automatic. The Scientist, 01/10/2016. Disponível em: https://www.the-scientist.com/?articles.view/articleNo/47153/title/DNA-Sequencing--From-Tedious-to-Automatic/

• Butler, D. Human genome at ten: Science after the sequence. Nature, 23/06/2010. Disponível em: https://www.nature.com/news/2010/100623/full/4651000a.html Acesso em: 05/04/2018.

• Offord, C. The rising research profile of 23andMe. The Scientist, 01/12/2017. Disponível em: https://www.the-scientist.com/?articles.view/articleNo/51073/title/The-Rising-Research-Profile-of-23andMe/ Acesso em: 03/04/2018.

• Kraves, S. The era of personal DNA testing is here. TED BCG Paris, maio 2016. Disponível em: https://www.ted.com/talks/sebastian_kraves_the_era_of_personal_dna_testing_is_here Acesso em: 03/04/2018.

• Zatz, M. Proteger a privacidade é crucial para os serviços de saúde. Rádio USP, 04/04/2018. Disponível em: http://jornal.usp.br/atualidades/proteger-privacidade-e-crucial-para-futuro-dos-servicos-de-saude/ Acesso em: 05/04/2018.

Tema 6: Partindo da história de Rosalind Franklin, com ênfase na época em que viveu e nas dificuldades enfrentadas no meio científico, o trabalho deve discutir o papel da mulher na ciência desde o início do século XX

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até atualmente. A atividade científica de Rosalind Franklin pode, por exemplo, ser comparada à de mulheres que atuaram no Projeto Genoma Humano e à de mulheres cientistas atuantes hoje em dia. Não se trata de elaborar uma lista com biografias de mulheres de destaque na ciência, mas de traçar o processo histórico, destacando conquistas, denúncias, avanços e até mesmo retrocessos ao longo dos anos.

Fontes de informação para a pesquisa:

• Elkin, L. Rosalind Franklin and the Double Helix. hysics Today 56 (3): 42-48, 2003. Disponível em: https://physicstoday.scitation.org/doi/full/10.1063/1.1570771 Acesso em: 03/04/2018.

• Wellcome Library. The Rosalind Franklin papers. Disponível em: http://wellcomelibrary.org/collections/digital-collections/makers-of-modern-genetics/digitised-archives/rosalind-franklin/ Acesso em: 03/04/2018.

• Lloyd, R. Rosalind Franklin and DNA: How wronged was she? Scientific American, 03/11/2010. Disponível em: https://blogs.scientificamerican.com/observations/rosalind-franklin-and-dna-how-wronged-was-she/ Acesso em: 03/04/2018.

• Cold Spring Harbour Laboratory. Raymond Gosling on Working on DNA with Rosalind Franklin. Disponível em: http://library.cshl.edu/oralhistory/interview/scientific-experience/molecular-biologists/working-dna-rosalind-franklin/ Acesso em: 03/04/2018.

• Science History Institute. James Watson, Francis Crick, Maurice Wilkins, and Rosalind Franklin: these four scientists codiscovered the double-helix structure of DNA, which formed the basis for modern biotechnology. Disponível em: https://www.sciencehistory.org/historical-profile/james-watson-francis-crick-maurice-wilkins-and-rosalind-franklin Acesso em: 04/04/2018.

• Gosling, R. Rosalind Franklin points out Watson and Crick's mistakes. Disponível em: https://www.dnalc.org/view/15260-Rosalind-Franklin-points-out-Watson-and-Crick-s-mistakes-Raymond-Gosling.html Acesso em: 05/04/2018.

• da Silva, M.R. As controvérsias a respeito da participação de Rosalind Franklin na construção do modelo da dupla hélice. Sci. stud., 8 (1), 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662010000100004 Acesso em: 05/04/2018.

• Fredholm, L. The discovery of the molecular structure of DNA. NobelPrize.org, 30/set/2003. Disponível em: https://www.nobelprize.org/educational/medicine/dna_double_helix/readmore.html Acesso em: 05/04/2018.

• Mcgrayne, S.B. Mulheres que ganharam o prêmio Nobel em ciências: suas vidas, lutas e notáveis descobertas. São Paulo: Marco Zero, 1994. Trechos disponíveis em: https://books.google.com.br/books?id=p4XSGPTzV_kC&pg=PA159&lpg=PA159&dq=nobel+gen%C3%A9tica&source=bl&ots=qdu2ZW4A3N&sig=WFdeTxuOuK7iZd5DSevd6clQ6kI&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwjN3p_tk6TaAhXIQZAKHcmjA1s4KBDoAQhoMAk#v=onepage&q=nobel%20gen%C3%A9tica&f=false Acesso em: 05/04/2018.

• Watson, J. How we discovered DNA. TED Talks, fev. 2005. Disponível em: https://www.ted.com/talks/james_watson_on_how_he_discovered_dna Acesso em: 03/04/2018.

• Harding, S. Gênero, democracia e filosofia da ciência. Reciis, 1 (1): 163-168, 2007. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17583/2/ve_Harding_Sandra_2007_pt.pdf Acesso em: 06/04/2018.

• Silva, E.B. Des-construindo gênero em ciência e tecnologia. Cadernos Pagu, 10: 7-20, 1998. Disponível em: http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/2134 Acesso em: 06/04/2018.

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Sugestões para o bom desenvolvimento de trabalho em grupo O trabalho em grupo pode ser executado em etapas. A seguir uma sugestão de encaminhamento dessas etapas: Etapa 1 Esta etapa envolve um trabalho de pesquisa individual. Crie uma pasta em seu computador para arquivar as referências utilizadas (artigos, portais de navegação, endereços de vídeos, imagens, etc) e registrar a síntese de sua pesquisa. Etapa 2 Esta segunda etapa envolve socialização da pesquisa com os demais integrantes do grupo. É imprescindível que esta etapa seja realizada coletivamente, para evitar repetições e garantir estabelecimento de relações entre os temas pesquisados. Etapa 3 Esta última etapa envolve a produção do material a ser apresentado para a sala em data previamente agendada. Apesar do trabalho se dar em grupo, alguns integrantes apresentam melhor habilidade em uma área que em outra. Assim, muitas vezes, para tornar o trabalho mais produtivo e prazeroso, é interessante distribuir tarefas. Na produção de uma apresentação, temos como tarefas principais:

• elaboração de um roteiro;

• seleção de imagens e/ou filmagem;

• organização final. Vale lembrar que todos podem e devem contribuir com todas as tarefas, no entanto, cada integrante pode ficar responsável por uma delas. Após apresentação, o grupo deve estar apto a atender aos questionamentos do professor e da classe.