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Cuba para neófitos. Índice A Revolução Cubana O Suicídio em Cuba Produção de açúcar Fuga de Havana Tenho ouvido muitos jovens desiludidos com a atuação do PT. A esperança com que depositaram sua confiança em um partido que pretendia mudar “tudo o que está aí” é um fato recorrente em nossa história e nossa vida política. Mas ao mesmo tempo, toda a geração tem aqueles que não abandonam suas convicções nem que seu mundo desabe sobre a própria cabeça. Aliás, parece que quanto mais errada possa ter sido a orientação, mais se agarram aos dogmas e pressupostos factuais que eternizam seu modo de pensar e terminam servindo de estrume para a germinação de novos ideais políticos desastrados nas gerações posteriores. A geração petista foi forjada pelos que nunca abandonaram sua confiança na revolução cubana e na figura pseudo-clarividente de Fidel Castro. Árvore que nasce torta não pode crescer senão com as deformações de origem e, ao fim, revelar sua própria natureza. Como as abordagens sobre Cuba em geral falam no extraordinário fracasso econômico da ilha, acobertado pelo bode expiatório do bloqueio dos EUA, resolvi publicar diversos artigos, começando pelo jornalista Fernando Pedreira, falando sobre o entusiasmo provocado pela revolução e outro de Guilherme Cabrera Infante sobre o Suicídio em Cuba, os dois publicados em 1975 e 1983, respectivamente; depois seguem-se artigos que vou publicando a medida que acho relevante, como os acontecimentos da frustrada tentativa de colher 10 milhões de toneladas de cana de açúcar nos anos 70, utilizando — acreditem — trabalho forçado. Enquanto para os simpatizantes distantes a desilusão com a revolução cubana não passa de um incômodo gerado pela percepção da fraude moral, para os envolvidos com a própria construção da nova sociedade cubana, não ultrapassa um ato de desespero e, por fim, de suicídio. Antes porém, um link para um documentário de Nestor Almendros sobre a repressão não só aos "homossexuais" cubanos, os famosos campos de concentração onde eram considerados "maricons" todos os poetas e escritores. Como vivemos sob o estigma da homofobia, alardeado aos quatro cantos pela ascensão do PT ao poder, com a criminalização até mesmo do repertório de piadas brasileiro, vale a pena ver o documentário pelo seu inverso, isto é, de perseguição aos homossexuais através de rituais de depuração, praticados por um regime que é apoiado pelo partido que se diz o defensor dos gays. A importância do documentário serve para desmistificar qualquer pretensão de liberalidade do petismo com relação ao comportamento humano. Mala Conducta “Não é de estranhar que, num tal quadro, a vitória da revolução castrista em Cuba, em 1959, tivesse o impacto que teve. Fidel, com suas barbas e seu uniforme, é hoje uma figura de rotina, incapaz de produzir fervores românticos até mesmo em menininhas recém-chegadas à Universidade. Em 1959, entretanto, ele ainda não se tinha declarado comunista e nem de longe podia ser tido como um

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  • Cuba para nefitos.

    ndice

    A Revoluo CubanaO Suicdio em CubaProduo de acarFuga de Havana

    Tenho ouvido muitos jovens desiludidos com a atuao do PT. A esperana com que depositaram sua confiana em um partido que pretendia mudar tudo o que est a um fato recorrente em nossa histria e nossa vida poltica. Mas ao mesmo tempo, toda a gerao tem aqueles que no abandonam suas convices nem que seu mundo desabe sobre a prpria cabea. Alis, parece que quanto mais errada possa ter sido a orientao, mais se agarram aos dogmas e pressupostos factuais que eternizam seu modo de pensar e terminam servindo de estrume para a germinao de novos ideais polticos desastrados nas geraes posteriores. A gerao petista foi forjada pelos que nunca abandonaram sua confiana na revoluo cubana e na figura pseudo-clarividente de Fidel Castro. rvore que nasce torta no pode crescer seno com as deformaes de origem e, ao fim, revelar sua prpria natureza.

    Como as abordagens sobre Cuba em geral falam no extraordinrio fracasso econmico da ilha, acobertado pelo bode expiatrio do bloqueio dos EUA, resolvi publicar diversos artigos, comeandopelo jornalista Fernando Pedreira, falando sobre o entusiasmo provocado pela revoluo e outro de Guilherme Cabrera Infante sobre o Suicdio em Cuba, os dois publicados em 1975 e 1983, respectivamente; depois seguem-se artigos que vou publicando a medida que acho relevante, como os acontecimentos da frustrada tentativa de colher 10 milhes de toneladas de cana de acar nos anos 70, utilizando acreditem trabalho forado. Enquanto para os simpatizantes distantes a desiluso com a revoluo cubana no passa de um incmodo gerado pela percepo da fraude moral, para os envolvidos com a prpria construo da nova sociedade cubana, no ultrapassa um ato de desespero e, por fim, de suicdio.

    Antes porm, um link para um documentrio de Nestor Almendros sobre a represso no s aos "homossexuais" cubanos, os famosos campos de concentrao onde eram considerados "maricons" todos os poetas e escritores. Como vivemos sob o estigma da homofobia, alardeado aos quatro cantos pela ascenso do PT ao poder, com a criminalizao at mesmo do repertrio de piadas brasileiro, vale a pena ver o documentrio pelo seu inverso, isto , de perseguio aos homossexuaisatravs de rituais de depurao, praticados por um regime que apoiado pelo partido que se diz o defensor dos gays. A importncia do documentrio serve para desmistificar qualquer pretenso de liberalidade do petismo com relao ao comportamento humano.

    Mala Conducta

    No de estranhar que, num tal quadro, a vitria da revoluo castrista em Cuba, em 1959, tivesse o impacto que teve. Fidel, com suas barbas e seu uniforme, hoje uma figura de rotina, incapaz de produzir fervores romnticos at mesmo em menininhas recm-chegadas Universidade. Em 1959, entretanto, ele ainda no se tinha declarado comunista e nem de longe podia ser tido como um

  • preposto da Unio Sovitica. Ao contrrio, era o heri revolucionrio, sem medo e sem mcula, que, frente de um punhado de idealistas, havia posto abaixo a corrupta ditadura do sargento Batista. Fidel, naquele momento, aparecia como alguma coisa de novo e de puro que houvesse brotado do cho da Amrica. E isto no s para os mais jovens ou para os mais radicais, mas tambm para muitos dos mais velhos e aparentemente mais sensatos. Fidel tinha o apoio e a simpatia do "New York Times" e de alguns dos maiores jornais do Continente. Vindo ao Brasil, numa rpida viagem, seria recebido como heri e quase como filho pelas melhores famlias do Rio e de So Paulo. As primeiras pginas dos jornais do mundo inteiro estavam cheias das suas imagens, das suas palavras, dos seus gestos.

    Chega a ser estranho recordar hoje tudo isso. Que espantosa sede de idealismo e de generosidade, que acesso universal de romantismo pode ter levado tanta gente sria e inteligente a deixar-se arrastar a uma tal febre, diante da aventura bem sucedida de um grupo de jovens barbudos e desconhecidos numa ilha do Caribe? Eis a um episdio, pelo menos, que no se pode jogar simplesmente conta da imaturidade dos moos. No havia, em toda a Amrica Latina, lder popular ou poltico que no quisesse vestir as barbas do cubano. Mesmo nos Estados Unidos, a vitria de Kennedy, assim como o estilo e at o destino de sua presidncia, seriam fortemente marcados pelo impacto do fidelismo. O encanto, para os liberais, duraria pouco. J em meados de 61, Castro iria declarar-se marxista e, em pouco tempo, identificar-se com os mtodos e a ortodoxia do PC. As repercusses da sua entrada triunfal em Havana, entretanto, dois anos antes, nem por issotero deixado de assinalar a cristalizao de uma nova atitude e de um novo estado de esprito ente as geraes mais novas.

    Para trs ficaram a revoluo institucionalizada e burocratizada dos soviticos, o socialismo pelo voto dos europeus e at mesmo a lenta sublevao camponesa dos chineses. Sierra Maestra era o herosmo ao alcance de todos, fulminante e tentador. Um grupo de moos decididos, armados de alguns fuzis e da indispensvel chama sagrada, podia fazer ruir as instituies corruptas, purificar o pas, arrastar as massas inumerveis. Logo comearam a aparecer os propagandistas, os exegetas, ostericos do "caminho" cubano.

    Fernando Pedreira, A Liberdade e a Ostra, Nova Fronteira, 1976, pgs. 46-48

    Guillermo Cabrera Infante ENTRE LA HISTORIA Y LA NADA Notas sobre una ideologa del suicidio Nota: Passe o mouse sobre os links para obter a traduo de alguns termos "habaneros"

    Es evidente (si no lo ser antes de que termine este ensayo con un tiro en la sien ajena) que siento o padezco una curiosidad morbosa, un atractivo fatal, una suerte de fascinacin por el suicidio no slo de los dems. Veo el suicidio no como una va de escape sino como un bastin de defensa que es un muro infranqueable: el recurso primero y ltimo. Tambin podra ser una exploracin de los extremos posibles de la personalidad y del ser. Pero de pronto, un da, despus de conocer la noticia del suicidio dramtico (el suicidio es siempre una salida teatral, como lo demuestra Hedda Gabbler:

  • exit, then sudden last curtain) de Hayde Santamara, herona de la Revolucin Cubana que escogano ser una mrtir, como haban sido su hermano Abel y su novio Boris Santa Coloma (ambos asesinados en el asalto al cuartel Moncada en 1953), sino una suicida, fue en ese momento que pens que la Yey familiar que conoc no era una vctima: su suicidio era una declaracin de principios y de fines. El suicidio era su nica ideologa, a pesar del fidelismo que la hizo poltica y del marxismo al que se convirti ms tarde. Hayde Santamara no haba nacido para la muerte, como todos, sino para el suicidio, como the unhappy few. Esta fe revelada ahora era la fe de unos pocos y la nica ideologa cubana posible a la revolucin, a la Repblica antes, a Cuba desde el siglo anterior. Todos los dems suicidas de que voy a hablar en seguida parecen personajes voluntariamente trgicos. En realidad no son ms que versiones polticas de Chegerezada, a quienesel Gran Dios que invent Herdoto conmina: "La historia o la vida." La Revolucin Cubana es esa historia prometida.

    No se puede entender la Revolucin Cubana si no se considera como uno de sus elementos integrales, casi esencial, al suicidio. El trmino revolucin por supuesto es aqu una mera convencin poltica, como el nacional-socialismo de Hitler. En Cuba siempre se ha hablado de revolucin y a menudo de Revolucin: durante la colonia, en las guerras de independencia y, por descontado, en la repblica, de 1902 a 1958. El partido independentista, fundado en su exilio americano por Jos Mart, se llam Partido Revolucionario Cubano. Lo que no pareci inusitado ni peligroso entonces. Luego cada rebelin, revuelta o motn local, ms o menos confuso, contra el orden republicano, ms o menos democrtico, era una revolucin. El mximo lder antimachadista fue el profesor universitario y mdico Ramn Grau San Martn, personaje de veras suigeneris en la poltica cubana. El doctor Grau llam al partido que fund Revolucionario Cubano (Autntico), pero Grau slo se pudo llamar revolucionario por el tesn manitico de Antonio Guiteras Holmes. Ese Tony Guiteras hijo de inglesa y cubano que Hollywood convirti en hroe americano (en la pelcula Rompiendo las cadenas We Were Strangers) porque hasta la dcada del sesenta era muy difcil para el cine americano concebir un hroe cubano y aun en Che, ese epitafio pico, el hroeera apenas argentino. Guiteras, que haba peleado contra Machado, combati a Batista que casi estrenaba entonces su podero errtico y oportunista con una torpeza a veces implacable- y perdi: era el hroe como loser. Guiteras, lder derrotado, trat de huir de Cuba, pero escogi su salida de la isla en condiciones de tal dificultad y riesgo que la empresa siempre estuvo destinada al fracaso. Este destino conocido lo convirti en mrtir. Guiteras enfrent la muerte que escogi como si estuviera condenado ante el pelotn de fusilamiento. Esa eleccin fue de veras un suicidio.

    Pero Grau San Martn era todo menos un suicida. Las ideas confusas de Guiteras las hizo an ms imprecisas y su Partido Revolucionario Cubano (Autntico) lo llev no a una revolucin fracasada sino a la presidencia en elecciones democrticas, para derrotar por primera vez a Batista o a su candidato al poder por poder. Cosa curiosa, Batista, mulato, obrero y soldado, escogi como su sucesor a un miembro eminente de la alta burguesa criolla an ms curioso, fue apoyado tambin por los comunistas y su lder negro. La revolucin de Grau San Martn, una vez en la presidencia estable, se hizo notar por su ausencia absoluta en un gobierno ms corrupto que los que le precedieron incluido el del propio Batista en sus diferentes avatares presidenciales. Durante el mando del doctor Grau y de su sucesor Carlos Pro (1944-1952), las bandas de gangsters merodeaban por las calles oscuras y los misterios mohosos de La Habana Vieja para matarse entre spor ideologas ms oscuras que las calles y por pobres puestos pblicos en los ministerios vetustos. Sus nombres oficiales (nadie era clandestino entonces) eran Movimiento Social Revolucionario o Unin Insurreccional Revolucionaria. Esta ltima tuvo el dudoso honor de contar al imberbe Fidel Castro bien lejos entonces del barbudo Marx entre sus pistoleros ms audaces. Tales pandillashaban surgido de la desintegracin violenta bajo el largo rgimen de Batista (1933-1944) de una asociacin poltica clandestina. Accin Revolucionaria Guiteras, a la vez en homenaje y como

  • pretexto poltico para vengar la muerte de Tony Guiteras. No es extrao que la accin tpica de esta pandilla fuera de evidente kamikaze. Slo el suicidio venga al suicida.

    Como se ve no es nuevo el adjetivo revolucionario en Cuba. No es nuevo el uso de esa palabra en todas partes, desde Thomas Paine en la guerra de independencia de los Estados Unidos, hasta Joseph Goebbels, que llam al irresistible ascenso alemn de Adolf Hitler, enfticamente, "nuestra revolucin". Pero de alguna manera hay que llamar a la resistible toma del poder por Fidel Castro. Cuando una institucin poltica que ha cambiado varias veces de ideologa insiste en titularse de cierta manera (los Soviets, los Estados Unidos) hay que aceptar esta imposicin como un uso. Es la solucin lgica, verbal o histrica al problema de la identidad estatal. De lo contrario habra que debatir eternamente nomenclaturas obsoletas o absurdas.

    La Revolucin Cubana ah est el nombre revolucionario con todas sus maysculas no lleg al poder como se cree gracias a que Fulgencio Batista (de nuevo en actividades de complot militar veinte aos despus haber aprendido la tcnica del golpe de Estado sin haber ledo a Malaparte: Bonaparte le bastaba), entonces general honorario que jams visit siquiera una batalla, dio su tercer madrugonazo el 10 de marzo de 1952, a slo tres meses de unas elecciones democrticas que nunca gan y todos perdimos. La oportunidad de que Fidel Castro entonces lder estudiantil sin nombre, poltico de poco porvenir electoral y siempre un pandillero pudiera aglutinar la resistencia armada contra Batista y la eventual cada y fuga de este hombre fuerte que era en realidad un dbil ambicioso de popularidad, poder y dinero, comenz de veras el 5 de agosto de 1951, casi un ao antes. Ese domingo dulce de verano se suicid en un estudio de la radio habanera,Eduardo Chibs, ms conocido por Eddy Chibs o ya ms ntimo como el Loco. Chibs era hasta ese momento el poltico ms popular jams habido en Cuba, incluyendo al Doctor Grau y al generalMenocal, ambos presidentes, ambos caudillos impolutos devenidos hombres venales en la presidencia. Eddy Chibs, al revs de los lderes que le precedieron, era un hombre honrado, rico heredero a quien no interesaba nada el dinero, un poltico honesto movido por una obsesin dominante: la absoluta honestidad pblica. Saba que haba que limpiar los establos de Augias cubanos y se presentaba como el nico Hrcules posible. Ese fue su error: nominar para una tarea herclea a un hombre que era emocionalmente incapaz para hacerla: a s mismo. Chibs no era muyestable emocionalmente y su apodo del Loco pareca a veces ser ms que un mote o un motto.

    Eddy Chibs haba sido partidario del Doctor Grau desde que sustituyera al general Machado en 1933 y fuera derrocado a su vez por Batista. Desilusionado de Grau como presidente venal, Chibs pas pronto a la oposicin, creando de paso un partido al que llam Ortodoxo, en reto al Partido Autntico de Grau. Ambos se decan nicos herederos directos del Partido Revolucionario Cubano de Mart. El Partido Ortodoxo aunque no de nombre era revolucionario por implicacin y Chibs nohaba dejado de considerarse revolucionario nunca nadie poda hacerlo en Cuba. Ahora Chibs us la palabra, su voz estridente, su osada en la tribuna radial para hacer su revolucin de limpiar una vez ms el templo de la repblica de cambistas deshonestos. Pero para arrojar a los mercaderes del templo hace falta un Jess y aun el mismo Jess fue crucificado poco despus. Chibs concibi su propia crucifixin como una versin radial del harakiri. El antiguo aliado de Grau se dedic a fustigar verbalmente al todava presidente Grau, se postul a la presidencia y cuando gan el candidato de Grau, su antiguo compaero de luchas estudiantiles Carlos Pro, Chibs se hizo an ms virulento en sus ataques al gobierno y a su nuevo jefe. Era un martinete maniaco atacando al Presidente Pro, a sus hermanos, a sus ministros, a su poltica entera. Todo Pro perecer. Lo haca a travs de una hora de radio rentada los domingos en la tarde por el Partido Ortodoxo, pero en parte pagada por el propio Chibs. Su voz chillona, de erres arrastradas, estridente era un instrumento eficaz por el micrfono que al mismo tiempo ocultaba la corta estatura del orador, su figura rechoncha, su pelo rubio ralo y sus ojos dbiles detrs de gruesas gafas de miope perennes. Cada domingo Chibs era ms eficaz en su batalla solitaria, casi una vendetta personal contra el gobierno y contra Pro. Cada da el Partido Ortodoxo se haca ms popular y el Partido Autntico en el poder

  • ms impopular. En diferentes surveys hechos a lo largo de 1950 y 1951 Eddy Chibs apareca triunfante decidido como candidato presidencial. Lo segua, muy de lejos, el hombre de Pro, el decoroso y gris Carlos Hevia, y todava ms lejos, Fulgencio Batista, casi penoso a la zaga. De pronto, en 1951, Chibs cometi uno de esos errores que se hacen fatales a la larga, como una mala movida de ajedrez esa que muchas jugadas ms tarde resultar en jaque mate adverso. Chibs acus al ministro de Educacin del gobierno de Pro, Aureliano Snchez Arango, de tener tierras y aserros en los bosques de Guatemala. Por ese tiempo el gobierno de Pro y el de Arvalo en Guatemala mantenan lazos muy estrechos. Inclusive Pro haba enviado eficaces aviones de caza cubanos a proteger a Arvalo de un intento de golpe de estado que se supona apoyado por la CIA, sospechosa de sus conexiones comunistas. En la clique de Arvalo era prominente un militar, el coronel Jacobo Arbenz, que sera su sucesor y ms tarde protegido en su desgracia de presidente derrocado (por otro militar guatemalteco) por el propio Fidel Castro ya en el poder. Para completar el smil entre poltica y el ms burdo, absurdo juego de ajedrez, el hombre de confianza de Snchez Arango en el ministerio de Educacin entonces era el Doctor Ral Roa, quien desde 1959 sera canciller vociferante del gobierno castrista. Ahora es obvio que ms que de ajedrez se trata de un juego de posiciones grotescas, como en la Commedia dell 'Arte o en un coito complicado. De la historia considerada como una orga oral.

    Pero Chibs continu ahora atacando sin tregua a Snchez Arango, que no era contendiente fcil. Como el presidente Pro, Snchez Arango haba luchado fsicamente contra Machado desde las filasdel Directorio Estudiantil, sa que luego sera bajo Batista una organizacin terrorista urbana de muy malas maneras. Arango era un poltico cujeado, experto, de aspecto formidable y quien al revsde Pro no rehua la lucha. Por supuesto, jugando con fichas negras, no tard en contraatacar. Acus a Chibs de agente subversivo (que lo era), de hombre de mala fe (que no lo era), de mentiroso (quees debatible) y lo conmin a que presentara pblicamente las pruebas de su acusacin. Chibs asegur que tena esas pruebas y prometi que las presentara "ante el tribunal del pueblo". Durante dos semanas el suspenso radial se hizo de veras intenso, tan melodramtico como en un serial, mientras Chibs buscaba los documentos incriminantes que haba dicho tener. Por un momento pareci que los aseguraba todos y podra presentarlos en evidencia a travs de la prensa. Pero todo result un fiasco monumental y trgico. Los documentos no aparecan por ninguna parte, nunca aparecieron. Aparentemente Chibs haba sido engaado en su buena fe y no ciertamente por Snchez Arango o por Pro y sus agentes, como se dijo entonces. Simplemente el orador de lengua de fuego haba sido vctima de su carcter, en el que haba una falla particular, propia del poltico: lademagogia. Chibs, como el pez proverbial, haba sido cogido por la boca, y por la boca morira. Laprensa, oficial o imparcial, Pilatos todos, prcticamente lo crucificaron: nadie cae ms bajo que un acusador que pasa a ser acusado (vase a Wilde, suicida renuente). Al domingo siguiente Chibs fuepuntual a su programa, pronunci una de sus arengas ms vacas de poltica pero de mayor contenido emotivo y termin con una frase enigmtica a la que dara sentido en seguida y que se hara famosa en toda Cuba:" Este es mi ltimo aldabonazo !" (Crptico por primera y ltima vez en su vida de orador poltico, se supone que se diriga a la conciencia cubana, puerta cerrada a su llamada moral.) Acto seguido sac de entre el cinturn un revlver calibre 32 y se da un tiro en el vientre, lugar sealado por la tica del suicidio japons como electa para el harikiri. Irnicamente ni el aldabonazo metafrico a la conciencia cubana ni el disparo real ni su cada ante el micrfono salieron al aire. Dos o tres minutos antes la emisora haba cortado el programa para dar paso a los comerciales de rigor. (Uno de ellos, irnico sin pensarlo, anunciaba al Caf Piln -"Sabroso hasta el ltimo buchito".) Chibs en su excitacin final haba olvidado que su contrato de transmisin era por slo veinticinco minutos. A pesar de su misin suicida, no pudo evitar ser un poltico cubano y habl durante media hora! La herida en el estmago result fatal y muri a los pocos das. Su entierro fue una impresionante manifestacin de duelo popular espontneo pero su

  • aldabonazo apenas si tuvo eco. El gobierno de Pro entero (menos Snchez Arango que todava reclamaba la victoria en su polmica, tan sensible en su agravio que no notaba la insensibilidad antela muerte de su contrincante, como un duelista habitual que mata sin sentirlo: no era ajedrez su juego: nunca jug) tembl por un momento. De haberlo querido el Partido Ortodoxo se habra hecho ese da con el poder: el propio Pro tena ya las maletas listas para la fuga. Pero, como Chibs, los ortodoxos eran todos hombres legalistas que crean en el valor del voto y en la decisin electoral. Las armas eran para los militares y, ocasionalmente, para el suicidio ejemplar. Con su muerte Chibs haba privado a la oposicin poltica de su lder natural y dejado a su partido en un caos mayor que aquel en que estaba la Repblica ahora. As, unos meses ms tarde, Batista dio su infame, fatdico golpe de Estado que fue a la vez incruento y fcil porque el presidente Pro eligi no resistir, sus maletas siempre dispuestas a la fuga. Pero entre sus seguidores que ms resistieron luego, clandestinos, estaba Snchez Arango, tan temerario como siempre. El eplogo de esta tragedia es igualmente trgico. Veinte aos ms tarde Pro, presidente exilado, para resolver problemas aparentemente insolubles abri la puerta del suicidio -con un revlver calibre 32. Pero norompi la temerosa simetra suicida al darse el tiro en el pecho. Pro, como su contrincante Chibs, tal vez vio que sa era la nica salida viable de/la historia y la entrada a la ,eternidad, que es mayor que la historia porque la contiene. La eternidad s nos absolver. Tiene tiempo para hacerla.

    Es evidente (antes y ahora) que de no haberse suicidado Chibs hubiera sido imposible para Batista (o cualquier otro) dar un golpe militar al presidente Pro, a menos que se eliminara antes a Chibs y a Pro. Batista nunca se hubiera atrevido a tanto. Ese madrugonazo convirti la precaria legalidad del gobierno de Pro en una absoluta ilegalidad bajo Batista. Como en una cadena de reacciones pocos meses despus del golpe de Estado batistiano el 10 de marzo de 1952, Fidel Castro asaltaba elcuartel Moncada en Santiago de Cuba en un acto calculadamente suicida. Digo calculadamente porque nada que haya llevado a cabo Fidel Castro est libre de clculo, a pesar del riesgo. Todos losdirigentes de la accin del Moncada murieron, menos Fidel Castro. Los muertos, naturalmente, fueron los suicidas. El ataque al Moncada (como el asalto al Palacio Presidencial en La Habana el 13 de marzo de 1957) fue un fracaso militar pero, al revs del asalto a Palacio, fue un triunfo poltico. Despus del 26 de julio de 1953 todo sera historia en Cuba historia brutal, sangrienta, inevitable. Max Weber dijo una vez que "el medio decisivo de la poltica es la violencia". Casi una derivacin del viejo apotegma de Marx cuando enunci que la violencia es la partera de la historia. Pero hay una leve variante en Weber que habla de poltica y no de historia. Jams los fines justificanlos medios histricos porque qu decir de la violencia poltica cuando se dirige no hacia el otro, su blanco usual, sino a s mismo y un asalto se vuelve un ataque suicida? Una arenga es el testamento raudo de un suicida y los militantes escogen frente a cualquier accin poltica su propia destruccin es decir, el suicidio. En su ensayo "La poltica como vocacin" Weber ilumina con un relmpagoque ciega las tinieblas polticas: " ... el mundo est gobernado por demonios y aquel que se deja llevar por el poder y la fuerza como medios hace un contrato con las potencias diablicas y de su accin no se desprende que es verdad que el bien puede surgir slo del bien y el mal slo del mal, sino que lo opuesto es ms a menudo lo cierto". Un pintor surrealista cubano que cambi varias veces de posicin poltica pero no de paleta, analfabeto moral pero no esttico, al regresar a Cuba de Francia en 1958 declar, demostrando que saba tanto de demonologa como de pintura: "Aqu han soltado a los demonios!" Y mirando la ciudad con sus ojos chinos que haban visto vivos a Picasso y a Breton y al paisaje negro de Hait: "Los demonios escapados son ms difciles de volvera su encierro que cuando estaban sueltos primero." Termin con una frase que pareca venir de ese Guicciardini amigo de Maquiavelo o tal vez de sus antepasados chinos y africanos. "Al demonio hay que huirle. Mientras ms lejos mejor. No hay otro remedio que valga!" Se fue de vuelta a Pars.Ahora, paraltico y senil y sin poder pintar, tiene todos los demonios dentro.

    El ataque al cuartel Moncada fue concebido por Abel Santamara, Boris Santa Coloma y Fidel

  • Castro. Aparentemente fue dirigido por este ltimo pero el hecho de que viajaba en el segundo auto asaltante y que no lleg a penetrar en el cuartel indican otra posibilidad. Muchos expertos militares (entre ellos un antiguo jefe de comandos ingls) opinan que el asalto fue ciertamente una operacin suicida. La relacin entre atacantes y atacados era dcuple en nmero (134 los rebeldes contra ms de mil soldados acuartelados) y la desproporcin de armamento era tan desigual que resultaba ridcula: escopetas contra rifles, pistolas contra fusiles M-1, ametralladoras Thompson (las que prefera Al Capone) contra ametralladoras calibre .50, Springfields contra caones, autos contra camiones blindados y tanques y una inexperiencia abismal de los atacantes para combatir contra soldados profesionales bien entrenados y en su cuartel, adems de vivir la mayora con su familia enlas vecindades. Los asaltantes slo contaban a su favor con la sorpresa y el disfraz. Pero el ataque japons a Pearl Harbor, por ejemplo, muestra que no siempre la sorpresa militar opera en favor del atacante y la mscara aparentemente amiga, como el camuflaje, tiene un uso limitado en el combate.El ataque por sorpresa puede a la larga ser como un arma que agota su parque y se hace intil. Los soldados profesionales americanos demoraron apenas minutos para reponerse del inslito ataque sinaviso a su base. No es gratuito traer a cuento la psicologa japonesa como el motor detrs de la accin doblemente suicida en Hawai. Varios supervivientes del asalto al Moncada contaron despus que la noche antes del ataque crearon entre ellos una atmsfera casi sexual (entre los hombres: haba dos mujeres en el grupo que serviran de enfermeras) y en el camino a Santiago iban cantandoun son de Lorca: "Ir a Santiago en un coche de aguas negras." Uno de ellos, Gustavo de Arcos, me confes muchos aos ms tarde: "Ibamos en realidad a nuestro destino y nos sentamos como verdaderos kamikazes del Caribe."[ Arcos, invlido, veterano del asalto al Moncada y luego embajador en Blgica (1960-65), estuvo preso sin delito, causa ni juicio durante tres aos (1966-69)en un campo de concentracin cubano. En abril de este ao, al tratar de escapar de Cuba en un bote por la costa cerca de La Habana, fue detenido, juzgado y condenado a 14 aos de prisin. Le acompaaba su hermano Sebastn, durante un tiempo segundo jefe de la Marina Revolucionaria. Sebastin Arcos, por los mismos delitos, fue condenado a 11 aos de prisin en el mismo juicio]. Como se sabe los kamikazes fueron pilotos suicidas que el alto mando militar japons convirti en bombas volantes manejadas por un solo hombre en los meses desesperados de la guerra en el Pacfico. Para los expertos americanos y algunos observadores internacionales este extrao comportamiento del cuartel general de un ejrcito con la guerra perdida que deba propiciar el armisticio, era no slo intil sino irracional y cruel. Tal opinin occidental desconoca entonces (o haba olvidado ya) el cdigo militar nipon y la moral del bushido . Surgida en la edad media japonesa, en esta tica estrictamente militar y filosofa de la guerra el suicidio era un de los comportamientos ms honrosos. Tanto como la victoria, la derrota era convertida por la muerte en triunfo moral, es decir eterno para esta tica. El harakiri, cuya tcnica no es necesario explicar, se sabe que es una de las formas de suicidio ms dolorosas que se conocen, an ms atroz que pegarle fuego al propio cuerpo. En el sepukku japons (la palabra y el concepto son chinos) el autocastigo no es ms que consecuencia directa de la autocrtica, que se unen a una indudable ansia masoquista de autoexterminio. Curiosamente, "darse candela" (el suicidio espectacular por pblico y fotografiado que pusieron de moda los bonzos de Vietnam) es una de las formas favoritas de suicidio del pueblo cubano desde tiempo inmemorial. Slo lo practicaban, curiosamente, las mujeres. Los hombres escogan la soga al cuello y una viga. Muchas muchachas en La Habana y en los pueblos de provincia, por ejemplo, se prendieron fuego cuando muri carbonizado Carlos Gardel, por mero luto simptico. Pero no hay que ir tan lejos como el shogunato de Kamamura y la lealtad a la muerte para seguir los pasos a esta ideologa de la inmolacin. En 1895 Jos Mart, infatigable luchador por la libertad de Cuba, apstol de la independencia, poeta nacional, hroe y santo prcticamente el hombre que lo tena todo, menos la muerte encontr su fin inesperado en el campo de batalla, de manera inexplicable. La ocasin fue una escaramuza sin importancia en el comienzo de la guerra, al chocar una fuerza espaola reducida con la columna cubana. Mart, civil entre soldados, fue enviado corts y gentilmente por el generalsimo Mximo Gmez, comandante en jefe de las fuerzas mambisas y general experto en las dos guerras de independencia, a que se retirara a sitio seguro, apenas unos metros en la retaguardia. Mart, que nunca haba estado

  • en el campo cubano, mucho menos en una guerra de guerrillas, hombre de ciudad siempre, civil de vocacin, mal jinete y peor tirador, de pronto convid a su escolta extraa alegora: este protector, este testigo se llamaba Angel de la Guardia a ir hacia donde se vea al enemigo y pese a las protestas de su custodio arranc ribera abajo, hasta las lneas espaolas, donde cay muerto delcaballo al instante, sin siquiera haber sacado su revlver de la funda. Este indudable suicidio, poltico o personal, fue siempre escamoteado por los historiadores cubanos y todos los libros de historia presentan a Mart como un patriota que muri heroicamente combatiendo al enemigo en el campo de batalla. Mart slo pele ese da contra su propio enemigo. La muerte de Mart, alma de laguerra y creador de la repblica en armas, fue un desastre casi fatal para una campaa de independencia que acababa de comenzar. Este sacrificio intil, no pedido y esta prdida preciosa fueron lamentados siempre por todos los cubanos, aun en el pueblo, sobre todo en el pueblo, en el alma popular cubana. Una vieja clave (cantos que entonaban coros cubanos negros) aparecida en LaHabana a principios de siglo se quejaba ya en tonos poticos y polticos:

    Mart no debi de morir, ay, de morir. Si Mart no hubiera muerto otro gallo cantara, la patria se salvara y Cuba sera feliz.

    [No deben incomodarse los patriotas cubanos ni sentirse los mexicanos adictos al copyright nacional si estos versos recuerdan otros, tan dolidos, dedicados a Jurez y su muerte que aunque natural malogr, como a todos, su vida. Pero observen los mexicanos como hay siempre que forzar el acento para adecuarlo a la msica y decir "Juarez no debi de morir." No canten victoria los cubanos al reconocer que Mart tiene acento agudo. Todos los cantores patrios y polticos son ladrones de un patrimonio potico comn, la clave que un mulato habanero compuso a su amante muerta que yo quiero suponer tremenda mulata en vida. Comienza as esta clave decimonnica de forma sorprendente:" Ins no debi de morir! ay, de morir!"].

    El canto es plaidero, su lamento es retrico y la expresin confusa, pero de veras que Mart no debi de morir entonces y morir fue lo que l quiso ms en la vida. Como otros poetas romnticos antes Byron en Misolongui en busca de la guerra contra los turcos que nunca ocurrira para l, Sandor Petofi desapareciendo sin dejar otras huellas que las poticas en un campo de batalla hngaro , Mart, romntico retrasado, escogi una de las muertes posibles al poeta del siglo XIX: la tuberculosis, el ladano, la sfilis; el ajenjo o la bala certera. (Un juego de posiciones permite proponer los nombres de Keats, Coleridge, Baudelaire, Verlaine, Pushkin, Kleist, Larra, Laforgue, Lautramont para no ocupar ms que una pgina del Diccionario y con Nerval aadir la horca ntima y pblica con un farol como ayudante del verdugo. Cada poeta no tiene derecho a ms de una muerte.) Pero al revs de esas muertes privadas, Mart consigui que la repblica de Cuba naciera cargando un gran difunto al cuello, peso muerto que era adems un suicida oculto, como un baldn en la familia: aquello de que no se debe hablar. Potico o poltico, elsuicidio de Mart fue histrico. Es decir, desastroso.

    Otros cubanos republicanos escogeran el suicidio como acto poltico para dar punto final a una polmica pblica particularmente onerosa: Wifredo Fernndez fue alcalde de La Habana y director del diario La Discusin, el peridico cubano ms importante de su tiempo. Uno de los periodistas ms cultos de Cuba, Wifredo Fernndez apoy hasta el ltimo momento al dictador Gerardo Machado y fue de los pocos civiles machadistas arrestados por el Gobierno Revolucionario de 1933, que a su vez se convertira pronto en la dictadura de Batista que dur ms que la de Machado. Preso en la fortaleza de La Cabaa, a los pocos das se mat de un tiro en la cabeza. Nunca se supo cmo logr hacerse del arma con que se suicid en su celda. Otro notable suicida antes de Chibs fue el entonces alcalde de La Habana (posicin pblica segunda en importancia slo a la presidencia de la repblica), Manuel Fernndez Supervielle. El alcalde Supervielle se suicid en 1947, despus de haber sido electo por aclamacin popular. Haba sido acusado de prevaricacin por la prensa habanera al no poder cumplir su promesa electoral de dar agua a toda LaHabana. Como Chibs, Supervielle era un hombre honesto, de dinero, venido de la vieja burguesa

  • cubana pero un populista poltico. Su suicidio, como el de Chibs, fue una expresin de fracaso personal y un ltimo discurso afirmativo por la negacin: el hoyo en la sien como testamento ideolgico escrito con plomo. Irnicamente, el nuevo alcalde venal, politiquero y sin clase ni nocin de clases propuso en seguida hacer un monumento a Supervielle, ahora alcalde modelo alfin: del suicidio considerado como ideal idneo. Los habaneros todos aplaudieron la idea y contribuyeron generosos a la colecta para esculpir y erigir su estatua que en la realizacin se encogi hasta hacerse slo un busto. El alcalde marrullero procedi a colocar la cabeza de bronce hueco en una nfima placita apenas a media cuadra de la Plaza de Alvear, llamada as en honor del elevado ingeniero constructor del primer acueducto habanero, inmortalizado en una estatua epnimay varios libros. El humor adrede o impensado, es ciertamente una forma de escarnio. De mortius omnis ... Tiempos posteriores vieron otras formas de suicidio poltico, esta vez colectivo, en el mismo centro de La Habana. El ms memorable fue el raid banzai al Palacio Presidencial la tarde del 13 de marzode 1957. (Las fechas repetidas tienen nimo encantatorio.) Este asalto estaba condenado al fracaso de antemano y aun los comandos ingleses que intentaron secuestrar al mariscal Rommell y su alto mando en su reducto en Francia, todos asaltantes voluntarios, habran considerado el ataque al palacio presidencial en La Habana, verdadera fortaleza civil, como una operacin suicida, rechazable sin duda ni deshonor segn el cdigo de conducta militar ingls. Todava resulta ms incomprensible si se considera que en esta accin fallida muri el noventa por ciento de los asaltantes, de los cuales el setenta y cinco por ciento formaba parte del ejecutivo nacional del grupo que plane, dirigi y llev a cabo el asalto, el Directorio Estudiantil Revolucionario. Este era, entonces el nico organismo poltico rival del Movimiento 26 de Julio, que comandaba por control remoto Fidel Castro desde la sierra, y la mxima organizacin de guerrilla urbana en La Habana. Las causas directas del mortal fiasco en que se convirti el asalto al palacio presidencial de un dictador no implacable pero s cruel, situado en el centro de la ciudad, fuertemente custodiado, con difciles problemas de trnsito y dificultades de movimiento, intentado adems en pleno da: las granadas que nunca estallaron, las armas que se encasquillaban y la posesin como nica gua para la accin de un plano del edificio caduco haca cinco aos! Entre las reformas del palacio, previsibles pero ignoradas por los asaltantes, estaba un elevador blindado que llevaba del despacho presidencial a la azotea permanentemente custodiada por una guardia pretoriana.

    Es evidente que haba entre los asaltantes jvenes, maduros, inexpertos y veteranos de la guerra civil espaola y de la Segunda Guerra Mundial, todos voluntarios, todos valientes ms que una voluntad de vencer, una decidida predileccin por el fracaso que significaba la muerte segura: era una urgencia de martirio que ellos mismos no vacilaban en calificar correctamente de "martiana". Uno de los asaltantes ms jvenes escribi antes del ataque un manifiesto que terminaba en una frase que era una sentencia: "O seremos libres o caeremos con el pecho constelado a balazos!" Arenga o promesa? O tal vez programa para la lucha? A pesar del estilo o por ello mismo romntico y retrico se poda or el eco de Mart. El autor de la proclama, Joe Westbrook, muri como prometi, no en el asalto, sino poco despus en una encerrona : acribillado por Ia polica batistiana cuando todava no tena veintin aos. Joe y todos los otros muertos no eran, como le gustaba repetir al comandante Alberto Mora, d'apres Lenine, cadveres con licencia, sino candidatoselectos a la fosa comn. El asalto a Palacio fue, junto con el ataque al cuartel Moncada, la ms espectacular que las acciones de violencia suicida llevadas a cabo durante el rgimen de Batista, quedur siete aos. Ninguna hizo abdicar al dictador, que huy, como huyen todos los hombres, por miedo a lo desconocido: ese annus ignotus romano. El hombre se escap a ltima hora, del ltimo da del ao 1958. Pero hubo muchos otros gestos de inmolacin intil antes de que Batista viera quea l tambin lo abandonaba el dios de Antonio. El mero hecho de permanecer un militante en La Habana o Santiago haciendo terrorismo y no buscar asilo en las montaas que eran consideradas

  • por los terroristas como refugios, balnearios, sitios de veraneo poltico cuando se quemaban en las ciudades esa insistencia o testarudez era un acto suicida reconocido por todos. En estas actividades de samuri solitario murieron conocidos lderes revolucionarios, entre ellos Frank Pas, que era en la jerarqua del Movimiento 26 de Julio segundo slo de Fidel Castro en la Sierra y el primer lder de la guerrilla urbana. Frank Pas fue finalmente asesinado en Santiago de Cuba como quera, terrorista activo en una ciudad ocupada. Como la de Mart su prdida fue fatal para la Cuba actual, su altruismo una forma sutil de ltimo egosmo. En La Habana los terroristas mientras tanto moran como obstinadas moscas polticas. En cuanto a los pocos sobrevivientes del asalto presidencial (una accin suicida no es necesariamente mortal: el mundo est lleno de suicidas fallidos), al poco tiempo de su hazaa absurda se paseaban por las calles cntricas con estilo de desafo que contrastaba con su condicin, de clandestinos con la cabeza a precio. Mientras en los suburbios otros terroristas, actores annimos, se batan a menudo con la polica batistiana con verdadera sans faon muchas veces mortal. Haba los que recordaban a ciertos gansters de! cine, inmolados simulando, emulando a Dillinger o a Bonny y a Clyde en la ficcin. Pero aunque se ordene "Accin!" en ambas, la poltica no es una pelcula.

    Al principio de la toma del poder por Fidel Castro, un miembro prominente del Movimiento 26 de Julio con un hermano ministro importante, si no decisivo, fue acusado falsamente, como se vio despus, demasiado tarde de prevaricacin, como SupervieIle aunque de menor rango que Supervielle. Con slo ver su nombre en los peridicos, sin siquiera esperar la vista de la causa o la deposicin de los testigos favorables, este joven funcionario se dispar un tiro a la sien, mtodo favorito del bushido cubano para expiar la culpa o la tenue mancha moral mediante un harakiri rpido. Aun la extraa desaparicin del Comandante Camilo Cienfuegos jefe del ejrcito rebelde y mano derecha de Fidel Castro- fue una forma de autoexterminio. En la bsqueda de su avin perdido, un pequeo Cessna, la parada obligada era el aeropuerto militar de Camagey, de donde haba salido el avin originalmente. Fidel Castro en persona hizo investigaciones, rpidas y rspidas.Interrog al control de vuelo quien cont que l haba dado salida al avin a regaadientes. "Fidel, en el radar se vea clarito una tormenta cerca de la isla, que avanzaba hacia la costa. Se lo dije al piloto y todo lo que hizo fue mirar al comandante." El comandante era Camilo Cienfuegos, que se dirigi al piloto y le dijo: "Palante y palante", que era entonces una especie de consigna de vanguardia revolucionaria: "Adelante!" Termin el control de vuelos con una frase que fue un veredicto:

    "Volar en esas condiciones era suicida." Y suicidio fue la causa de la desaparicin de Camilo Cienfuegos. Ms asombrosa que esta revelacin fue el descubrimiento de que durante todo el tiempo que dur la busca del aparato y su pasajero eminente, Fidel Castro mostr un desinters que era casi indiferencia por la muerte de su amigo y compaero de armas.

    En octubre de 1959, a raz de su renuncia como jefe militar de la provincia de Camagey, el comandante Huber Matos fue puesto preso por el propio Fidel Castro, que avanz a pie desde el aeropuerto hasta el cuartel del ejrcito, seguido por una multitud exacerbada por su discurso en que minutos antes acus a Matos de traidor y contrarrevolucionario. El comandante Matos esperaba calmado su suerte en su jefatura militar, pero uno de la serie de sucesos extraordinarios que sealaron este momento inslito, ocurri cuando uno de los oficiales de su estado mayor, el capitn Manuel Fernndez, pareci salir a su balcn para recibir a la turba revlver en mano. Pero inmediatamente dirigi el arma a su cabeza en vez de a la oposicin y se dispar un tiro, matndose en el acto.

    Uno de los suicidios ms extraos e inexplicables sucedidos en Cuba despus de la Revolucin y nada conocido fuera del pas fue el de Ral Chirino, revolucionario vuelto contrarrevolucionario porla Revolucin, que se suicid en 1959 dentro de una casa de socorros de La Habana mientras era interrogado personalmente por Fidel Castro! Nadie dud nunca que fuera un suicidio.

    Augusto Martnez Snchez fue uno de esos zurdos y absurdos comandantes repetidos a su imagen y semejanza por Ral Castro en su Segundo Frente Oriental: la guerrilla a travs del espejo. Sus

  • operaciones duraron slo meses pero su mando militar se hizo eterno tan eterno como puede ser un momento histrico. Martnez Snchez subi a la Sierra de Cristal a mediados de 1958. Oscuro abogado imberbe, iba junto a otro lampio, el pelirrojo Manuel Pieiro, que haba vivido unos aos en Nueva York como profesional de la frustracin y el resentimiento antiyanqui, resentimientos de impotencia que no extendi al sexo al casarse con una esplndida bailarina americana, que amaba ladanza tanto como detestaba el ballet. Ambos, Piero y Snchez, bajaron de la Sierra de Cristal comoquien atraviesa el muro mgico: ahora eran comandantes barbudos, prepotentes en su comunismo rural a lo Ral. No haban disparado un tiro pero eran certeros en sus consignas rojas que siempre daban en el blanco poltico. Pieiro fue nombrado por Ral Castro Jefe del Servicio de Contraespionaje, experto en espiar amigos y en la delacin que ahora se llamaba vigilancia revolucionaria. Apodado "Barbarroja", su verdadero remoquete era James Bongo, el contraespa quevino del fro Nueva York. An sigue en el espionaje sin inteligencia y no se ha suicidado porque la palabra fracaso no existe en su vocabulario, tan corto es. Augusto Martnez Snchez hace rato que pas no a la historia sino al ridculo y de ah al olvido totalitario, que es el limbo del marxista. En 1960 haba sido asignado Ministro del Trabajo en condiciones oscuras, que son las condiciones en que siempre oper Ral Castro en el poder por poder. Su eficacia en el puesto, como la de Pieiro, era caracterstica de esta pandilla desafinada dentro de la banda militar de Fidel Castro. Si Fidel es el Fhrer entonces Ral es Rohmer, aun en la aureola de crueldad y pederastia que siempre lo ha rodeado, tal vez por sus hombres, atroces incompetentes aupados ms all de la comprensin. Pero pronto, a pesar de sus intrigas y de su apoyo impopular, Martnez Snchez se vio corriendo intrpido a un cul-de-sac, que todos reconocieron: era el comn callejn sin salida que es el destino del mierda. Los comunistas no slo lo dejaron caer como caca caliente sino que le pidieron la renuncia, efectiva ayer. Cuando Snchez supo que lo forzaran a dimitir apesar del Hermano que ya no lo apoyaba y de sus maniobras militantes, el ministro de pronto digno se encerr en su despacho,sac su pistola de reglamento y se dio un tiro en el pecho. Con su impericia habitual el Comandante Augusto, para su disgusto, haba salvado la vida pero no el honor. Francisco I poda escamotear su situacin histrica pero un suicida cubano fallido era como un samuri con una espada de palo. Las metforas cruzadas se deben a que es ms fcil hacerlas con Vico y lo vacuo de la historia que con la viscosidad de esta clase criminal que, como Hitler y su banda, se presentan como hroes histricos.

    La carrera poltica (y sobre todo militar) del Che Guevara fue un verdadero desplazarse en escaquesatravesados, mal Caballo, despus de dejar Cuba y embarcarse en las dudosas aventuras de poltico cazador blanco en el Congo y su desastre sudamericano. Pero antes de-morir hizo sus infamosas declaraciones de propsito, en que lleg a decir: "Qu cerca estaramos de un futuro luminoso si enel mundo surgieran dos, tres o muchos Vietnams con su bagaje de muertes y sus intensas tragedias! " Estas pareceran las palabras de un anarquista in extremis y no del socialista o aun marxista ortodoxo que Guevara profesaba ser, el hombre que haba adoctrinado a Fidel Castro, salvaje poltico, leyndole para domesticarlo pasajes del Manifiesto comunista. Pero era su testamento poltico.

    Tal hecatombismo demente, verdadera literatura apocalptica, vena desde el ms all pero en la vozreconocible de un lder mundial, idelogo del tercer mundo y todava icono pop. En realidad era la voz de un muerto antes de morir. La muerte del Che Guevara ocurri al dejarse atrapar en un valle boliviano rodeado de montes, en una encerrona estpida. Cuando en 1967 se supo su exacta situacin geogrfica, Mario Vargas Llosa que haba vivido aos en Bolivia y ahora viva en Londres, comentando la suerte posible del Che, declar: "No tiene otra solucin que dejarse capturar o la muerte. Est sin salida. Lo que ha hecho es un suicidio" y suicidio fue. Guevara en Bolivia, como antes en Cuba, se haba comportado como un suicida y entre un ser fatigado y hroe poltico o mrtir de una religin nueva, escogi el martirologio. El apocalipsis luego, ahora la

  • inmolacin.

    Javier de Varona perteneca a la alta burguesa habanera, sa que fue decisiva para la subida de Fidel Castro al poder. Su familia, a la que aborreca, tena dinero y todos vivan en una gran casa de un barrio rico de La Habana. Javier era alegre, descuidado, conspirativo y dado a la delincuencia ms inocente, como insultar desde un auto a un peatn ocasional: "Qu culito ms rico!" O llamar por telfono a Lezama Lima a las tres de la maana para despertarlo con una frase soez (" Lezama,(bugarrn) , te voy a castrar! "), para alarma del poeta asmtico. En esas ocasiones Javier rea con verdadero gusto ante el disgusto ajeno. Con la Revolucin Javier de Varona se hizo de extrema izquierda y en algn momento colabor con la Seguridad del Estado como confidente. Lo que debide hacer con el mismo desenfado moral con que antes robaba libros de las bibliotecas pblicas del Estado y privadas de los amigos. Se cas y comenz a trabajar en un negociado econmico. Un da de 1970 despus del fiasco de la cosecha de fbula de los 10 millones de toneladas de azcar soada como un imposible posible por el primer ministro absoluto redact un documento en que analizaba minuciosamente las causas que produjeron ese desastre econmico, agrcola y humano y llegaba a la conclusin, sabida ya por todos sin hacer ningn anlisis, que el mximo responsable del fracaso mximo era el Mximo Lder es decir el propio Fidel Castro. Envi el documento a su ministro y el anlisis sigui el curso previsto: de las manos del ministro a las del Primer Ministro. A los dos das quedaba detenido incomunicado. A la semana lo devolvieron a su casa en silencio. Sin decir nada a nadie Javier de Varona escribi toda la noche y a la maana siguiente se suicid de un balazo. Lo que escriba era su testimonio poltico. Ingenuo, como siempre, pens que alguien lo publicara un da. Cuando su mujer descubri el cadver de su marido, lo que un da fue el jovial Javier, y recogi sus pginas escritas y ley lo que haba escrito, decidi llamar a la polica enseguida. En lugar de la polica vino Seguridad del Estado. Vieron el cadver que no les interes pero leyeron el documento demente para ellos y aconsejaron a la viuda, que declarara, por el bien de todos, que su marido se haba suicidado por saberse impotente: implicaron sexualmente impotente. No dijeron polticamente impotente. Se llevaron el documento indito. El cadver qued detrs como un muerto ya enterrado en el fracaso. El testamento poltico o econmico debe de estar todava en el Ministerio del Interior, en alguna gaveta empolvada. 0, como Javier de Varona mismo, ser cenizas sin sentido.

    El epitafio de Guevara es la pelcula Che, el argentino rosado encarnado por el oscuro egipcio OmarSharif, todo lleno de talco, en un ridculo tan atroz que es un escarnio. O es justicia poltica ? El obituario del pobre Javier de Varona, dado a la chacota y a la crtica de la sinrazn pura, est en un momento documental de Topaz, en que Alfred Hitchcock hace coincidir su sombra por unos segundos histricos con un excesivo y gesticulante Fidel Castro materialista en la tribuna del puebloen la Plaza de la Revolucin en La Habana. Sera tenebrosa simetra saber que ese da en que coincidieron los dos en el espacio flmico, Javier de Varona animoso y Fidel Castro locuaz, fue la ocasin cuando el Mximo Lder anunci al pueblo que haba aceptado renuente la sugerencia popular de cosechar una zafra mxima de diez millones de toneladas de azcar para salvar al pueblo y el gobierno de Cuba. (Aplausos atronadores.)

    Un caso ms extrao y sintomtico que el de Javier de Varona fue el suicidio de Nilsa Espn, doble suicidio ms bien. Nilsa era hermana de Vilma Espn que es ahora una revolucionaria con todos sus ttulos y privilegios: esposa de Ral Castro, miembro del comit central del Partido Comunista de Cuba, presidenta de la Federacin de Mujeres Cubanas, etc. Curiosamente las Espn, como los Castros, pertenecan a la alta burguesa de la provincia de Oriente. Ellas a la burguesa urbana, ellos a la burguesa rural. Vilma, cima de la educacin de la burguesa cubana, haba hecho estudios en unexclusivo colegio americano, Bryn Mawr o Vassar. Pero se hizo clebre no bien triunf la

  • Revolucin como la apoteosis de la rebelde al casarse con Ral Castro, en un golpe de propaganda y adelanto revolucionario: el progresso de la burguesa renuente. Su fotografa de bella cubana con una gardenia al pelo negro se public en la portada de Life y recorri el mundo como la imagen de la belleza guerrillera en su boda con un novio de verde-olivo, boina y extraa trenza. Pero Vilma erauna advenediza que por pura casualidad haba servido de mensajera entre Frank Pas en Santiago y Ral Castro en su montaa, correos que para una linda muchacha rica de buen nombre conocido de todos era un paseo a la sombra. Quien s tena una larga historia insurreccional en Santiago era su hermana Nilsa, ms modesta, menos fotognica, incapaz de colgarse una flor al pelo. Cuando triunf la Revolucin Nilsa tambin se cas, pero escogi como compaero eterno a un oscuro rebelde sin nombre. Nada de comandantes o lderes carismticos o jefes de la Revolucin para ella. Su nombre nunca sali en ningn peridico, nacional o internacional, mucho menos su fotografa apareci en ninguna parte de Life ni siquiera en Life en espaol. Ella y l trabajaban intensa peroannimamente donde los destinaba la dirigencia. El pareca vagamente un revolucionario ruso con su barba profusa y el pelo hirsuto en desorden. Era una suerte de Trotsky cubano peligroso parecido y trabajaba en la reforma agraria en Pinar del Ro. All, siempre crtico, encontr oposiciones inesperadas o esperables de haber sido menos idealista. Un da de 1969 se peg un tiro en la sien, para asombro de todos menos de Ral Castro. Cuando Nilsa se enter en La Habana, estando en el despacho de Ral Castro, se encerr en el bao sin aspavientos , sac su pistola y se dio un tiro en la sien. Ral Castro tampoco se asombr esta vez. Luego se supo que ambos consortes tenan un pacto suicida hecho en secreto. El gobierno revolucionario, ahora con control total de la prensa, la radio y la televisin y las agencias de noticias bajo censura no difundi la noticia. En cuanto a Life, no iba a publicar la foto de la otra Espn: fea, fracasada, con un cogulo de sangre al pelo, roja gardenia atroz. Privadamente se coment que se saba haca rato que la parejaestaba desilusionada con el rgimen y con la revolucin. Vilma Espn nunca explic nada a nadie.

    Alberto Mora era hijo de uno de los jefes del asalto al Palacio Presidencial, Menelao Mora, que muri all. Los dos eran altas figuras del Directorio Revolucionario y Alberto, por un asombroso azar que l crea histrico, iba a entrar entre los primeros al palacio pero fue puesto preso por la polica batistiana das antes, mientras forcejeaba para que su padre escapara y pudiera dirigir la operacin suicida. Alberto estaba en prisin, al seguro, cuando ocurri el asalto en que muri su padre y no l. Despus, ya libre (Batista era un asesino irregular que permita a sus jueces conceder el habeas corpus cuando sus secuaces no usaban el habeas corpse) pero todava clandestino, se arriesgaba gratuitamente para comer con sus amigos como yo en un restaurant de moda, a la vista de todos y vestido llamativamente. Al triunfo de la Revolucin comparti la desgracia poltica inicial del Directorio Estudiantil, grupo que Castro tena que aniquilar si quera gobernar: quien asalta un palacio, asalta dos. Luego Alberto Mora deriv hacia los extraos cuarteles del Che Guevara, unidos por la desgracia, y fue protegido por el argentino sin patria. Nominalmente comandante del ejrcito rebelde, Alberto fue nombrado Ministro de Comercio Exterior, se cas y fue feliz por un tiempo. Cuando el Che Guevara cay en su penltima desgracia, Mora fue destituido y convertido en burcrata itinerante, humillacin que pareci aceptar como un castigo merecido: la pena poltica al pecado original de su rebelda. Fue sonriendo a su destino Alberto, consu sonrisa torcida de siempre, el amargo Alberto, el amistoso y leal Alberto. Cuando del infame "Caso Padilla", Alberto Mora, su amigo, estuvo entre sus pocos defensores, para su mal. Finalmente, en desgracia total, fue enviado como condena a trabajar en una granja "de voluntario". No soport este ltimo ultraje y se dio un tiro en la boca con su pistola de reglamento militar. Slo hubo un breve obituario en el Granma, diario oficial, que no dijo siquiera que se haba suicidado. Hasta ese ltimo privilegio poltico le fue negado.

    Miguel Angel Quevedo hered de su padre una revista literaria de escasa circulacin llamada Bohemia, pero no sus inclinaciones intelectuales ni su gusto elitista. Muy joven el heredero convirti su revista en un semanario popular, crudo y sensacionalista y al mismo tiempo profundamente democrtico y sentimental. Bohemia fue de cierta manera uno de los creadores del carcter cubano de entonces y no es casualidad que surgiera en Cuba junto con el bolero. El raro

  • talento periodstico de Quevedo corra parejas con un segundo instinto poltico y as se opuso a Batista en 1940, aunque haba sido elegido democrticamente (con ayuda del partido comunista cubano, entre otros), apoy unas veces a Grau San Martn como candidato presidencial pero lo atac ya en la presidencia. Como atac a su sucesor Carlos Pri para defenderlo una vez derrocado por Batista, al que volvi a atacar de dictador con una sabia mezcla de audacia y mesura. Siempre, es curioso, Quevedo se adelantaba a interpretar los sentimientos populares en poltica y hacerlos pblicos enseguida. Antes de que Fidel Castro llegara al poder (con su apoyo, entre otros), el poltico favorito de Quevedo fue Chibs -que nunca lleg al poder. Pero Quevedo era todo menosun amante del fracaso. Al contrario, buscaba y comparta el xito (los opparos fines de semana compartidos con amigos y colaboradores en su finca de recreo y su generosidad eran proverbiales), pero senta un particular afecto por la sacralizacin de sus hroes y as no result raro que tuviera la osada de imprimir un dibujo (a toda pgina, a todo color y recortable) de Fidel Castro ya primer ministro, en 1959, en que Castro se semejaba con sus barbas no a un Marx posible sino a otro judo imposible - Jess!

    Aos antes, cuando el suicidio de Chibs, haba convertido la foto de una simple puerta colonial y un aldabn, al aadirle un crepn de luto y un ttulo negro con la frase final de Chibs como epitafio: "El ltimo aldabonazo!", en una portada de Bohemia que hizo historia. Esta obra maestra de la propaganda, mezcla de alegora poltica y mal gusto macabro, era the kitsch of death. Aos despus, uniendo sus hroes del pasado en un solo gesto de fracaso, Miguel Angel Quevedo, exiliado y en la ruina en Venezuela (que es como saberse arruinado en Las Vegas), se mat de un balazo en la sien. Dej una carta editorial que terminaba as: "Me mato porque Fidel me enga." Su compleja vida hizo su muerte complicada. Homosexual encubierto y hombre muy poderoso en La Habana (en una ocasin le ofrecieron ser ministro y declin la oferta diciendo: " Para qu quiero ser ministro? Yo soy ms que un ministro! Yo obligo a muchos ministros a hacerme antesala"), Quevedo perdi en Caracas su Bohemia pero pudo por fin exhibirse en pblico con sus jvenes amantes para escndalo privado de sus amigos y regocijo impreso de sus enemigos. Es obvio que a Miguel Angel Quevedo no lo mat el engao de Fidel Castro sino haber participado en ese engao y su propio desengao.

    Esta actitud suicida cubana que alabaran los viejos anarquistas catalanes, la ETA y an los falangistas: " Viva la muerte!" se contagiaba a los extranjeros, como el Che Guevara, pero aun los que haban llegado tarde a la Revolucin aunque servan al Gobierno, como el argentino Jorge Ricardo Masetti, que vino a Cuba como protegido del Che y gracias a l creador de la agencia de noticias oficial Prensa Latina. Masetti tena la petulancia del Che pero no su inteligencia. Finalmente l hizo tambin, como dicen los argentinos, su viaje al muere: la muerte por la guerrilla suicida, que emprendi, en imitacin tarda y temprano aviso al Che, de regreso a su destino argentino. Pero no slo hubo argentinos convertidos en suicidas por contagio cubano. Tambin hubochilenos. Beatriz Allende, hija y confidente del difunto presidente de Chile del mismo nombre, estaba casada con un impreciso agregado, dos veces oscuro, en la embajada cubana en Santiago. Bien parecido y modesto, se conocieron antes de las elecciones que gan para su mal Allende. Al poco tiempo de casada la mujer de Barbanegra supo el secreto de su marido: era capitn de la Seguridad del Estado en Cuba y haba venido a Chile con la misin de proteger al presidente electo para que no lo mataran antes de tomar posesin. Lo mataron despus, claro, y su guardia cubana no pudo, o no quiso, protegerlo. Cuando cay Allende el matrimonio, amparado en la inmunidad diplomtica, regres a Cuba. Al poco tiempo se separaron: misin cumplida para el hbil agente cubano, que tampoco pudo impedir, como con su padre, el suicidio de la hija preferida de Allende. Ahora Beatriz viva sola detrs de la siniestra pero en apariencia apacible casa quinta de los Servicios del G2 en la antigua barriada elegante de Miramar en La Habana. (El G2 es el cuartel

  • general de la Seguridad del Estado: la nomenclatura ha sido heredada sin asco del ejrcito de Batista: la viscosidad es una sola.) Los vecinos la vean salir a veces, apocada, temerosa: la sombra de la mujer altiva que conocieron en Chile los amigos de Allende. Al poco tiempo Beatriz Allende se dio un tiro en la sien, costumbre aprendida en Cuba. El parte oficial del gobierno cubano habl esta vez de depresiones y neurosis. No hace mucho la ta de Beatriz, Laura, hermana de Allende, que viva tambin en La Habana, se lanz de un piso diecisis a la calle. Esta vez el diario oficial Granma explic que la otra suicida Allende estaba enferma de un mal incurable. Por supuesto no se refera a la tirana de Castro. Nadie dijo que Laura Allende haca meses que trataba de salir de Cuba para curar la incurabilidad del mal que la mat.

    El escndalo sin precedente diplomtico del asilo masivo en la embajada peruana en La Habana provoc inesperados nervous breakdowns de funcionarios antes firmes y combativos o el sbito exilio de escritores en oportuna turn oficial por el extranjero. Algunos de ellos trabajaron en la Casa de las Amricas bajo la direccin de Hayde Santamara. Una de las mujeres ms slidas y firmes en apoyar a Fidel Castro dondequiera, inclusive su confesora de peligrosas intimidantes polticas, herona del rgimen varias veces, Hayde, llamada Vey, sbitamente tom su pistola (cada comunista cubano con su Colt .45) y tranquila se la llev a la boca como una taza de t. Literalmente se vol la tapa de los sesos . Para desvelar el secreto en el velorio le haban puesto un turbante encubridor, pero el verdadero misterio era por qu haba sido velada en una funeraria pblica y no en el mortuorio de los mrtires en la Plaza de la Revolucin. Hayde, segn se supo, haba cometido el suicidio en su propia oficina. Neurosis larvada que aflora brutalmente? Depresin irresistible? Por qu no hablar de desengao, de desilusin total o del simple expediente del suicidio como respuesta moral a la derrota que no ve derrotero? Despus de todo Hayde Santamara fue una de las dos nicas asaltantes suicidas al cuartel Moncada. enfermera dispuesta a morir ms que a salvar vidas. Pero tambin hay que recordar que supo resistir entonces, con enorme entereza, la tortura psquica ms terrible cuando los soldados de Batista le presentaron en bandeja los ojos de su hermano y los testculos de su novio. Despus del triunfo de la Revolucinella sola esgrimir esta atroz exposicin como metfora macabra de su firme carcter revolucionarioy su capacidad de resistencia mental. Usaba esta narracin de grand guignol ] poltico para ganar argumentos ideolgicos y aun culturales.

    Una mujer cuya falta de inteligencia corra pareja con una enorme ignorancia, la Santamara pudo fundar, dirigir y controlar durante veinte aos una organizacin cultural oficial, la Casa de las Amricas, que no era ciertamente la Bauhaus, pero no estaba lejos del Ministerio de Cultura sovitico bajo Ekaterina Furtseva, por ejemplo. Tambin la Casa de las Amricas infiltraba sutilmente agentes en diversos pases de Amrica del Sur y del Norte y ofreca refugio a no pocos" amigos" de Cuba en fuga en su sede central. Adems de la confianza personal y poltica de Castro (aunque ste no entendiera tanto de una casa de la cultura, ni siquiera de la cultura que no sirviera a sus fines, como entenda el desaparecido ex presidente Osvaldo Dortics) Hayde contaba ahora con la proteccin de su a veces marido Armando Hart, primer Ministro de Cultura y hombre con quien poda entenderse perfectamente a travs del abismo de sus respectivas ignorancias. Aun el notorio oportunismo de Hart poda ser favorable a la escasa ductilidad de Yey. Pareca pues que nohaba motivo para el suicidio de esa Yey que no conoca el aburrimiento: imposible que la atacara un tedium vitae. Pero no es posible que padeciera un tedium del poder? EI poder absoluto desilusiona totalmente. Despus de todo un opositor es como una especie de cura para la paranoia. Se habl adems de un testamento que Hayde Santamara sirvi a Fidel Castro en bandeja de recuerdos revolucionarios. La prensa cubana, de ms est decirlo, no dijo nada de testamentos metafricos o reales y lIeg a escamotear la fecha de su muerte. Segn el diario Granma ocurri el 28 de julio. Algunos enterados en el exilio sostienen que el suicidio tuvo lugar el 27 de julio, fecha

  • privada para su luto por la muerte violenta de su hermano y su novio. Hay que apostar sin hacer trampa que Hayde Santamara se suicid el 26 de julio de 1980.

    Hay otros suicidas menos conocidos, como el comandante Pena, que tambin recurri a la pistola, elgatillo y la bala en la sien. O el comandante Eddy Suol, hroe de la guerrilla en la Sierra, que llega ser viceministro del interior en la paz o eso que pasa por paz en Cuba. Esas muertes son adems de posibles, inevitables en una revolucin cuya nica aportacin contundente a la literatura revolucionaria es el lema de "Patria o Muerte". Si se compara este motto mortal con la frase favoritade los revolucionarios franceses, "Libert, Egalit, Fraternit", se ver no slo la pobreza mental sino adems la miseria moral del apotegma favorito de Fidel Castro. El lema "Patria o Muerte" (probablemente concebido por el hroe de la guerrilla urbana en Santiago de Cuba, Frank Pas, quien de veras muri y se hizo el mrtir que quera) es una derivacin burda de viejos lemas cubanos, como Independencia o Muerte", confeccionado en el siglo XIX durante la segunda guerra de independencia y el anuncio, todava visible en 1959 en las monedas de plata de" Patria y Libertad". Pero parece que todo debe volver a Mart si se habla de Cuba y la muerte. Fue Mart quien termin su famosa llamada a la lucha en el Manifiesto de Montecristi con una frase lgubre, "La Victoria o el Sepulcro". Mart por propia voluntad cumpli una parte del lema y lo convirti en violento vaticinio. Ya antes haba escrito frases no menos tenebrosas en las que declaraba cosas como que la muerte es el seno inefable donde se fraguan todos los sueos sublimes. No es posible acumular ms cantidad de tanatos en menos espacio creador. Sus mismos versos sencillos, tan populares, tan fciles, tan llenos de luz, abundan en in vocaciones a la muerte. Una ofrenda a su culto a la muerte es ese verso citado y recitado por tanto colegial sencillo en que Mart confiesa el deseo de morir de cara al sol. A pesar del contexto la expresin es francamente poltica. Curiosamente o no tanto? la frase final fue adoptada y adaptada ya bien entrado el siglo XX por el poeta espaol que tambin se convirti a la religin falangista de la muerte. Me refiero al poeta falangista Dionisio Ridruejo. Ese fin de verso fue hecho lema para formar parte y dar nombre al himno de la Falange Espaola. El himno se llama "Cara al sol". Meras metamorfosis marxianas.

    Ahora en Cuba en el lema de "Patria o Muerte" la idea de Patria apenas si tiene sentido en el contexto y mucho menos en su expresin mxima, que es la del Mximo Lder. Talvez debiera decirnica porque nadie parece, excepto su hermano Ral, tener derecho a enunciarlo en pblico. O es que nadie ms tiene la voz alta en Cuba? En todo caso Fidel Castro siempre acenta al final de cada discurso si no la idea por lo menos la furia fatal que va con el sonido de muerte en voz aguda, agorera. Las tres grandes religiones nacidas en el Mediano Oriente, que no rechazan la muerte sino ms bien la acogen, condenan todas el suicidio sin ambajes. De las tres, la ms antigua, la originaria, la que parece haber inventado esta proscripcin, el judasmo, declara en el Talmud que dado que la vida es sagrada el suicidio es por tanto un acto pecaminoso. El cristianismo se opone al suicidio con extremo nfasis, razonando con ms teologa que lgica. (Aristteles, por ejemplo, no entendera esta proposicin). Si toda vida humana es obra de Dios, que la da y la quita, el suicida atenta siempre contra la voluntad divina y el hombre intenta erigirse en Dios al matarse. San Agustn no excusa el suicidio ni como fuga del dolor ni de la enfermedad. Ni siquiera para escapar ala violacin inminente: mejor la fornicacin ms incmoda. Todos los padres de la Iglesia no vacilan en condenar el suicidio. En la Edad Media algunas legislaciones cristianas prescriban la mutilacin del cuerpo del suicida y ordenaban la confiscacin inmediata de todos sus bienes. Por supuesto ambos' castigos eran onerosos slo a la familia del felo de se. (Este en el nombre tcnico del suicida en la Inglaterra medieval.) Hasta hace poco (1961) el suicidio era un delito penado severamente por los tribunales de la Corona. De esta manera slo era castigado el suicida fallido con lo que se alentaba la eficacia de suicida ms que lograr disminuir las muertes por suicidio. El nico sobreviviente de un pacto suicida, por ejemplo, era automticamente considerado presunto culpable de un asesinato alevoso segn una ley inglesa abolida en 1957. Ahora, ms modernos, slose le juzga de homicidio culposo. Hasta el siglo pasado los ingleses trataban al cadver de un suicida como los hngaros solan exorcizar a un posible vampiro: enterraban el cuerpo en un cruce

  • de caminos con una afilada estaca hundida al pecho. Parecera que el Islam deba ser ms condescendiente con el suicida rabe que el orbe judeo-cristiano. Todo lo contrario. Mahoma mismoconsideraba el suicidio un crimen peor que el homicidio y castigaba al suicida saudita al infierno ms temido: el desierto eterno sin el agua de Al, el alma del suicida condenada a vagar siempre entre arenas al sol.

    Otro profeta, Marx, no es menos implacable con el suicida que sus antepasados judos o la iglesia luterana en cuya civilizacin se cri o la Inglaterra victoriana en que vivi y escribi y concibi el marxismo como ciencia exacta aunque es en realidad otra hereja hebraica. Sus seguidores decretaron que el suicidio era contrario al comunismo, antimarxista y por tanto contrarrevolucionario. Pero no acababan de formular esta ley contra la fuga cuando se encontraron con herejes no ya entre los discpulos del Maestro sino aun en la misma Sagrada Familia. Las herejas todas siempre producen actos herticos. La primera y mayor consternacin ocurri cuando del pacto suicida de Paul Lafargue y su mujer Laura. Al grabar las rojas tablas de la ley materialista el propio dios barbudo de Karl Marx haba prohibido el suicidio con la amenaza, de expulsin eterna del partido y por lo tanto de la historia. Slo se admita, renuente, como un ltimo recurso no individual sino revolucionario. La pistola en la sien deba servir para disparar por ltima vez contra el bastin burgus desde las barricadas revolucionarias. Pero, ironas de la historia (y aun de la pequea historia marxista) Laura Lafargue se llam de soltera Laura Marx y era la hija preferida delviejo Karl, a quien ella llamaba el Moro por su piel cetrina. Aun ms interesante es que detrs de la mscara de ese Paul Lafargue afrancesado se esconda un pobre Pablo. Lafargue era un mulato santiaguero que por esos azares o mejor andares del cubano rebelde vino a integrarse a la numerosa prole prsica de Marx, ahora lar londinense. Los Marx llamaban a Lafargue el Negrito, aunque siempre a espaldas de Laura. En el proceso ideolgico pstumo que sigui al doble suicidio de los Lafargue, el acusador after the fact de los suicidas fue un apstol alemn del marxismo, August Bebel, viejo comunista, amigo de Marx y autor de un libro de xito victoriano que las mujeres de entonces leyeron vidas. No era una novela romntica sino todo un tratado alemn con el ttulo de La mujer y el socialismo. Sera estropear mi tesis de una ideologa cubana del suicidio si tuviera que decir que Herr Augustus termin sus das lanzndose de su torre de Babel. Nunca lo hizo: muri de viejo.

    Sin embargo, a pesar del juicio marxista hubo otro hertico entre los Marx. La tercera hija de Karl que lleg a ser adulta, la ms desgraciada de todas, casada con otro marxista (los jvenes comunistas de la poca se comportaban ante la familia Marx como pretendientes a una casa real europea pero es que no lo era? ), el abusado irlands Edward Eveling, ella tambin cometi el pecado nefando al acabar con sus das de Marx y de mal vivir.

    Estos viejos trapos sucios de la familia Marx se lavaron a la luz de las noches blancas rusas en ocasin del pattico suicidio de Adolf Yoffe, quien se dio un tiro en la sien en un pasillo del Kremlin. Yoffe, enfermo y arruinado polticamente por Stalin, no vio ms salida del Kremlin que el suicidio. Stalin le haba prohibido la fuga de Rusia a pesar de que de este viaje dependa su vida fsica. Deba ir al extranjero a curarse de una enfermedad incurable para la ciencia sovitica. (Pero no, al parecer, para la medicina burguesa.) La muerte que escogi hizo olvidar la vida que tuvo que vivir: en la enfermedad, en la iniquidad de servir bajo Stalin, zar incipiente, y el peor tirano, el dolor. Slo se vio el dilema de un revolucionario que se suicida: un utpico que rechaza la vida futura para escoger la muerte y un materialista que es un felo de se. Stalin resolvi el problema con una solucin dicha con esa sorna que ya comenzaba a ser su mejor arma poltica. La sorna es el nico sentido del humor permitido al tirano: Stalin tena sorna a torrentes. "Los marxistas no se

  • suicidan ", sentenci el camarada Stalin al que cant general Neruda. "No se ha suicidado un marxista, se ha suicidado un trotskista" que es lo que fue el pobre Yoffe: judo, intelectual y la primera vctima de Stalin como verdugo poltico. Pero el de Yoffe no fue el nico suicidio que reson en el Kremlin: all se suicid tambin Nadia AIIiluyeva, no una trotskista sino la segunda mujer de Stalin. Treinta aos despus este suicidio tan privado que se convirti en oculto se hara escndalo internacional en las memorias de su hija, Svetlana Stalin.

    Siguiendo a Freud, que explica tan dogmticamente como Marx condena, el suicidio est siempre ligado a la depresin clnica o "normal". Son los deprimidos los que ms a menudo se matan y algunos freudianos diagnostican que slo se suicida el deprimido. As un suicidio por exaltacin, a lo Dostoievski, es virtualmente imposible. Aunque, como dijo Borges, Dostoievsky sigue siempre su teora de que nadie es imposible. Pero los freudianos no se detienen aqu: Freud rushed in where Engels feared to tread. Para perturbacin de aquellos marxistas que contemplen la idea del suicidio en el trpico hay un sequitur que parece un non sequitur. La depresin y el suicida slo se entiendenen trminos de impulsos contra el otro (el infierno son los otros, segn Sartre: el otro multiplicado), impulsos que se vuelven siempre contra el ser. O contra el hombre. (O mejor an, contra el hroe proletario hecho mrtir por propia mano.) Se libra entonces una lucha entre el ego y el superego, con el triunfo final o la derrota del ego superior. El suicidio es un continuum de fuerzas de agresin y autoagresin. (Pavese, escritor y suicida, que debe saber lo que deca, dijo que el suicida era un asesino tmido.) Segn un freudiano apocalptico el suicidio tiene tres elementos (una suerte de trinidad infernal), que son: 1- el deseo de matar, 2- el deseo de ser matado, 3- el deseo de morir. Es evidente que la "realizacin del segundo deseo conlleva a su vez el cumplimiento cabal del tercero pero a los freudianos les gusta explicar lo obvio, complejo tpico. Pero mis digresiones no ocultan que esta teora del suicidio ha tomado prestado sin declararlo a la fbula india de la pata del mono dramtico, siempre letal. Otro viens, Louis Dublin, propuso que las causas del suicidio son los sentimientos de miedo, de inferioridad y el deseo de muerte contra ese otro con que el individuo se identifica. Sigui, desde Dublin, con una sarta en jerga psicoanaltica que es innecesario copiar o repetir, me parece. Curioso que todos estos freudianos y Freud mismo nunca hayan explicado por qu se suicidan tantos analistas, entre ellos tericos eminentes como Wilheim Stekel y Anna Freud, su hija. Aun el gran viejo, Freud no Marx, cometi un suicidio lento al saber que tena un cncer incipiente en la boca y no haber dejado nunca, hasta el final, el hbito de fumar puro tras puro, habanos capaces de dar cncer en boca cerrada, como la de Freud ante el sof. Lstima que no se fabriquen puros freudianos en La Habana capaces de dar cncer al cncer de tanta boca abierta en la tribuna.

    Emile Durkheim, contemporneo de Freud, en su opus magnum sobre el suicidio, llamada naturalmente El suicidio (1897), clasifica a los suicidas en dos grupos: egostas y anmicos, los primeros caractersticos de nuestra sociedad, mientras que el suicida altruista (para sorpresa de los marxistas) es propio de las sociedades primitivas: casi como decir que el egosmo es la ltima etapa del socialismo. Como se sabe Marx castig el egosmo con una frase digna de Dante el telogo y llam a su elemento natural, contrario al fuego militante, "las aguas heladas del clculo egosta". El suicida sin duda se zambulle en esas aguas al hacer su ltimo clculo, Por qu se suicida entonces el comunista, animal que despus de leer a Marx no slo ataca al hombre sino que se hiere mortalmente a s mismo? Debe de haber una explicacin marxista, es decir filosfica. No hay una.

    La conocida opinin de Albert Camus cuando filosofa existencial, en que declara que hay un slo problema filosfico, el del suicidio, no es ms que una frase que se le ha hecho frase hecha es decir tomada siempre fuera de contexto. Pero aun en su contexto no es ms que una frase francesa, que suelen ser a menudo como bolas de Navidad: brillantes y vacas. [De pasada Camus en una notaal pie habla de un "suicidio honorable" y menciona como ejemplo de esa tendencia a los suicidas polticos, "llamados de protesta, " en la revolucin china que es por cierto la revolucin de Mao que la quera tan permanente que la paraliz. Para Fidel Castro, circa 1965, Mao no era ms que un viejo gag queriendo ser ms moscovita que el Kremlin]. Camus era un ensayista que quera ser tomado por filsofo, un novelista que pasaba por pensador grave (Dostoievsky que se hunde en su

  • Sena) y un dramaturgo a quien todos los dilogos se le convertan en un intercambio de frases dichas, una liga de nociones que no son ms que bons mots, tan felices o fciles como los epigramasde Oscar Wilde teatrista a quien se le reproch siempre sus golpes de teatro ligero. Camus ofreceen cambio golpes de filosofa fatalista que no abolirn a Wilde. Segn Camus juzgar si la vida vale o no la pena de ser vivida es responder a la cuestin fundamental de la filosofa. Hay tantas cuestiones fundamentamentales en la filosofa que encontrar una sola es excluir impertinente las ms pertinentes. Para Platn, por ejemplo, el suicidio de Scrates no responde a una pregunta filosfica sino que las origina todas. Hay ms cosas en la filosofa que entre el cielo y la tierra, como bien saba Horacio, buen estudiante que no quiso ser grosero con el vago Hamlet, entre otras cosas, porque ste era prncipe heredero: amenazaba con ser rey un da. Sin embargo el recurso del suicidio s es el problema fundamental de la poltica, aun en tiempos no de hambruna sino de huelgas de hambre a morir como arma poltica. Vale la pena la lucha continua o es mejor salir a tiempo por la puerta estrecha del suicidio hacia las inmensas praderas de la historia que cada ideologa promete a sus fieles como el paraso del creyente? Aun para los fanticos de la revolucin permanente, los hijos de Trotsky, hay una nica pregunta, la que tiene una sola respuesta decisiva: esa de escoger entre la historia eterna o la nada. Una respuesta colectiva reciente es la banda Baader-Meinhof, que a todos asombr porque los asombrados no tenan nocin de la historia cubana. En Cuba hace rato que muchos revolucionarios viven al borde de esa clandestinidad permanente. Hamlet sera mal filsofo y peor poltico pero su To be or not to be es todava el problema cubano.

    Si la teora del suicidio es de estudio fcil para Camus, como lo es de dura prctica para Hamlet, la etiologa del suicidio es de difcil definicin a psiquiatras, psiclogos y psicoanalistas pragmticos como tericos, empiricistas como mdicos. Inadmisible para religiosos y materialistas por igual, el suicidio deja de ser un indefinible problema cuando se le observa como ideologa absoluta y pasa a ser del dominio histrico. En Cuba, al principio de la toma del poder por Fidel Castro, se quiso sustituir la ideologa por la prctica. Era, simplemente, la ignorancia que no se atreve a decir su nombre porque, entre otras cosas, no lo sabe pronunciar. De esta ignorancia primitiva (elogiada por ese vidente ciego evidente que era Sartre) se pas a inciertos balbuceos ideolgicos (dichos y hechos del Che), a aprenderse la cartilla marxista y a silabear algunos apotegmas de Marx como consignas. (De paso hay que decir que nadie saba qu era un apotegma ymuy pocos lograron pronunciar esta palabra extranjera sin caer en ridculas caricaturas verbales: apatema, arpotema esta ltima versin sin duda contaminada de otro Marx, Harpo. Se decidi entonces que apotegma era un instrumento de uso burgus (como el cuchillo de pescado). Luego vinieron los tiempos serviles de ubicarse dentro del estrecho corset ideolgico ruso, aparato concebido, diseado y fabricado por un tal Zozo Yugazvili, alias Stalin, modista marxista. Por supuesto Fidel Castro nunca tuvo que acomodarse siquiera a un miriaque moscovita porque el Mximo Lder est ms all de la teora: l es prctica pura, ese lugar de la geometra del espritu hegeliano en que toda prctica, aun la imprctica, se hace teora y es fons et origo de todo pensamiento correcto que, por supuesto va corrigiendo su correccin, como una brjula poltica, segn las circunstancias. Este manantial de toda sabidura va cambiando de fuente pero no es ms que el viejo bao en el ]ordn histrico, inmersin purificadora capaz de bautizos o de zambullidas. Con Fidel Castro, adems de la pura prctica, bast una declaracin como tesis de grado para culminar su graduacin summa cum laude: " Yo soy y siempre he sido marxista leninista!" Este exabrupto es como anunciar desde la tribuna al gora: "Siempre he sido neoplatnico" sin siquiera haber odo hablar nunca de Plotino ni ledo un slo dialogo de Platn o aun un ttulo. Por supuesto sin hablar griego tampoco: para Fidel Castro toda filosofa es griego. Subdesarrollo o ignorancia? Simplemente teora y prctica del oportunismo poltico. En 1939 Castro habra hablado de Goebbels y de Rosenberg como idelogos de la teora nueva.

  • Ms tarde hubo un regreso corso ricorso en un baile de San Vico, mal histrico ideolgico o un intento de una ideologa a partir del estatismo sovitico, en que todo movimiento prctico se ve como revisin del marxismo. Este revisionismo se cometa frente a alguien como Fidel Castro cuya nica contribucin a la teora de Marx segn Stalin no es una interpretacin novedosa sino una nueva pronunciacin de esta filosofa como marxismo-leninismo. Las eses salan sobrando pero la crtica y aun el comentario ocasional se oan de veras como una amenaza al lder total en Cuba totalitaria. Insistir en la crtica, cualquier crtica, es siempre un acto suicida, como se ha visto en casos tan diversos como el de Che Guevara, Alberto Mora y Javier de Varona, todos diferentes suicidas pero un mismo suicidio. O esa suicida magna que es Hayde Santamara, cuyo suicidio conmovi al rgimen durante diez das no por sentimiento ante el camarada cado sino por su significacin poltica, su significado de dolo que se quiebra. Hay adems los muchos muertos menores, fantasmas del comunismo que recorren la isla de Cuba con un lema: "Comunistas de Cuba, suicidos. No tenis nada que perder ms que la tapa de vuestras cabezas."

    La prctica del suicidio es la nica y, por supuesto, definitiva ideologa cubana. Una ideologa rebelde la rebelda permanente por el perenne suicidio. Mart sera as nuestro Trotsky temprano:idelogo, poltico, guerrillero fallido pero suicida certero, el felo de se con fe en la tumba abierta. A la victoria por el sepulcro! Muerte o muerte! Pereceremos! (Se oyen, se oirn siempre, las notas del Himno Nacional, cantado por un coro lejano de voces de ultratumba: "Cubano, a morir por propia mano/ Que morir por la patria es morir. ")Publicado em Revista Vuelta nr. 74 de janeiro de 1983.

    Em uma nota posterior ao artigo sobre o Suicdio em Cuba, Cabrera Infante informa sobre o destinode Rafael Del Pino, amigo e companheiro de Fidel Castro em duas organizaes: a Federao Estudantil Universitria (FEU) e a Unio Insurrecional Revolucionria (UIR). Del Pino era o lder, Fidel o seguidor. Ambos estiveram em Bogot em 1948 em evento poltico para boicotar uma reunio da Conferncia Panamericana que originou a OEA. Descobriu-se que as passagens areas tinham sido pagas por Pern. Durante as manifestaes ocorreu o assassinato de Gaytn [Jorge Elicer Gaitn, poltico colombiano dissidente do partido liberal e altamente popular] e o linchamento de seu assassino chamado Juan Sierra. Ambos os companheiros tiveram que buscar asilo na Embaixada Cubana de Bogot em decorrncia desses acontecimentos [A trgica morte de Gaitn provocou uma violenta reao popular conhecida como El Bogotazo que destruiu 142 edificaes do centro de Bogot http://es.wikipedia.org/wiki/Jorge_Eli%C3%A9cer_Gait%C3%A1n]. Conta Cabrera Infante que a fidelidade a Fidel foi a causa de sua desgraa. O homem haveria de provar para os cubanos que seu nome era o inverso de sua personalidade. O fato que osdois se desentenderam e Del Pino abandonou o Movimento 26 de julho e foi viver no Mxico, acusado por Castro de traio. Com a queda de Batista, Del Pino regressa a Havana para integrar-se revoluo. Foi preso pouco tempo depois acusado de ajudar os seguidores de Batista a abandonarCuba. Junto com Huber Matos foi julgado por conspirar contra os poderes de Estado e condenado a 30 anos de priso. No foi fuzilado por generosidade revolucionria. Del Pino cumpriu pena at 1980 quando se suicidou na priso. Ningum conseguiu explicar como entrou uma soga na cela do enforcado. Neste mesmo ano apareceu um informe do Ministrio da Sade dizendo que o ndice de suicdios na ilha era de 21,6 por cem mil habitantes. Para efeito de comparao, o Mxico tinha na mesma poca apenas 1,8 suicdios por cem mil habitantes. Isto significa que todas as narrativas sobre a devastao do regime na vida das pessoas so apenas casos isolados de uma tragdia de milhares.

  • Reinaldo Arenas Antes que Anoitea Ed. Record 1993 Pgs 160-166.

    A Central Aucareira Em 1969 houve em uma nica noite a deteno de milhares de jovens pela polcia de segurana do regime castrista. Com acusaes de contra-revolucionrios, esses jovens eram levados para campos de concentrao, pois eram necessrios para o corte de cana. Isso era chamado de mutiro, e dele participam tambm prisioneiros polticos e comuns. "A colheita era iminente e aqueles jovens saudveis e de cabelos longos que se atreviam a bater perna pelas ruas foram todos presos, como outrora os ndios e os negros escravos, nas plantaes de acar... Nunca mais aqueles adolescentes voltaram a ser o que eram antes; aps tanto trabalho e vigilncia, transformaram-se em fantasmas escravizados que nem tinham direito s praias, muitas das quais foram cercadas e transformadas em retiros privados para oficiais do exrcito castrista ou para turistas estrangeiros." (pg. 159). Castro nunca conseguiu os 10 milhes de toneladas de cana nos anos 70 embora chegasse perto, mas graas ao depoimento de Reinaldo Arenas sabemos como a produo aumentou; em 2010 Cuba produziu cerca de 2 milhes de toneladas, indicando que o "modo de produo socialista" tinham entrado em colapso.

    Nos anos setenta, tambm fui parar numa plantao de cana. Os oficiais da Segurana do Estado que j controlavam a UNEAC (Unio Nacional de Escritores e Artistas Cubanos), dentre eles o tenebroso tenente Luis Pavn, mandaram-me cortar cana e escrever um livro elogiando essa odissia e a safra dos dez milhes, na central aucareira Manuel Sanguily, em Pinar del Ro. Essa central, na verdade, era uma imensa unidade militar. Todos os que participavam do corte de cana eram jovens recrutas forados a trabalhar nesse local. Tratava-se de uma armadilha do castrismo: transformar o servio militar obrigatrio, em tempos de paz, num tipo de trabalho forado que abastecia a agricultura de mo-de-obra. Abandonar aquelas plantaes podia representar, para qualquer um dos rapazes, de cinco a trinta anos de cadeia.

    A situao era realmente desesperadora. Para quem no passou por isso, no possvel compreender o que significa estar ao meio-dia numa plantao de cana cubana e morar em barraces como os escravos. Levantar-se s quatro da madrugada, pegar um faco e um cantil de gua e sair de caminho para trabalhar o dia inteiro, sob um sol ardente, no meio daquelas folhas afiadas dos canaviais, que produzem uma coceira insuportvel. Entrar num daqueles lugares era como penetrar no ltimo crculo do Inferno.

    Ali, completamente cobertos dos ps cabea, de mangas compridas, luvas e chapu nica maneira de conseguir entrar naqueles lugares infernais, podamos entender por que os ndios preferiam o suicdio a continuar trabalhando como escravos; entender por que tantos negros tiravama prpria vida por asfixia. Agora eu era esse ndio, eu era o negro escravo, mas no estava s; estavajunto com centenas de recrutas. Talvez fosse mais pattico v-los do que me ver, porque j vivera alguns anos de esplendor, embora clandestinamente; mas esses rapazes de dezesseis ou dezessete anos, tratados como burros de carga, no tinham nenhum futuro pela frente e nenhum passado para trs. Muitos cortavam a prpria perna ou o dedo com faco, faziam qualquer barbaridade para serem dispensados do corte da