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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PUNÇÃO ARTERIAL Enf. Rodrigo Mezzadre Machado

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PUNÇÃO ARTERIAL

Enf. Rodrigo Mezzadre Machado

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Acessos Arteriais em Intervenção Coronária Percutânea

• A escolha do acesso a ser utilizado deve ser individualizada, levando em conta as características do paciente, o procedimento a ser realizado e o cenário da intervenção percutânea (eletiva ou de urgência)

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Abordagem Femoral

• É a via de acesso mais utilizada para realização de procedimentos terapêuticos percutâneos, porém existem situações em que é

contra-indicada.

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Contra-indicações da Abordagem Femoral

• História clínica de claudicação dos membros inferiores;

• Ausência de pulso pedioso e/ou tibial posterior;

• Ausência de pulso poplíteo;

• Presença de sopro na região inguinal;

• Cirurgia prévia com enxerto femoral;

• Fibrose inguinal importante;

• Doença arterial ou tortuosidade ilíaca significativa; e

• Incapacidade para manutenção do decúbito após o procedimento.

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Abordagem Radial

• Acesso rápido e fácil do leito arterial, devido a sua superficialidade e ao fato de não possuir grandes nervos e veias em sua proximidade, apresenta baixos índices de complicações neurovasculares. O principal problema desta via, é a ocorrência relativamente frequente de vasoespasmo, que torna o procedimento doloroso para o paciente e dificulta o manuseio dos

cateteres, podendo até impossibilitar o término dele.

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Abordagem Radial

• Antes de iniciar o procedimento propriamente dito, devemos realizar obrigatoriamente o teste de ALLEN para avaliar a perfusão sanguínea palmar, que é considerado normal (teste de Allen positivo) quando, após a compressão simultânea das artérias radial e ulnar, a coloração da palma da mão retorna ao normal dentro de dez segundos após a liberação da artéria ulnar

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Abordagem Radial

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Abordagem Braquial

• Esta via de acesso tem algumas peculiaridades que dificultam sua utilização rotineira para intervenções coronárias percutâneas. Pode ser realizada através de punção percutânea ou pela técnica de dissecção com arteriotomia direta, o que, associado a maior dificuldade de manipulação dos cateteres, requer grande experiência por parte do operador, que deve estar preparado para resolver eventuais complicações neurovasculares, as quais , devido à anatomia desfavorável desta região, são mais frequentes com essa técnica.

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Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE

• “A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia científica que vem sendo cada vez mais implementada na prática assistencial, conferindo maior segurança aos pacientes, melhora da qualidade da assistência e maior autonomia aos profissionais de enfermagem.”

PINHEIRO e TANNURE - 2010

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Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE

RESOLUÇÃO COFEN n° 358/2009

Art. 1° O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes , públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem.

Art. 2° O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:

I – Histórico de Enfermagem;II- Diagnóstico de Enfermagem;III- Planejamento de Enfermagem;IV- Implementação; eV- Avaliação de Enfermagem.

COFEN - 2009

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Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE

Art. 3° O Processo de Enfermagem deve ser baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem; e que forneça base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados.

Art. 8° Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições contrárias em especial a resolução COFEN 272/2002.

Brasília, 15 de outubro de 2009

COFEN - 2009

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Diagnósticos de Enfermagem

• Perfusão tissular periférica ineficaz;

• Risco de Sangramento;

• Risco de Infecção;

• Risco de Trauma Vascular;

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Resultado Esperado

• O paciente não apresentará perfusão tissular periférica ineficaz durante sua permanência na Hemodinâmica;

• O paciente apresentará redução no risco de sangramento durante sua permanência na Hemodinâmica;

• O paciente apresentará redução no risco de infecção durante sua permanência na Hemodinâmica;

• O paciente apresentará redução no risco de trauma vascular durante sua permanência na Hemodinâmica

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Como redigir uma Prescrição de Enfermagem?

“As prescrições devem incluir a ação a ser realizada (os verbos deverão estar no infinitivo), conter uma frase descrita (o quê, como, quando, onde, com que frequência, por quanto tempo ou quando), quem deve realizá-la e a assinatura do enfermeiro responsável por sua confecção.”

PINHEIRO e TANNURE - 2010

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Prescrições de Enfermagem

• 1- Orientar o paciente sobre o procedimento que irá realizar. Utilizar linguagem de fácil entendimento para sanar quaisquer dúvidas/medos/ansiedade existente. Na admissão (Enfermeiro)

• 2- Avaliar RNI, RNI menor ou igual a 1,5. Se superior, comunicar ao médico de plantão . Na admissão (Enfermeiro)

• 3- Avaliar o valor da creatinina. Creatinina inferior à 1,4 mg/dl. Se superior comunicar o médico de plantão. Na admissão (Enfermeiro)

• 4- Realizar punção de AVP em MMSS. Utilizar cateter venoso periférico calibroso (n° 16 ou 18) preferencialmente no terço médio do antebraço. Na admissão. (Tec. De Enf.)

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Prescrições de Enfermagem

• 5- Avaliar pulsos, radial, braquial e femoral bilateralmente, realizar palpação dos mesmos, avaliando se pulso é cheio ou filiforme, após posicionamento do paciente na mesa. (Tec. de Enf.)

• 6- Realizar teste de Allen, comprimir simultaneamente as artérias radial e ulnar, solicitar que o paciente abra e feche a mão cinco vezes, após a liberação da artéria ulnar, a coloração da palma da mão deverá retornar ao normal dentro de dez segundos, se negativo, comunicar ao enfermeiro/médico imediatamente, antes da punção da artéria radial (Tec. de Enf.)

• 7- Realizar a tricotomia em --------, utilizando o tricotomo, retirar o excesso de pelos da ------, antes da antissepsia. (Tec. de Enf.)

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Prescrições de Enfermagem

• 8- Realizar a antissepsia em -------, utilizando clorohexidine degermante 2% ou PVPI degermante realizar a antissepcia, após, retirar o excesso com clorohexidine alcoólica 0,5% ou solução de iodo ativo a 1%, Antes da punção. (Tec. de Enf.)

• 9- Retirar o introdutor hemaquet da Artéria ----, realizar compressão digital dois dedos acima do local da punção, manter a compressão por 20 minutos ou mais S/N. Atentar para sinais de reflexo vagal; FC menor que 50 BPM e PAM menor que 60 mmHg., se presente comunicar ao enfermeiro. Ao termino do procedimento. ( Tec. de Enf.)

• 10- Realizar curativo oclusivo. Utilizar rolo de gaze e ocluir o local da punção com fita hipoalergênica (micropore) e esparadrapo. Atentar para pulsos filiformes ou ausentes no membro cateterizado, se presente comunicar ao enfermeiro. Imediatamente ao termino da compressão digital. (Tec. de Enf.)

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Prescrições de Enfermagem

• 11- Avaliar e registrar o tempo de enchimento capilar do membro cateterizado. Comunicar o enfermeiro se valor superior a 3 seg. Cada 1/1 h nas doze primeiras horas pós procedimento. (Tec. de Enf.)

• 12- Monitorar continuamente e registrar a FC. Comunicar ao enfermeiro se FC maior que 110 BPM ou menor que 50 BPM. Atentar para alargamento do complexo QRS ao monitor e aparecimento de extrassístoles ventriculares (ESV) sustentadas. Até seis horas pós-procedimento (Tec. de Enf.)

• 13- Anotar o volume urinário e o aspecto da urina a cada micção. Comunicar o enfermeiro valores inferiores a 0,5 ml/Kg/h. (Téc. de Enf.)

• 14- Preparar um programa de orientações para ser dado ao paciente e família relacionado com a necessidade de repouso do membro cateterizado. No momento da alta da hemodinâmica. (Enfermeiro)

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OBRIGADO

[email protected]

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Bibliografia

COFEN, Conselho Federal de Enfermagem; Resolução COFEN n° 358/2009, Brasília 15 de outubro de 2009, www.portalcofen.gov.br acesso 17/04/2012.

Diagnóstico de Enfermagem da NANDA: definições e classificações 2009-2011/NANDA International; tradução Regina Machado Garcez.- Porto Alegre: Artmed, 2010.

PEREIRA, Marcelo Mendonça, et all, Tratamento alternativo para pseudoaneurisma femoral pós-cateterismo, Jornal Vascular Brasileiro, vol.10 no.2 Porto Alegre June 2011.http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S167754492011000200015&script=sci_arttext acesso 15/04/2012

PINHEIRO, Ana Maria e TANNURE, Meire Chucre; SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem. 2 ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

SOUZA, A.G.M.R., STAICO, R. e SOUZA, J.E.M.R., STENT CORONÁRIO, Aplicações Clínicas, 1ª ed. – Rio de Janeiro: ATHENEU, 2001