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Cultura brasileira lúcio

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"Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem

jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo.

Essa massa de nativos viveu por séculos sem

consciência de si... Assim foi até se definir como uma

nova identidade étnico-nacional, a de brasileiros...“

Darcy Ribeiro, em O Povo Brasileiro

Um povo.Uma cultura?

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Do ponto de vista cultural:•Os índios brasileiros já participavam de uma grande diversidade de naç ões, com línguas e costumes distintos

•Os portugueses trouxeram para o Brasil séculos de integraç ão genética e cultural de povos europeus, como os celtas e os lusitanos. Embora os portugueses sejam basicamente uma populaç ão européia, traziam o legado de séculos de convivência com mouros do norte da África e com judeus.

•Os escravos africanos trazidos ao Brasil pertenciam a uma diversidade de etnias e naç ões. A maior parte eram originários de Angola, Congo e Moç ambique. Em alguns lugares, porém, predominaram africanos da Nigéria e Daomé

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Sociedades Indígenas

Importância do território Posse da terra Noção de trabalho Escassez dos recursos Rituais

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Posse da terra

Sendo um recurso natural vinculado à vida social como um todo, a terra não é e não pode ser objeto de propriedade individual. De fato, a noção de propriedade privada da terra não existe nas sociedades indígenas.

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Para as sociedades indígenas a terra é muito mais importante do que simples meio de subsistência. Ela representa o suporte da vida social e está diretamente ligada ao sistema de crenças e conhecimento. Não é apenas um recurso natural mas – é tão importante quanto este – um recurso sociocultural.

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A escassez social de recursos

Mesmos limitadas e encravadas territorialmente como estão hoje as muitas sociedades indígenas do continente sul-americano, elas ainda mantêm, basicamente, a mesma relação com a terra e o meio ambiente que tinham antes das restrições que lhes têm sido impostas pelos Estados-nações que as envolvem.

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Noção de Trabalho Nas sociedades indígenas não existe a

dicotomia entre trabalho x laser, o que de fato existe é um simbiose entre ambos. Ao mesmo tempo que um índio desempenha uma tarefa “laborativa” existe um alto grau de identificação com as coisas criadas por ele, como sendo “fruto de seu trabalho”.

Trabalho é “produtivo” (conceito de Marx)

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A sentença bíblica de viver à custa do trabalho foi pronunciada contra nós. Escassez é a sentença decretada por nossa economia – e é também o axioma de nossa ciência econômica: a aplicação de meios escassos contra fins alternativos, conforme as circunstâncias, para tirar a maior satisfação possível. E é precisamente a partir dessa vantagem que voltamos o olhar para os [povos] caçadores. Mas, se o homem moderno, com todas as suas vantagens tecnológicas, ainda não conseguiu os meios, que chance possui esse selvagem desprotegido, com seu insignificante arco e flecha? Tendo equipado o caçador com impulsos burgueses e ferramentas paleolíticas, julgamos sua situação desesperadora (Sahlins 1978:10).15

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O território na cultura

Considerações de ordem social, ritual ou religiosa pesam igualmente na importância que o território tem para as populações indígenas.

Casamento (exogâmico e endogâmico). Nome das “crianças”. Rituais de “passagem”. A arte da guerra.

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Música

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Contexto Histórico

Ao longo de mais de trezentos anos (1559-1888), os escravos negros foram responsáveis pela produção de boa parte das riquezas no Brasil, no qual milhões de africanos foram tirados de suas terras para uma viagem na qual aproximadamente a metade morria de fome, doenças e maus-tratos, ou, já em terras americanas.

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Os escravos capturados na África eram provenientes de várias situações:

poderiam ser prisioneiros de guerra; punição para indivíduos condenados por

roubo, assassinato, feitiçaria ou adultério; indivíduos penhorados como garantia de

pagamento de dívidas; raptos em pequenas vilas ou mesmo troca de

um membro da comunidade por alimentos;

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A Escravidão Negra Africana

O tráfico de escravos foi, durante séculos, uma das atividades mais lucrativas do comércio internacional, com a África sendo duramente disputadas pelas principais potências da Europa.

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O Comércio de Escravos Negros

Na África, os escravos eram adquiridos por traficantes a preços baixos e revendido a preços altos na América. Muitas vezes, o açúcar, o tabaco, a aguardente e outros produtos serviam de moeda de troca. Quando chegavam à América portuguesa, os escravos eram colocados à venda em mercados. Ficavam a mostra em exposição sendo tratados como mercadorias.

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Origem dos Escravos Negros

A maioria dos africanos trazidos à colônia portuguesa como escravos pertencia a dois grandes grupos étnicos: os bantos,originários de Angola, Moçambique e Congo, e que se tornaram mais numerosos no centro-sul e no Nordeste; e os sudaneses, provenientes da Guiné, da Nigéria e da Costa do Ouro, e que foram levados principalmente para a região da Bahia.

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Resistência e Punições

A saudade da terra natal (banzo) e o descontentamento com as condições de vidas impostas eram a principal razão das fugas, revoltas e até mesmo dos suicídio dos escravos. A ―rebeldia era punida pelos feitores com torturas que variavam entre chicotadas, privação de alimento e bebida e o ―tronco. Durante essas punições, os negros tinham seus ferimentos salgados para provocar mais dor.

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Os QuilombosGrande parte do escravos negros fugitivos reuniram-

se em comunidades chamadas de quilombos. A maior parte dos quilombos organizaram-se no Nordeste (Sergipe, Alagoas e Bahia). Os habitantes do quilombos eram chamados de quilombolas.

Dentre os quilombos mais conhecidos, destacam-se os da Serra da Barriga, região situada entre os atuais estados de Alagoas e Pernambuco. Eram cerca de dez quilombos, unidos sob o nome de Palmares, que resistiram durante quase todo o século XVII aos ataques do governo e dos senhores de escravos. Palmares chegou a ter entre 20 mil e 30 mil habitantes e seu líder mais importante foi Zumbi.

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O Movimento AbolicionistaEvolução das leis

Lei Eusébio de Queirós (1850) – Proibia o tráfico de escravos no Brasil;

Lei do Ventre Livre (1871) – Determinava que os filhos de mulher escrava nascidos a partir daquela data seriam livres, mas continuariam na condição de propriedade do senhor até os 21 anos de idade;

Lei do Sexagenário (1885) – Declarava livres os escravos com mais de 65 anos de idade;

Lei Áurea (1888) – Declarava extinta a escravidão no Brasil.

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Cronologia da abolição da escravidão na América

Saint Domingue (Haiti) 1804Chile 1823Províncias Unidas da América Central 1824México 1829Uruguai 1842Colônias suecas 1847Colônias dinamarquesas 1848Colônias francesas 1848Bolívia 1851Colômbia 1851Equador 1852Argentina 1853Venezuela 1854Peru 1855Colônias holandesas 1863Estados Unidos 1863Porto Rico 1873Cuba 1886Brasil 1888