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Tatiana Freitas Cultura(s), Cidadania e Desenvolvimento Coimbra, 2013

Cultura(s), Cidadania e Desenvolvimento - fe.uc.pt · exemplos destes comportamentos a língua, a religião, os hábitos de vida e as ... 2.2 Cultura dominante e cultura dominada

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Tatiana Freitas

Cultura(s), Cidadania e

Desenvolvimento

Coimbra, 2013

  

Título: Cultura(s), Cidadania e Desenvolvimento 

Autor: Tatiana Freitas 

Coimbra, 2013 

Imagem de capa: Francisco Neto, Flickr (2006) 

http://www.flickr.com/photos/chicow/150053573/in/photolist‐eg4Gz‐eg4Ht‐eg5sf‐scCno‐wdCYd‐xjDLv‐KTyrb‐2Hfx9X‐491ggK‐4qpMDj‐4qXevt‐4riVc4‐4L2Av4‐4UtvpB‐55hMKv‐566Tug‐58kyP9‐5kG5t6‐5ncd5i‐5nTu7z‐5qJDQ6‐5qNF6g‐5tcUyJ‐5xxtid‐5zjEna‐5zoXkN‐5HhNZs‐5XWVk2‐61K6G2‐61K8zH‐61Kasx‐61Kb6T‐61Kddn‐61KdMr‐61Kev8‐61KhSv‐61KigB‐61KjFK‐61Kkca‐61PoxC‐61PsQy‐61PuSW‐64ogpt‐67EUwn‐6f2p8X‐6oX4SV‐6p2MoU‐6p2Xx9‐6p4Ygu‐6p5uXG‐6p61Uq/ 

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 

 

Trabalho  realizado  no  âmbito  da  unidade  curricular  de  Fontes  de  Informação Sociológica  sob  orientação  da  Professora  Dra.  Paula  Abreu  e  Professor  Dr.  Paulo Peixoto (Ano Letivo: 2013/2014) 

 

 

 

 

 

  

Índice  

1. Introdução ................................................................................................................................. 1 

2. Estado das Artes ........................................................................................................................ 2 

2.1 Cultura(s) ............................................................................................................................. 2 

2.2 Cultura dominante e cultura dominada .............................................................................. 4 

2.3 Cidadania e Cidadão ............................................................................................................ 7 

3. Descrição detalhada da pesquisa .............................................................................................. 9 

4. Ficha de Leitura ....................................................................................................................... 10 

5. Avaliação da Página da Internet .............................................................................................. 17 

6. Conclusão ................................................................................................................................ 18 

7. Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 19 

 

 

 

Anexo A  ‐ Página na Internet Avaliada 

 

Anexo B  ‐ Texto Suporte à ficha de leitura

  

1  

1. Introdução  

  No  âmbito  da  unidade  curricular  de  Fontes  de  Informação  Sociológica, 

lecionada pelo Professor Doutor Paulo Peixoto e pela Professora Doutora Paula Abreu, 

foram propostos vários temas de modo a que fossem desenvolvidos pelos alunos. 

  No meu caso, escolhi o tema Cultura(s), Cidadania e Desenvolvimento por ser 

um tema interessante, atual e de vasta dimensão.  

  No desenvolvimento do meu trabalho, irei fazer uma pequena contextualização 

do que é a cidadania e a cultura nos dias de hoje, assim como, o desenvolvimento e 

transformação  dos  mesmos,  assim  como,  a  problematização  da  perda  de  práticas 

culturais nos dias de hoje. 

   

2  

2. Estado das Artes  

Cultura(s), Cidadania e Desenvolvimento 

 

2.1 Cultura(s)    

O  conceito  de  cultura  tem  evoluído  ao  longo  dos  anos  assim  como  os 

significados que  são  atribuídos  ao mesmo. Vejamos o exemplo dos Humanistas que 

consideravam a cultura como um padrão ideal de desenvolvimento intelectual, moral e 

artístico  (Pires, 2004). Passando por diversas  transformações, hoje, considera‐se que 

“as  culturas  nascem  de  relações  sociais,  que  são  sempre  relações  inigualitárias.  À 

partida,  há  portanto,  uma  hierarquia  de  facto  entre  as  culturas,  que  resulta  da 

hierarquia social” (Cuche, 1999).  

  Sucintamente, e como refere a autora Maria Pires (2004), a cultura diz respeito 

aos  componentes  simbólicos  e  apreendidos  do  comportamento  humano.  São 

exemplos  destes  comportamentos  a  língua,  a  religião,  os  hábitos  de  vida  e  as 

convenções. A referida autora considera também que, por ser o oposto do  instinto, a 

cultura  é  por  vezes  o  que  nos  distingue  dos  animais.  Seguindo  esta  linha  de 

pensamento,  a  cultura  que  é  apenas  característica  dos  homens  e mulheres,  pode 

corresponder ao desenvolvimento intelectual e a um refinamento de atitudes.  

  É  importante  também  realçar  a  noção  de  cultura  que  nos  chega  através  de 

Edward Burnett Tylor, em 1871, contida na sua obra Primitive Culture, “a cultura ou 

civilização, entendida no seu sentido etnográfico mais amplo, é o conjunto complexo 

que  inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, o costume e toda a 

demais  capacidade  ou  hábito  adquiridos  pelo  homem  enquanto  membro  de  uma 

sociedade” (apud Infopédia, 2003‐2013). Esta definição de cultura é considerada como 

clássica. 

  Seguindo  a  ordem  de  ideias  da  autora  Maria  Pires  (2004),  e  tendo  em 

consideração  as  transformações  e  evoluções  relacionadas  com  a  cultura,  pode‐se 

organizar  o  referido  conceito  em  várias  categorias.  A  primeira  delas,  a  categoria 

3  

cognitiva,  onde  está  implicada  uma  ideia  de  perfeição  como  sendo  o  objetivo  da 

realização  humana.  Por  este  motivo,  a  cultura  era  vista  como  a  questão  mais 

importante  tanto  nas  obras  de  Thomas  Carlyle  (1795‐1881),  assim  como  nas  de 

Matthew  Arnold  (1822‐1888).  Este  último  designava  o  estudo  da  cultura  como  o 

“estudo da perfeição”, que  realizava a  ideia de a  cultura  ser a procura da perfeição 

total  através  do  conhecimento.  A  segunda,  a  categoria  coletiva,  resume‐se  a  um 

“estado de desenvolvimento  intelectual e moral de uma sociedade  influenciada pelas 

teorias evolucionistas de Darwin (1809‐1882)”, tal como refere a autora. Já a terceira 

categoria, designa‐se por categoria descritiva, considera a cultura como um conjunto 

de obras de arte e intelectuais. A quarta, a categoria do social, remete para uma ideia 

de um modo de vida a pensar mais no outro e o modo de vida dos  indivíduos como 

grupos, assim como as  relações que  são estabelecidas entre os mesmos. A quinta, a 

categoria  ideológica,  tem  em  consideração  o  modo  de  pensar,  de  acreditar  e  de 

avaliar, principalmente em áreas  como as  crenças, os valores e os  ideais. Por  fim, a 

sexta categoria, a material, dá mais atenção à tecnologia.  

  A cultura torna‐se importante na medida em que o seu estudo torna possível a 

compreensão de outros domínios do saber assim como a criação de novas abordagens 

inovadoras.  

      

4  

2.2 Cultura dominante e cultura dominada  

  Tal como Denys Cuche refere na sua obra, “num espaço social específico, existe 

sempre  uma  hierarquia  cultural”.  Esta  ideia  vai  de  encontro  com  o  que  tinha  sido 

referido anteriormente tanto por Karl Marx como por Max Weber, na sociedade existe 

sempre uma  cultura dominante que é  sempre a  cultura da  classe dominante. Assim 

sendo, opõem‐se duas culturas: a cultura popular, como cultura dominada e a cultura 

de elite, como a cultura dominante.  

  A  cultura  popular  é  vista  de  diferentes  maneiras  por  diversos  autores,  e 

portanto existem duas teses, no domínio das ciências sociais que devem ser evitadas. 

A primeira, a tese minimalista, refere que a cultura popular são apenas “marginais” e 

“más cópias”, uma vez que não possuem quaisquer características dinâmicas próprias 

que  as  sobreponham  às  outras  culturas.  Assim  sendo,  seriam  apenas  produtos 

derivados da cultura de elite que é vista como sendo a única verdadeira.  

  Por  outro  lado,  há  a  tese  maximalista,  que  por  oposição  à  referida 

anteriormente,  considera que as  culturas populares devem  ser vistas  como  iguais, e 

por vezes superiores à cultura de elite. Seriam então culturas autênticas e autónomas. 

Alguns autores referem ainda que a cultura popular deve ser encarada como superior 

à de elite uma vez que deriva da “criatividade do povo”.  

  A  cultura  popular  não  é  completamente  independente  e  autónoma,  assim 

como não é de pura  imitação nem de criação pura. Seguindo esta  ideia, e tal como é 

referido por Cuche, “qualquer cultura particular é uma reunião de elementos originais 

e  de  elementos  importados,  de  invenções  próprias  e  de  empréstimos”,  isto  é, 

nenhuma  cultura é  completamente e verdadeiramente original nem completamente 

cópia de outra. Deste modo, não se deve considerar a cultura popular como dominada 

por  ser  inferior.  Esta  é  apenas  uma  cultura  de  grupos  subalternos  e,  portanto,  são 

construídas  em  ambientes  de  dominação.  É  vista  como  uma  forma  de  lidar  com  a 

dominação. 

Outro ponto observável na obra do referido autor, é o conceito de cultura de 

massas.  Esta  cultura  é  vista  e  tida  em  consideração  relacionada  com  os meios  de 

5  

comunicação e com a produção industrial de massa. Deste modo, é possível haver uma 

certa confusão com dois termos, a cultura para as massas com a cultura das massas. 

Assim  sendo,  não  é  pelo  facto  de  uma massa  de  indivíduos  ser  recetora  de  uma 

mensagem  que  essa  mesma  irá  ser  interpretada  de  igual  forma  por  todos  esses 

indivíduos. Portanto, não é certo realizarmos uma uniformização da mensagem. Outro 

aspeto a  ter em  conta é as  condições de  receção. Assim  sendo, uma mensagem de 

grande  dimensão,  recebida  por  um  público  também  ele  de  grande  dimensão  não 

significa que a mensagem seja geral e que todos a interpretem da mesma maneira.  

  Após a análise de  tudo o  referido, é de considerar a cultura como um aspeto 

importante da vida em sociedade. Isto deve‐se ao facto de, tudo o que nos rodeia ter 

um  impacto  na  nossa  vida  e  na  nossa  formação  enquanto  cidadãos. Na  nossa  vida 

quotidiana, somos bombardeados por várias demonstrações de cultura, seja ela vista 

como música,  cinema,  arte,  teatro  e  até os  costumes  e  tradições de  cada  terra. Ao 

longo  dos  anos  tem  sido  observável  uma  oscilação  de  percentagem  na  adesão  dos 

portugueses nas práticas culturais.  

  Por  comparação  com  outros  países,  Portugal  apresenta,  de  facto,  números 

muito  baixos  na  adesão  das  atividades  culturais.  Apesar  de,  no  geral,  os  europeus 

terem  assumido  uma  diminuição  na  frequência  com  que  assistem  a  diversos 

espetáculos culturais, Portugal fica “na cauda” com valores de 6% na participação dos 

mesmos (Carvalho, 2013). A grande queda de vendas nas bilheteiras é um exemplo, ao 

revelar  que mais  70% dos  cidadãos  não  frequentaram  uma  única  vez o  cinema  nos 

últimos 12 meses. O mesmo estudo  revela  também que o ballet, a dança e a ópera 

mantêm‐se  com  uma  adesão  igual  e  que  a  queda  de  dez  pontos  percentuais,  em 

relação à Europa no que diz respeito ao ano anterior, da  leitura de um  livro deve‐se, 

maioritariamente, à falta de interesse.  

  Contudo, não é correto afirmar que apenas a falta de interesse é motivo para o 

fraco consumo das práticas culturais por parte dos portugueses. Assim sendo, existem 

outros fatores que não dizem respeito propriamente ao cidadão mas sim à sociedade 

em geral. São exemplos a  fraca aposta por parte das entidades privadas no que diz 

respeito à dinamização da  cultura, a  crescente  taxa de  tendência da privatização da 

atividade  cultural,  o  atraso  na  educação,  a  atividade  cultural  se  encontrar 

6  

maioritariamente nas grandes cidades e por  fim, as dificuldades económicas sentidas 

por uma grande parte da população.  

  Estes fatores estão todos relacionados, uma vez que a privatização da atividade 

cultural  faz  com  que  os  preços  para  aceder  à mesma  sejam  cada  vez mais  altos, 

enquanto que a população  tem um poder de compra cada vez mais  fraco. Assim, há 

uma  certa  seleção nas pessoas que assistem às práticas  culturais, porque  só  irão as 

que  possuírem  maiores  rendimentos.  Associada  a  esta  ideia,  surge  o  facto  de  as 

pessoas classificarem várias atividades culturais como o teatro e a ópera como elitista.  

  Posto isto, é possível distinguir três fatores que podem ser considerados como 

principais:  a  fraca  aposta  na  educação,  a  falta  de  investimento  e  o  baixo  poder  de 

compra. Não é  certo atribuir a  culpa apenas  à  crise económica que  se  faz  sentir na 

atualidade, é necessário  fazer alterações a nível  interno, como estimular o ensino da 

cultura  nas  escolas.  É  também  necessária  a  existência  de  um maior  investimento, 

assim  como  a  tomada  de medidas  por  parte dos  políticos  que  apelem  ao  interesse 

cultural dos cidadãos.  

 

   

7  

2.3 Cidadania e Cidadão  

  A  cidadania  é,  e  segundo  T.  H.  Marshall,  “uma  evolução  de  direitos  civis, 

políticos e  sociais”  (apud Direito e Docência,  s.d.). Assim  sendo, e de acordo  com o 

mesmo, a cidadania é composta por três direitos: o direito civil, o direito político e o 

direito  social.  Assim,  o  autor  referido  disponibiliza  uma  pequena  definição  de  cada 

direito,  como  irá  ser  referido  seguidamente.  O  direito  civil  é  assim  composto  pelo 

direito  à  liberdade  individual  –  liberdade  de  ir  e  vir,  liberdade  de  imprensa, 

pensamento e fé, o direito à propriedade e de concluir contratos válidos e o direito à 

justiça. Já pelo direito político entende‐se a participação no exercício do poder político, 

como  um membro  de  um  organismo  investido  da  autoridade  política  ou  como  um 

eleitor dos membros de tal organismo. Por sua vez, o direito social engloba, desde o 

direito a um bem‐estar mínimo, caraterizado pela estabilidade económica e pessoal, 

até ao direito de participar, completamente, na herança social e assegurar que os seus 

comportamentos  vão  de  encontro  com  os  padrões  que  são  estabelecidos  pela 

sociedade. 

Relacionado com o conceito de cidadania surge o conceito de cidadão. Assim 

sendo,  designa‐se  por  cidadão  todo  aquele  que  vive  inserido  num  país  e 

consequentemente  numa  determinada  sociedade,  protegido  pelas  leis,  possuindo 

direitos mas, ao mesmo tempo tem uma série de deveres que devem ser cumpridos. 

Resumidamente, é um cidadão quem pertence a um país politicamente organizado.  

“A  integração de uma pessoa na sociedade e na natureza é mediada por  três 

esferas de existência, que complementam‐se e relacionam‐se: a material, que permite 

ao  indivíduo  a  sobrevivência  física;  a  cultural,  que  dá  ao  indivíduo  valores,  crenças, 

maneira de pensar, agir,  interpretar o mundo; a social, que refere‐se às relações que 

se  estabelecem  entre  as  pessoas,  que  são  também  relações  de  poder,  seja  de 

igualdade, opressão ou exploração” (Portugal & Almeida, 2001/2002).    

Deste  modo,  e  referindo  os  autores  acima  citados,  pode‐se  considerar  o 

cidadão  como aquele que  supera a  condição de pobreza  sócio‐económica e política, 

que  tem  noção  da  posição  que  ocupa  na  sociedade  e  que  tem  conhecimento  dos 

conflitos de poder que existem na mesma.  

8  

O  conceito de  cidadania  estabelece  fronteiras  e margens  entre  sociedades  e 

grupos  sociais.  Uns  são  considerados  os  “incluídos”  e  outros  os  “excluídos”.  Estas 

margens  são  estabelecidas  tendo  em  consideração  os  “nossos”  valores,  em 

contraposição  com  os  valores  “deles”.  Apesar  disto,  há  uma  cidadania  de  “direitos 

estabelecidos”,  isto é, uma cidadania onde  todos os direitos  são considerados como 

igualitários e estáveis. Vejamos  como exemplo o direito de  voto,  considerado  assim 

como  estabelecido,  uma  vez  que  todos  os  cidadãos  podem  (e  devem)  exercer  esse 

mesmo direito. Mas também existe uma cidadania de novos “direitos conquistados”, 

cuja sua permanência é  justificada pelas circunstâncias ou necessidades mutáveis da 

vida (Pais, 2005).  

De  um  modo  geral,  e  como  referem  Heloisa  Portugal  e  Mark  Almeida 

(2001/2002), a cidadania é a transformação social para a conquista de uma sociedade 

mais justa, igualitária e solidária.  

 

   

9  

3. Descrição detalhada da pesquisa  

Para a realização deste trabalho recorri a livros,   à internet  e  a  várias  revistas 

científicas. Ao  ler vários excertos de alguns  textos  relevantes no que diz  respeito ao 

meu  tema, pude  referenciar alguns pontos  importantes e esclarecedores no que diz 

respeito a uma melhor compreensão do que é a cultura e a cidadania. 

Da Internet, utilizei um artigo do Jornal Público que achei bastante interessante 

para o tema deste trabalho, uma vez que retratava o modo como as práticas culturais 

têm vindo a se alterarem a nível europeu. 

Para,  de  uma  forma  mais  rápida,  conseguir  encontrar  alguns  documentos, 

utilizei o motor de busca Google. 

Após ter recolhido todo o material que considerei necessário para a realização 

do trabalho, fiz uma leitura atenta dos diversos documentos, retirei a informação mais 

importante e de seguida fiz também um tratamento cuidado da mesma.  

Em relação à estrutura do trabalho,  inicialmente tinha idealizado um esquema 

de  trabalho  e  de  ideias  que  tiveram que  ser  alteradas  consoante  a  informação que 

tinha em mãos de forma a elaborar um trabalho lógico.  

   

10  

4. Ficha de Leitura 

 Título da publicação: Políticas para a sociedade da informação em Portugal: da 

concepção à implementação 

Autora: Lurdes Macedo 

Local (url): 

http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/comsoc/article/viewFile/1210/1153 

Data de consulta: Outubro 2013 

Data de publicação: 2005 

Número de páginas: 71‐93 

 

Palavras‐chave: sociedade da  informação, políticas, POSI (Programa Operacional para 

a Sociedade da Informação).  

 

 

Resumo: 

 

  Neste  texto,  a  autora  procura  apresentar  uma  noção  sobre  a  “Sociedade  da 

Informação” ao analisar as várias perspetivas teóricas de autores de maior importância 

e  relevo. Ao  realizar um estudo  crítico e estruturado  sobre o Programa Operacional 

para  a  Sociedade  da  Informação  (POSI),  assim  como  a  sua  contextualização  na 

atualidade em questão, um dos objetivos é a identificação e compreensão dos desafios 

que esta nova sociedade pode colocar a um país como Portugal. 

  Deste  modo,  este  estudo  procura  validar  as  políticas  para  a  Sociedade  da 

Informação como possíveis fatores para não estar a ocorrer uma contínua evolução no 

sentido de tornar a sociedade “informacionalizada”. 

 

 

 

 

 

11  

Estrutura: 

 

 

  A  inovação e os avanços  tecnológicos associados à comunicação e aos modos 

como a  informação é  tratada, explorada e  lançada para o mundo  têm  sido cada vez 

mais crescentes. A este facto, associam‐se tanto aspetos positivos como negativos que 

são  referidos pela autora. Realçando alguns dos aspetos positivos mais  importantes, 

tem‐se,  por  exemplo,  o  fato  de  estes  novos  meios  de  comunicação  deixarem  à 

disposição  das  sociedades  mais  avançadas,  tecnologicamente  falando,  uma 

oportunidade de encurtar as distâncias ao haver um avanço no sentido de aperfeiçoar 

a  rapidez  e  eficácia  da  difusão  da  informação.  Por  outro  lado,  o  aspecto  negativo 

realçado pela autora é o ceticismo associado a estes progressos na tecnologia, uma vez 

que estes acarretam diversas mudanças na vida quotidiana.   

Ao  longo do  texto, é  referido por diversas vezes o conceito de “Sociedade da 

Informação”, que a autora define como sendo o que “tem maior alcance” uma vez que 

contém em si todas as outras ideias associadas a esta mudança na vida da sociedade. 

Assim,  a  mesma  permite  esclarecer  esta  ideia  ao  realizar  um  percurso  nas  várias 

hipóteses  já  formuladas por “diversos pensadores e atores  institucionais  relevantes” 

sobre o que é esta nova realidade, a “Sociedade da Informação”.  

  Analisando  então  as  distintas  definições,  encontram‐se  alguns  aspetos  em 

comum que são referidos pela autora,  tais como a  transformação da  informação em 

matéria primordial e o decisivo desenvolvimento das tecnologias de  informação e de 

comunicação  (TIC), assim  como as  suas  consequências na  reconfiguração do modelo 

de  organização  social.  Apesar  disto,  ainda  é  prematuro  falar  em  “sociedade  da 

informação”  uma  vez  que  os  fatores  que  a  caraterizam,  sejam  eles  qualitativos  ou 

quantitativos, são ainda considerados discutíveis e pouco explorados, tal como refere a 

autora no texto.  

  Assim sendo, e de modo a observar as modificações que ocorrem na sociedade, 

verificou‐se a existência de duas grandes diferentes posições em  relação ao assunto. 

Por um lado, há autores que defendem que é necessário haver uma quebra na forma 

como  a  sociedade  se  costuma  organizar  nas  gerações  passadas  de modo  a  poder 

ocorrer  um  avanço  no  sentido  de  surgir  a  nova  sociedade, mas  por  outro  lado  há 

12  

autores que consideram que para haver uma mudança não é necessário ocorrer uma 

rutura e que a  informatização da sociedade ocorre nos padrões  tidos como normais, 

seguindo uma organização específica.  

  No  sentido  de  fazer  uma  distinção  clara  da  “sociedade  da  informação”,  foi 

porposta  uma  classificação  em  cinco  dimensões  analíticas  que  definem  as  várias 

posições  sobre  o  tema  em  causa.  São  elas  a  definição  tecnológica,  a  definição 

económica,  a  definição  ocupacional,  a  definição  espacial  e  a  definição  cultural,  tal 

como é referido no texto. 

  A definição tecnológica sublinha que o fato de ocorrer uma redução dos preços 

do material técnico e informático, fez com que os mesmos ficassem à disponibilidade e 

ao alcance de todos os campos da sociedade. Outro aspeto que conduziu a uma célere 

inovação das tecnologias de informação foi o fato de o setor informático e o setor das 

telecomunicações  se  terem  “fundido” e  terem permitido uma  ligação de  rede entre 

espaços  físicos  diferentes.  Apesar  de  estes  aspetos  serem  todos  aceitáveis  e  dados 

como certos Webster questiona se “será aceitável que um fenómeno associal como a 

tecnologia determine a definição de um novo modelo de sociedade”.  

  Já a definição económica remete como o próprio nome indica, para uma visão 

mais económica da sociedade. Deste modo, quanto maior for o produto nacional bruto 

(PNB), mais próxima se encontrará uma sociedade da “economia da  informação”. No 

entanto,  são  vistas  várias dificuldades na  associação das  categorias uma  vez que há 

uma  tendência  a  homogeneizar  atividades  com  diferentes  conteúdos,  trasmitindo  a 

ideia descrita na página 74‐75. 

  A definição ocupacional defende que uma sociedade passa a ser “sociedade da 

informação” quando o número de trabalhadores com serviços que lidem diretamente 

com a informação assim como à sua base, for maior que o número dos trabalhadores 

com atividades produtivas.  

  Por  outro  lado,  a  definição  espacial  remete  para  a  importância  associada  à 

aproximação  entre  espaços  geograficamente  distantes,  através  dos  meios  de 

comunicação.  Este  fator  tem  impactos  na  economia  global,  pois  faz  com  que  as 

ligações espaciais deixem de ser vistas como um obstáculo.  

13  

  Por fim, a definição cultural, afirma que quantidade de  informação que circula 

nos  dias  de  hoje  é  superior  a  qualquer  tempo  da História.  Contudo,  coloca‐se  uma 

grande questão, “mais informação resulta em pessoas mais informadas”. 

  Assim  sendo,  as  tecnologias  de  informação  e  de  comunicação  e  a  sua 

competência de utilização serão determinantes na distinção entre um Estado  forte e 

fraco,  sendo  este  último  caraterizado  pelo  não  acompanhamento  da  evolução 

tecnológica.  

  Posto  isto,  são  apresentados  diversos  desafios  a  esta  nova  sociedade,  a 

“sociedade da  informação”. O desafio do  combate  à  “info‐exclusão” é um dos mais 

importantes,  pois  como  é  notável  em  todas  as  sociedades,  há  claramente  uma 

distinção entre os mais pobres e os mais ricos. Esta situação também será possível de 

ser verificada nos meios  tecnológicos uma vez que os com maiores posses  irão estar 

aptos a obter as  “infotecnologias” enquanto que os mais pobres não. Outro desafio 

colocado é o da “alfabetização informacional”. Este desafio remete para o fato de mais 

informação  não  significar  necessariamente  mais  alfabetização.  Assim  sendo,  é 

necessário haver uma educação dirigida a informar os cidadãos a tratar e a interpretar 

a  informação de que são alvo e poder usá‐la para poderem concluir os seus  fins. Por 

fim,  tem‐se o “desafio da profissionalização para a  sociedade da  informação”. Neste 

desafio verifica‐se que até as profissões mais rudimentares e  tradicionais estão a ser 

“informacionalizadas”, como a agricultura. Assim sendo, os serviços que possuírem um 

trabalho  menos  específico  irão  perder  a  sua  “importância  estratégica”,  como  é 

referenciado pela autora.  

  Ao enquadrar Portugal no contexto da sua  integração na União Europeia, e ao 

analisar  o  país  a meados  dos  anos  90,  verificou‐se  uma  série  de  adversidades  que 

poderiam explicar o atraso do país no que toca à informatização, entre o quais, a fraca 

educação  ou  até mesmo  falta  dela  no  que  toca  à  “literacia  funcional”,  tal  como  é 

referido pela autora no texto. Contudo, são também realçados alguns pontos positivos, 

tais  como  a  adesão  acima  do  previsto  da  TV  Cabo  e  até mesmo  da  subscrição  da 

Internet. Seguindo o raciocínio da autora, a partir da análise feita e acima descrita, é 

possível questionar que práticas e políticas é que o governo está a realizar de modo a 

promover esta sociedade.  

14  

Posto isto, a autora refere uma série de medidas que foram tomadas por várias 

entidades no  sentido  de  elevar  a  sociedade da  informação. Assim,  remete  para um 

Portugal no ano de 1995, onde refere que as medidas que eram desejadas tomar pelo 

governo  de  então,  não  foram  totalmente  cumpridas.  Por  consequente,  o  governo 

precedente tomou medidas mais efetivas uma vez que  foram definidos objetivos em 

concreto,  tais como a criação do “Livro Verde para a Sociedade da  Informação”, que 

toma em consideração as especifidades da realidade nacional na construção de uma 

“sociedade da  informação” em Portugal,  ideia referida no texto. Outros planos foram 

definidos,  tanto  na  Europa  como  em  Portugal,  que  permitiram  a  expansão  da 

sociedade da informação.  

 Assim  sendo,  foi  criado  o  Programa  Operacional  Sociedade  da  Informação 

(POSI),  coma  duração  prevista  de  seis  anos,  cujo  objetivo  é  dinamizar  a  sociedade 

“enquanto prioridade  transversal  de  outras  intervenções  operacionais,  bem  como  a 

disseminação de boas práticas nesta área”,  tal como refere a autora. Apesar disto, é 

necessário questionar se o programa está a cumprir, efetivamente, o que era suposto, 

assim como a maneira sob a qual está a tratar os desafios da sociedade da informação.  

De modo a poder responder a estas questões, foram  feitos novos estudos em 

relação  ao  desenvolvimento  da  sociedade  da  informação,  o  que  comprovou  que 

Portugal estava aquém do que era expectado, continuando a apresentar um atraso a 

esse  nível.  Isto  fez  com  que  houvesse  um  adequamento  do  programa  operacional 

sociedade da  informação, de modo a poder ocorrer a  inovação digital no país. Assim, 

foram  definidos  quinze objetivos  gerais,  que  a  autora  categorizou  em  cinco  grupos, 

primeiro grupo – democratização dos acessos  (objetivos 1, 2, 3, 4, 5 e 13),  segundo 

grupo – colocação de conteúdos portugueses na internet (objetivo 6), terceiro grupo – 

desenvolvimento de competências (objetivos 6 e 7), quarto grupo – modernização da 

administração pública (objetivos 9, 10, 11, e 12) e por fim, o quinto grupo – promoção 

de atividades de  I&D (objetivo 14 e 15). A análise feita a estes objetivos por parte da 

autora  revela  que  apesar  de  tentarem  dar  resposta  aos  desafios  propostos  pela 

sociedade da  informação, há uma exagerada  “enfâse na multiplicação de acessos às 

TIC”, entre outras falhas.  

Outra  forma de  responder às questões suscitadas pela autora  foi a  realização 

de  uma  “análise  à  estrutura  de  programa  que  resultou  da  definição  dos  objetivos 

15  

gerais do POSI”, pela mesma. Dessa mesma análise surgiram três “Eixos Prioritários”, 

que se estendem em outras medidas específicas. 

O  eixo prioritário 1  – Desenvolver Competências  apresenta uma definição de 

vários  objetivos  que  não  apresentam  uma  linha  certa  de orientação, pois  apelam  a 

diversas  áreas  que  pouco  contribuem  para  o  desenvolvimento  de  competências. As 

medidas mais específicas elaboradas neste eixo  têm  como principal  alvo o  combate 

aos “ileterados”, uma vez que dá uma grande importância a uma educação mais virada 

para uma sociedade mais informacionalizada. Isto irá fazer com que haja um aumento 

na qualificação da população o que, por sua vez, trará mais empregabilidade. Contudo, 

estão associadas “algumas  limitações”, tais como a educação promovida ser apenas a 

um campo tecnológico, “sem qualquer preocupação com a literacia para o tratamento 

da informação”, tal como explicita Lurdes Macedo.  

O  eixo  prioritário  2  –  Portugal  Distrital  tem  como  principais  objetivos  o 

aumento da qualidade de vida dos cidadãos, quer a nível tecnológico, como a um nível 

básico,  como  os  cuidados  de  saúde. Novamente,  a  autora  concretiza  a  ideia  de  os 

objetivos  propostos  serem muito  gerais.  Apesar  disto,  as medidas mais  específicas 

permitem  esclarecer  e  objetivar  as  ideias  propostas.  A medida  2.1,  remete  para  a 

explicação  do  modo  como  os  cidadãos  irão  ver  as  suas  vidas  melhoradas  com  a 

introdução e generalização das tecnologias de informação e comunicação. Já a medida 

2.2,  identifica os conteúdos,  isto é, o que está na base e ao “nível da produção”. Por 

sua vez, na medida 2.3, é  referida a expansão na área dos acessoas às  redes, com a 

continuação de programas, ao  serem  constituídas  “parcerias a nível  local”,  tal  como 

expressa  a  autora.  Por  fim,  a medida  2.4  é  formada  por  um  complemento  com  a 

medida  anterior,  da  formação  relacionada  com  as  TIC.  Assim,  este  eixo  permite 

combater  a  exclusão  informacional  a  que  alguns  indivíduos  seriam  alvo,  como 

também, de forma não direta, o combate ao desafio da profissionalização.  

No  eixo prioritário  3  –  Estado Aberto  – Modernizar  a Administração  Pública, 

apesar de os objetivos não se encontrarem totalmente perscetíveis, é de referir, que 

segundo a autora, “existe uma intenção de introduzir a utilização das modernas TIC no 

processo de modernização administrativa (…)”. A medida 3.1, apresenta um conjunto 

de objetivos distintos em áreas igualmente distintas.  

16  

Concluida  a  análise  ao  programa,  Lurdes  Macedo  afirma  que  a  resposta  à 

questão  inicial  “não é definitiva” uma  vez que ainda  são encontrados pontos  fracos 

como o fato de os “objetivos terem sido formulados de forma confusa”. No entanto, a 

autora apresenta uma explicação de como é possível concretizar algumas das medidas 

criticadas no contexto da análise dos eixos do POSI.  

No  sentido  de  melhor  compreender  “o  contributo  do  POSI  para  o 

desenvolvimento  “informacional”  da  sociedade  portuguesa”,  foram  realizadas  pela 

autora três entrevistas a três personalidades relevantes assim como uma leitura crítica 

do  relatório  da  OCDE  “Measuring  the  Information  Economy  2002”.  Assim,  nas 

entrevistas  realizadas  foi possível  verificar que os  entrevistados  corroboram  com os 

aspetos  referidos  pela  autora,  tais  como  “a  confusão  na  definição  dos  objetivos  do 

programa”  assim  como  “a  excessiva  ênfase  na  questão  infra‐estrutural  dos  acessos 

como  condicionantes  internas  desta  intervenção  operacional”.  Os  entrevistados 

concordam também que na mudança política que ocorreu em 2002, ocorreu um atraso 

na efetivação do programa.  Já na análise do  relatório da OCDE,  foi possível observar 

que, apesar de o desenvolvimento das TIC em Portugal não ser comparável com o dos 

outros  países,  apresenta  um  crescimento  considerável.  Contudo,  a  análise  deste 

mesmo  relatório  refere  que  deve  ocorrer  uma  reformulação  das  políticas  para  o 

desenvolvimento da “sociedade da informação” tal como sugere a autora.  

Assim,  e  citando  Lurdes  Macedo,  “o  impacto  do  POSI  na  indução  da 

empregabilidade em atividades competitivas  ligadas às novas TIC parece, assim,  ficar 

aquém das expectativas.”.  

Em  suma,  a  autora defende uma  vez mais que  as políticas  associadas a este 

campo, devem ser “reformuladas”, pois “ainda que bem  intencionadas, parecem não 

estar a resultar nos efeitos esperados”, tal como a mesma enfatiza ao longo do texto.  

   

17  

5. Avaliação da Página da Internet  

  O site que escolhi para fazer a avaliação foi o site do jornal Público uma vez que 

dei importância a uma notícia que teve bastante peso no meu trabalho.  

  Por  ser  o  formato  eletrónico  de  um  jornal,  este  site  apresenta  informações 

sobre variadíssimos temas, quer nacionais como internacionais. A página apresenta‐se 

dividida em várias secções tais como cultura, desporto, economia, etc., o que facilita a 

procura  do  utilizador.  O  site  apresenta  também  em  destaque  as  notícias  mais 

importantes  e  de  última  hora,  o  que mostra  a  versatilidade  do mesmo.  Assim,  ao 

estarmos  a  pesquisar  num  determinado  tema,  podemos  deparar‐nos  com  alguma 

notícia que possa vir a ser útil para a pesquisa.  

  Em relação ao meu tema, houve uma notícia em particular que me ajudou visto 

que tratava da participação cultural de Portugal em relação ao resto da Europa. Este 

notícia serviu para suportar a minha problematização, no sentido em que diz que as 

práticas culturais têm vindo a diminuir no nosso país. Esta notícia pode ser consultada 

no seguinte endereço: http://www.publico.pt/cultura/noticia/portugal‐na‐cauda‐da‐

europa‐no‐que‐diz‐respeito‐a‐participacao‐cultural‐1611336.   

  Considerando a página em geral, posso considerar como apelativa pois aposta 

nos vermelhos, pretos e brancos. É também um site que não apresenta nenhum custo 

nem nenhum recurso especial para que seja possível ter acesso.  

  De um modo geral, considero que este site está bem organizado o que permite 

uma  fácil  navegação  por  parte  dos  utilizadores.  Contém  também  informação 

pertinente e fiável. Este site e em particular esta notícia foram importantes para o meu 

trabalho.  

 

  

18  

6. Conclusão  

  A  realização  deste  trabalho  permitiu‐me  adquirir  novos  conhecimentos 

importantes como o que é a cultura de um ponto de vista mais abrangente e científico.  

Foi também através da realização deste trabalho que pude aperceber‐me que 

as práticas culturais têm vindo a diminuir cada vez mais. A principal causa deste facto é 

apontada para a crise, mas ao realizarmos uma análise mais aprofundada do assunto, 

verificamos a existência de outros fatores que realmente apresentam um grande peso 

para a dinamização das práticas culturais, tal como realizo no estado das artes. Estes 

fatores são mais difíceis de combater porque para resolvê‐los são necessárias medidas 

que  implicam uma mudança mais a nível  interno e que consequentemente, não está 

ao  acesso  de  qualquer  um,  sendo  então  imprescindível  uma  intervenção 

governamental.  

Assim  sendo, devemos olhar para este assunto de  forma crítica e de modo a 

que seja possível resolvê‐lo, visto que representa um ponto importante nas dinâmicas 

das sociedades.  

   

19  

7. Referências Bibliográficas  

 Associação Nacional  de  Pós‐Graduação  e  Pesquisa  em  Ciências  Sociais  –  Portal  das 

Ciências Sociais Brasileiras  (s. d.), “A dimensão social da cidadania”. Acedido a 29 de 

Novembro  de  2013,  disponível  em 

http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_33/rbcs33_01.htm . 

Carvalho,  Cláudia  (2013),  “Portugal  na  cauda  da  Europa  no  que  diz  respeito  à 

participação cultural”. Público, 4 de Novembro. Acedido em 28 de Novembro de 2013, 

disponível  em  http://www.publico.pt/cultura/noticia/portugal‐na‐cauda‐da‐europa‐

no‐que‐diz‐respeito‐a‐participacao‐cultural‐1611336 .  

Cuche, Denys (1999), “Hierarquias sociais e hierarquias culturais”, in D. Cuche, A noção 

de cultura nas ciências sociais. Lisboa: Fim de Século Edições, 103‐121. 

Direito e Docência (s. d.), “ Cidadania, classe social e status por T. H. Marshall. Acedido 

a  29  de  Novembro  de  2013,  disponível  em 

http://direitoedocencia.com.br/2013/09/19/cidadania‐classe‐social‐e‐status‐por‐t‐h‐

marshall/ .  

Infopédia (2003‐2013)), “Edward Burnett Tylor”. Acedido a 23 de Novembro de 2013, 

disponível em http://www.infopedia.pt/$edward‐burnett‐tylor .  

Pais, José Machado (2005), “Jovens e cidadania”. Sociologia, Problemas e Práticas, 49, 

53‐70. 

Pires,  Maria  Laura  Bettencourt  (2004),  Teorias  da  Cultura.  Lisboa:  Universidade 

Católica.  

Portugal, Heloisa Helena de Almeida;  Almeida, Mark Sandro Soprezo de (2001/2002), 

“Cidadania,  Educação  e  Responsabilidade  social:  Falácias  gastas  em  um  discurso 

retórico?”. Scientia Iuris, 5/6, 259‐287.  

  

Anexo A ‐ Página na Internet Avaliada 

 

 

   

   

  

Anexo B – Texto Suporte à ficha de leitura 

 

Macedo,  Lurdes  (2005),  "Políticas para  a  sociedade da  informação em Portugal": da 

concepção à implementação. Comunicação & Sociedade, 7, 67‐89.