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DIETA E DOENÇAS CRÔNICAS Isabela M. Benseñor Profa. Associada FMUSP

Curso 65c

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Page 1: Curso 65c

DIETA E DOENÇAS CRÔNICAS

Isabela M. Benseñor

Profa. Associada FMUSP

Page 2: Curso 65c

DIETA E DOENÇAS CRÔNICAS

Transição demográfica

Transição epidemiológica

Page 3: Curso 65c

Fonte: IBGE (2002) e ONU – http://esa.un.org/unpp

Evolução da população brasileira 1800-2050

3,4 4,5 6,5 10 14 1731

4152

71

93

119

147

170

198

219235

247 253

0

40

80

120

160

200

240

280

18

00

18

22

18

50

18

72

18

90

19

00

19

20

19

40

19

50

19

60

19

70

19

80

19

91

20

00

20

10

20

20

20

30

20

40

20

50

Anos

Mil

es d

e h

ab

ita

nte

s

5 vezes

10 vezes

1,5 vez

Page 4: Curso 65c

Fonte: http://esa.un.org/unpp - visitado 10 de setembro de 2007.

Taxas de mortalidade infantil e Esperança de

Vida ao Nascer (Eo), Brasil: 1950-2050

0

20

40

60

80

100

120

140

1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050

Mortalidade Infantil (por mil) Esperança de vida (anos)

8

51 anos

Eo em 2050

Homem = 74 anos

Mulher = 82 anos

Total = 78 anos

MI em 1950 = 135 por mil

Page 5: Curso 65c

2,1 = fecundidade ao nível de reposição

Transição da fecundidade no Brasil, 1940 a

2010

Fonte: Censos demográficos do IBGE e PNAD, 2006

Page 6: Curso 65c

Transição demográfica

Brasil 1950

(9000) (4000) 1000 6000

0-4

10-14

20-24

30-34

40-44

50-54

60-64

70-74

80+

Brasil 1980

(9000) (4000) 1000 6000

0-4

10-14

20-24

30-34

40-44

50-54

60-64

70-74

80+

Brasil 2000

(9000) (4000) 1000 6000

0-4

10-14

20-24

30-34

40-44

50-54

60-64

70-74

80+

Brasil 2030

(9000) (4000) 1000 6000

0-4

10-14

20-24

30-34

40-44

50-54

60-64

70-74

80+

Page 7: Curso 65c

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050

0-14 15-64 65+

Fonte: ONU - http://esa.un.org/unpp - visitado em 10 de setembro de 2007

Crescimento relativo de 3 grupos etários

Brasil, 1950-2050

Page 8: Curso 65c

Mitos relacionados às doenças cardiovasculares

1. São parte do processo de envelhecimento

2. Não são redutíveis

3. São próprias dos países desenvolvidos

4. Acometem indivíduos ricos

Page 9: Curso 65c

MORTALIDADE CORONARIANA PRECOCE (45-64 ANOS) – 1984/87 TAXA POR 100.000

275

303

306

400

402

419

446

490

0 100 200 300 400 500

RECIFE

ESTADOS

UNIDOS

SÃO PAULO

RIO DE

JANEIRO

PORTO ALEGRE

INGLATERRA

HUNGRIA

FINLÂNDIA

88

89

101

108

114

124

131

143

0 50 100 150 200

FINLÂNDIA

ESTADOS

UNIDOS

RECIFE

SÃO PAULO

INGLATERRA

PORTO ALEGRE

HUNGRIA

RIO DE

JANEIRO

Page 10: Curso 65c

DECLÍNIO DA MORTALIDADE CARDIOVASCULAR EM SÃO PAULO (1970-1989) Não adianta estudar as gorduras como um fator único. É

50

75

100

125

150

175

200

1970

1971

1972

1973

1974

1975

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

ano

tax

as a

justa

da

s (

x1

00

00

0)

cor mas cor fem avc mas avc fem

Page 11: Curso 65c

PAÍSES POBRES PAÍSES RICOS

1 coronariana 1 coronariana

2 cerebrovascular 2 cerebrovascular

3 pneumonia 3 pneumonia

4 aids 4 pulmonar obstrutiva

5 perinatal 5 câncer de cólon

6 pulmonar obstrutiva 6 diabetes

7 diarréia 7 Alzheimer

8 tuberculose 8 câncer de mama

9 malária 9 câncer de pulmão

10 acidente de transporte 10 câncer de estomago

10 causa de morte países pobres e ricos em 2000

Page 12: Curso 65c

MORTALIDADE CEREBROVASCULAR POR QUARTIS DO ESCORE DE EXCLUSÃO SOCIAL

1

1,5

1,6

2,0

1

1,4

1,7

2,2

1

1,5

2

2,5

Q1

(menor)

Q2 Q3 Q4

(maior)

risco r

ela

tivo

homens mulheres

Lotufo PA, Bensenor IM Stroke 2005: 505

São Paulo, 2004

Page 13: Curso 65c

TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA CARDIOVASCULAR

reumática

Infecciosa

1

Hipertensiva

2

COR AVC

Meia-idade

3

COR AVC

Idosos

4

ICC IRC

demência

Cegueira

5 Mundo

hoje

África subsaariana

China Brasil EUA

Europa Ocide

?

BRASIL Até 1960 Até 1990 Região N, NE

SP, RJ, RS

?

Page 14: Curso 65c

DOENÇAS CRÔNICAS

Balanço entre:

dieta

atividade física

Page 15: Curso 65c

DIETA E DCV Como medir dieta??

3 tipos de instrumentos:

1. recordatório de 24 horas

2. registro de 24 horas

3. Questionário de frequência alimentar

Page 16: Curso 65c

DIETA E DCV

Recordatório

Entrevistador pergunta sobre as refeições e anota todas as informações.

Problemas: em geral deve-se fazer um durante a semana e outro no final de semana porque a alimentação muda de acordo com os dias da semana.

Dificuldade de entrada dos dados em um banco de dados.

Page 17: Curso 65c

DIETA E DCV

Registro

Preenchido pelo próprio paciente

Quando o entrevistador vem buscar o registro ele verifica se tudo está sendo preenchido de forma correta.

Page 18: Curso 65c

DIETA E DCV Questionário de frequência alimentar

Questionário longo e detalhado citando os principais grupos de alimentos e o seu consumo.

Alimento Quantidade consumida por vez Mais de

3x/dia 2 a 3x/dia 1x/dia

5 a 6x

semana

2 a 4x

semana

1x

semana

1 a

3x/mês

Nunca/qua

se nunca

Referiu

consumo

sazonal

61. Margarina/creme vegetal

______________

Ponta de faca

62. Manteiga

______________

Ponta de faca

63. Fígado/Miúdos

______________

bife médio

64. Bucho/dobradinha

______________

Concha cheia

65. Carne de boi com osso (Mocotó/Costela/Rabo)

______________

Pedaço médio

66. Carne de boi sem osso (bife, carne moída, carne

ensopada)

______________

Bife médio

67. Carne de porco

______________

Pedaço médio

68. Peito de frango/Chester/Peru/etc

______________

Filé de peito médio

69. Frango Frito (Outras partes)

______________

Pedaço médio

70. Frango cozido (Outras partes)

______________

Pedaço médio

71. Lingüiça/ Chouriço [Salsichão]

______________

Unidade

72. Hambúrguer (bife)

______________

Unidade média

Page 19: Curso 65c

DIETA E DCV

Estudos de coorte

Selecionam um grupo de pessoas por exemplo moradores de algum lugar, avaliam várias características nesses indivíduos Idade, sexo, raça, pressão arterial, peso, altura, IMC, questionário de frequência alimentar, e seguem ao longo do tempo para saber que doenças eles desenvolveram.

Page 20: Curso 65c

DIETA E DCV

Fator de risco: Ingestão de gorduras

Desfecho: doença cardiovascular

DCV+ DCV- TOTAL

G+ 25 [a] 350 [b] 375

FR

G- 5 [c] 570 [d] 575

TOTAL 30 [a + c] 920 [b + d] 950

Page 21: Curso 65c

DIETA E DCV Risco Relativo (RR)= Incidência expostos/Incidência não expostos

Ie (come muita gordura)= a/a+b = 25/25+350 = 25/375 = 0,07= 7%

Ine (não come muita gordura) = c/c+d = 5/5+570 = 5/575 = 0,009= 0,9%

RR= Ie/Ine = 0,07/0,009= 7,8

Quem come muita gordura tem um risco 7,8 vezes maior de desenvolver DCV em que relação a quem não come gordura

Page 22: Curso 65c

DIETA E DCV

RR = Ie/Ine = 1,0 (não é fator de risco nem de proteção;

Intervalo de confiança a 95% = 0,85 - 1,21

RR = Ie/Ine = 1,5 É fator de risco?

Checar o intervalo de confiança

Se IC 95% = 0,97-1,82 = não é estatisticamente significativo

Se IC 95% = 1,21 - 1,83 = é estatisticamente significativo, portanto é um fator de risco

Page 23: Curso 65c

DIETA E DCV

RR = Ie/Ine = 0,75 É fator de proteção?

Checar o intervalo de confiança

Intervalo de confiança a 95% = 0,64 - 1,21

= não é estatisticamente significativo (engloba o 1)

Se IC 95% = 0,63-0,96 = é estatisticamente significativo (não engloba o 1)

Page 24: Curso 65c

DIETA E DCV

Alimentos que causam doenças cardiovasculares: alguns tipos de gorduras como o colesterol e as gorduras saturadas.

Alimentos que são protetores: alimentos ricos e fibras como cereais, frutas e verduras