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Curso Básico de Fotografia - 2001 Professor Fernando Feijó CURSO BÁSICO DE FOTOGRAFIA Professor Fernando Feijó

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CURSO BÁSICO DEFOTOGRAFIA

Professor Fernando Feijó

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1 - APRESENTAÇÃO Este Curso Básico de Fotografiavisa proporcionar um melhor

conhecimento sobre esta arte, que é afotografia.

Ela é a fonte mais popular deilustrações. Quando se fala em guardarrecordações, a maioria das pessoaspensa logo em um instantâneofotográfico. Estamos tão acostumados afazer, ver e usar fotografias, que sempre

que nos temos a necessidade de guardar uma imagem especial, a solução maissimples é fazer uma foto.

Quase todos nós temos algum tipo de máquina fotográfica em casa, elapode ser simples ou complexa, mas nos atende dentro das possibilidades.

Mas para conseguirmos todos os efeitos desejados é necessário conhecertodo o potencial dos equipamentos que envolvem esta arte, além de uma práticaconstante e da observação cada vez mais crítica do assunto a ser fotografado.Realçar as qualidades do assunto, sua iluminação, enquadramento e destacarcom técnicas fotográficas o que esta em primeiro plano, são alguns objetivos

deste curso.A palavra fotografia vem da palavra grega photographia (photo = luz / 

graphia = escrever) tem o significado de escrever com luz. Como podemosperceber então, a parte mais importante da fotografia é a luz, sem ela não háfotografia, mas existem outros fatores que também são importantes para essaatividade: câmara, assunto, filme e revelação.

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2 - HISTÓRIA 

HÉRCULES FLORENCE - A DESCOBERTA ISOLADA DA FOTOGRAFIA NO BRASIL

O francês de Nice, Antoine Hercules Romuald Florence, chegouao Brasil em 1824, e durante quase 50 anos viveu na Vila de São Carlos.Morreu em 27 de março de 1879, na então já chamada Campinas, eaplicou-se a uma série de invenções.

Entre 1825 e 1829, participou como 2o desenhista de umaexpedição científica chefiada pelo Barão Georg Heirich von Langsdorff,cônsul geral da Rússia no Brasil. De volta da expedição, Florence casou-se com Maria Angélica Álvares Machado e Vasconcelos, em 1830.

Neste mesmo ano, diante da necessidade de uma oficinaimpressora, inventou seu próprio meio de impressão, a Polygraphie,como chamou. Seguindo a meta de um sistema de reprodução,pesquisou a possibilidade de se reproduzir pela luz do sol e descobriuum processo fotográfico que chamou de Photographie, em 1832, como descreveu em seus diáriosda época anos antes da Daguerre.

Em 1833, Florence fotografou através da câmara escura com uma chapa de vidro e usouum papel sensibilizado para a impressão por contato.

Enfim, totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneoseuropeus, Niépce, Daguerre e Talbot, Florence obteve o resultado fotográfico.

2.1 - OUTRA HISTÓRIA

Há mais ou menos 160 anos a Academia de Ciências daFrança anunciava o nascimento da fotografia. O desejo de retratar anatureza e perpetuar a sua imagem através dos séculos, já fervilhavana mente humana desde um passado muito remoto..."O tempo modifica o espaço". 

Representar por meio de sinais, de figuras, ideogramas taiscomo os hieróglifos egípcios e os símbolos abstratos das escritascuneiforme e chinesa, e até mesmo a pintura e os desenhos

clássicos e figurativos, não bastavam para provocar a extraordinária mudança ocorrida em nossoplaneta, em tão pouco tempo, como esta, operada pelo milagre artístico, científico e tecnológico,

denominado fotografia.

Quem inventou a fotografia? Essa pergunta não é fácil de responder. Da mesma forma queem muitas invenções em diversas áreas da ciência e da tecnologia, com a fotografia aconteceu amesma coisa. Muitos trabalharam simultaneamente nesse projeto em diversas partes do mundo.Sabemos que em muitos países da Europa (França, Inglaterra, Alemanha, Suíça) váriospesquisadores tentavam, independente uns dos outros, "registrar a imagem desenhada pelo sol"com emprego de recursos químicos.

Em especial, dois pioneiros podem ser incluídos entre estes inventores: Niépce e Daguerre. 

Hércules Florence1875

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Joseph Necéphore Niépce (1765-1833), infelizmente, morreu antes do produto do seutrabalho como inventor ser aclamado (em 1839). Em 1826, Niépce conseguiu fixar a primeiraimagem fotográfica da natureza, sobre uma chapa de estanho. A câmara usada foi construída

especialmente para ele pelo ótico parisiense Chevalier. O tempo de exposição necessário paraimpressionar a chapa foi de aproximadamente oito horas.

Já em 1793, ele fazia experiências com matérias sensíveis à luz. Mas somente em 1822conseguiu obter a primeira fotocópia bem sucedida de uma gravação em metal, sobre uma chapade vidro. Niépce denominou o processo de "Heliografia" , mas foi somente em 1826 que eleconseguiu a primeira fotografia durável: uma vista da janela de sua casa de campo em Le Gras emChalon-sur-Saône, na França.

Outro pioneiro foi o seu associado Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851), que ficoucom a glória de inventor da fotografia. Daguerre, após ter divulgado o seu processo em 7 de

  janeiro de 1839, tornou-se acessível ao público em 19 de agosto (dia da Fotografia) de 1839,quando a Academia de Ciências da França anunciou o nascimento da fotografia.

Daguerre e Niépce haviam celebrado em contrato de sociedade em dezembro de 1829, epor esse motivo, os dois são conjuntamente os descobridores da fotossencibilidade de chapasprateadas iodadas, sendo que Daguerre inventou sozinho, possivelmente por acaso, a revelaçãodessas chapas quando submetidas à ação dos vapores de mercúrio. O progresso dafotossencibilidade com a nova invenção de Daguerre foi surpreendente, pois a exposição à luz quedurava em média oito horas, com o novo processo passou para 20 a 30 minutos. O novo processofoi denominado de "Daguerreotipia" .

2.2 - FOTOGRAFIA COLORIDA 

A fotografia colorida na realidade é quase tão antiga quanto a fotografia em branco-e-preto.Para o fotógrafo amador da atualidade, nada é mais natural do que tirar fotografia da sua família

em cores brilhantes. Este era o sonho dos primeiros fotógrafos. A foto colorida dos primórdios dafotografia era pintada. O gravador suíço Isering desenvolveu em método, por volta de 1840,mediante o qual coloria daguerreotipias com tintas em pó.

O retrato burguês dos anos 60 do século XXI objetivava assemelhar-se à pintura emminiatura. O francês Louis du Hauron conseguiu, em 1869, produzir fotos coloridas em papel combase num processo genuíno para fotografias em cores (montagem de lâminas de pigmentoscoloridos).

Hauron, que na verdade era pianista, já tinha descrito teoricamente todos os principaismétodos para fotografias em cores em 1869. Entretanto, na prática, eram necessários,inicialmente, três negativos para a produção de cópias coloridas. Essas fotos eram tiradas comcâmaras especiais. A fotografia principal era obtida através da superposição de três transparênciasnas cores Amarelo, Púrpura e Azul-verde. O que proporcionou uma certa simplificação foram osprocessos de película com trama granulada, introduzida inicialmente por Lumière, em 1907, naFrança, e posteriormente pela Agfa A.G. numa forma bastante aperfeiçoada.

3 - COMO É FEITA A FOTOGRAFIA: O princípio da fotografia é o mesmo princípio das cores, ambas necessitam de Luz. Para

se ter uma fotografia, além da luz, necessitamos também de uma Câmara Escura, o materialsensível a essa luz (o Filme) e o assunto a ser fotografado.

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3.1 - LUZ 

É um fenômeno físico em forma de energia radiante visível, que

faz com que enxerguemos as formas e cores, sem luz não há fotografia.Ela é indispensável para sensibilizar o filme e nele formar as imagensfotográficas. Portanto, para garantirmos a qualidade de uma foto énecessário controlarmos a entrada de luz na câmara.

Tipos de iluminação: Natural - luz do sol; Artificial - luzincandescente, fluorescente, flash etc.

A luz ao atingir o assunto reflete de volta suas cores e formas, então tome cuidado com ailuminação do objeto que esta sendo focado. Se for brilhante tenha cuidado com os reflexos, tenhasempre em mente o contraste da cor, escura reflete menos luz e clara mais luz.

Para nos ajudar com esse fenômeno, uma parte das máquinas fotográficas vendidas

atualmente, são providas de exposímetro ou fotômetro, que vai regular a entrada de luz nacâmara.

3.2 - CÂMARA ESCURA (OU MÁQUINA FOTOGRÁFICA): A câmara escura produz a fotografia a partir da luz que é refletida do assunto, ela passa

pela lente indo até o fundo dessa câmara, formando a imagem no material sensível a luz, ou seja,o filme. Ele funciona como se fosse o nosso olho.

Ela é uma caixa que protege o material sensível a luz, dos seus raios diretos, e écomposta de mecanismos que a ajudam na visualização e exposição. Os mecanismos são: oDiafragma (abertura de câmara), lente, obturador (velocidade), transportador do filme e o visor.

3.2.1 - DIAFRAGMA

É a abertura da câmara onde é colocada a lente, ela regula a entrada de luz. É indicadapelos números f , e vai do f  /1.4 (grande) até f  /22 (pequena). Também determina a profundidade decampo, que é a nitidez com que o fundo aparece ou não na fotografia.

3.2.2 - OBTURADOR:

Regula o tempo de penetração da luz na câmara, para que o assunto seja devidamentegravado no filme. Ela vai da velocidade B (pose) até 1.000 (instantâneo). Essa numeração podemudar de máquina para máquina, dependendo do fabricante. O tempo de exposição é medido emsegundos, ele se inicia em 1 segundo, sendo dividido conforme o tempo que é dado. O número

125 de velocidade é 1 segundo dividido por 125, esse será o tempo de exposição.

3.2.3 - LENTE OU OBJETIVA

Fica na parte da frente da câmara e se resume em um conjunto de lentes de vidro, com afinalidade de encaminhar os raios do sol na direção exata do filme e com nitidez suficiente paraque a fotografia tenha uma boa qualidade

Ela pode ser cambiável ou não. Câmaras mais simples utilizam lentes fixas de focotambém fixo. Câmaras mais sofisticadas utilizam lentes cambiáveis, ou seja, elas podem sersubstituídas por outras, e podem focar assuntos a diferentes distâncias, dependendo da utilizaçãono momento.

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Existem vários tipos de objetivas, que nos ajudam em diversas ocasiões:

Angular: utilizada para se ter maior ângulo de visão, ela aumenta o

primeiro plano, diminuindo os outros, deixando os planos maisdistanciados. Ela se apresenta, nas seguintes medidas: 35mm, 28mm,24mm, 20mm e a 16mm ou menor, também chamada de olho depeixe.

Teleobjetiva: é utilizada para aproximar planos distantes, deixando o assunto maispróximo. Ela usa as seguintes medidas: 80mm, 105mm, 135mm, 200mm, 800mm etc. 

Normal: é utilizada para fazer fotos com o máximo de proximidade com a realidade. Elatem a medida de 50mm. 

Zoom: é uma lente que pode ter várias utilidades, pois em uma unida peça ela carrega ascaracterísticas das outras lentes e também pode ter várias medidas diferentes. 

Macro: ideal para focalizar motivos extremamente próximos à câmara, essa objetivaoferece uma excelente qualidade de imagem, conferida pelo alto custo que apresenta, éutilizada para fazer a macrofotografia (foto onde o assunto fotografado é maior do que o

original). 

Microfotografia: é o tipo de fotografia utilizada registrar imagens de seres microscópicos. 

3.2.4 - TIPOS DE CÂMARA Hoje em dia existem alguns tipos de câmaras fotográficas, que dentro de suas limitações

podem fazer boas fotos, Ex: Câmara Simples: É a câmara mais comum existente no mercado, por ser mais barata não

possuem muitos recursos, normalmente só possuem dois tipos de abertura, pequena para serusada no sol e grande para dias nublados. Foco fixo, uma única velocidade, o avanço do filme éfeito manualmente e pode ou não vir com flash embutido. Essa câmara também tem um problema

que chamamos de Paralaxe que é onde o fotógrafo tem um ângulo de visão diferente do da lenteda câmara.

Câmara automática: É uma câmara similar a simples, só que possuem alguns recursos amais. Podem ter avanço do filme automático; vários tipos de foco diferentes; aberturasdiferentes; flash embutido; sistema de sensibilidade DX e várias outras regulagens. Tambémtem o problema da paralaxe.

Câmara Ajustável: também conhecida como profissionais ou unireflex, possuem vários tiposde recursos. Dispõe de regulagens independentes para diafragma e obturador, avanço dofilme pode ser automático ou não, aceita troca de objetivas e possibilita a focalização emvárias distâncias diferentes, possuem fotômetro e outros mecanismos que vão ajudar naobtenção de melhores fotografias. Neste tipo de câmara o problema da paralaxe não existe,pois, o fotografo vê o assunto a ser fotografado pela lente. 

Câmara Digital: normalmente ela tem a mesma função que as outras câmaras, só que nãousam filmes, gravam suas imagens em meio digital, que serão utilizadas em computadores, eas cópias em papel podem não ter boa qualidade. 

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4 - ACESSÓRIOS 4.1 - TRIPÉ 

É um acessório utilizado em fotos de pose ou para utilização de teleobjetivas de grandealcance. Sua função é não deixar a câmara tremer na hora da fotografia.

Encontre um terreno sólido e arme o tripé, regulando a altura das pernaspara que a plataforma fique nivelada. Procure não deixar as pernasirregulares para que o tripé não fique com o peso mal distribuído.

Acople a câmera firmemente na cabeça do tripé. Não levante a coluna central mais do que 1/3 da altura das pernas, pois

isso provocará uma grande instabilidade. Antes de tirar qualquer foto, garanta que todos os parafusos de ajuste

estejam bem presos, para que eles não escapem durante a exposição.

Se estiver ventando muito, pendure a mala de equipamentos entre aspernas do tripé, para abaixar o centro de gravidade e aumentar aestabilidade.

4.2 - FLASH

O flash é utilizado para dar mais luz ao assunto fotografado, muitoutilizado a noite ou a onde a luz natural não esteja iluminando adequadamente.(Deve-se se evitar sombras pesadas, não fotografando perto de paredes; nãofotografar perto de objetos brilhantes; tentar sempre separar cores iguais dosassuntos fotografados).

Na câmara simples, fotografe dentro do espaço determinado pelo

fabricante da máquina, do flash e do filme. Com outras câmaras, a faixa de distância para exporcorretamente o assunto é determinada pela sensibilidade do filme, diafragma e eventualmente,pelo modo de operação do flash.

4.3 - FILTROS

É um acessório utilizado principalmente para se tirar fotos com efeitos diferentes. Existemvários tipos de filtros, os principais são:

UV e Skylight: absorvem os raios ultravioletas, eliminando a névoa de cenas de paisagem.Como são praticamente transparentes e, por isso, não afetam a exposição, são utilizadospermanentemente acoplados na objetiva, servindo também para protegê-la.

Polarizador: elimina os reflexos de superfícies não-metálicas, dá uma leve saturada nascores da cena e acentua o azul do céu. Warm-up (filtro de aquecimento): tem cor levemente âmbar e é indicado para eliminar o

tom azulado de fotos de paisagens em dias nublados ou feitas na sombra, dando uma leveaquecida na cena.

Graduados: com uma coloração mais forte na parte de cima, é utilizado para dar ênfase aocéu e para diminuir o contraste entre o céu e o chão. Disponível em diversas cores: sépia,cinza, azul, etc. 

ND (filtro de densidade neutra): reduz a quantidade de luz que entra na objetiva semalterar as cores. É útil para ser usado em ambiente muito iluminado em que se deseja utilizarum tempo de exposição mais longo e/ou uma profundidade de campo maior.

Difusor ou soft-focus: tira a definição da imagem adicionando um efeito de névoa à cena.

Pára-sol (não é filtro): que não deixa com que os raios do sol atrapalhem as fotografias.

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Conheça agora situações em que esses tipos de filtros podem ser utilizados melhorando aqualidade da imagem:

Motivo Polarizador CinzaGraduado

Warm-up Difusor ND UV ouSkylight

Animais e pássaros X     X X X

Arquitetura (nova) X X       X

Arquitetura (antiga)   X X X   X

Close-ups X   X   X X

Férias X X X X X X

Interior     X     X

Paisagens X X X X X X

Noite   X     X X

Retratos     X X   X

Esportes X         X

Água X   X   X X

Casamentos   X X   X X

5 - FILMES

É o material sensível a luz que utiliza para fazer fotografias, ele tem a função de gravar asimagens, que passaram através da lente da câmara. Constituído de uma base de acetato decelulose, flexível e transparente, onde é aplicada a camada de material sensível a luz. Tipos defilmes:

5.1 - FILMES COLORIDOS NEGATIVOS

O processo utilizado no Brasil para a revelação dos filmes coloridos é o C41. Ele seapresenta com sensibilidades (ou ISO) diferentes.

• De ISO 25 até 64 - São filmes considerados de baixa sensibilidade e indicados paragrandes ampliações.• De ISO 100 até 200 - São filmes considerados de média sensibilidade, permitindoampliações maiores, com nitidez e definição. São indicados para uso geral.• De ISO 400 até 3200 - São filmes considerados de alta sensibilidade e são indicados parafotos em locais de pouca iluminação, sem uso de flash ou para fotos de ação, que exigem maiores

velocidades do obturador. Grandes ampliações podem apresentar ligeira granulação.• Código DX - São barras impressas no magazine do filme que informam qual asensibilidade e o número de poses. Esta leitura é feita por um conjunto de sensores existente nascâmaras.

Cuidados - Qualquer filme tem uma vida útil determinada. Verifique sempre a data devencimento impressa na caixa. Fotografe e providencie o processamento do filme o mais rápidopossível.

Os piores inimigos do filme são condições de umidade e temperatura. Se o tempo estiverquente e úmido, proteja seus filmes da melhor maneira possível. Não os deixe sob a luz direta dosol, no porta-luvas do carro ou em outros lugares igualmente quentes. Procure trocar os filmes à

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Assunto ISO 50 ISO 100 ISO 200 ISO 400Animais e pássaros X X X X

Arquitetura (interna)     X X

Arquitetura (externa) X X    Close-ups X X X  Viagens   X X X

Paisagens X X    Fotos Noturnas X X X  Retratos em dias nublados     X X

Retratos em ambientes internos     X X

Retratos em dias com sol   X X  Retratos com flash   X X  Esportes e ação   X X X

Casamentos   X X X

5.2 - FILMES COLORIDOS DIAPOSITIVOS

Também chamados de Slide, são utilizados para projeções ou em processos gráficos.Quando na embalagem vier a inscrição Color, se trata de um filme negativo. E quando ela vierChrome, ele é diapositivo.

5.3 - FILMES PRETO E BRANCO

O processo utilizado no Brasil é o mesmo utilizado no resto do mundo, o brometo de prataé o agente gravador da imagem. Também apresentam diferentes tipos de sensibilidade. Ele podeser revelado em casa.

5.4 - POLAROIDE

Na verdade não são filmes, é um processo completamente diferente, que utiliza aconfecção da fotografia diretamente no papel, sem passar pelo processo de revelação do negativo,aliás, nesse processo não existe negativo, o filme é vendido em cartucho de 10 ou 12 fotos e sópodem ser utilizados nas câmaras próprias da Polaroid.

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6 - ASSUNTO A SER FOTOGRAFADO

É tudo que pode ser visto com os olhos, desde que exista luz

suficiente para ser fotografado. Tipos de Assunto: esporte, festas, shows,paisagens, modelos, fotos de propaganda, fotos cientificas e médicas etc. Acada tipo, devemos medir a intensidade da luz e procurarmos, em nossoequipamento a melhor maneira de fazer a fotografia, variando a abertura, avelocidade, a sensibilidade e o efeito que desejamos para aquele assunto.

6.1 - ENQUADRAMENTO

É o ponto de vista do fotógrafo, que sempre tem de se posicionar o melhor possívelpara que a fotografia saia bem enquadrada, não ocorrendo falhas, como: cortes de cabeça, fotosfora de foco, coisas indesejadas etc. Deve-se estudar bem o assunto, verificar sua luz, ver asopções de enquadramento, antes de se apertar o botão, porque depois não há mais volta. Deve-sesempre manter o assunto no meio do visor, usando a linha do horizonte como ponto de referência.

6.2 - DICAS

Fotografar o mais perto possível. Devemos preencher totalmente ofotograma, não deixando espaços vazios.

Eliminar sempre que puder o fundo indesejado, um fundo mal escolhidopode estragar um bom assunto.

Planejar com antecedência o assunto a ser fotografado. O que eu querofotografar, se a luz suficiente, se o ambiente é conveniente, qual o filmepara esse momento e se precisarei de acessórios.

Fotos de detalhes como um pássaro, devemos que medir a distância,focando bem o assunto e depois damos uma abertura grande, entrando assim mais luz,

não desfocando o pássaro. Para fotos de áreas grandes, dependendo do efeito desejado, vamos combinar a

velocidade com a abertura, sempre lembrando que acima de 10 metros a profundidade decampo é considerada infinita.

Pessoas devem ser colocadas em destaque, além de deixarmos elas bem à vontade. As atitudes devem ser naturais, evitar fotos posadas e rígidas. Temos que acostumar a olhar pelo visor da câmera, onde escolheremos o melhor ângulo a

ser fotografado. Use a intuição e a criatividade, mas sempre use as regras para que as fotos não sejam

perdidas.

Não se usa flash à noite em locais abertos, só em casos onde o assunto esta muitopróximo.

Procure observar outras pessoas fazendo fotos, veja os erros e acertos de posição eenquadramento, aprenda olhando.

Se tiver dúvida sobre o enquadramento faça a foto em vários ângulos diferentes. Para fotografias com velocidade, devemos sempre esperar o clímax da ação. O clímax é o

ponto de parada de um corpo em movimento. Em corridas, o melhor ângulo é a 45º doassunto. 

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7 - Direito Autoral (fotografia)

AUTORIA E TITULARIDADE

A LDA faz confusão entre autoria e titularidade, abrigando sob o manto da autoria, ora a pessoafísica, ora a pessoa jurídica. A melhor doutrina é a de que o autor é sempre a pessoa física, jamaisa jurídica, já que esta última não possui os requisitos essenciais para o ato de criação. A autoria,portanto, é um direito irrenunciável e inalienável do autor. Já a titularidade (que dá poderes para oexercício do direito patrimonial, ou seja, para a exploração econômica da obra autoral) pode serpromovida a uma pessoa jurídica. O autor e seus herdeiros são os titulares por excelência e nãopodem ser coagidos a ceder este direito. A transferência do direito moral, embora apontada comoplausível é impossível. Esse direito é atribuído perpetuamente ao criador da obra que, sequer,pode renunciar a ele.

DIREITOS DE PERSONALIDADE

Também não se pode, nessa área, deixar de aludir aos direitos de personalidade, asseguradospela Constituição Federal, art. 5, incisos X e XXVIII, que visam a garantir às pessoas a suaimagem, intimidade, honra e voz. Não raro são confundidos com o direito autoral, mas dele sedistinguem por abrangerem restrições à reprodução da imagem da pessoa e não as obras por elacriadas. Exemplificativamente, a reprodução indevida de fotografia de nú artístico gera, para omodelo, o direito a pedido de indenização pela ofensa ao seu direito de imagem, e, para ofotógrafo, pretensão semelhante, com base no uso não autorizado da obra fotográfica por elecriada.

LICENCIAMENTO DE DIREITOS

Apesar de ser um CONSTRANGIMENTO ILEGAL, os empresários dos meios de comunicação vem, hávários anos, IMPONDO A CESSÃO DE DIREITOS AOS  JORNALISTAS, seja em cláusulas específicas nocontrato de trabalho, ou POR MEIO DO CCDA – CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS COMGROSSEIRAS VIOLAÇÕES A LDA.

O CCDA foi adotado pelas empresas a partir de lacunas das leis que regulamentam a profissão de  jornalista e os direitos autorais. É um contrato da venda, onde o cedente transfere para acessionária seus direitos e desaparece da relação jurídica, imposta pelo poder econômico e quelesa o direito autoral dos jornalistas.

A cessão universal de direitos é para o autor, a pior forma de negociação do seu direito, já que eletransfere para o contratante todo o poder da decisão quanto à utilização do seu trabalho. Comoopção, temos a Licença de Reprodução, que estabelece normas para uma utilização específica,preservando o direito do autor.

No plano das relações entre o encomendante e o autor, diversas formas contratuais podem surgir,em face dos múltiplos aspectos que envolvem a criação de obras intelectuais, em facede abrangência da LDA - que estimula o contrato - RECOMENDA-SE CUIDADO  ANTES DE ASSINARQUALQUER DOCUMENTO que deverá ser elaborado com assessoria especializada.

AS MAIS FREQÜENTES VIOLAÇÕES

Todas as vezes que uma pessoa, física ou jurídica, efetua um ato relacionado com um ou maisdireitos exclusivos do autor, sem a sua autorização, esta configurada uma violação dos direitos doautor ela atenta contra a individualidade da obra alheia, visando a obter ilicitamente vantagemeconômica. Constitui-se, igualmente, violação dos direitos do autor, o fato de alguém, na utilização

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Curso Básico de Fotografia - 2001Professor Fernando Feijó da obra intelectual, deixar de indicar ou mencionar o nome do autor, intérprete ou executante.Neste caso, além de responder por danos morais, está obrigado a divulgar-lhe a identidade.

FALTA DE CRÉDITO : O artigo 22 da LDA garante ao autor o direito de "ter seu nome, pseudônimoou sinal convencional indicado ou anunciado como sendo o do autor, na utilização de sua obra" . Ocrédito das fotos e charges tem sido mais respeitados em relação a outras criações intelectuais,entretanto, na televisão é comum se negar o crédito, com a argumentação inaceitável de que “poluia imagem”.

Na publicação de fotografias, é comum o uso de artifícios, tais como "Divulgação", "Arquivo","Agência", "Nome da Empresa", etc. TAL FATO CARACTERIZA UMA LESÃO A LDA, - NEGATIVAAO DIREITO MORAL - SENDO PASSÍVEL DE AÇÃO JUDICIAL.

DESTRUIÇÃO DE ORIGINAIS DE IMAGEM: Salvo raríssimas exceções, nos arquivos de fotografiae nos de vídeo impera a mais completa desorganização, além da prática sistemática de destruiçãode originais. O maior agravante é o irreparável dano à memória nacional, além de ferir a

legislação.

ABUSOS DIGITAIS

Diversos usos de obras protegidas pelos direitos autorais, anteriormente à chegada da era digital,apresentam algumas características que merecem ser detalhadas e analisadas. E certos abusostambém. São utilizações funcionais, agregadas a atividades de interesse mercadológico, e que nãoestão explicitamente referidas na LDA, individualmente na forma original em que foram criadas.“Os chamados subsidiários, também denominados secundários ou adicionais, são conseqüênciadas diversas oportunidades de exploração comercial que determinadas obras e criaçõesintelectuais apresentam atualmente, não só pelo fantástico desenvolvimento dos meios decomunicação de massa, como também pela expansão dos próprios mercados que distribueminformação e entretenimento", é o entendimento do jurista Henrique Gandelman, em De Gutenberg

à Internet.

No caso da fotografia, são incontáveis os abusos, tantos que chegaram a provocar a reação dosprofissionais europeus e norte-americanos que sugeriram a criação de um código: a letra M envoltaem círculo indicaria a imagem manuseada. Os fotojornalistas brasileiros se manifestaram, duranteo XXVII Congresso Nacional dos Jornalistas, reunidos em Comissão Temática e sugeriram: “Asnovas possibilidades de obtenção e tratamento de imagem por tecnologia digital representam umarevolução na utilização da imagem pela mídia impressa. Ao lado das indiscutíveis vantagensoperacionais advindas desta nova tecnologia, alguns problemas cruciais se apresentam, tais comoa facilidade de manipulação indiscriminada da informação visual. A manipulação de fotografias porprocedimento digital é uma prática cada vez mais comum na mídia impressa” (...). Esta propostaapresenta uma série de medidas que buscam regulamentar a utilização da tecnologia digital naedição fotográfica, a fim de contribuir para a real eficácia da revolução tecnológica e para garantir o

direito do leitor a uma informação objetiva e credível. (...) que todas as imagens digitais ou as quetenham sido digitalizadas e manipuladas sejam visivelmente identificadas como Imagens Digitais (aexemplo das matérias pagas). Que a denominação fotografia seja utilizada somente paraa fotografia não digitalizada. Que as demais adotem o nome de imagem digital.”

LEI No. 9610/98 (Lei de direitos Autorais) 

8 - BIBLIOGRAFIA

Uchelen, Rod Van. Comunicação por Imagens. São Paulo : Ediouro, 1990. Gaunt, Leonard. Fotografia com Bom Senso. São Paulo : Ediouro, 1990.

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8/3/2019 Curso Básico de Fotografia - Feijó

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Curso Básico de Fotografia - 2001Professor Fernando Feijó DINIZ, Adalberto. O direito autoral no jornalismo, Brasília : Fenaj, 1998.  Sites:

www.cotianet.com.br 

www.benevides.hpg.com.br 

www.abaf.art.br 

www.olhar.com.br 

www.option-line.com www.techimage.com.br