FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA DDPI - CURSOS DE EXTENSÃO PROFESSOR ME. MARCELO SALCEDO GOMES CURSO BÁSICO DE FOTOGRAFIA NOVO HAMBURGO 2014
Apostila do Curso de Extensão Básico de Fotografia da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha. Elaborada pelo Prof. Me. Marcelo Salcedo Gomes.
Text of Apostila Fotografia - Curso Básico 2014
1. FUNDAO ESCOLA TCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA DDPI -
CURSOS DE EXTENSO PROFESSOR ME. MARCELO SALCEDO GOMES CURSO BSICO
DE FOTOGRAFIA NOVO HAMBURGO 2014 1
2. DDPI - CURSOS DE EXTENSO 2013/02 Curso Bsico de Fotograa -
20 horas OBJETIVOS Identicar os princpios da cmera fotogrca, seus
principais mecanismos tcnicos e operacionalizar seus usos
integrados para a formao da imagem. Apontar os principais elementos
da linguagem fotogrca (luz, profundidade de campo, foco,
enquadramento, composio, cor, momento decisivo etc) e sua
inter-relao com os elementos tcnicos (tipos de lentes, tempo de
exposio, velocidade do obturador, abertura do diafragma, ISO etc).
Entender os elementos estticos, tcnicos e sociais implicados no
processo de construo das imagens fotogrcas, bem como a diferena
entre fotojornalismo, fotodocumento, foto publicitria, foto arte
etc. PBLICO ALVO Alunos dos curso Tcnico em Design, demais cursos
da Fundao Liberato ou da UERGS e interessados em fotograa em geral.
DOCENTE Marcelo Salcedo Gomes: Fotgrafo, Graduado em Comunicao
Social - Jornalismo, com Especializao em Fotograa Instrumental.
Mestre em Cincias da Comunicao e doutorando pelo PPGCC Unisinos na
linha de pesquisa Mdia e Processos Audiovisuais. Primeiro colocado
do Prmio Adelmo Genro Filho da SBPJor 2011 com o TCC intitulado As
Fantsticas Fotograas da National Geographic e 1 lugar do Prmio de
Jornalismo Experimental da Unisinos 2009 na categoria
Fotojornalismo. Realiza pesquisa no campo da comunicao em contexto
de midiatizao com foco nas teorias da imagem. CALENDRIO E HORRIO
DAS AULAS As aulas ocorrero aos sbados, no turno da manh, nos dias
26 de abril; 03, 10 e 17 de maio; 07 de junho, das 08h30min s
12h30min. 2
3. PROGRAMA Os elementos da linguagem fotogrca, operaes bsicas
de cmera fotogrca, a diferena entre fotograa analgica e digital; Os
tipos de cmeras, tipos de lentes, guia de equipamentos, como fazer
boas fotos com equipamentos limitados, tcnicas fotogrcas avanadas;
A importncia da luz para a fotograa, noes sobre iluminao de estdio,
foto ao ar livre e uso do ash, tipos de arquivos, formas de
armazenagem, dicas de edio de imagem e programas de edio; Como
fazer retratos, fotograa de eventos, fotograa de paisagem e foto
artstica, tipos de suportes para apresentao e a escolha adequada do
tamanho do arquivo; Os diversos ofcios que envolvem fotograa, a
ascenso da imagem fotogrca no mundo digital, noes sobre manipulao
de imagens digitais, a fotograa como matria prima para o designer,
dicas para quem quer se prossionalizar, sites e bibliograa sobre
fotograa. OBSERVAES 1. desejvel que cada participante traga seu
prprio equipamento, podendo ser amador (cmeras compactas digitais,
celulares ou analgicas compactas de lmes), semi-prossionais ou
prossionais (analgicas ou digitais), pois ser ministrada uma viso
geral de como aproveitar o mximo de cada equipamento. 2. Sero
realizados exerccios prticos no decorrer dos encontros. Exerccios
Exerccio 1 1 foto com movimento borrado 1 foto com movimento
congelado 1 foto com primeiro elemento em foco e o resto desfocado
1 foto com o primeiro elemento desfocado e o segundo elemento em
foco 1 foto com todos os elementos em foco Exerccio 2 1 foto
noturna externa 1 foto de caf da manh com luz suave (difusa) 1 foto
de esporte 1 foto de paisagem 1 retrato de grupo dirigido, ou seja,
no posado e sim um cena produzida pelo fotgrafo. Exerccio 3 1 foto
de produto utilizando tcnicas de iluminao 5 retratos inspirados nos
fotgrafos estudados em aula ou em outros grandes mestres. Exerccio
4 Faa uma autobiograa fotogrca contando um pouco de voc, de sua
subjetividade atravs das imagens, ou seja, fotografe objetos,
lugares, animais, pessoas que sejam importantes ou expressivos na
sua vida. Esta srie, que poder ter de cinco a dez fotos, deve
apontar ao leitor das imagens, quem voc. 3
4. 1 Histria da Fotograa A primeira fotograa foi creditada ao
francs Joseph Nicphore Nipce, em 1826. O tempo de exposio era de
cerca de oito horas. Anos mais tarde, Daguerre, continuando as
experincias de Nipce, reduziu o tempo de exposio para minutos, o
que tornou o processo fotogrco prtico. A fotograa foi fruto da
compilao de diversos experimentos e de conhecimentos pticos muito
antigos. Os pintores renascentistas frequentemente utilizavam a
tcnica da cmera obscura para esboar seus trabalhos. No
Renascimento, a cmera obscura era utilizada como um cdigo de
representao denominado perspectiva articialis. 4 Fotograa feita por
Louis Daguerre em 1839.Esta considerada a 1 fotograa, feita por
Joseph Nicphore Nipce em 1826. Gravura datada de 24 de Janeiro de
1544 com a inscrio: Solis Designium (Desenho do Sol) demonstrando o
principio da Cmara Escura de Orifcio. No nal da Idade Mdia, o
renascimento das artes na Europa vai criar nova funo para as cmaras
escuras: instrumento especial para desenhistas (utilizadas por 150
anos antes da inveno da fotograa.
5. O aparato ptico da fotograa, portanto, j havia sido
concebido nos sculos XV e XVII; o que houve no sculo XIX foi um
avano tecnolgico, com a substituio do pincel do pintor pelas
substncias qumicas no momento de xar a imagem projetada em uma
superfcie plana. Alguns cientistas e inventores, como o italiano
Angelo Sala em 1602, o alemo Johann Heinrich Shulze em 1622 e o
ingls Thomas Wedgwood em 1802 zeram experincias com nitrato de
prata, no entanto, no conseguiram desenvolver uma tcnica que xasse
as imagens. Foi Nipce que conseguiu o grande feito quando utilizou
uma placa metlica emulsionada em Betume da Judia e depois Daguerre
aperfeioou o processo, utilizando o nitrato de prata. O prximo
estgio do progresso dessa tecnologia se deu com a criao de
matrizes, capazes de produzir um nmero indeterminado de cpias
fotogrcas. Esse foi o primeiro passo para o desenvolvimento da
fotograa como meio de comunicao de massa. Foi o americano William
Fox Talbot que, em 1835, conseguiu obter o primeiro negativo
denominado Calotipo, obtido atravs de papel sensibilizado. A partir
destes primeiros precursores, a fotograa ganhou fora com a
popularizao dos retratos. Rpidos, baratos e is, eles logo se
tornaram mania, inaugurando uma nova forma de representar as
pessoas, antes feita apenas pela pintura. Os retratos serviram como
suporte para fotgrafos comercializarem imagens de paisagens,
costumes e povos das mais diversas culturas em grandes tiragens. A
fotograa conquistou um importante papel social como forma de
comunicao e divulgao de conhecimento, pois apresentava imagens de
um mundo desconhecido, principalmente atravs dos fotgrafos
viajantes. 5 Fotograa obtida pelo processo de calotipia
desenvolvido por William Fox Talbot.
6. Em 1888, George Eastmann criou a Kodak juntamente com o
slogan: Voc aperta o boto, ns fazemos o resto1, salientando a
facilidade em usar o equipamento. Eastmann perseguia a ideia de um
sistema fotogrco simples e barato. A fotograa cou realmente
acessvel ao grande pblico em 1900, quando ele lanou a Brownie, uma
cmera de 6 x 6 centmetros que custava 1 dlar ou 5 xelins. Assim, os
princpios fundamentais da fotograa foram estabelecidos desde as
primeiras dcadas do sculo XX, sendo o lanamento da Leica2, em 1925
e a criao do lme fotogrco colorido em 1936, as ltimas fronteiras
para a nova linguagem se estabelecer por completo. Apenas alguns
avanos tecnolgicos ao longo das dcadas tornaram o ato fotogrco mais
popular e barato, alm de contribuir na melhoria da qualidade das
imagens produzidas. Porm, a digitalizao dos sistemas fotogrcos que
iniciou a partir de 1990 e segue at os dias de hoje colocou em
pauta um novo debate: a codicao binria empregada nesse novo
processo descaracteriza a natureza da fotograa de registrar sinais
luminosos em um suporte? Ainda no houve um consenso por parte dos
tericos sobre este assunto. Por hora, podemos armar que a fotograa
digital minimizou os custos, reduziu etapas, modicou formas de
visualizao, armazenamento e transmisso de imagens e, sobretudo,
acelerou e facilitou os processos de produo e manipulao. 6 1 You
press the button, we do the rest. 2 A Leica, foi a primeira mquina
fotogrca miniaturizada de preciso. Graas a seu obturador de plano
focal e transportador de lme acoplado, preparou o terreno para a
revoluo ocorrida no sistema de fotograa de 35mm (BUSSELLE, 1979).
Em 1854, Andr Disderi patenteou um sistema chamado de
Cate-de-Visite, que consistia em uma nica chapa que produzia at 10
retratos, tornando-se um mania na Europa a partir de 1859. A
Brownie, lanada em 1900, popularizou a fotograa. Ela produzia fotos
de qualidade com 6x6 centmetros em lme de rolo em cartucho de forma
bastante simplicada.
7. 2 A tcnica fotogrca e o sentido A origem da palavra fotograa
vem do grego (foto=luz/graa=escrita) que signica escrever com a
luz. Se ela um tipo de escrita, ento podemos pensar que isso
demanda o conhecimento de um cdigo para podermos entender a
mensagem. Esse cdigo a linguagem fotogrca. Para Ivan Lima (1988, p.
19): um grande erro achar que a linguagem da fotograa universal. No
existe nem uma foto que possa ser interpretada da mesma forma por
um brasileiro, um francs e um chins, por uma moa de 18 anos e um
homem de 80. A linguagem fotogrca pode ser compreendida atravs do
estudo dos componentes de ordem material e imaterial que so
utilizadas conforme a intencionalidade do autor da foto, na
tentativa de alcanar um entendimento por parte do leitor. Os de
ordem material so as escolhas tcnicas como: cmeras, lentes,
velocidade do obturador, abertura do diafragma, quantidade de luz,
uso ou no do ash, etc. J os de ordem imaterial ou mentais so as
escolhas de ordem mais subjetiva como: contraste, foco,
enquadramento, composio, etc. A soma de todos componentes
escolhidos ter como produto nal a fotograa com a subjetividade e
ideologia do produtor, o que veremos a partir de agora. 2.1
Componentes de ordem material Desde o lanamento da Kodak e da
Brownie, ainda no nal do sculo XIX, o senso comum diz que qualquer
um pode tirar uma foto. As grandes diculdades tcnicas, os pesados
equipamentos, os processos de revelao qumica foram todos
suplantados por George Eastmann com seu You Press The Button and We
Do The Rest". O que dizer ento das minsculas mquinas digitais de
hoje, constantes inclusive em boa parte dos telefones celulares,
nas quais possvel visualizar a imagem pronta no instante seguinte
ao da captura da cena e permitem que se faa um milho de tentativas
sem custo se o sujeito tiver tempo e pacincia? Todavia, a fotograa
prossional exigem um pouco mais que apontar para uma cena e apertar
um boto. Os fotojornalistas precisam conhecer a linguagem fotogrca
e aplic-la nas escolhas tcnicas para chegar ao resultado almejado.
Veremos a seguir os principais componentes materiais que interferem
na produo de sentido. 2.1.1 Luz 7
8. Ao nosso entendimento, a luz a matria prima da fotograa
enquanto o objeto (referente) d a sua forma. Para o fotgrafo, o
domnio da luz, pode ser comparado ao domnio do barro ao oleiro.
Segundo Weston (apud Busselle, 1977, p. 22): Enquanto houver luz, o
fotgrafo tem condies de trabalhar, pois seu ofcio sua aventura uma
redescoberta do mundo em termos de luz. Existem, na linguagem
fotogrca, cdigos razoavelmente convencionados para o uso da
iluminao, conforme as intencionalidades do fotojornalista. A
escolha de um tipo especco de luz para uma cena vai determinar a
sensao que o fotgrafo quer transmitir. H muitos conceitos e
conhecimentos sobre luz que so teis para a prtica fotogrca,
principalmente em estdios. Todavia, para efeito de simplicao,
abordaremos duas situaes de luz com as quais se depara o fotgrafo e
que faro a diferena no processo de signicao: luz direta ou dura e
luz difusa ou suave. A luz direta aquela em que no h obstculo entre
a fonte de luz e o objeto fotografado, proporcionando sombras duras
e contrastes altos, como nas fotograas tiradas ao ar livre, no sol
do meio-dia ou sob lmpadas sem difusor. Os manuais de fotograa
consideram que esse tipo de luz traz sensao de desconforto e
dramaticidade. A luz dura, (...), cria sombras fortes que resultam
em fotos nada bonitas (Guia Completo de Fotograa - National
Geographic, 2008, p. 99). J a luz difusa conseguida, basicamente,
de duas formas: (a) a luz passa por um meio translcido antes de
atingir o objeto, como uma cortina ou papel vegetal colocado em
frente uma lmpada; (b) a luz rebatida por uma superfcie clara que
reete os raios luminosos, incidindo no objeto sombra, como por
exemplo, algum perto de uma janela. Esse tipo de luz dispersa os
raios luminosos, criando uma iluminao uniforme e suave. O efeito
pretendido uma luz diluda, criando sombras pouco pronunciadas e
proporcionando sensao de conforto. 8 Exemplo de luz difusaExemplo
de luz direta
9. 2.1.2 Obturador um dispositivo localizado na cmera,
responsvel pelo tempo de exposio do material foto-sensvel luz (lme
ou sensor nas cmeras digitais). Quanto maior for o tempo de
abertura do obturador, maior ser a quantidade de luz que atingir o
material foto-sensvel. A escolha da velocidade do obturador para a
exposio desejada estar sujeita combinao com a luz disponvel no
ambiente a ser fotografado e com a abertura do diafragma, que sero
dadas pela leitura do fotmetro3. As velocidades mais comuns so: B,
1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/15, 1/30, 1/60, 1/125, 1/250, 1/500, 1/1000,
1/2000, 1/4000, (...) 1/200004. Geralmente, em uma exposio
considerada correta, o ajuste da velocidade normal do obturador
serve como parmetro para a escolha da abertura do diafragma,
conforme a luz disponvel como, por exemplo, em um retrato formal.
Porm h dois 9 3 Dispositivo destinado a medir a luz com exatido,
disponvel na maioria das cmeras. 4 As velocidades do obturador so
dadas em fraes de segundo, sendo que o nmero 1 representa um
segundo e o denominador representa o nmero de vezes em que este
segundo foi dividido. Em algumas cmeras o numerador 1 no
representado para economia de espao. Boto de regulagem do obturador
de uma cmera analgica. Cortina do obturador, visvel quando o
compartimento do lme est aberto. Movimento congelado, alta
velocidade do obturador. Movimento congelado, baixa velocidade do
obturador.
10. efeitos interessantes que podem ser conseguidos
alterando-se a velocidade do obturador: (a) o movimento borrado
conseguido quando um objeto ou pessoa passa em frente cmera com o
obturador de velocidade baixa, como um carro de corrida que deixa
um rastro na foto, por exemplo; (b) o movimento congelado obtido
quando um objeto ou pessoa em movimento passa em frente cmera com
obturador de velocidade alta como, por exemplo, em fotos de
esportes onde os atletas so congelados em plena ao. 2.1.3 Diafragma
um dispositivo constitudo de lminas semicirculares justapostas que
podem ser ajustadas alterando o dimetro do orifcio pelo qual passa
a luz que atinge o material foto- sensvel. localizado na objetiva,
portanto sua escala vai depender da lente que o fotgrafo estiver
usando. Quanto maior for o dimetro da abertura, maior ser a
quantidade de luz que atinge o material foto-sensvel. Quanto menor
o dimetro do diafragma, menor a quantidade de luz que atinge o
material foto-sensvel. H, contudo, uma consequncia direta da
abertura do diafragma com a profundidade de campo5 (extenso da zona
ntida da foto), que inversamente proporcional entrada de luz, ou
seja, quanto mais aberto o diafragma, menos profundidade de campo;
quanto mais fechado o diafragma, maior ser a profundidade de campo.
Isso signica que o fotgrafo pode optar por menos profundidade de
campo quando quer chamar ateno para uma rea especca da fotograa,
mdia 10 5 A profundidade de campo na prtica a extenso da zona ntida
disponvel quando se tira uma fotograa e est subordinada distncia de
focalizao, ao tamanho da abertura e distncia focal da objetiva
utilizada. A representao do diafragma dada pela letra f seguida do
nmero.
11. profundidade de campo quando quer alguns elementos na zona
ntida da foto e maior profundidade de campo quando quer que todos
os elementos apaream ntidos na imagem. As escalas numerais dos
diafragmas nas lentes so inversas, ou seja, quanto maior o nmero do
diafragma menor ser seu dimetro e vice-versa. As escalas mais
comuns de diafragmas so: 1.8, 2.0, 2.8, 3.5, 4.5, 5.6, 8.0 (menor
profundidade de campo) e 11, 16, 22, 32, 64, (maior profundidade de
campo). 2.1.4 Objetiva Tambm conhecida como lente, ela acoplada em
frente cmera a m de refratar os raios luminosos para um mesmo
ponto, tornando a imagem muito mais ntida e 11 Menor profundidade
de campo f/2 - somente b est em foco. Maior profundidade de campo
f/16 - a, b e c esto em foco Posio do fotgrafo em relao a a, b e
c.
12. luminosa. na objetiva que se encontram o diafragma e a
regulagem de foco. A objetiva classicada conforme sua distncia
focal6. H basicamente trs categorias de objetivas: a)grande angular
- tem uma distncia focal menor que 50mm e ngulo de viso amplo,
entre 46 e 180 graus, tem a vantagem de permitir que uma grande rea
aparea na imagem; b)normal - tem uma distncia focal de 50mm e seu
ngulo de viso de 45 graus, semelhante ao do olho humano;
c)teleobjetiva - distncia focal maior que 50mm com ngulo de viso
restrito, menor que 45 graus, mas tem a vantagem de aproximar o
objeto fotografado na imagem. 12 6 Segundo Busselle (1977, p.42), a
distnica focal a distncia do centro da lente at o ponto no qual
convergem os raios paralelos que insidem nela. Teleobjetiva Normal
Grande Angular Distncias Focais ngulos de Viso conforme a
lente
13. 2.1.5 Filmes O lme7, constitudo de material foto-sensvel, o
responsvel pelo registro da imagem a partir dos raios luminosos
reetidos do objeto fotografado e refratados para o interior da
cmera pela objetiva. So classicados conforme sua sensibilidade luz,
quanto mais sensvel o lme, menos luz ser preciso para registrar uma
imagem satisfatoriamente. Por esse motivo, sua escolha est
intimamente ligada qualidade e quantidade de luz disponvel no local
da foto. A escala mais usada dos lmes chama-se ISO e seus valores
mais comuns so: 100, 200, 400, 800, 1600, 3200, 6400. Um lme de ISO
200, por exemplo, duas vezes mais sensvel que um de ISO 100 e da
por diante. A qualidade da imagem produzida est ligada escolha do
ISO do lme. Quanto menor o ISO, menor ser a granulao da imagem e
melhor ser o contraste e a saturao de cores. Sendo assim, o uso do
ISO baixo proporcionar uma imagem de qualidade excelente; ISO mdio
proporcionar uma imagem de qualidade razovel e ISO alto
proporcionar uma imagem de baixa qualidade. 2.2 Componentes de
ordem imaterial Segundo Kossoy (2002, p. 27), os componentes
imateriais se sobrepem hierarquicamente aos componentes materiais,
pois so articulados na mente do fotgrafo e no dependem da
tecnologia, mais sim de escolhas culturais e ideolgicas. Fazem 13 7
Usaremos a terminologia lme tambm para nos referir ao sensor da
cmera digital, uma vez que sua escala (ISO), segue o mesmo padro
das pelculas e sua escolha, teoricamente, causa o mesmo efeito na
imagem. ISO baixo ISO alto
14. parte de uma intrincada rede de pensamentos e aes
integrantes da linguagem fotogrca da qual o produtor da foto lana
mo quando constri o signo fotogrco. 2.2.1 ngulos de tomada O ngulo
de tomada de uma imagem o ngulo de viso da cmera em relao ao objeto
fotografado. decidido pelo fotgrafo conforme seu ponto de vista
sobre o tema ou motivo fotografado. Basicamente, divide-se em trs
tipos: a) plonge - quando a tomada feita de cima para baixo, tende
a diminuir o elemento fotografado, desvalorizando-o, reduzindo sua
importncia, conotando ares de fraqueza, submisso e derrota; b)
normal - respeitando as propores do objeto, denota igualdade; c)
contre-plonge - quando o ngulo de tomada feito de baixo para cima,
valorizando o elemento fotografado, representando-o maior do que
ele realmente , ressaltando sua grandeza e conotando superioridade.
2.2.2 Plano de enquadramento a seleo dos elementos e do espao que
faz parte do quadro da fotograa. Varia de acordo com a objetiva
utilizada e com a distncia do fotgrafo em relao ao objeto
fotografado. uma das ferramentas que mais permitem ao
fotojornalista construir sua concepo da cena, uma vez que ele tem o
poder de adicionar ou excluir os elementos que sero representados
na imagem. Aqui, mais do que em qualquer outra 14 Plonge Normal
Contre-Plonge
15. ferramenta, podemos entender o termo ltro cultural de que
fala Kossoy (2001), uma vez que o fotojornalista estar editando
previamente o que o observador ver e no ver do que aconteceu de
fato. Os planos de enquadramento so classicados conforme segue: a)
grande plano geral - o ambiente como um todo pode ser visto em seu
contexto geral, feito normalmente com lente grande angular; b)
plano geral - o elemento principal aparece em seu contexto de igual
para igual com os outros elementos em cena, geralmente feito com
uma lente normal ou grande angular; c) plano mdio - o elemento
principal preenche quase todo o quadro, pouco do contexto mostrado,
levando o observador a dar ateno para o objeto fundamental da
imagem, feito geralmente com uma lente teleobjetiva curta de at 180
mm que no apresenta distores, sendo, por esse motivo, muito usado
em retratos; d) primeiro plano - destaque total ao elemento
principal, no havendo nenhum contexto, feito geralmente com
teleobjetivas acima de 200 mm e quando usado para retratos, destaca
o semblante e emoes do retratado; e) plano detalhe - somente
detalhes do elemento principal aparecem como nicos elementos da
cena, feito, principalmente, com lentes macro e muitas vezes de
difcil identicao. 15 Grande plano geral Plano geral Plano mdio
Primeiro plano Plano detalhe
16. 2.2.3 Plano de foco Diretamente ligado ao diafragma e
objetiva utilizada, o plano de foco decide quais elementos, dentre
os estabelecidos na composio, caro ntidos e quais caro desfocados.
Em outras palavras, seria o mesmo que dizer ao observador, nesse
contexto existem muitos elementos, mas preste ateno especial neste
aqui, pois ele o que mais importa. Os planos de foco podem ser
divididos em trs grandes grupos: a) plano de foco amplo - quando
existe grande quantidade da imagem em foco; b) plano de foco
mediano - quando existe uma quantidade mediana da imagem em foco;
c) plano de foco restrito - quando a imagem apresenta uma
quantidade de foco pequena. 2.2.4 Perspectiva Imagens fotogrcas so
projees do mundo tridimensional em um suporte bidimensional, que
possui altura e largura, mas no profundidade. Para representar esse
terceiro eixo dos objetos o fotojornalista utiliza a perspectiva.
Trata-se, na verdade, de uma tcnica para criar a iluso da
tridimensionalidade e foi desenvolvida para dar mais 16 Plano de
foco amplo Plano de foco mediano Plano de foco restrito
17. realismo a uma cena. Muitas vezes o observador tem a
impresso de que h uma continuidade do espao para dentro da imagem
ou ento de que esta vai saltar do papel. H basicamente dois tipos
de perspectivas quanto linguagem fotogrca: a) linear - tambm
conhecida como central ou articialis a mais conhecida tcnica de
representao pictrica desde a renascena, na qual todas as linhas
convergem para o ponto de fuga, causando a iluso de profundidade;
b) atmosfrica - tambm chamada de efeito bruma, o efeito atmosfrico
em que h o enfraquecimento da imagem com a distncia, quanto maior a
distncia entre o objeto fotografado e a cmera, menor ser a nitidez.
2.2.5 Contraste a diferena entre as partes iluminadas e no
iluminadas, entre o preto e o branco, entre as cores da imagem. Nas
fotograas PB quanto maior for a quantidade de tons de cinza menor
ser o contraste; na fotograa a cores, quanto maior for a diferena
entre os tons, maior ser o contraste. O contraste pode ser
utilizado pelo fotografo para impressionar o observador.
Geralmente, contrastes mais altos vivicam a imagem dando a impresso
de aproximao dos objetos, da mesma forma que contrastes mais baixos
deixam a imagem sem graa dando a impresso de apagamento. 17
Perspectiva linear Perspectiva atmosfrica Alto contraste
18. 2.2.6 Cor ou preto e branco As fotograas em cores conduzem
o observador a um maior realismo, pois o mundo colorido. Diante
disso, o observador estar dispensado da interpretao cromtica,
deixando sujeitos interpretao apenas os outros elementos icnicos da
imagem. Nas fotograas em preto e branco, a interpretao da cor ca
por conta do observador, deixando as imagens com um forte apelo
esttico, pois so mais distantes de nossa realidade cotidiana. A
ateno a outros aspectos da imagem como textura, contraste, luz, etc
ampliada, pois no h a distrao causada pela cor. O processo de
signicao ca mais aberto para que o observador complete as lacunas
deixadas pela ausncia de cor com suas prprias interpretaes. 2.2.7
Composio A composio est ligada diretamente forma de apresentao da
imagem, responsvel pela disposio dos elementos no quadro da foto,
posicionados de acordo com as intenes do fotojornalista. A escolha
dos elementos que iro compor a fotograa animais, humanos, objetos,
ambiente, etc est diretamente ligada sensibilidade esttica do
fotgrafo, e determinar seu ponto de vista. Basicamente, a composio
poder causar dois tipos de sensao no observador: conforto - quando
h harmonia, equilbrio e unidade esttica na imagem; e desconforto -
quando h desorganizao esttica, poluio visual e falta de hierarquia
entre os elementos. 18 Sebastio Salgado La Chapelle
19. 2.2.8 Equilbrio O equilbrio da imagem fotogrca est
relacionado disposio harmnica dos elementos que nela guram. O
equilbrio proporciona uma maior facilidade de acesso do observador
imagem como um todo, deixando claro as ideias e conceitos que ela
apresenta. Uma imagem equilibrada apresenta uma boa composio, de
forma que h hierarquizao ou simetria dos elementos, facilitando a
leitura da mensagem que o fotojornalista pretende transmitir. Uma
imagem desequilibrada gerar um certo incmodo, pela diculdade de
acesso aos dados disponveis. O acmulo de informaes em um quadrante
da imagem deixando o restante da fotograa sem informao relevante um
exemplo de desequilbrio. Todavia, uma imagem desequilibrada ou
poluda nem sempre errada ou ruim, pois depende das intenes do
fotojornalista. 2.2.9 Textura Cria uma sensao ttil na imagem.
Consiste em detalhar os objetos quanto a seu relevo, utilizando
para isso o contraste entre luz e sombra. A textura permite a
diferenciao entre a qualidade dos materiais que compem a imagem
causando sensaes de lisura, rigidez, porosidade, maciez, aspereza,
robustez, fragilidade, entre outras. A textura mais um efeito de
tridimensionalidade que pode ser usado na fotograa para aumentar
sua possibilidade de leitura. A aparncia da textura depende
fundamentalmente do ngulo de incidncia da luz sobre o objeto
fotografado, criando sombras no relevo desse objeto. 19 Exemplo de
conforto na composio Exemplo equilbrio na imagem
20. 2.2.10 Regra dos teros Consiste em dividir mentalmente o
quadro da fotograa em nove partes iguais como se fosse um jogo da
velha e situar o objeto fotografado em uma das quatro intersees das
linhas. Essas quatro intersees so conhecidas como sees ureas,
consideradas regies de maior dinamismo em uma imagem, nas quais o
elemento vital mais enfatizado e tambm onde existe a convergncia
natural dos olhos do observador para dar incio ou nalizar a
leitura. Essa regra de composio foi criada no Renascimento e
utilizada por grandes mestres da pintura, como Da Vinci, Giotto e
Michelngelo. Todavia, no existe tcnica mais intuitiva que a regra
dos teros quando se trata de contextualizar a informao ou de
privilegiar algum elemento na imagem. 2.2.11 Elementos secundrios
Elementos secundrios so todos os elementos que fazem parte da
composio alm do principal, servindo para contextualizar o objeto
fotografado e produzir sentido fotograa. Geralmente, so usados
pelos fotografos para facilitar a leitura da imagem e 20 Exemplo do
uso da textura Exemplos do uso da regra dos teros
21. reforar ideias, a m de ajudar o observador na construo de
um signicado prximo ao objetivo do autor da imagem. Tem que haver
um cuidado, da parte do fotografo quanto utilizao de elementos
secundrios, pois a imagem poder fugir ao seu objetivo se algum
elemento estiver fora de contexto. Desta forma, a quantidade de
informao dever ser reduzida, pois um excesso de elementos poder
poluir a imagem, comprometendo o resultado nal. 3 A Cmera Fotogrca
As cmeras podem ser classicadas de diversas maneiras, em relao a
histria da tecnologia, em relao a sosticao de seus recursos e at
mesmo em relao ao preo. Para os nossos objetivos neste curso, vamos
nos categoriz-la de acordo as possibilidades de aplicao
contempornea. Em relao a forma da xao da fotograa podemos
classic-las de duas maneiras: a) analgicas - so cmeras totalmente
mecnicas ou eltro/mecnicas que utiliza pelculas, tambm chamada de
lme, emulsionadas por sais de prata que atuam como negativos que
precisaram ser revelados em laboratrio para posteriormente serem
ampliadas nas cpias fotogrcas. b) digitais - so aparelhos
eletrnicos que dispensam o uso de lmes, sendo que as imagens so
registradas em cartes de memrias ou discos rgidos com capacidade
variadas atravs do cdigo binrio. Posteriormente esse cdigo ser
lidos por outros aparelhos eletrnicos como computadores, celulares
etc. 21 Exemplo do uso dos elementos secundrios
22. 3.1 Tipos de Cmeras 3.1.1 Grande Formato So as mais
utilizadas pelos estdios prossionais importantes, fundamentalmente
porque so cmeras que permitem basculamentos e movimentos de
compensao de forma e perspectiva junto a rgidos controles na
profundidade de campo tendo como resultado a mxima qualidade. Por
outro lado, as cmaras de grande formato fornecem negativos e cromos
de tamanhos que melhoram a qualidade da reproduo em comparao direta
com as de mdio e pequeno formato. As marcas mais conhecidas so:
SINAR, PLAUBEL, CAMBO, LINHOF, CALUMET, S&K etc. 3.1.2 Mdio
Formato So cmeras usadas geralmente por estdios, artistas ou
entusiastas da fotograa e produzem fotograas de alta qualidade.
Muitas destas cmeras so antigas e operam com negativos de 6 6 cm, 6
7 cm, 6 4,5 cm e 6 9 cm, etc, porm existem fabricantes que se
especializaram em produzir cmeras digitais desta categorias que so
bastante caras. As marcas mais utilizadas e conhecidas so:
HASSELBLAD, ROLLEYFLEX, BRONCA, MAMIYA. etc. 22 Cmera Sinar de
estdio Rolleyex antiga Mamiya antiga Hasselblad atual
23. 3.1.3 Pequeno Formato So cmeras tambm conhecidas pelo nome
de 35mm, largura do lme que utilizam no caso das analgicas, mas
suas caractersticas principais se mantiveram nas digitais. So os
aparelhos mais utilizados para quase todos tipos de fotograa por
sua versatilidade, portabilidade e preo acessvel. Os principais
tipos de cmeras de pequeno formato so: a. Reex monobjetiva ou SLR
(Single Lens Reex) - sem dvida a mais bem sucedido projeto de cmera
de todos os tempos. Usa a mesma lente para visualizar a imagem e
fotograf-la. Um espelho reete a imagem da lente para o visor.
Quando o boto do obturador pressionado, o espelho sai da frente e o
obturador se abre, expondo o sensor ou lme luz. Tm uma innidade de
caracterstica e funcionalidade, alm da capacidade de usar lentes
intercambiveis. So essenciais para fotografar paisagens e esportes.
Diversos tipos de acessrios esto disponveis para elas, tais como
uma ampla variedade da ashes, equipamentos especiais para closes e
macros, apetrechos de controle remoto, etc. b. Compactas - So
cmeras muito simples e baratas que servem para usos no prossionais
e domsticos. Possuem lente nica e xada a cmera. Tm funcionamento
automtico programado pelo fabricante com o intuito de facilitar o
uso. As atuais cmeras compactas digitais oferecem um menu com
algumas funes que podem ser escolhidas pelo usurio, como ISO,
temperatura de cor, tamanho da imagem, etc. 23 Laica M de 1950
Nikon D300 digital Sony Compacta
24. c. Ultra compactas - So cmeras embuitidas em outros
aparelhos como notebooks e celulares. Possuem funes ainda mais
limitadas que as compactas. 4 Funes da Cmera H inmeros tipos,
modelos e fabricante de cmeras, cada com uma congurao prpria das
funes disponveis. Todavia, de uma maneira geral, para fazer boas
fotograas temos que saber localizar e regular as seguintes funes: F
- Abertura do Diafragma - localizado na objetiva ou em algumas
compactas no menu. A escala depende da lente usada. 1/x -
Velocidade do obturador - localizado no corpo da cmera e em algumas
compactas no menu. A escala depende da cmera. ISO - Sensibilidade
de ISO - escolha do lme para cada situao ou nas digitais
localiza-se no menu da cmera. Temperatura de Cor - Balano de Branco
- localizado no menu da cmera. AF - rea de Foco - escolha da rea
amplitude da rea que ser focalizada. Tamanho da Imagem - com relao
o tamanho do arquivo da cmera digital e o uso que se dar para
fotograa posteriormente, localizado no menu. Qualidade da Imagem -
Escolha do tipo de arquivo que ser gerado pela cmera digital,
localizado no menu. EV - Compensao da exposio ou do ash - usado
para alterar o valor de exposio sugerido pela cmera ou do ash,
localizado no menu. Flash - Modo de ash - localizado no menu.
Temporizador - O temporizador automtico pode ser utilizado para
reduzir o estremecimento da cmara ou para auto-retratos. Localizado
no menu. 5 Tipos de Arquivos As cmeras digitais possibilitam tirar
fotograas em um srie de tipos de arquivos. Para a escolha do
arquivo temos que levar em considerao o uso que faremos da imagem
posteriormente. Os principais tipos de arquivos so: 24
25. a. RAW - tambm conhecido como NEF, um formato disponvel em
cmeras SLR e algumas compactas. Este formato muito usado pelos
prossionais, pois os dados so armazenados crus, conforme vm do
sensor da cmera no sofrendo nenhuma processamento. Este formato tem
a vantagem de proporcionar uma edio muito rica em detalhes que
podem ser trabalhados pelos softwares tendo como resultado uma
imagem de altssima qualidade. O inconveniente neste caso que o
arquivo Raw ocupa muito mais espao do que outros. b. TIFF - um
formato que permite armazenar arquivos digitais j processado pela
cmera mas sem nenhuma perda de qualidade, portanto gera um arquivo
que ocupa um espao considerado grande se comparado ao formato JPEG.
Este tipo de arquivo o preferido para imagens que sero publicadas
em material impresso. c. JPEG - o formato de armazenamento de
imagem digital mais utilizado. Permite uma variedade bastante
grande de nveis de compactao para os diversos usos que podero ter a
imagem, por isso mesmo o formato mais utilizado para imagens na
web. um formato que sofre perdas devido ao processo de compactao,
sendo que os arquivos menores sero os que tero menos qualidade nas
imagens. Isto no signica que os arquivos JPEG grandes no possam ter
qualidade razovel para usos diversos. 6 Formas de Armazenagem Reita
sobre o propsito de seu arquivo. Aproveite o tempo com sabedoria.
Abordagem minimalista: arquivamento para quem odeia arquivar.
Organize seus arquivos desde o incio: crie subpastas dentro da
pasta imagens, com cada evento ou tema fotografado. Navegue pelas
fotograas usando o modo de visualizao de fotos, sem precisar abrir
programas de edio. Faa Back Up das fotograas. Se tiver pouco espao
disponvel faa a cpia de segurana pelo menos das melhores imagens,
evitando perder suas fotos caso algo acontea ao seu disco rgido.
Use um gerenciador de arquivos. Faa o grosso do trabalho na hora de
descarregar: j na primeira visualizao use a tela cheia e classique
as melhores fotos das no to boas e elimine as que voc no vai
25
26. usar, como as muito escuras ou completamente tremidas.
Assim voc poupa espao no disco e ainda diminui o trabalho na hora
de editar. Escolha um software de edio de imagens que seja adequado
ao seu uso. Digitalize suas fotos impressa com um scanner ou
fazendo pelo processo de foto-da-foto. Faa back up dos melhore
trabalhos em CDs ou DVDs. 7 Guia de Equipamentos Existe uma
quantidade inndvel de equipamentos disponveis para os diversos
tipos de trabalho realizados na rea de fotograa. Com o objetivo
deste curso apresentar as noes bsicas sobre o assunto, vamos
descrever de forma sucinta o material elementar para o fotgrafo
iniciante. 1. Cmera Fotogrca - Com a popularizao das cmeras
digitais a partir do incio do sculo XXI, aumentou muito o nmero de
pessoas que fazem fotograas. A maioria absoluta destas pessoas
deixa-se levar pelo programa automtico da cmera. Se voc se
interessa de maneira mais profunda pelo assunto uma boa dica seria
pensar em adquirir uma cmera SLR com lentes intercambiveis e as
diversas possibilidades que estes aparelhos proporcionam. 2.
Objetivas - Se voc possui uma cmera SLR, o investimento mais
interessante em lentes de qualidade, conforme o uso que se est
fazendo do equipamento ou interesses pessoais. 3. Trip - Todos os
fotgrafos, amadores ou prossionais, no podem abrir mo de um trip
que servir tanto para reduzir vibraes como para fazer fotograas no
modo temporizador. 4. Flash - Se sua cmera tem sapata para ash
acessrio, a dica investir neste equipamento que melhora
consideravelmente a qualidade de suas fotos em condies de baixa
luminosidade. A diferena deste equipamento para o ash que j vem
incorporado cmera muito expressiva, enquanto que o ash comum apenas
produz um luz dura e evidentemente articial, as possibilidade do
ash acessrio permitem diversos usos criativos e resultados
surpreendentes. 5. Cases - Para carregar seus equipamentos de forma
segura e manter tudo limpo e indispensvel que voc acomode-os em
bolsas especiais revestidas com material anti- choque e impermevel.
H cases para todo tipo de equipamento e de diversos tamanhos.
26
27. 6. Baterias extras - Se voc pretende fazer muitas fotograas
de uma s vez, fazer viagens na qual no h possibilidade de recaregar
a bateria, cobri eventos sociais ou esportivos, seria bom
considerar em adquirir baterias extras. 7. Carto de memria - de
extrema importncia que voc tenha espao suciente para fazer suas
fotograas de forma tranquila em um evento ou em suas frias. A falta
de espao pode levar o fotgrafo a optar por tirar certas fotos em
detrimento de outras, cando com aquela sensao de que est perdendo
algo interessante. A soluo para isso ter sempre um carto de memria
reserva de no mnimo 2G. 8. Iluminao auxiliar ou de estdio - Se voc
est pretendendo se prossionalizar, j deve pensar que ter que
adquirir um conjunto de iluminao auxiliar ou de estdio. Esse tipo
de equipamento varia muito em termo de sosticao e preo, conforme o
bolso e a inteno do fotgrafo. 27 1 2 3 4 5 6 7
28. 8 ANATOMIA DA CMERA FOTOGRFICA Abaixo esto algumas guras
que expem esquematicamente os mecanismos internos das cmeras
fotogrcas. 28
29. 29
30. 30 2 Introduo: Conhecer a cmara Conhecer a cmara Dedique
alguns momentos a familiarizar-se com os controlos e indicadores da
cmara. Pode ser til marcar esta seco e consult-la durante a leitura
do manual. Corpo da cmara 1 Flash
incorporado..............................................................23,
40 21 Ilh para a correia da cmara
................................................8 2 Boto (modo de
flash)......................................................40 22
Iluminador auxiliar de AF
.............................................. 28, 87 (compensao do
flash)................................................55 Luz do
temporizador automtico............................ 37, 38 3 Boto
(bracketing).......................................................5657
Luz de reduo do efeito de olhos vermelhos........39 4 Receptor de
infravermelhos................................................38 23
Boto de disparo do obturador................................. 22,
23 5 Marca de montagem da
objectiva..................................11 24 Boto de
alimentao..................................................... 11,
19 6 Ilh para a correia da
cmara.................................................8 Interruptor
do
iluminador........................................................3
7 Tampa do
conector................................................... 66, 67,
70 25 Boto (compensao da exposio).....................54 8 Conector
USB................................................................................67
! (boto de
reinicializao).................................................44 9
Boto de
restaurar...................................................................129
26 Boto (modo de
disparo)................................................36 10
Conector de entrada de CC para o adaptador CA EH-5
opcional...........................................................................123
Modo de disparo imagem-a-imagem/contnuo....36 Modo de temporizador
automtico..............................37 11 Conector de
vdeo.....................................................................66
Modo de controlo remoto
...................................................38 12 Conector
de cabo remoto.................................................123
27 Boto (modo de
AF)...........................................................29 13
Selector do modo de focagem .................................28, 32
! (boto de
reinicializao).................................................44
14 Boto para desbloquear a objectiva
..............................11 28 Painel de
controlo.........................................................................5
15 Montagem da objectiva
........................................................11 29 Tampa
da sapata de acessrios.......................................119 16
Espelho................................................................................106,
125 30 Sapata de acessrios (para unidade de flash
opcional)...............................................11917 Boto
de pr-visualizao da profundidade de
campo...............................................................................................49
31 (indicador de plano
focal)...........................................32 18 Punho
................................................................................................21
32 Disco de
modos...................................................47, 48, 49,
50 19 Disco de controlo
secundrio....................................10, 91 33 Boto (modo
de medio)..........................................52 20 Boto
FUN..................................................................................92
Boto
(formatar)...............................................................16
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1213 1415 16 1718 19 20 22 32 33 23 24 25
26 21 2728 30 29
31. A gura abaixo identica uma possvel diviso didtica das
partes de uma cmera fotogrca de estdio. 31