CURSO DE EXTENSÃO SAÚDE AMBIENTAL E SAÚDE DO TRABALHADOR Prof. Dr. Winston Kleiber de ALMEIDA BACELAR Universidade Federal de Uberlândia Instituto de Geografia

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  • CURSO DE EXTENSO SADE AMBIENTAL E SADE DO TRABALHADOR Prof. Dr. Winston Kleiber de ALMEIDA BACELAR Universidade Federal de Uberlndia Instituto de Geografia Geografia e Gesto em Sade Ambiental [email protected] UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA CURSO DE GESTO EM SADE AMBIENTAL
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  • http://www.youtube.com/watch?v=zsOGZKRVqHQ EMENTA: - Sociedade de consumo e questes ambientais; - Determinantes sociais da sade; - Desenvolvimento local sustentvel; - Sociedade urbano-industrial e qualidade de vida; - Cidade saudvel e sustentvel.
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  • 2000 - Objetivos do Desenvolvimento do Milnio, Nova Iorque A Declarao do Milnio foi apresentada em 2000 pela Organizao das Naes Unidas e subscrita pelos 189 estados-membros que tm assento na assembleia geral. A declarao integra 8 grandes objetivos (ODM) que representam um compromisso da comunidade internacional para com o desenvolvimento humano a nvel global e onde a sade sexual e reprodutiva desempenha um papel essencial. Objetivos de Desenvolvimento do Milnio ODM 1 - Erradicar a pobreza extrema e a fome ODM 2 - Alcanar a educao bsica para todos ODM 3 - Promover a igualdade de gnero e capacitar as mulheres ODM 4 - Reduzir a mortalidade infantil ODM 5 - Melhorar a sade materna ODM 6 - Combater o VIH/SIDA, malria e outras doenas ODM 7 - Assegurar a sustentabilidade ambiental ODM 8 - Estabelcer uma parceria global em prol do Desenvolvimento
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  • SANTOS, Milton. Quem est na frente o povo. In: Revista Cadernos Le Monde diplomatique. Um outro Mundo urbano Possvel. So Paulo: jan. 2001, p. 4/7.
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  • Sociedade de consumo e questes ambientais
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  • Fonte: http://jmmatias.blogspot.com.br/2010_01_01_archive.html
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  • PENSAMENTO/IDEOLOGIA JUDAICO- CRIST (OCIDENTAL): O homem recebeu a Terra de Deus e deve gerir os recursos da natureza e, depois de expulso do paraso, com o suor do prprio rosto; Foco utilitarista da natureza; Reflexo da vida moderna = Ter/possuir muito importante
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  • AS CATSTROFES NATURAIS AUMENTARAM? -HIDROMETEOROLGICAS: SIM FURACO/TUFO TORNADO TEMPESTADES/SECAS EL NIO/LA NIA DESLIZAMENTOS ENCHENTES - CAUSA POSSVEL: AGRAVAMENTO DO EFEITO DE ESTUFA. -GEOFSICAS (GEOLGICAS): NO ABALOS SISMICOS (TERREMOTOS E MAREMOTOS) VULCANISMOS TSUNAMIS
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  • A QUANTIDADE DE MORTES E PERDAS MATERIAIS AUMENTARAM NOS LTIMOS ANOS? SIM AUMENTARAM AS CATSTROFES HIDROMETEOROLGICAS; AUMENTOU A POPULAO MUNDIAL E A QUANTIDADE DE POBRES; A POPULAO RESIDE, EM SUA MAIORIA, EM REAS DE RISCO (3/4 MORAM PROXIMAS AO LITORAL); GLOBALIZAO DAS INFORMAES ( NOTCIAS MAIS REAIS E CONCRETAS).
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  • Das necessidades bsicas: comer vestir beber aquecer... Passamos, a humanidade, ou parte considervel dela, a ultrapassar os limites do biolgico... CATSTROFES NATURAIS X IMPACTOS AMBIENTAIS
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  • Degradamos a partir, portanto, das necessidades bsicas at a crise que se d na resilincia do ambiente (em ecologia, resilincia, a capacidade de um determinado ecossistema de retomar sua forma original aps uma perturbao. Pode tambm ser definida como limite resistncia do ecossistema a uma mudana para que esta no se converta numa situao irreversvel). Os impactos ambientais so, assim, determinados socialmente/culturalmente/historicamente. GUA SOLOS AR ECOSSISTEMAS/BIOMAS/BIODIVERSIDADE (animal e vegetal)
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  • O termo biodiversidade - ou diversidade biolgica - descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. (www.wwf.org.br/) Variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecolgicas nas quais elas ocorrem. (www.agua.bio.br/) A biodiversidade est relacionada com a diversidade dos seres vivos plantas, animais, microorganismos e do ecossistema e representada pela diversidade gentica, diversidade de espcies e diversidade de habitats. (GARCIA, Eloi S. Biodiversidade, Biotecnologia e Sade. Cad. Sade Pbl., Rio de Janeiro, 11 (3): 495-500, Jul/Sep, 1995.)
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  • Muitas espcies domesticadas ou semidomesticadas, comuns at recentemente em mercados regionais, esto desaparecendo diante da competio com espcies mais comuns ou facilmente rentveis. (GARCIA, Eloi S. Biodiversidade, Biotecnologia e Sade. Cad. Sade Pbl., Rio de Janeiro, 11 (3): 495-500, Jul/Sep, 1995.)
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  • Biotecnologia "a aplicao dos princpios cientficos e da Engenharia ao processamento de materiais, atravs de agentes biolgicos, para prover bens e assegurar servios."
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  • ... sade no apenas a ausncia da doena, mas qualidade de vida em todos os aspectos...... antes de tudo, compreender o processo de ocupao e organizao do espao geogrfico pelas sociedades humanas em diferentes tempos e lugares para entender a manifestao das doenas. Essa compreenso muito importante, porque pode permitir o entendimento da gnese e da distribuio das doenas, e assim estabelecer programas de vigilncia ambiental em sade. Este princpio j estava estabelecido em Hipcrates, o pai da Medicina e da Geografia mdica. Lima e Guimares (2007, p. 60)
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  • A ocorrncia das doenas relaciona-se ao lugar e condio social em que se vive, portanto, as doenas so geograficamente determinadas (LIMA, 2008).
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  • No final dos anos sessenta, paralelamente emergncia da ecodiplomacia, que visa discutir entre os pases as questes de carter ambiental, surge o Ecomalthusianismo. Essa teoria foi defendida pelo Clube de Roma, formado por cientistas, economistas e funcionrios governamentais de alto escalo, e baseia-se na idia de que o sistema global formado por recusrsos finitos em acelerado processo de desgaste diante do crescimento populacional e das demandas produtivas do mundo contemporneo. A lgica que quanto maior a populao, maior o consumo dos recursos naturais.
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  • Conferncias Ambientais Em 1962, publicao do livro. Primavera silenciosa Em 1970 nascem em vrios pases os chamados Movimentos ambientalistas Deles se originaram as ONGs. Ex: Greenpeace, S.O.S Mata atlntica Em 1968 nasce o clube de Roma, com uma perspectiva ecolgica, inaugurando o ecomalthusianismo Em 1972 nasce na Conferncia das Naes Unidas sobre o meio ambiente (Estocolmo - Sucia) a idia do desenvolvimento ecologicamente sustentvel
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  • 1987 Relatrio Brundtland O conceito de desenvolvimento sustentvel foi apresentado em 1987 como resultado da Assemblia Geral das Naes Unidas no relatrio Our common future Nosso futuro Comum, conhecido como Relatrio Brundtland devido ao fato do encontro ter sido presidido por Gro Harlem Brundtland, primeira ministra da Noruega. Nesse mesmo encontro foi criado a UNCED Comisso Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. O relatrio Brundtland traduziu algumas preocupaes com o meio ambiente que j se instalava na sociedade e definiu novos paradigmas que passaram a nortear as relaes humanas a partir daquele momento. Nele foi expresso pela primeira vez o conceito de desenvolvimento sustentvel utilizado at os dias atuais e definido como quele que atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das geraes futuras atenderem as suas, atravs da sustentabilidade do desenvolvimento que compreende uma mudana nas relaes econmicas, poltico- sociais, culturais e ecolgicas. Desse modo a natureza passa a ser vista como parte integrante de um sistema que originalmente deveria ser cclico, excluindo o comportamento predador do modelo desenvolvimentista predominante.
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  • Conferncias Ambientais Em 1992 aconteceu a ECO no Rio de Janeiro Dois documentos resultaram desta conferncia: -A-Agenda 21: Gesto e preservao dos recursos naturais e polticos, programa de ao global, em 40 captulos. -C-Carta da terra: Soberania dos estados sobre os seus recursos naturais Outros importantes documentos foram elaborados na Rio-92, que apontaram um comportamento mais responsvel de toda sociedade: - Declarao do Rio, em um conjunto de 27 princpios pelos quais deve ser conduzida a interao dos humanos com o Planeta. - Declarao de princpios sobre Florestas; - Conveno sobre diversidade biolgica; - Conveno - quadro sobre Mudanas climticas - que culminou no Protocolo de Kyoto em 1997;
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  • A sustentabilidade das populaes e conseqentemente de suas naes, povos e comunidades... Passa pois por Gerar renda, emprego, trabalho com preocupao ambiental visando a geraes futuras. Este passa, ento, a ser o novo conceito de desenvolvimento.
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  • O conceito moderno de desenvolvimento sustentado prega, ento, uma produo (capitalista) que se envolva no mercado, no interessando o quo extensa seja esta rede, se local, regional ou global. Mas que os frutos advindos sejam mais bem divididos entre a populao em que a ao de desenvolvimento sustentado se d.
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  • A tnica fundamental para que tais aes, de fato concretizem-se, coadunando-se com os preceitos do moderno Desenvolvimento Sustentado consiste em que o meio ambiente seja respeitado e as interaes homem X natureza sejam de forma a causar o menor impacto possvel. Menor impacto ambiental possvel para que o bem natural, ou simplesmente a natureza, possa ser menos agredida para que as geraes futuras possam dela usufruir.
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  • Dentro dos preceitos modernos de desenvolvimento sustentado o impacto ambiental no , portanto, retirado de pauta. No se deve confundir impacto ambiental com escala de impacto ambiental. Todas as aes humanas geram impactos ambientais. O interessante perceber isto. O desenvolvimento sustentado no prega a eliminao dos impactos ambientais, mas, sim, aes humanas de gerao de renda, emprego e trabalho com qualidade de vida, com o menor impacto ambiental possvel, pois todas as aes humanas modificam o meio e, assim, corrompem o meio natural gerando impactos ambientais mesmo com boas intenes. Impacto ambiental no tem tamanho, toda ao humana gera impacto ambiental, o que temos que fazer conhec-los para reduzir suas conseqncias nocivas a partir de nossas aes.
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  • Desde a menor ao humana sobre o meio, do ponto de vista biolgico e ecolgico, ocorrem modificaes no meio ambiente. Assim, temos que encarar a nossa existncia, enquanto espcie e seres sociais, como profundamente degradante ao meio ambiente. Com isso, o desenvolvimento sustentado e as aes coordenadas a partir dele objetivam diminuir os impactos e nunca elimin-los, o que seria incorreto e acima de tudo, impossvel.
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  • http://www.youtube.com/watch?v=k7drtDdKxcE
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  • Segundo Leff (2001), a forma espoliativa da ao do capital sobre a natureza, mediada pelo discurso do neoliberalismo ambiental, criou a figura do desenvolvimento sustentvel com o propsito de legitimar o esplio dos recursos naturais e culturais das populaes dentro de um esquema combinado, globalizado, no qual fosse possvel dirimir os conflitos num campo neutro. Monken, Peiter, Barcellos et. All., 2010
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  • A inovao dos processos no meio produtivo tem mostrado que o aumento da produtividade fator primordial para o agronegcio. Assim, menores extenses de terra podem produzir muito mais quando aplicadas tecnologias adequadas. Esta deveria ser a grande discusso no setor produtivo: Como transformar grandes reas que atualmente desenvolvem modelo extensivo de produo em reas com tecnologias adequadas para produzir muito mais em menos espao?
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  • A passagem do Paradigma Preventivo Clssico para o Paradigma Precaucionrio: O PRINCPIO DA PRECAUO:..no propriamente a avaliao cientfica da existncia dos riscos, mas sim da inexistncia destes. (Marcelo Firpo de Souza Porto, 2010)
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  • Art. 225 da Constituio Federal de 1988 preconiza: "Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes".
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  • http://www.youtube.com/watch?v=aUu-mjoiua0
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  • NUM PAS EM QUE POUCOS TEM MUITO E MUITOS TEM QUASE NADA: ESTA DESIGUALDADE REFLETE SE NA SADE DA POPULAO; QUESTIONAMENTOS: O QUE FAZ QUE DETERMINADOS GRUPOS POPULACIONAIS SEJAM MAIS SAUDVEIS QUE OUTROS? COMO O LOCAL E AS CONDIES DE VIDA DETERMINAM A SADE DA FAMLIA? COMO CERTOS GRUPOS SO MAIS SUCEPTVEIS AGRAVOS DE SADE?
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  • Conceitos: Pobreza:carncia do minimamente necessrio a uma existncia humana digna saneamento bsico moradia alimentao sade educao existncia humana digna ? educao sade
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  • Conceitos: Pobreza:carncia do minimamente necessrio a uma existncia humana digna Segundo a ONU: Rendimento < U$ 2,00 / dia / pessoa = R$ 4,00. por pessoa X 5 pessoas X 30 dias = R$ 480,00. por famlia X R$ 4,00 1 Real 1
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  • Conceitos: Pobreza:carncia do minimamente necessrio a uma existncia humana digna R$ 3.724,00 Porcentagem da populao brasileira R$ 1.692,00 R$ 756,00 9,3% 13% 15% R$ 403,00 63% pobres
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  • Conceitos: Misria:Falta do mnimo necessrio a uma subsistncia alimentar adequada Segundo a ONU: Rendimento < U$ 1,00 / dia / pessoa = R$ 240,00. por famlia fome
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  • Conceitos: Misria:Falta do mnimo necessrio a uma subsistncia alimentar adequada R$ 3.724,00 Porcentagem da populao brasileira R$ 1.692,00 R$ 756,00 9,3% 13% 15% R$ 403,00 63% R$ 450,00 R$ 234,00 38% 24% miserveis
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  • O deslocamento dos assuntos humanos do marco restrito do estado-nao para o vasto cenrio do planeta Terra est afetando no s o comrcio, as finanas, a cincia, o meio ambiente, o crime e o terrorismo; tambm est influindo na sade (Valaskakis, 2001). Um aspecto que merece destaque especial... tanto no caso das anlises histricas quanto contemporneas das pandemias, refere-se ao papel da circulao internacional na transmisso das doenas. Neste sentido, tanto o comrcio internacional (do mercantilismo sua verso atual globalizada) quanto circulao de pessoas (desde os descobrimentos at a verso contempornea do turismo) so altamente correlacionados com a ocorrncia de pandemias. Eduardo L. G. Rios-Neto. POBREZA, MIGRAES E PANDEMIAS. TEXTO PARA DISCUSSO N 301, Maro de 2007, p. 18.
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  • ...a pobreza e as condies de vida na pobreza favorecem o surgimento e a persistncia destas epidemias. A expanso de uma doena at tornar-se epidmica depende do contato freqente entre pessoas, que pode crescer com a pobreza. Cinco razes so mencionadas por Bloom e Canning (2006) para ligar epidemias com pobreza. A primeira seria o contato entre pessoas, que pode ser afetado por condies adversas de moradia (como no caso da tuberculose) ou pela mobilidade da populao. A segunda est ligada s condies de saneamento bsico e higiene, as quais podem favorecer a proliferao de vetores transmissveis como bactrias, vrus e parasitas. Terceira, os corpos mais desnutridos e fracos so mais suscetveis a contrair infeces, com menor capacidade de lutar contra elas. Quarto, as epidemias tendem a ocorrer em pases ou regies que possuem um fraco sistema de sade. Quinto, a condio de pobreza pode gerar comportamentos e estilos de vida que favoream a transmisso e difuso da doena. Eduardo L. G. Rios-Neto. POBREZA, MIGRAES E PANDEMIAS. TEXTO PARA DISCUSSO N 301, Maro de 2007, p. 18.
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  • As epidemias e pandemias colocam desafios para a comunidade internacional. Bloom e Canning (2005) mostram que a imprevisibilidade uma fonte de pnico em algumas epidemias, afetando tanto os impactos econmicos quanto os mecanismos de transmisso. O primeiro desafio para os formuladores de poltica estar preparado para uma rpida ao quando a epidemia surge. Segundo, esta resposta tem de ser flexvel para captar rpidas mudanas na epidemia. Terceiro, algumas epidemias demandam limitao no movimento das pessoas, o que afeta tanto o turismo quanto o comrcio entre os pases. Finalmente, a propenso mutao do vrus das epidemias causa um grande desafio, pois o sucesso no combate a uma variante da doena no garante sucesso em outra variante. O combate doena na sua primeira fase a melhor estratgia, principalmente por intermdio do uso de vacinas e redes nas camas (para o caso de vetores transmissores como o mosquito), alm de eliminao dos vetores e de programas educacionais. Eduardo L. G. Rios-Neto. POBREZA, MIGRAES E PANDEMIAS. TEXTO PARA DISCUSSO N 301, Maro de 2007, p. 19.
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  • Para Bloom e Canning (2005), o combate s epidemias pode tomar a forma de preveno ou tratamento. A maioria dos vrus que afeta os seres humanos se origina dos animais. A preveno inclui prticas higinicas e controle de zoonose via melhoramento nas condies das fazendas (construes modernas, reas desinfetadas, refrigerao e conscientizao dos produtores). A proviso de servios de sade de boa qualidade outra forma de prevenir as epidemias por exemplo, na distribuio das drogas, como os anti-retrovirais no caso da aids, onde a experincia brasileira pioneira. Os sistemas de sade dos pases tm de aumentar a rapidez na ao no caso de uma nova epidemia, o que implica num sistema bem desenvolvido de vigilncia sanitria, sendo que o controle de todos os novos casos fundamental para isolar a expanso de uma doena transmissvel. No caso de novas epidemias onde o mecanismo de transmisso desconhecido, o isolamento e a quarentena so as medidas mais apropriadas. O ltimo componente na estratgia de preveno a imunizao. Eduardo L. G. Rios-Neto. POBREZA, MIGRAES E PANDEMIAS. TEXTO PARA DISCUSSO N 301, Maro de 2007, p. 23.
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  • WOLFE. Natan. Na natureza selvagem. Revista Scientific American Brasil, 2009, p. 75)
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  • PARA REFLETIR: A MEDICALIZAO (CONCRETA DO E ABSOLUTA) DO SUS E OS DETERMINANTES SOCIAIS E AMBIENTAIS DA SADE.
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  • SANTOS, Milton. Quem est na frente o povo. In: Revista Cadernos Le Monde diplomatique. Um outro Mundo urbano Possvel. So Paulo: jan. 2001, p. 4/7.
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  • A sustentabilidade do municpio, especialmente da pequena cidade, um desafio premente e carece de polticas eficientes para seu pleno desenvolvimento. Em estudos sobre as problemticas sociais e financeiras das pequenas cidades, a premissa bsica da sustentabilidade, as anlises se realizam sobre a via ambiental e do turismo como sendo as portas do paraso para as solues dos problemas financeiros, sociais e culturais, enfim a definio da sua sustentabilidade. Este aspecto exclusivo da sustentabilidade calcado na viso do ambiental tem sua razo de ser na medida em que os municpios que envergam pequenas cidades eram vistos como ausentes de outros problemas a no ser os ambientais.
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  • Para as cidades a sustentabilidade deve passar de um simples discurso ambientalista para uma prxis ecolgica microrregional de cunho social mais presente. Esta mais abrangente e contumaz. O desenvolvimento ecolgico do municpio compreende a sustentabilidade social, poltica, ambiental e cultural de uma dada frao do territrio ou lugar, a frao microrregional. A maneira mais holstica do processo ecolgico mais interessante para reas em que no apenas o turismo pode ser a fonte da possvel sustentabilidade.
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  • Tais situaes somente podero se alterar quando o caminho a seguir, dentre outros, passa pela integrao das realidades das cidades para que as solues sejam conjuntas a estas realidades que se fazem em escalas do cotidiano da cidade. No podemos dissociar tais possibilidades de alterao da realidade atual da cidade do papel do Estado. O planejar e organizar o espao geogrfico tarefa realizada por poucos, o que no deixa de ser frustrante. Assim, ao compreender que as foras globais no permitem o desenvolvimento das capacidades individuais, a questo central torna-se a compreenso do papel do Estado. Ele, o Estado, tem de ser entendido como meio de permitir o desenvolvimento das capacidades individuais. O Estado possui um papel preponderante neste processo.
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  • Centralizao do capital-sade: aparelhamento e capacitao tcnica e tecnolgica nos grandes centros urbanos e em algumas mdias cidades; Descentralizao das responsabilidades: Municipalizao da sade via SUS (ps dcada de 1990); Deficincia na prestao de servios (falta de mo de obra especializada).
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  • Grande parte dos secretrios de sade do Brasil tem apenas o ensino mdio e no tem nenhuma formao relacionada ao campo da sade (Ex.: motorista de ambulncia que se torna secretrio municipal da sade) (Abrasco, 2011). As necessidades criadas no mundo ps-moderno e globalizado fazem com que os mdicos abdiquem de residir em pequenas cidades; As necessidades criadas no mundo ps-moderno e globalizado fazem com que os mdicos abdiquem de clinicar na periferia dos grandes centros urbanos;
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  • 1970198019912000 Brasil3.9523.9914.4915.507 Municpios at 10.000 habitantes3.3612.9712.2732.616 Porcentagem em relao ao Brasil85,05%74,43%50,62%47,50% Brasil: evoluo das cidades com at 10.000 habitantes, 2000. Fonte: Censos do IBGE 1960, 1970, 1980, 1991 e 2000. Org. BACELAR, W., 2002.
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  • As polticas pblicas para o setor da sade realizadas pelo Estado- municpio das cidades vo desde as meramente assistencialistas, at o encaminhamento de pacientes a outras cidades da regio, do estado e do Brasil.
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  • O volume de viagens dirio e semanal, a freqncia e a presteza dos servios de ambulncia e de transferncia de pacientes para os centros de referncia da regio se realizam na funo de vlvula de escape operacional, que confundida com boa prestao de servios mdico-hospitalares na maioria das cidades do Brasil.
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  • AUSNCIA DE POLTICAS PBLICAS DE PROMOO DA SADE; AUSNCIA/DEFICINCIA EM PROMOVER/PRODUZIR TERRITRIOS SAUDVEIS; AUSNCIA EM PROMOVER DEBATES SOBRE TERRITRIOS E AES DE PROMOO SADE; MEDICALIZAO DA SADE. Promoo da sade no municpio e na microrregio.
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  • neste sentido - o da cooperao microrregional entre os municpios - que reside a energia de coeso para a reduo dos problemas comuns aos municpios e s pequenas cidades neles encerradas. A coeso microrregional estabelecida a partir de uma histria comum, de um presente amalgamado, como por exemplo, em estruturas judiciais realizado pela unicidade da comarca e de um futuro em que os problemas so comuns e muito parecidos entre si. PARA REFLETIR
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  • O Desenvolvimento Sustentvel Microrregional (DSM) necessita de uma reformulao tanto do que se quer e deseja da microrregio, fato esse que se torna possvel apenas e to somente com a concatenao dos setores sociais, que de fato podem estabelecer os princpios da sustentabilidade microrregional, pois assim as definies dos desejos partem da premissa da interao e da visualizao dos anseios de toda a sociedade envolvida na microrregio, quanto da prpria noo do Estado, que invariavelmente no consegue sustentar por mais tempo o assistencialismo social e camuflar as frustraes de parte da populao quanto s necessidades impostas pela modernidade.
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  • PARA MILTON SANTOS O HOMEM ATIVO. A AO QUE REALIZA SOBRE O MEIO QUE O RODEIA, PARA SUPRIR AS CONDIES NECESSRIAS MANUTENO DA ESPECIE CHAMA-SE AO HUMANA. TODA AO HUMANA TRABALHO E TODO TRABALHO TRABALHO GEOGRFICO...A NATUREZA VAI REGISTRANDO, INCORPORANDO A AO DO HOMEM, DELE ADQUIRINDO DIFERENTES FEIES, QUE CORRESPONDEM S FEIES DO RESPECTIVO MOMENTO HISTRICO...IMPONDO NATUREZA SUAS PRPRIAS FORMAS, A QUE PODEMOS CHAMAR DE FORMAS OU OBJETOS CULTURAIS,ARTIFICIAIS, HISTRICOS...ESTAS FORMAS HISTRICAS NO SO AS MESMAS ATRAVS DOS TEMPOS...A NATUREZA CONHECE UM PROCESSO DE HUMANIZAO CADA VEZ MAIOR, GANHANDO A CADA PASSO ELEMENTOS QUE SO RESULTADO DA CULTURA. TORNA-SE CADA DIA MAIS CULTURALIZADA, MAIS ARTIFICIALIZADA, MAIS HUMANIZADA...TORNA-SE CADA VEZ MAIS, O PROCESSO DE SUA TECNIFICAO...A NATUREZA SE SOCIALIZA E O HOMEM SE NATURALIZA.. (SANTOS, 1996, p. 88/89).