117
Curso de Perito Judicial para Corretores de Imóveis

Curso de Perito Judicial para Corretores de Imóveis

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Curso de

Perito Judicialpara

Corretores de Imóveis

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

1

Sumário

O PERITO E O JUDICIÁRIO 3

QUEM PODE SER PERITO 3 HABILIDADES DO PERITO 4 OS ELEMENTOS DO PROCESSO 5 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 6 RESUMO DAS FASES DE UM PROCESSO 7 ESTRUTURA DO JUDICIÁRIO 8 AS INSTÂNCIAS E A ATUAÇÃO DO PERITO 8

O ASSISTENTE TÉCNICO 9

QUEM PODE SER ASSISTENTE TÉCNICO 9 HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO 10

A PERÍCIA 11

DEFINIÇÃO 11 PERÍCIA JUDICIAL, EXTRAJUDICIAL E ARBITRAL 11 O QUE CARACTERIZA A PERÍCIA 12 CUIDADO COM A FALSA PERÍCIA 12 RESPONSABILIDADE E RISCOS NA PERÍCIA 13 HONORÁRIOS DO PERITO 13

PERÍCIA JUDICIAL DE AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA 14

A AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA 14 OBJETIVO E PROPÓSITO 14 REGULAMENTOS DA AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA POR CORRETORES DE IMÓVEIS 14 RESOLUÇÃO COFECI E ATO NORMATIVO 15 O PTAM E O LAUDO PERICIAL 15 REQUISITOS MÍNIMOS DO PTAM 15 REQUISITOS MÍNIMOS DO LAUDO PERICIAL 17 APRESENTAÇÃO DO LAUDO PERICIAL PELO CORRETOR DE IMÓVEIS 18

LEGISLAÇÃO 19

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 19

COMO SER PERITO 43

PASSO 1 – SER LEGALMENTE HABILITADO 43 PASSO 2 – CADASTRO DO TRIBUNAL 43 PASSO 3 – APRESENTAÇÃO 44 PASSO 4 – SEJA PERITO 45 PASSO 5 – REPLICAR 46

FLUXO DA PERÍCIA JUDICIAL 47

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CRONOGRAMA 49 RESUMO DO FLUXO DA PERÍCIA JUDICIAL 50

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

2

OS PRAZOS NA PERÍCIA 51

TABELA DE PRAZOS 52

COMUNICANDO-SE COM O JUÍZO (PETIÇÕES) 54

ESTÉTICA E ESCRITA 55 EVITE ABREVIATURAS 55 NÃO FAÇA INVERSÕES DE PERÍODOS 55 EVITE USO EXCESSIVO DO LATIM 55 ELIMINE ERROS ORTOGRÁFICOS OU GRAMATICAIS 56 MANTENHA UM PADRÃO 56 A LÓGICA JURÍDICA 56 FATO CURIOSO... 57

PETIÇÕES – FUNDAMENTOS LEGAIS E MODELOS 58

ACEITAÇÃO DE DESIGNAÇÃO DE PERITO 60 ESCUSA DE NOMEAÇÃO DO ENCARGO DE PERITO 62 ESCUSA DE ENCARGO POR SER SUSPEITO OU SE ENCONTRAR IMPEDIDO 64 PETIÇÃO DO PERITO, QUANDO É IMPUGNADO POR UMA DAS PARTES OU POR AMBAS E DISCORDA DAS

ALEGAÇÕES APRESENTADAS, PRETENDENDO SER MANTIDO NA FUNÇÃO 66 PETIÇÃO INFORMANDO A PRETENSÃO DE HONORÁRIOS PERICIAIS 68 PETIÇÃO DE PRETENSÃO DE HONORÁRIOS COM ESCLARECIMENTOS 70 PETIÇÃO DE PRETENSÃO COMPLEMENTAR DE HONORÁRIOS COM ESCLARECIMENTOS 72 PETIÇÃO REITERANDO O PEDIDO À INTIMAÇÃO DA PARTE RESPONSÁVEL PELO DEPÓSITO DOS

HONORÁRIOS 74 PETIÇÃO SOLICITANDO AUTORIZAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DE OUTROS MEIOS NECESSÁRIOS PARA

ELUCIDAÇÃO DOS FATOS PELO PERITO 76 PETIÇÃO PARA INTIMAÇÃO DE MORADOR DE IMÓVEL DO DIA E HORA DA DILIGÊNCIA 78 PETIÇÃO SOLICITANDO AUXILIAR TÉCNICO 80 PETIÇÃO DE REQUERIMENTO DE REMESSA DOS AUTOS AO CONTADOR PARA QUE PROCEDA O CÁLCULO DE

ATUALIZAÇÃO DE HONORÁRIOS 82 PETIÇÃO DE SOLICITAÇÃO DE LIBERAÇÃO DE PARTE DOS HONORÁRIOS PARA PAGAMENTO DE DESPESAS 84 PETIÇÃO DE RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO DE PRETENSÃO DE HONORÁRIOS 86 PETIÇÃO DE APRESENTAÇÃO DE LAUDO E LIBERAÇÃO DOS HONORÁRIOS 88 PETIÇÃO ELUCIDANDO DETERMINADO QUESI-TO SER MATÉRIA DE DIREITO E NÃO DE FATO 90 PETIÇÃO SOLICITANDO SUSPENSÃO DO PRAZO PARA ENTREGA DO LAUDO 92 PETIÇÃO DE PEDIDO DE SUSPENSÃO DO PRAZO PARA ENTREGA DO LAUDO, PELO FATO DE RECURSO

CONTRA DECISÃO QUE HOMOLOGOU HONORÁRIOS 94 PEDIDO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO PARA ENTREGA DO LAUDO 96 PETIÇÃO DE SOLICITAÇÃO DE PROVIDÊNCIAS AO JUÍZO 98 PETIÇÃO PEDINDO PROVIDÊNCIAS QUE SOMENTE AS PARTES PODEM APRESENTAR 100 PETIÇÃO INDICANDO AS PARTES E INTERESSADOS O DIA E A HORA PARA INÍCIO DA DILIGÊNCIA 102 PETIÇÃO DE CIÊNCIA A MORADOR DE IMÓVEL DO DIA E HORA DA DILIGÊNCIA 104 PETIÇÃO DE ESCLARECIMENTO SOBRE EVENTUAL IMPUGNAÇÃO DO LAUDO 106 PETIÇÃO DE ESCLARECIMENTO SOBRE A RESPOSTA A IMPUGNAÇÃO OU A QUESITAÇÃO SUPLEMENTAR 108 PETIÇÃO SOBRE NOVOS E SUCESSIVOS ESCLARECIMENTOS 110 PETIÇÃO REQUERENDO A ENTREGA DAS CHAVES DE IMÓVEL VAZIO AO PERITO, PARA FINS DE REALIZAR

DILIGÊNCIA LOCAL 112 PETIÇÃO COMUNICANDO FATO OCORRIDO DURANTE A DILIGÊNCIA, OBJETIVANDO PREVENIR DIREITOS E

RESPONSABILIDADES 114

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

3

O PERITO e o Judiciário

Pe.ri.to (Etmologia do latim: peritus.a.um)

adj. 1. Que tem perícia 2. Experiente, hábil, prático, sabedor, versado.

s.m. (perito) s.f. (perita)

1. Aquele(a) que é prático(a) ou sabedor(a) em determinados assuntos.

2. Aquele(a) que é judicialmente nomeado(a) para uma avaliação, exame ou vistoria.

3. Jurídico. Aquele(a) que foi designado pelo juiz para opinar sobre assuntos que lhe foram submetidos em certa ação jurídica.

O Perito Judicial, tem sua participação consolidada como auxiliar da justiça, sendo de grande relevância na prestação jurisdicional quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.

O CPC - Código de Processo Civil reconhece a importância da prova pericial e, nesse contexto, prestigia o Perito Judicial, exigindo grande transparência para sua indicação e reforçando a fundamental necessidade do devido conhecimento técnico especializado.

Perito Judicial é o profissional que realiza a PERÍCIA JUDICIAL.

O Perito Judicial presta seu serviço para a Justiça, sendo de confiança do Juiz.

O resultado da atividade do Perito Judicial é a Prova Pericial.

A Prova Pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.

QUEM PODE SER PERITO

O juiz será assistido por Perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico. Os Peritos são nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.

Em se tratando de profissionais legalmente habilitados, no caso de profissionais que possuem um Órgão de Classe profissional (exemplo: CRECI, OAB, CRM entre outros), esse profissional deve estar ativo e regular com suas obrigações pecuniárias, para que não sejam suspensos seus direitos de profissional desta categoria.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

4

HABILIDADES DO PERITO

Para a realização da atividade por parte do Perito Judicial, além das habilidades técnico-científicas da sua profissão, são requeridas as seguintes habilidades comportamentais que podem proporcionar melhores resultados no potencial pessoal de elaboração da prova pericial.

• Conhecimento da área – É óbvio, porém importante salientar, o necessário conhecimento de sua área específica.

• Adaptabilidade – O Perito deve conseguir se adaptar para responder às situações adversas que as mudanças de condições impuserem.

• Responsabilidade – O Perito assume a responsabilidade de prestar informações verídicas e responderá pelos prejuízos que causar à parte, além de ficar inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, o que inclui as medidas cabíveis ao seu órgão de classe.

• Criatividade – O Perito precisa poder criar alternativas e conceber ideias de solução, para problemas que impeçam o exercício da sua função.

• Capacidade de decisão – O Perito deve ser capaz de tomar decisões rápidas, claras e eficientes.

• Experiência – Quanto mais experiência o Perito tenha, tanto melhor e mais célere será sua atuação.

• Aprimoramento na Metodologia – A avaliação por parte do Perito deve ser realizada dentro de critérios metodológicos rigorosos, de modo que possa ser traçada uma forma de trabalho sistemática e comprovável, que efetivamente assista o juiz.

• Percepção – O Perito tem que ser capaz de obter informações que, normalmente, outros não conseguiriam perceber, permitindo um rápido reconhecimento e uma elevada avaliação de situações potencialmente difíceis e confusas.

• Boa aparência pessoal – É esperado que o Perito cuide de sua aparência pessoal, incluindo sua higiene, de forma a transmitir uma verdadeira imagem de ser uma pessoa zelosa.

• Autoconfiança – O Perito deve transparecer conhecimentos sólidos para transmitir confiança em suas decisões.

• Bom relacionamento – É importante que o Perito saiba lidar com as pessoas para o desenvolvimento da sua atividade com o mínimo de obstáculos.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

5

OS ELEMENTOS DO PROCESSO

Sendo o Perito o profissional que, nomeado pelo Juiz, atuará na produção técnica da prova pericial pelo seu exame, sua vistoria ou sua avaliação, deve interagir adequadamente com os elementos envolvidos no processo e, de modo geral, dentro do âmbito do judiciário, sendo:

• Fato Jurídico – Tudo que ocorre de origem natural ou humana que gera alguma consequência jurídica.

• Ato Jurídico – Aquilo que, decorrente da vontade devidamente manifestada de uma pessoa, por um processo, é proposto à ação.

• Partes do processo – Os diretamente envolvidos no litígio ou no conflito.

• Litígio – As divergências entre as partes (Autor e Réu) que compõem um processo judicial.

• Autor – Dentre as partes do processo, aquele que move a ação, também chamado de requerente.

• Réu – Dentre as partes do processo, aquele que é acusado ou requerido.

• Juiz – Quem julga o processo, investido de autoridade pública com o poder para exercer a atividade jurisdicional, julgando os conflitos de interesse que são submetidos à sua apreciação.

• Escrivão – Profissional responsável por dirigir os trabalhos do ofício, praticar atos jurídicos e executar tarefas inerentes ao ofício do foro judicial previstas em leis e regulamentos.

• Vara – Também chamado de juízo, julgado ou juizado, constitui a jurisdição de um juiz (a área de atuação definida de cada juiz), correspondendo a um tribunal ou a um desdobramento de um tribunal.

• Tribunal – Órgão cuja finalidade é exercer a jurisdição, ou seja, resolver litígios com eficácia de coisa julgada, podendo ser composto por um ou mais juízes.

• Contencioso – O que dá, ou pode dar, lugar à contestação e discussão por via judicial, sendo a jurisdição do juiz, ou tribunal, para julgar uma questão de que resulta contestação, tendo a seu cargo os negócios litigiosos.

• Magistrado – Membro do Poder Judiciário investido de autoridade judiciária (exemplo: juízes).

• Cartório – Local, da Vara, onde se encontra toda espécie de oficio judicial, sendo o escrivão seu responsável.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

6

PRINCÍPIOS PROCESSUAIS

De modo geral, dentre outros tantos, os princípios essenciais a serem tomados como regra fundamental e que devem ser cumpridos e respeitados no envolvimento com processos judiciais são:

• Princípios da Imparcialidade do Juiz - Para que o processo seja justo e válido, é preciso que o juiz atue de forma imparcial, ou seja, não exibir-se de forma tendenciosa para qualquer das partes;

• Princípio da Igualdade (Art. 5º CF) - A igualdade das partes advém da garantia

constitucional da qual goza todo cidadão que é a igualdade de tratamento de todos perante a lei;

• Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa (Art. 5º CF, LV) - O contraditório exige que seus sujeitos tomem conhecimento dos fatos que compõe o processo, podendo assim manifestar opinião sobre esses.

• Princípio da Ação - O Poder Judiciário, depende da provocação do titular da ação para movimentar-se no sentido de satisfazer a pretensão, pois a jurisdição é inerte;

• Princípio da disponibilidade e da indisponibilidade - A liberdade que as pessoas têm de exercer ou não seus direitos;

• Princípio do dispositivo e princípio da livre investigação das provas - No Brasil se assegura a livre investigação de provas pelo juiz;

• Princípio do impulso oficial - O juiz deve mover o procedimento processual de fase em fase até que finalize-se a função jurisdicional, ou seja, o processo deve ser impulsionado pelo juiz, independente da vontade das partes;

• Princípio da Oralidade - A imediatiedade que é o contato direto com o juiz, a identidade física do juiz que consiste em manter o mesmo juiz durante o processo, a concentração da causa e a necessidade de ser mostrado de modo mais rápido as provas/materiais para que possa ser julgado o processo e a irrecorribilidade, fazendo assim que o processo não fique muito parado devido aos recursos;

• Princípio da persuasão racional do juiz - A possibilidade do juiz decidir livremente de acordo com seu próprio convencimento e suas convicções pessoais;

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

7

• Princípio da exigência de motivação das decisões judiciais - A obrigatoriedade de uma explicação do magistrado sobre o porquê de sua decisão, fundamentando suas conclusões de forma a não deixar dúvidas sobre a linha de raciocínio utilizada para chegar àquele resultado;

• Princípio da Publicidade - Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos e a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

• Princípio da lealdade processual - Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé, com a lealdade norteando o comportamento de todos os integrantes do processo, sejam as partes envolvidas (autor e réu), tanto quanto os demais envolvidos, incluindo os funcionários do judiciário, juiz, promotor de justiça, escrivão, auxiliares da justiça, etc;

• Princípio da Economia e da instrumentalidade das formas - o processo como instrumento, deve ser realizado da maneira menos onerosa possível para as partes, obtendo assim um equilíbrio entre binômio custo e benefício;

• Princípio do duplo grau de jurisdição – A garantia da realização de um novo julgamento, por parte dos órgãos superiores, daquelas decisões proferidas em primeira instância.

RESUMO DAS FASES DE UM PROCESSO

O processo judicial é convencionalmente conduzido pelas seguintes fases, salvo quando da ocorrência de situações não previstas que possam exigir providências diversas:

1. Petição Inicial – Redigida e apresentada pelo advogado do Autor, na qual descreve o motivo da ação.

2. Citação – Chamamento do Réu ao processo.

3. Resposta ou Contestação – Redigida pelo advogado do Réu, contendo a defesa.

4. Preliminares – Audiências, sentenças antecipadas pelo juiz, bem como a extinção do processo caso o mesmo não tenha fundamentos jurídicos.

5. Perícias – As diligências e as provas periciais.

6. Instruções e julgamento – Audiências para a conclusão do processo.

7. Sentença do Juiz – Ato final definido pelo juiz.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

8

ESTRUTURA DO JUDICIÁRIO

• 1ª Instância – Processo está a cargo de Juízes nas Varas e para a sentença em Tribunais do Estado.

• 2ª Instância – Processo está a cargo de Desembargadores nas Câmaras para os acórdãos.

• 3ª Instância – Processo está a cargo de Ministros nos Tribunais Superiores (STJ, STF, STE, TST).

AS INSTÂNCIAS E A ATUAÇÃO DO PERITO

O Perito assiste o Juiz quando depender de conhecimento técnico ou científico para se obter a prova do fato, a Prova Pericial.

Portanto, o juiz, na primeira instância, nomeia um Perito especializado no objeto da perícia, ou mais de um Perito, no caso de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado.

Nas demais instâncias não existe uma prova pericial. Os desembargadores ou os ministros (segunda e terceira instância respectivamente) fazem análises dos laudos já juntados ao processo para poderem dar o parecer.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

9

O Assistente Técnico

O Assistente Técnico auxilia a operação de um fato juntamente com um advogado, tendo a função de avaliar e discutir tecnicamente o caso.

O Assistente Técnico, muitas vezes chamado equivocadamente de perito assistente, verifica a prova pericial e envida esforços para fazer com que o Perito nomeado pelo juízo perceba as diferentes interpretações da matéria fática sob estudo, de modo que o seu cliente não seja prejudicado com visões unilaterais, distorcidas da realidade ou que não sejam suficientemente abrangentes para dar ao juiz da causa subsídios amplos para o esclarecimento da matéria fática sob exame.

O Assistente Técnico presta seu serviço para uma das partes do processo judicial, sendo de confiança da parte.

Os Assistentes Técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.

Enquanto o Perito entrega ao juízo um Laudo Pericial, o Assistente Técnico entrega um Parecer Técnico.

Tanto o Perito quanto os Assistentes Técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.

Contudo, o juiz poderá dispensar Prova Pericial quando as Partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, Pareceres Técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.

QUEM PODE SER ASSISTENTE TÉCNICO

O juiz nomeia o Perito e, conforme o §1º do artigo 465 do CPC, incumbe às partes, dentro de 15 quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito, indicar assistente técnico.

Assim como, segundo o artigo 471 do CPC, as partes podem, de comum acordo, escolher o perito e, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia.

O CPC estabelece que são auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. Sendo que as atribuições dos Assistente Técnicos não são determinadas pelas normas de organização judiciária, conclui-se que o Assistente Técnico não é um auxiliar da Justiça.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

10

Portanto, como esteja claramente definido no CPC que o Assistente Técnico é de confiança da Parte, a contratação dos seus serviços é de responsabilidade da Parte que o indicar no processo.

Desta forma, a livre contratação no mercado de profissional para atuar enquanto Assistente Técnico deverá seguir as regulamentações estabelecidas para o exercício da profissão desse profissional.

HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO

Conforme versa o artigo 82 do CPC - Código de Processo Civil, salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.

O artigo 84 do CPC estabelece que as despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.

Conforme o artigo 95 do CPC, cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

11

A PERÍCIA

A Perícia é o mecanismo para assistir o juiz, ou as partes, na solução de um litígio ou um conflito.

DEFINIÇÃO

Meio de prova consistente no parecer técnico de pessoa habilitada. A perícia se realiza para o processo, ou seja, para os sujeitos principais deste, que requerem, para melhor solução da questão, que o perito não apresente nem decida, mas simplesmente contribui para o julgamento. Assim, a perícia é uma possibilidade no processo, dependendo da iniciativa das partes ou do juiz.

- extraído do website JusBrasil (http://www.jusbrasil.com.br/topicos/295152/pericia/definicoes)

Em resumo: PERÍCIA: Exame ou vistoria realizados por profissional especializado e legalmente habilitado com objetivo de geração de prova judicial ou extrajudicial.

PERÍCIA JUDICIAL, EXTRAJUDICIAL E ARBITRAL

A Perícia pode ser Judicial, Extrajudicial ou Arbitral.

Perícia Judicial: É aquela que se fundamenta numa ação postulada em Juízo, podendo ser determinada diretamente pelo juiz ou a ele requerida pelas partes litigantes.

Perícia Extrajudicial: É aquela que é contratada livremente por uma das partes num momento anterior ao litígio propriamente dito. Não se deve confundir a perícia extrajudicial com o parecer do assistente técnico, o qual, apesar de também ser contratado pela parte, integra os autos do processo.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

12

Perícia Arbitral: É aquela realizada no juízo arbitral, ou seja, na instância decisória criada pela vontade das partes, subsidiando a convicção do árbitro. A arbitragem no Brasil foi criada por meio da Lei nº 9.307 de 1996, que dispõe sobre a arbitragem, com a finalidade de dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis e garante às partes o direito de escolher as regras do direito que serão aplicadas, numa solução consensual e heterocompositiva na Câmara de Arbitragem.

O QUE CARACTERIZA A PERÍCIA

A declaração de caráter técnico sobre um elemento da prova.

A perícia serve para provar fatos de percepção técnica, que dependem de conhecimento pericial. Ela verifica e certifica. A percepção, observação e apreciação são momentos de verificação. Ela é meio de prova.

Nas hipóteses em que a prova do fato depender de conhecimento técnico especializado, o juiz determinará, de ofício ou por requerimento de uma das partes, a produção de prova pericial. A perícia tem o objetivo de auxiliar o juiz com um conhecimento especializado que ele não possui, de modo a lhe dar condições objetivas para que tome a melhor decisão possível, formando seu convencimento a partir do esclarecimento técnico de questões controvertidas.

A perícia, ainda que uma, é híbrida, incumbindo às partes indicar assistente técnico e também apresentar quesitos. Se o quesito do juiz alargar o objeto da perícia, as partes podem voltar com quesitos suplementares aos do juiz.

A perícia pode ser obrigatória ou facultativa. Em princípio, é facultativa, mas, por exceção, há perícias indispensáveis. Em qualquer caso, versa sobre fatos, e fatos da causa, que escapam ao conhecimento ordinário, pois dependem de conhecimento especial.

CUIDADO COM A FALSA PERÍCIA

Artigo 342 do Código Penal Brasileiro:

Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, PERITO, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral.

Pena: reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, podendo aumentam-se de um sexto a um terço.

O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

13

RESPONSABILIDADE E RISCOS NA PERÍCIA

O Perito Judicial que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.

O perito responde, civil e criminalmente, pelos erros, omissões, desídia e venalidade.

O perito responde pela pontualidade, qualidade e honestidade do seu trabalho. As providências podem ser requeridas contra o perito: pelo juiz da causa, pela parte, pelo Ministério Público e pelo Conselho de sua profissão.

O juiz poderá decretar a inabilitação do perito por 2 (dois) anos, impedindo o profissional de funcionar em qualquer juízo de comarca do território nacional.

Quando ocorrer atuação culposa do Assistente Técnico, por negligência, imprudência ou imperícia, a parte que se julgar prejudicada poderá ajuizar ação de ressarcimento por perdas e danos, desde que provados os respectivos pressupostos.

O juiz não pode aplicar as sanções administrativas aos Assistentes Técnicos, pois os Assistentes Técnicos são auxiliares da Parte e não da Justiça.

HONORÁRIOS DO PERITO

O Perito, a contar da data da nomeação pelo juiz, terá 5 dias para apresentar proposta de honorários. A prova pericial só será produzida se a parte solicitante concordar com esses honorários. Caso contrário, ou a perícia não será realizada ou a parte terá que depositar os honorários mesmo discordando, sob pena de desistência da prova pericial. A remuneração do perito será adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.

O juiz pode autorizar pagamento de até 50% dos honorários no início dos trabalhos, e o remanescente ao final, depois de entregue o laudo e prestados os esclarecimentos.

Se houver beneficiário de gratuidade da justiça, a perícia será custeada com recursos do orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado ou paga com recursos da União, do Estado ou do Distrito Federal.

Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

Se substituído, o Perito restituirá os valores recebidos pelo trabalho não realizado. Não ocorrendo a restituição, a parte que adiantou os honorários pode promover execução contra o perito e este também poderá ficar impedido de ser perito por 5 anos.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

14

Perícia Judicial de Avaliação Imobiliária

A AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA

A Avaliação Imobiliária é a atividade que visa definir ou estimar o valor de mercado do bem imóvel, na situação em que se encontra e no mercado onde esteja.

OBJETIVO E PROPÓSITO

O objetivo da avaliação imobiliária é a definição do valor do bem imóvel para, com isso, possibilitar, entre outros, os seguintes propósitos:

melhor adequação da oferta de venda;

maiores argumentos nas negociações de contrato de locação;

adequada partilha dos bens de uma herança ou de uma dissolução societária;

conhecimento apropriado para a compra de imóveis;

estudos econômicos e financeiros de um investimento;

cálculo correto de indenização por expropriação;

determinação do valor para efeitos fiscais;

informação precisa para assistir o juiz na decisão para solução de litígios.

REGULAMENTOS DA AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA POR CORRETORES DE IMÓVEIS

O Artigo 3º da Lei nº 6.530 de 1978 (regulamentada pelo Decreto nº 81.871, de 1978), que regulamenta a profissão de Corretor de Imóveis, versa que “Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à comercialização imobiliária”. Portanto, Corretores de Imóveis têm competência de opinar tecnicamente sobre a comercialização do bem imóvel, em outras palavras, sobre seu valor de venda ou locação.

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, Artigo 39, é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas, colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes.

O órgão oficial competente ao exercício da profissão dos Corretores de Imóveis é o COFECI e seus CRECIs Regionais. Portanto, o serviço de avaliação imobiliária deve estar normatizado pelo COFECI.

Conforme a ABNT NBR 14653 - Parte I, que lista os procedimentos gerais da norma técnicas para a avaliação de bens, está definido que um Parecer Técnico é um relatório

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

15

circunstanciado (exposto minuciosamente com as circunstâncias de algo) ou esclarecimento técnico emitido por um profissional capacitado e legalmente habilitado sobre assunto de sua especialidade.

Essa mesma NBR descreve que o Método Comparativo Direto de Dados de Mercado identifica o valor de mercado do bem por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes da amostra.

É nesse contexto que o COFECI determinou que a Avaliação Imobiliária realizada por Corretor de Imóveis é um Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica que utiliza exclusivamente o Método Comparativo Direto de Dados de Mercado para a definição do valor do bem imóvel em avaliação.

RESOLUÇÃO COFECI E ATO NORMATIVO

A Resolução COFECI n° 1.066 de 2007, juntamente com o Ato Normativo COFECI nº 001 de 2011, regulamentam a elaboração de Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica e para o funcionamento do Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários.

Isso responde às exigências do artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor sobre o serviço de Avaliação Imobiliária estar em acordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes.

O PTAM E O LAUDO PERICIAL

O Perito, nomeado pelo juiz, deve apresentar seu Laudo Pericial, sendo este o documento resultante da perícia ora realizada.

O Laudo Pericial por parte do Corretor de Imóveis, nomeado Perito, é o PTAM - Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica.

REQUISITOS MÍNIMOS DO PTAM

A Resolução COFECI nº 1.066 em seu artigo 5º, estabelece que o Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, para determinação do valor de mercado, deve conter os seguintes requisitos mínimos:

I) identificação do solicitante; II) objetivo do parecer técnico; III) identificação e caracterização do imóvel; IV) indicação da metodologia utilizada; V) valor resultante e sua data de referência; VI) identificação, breve currículo e assinatura do Corretor de Imóveis

Avaliador.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

16

§ 1º - São requisitos para caracterização do imóvel a identificação de seu proprietário, o número da matrícula no Cartório do Registro de Imóveis e o endereço completo ou a descrição detalhada de sua localização.

§ 2º - A descrição do imóvel deve conter, no mínimo:

I) medidas perimétricas, medida de superfície (área), localização e confrontações; II) descrição individualizada dos acessórios e benfeitorias, se houver; III) contextualização do imóvel na vizinhança e infraestrutura disponível; IV) aproveitamento econômico do imóvel; V) data da vistoria.

§ 3º - Ao Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica recomenda-se estarem anexados:

I) mapa de localização; II) certidão atualizada da matrícula no Cartório do Registro de Imóveis; III) relatório fotográfico.

O artigo 13º dessa Resolução versa que o Presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI) regrará, através de Ato Normativo de observância obrigatória, dentre outras, a instituição de modelo básico de Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica.

Conforme citado, o COFECI emitiu em 2011 o Ato Normativo 001 que, em seu artigo 7º, deixa claro que os Corretores de Imóveis regularmente inscritos no CNAI - Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários ficam sujeitos à observância da forma e tecnicidade preconizadas por este Ato Normativo para emissão de PTAM - Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, sob pena de exclusão sumária do CNAI sem direito a recurso, devolução de taxas ou indenização sob qualquer título.

O Parágrafo Único desse artigo 7º estabele que o PTAM deve conter, no mínimo, os requisitos listados no modelo contido no Anexo IV do Ato Normativo 001/2011.

O citado Anexo IV apresenta a lista de requisitos mínimos do PTAM - Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, sendo:

1. Identificação do solicitante; 2. Finalidade do PTAM; 3. Identificação e caracterização do imóvel:

Situação e localização (Estado, Município, logradouro, número, etc.); Número de matrícula e cartório de registro imobiliário; Áreas (do terreno, de construção, real privativa, de uso comum, real total, fração ideal, etc.) e dimensões do imóvel; Características e infraestrutura disponível no logradouro e na região onde se encontra o imóvel; Descrição detalhada do imóvel e acessórios (construções, benfeitorias, instalações, etc.); Relatório fotográfico, da data da vistoria realizada no imóvel;

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

17

4. Pesquisa de imóveis comparandos, para aplicação do Método Comparativo Direto de Dados de Mercado:

Identificação dos imóveis escolhidos para compor a amostra, explicitando as respectivas fontes; Homogeneização dos itens da amostra;

5. Determinação do Valor de Mercado do imóvel avaliando; 6. Encerramento:

Conclusão do PTAM; Data e assinatura do C.I. emissor do PTAM; Aposição do Selo Certificador ao lado da assinatura

7. Anexos: Relatório fotográfico (quando não incluído na Caracterização do Imóvel) Plantas de situação e localização, mapas, etc. Certidão atualizada da matrícula no Cartório do Registro de Imóveis; Documentos diversos (outras certidões, recibos de impostos, CCIR, etc.) Currículo do C.I. avaliador

REQUISITOS MÍNIMOS DO LAUDO PERICIAL

O artigo 473 do CPC - Código de Processo Civil apresenta a lista mínima de elementos que o Laudo Pericial deve conter, sendo:

I - a exposição do objeto da perícia;

II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;

III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;

IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

§ 1º. No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.

§ 2º. É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.

§ 3º. Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

18

Em outras palavras, trazendo para a realidade dos Corretores de Imóveis e em comparação feita entre esses requisitos mínimos do Laudo Pericial e os requisitos mínimos do PTAM, fica claro, que o é solicitado pelo CPC que o Corretor de Imóveis, enquanto Perito nomeado pelo juiz, apresente documento com, no mínimo o que segue:

Identificação e caracterização do imóvel avaliado;

Homogeneização dos itens da amostra da pesquisa de imóveis comparandos;

Indicação da metodologia utilizada, a descrição do Método Comparativo Direto de Dados de Mercado;

Determinação do Valor de Mercado do imóvel e a conclusão da avaliação;

Identificação dos imóveis escolhidos para compor a amostra, documentos (Certidão atualizada da matrícula no Cartório do Registro de Imóveis, outras certidões, CCIR, etc.), planilha de cálculos realizados, plantas de situação e localização, mapas, relatório fotográfico e outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

Posto isso, percebe-se que os requisitos mínimos de um PTAM - Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, conforme listados no Anexo IV do Ato Normativo COFECI 001/2011 que regra e normatiza o disposto no artigo 13º da Resolução COFECCI 1.066/2007, respondem plenamente as exigências estabelecidas no artigo 473 do CPC - Código de Processo Civil.

APRESENTAÇÃO DO LAUDO PERICIAL PELO CORRETOR DE IMÓVEIS

O Corretor de Imóveis, nomeado Perito pelo juiz, deve apresentar, como Laudo Pericial, um PTAM - Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica elaborado em conformidade com a Resolução COFECCI 1.066/2007 e o Ato Normativo COFECI 001/2011.

Conforme estabelecido no artigo 477 do CPC - Código de Processo Civil, o Perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

19

LEGISLAÇÃO

A Legislação aplicada ao Perito, sua atividade vinculada ao juízo e à confecção da Prova Pericial está plenamente contemplada no Código de Processo Civil - Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015.

No dia 02 de março de 2016, o Pleno do Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que o chamado novo Código de Processo Civil (CPC) entraria em vigor no dia 18 de março desse ano. A questão foi levada à apreciação do colegiado pelo ministro Raul Araújo, presidente da Segunda Seção do tribunal.

O Pleno, de forma unânime, interpretou o artigo 1045 do CPC para definir a questão. O artigo dispõe que “este código entra em vigor após decorrido um ano da data de sua publicação oficial”. O novo CPC, datado de 16 de março de 2015, foi publicado no dia 17 de março de 2015.

A deliberação dessa questão foi realizada pelo Pleno no dia 16 de março de 2016.

O Código de Processo Civil - Lei nº 13.105 entrou em vigor no dia 18 de março de 2016.

Foram selecionados e apresentados a seguir, neste material, trechos do CPC que afetam diretamente a atuação do profissional enquanto perito judicial ou enquanto assistente técnico. Os trechos do texto do CPC, Lei 13.105 de 16/03/2015, foram extraídos do acervo sobre ‘Legislação’ do Website: http://www2.planalto.gov.br/

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015

Art. 1º. O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.

(...)

Art. 3º. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.

§ 1º. É permitida a arbitragem, na forma da lei.

§ 2º. O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.

§ 3º. A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

20

(...)

Art. 5º. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Art. 6º. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

(...)

Art. 91º. As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido.

§ 1º. As perícias requeridas pela Fazenda Pública, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública poderão ser realizadas por entidade pública ou, havendo previsão orçamentária, ter os valores adiantados por aquele que requerer a prova.

§ 2º. Não havendo previsão orçamentária no exercício financeiro para adiantamento dos honorários periciais, eles serão pagos no exercício seguinte ou ao final, pelo vencido, caso o processo se encerre antes do adiantamento a ser feito pelo ente público.

Art. 92º. Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o autor não poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários a que foi condenado.

Art. 93º. As despesas de atos adiados ou cuja repetição for necessária ficarão a cargo da parte, do auxiliar da justiça, do órgão do Ministério Público ou da Defensoria Pública ou do juiz que, sem justo motivo, houver dado causa ao adiamento ou à repetição.

Art. 94º. Se o assistido for vencido, o assistente será condenado ao pagamento das custas em proporção à atividade que houver exercido no processo.

Art. 95º. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.

§ 1º O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente.

§ 2º. A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º.

§ 3º. Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser:

I - custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado;

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

21

II - paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça.

§ 4º. Na hipótese do § 3º, o juiz, após o trânsito em julgado da decisão final, oficiará a Fazenda Pública para que promova, contra quem tiver sido condenado ao pagamento das despesas processuais, a execução dos valores gastos com a perícia particular ou com a utilização de servidor público ou da estrutura de órgão público, observando-se, caso o responsável pelo pagamento das despesas seja beneficiário de gratuidade da justiça, o disposto no art. 98, § 2º.

§ 5º. Para fins de aplicação do § 3º, é vedada a utilização de recursos do fundo de custeio da Defensoria Pública.

(...)

Art. 98º. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

§ 1º A gratuidade da justiça compreende:

(...)

VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;

(...)

Art. 144º. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:

I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;

II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;

III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;

IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;

V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;

VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

22

VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;

VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;

IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

§ 1º. Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.

§ 2º. É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.

§ 3º. O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.

Art. 145º. Há suspeição do juiz:

I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;

III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.

§ 1º. Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.

§ 2º. Será ilegítima a alegação de suspeição quando:

I - houver sido provocada por quem a alega;

II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.

(...)

Art. 148º. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:

I - ao membro do Ministério Público;

II - aos auxiliares da justiça;

III - aos demais sujeitos imparciais do processo.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

23

§ 1º. A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos.

§ 2º. O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção de prova, quando necessária.

§ 3º. Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1º será disciplinada pelo regimento interno.

§ 4º. O disposto nos §§ 1º e 2º não se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição de testemunha.

Art. 149º. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.

(...)

Art. 156º. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.

§ 1º. Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.

§ 2º. Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.

§ 3º. Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados.

§ 4º. Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade.

§ 5º. Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

24

Art. 157º. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

§ 1º. A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.

§ 2º Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento.

Art. 158º. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.

(...)

Art. 220º. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.

§ 1º. Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput.

§ 2º. Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.

Art. 221º. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação.

Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos.

(...)

Art. 260º. São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória:

I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;

II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;

III - a menção do ato processual que lhe constitui o objeto;

IV - o encerramento com a assinatura do juiz.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

25

§ 1º. O juiz mandará trasladar para a carta quaisquer outras peças, bem como instruí-la com mapa, desenho ou gráfico, sempre que esses documentos devam ser examinados, na diligência, pelas partes, pelos peritos ou pelas testemunhas.

§ 2º. Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em original, ficando nos autos reprodução fotográfica.

§ 3º. A carta arbitral atenderá, no que couber, aos requisitos a que se refere o caput e será instruída com a convenção de arbitragem e com as provas da nomeação do árbitro e de sua aceitação da função.

(...)

Art. 313º. Suspende-se o processo:

I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;

II - pela convenção das partes;

III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;

IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;

V - quando a sentença de mérito:

a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;

b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;

VI - por motivo de força maior;

VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;

VIII - nos demais casos que este Código regula.

§ 1º. Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 689.

§ 2º. Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:

I - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) meses;

II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a respectiva

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

26

habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.

§ 3º. No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual extinguirá o processo sem resolução de mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo à revelia do réu, se falecido o procurador deste.

§ 4º. O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II.

§ 5º. O juiz determinará o prosseguimento do processo assim que esgotados os prazos previstos no § 4º.

(...)

Art. 361º. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.

Art. 362º. A audiência poderá ser adiada:

I - por convenção das partes;

II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva necessariamente participar;

III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado.

§ 1º. O impedimento deverá ser comprovado até a abertura da audiência, e, não o sendo, o juiz procederá à instrução.

§ 2º. O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público.

§ 3º. Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

(...)

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

27

Art. 365º. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.

Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta preferencial.

(...)

Art. 369º. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

Art. 370º. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Art. 371º. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

Art. 372º. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

(...)

Art. 421º. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte a exibição parcial dos livros e dos documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio, bem como reproduções autenticadas.

Art. 422º. Qualquer reprodução mecânica, como a fotográfica, a cinematográfica, a fonográfica ou de outra espécie, tem aptidão para fazer prova dos fatos ou das coisas representadas, se a sua conformidade com o documento original não for impugnada por aquele contra quem foi produzida.

§ 1º. As fotografias digitais e as extraídas da rede mundial de computadores fazem prova das imagens que reproduzem, devendo, se impugnadas, ser apresentada a respectiva autenticação eletrônica ou, não sendo possível, realizada perícia.

§ 2º. Se se tratar de fotografia publicada em jornal ou revista, será exigido um exemplar original do periódico, caso impugnada a veracidade pela outra parte.

§ 3º. Aplica-se o disposto neste artigo à forma impressa de mensagem eletrônica.

Art. 423º. As reproduções dos documentos particulares, fotográficas ou obtidas por outros processos de repetição, valem como certidões sempre que o escrivão ou o chefe de secretaria certificar sua conformidade com o original.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

28

Art. 424º. A cópia de documento particular tem o mesmo valor probante que o original, cabendo ao escrivão, intimadas as partes, proceder à conferência e certificar a conformidade entre a cópia e o original.

Art. 425º. Fazem a mesma prova que os originais:

I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências ou de outro livro a cargo do escrivão ou do chefe de secretaria, se extraídas por ele ou sob sua vigilância e por ele subscritas;

II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público de instrumentos ou documentos lançados em suas notas;

III - as reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por oficial público ou conferidas em cartório com os respectivos originais;

IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade;

V - os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na origem;

VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento público ou particular, quando juntadas aos autos pelos órgãos da justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pela Defensoria Pública e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração.

§ 1º. Os originais dos documentos digitalizados mencionados no inciso VI deverão ser preservados pelo seu detentor até o final do prazo para propositura de ação rescisória.

§ 2º. Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial ou de documento relevante à instrução do processo, o juiz poderá determinar seu depósito em cartório ou secretaria.

Art. 426º. O juiz apreciará fundamentadamente a fé que deva merecer o documento, quando em ponto substancial e sem ressalva contiver entrelinha, emenda, borrão ou cancelamento.

Art. 427º. Cessa a fé do documento público ou particular sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade.

Parágrafo único. A falsidade consiste em:

I - formar documento não verdadeiro;

II - alterar documento verdadeiro.

Art. 428º. Cessa a fé do documento particular quando:

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

29

I - for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua veracidade;

II - assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento abusivo.

Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele que recebeu documento assinado com texto não escrito no todo ou em parte formá-lo ou completá-lo por si ou por meio de outrem, violando o pacto feito com o signatário.

(...)

Art. 442º. A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso.

Art. 443º. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:

I - já provados por documento ou confissão da parte;

II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.

(...)

Art. 464º. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.

§ 1º. O juiz indeferirá a perícia quando:

I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;

II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;

III - a verificação for impraticável.

§ 2º. De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade.

§ 3º. A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.

§ 4º. Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa.

Art. 465º. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

§ 1º. Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:

I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

II - indicar assistente técnico;

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

30

III - apresentar quesitos.

§ 2º. Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:

I - proposta de honorários;

II - currículo, com comprovação de especialização;

III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

§ 3º. As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95.

§ 4º. O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

§ 5º. Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

§ 6º. Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de perito e à indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia.

Art. 466º. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso.

§ 1º. Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.

§ 2º. O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.

Art. 467º. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição.

Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação, nomeará novo perito.

Art. 468º. O perito pode ser substituído quando:

I - faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;

II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.

§ 1º. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

31

§ 2º. O perito substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos pelo trabalho não realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos.

§ 3o Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2º, a parte que tiver realizado o adiantamento dos honorários poderá promover execução contra o perito, na forma dos arts. 513 e seguintes deste Código, com fundamento na decisão que determinar a devolução do numerário.

Art. 469º. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento.

Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada dos quesitos aos autos.

Art. 470º. Incumbe ao juiz:

I - indeferir quesitos impertinentes;

II - formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa.

Art. 471º. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que:

I - sejam plenamente capazes;

II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.

§ 1º. As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados.

§ 2º. O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.

§ 3º. A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.

Art. 472º. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.

Art. 473º. O laudo pericial deverá conter:

I - a exposição do objeto da perícia;

II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;

III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

32

IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

§ 1º. No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.

§ 2º. É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.

§ 3º. Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

Art. 474º. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início a produção da prova.

Art. 475º. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar mais de um assistente técnico.

Art. 476º. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.

Art. 477º. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

§ 1º. As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.

§ 2º. O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;

II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.

§ 3º. Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.

§ 4º. O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

33

Art. 478º. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais especializados, a cujos diretores o juiz autorizará a remessa dos autos, bem como do material sujeito a exame.

§ 1o Nas hipóteses de gratuidade de justiça, os órgãos e as repartições oficiais deverão cumprir a determinação judicial com preferência, no prazo estabelecido.

§ 2o A prorrogação do prazo referido no § 1º pode ser requerida motivadamente.

§ 3o Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e da firma, o perito poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas e, na falta destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa a quem se atribuir a autoria do documento lance em folha de papel, por cópia ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação.

Art. 479º. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.

Art. 480º. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.

§ 1º. A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.

§ 2º. A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.

§ 3º. A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra.

(...)

Art. 482º. Ao realizar a inspeção, o juiz poderá ser assistido por um ou mais peritos.

(...)

Art. 510º. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.

(...)

Art. 573º. Tratando-se de imóvel georreferenciado, com averbação no registro de imóveis, pode o juiz dispensar a realização de prova pericial.

(...)

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

34

Art. 575º. Qualquer condômino é parte legítima para promover a demarcação do imóvel comum, requerendo a intimação dos demais para, querendo, intervir no processo.

(...)

Art. 579º. Antes de proferir a sentença, o juiz nomeará um ou mais peritos para levantar o traçado da linha demarcanda.

Art. 580º. Concluídos os estudos, os peritos apresentarão minucioso laudo sobre o traçado da linha demarcanda, considerando os títulos, os marcos, os rumos, a fama da vizinhança, as informações de antigos moradores do lugar e outros elementos que coligirem.

Art. 581º. A sentença que julgar procedente o pedido determinará o traçado da linha demarcanda.

Parágrafo único. A sentença proferida na ação demarcatória determinará a restituição da área invadida, se houver, declarando o domínio ou a posse do prejudicado, ou ambos.

Art. 582º. Transitada em julgado a sentença, o perito efetuará a demarcação e colocará os marcos necessários.

Parágrafo único. Todas as operações serão consignadas em planta e memorial descritivo com as referências convenientes para a identificação, em qualquer tempo, dos pontos assinalados, observada a legislação especial que dispõe sobre a identificação do imóvel rural.

(...)

Art. 584º. É obrigatória a colocação de marcos tanto na estação inicial, dita marco primordial, quanto nos vértices dos ângulos, salvo se algum desses últimos pontos for assinalado por acidentes naturais de difícil remoção ou destruição.

Art. 585º. A linha será percorrida pelos peritos, que examinarão os marcos e os rumos, consignando em relatório escrito a exatidão do memorial e da planta apresentados pelo agrimensor ou as divergências porventura encontradas.

Art. 586º. Juntado aos autos o relatório dos peritos, o juiz determinará que as partes se manifestem sobre ele no prazo comum de 15 (quinze) dias.

Parágrafo único. Executadas as correções e as retificações que o juiz determinar, lavrar-se-á, em seguida, o auto de demarcação em que os limites demarcandos serão minuciosamente descritos de acordo com o memorial e a planta.

Art. 587º. Assinado o auto pelo juiz e pelos peritos, será proferida a sentença homologatória da demarcação.

(...)

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

35

Art. 590º. O juiz nomeará um ou mais peritos para promover a medição do imóvel e as operações de divisão, observada a legislação especial que dispõe sobre a identificação do imóvel rural.

Parágrafo único. O perito deverá indicar as vias de comunicação existentes, as construções e as benfeitorias, com a indicação dos seus valores e dos respectivos proprietários e ocupantes, as águas principais que banham o imóvel e quaisquer outras informações que possam concorrer para facilitar a partilha.

(...)

Art. 595º. Os peritos proporão, em laudo fundamentado, a forma da divisão, devendo consultar, quanto possível, a comodidade das partes, respeitar, para adjudicação a cada condômino, a preferência dos terrenos contíguos às suas residências e benfeitorias e evitar o retalhamento dos quinhões em glebas separadas.

Art. 596º. Ouvidas as partes, no prazo comum de 15 (quinze) dias, sobre o cálculo e o plano da divisão, o juiz deliberará a partilha.

Parágrafo único. Em cumprimento dessa decisão, o perito procederá à demarcação dos quinhões, observando, além do disposto nos arts. 584 e 585, as seguintes regras:

I - as benfeitorias comuns que não comportarem divisão cômoda serão adjudicadas a um dos condôminos mediante compensação;

II - instituir-se-ão as servidões que forem indispensáveis em favor de uns quinhões sobre os outros, incluindo o respectivo valor no orçamento para que, não se tratando de servidões naturais, seja compensado o condômino aquinhoado com o prédio serviente;

III - as benfeitorias particulares dos condôminos que excederem à área a que têm direito serão adjudicadas ao quinhoeiro vizinho mediante reposição;

IV - se outra coisa não acordarem as partes, as compensações e as reposições serão feitas em dinheiro.

Art. 597º. Terminados os trabalhos e desenhados na planta os quinhões e as servidões aparentes, o perito organizará o memorial descritivo.

§ 1º. Cumprido o disposto no art. 586, o escrivão, em seguida, lavrará o auto de divisão, acompanhado de uma folha de pagamento para cada condômino.

§ 2º. Assinado o auto pelo juiz e pelo perito, será proferida sentença homologatória da divisão.

§ 3º. O auto conterá:

I - a confinação e a extensão superficial do imóvel;

II - a classificação das terras com o cálculo das áreas de cada consorte e com a respectiva avaliação ou, quando a homogeneidade das terras não

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

36

determinar diversidade de valores, a avaliação do imóvel na sua integridade;

III - o valor e a quantidade geométrica que couber a cada condômino, declarando-se as reduções e as compensações resultantes da diversidade de valores das glebas componentes de cada quinhão.

§ 4º. Cada folha de pagamento conterá:

I - a descrição das linhas divisórias do quinhão, mencionadas as confinantes;

II - a relação das benfeitorias e das culturas do próprio quinhoeiro e das que lhe foram adjudicadas por serem comuns ou mediante compensação;

III - a declaração das servidões instituídas, especificados os lugares, a extensão e o modo de exercício.

(...)

Art. 599º. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto:

I - a resolução da sociedade empresária contratual ou simples em relação ao sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; e

II - a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; ou

III - somente a resolução ou a apuração de haveres.

§ 1º. A petição inicial será necessariamente instruída com o contrato social consolidado.

§ 2º. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter também por objeto a sociedade anônima de capital fechado quando demonstrado, por acionista ou acionistas que representem cinco por cento ou mais do capital social, que não pode preencher o seu fim.

(...)

Art. 604º. Para apuração dos haveres, o juiz:

I - fixará a data da resolução da sociedade;

II - definirá o critério de apuração dos haveres à vista do disposto no contrato social; e

III - nomeará o perito.

§ 1º. O juiz determinará à sociedade ou aos sócios que nela permanecerem que depositem em juízo a parte incontroversa dos haveres devidos.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

37

§ 2º. O depósito poderá ser, desde logo, levantando pelo ex-sócio, pelo espólio ou pelos sucessores.

§ 3º. Se o contrato social estabelecer o pagamento dos haveres, será observado o que nele se dispôs no depósito judicial da parte incontroversa.

(...)

Art. 606º. Em caso de omissão do contrato social, o juiz definirá, como critério de apuração de haveres, o valor patrimonial apurado em balanço de determinação, tomando-se por referência a data da resolução e avaliando-se bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, a preço de saída, além do passivo também a ser apurado de igual forma.

Parágrafo único. Em todos os casos em que seja necessária a realização de perícia, a nomeação do perito recairá preferencialmente sobre especialista em avaliação de sociedades.

Art. 607º. A data da resolução e o critério de apuração de haveres podem ser revistos pelo juiz, a pedido da parte, a qualquer tempo antes do início da perícia.

(...)

Art. 630º. Findo o prazo previsto no art. 627 sem impugnação ou decidida a impugnação que houver sido oposta, o juiz nomeará, se for o caso, perito para avaliar os bens do espólio, se não houver na comarca avaliador judicial.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no art. 620, § 1o, o juiz nomeará perito para avaliação das quotas sociais ou apuração dos haveres.

Art. 631º. Ao avaliar os bens do espólio, o perito observará, no que for aplicável, o disposto nos arts. 872 e 873.

Art. 632º. Não se expedirá carta precatória para a avaliação de bens situados fora da comarca onde corre o inventário se eles forem de pequeno valor ou perfeitamente conhecidos do perito nomeado.

Art. 633º. Sendo capazes todas as partes, não se procederá à avaliação se a Fazenda Pública, intimada pessoalmente, concordar de forma expressa com o valor atribuído, nas primeiras declarações, aos bens do espólio.

Art. 634º. Se os herdeiros concordarem com o valor dos bens declarados pela Fazenda Pública, a avaliação cingir-se-á aos demais.

Art. 635º. Entregue o laudo de avaliação, o juiz mandará que as partes se manifestem no prazo de 15 (quinze) dias, que correrá em cartório.

§ 1º. Versando a impugnação sobre o valor dado pelo perito, o juiz a decidirá de plano, à vista do que constar dos autos.

§ 2º. Julgando procedente a impugnação, o juiz determinará que o perito retifique a avaliação, observando os fundamentos da decisão.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

38

Art. 636º. Aceito o laudo ou resolvidas as impugnações suscitadas a seu respeito, lavrar-se-á em seguida o termo de últimas declarações, no qual o inventariante poderá emendar, aditar ou completar as primeiras.

(...)

Art. 715º. Se a perda dos autos tiver ocorrido depois da produção das provas em audiência, o juiz, se necessário, mandará repeti-las.

§ 1º. Serão reinquiridas as mesmas testemunhas, que, em caso de impossibilidade, poderão ser substituídas de ofício ou a requerimento.

§ 2º. Não havendo certidão ou cópia do laudo, far-se-á nova perícia, sempre que possível pelo mesmo perito.

§ 3º. Não havendo certidão de documentos, esses serão reconstituídos mediante cópias ou, na falta dessas, pelos meios ordinários de prova.

§ 4º. Os serventuários e os auxiliares da justiça não podem eximir-se de depor como testemunhas a respeito de atos que tenham praticado ou assistido.

§ 5º. Se o juiz houver proferido sentença da qual ele próprio ou o escrivão possua cópia, esta será juntada aos autos e terá a mesma autoridade da original.

(...)

Art. 812º. Qualquer das partes poderá, no prazo de 15 (quinze) dias, impugnar a escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação.

(...)

Art. 831º. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.

Art. 832º. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis.

Art. 833º. São impenhoráveis:

I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;

II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;

IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

39

devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

VI - o seguro de vida;

VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;

VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;

IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;

XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;

XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

§ 1º. A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.

§ 2º. O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º, e no art. 529, § 3º.

§ 3º. Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.

Art. 834º. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis.

Art. 835º. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;

II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;

III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

40

IV - veículos de via terrestre;

V - bens imóveis;

VI - bens móveis em geral;

VII - semoventes;

VIII - navios e aeronaves;

IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;

X - percentual do faturamento de empresa devedora;

XI - pedras e metais preciosos;

XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;

XIII - outros direitos.

§ 1º. É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto.

§ 2º. Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.

§ 3º. Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa dada em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será intimado da penhora.

Art. 836º. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.

§ 1º. Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de determinação judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.

§ 2º. Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal será nomeado depositário provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz.

(...)

Art. 870º. A avaliação será feita pelo oficial de justiça.

Parágrafo único. Se forem necessários conhecimentos especializados e o valor da execução o comportar, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo.

Art. 871º. Não se procederá à avaliação quando:

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

41

I - uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra;

II - se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa, comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;

III - se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos de crédito negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação oficial do dia, comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;

IV - se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que caberá a quem fizer a nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado.

Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese do inciso I deste artigo, a avaliação poderá ser realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto ao real valor do bem.

Art. 872º. A avaliação realizada pelo oficial de justiça constará de vistoria e de laudo anexados ao auto de penhora ou, em caso de perícia realizada por avaliador, de laudo apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo-se, em qualquer hipótese, especificar:

I - os bens, com as suas características, e o estado em que se encontram;

II - o valor dos bens.

§ 1º. Quando o imóvel for suscetível de cômoda divisão, a avaliação, tendo em conta o crédito reclamado, será realizada em partes, sugerindo-se, com a apresentação de memorial descritivo, os possíveis desmembramentos para alienação.

§ 2º. Realizada a avaliação e, sendo o caso, apresentada a proposta de desmembramento, as partes serão ouvidas no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 873º. É admitida nova avaliação quando:

I - qualquer das partes arguir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na avaliação ou dolo do avaliador;

II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor do bem;

III - o juiz tiver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem na primeira avaliação.

Parágrafo único. Aplica-se o art. 480 à nova avaliação prevista no inciso III do caput deste artigo.

Art. 874º. Após a avaliação, o juiz poderá, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária, mandar:

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

42

I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o valor dos bens penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exequente e dos acessórios;

II - ampliar a penhora ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor dos bens penhorados for inferior ao crédito do exequente.

Art. 875º. Realizadas a penhora e a avaliação, o juiz dará início aos atos de expropriação do bem.

(...)

Art. 1.045º. Este Código entra em vigor após decorrido 1 (um) ano da data de sua publicação oficial.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

43

Como ser PERITO

Seguem todos as exigências e quesitos técnicos e procedimentais para que uma pessoa possa ser nomeada pelo juiz como Perito num processo judicial.

PASSO 1 – SER LEGALMENTE HABILITADO

O artigo 156 do CPC deixa bem claro que o juiz nomeia como Perito um profissional legalmente habilitado de acordo com seu conhecimento técnico ou científico.

O primeiro passo, portanto, além de ter o conhecimento técnico ou científico demandado, ser e estar legalmente habilitado a exercer as atividades inerentes ao exercício desse conhecimento.

Ser e estar legalmente habilitado significa ter respondido aos quesitos legais para exercer essa atividade e estar, no momento da potencial nomeação, plenamente ativo em resposta às suas obrigações pecuniárias (financeiras) e legais (ausência de penalidade disciplinar imposta pela entidade).

Exemplo: Um pleiteante a ser nomeado Perito para Avaliação Imobiliária, intitulando-

se Corretor de Imóveis, deve ser devidamente inscrito no CRECI de sua

região, conforme regras e normas para tanto, e deve estar ativo, com suas

obrigações pecuniárias e sem processo ético-disciplinar, que garanta sua

plena atividade.

PASSO 2 – CADASTRO DO TRIBUNAL

Levando-se em consideração o disposto no 1º parágrafo do artigo 156 do CPC, o juiz nomeará como Perito, algum profissional legalmente habilitado devidamente inscrito em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado, levando em consideração seu conhecimento técnico ou científico.

Isso significa que cada tribunal mantém um cadastro próprio e independente com a lista dos profissionais que, potencialmente, possam ser nomeados enquanto Peritos.

Em nome dos princípios da publicidade e da impessoalidade, a elaboração desse cadastro é precedida de consulta pública, o que inclui consulta direta a conselhos de classe, nos termos do §2º do artigo. 156 do CPC.

Em adição, esse cadastro de peritos estará, ainda, sujeito a avaliações e reavaliações periódicas.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

44

Em geral, para realizar a inscrição no cadastro de peritos nos Tribunais, é comum que sejam solicitados os seguintes documentos:

• Requerimento de Inscrição preenchido (normalmente fornecido pelo Tribunal), definindo as Comarcas onde deseja atuar;

• foto tamanho 3x4; • currículo profissional recente e assinado; • número no Cadastro de Pessoa Física (CPF) • comprovante de inscrição PIS/PASEP ou NIT; • carteira do Conselho de Classe respectivo (exemplo: CRECI);

o na falta do documento, é solicitado o diploma ou certificado de conclusão do curso superior devidamente registrado;

• certificado de especialização na área de atuação, se for o caso; • comprovante de endereço atualizado (conta de água, luz, telefone, condomínio,

fatura de cartão de crédito, com vencimento, no máximo, em um dos três meses anteriores à apresentação da documentação para validação do cadastro);

• comprovante da existência de conta corrente individual para crédito dos honorários (cópia de folha do talonário de cheques, por exemplo);

• declaração atualizada do órgão profissional em que estiver inscrito, sobre a inexistência de penalidade disciplinar imposta pela entidade, ou declaração do profissional de que não possui órgão de classe profissional constituído;

• declaração de inexistência de vínculo atual como perito do INSS (os peritos que já atuaram nessa condição deverão informar o período em que o fizeram);

• declaração de contribuição previdenciária para o Regime Geral da Previdência Social – INSS, se for o caso;

• comprovante de cadastro e pagamento, ao Município, do Imposto sobre serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, se for o caso;

• certidão criminal em que conste a inexistência de condenação transitada em julgado pela prática de crime ou contravenção.

A lista acima de documentos varia de acordo com o entendimento das exigências em

cada Tribunal.

PASSO 3 – APRESENTAÇÃO

Legalmente habilitado e devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal, o

profissional pleiteante a ser nomeado Perito, deverá fazer-se conhecido.

Ainda que o juiz, no exercício da sua atividade, siga rigorosamente os princípios da

imparcialidade e da igualdade, os quais devem garantir a ausência de julgamentos

tendenciosos e permite que todo cidadão tenha igualdade de tratamento perante a lei,

a questão prática que resta é:

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

45

O que faz com que o juiz defina nomeie este ou aquele profissional como perito, no

caso de ambos terem currículos similares?

• Pode-se imaginar que o profissional que demonstrar maior habilidade na demanda específica do determinado processo, seja a melhor escolha para ser nomeado perito, pois poderá assistir de forma mais contundente o juiz.

• Pode-se igualmente imaginar que aquele profissional que demonstrar maior tendência a cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado seja também a melhor escolha para ser nomeado perito, pois não criará contratempo indesejado.

• Pode-se, por fim, imaginar que aquele profissional que demonstrar experiência suficiente para não apresentar uma perícia inconclusiva ou deficiente possa ser a melhor escolha para efetivamente assistir o juiz enquanto perito.

Posto isso, é prudente concluir que, em sendo o juiz que, por mais técnico e racional que seja, ainda é um ser humano dotado de dúvidas e receios, possa ter maior possibilidade de escolha do seu perito quanto melhor conhecer essa pessoa.

Sugestões:

• Faça visita à Varas dos Tribunais e converse pessoalmente com o Juiz e/ou com o Diretor da Vara;

• Apresente seus conhecimentos de forma prática, sucinta e objetiva; • Mostre laudos e/ou pareceres que tenha feito no passado; • Deixe uma ou mais cópias de laudos e/ou pareceres (escolha os melhores – a

ideia é demonstrar alta competência); • Demonstre suas qualificações e no que poderá ajudar/assistir; • Entregue seu currículo, cartão de visita; • Coloque-se à disposição, mesmo que seja para uma conversa extraoficial, para

oferecer ajuda (é comum juízes consultarem ‘experts’ – seja um deles).

O que NÃO FAZER:

• Enviar currículo por e-mail (a não ser que o magistrado assim solicite); • Gastar o tempo do juiz de forma demasiada sem propósito justificado; • Fazer constante contato para verificar oportunidade de nomeação para perito;

Dicas para o Currículo: Um bom currículo deve ser atrativo à leitura e para não ser

muito extenso, nem pequeno demais, procure limitá-lo a um

mínimo de 2 e um máximo de 4 páginas, incluindo sua

experiência que possa ser usada para a perícia e referências

profissionais relevantes.

PASSO 4 – SEJA PERITO

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

46

Quando o profissional recebe a nomeação de perito, deverá cumprir escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido.

O Perito Judicial deve ter plena consciência de que é o auxiliar da Justiça devendo, portanto, desenvolver um trabalho de extrema responsabilidade e relevância perante o Poder Judiciário.

É fundamental ao perito exercer a profissão com zelo, diligencia, honestidade, dignidade, independência profissional e guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício de suas funções.

O perito deve considerar a profissão como alto título honorífico, sempre utilizando ciência e consciência.

PASSO 5 – REPLICAR

Tendo realizado a perícia, produzido uma prova pericial adequada circunstanciada

num exemplar laudo pericial, é provável que o Perito seja chamado para atuar em

outro processo pelo mesmo juiz.

Replicar é reproduzir o mesmo sucesso do passado, agora, numa nova unidade de

tempo e situação.

É comum que o resultado da atuação do Perito seja de conhecimento de outros juízes

de outras Varas, provocando a possibilidade de novas nomeações.

Replicar também é reproduzir o mesmo sucesso obtido no processo de uma Vara,

agora, em outra Vara.

Para intensificar essa possibilidade de replicação, a sugestão é compartilhar com

outros juízes a satisfação ora obtida pelos juízes que realizaram nomeações anteriores.

Quanto mais essa repercussão for positiva, tanto mais nomeações surgirão. Isso é sinal

de criação de boa reputação.

É comum que juízes não permaneçam por tempo alongado em uma determinada Vara

e, portanto, existe a possibilidade de, numa nova Vara, o mesmo juiz continuar

nomeando aqueles peritos que tenha confiança, desde que tenham a competência

demandada.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

47

Fluxo da Perícia Judicial

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

48

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

49

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CRONOGRAMA

O cronograma de atividades do perito judicial e dos assistentes técnicos em face às exigências do judiciário, foi elaborado com base no disposto no CPC - Código de Processo Civil, conforme Lei nº 13.105/15.

Dentre todas as atuações e atividades do perito e dos assistentes técnicos, bem como todas as possibilidades de exigências advindas de intimações do juízo, foram considerados no cronograma os passos principais e rotineiros do exercício da atividade destes profissionais. É dever, pois, de todos os peritos, tanto quanto todos os assistentes técnicos, conhecer o CPC, se não no todo, pelo menos os artigos que influenciem direta ou indiretamente suas atividades.

Vale lembrar, por exemplo, que o juiz poderá a qualquer tempo, conforme os dispostos no CPC, intimar o perito a prestar esclarecimentos, participar das audiências, bem como submeter-se a questionamentos, para o que deverá sempre estar à disposição, salvo situação com justificativa plausível.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

50

RESUMO DO FLUXO DA PERÍCIA JUDICIAL

1. Nomeação do Perito pelo juiz;

2. Retirada do processo pelo Perito;

3. Planejamento da Perícia e Proposta de honorários;

4. Devolução do Processo;

5. Retirada do processo para realização da Perícia;

6. Elaboração do Laudo Pericial;

7. Devolução do processo e protocolo do Laudo Pericial.

Nomeação do Perito pelo

juiz

Retirada do processo pelo

Perito

Planejamento da Perícia e Proposta de honorários

Devolução do Processo

Retirada do processo para realização da

Perícia

Elaboração do Laudo Pericial

Devolução do processo e

protocolo do Laudo Pericial

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

51

Os Prazos na Perícia

Levando-se em consideração que as partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa, conforme versa o artigo 4º do Código de Processo Civil, pode-se concluir que respeitar os prazos na realização da perícia e todas as suas atividades vinculadas é algo extremamente criterioso, rígido e de extrema importância.

É importante salientar que, conforme estabelecido no artigo 219 do CPC, na contagem

de prazo em dias, sejam os estabelecidos por lei ou estabelecidos pelo juiz, somente

serão considerados e computados os dias úteis.

Atenção! O perito pode ser substituído, conforme estabelece o artigo 468 do CPC,

quando faltar-lhe conhecimento técnico ou ainda quando, sem motivo legítimo,

deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.

Por outro lado, os prazos, por mais rigorosos que sejam, podem ser dilatados, conforme o inciso VI do artigo 139 do CPC que estabelece que o juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.

Contudo, conforme o parágrafo único do artigo 139, a dilação de prazos somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular.

Em relação aos atos processuais, conforme versa o artigo 191 do CPC e seu § 1º, de comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. Esse calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.

Há de se ter muita atenção às datas desse calendário, uma vez que é dispensada a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

Também deve-se ter em mente que, conforme o artigo 218 do CPC, os atos

processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei e quando a lei for omissa, o

juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato. Contudo, quando

não foi determinado prazo nem pela lei tampouco pelo juiz, então o prazo para a

prática de ato processual a cargo da parte será de 5 (cinco) dias.

As intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e

oito) horas.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

52

TABELA DE PRAZOS

Situação Descrição Artigo

do CPC Prazo

Impedimento e de

suspeição dos

auxiliares da

Justiça

O juiz mandará processar o

incidente em separado e sem

suspensão do processo, ouvindo

o arguido e facultando a

produção de prova, quando

necessária.

Art. 148

§ 2º 15 (quinze) dias

Escusa do Perito

A escusa será apresentada no

prazo, sob pena de renúncia ao

direito a alegá-la.

Art. 157

§ 1º

15 (quinze) dias

contado da

intimação, da

suspeição ou do

impedimento

supervenientes

Realização da

Perícia

O perito tem o dever de cumprir

o ofício no prazo que lhe

designar o juiz, empregando

toda sua diligência, podendo

escusar-se do encargo alegando

motivo legítimo.

Art. 157

Prazo

determinado

pelo juiz

Resposta a quesito

de esclarecimento

nas audiências de

provas orais

As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos, caso não respondidos anteriormente por escrito.

Art. 361 15 (quinze) dias

Impedimento ou

suspeição do

perito, indicação

de assistente

técnico e

apresentação

quesitos, quando

da nomeação do

Perito

O juiz nomeará perito e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo. Incumbe às partes: I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso; II - indicar assistente técnico; III - apresentar quesitos.

Art. 465

§ 1º

15 (quinze) dias

contados da

intimação do

despacho de

nomeação do

perito

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

53

Apresentação, pelo

Perito, de proposta

de honorários,

currículo e

contatos

profissionais

Ciente da nomeação, o Perito apresentará: I - proposta de honorários; II - currículo, com comprovação de especialização; III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

Art. 465

§ 2º 5 (cinco) dias

Manifestação das

Partes quanto aos

honorários do

Perito

As partes serão intimadas da proposta de honorários do Perito para, se manifestarem caso queiram.

Art. 465

§ 3º

5 (cinco) dias

após o que o

juiz arbitrar o

valor

Restituição de

valores pelo Perito

substituído

O perito substituído restituirá os valores recebidos pelo trabalho não realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Art. 468

§ 2º 15 (quinze) dias

Entrega do Laudo

Pericial pelo Perito

O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.

Art. 471

§ 2º Fixado pelo juiz

Entrega do Parecer

Técnico pelo

Assistente Técnico

O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.

Art. 471

§ 2º Fixado pelo juiz

Manifestação das

Partes sobre o

Laudo Pericial

As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo.

Art. 477

§ 1º 15 (quinze) dias

Apresentação de

Parecer pelo

Assistente Técnico

Podendo o assistente técnico de cada uma das partes apresentar seu respectivo parecer.

Art. 477

§ 1º 15 (quinze) dias

Esclarecimentos do

Perito

O perito do juízo tem o dever de esclarecer ponto: I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público; II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico.

Art. 477

§ 2º 15 (quinze) dias

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

54

Comunicando-se com o juízo (Petições)

Pe-ti-ção (Etm. do latim: petitio.onis)

s.f. Requerimento; pedido efetuado de modo escrito.

Ação ou consequência de pedir.

Jurídico. Solicitação feita por escrito para pedir um favor.

Ex.: Petição inicial. Exposição dirigida ao juiz pelo advogado quando se quer dar prosseguimento à causa.

Todos os comunicados referentes às solicitações apresentados ao judiciário no decorrer da atividade do perito ou do assistente técnico devem ser feitos no formato de petições.

O termo petição tem um significado específico na profissão jurídica como um pedido, procurando algum tipo de ordem judicial. A petição é o meio pelo qual se pleiteia direitos perante a Justiça, ou seja, é o meio usado no judiciário por quem almeja, busca ou argumenta a seu favor ou a favor de outrem.

Após a entrega da petição, caberá ao juiz pronunciar sua decisão. Para tanto, é necessário que a petição possua certos fatores capazes de provocar a reação jurisdicional, como a descrição dos fatos, os fundamentos legais nos quais se baseia a pretensão e o pedido.

No Brasil, o direito de petição é garantido, conforme segue:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

55

ESTÉTICA E ESCRITA

É fundamental que a petição seja redigida em bom português e de forma concisa, contendo apenas palavras e dados suficientes para se alcançar o que é desejado.

Deve-se respeitar e observar o padrão culto da língua portuguesa no momento da redação da petição. Isso não significa utilizar palavras difíceis e incompreensíveis. Diferente disso, o ideal é que o juiz tenha interesse em ler a petição até o final.

EVITE ABREVIATURAS

Prefira a escrita por extenso. Por exemplo, use "Vossa Excelência" ao invés de "V. Exa.".

NÃO FAÇA INVERSÕES DE PERÍODOS

As inversões confundem o leitor, que neste caso é o juiz e, justamente por isso, corre-se o risco de se obter um resultado indesejado.

Portanto, coloque atenção na construção frasal de períodos simples. Essa definição consiste numa oração com uma frase de sentido completo e sintaticamente apresentável na sequência: sujeito, predicado, complemento e advérbio, com apenas um verbo ou uma locução verbal. Tão simples quanto isso.

Para ilustrar, perceba o seguinte exemplo:

"Vale ressaltar, de vários fatores alheios a pessoa do Requerente depende o sucesso do evento."

Ao invés de construir um período como o apresentado acima, prefira redigi-lo conforme apresentado abaixo:

"Vale ressaltar que o sucesso do evento depende de vários fatores alheios a pessoa do Requerente."

EVITE USO EXCESSIVO DO LATIM

Limite-se a usar somente aquelas expressões em latim que, no mundo jurídico, sejam mais conhecidas do que suas próprias traduções em português.

Em todas as outras situações, ou mesmo na dúvida do conceito citado acima, prefira fazer uso do nosso idioma português, sempre no sentido de facilitar a leitura e proporcionar uma maior possibilidade de alcançar o que é desejado.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

56

ELIMINE ERROS ORTOGRÁFICOS OU GRAMATICAIS

Na dúvida, consulte um dicionário, utilize recursos eletrônicos de correção de texto, releia e revise sua petição antes de enviá-la ou entrega-la.

MANTENHA UM PADRÃO

Use sempre a mesma fonte (tipo de letra) e o mesmo tamanho na íntegra da petição, de modo a manter um padrão estético e, de preferência, com as letras em cor preta sobre uma folha branca.

A LÓGICA JURÍDICA

Lembrando, a petição é o meio pelo qual se convence o juiz de algo, por isso, ela deve obedecer às regras da lógica jurídica.

Dicas importantes:

1. O endereçamento não deve ser abreviado.

2. Entre o endereçamento e o início da petição, mantenha espaço suficiente para

que o juiz possa dar seu despacho.

3. Faça sempre uma narração sucinta dos fatos ocorridos.

4. Com relação à parte que descreve o direito, respeite a seguinte ordem:

a. Indicar o fundamento legal do pedido.

b. Descreva o fato resumido, demonstrando que ele se adequa ou é

contrário ao direito.

c. Pode-se citar uma doutrina e uma jurisprudência, lembrando que, para

citações copiadas na íntegra, coloque as expressões "in verbis" ou "ipsis

litteris" para indicar que aquele trecho foi copiado de alguma obra.

d. Conclua demonstrando que o fato se adequa ao direito e, portanto, a

ação deve ser procedente, ou que o fato é contrário à lei, devendo a ação

ser julgada improcedente.

5. Pedido de deferimento, data e assinatura de quem redigiu a petição.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

57

FATO CURIOSO...

Estudante de direito de Sorocaba, SP, faz petição em versos e ganha ação.

A petição foi enviada à 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Sorocaba, inclusive, fazendo alusão a artigos da lei, para sensibilizar a Justiça.

OS VERSOS DO ESTUDANTE:

“Excelentíssimo Juiz

Nobre Julgador Digno Magistrado, Sábio Doutor

'Prima facie' peço escusas Pela forma que hei de expor

Nem ao judiciário, nem ao juiz pretendo acometimento

Fiz da forma que fiz para acalentar meu tormento

Pretendo demonstrar aqui a situação como ela é

Data vênia chamo-lhe a atenção para as notas de rodapé

No ano de 2013 fui acionado de assombro

pela instituição, ora ré perante o judiciário

pois estava de boa fé (...) Ocorre nobre juiz

Que muito tempo depois Ao solicitar a quitação do contrato

O réu ao ridículo e humilhação me expôs Exigia o réu, novamente

o pagamento daquela quantia E afirmou que se assim não fosse

Quanto à quitação nada faria Começa aí o psicomartírio

Começou então minha sina De ver tudo resolvido

Pela via administrativa”

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

58

Petições – Fundamentos Legais e Modelos

Faz-se importante lembrar, em suma, que uma petição normalmente, representa um ato de pedido, ou uma manifestação contra alguma situação considerada insatisfatória.

Em outras palavras, uma petição é um pedido, um requerimento ou uma solicitação que se faz frente a uma circunstância que necessite providências, seja dentro do procedimento normal, seja mediante um fato que altere o fluxo natural daquilo que se espera realizar.

Vale ressaltar a sugestão de evitar o uso de termos em latim, haja vista que a Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) já fez intensa campanha a favor da simplificação da linguagem jurídica.

No entanto, caso venha a ser usado algum termo em latim, este deve ser escrito em itálico ou ainda entre aspas, para demonstrar que esse não é um termo do idioma português. Também não utilize acentos, tampouco hífen, uma vez que esses dois elementos presentes no idioma português não eram conhecidos no latim.

A exceção a todo o conceito apresentado no parágrafo acima é quando a palavra em latim já existir na forma vernaculizada, ou seja, no nosso idioma. A exemplo disso é o termo quorum que é a palavra em latim que existe vernaculizado como “quórum” e, por isso, se escreve normalmente, sem aspas nem itálico, mas com acento.

Por fim, respeite o idioma português ao redigir as petições. Do contrário certamente demonstraria falta de cuidado e desmazelo para com o destinatário da petição.

A apresentação de uma petição, obviamente, deve seguir alguma fundamentação legal para ter seu efeito desejado levado em consideração. As fundamentações legais apresentadas nos modelos de petições presentes neste material referem-se a artigos extraídos do Código de Processo Civil - Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, que entrou em vigor a partir de 18 de março de 2016.

Esses modelos de petições, como o próprio nome diz, servem apenas como exemplo, sendo representações de objetos de imitação, com o valor de sugestões para os textos a serem montados para serem apresentados e utilizados no aspecto jurídico do perito judicial nomeado, tanto quanto pelos assistentes técnicos em atividades no judiciário.

Ao utilizar qualquer um dos modelos aqui compartilhados, há de se atentar à fundamental importância de se valer das dicas anteriormente listadas neste material, para que o resultado final seja uma petição atrativa à leitura, com conteúdo adequado e corretamente apresentável pelo peticionário (pessoa que faz uma petição).

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

59

Importante salientar que é extremamente sugerido que entre o endereçamento e o início da petição, seja deixado espaço suficiente para que o juiz possa dar seu despacho, conforme o exemplo abaixo:

Exmo. Dr Juiz de Direito da X Vara Cível de XXXX – XX Autor: Réu: Ação: Processo nº: Texto da petição...

Espaço citado para que o juiz possa dar seu despacho.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

60

ACEITAÇÃO DE DESIGNAÇÃO DE PERITO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), (nacionalidade), (estado civil), RG n°. (número do documento), CPF nº. (número do documento), inscrito no (colocar o Órgão da Classe), sob o nº (colocar a inscrição no Órgão da Classe) com escritório profissional nesta cidade na rua (nome da rua) nº (número da casa ou apto), bairro (nome do bairro), na cidade de (nome da cidade), Estado (nome do estado), vem, respeitosamente, informar a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 156, § 1º, e 465, § 2º, ambos do Código de Processo Civil, que aceita o encargo para o qual foi nomeado e que apresentará a proposta de honorários judiciais após a juntada dos quesitos pelas partes. Desta forma, requer a juntada desta aos autos para tornar ciente todas as partes interessadas e devidos fins de direito. É o que requer. Pede Deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _______(Assinatura do perito)________ (Nome do perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.

§ 1º. Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

§ 2º. Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

61

I - proposta de honorários;

II - currículo, com comprovação de especialização;

III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

62

ESCUSA DE NOMEAÇÃO DO ENCARGO DE PERITO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe vem, respeitosamente, informar a Vossa Excelência, que apesar de muito honrado com a designação, por motivos alheios à sua vontade, encontra-se impossibilitado de exercer o encargo (caso entenda por bem explicar, colocar: “, devido a...”). Dessa forma, apresenta sinceras escusas e fica à disposição deste Juízo para maiores esclarecimentos, assim como a para atuar em outros processos, quando for solicitado. Isto posto, requer a sua dispensa do encargo e a juntada desta aos autos para tornar ciente as partes interessadas e para os devidos fins de direito. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________(Assinatura do perito)_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

§ 1º. A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.

Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

63

Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação, nomeará novo perito.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

64

ESCUSA DE ENCARGO POR SER SUSPEITO OU SE ENCONTRAR IMPEDIDO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe vem, respeitosamente, informar a Vossa Excelência, que apesar de muito honrado com a designação, encontra-se (suspeito/impedido) de atuar no referido processo (colocar a motivação da suspeição ou do impedimento). Portanto, impossibilitado de exercer o encargo. Dessa forma, apresenta sinceras escusas e fica à disposição deste Juízo para maiores esclarecimentos, assim como a para atuar em outros processos, quando for solicitado. Isto posto, requer a sua dispensa do encargo e a juntada desta aos autos para tornar ciente as partes interessadas e para os devidos fins de direito. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:

I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

65

parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

(...)

Art. 145. Há suspeição do juiz:

I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.

(...)

Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:

I - ao membro do Ministério Público; II - aos auxiliares da justiça; III - aos demais sujeitos imparciais do processo.

(...)

Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

§ 1º. A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

66

PETIÇÃO DO PERITO, QUANDO É IMPUGNADO POR UMA DAS PARTES OU POR AMBAS E DISCORDA DAS ALEGAÇÕES APRESENTADAS, PRETENDENDO SER MANTIDO NA FUNÇÃO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviatura do nome do Estado, por exemplo: RS) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe vem, respeitosamente, em razão da respeitável decisão, expor e informar a Vossa Excelência, o seguinte: a) Foi impugnação de folha(s) (colocar nº(s) da folha(s)) alega ser este Perito (parente/ cônjuge/ amigo íntimo/ ou outros que possam provocar suspeição); b) Houve equívoco por parte do patrono do (autor ou do réu, ou, conforme o caso do MD. Representante do Parquet, etc.) pelo fato de não se tratar de (suspeição/impedimento), por não apresentar harmoniosamente com a realidade fática; c) Na verdade (explicação dos fatos por parte do Perito, de forma objetiva) Isto posto, acredita ter esclarecido todos os fatos que envolvem a presente impugnação. Requer a Vossa Excelência seja validada a sua designação e, por via de conseqüência, inadmitida a impugnação apresentada, ficando disponível para novos esclarecimentos. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

67

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

§ 1º. Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:

I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

II - indicar assistente técnico;

III - apresentar quesitos.

§ 5º. Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

Art. 468. O perito pode ser substituído quando:

I - faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;

II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.

§ 1º. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.

Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que:

I - sejam plenamente capazes;

II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.

§ 1º. As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados.

§ 2º. O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.

§ 3º. A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.

Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.

Art. 812º. Qualquer das partes poderá, no prazo de 15 (quinze) dias, impugnar a escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

68

PETIÇÃO INFORMANDO A PRETENSÃO DE HONORÁRIOS PERICIAIS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, requerer a Vossa Excelência a fixação dos honorários periciais em R$ (valor em números e depois, entre parênteses, o valor por extenso). Diante do exposto, requer a intimação (do autor/réu, responsável pelo pagamento) para que efetue o depósito da quantia fixada a título de verba honorária, no montante arbitrado por Vossa Excelência, a título de adiantamento, objetivando, assim, dar inicio às diligências periciais. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo. § 2o Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:

I - proposta de honorários;

II - currículo, com comprovação de especialização;

III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

69

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

70

PETIÇÃO DE PRETENSÃO DE HONORÁRIOS COM ESCLARECIMENTOS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, requerer a Vossa Excelência a fixação dos seus honorários em R$ (valor em números e depois, entre parênteses, o valor por extenso). Esclarece o Perito a Vossa Excelência que a quantia acima deve-se à extensa quesitação apresentada pelas Partes, totalizando ..... (número por extenso) quesitos, conforme constam de folhas (indicar o número das folhas), o que demandará um tempo muito longo de trabalho (pode colocar uma expectativa em dias, semanas, meses). Dessa forma, é motivada a realização de várias diligências, além de despesas extras com (viagem, pesquisa, foto, filme, etc.). Diante do exposto, requer a intimação (do autor/réu, responsável pelo pagamento) para que efetue o depósito da quantia fixada a título de verba honorária, no montante arbitrado por Vossa Excelência, a título de adiantamento, objetivando, assim, dar inicio às diligências periciais. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

71

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo. § 2o Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:

I - proposta de honorários;

II - currículo, com comprovação de especialização;

III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

§ 3º. As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95.

§ 5º. Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

72

PETIÇÃO DE PRETENSÃO COMPLEMENTAR DE HONORÁRIOS COM ESCLARECIMENTOS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, requerer a Vossa Excelência a fixação de honorários complementares no valor de R$ (valor em números e depois, entre parênteses, o valor por extenso). Esclarece o Perito a Vossa Excelência que a quantia acima deve-se ao fato de que a quesitação ora apresentada não se resume em questionamento complementar, como só autorizado nessa fase processual. Há quesito(s) novo(s), facilmente constatado com a simples comparação entre a quesitação anterior (citar as folhas) e a atual(citar as folhas). Para atender tal demanda, se faz necessária a realização de novas diligências do Perito em(citar as diligências necessárias) com conseqüentes despesas de (citar quais as despesas). Desta forma, requer seja determinado á intimação (do autor/réu, responsável pelo pagamento) para que efetue o depósito da quantia fixada a título de verba honorária complementar, no montante arbitrado por Vossa Excelência, objetivando a continuação dos trabalhos periciais. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

73

Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento.

Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada dos quesitos aos autos.

Art. 470. Incumbe ao juiz:

I - indeferir quesitos impertinentes;

II - formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

74

PETIÇÃO REITERANDO O PEDIDO À INTIMAÇÃO DA PARTE RESPONSÁVEL PELO DEPÓSITO DOS HONORÁRIOS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, qualificado nos autos do processo em epígrafe, requer a Vossa Excelência a intimação do responsável pelo adiantamento de seus honorários para que seja efetuado o depósito da quantia arbitrada, objetivando o início dos trabalhos periciais. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.

§ 1º. Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

75

§ 2º. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.

Art. 84. As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.

Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.

§ 1º. O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente.

§ 2º. A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º.

§ 3º. Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser:

I - custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado;

II - paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça.

§ 4º. Na hipótese do § 3º, o juiz, após o trânsito em julgado da decisão final, oficiará a Fazenda Pública para que promova, contra quem tiver sido condenado ao pagamento das despesas processuais, a execução dos valores gastos com a perícia particular ou com a utilização de servidor público ou da estrutura de órgão público, observando-se, caso o responsável pelo pagamento das despesas seja beneficiário de gratuidade da justiça, o disposto no art. 98, § 2º.

§ 5º. Para fins de aplicação do § 3º, é vedada a utilização de recursos do fundo de custeio da Defensoria Pública.

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

§ 4º. O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

76

PETIÇÃO SOLICITANDO AUTORIZAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DE OUTROS MEIOS NECESSÁRIOS PARA ELUCIDAÇÃO DOS FATOS PELO PERITO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, requerer a Vossa Excelência autorização para (descrever o meio de prova, a hipótese, como questionar alguma pessoa sobre o objeto da perícia, fazer busca de documentos em algum órgão, etc.) Desta forma, requer a Vossa Excelência, (fazer o requerimento de acordo com o pedido acima, caso haja necessidade de intimações, notificações, dilação de prazo, etc). É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 473. § 3º. Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

77

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

78

PETIÇÃO PARA INTIMAÇÃO DE MORADOR DE IMÓVEL DO DIA E HORA DA DILIGÊNCIA

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, requerer a Vossa Excelência, a expedição de mandado para intimação do morador do imóvel no qual deve realizar a perícia, Sr. (nome do morador)residente e domiciliado nesta cidade, na rua (nome da rua, nº da casa) para que permita o ingresso deste Perito no imóvel, para realizar as diligenciais periciais necessárias, visto que não logrou êxito nas tentativas anteriores, uma vez que o Sr. (nome do morador) não autorizou o ingresso no imóvel (ou explicar outro motivo). Diante dos fatos, requer a Vossa Excelência a intimação do Sr. (nome do morador), bem como fazer constar no mandado que o seu descumprimento acarretará em crime de desobediência, autorizando o Perito a recorrer, se necessário, às forças policiais para o cumprimento do encargo que lhe foi incumbido. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.

Art. 271. O juiz determinará de ofício as intimações em processos pendentes, salvo disposição em contrário.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

79

Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso.

§ 1º. Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.

§ 2º. O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.

Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. § 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;

II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

80

PETIÇÃO SOLICITANDO AUXILIAR TÉCNICO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena na qual há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais vem, respeitosamente, requerer a Vossa Excelência, a designação de auxiliar técnico. Isto posto, requer a Vossa Excelência, que comece a correr o prazo para entrega do laudo somente após o auxiliar técnico ser designado e todas as partes estarem cientes, pelo fato da necessidade das diligências serem realizadas conjuntamente. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 579. Antes de proferir a sentença, o juiz nomeará um ou mais peritos para levantar o traçado da linha demarcanda.

Art. 581. A sentença que julgar procedente o pedido determinará o traçado da linha demarcanda.

Parágrafo único. A sentença proferida na ação demarcatória determinará a restituição da área invadida, se houver, declarando o domínio ou a posse do prejudicado, ou ambos.

Art. 585. A linha será percorrida pelos peritos, que examinarão os marcos e os rumos, consignando em relatório escrito a exatidão do memorial e da planta apresentados pelo agrimensor ou as divergências porventura encontradas.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

81

Art. 590. O juiz nomeará um ou mais peritos para promover a medição do imóvel e as operações de divisão, observada a legislação especial que dispõe sobre a identificação do imóvel rural.

Art. 595. Os peritos proporão, em laudo fundamentado, a forma da divisão, devendo consultar, quanto possível, a comodidade das partes, respeitar, para adjudicação a cada condômino, a preferência dos terrenos contíguos às suas residências e benfeitorias e evitar o retalhamento dos quinhões em glebas separadas.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

82

PETIÇÃO DE REQUERIMENTO DE REMESSA DOS AUTOS AO CONTADOR PARA QUE PROCEDA O CÁLCULO DE ATUALIZAÇÃO DE HONORÁRIOS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, requer a Vossa Excelência a remessa dos autos ao Contador Judicial, para que sejam feitos o cálculo e a atualização de seus honorários. Após, requer a intimação da parte sucumbente, pelo fato de não se tratar de beneficiária da Justiça Gratuita, para efetuar o depósito do valor apurado. Requer, também, após a efetivação do depósito, a expedição de mandado de pagamento em favor do ora Requerente. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.

§ 1º. O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

83

§ 2º. A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

84

PETIÇÃO DE SOLICITAÇÃO DE LIBERAÇÃO DE PARTE DOS HONORÁRIOS PARA PAGAMENTO DE DESPESAS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, requer a Vossa Excelência a liberação parcial de seus honorários, no valor de R$ (valor por extenso), pela necessidade de realizar despesas de (explicitar os motivos). Isto posto, requer a expedição de mandado de pagamento em favor do ora Requerente na quantia acima referida. Compromete-se a apresentar as contas relativas às despesas deste pedido, caso necessário e determinado. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.

§ 1º. Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

85

§ 2º. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.

Art. 84. As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.

Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.

§ 1º. O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente.

§ 2º. A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º.

§ 3º. Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser:

I - custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado;

II - paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça.

§ 4º. Na hipótese do § 3º, o juiz, após o trânsito em julgado da decisão final, oficiará a Fazenda Pública para que promova, contra quem tiver sido condenado ao pagamento das despesas processuais, a execução dos valores gastos com a perícia particular ou com a utilização de servidor público ou da estrutura de órgão público, observando-se, caso o responsável pelo pagamento das despesas seja beneficiário de gratuidade da justiça, o disposto no art. 98, § 2º.

§ 5º. Para fins de aplicação do § 3º, é vedada a utilização de recursos do fundo de custeio da Defensoria Pública.

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

§ 4º. O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

86

PETIÇÃO DE RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO DE PRETENSÃO DE HONORÁRIOS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, em atendimento a respeitável decisão de folha (citar número da folha), referente à impugnação dos honorários, elucidar e requer a Vossa Excelência: a) A quantia requerida para atender a demanda, inicialmente, deve-se à grande quesitação, conforme observado nas folhas (citar as folhas onde se encontram os quesitos). b) Pelo fato de haver inúmeros questionamentos, motiva-se a realização de várias diligências. c) (pode-se citar hipóteses complementar para reforçar a argumentação da petição). Isto posto, requer a rejeição da impugnação, deferindo, definitivamente, os aludidos honorários, por ser medida legal e de direito, determinando, por via de consequência, a parte responsável pelo adiantamento da supramencionada quantia a efetuação do depósito, objetivando assim, dar início às diligencias pericias. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

87

Art. 465. § 3º. As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

88

PETIÇÃO DE APRESENTAÇÃO DE LAUDO E LIBERAÇÃO DOS HONORÁRIOS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, respeitosamente, apresentar a Vossa Excelência, dentro do prazo legal, o Laudo Pericial em Anexo. Requer a liberação de seus honorários Isto posto, requer a expedição de mandado de pagamento em favor do ora Requerente. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

§ 4º. O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

Art. 473. O laudo pericial deverá conter:

I - a exposição do objeto da perícia;

II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

89

III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;

IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

§ 1º. As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.

§ 2º. O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;

II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.

§ 3º. Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

90

PETIÇÃO ELUCIDANDO DETERMINADO QUESI-TO SER MATÉRIA DE DIREITO E NÃO DE FATO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, respeitosamente, elucidar e requerer a Vossa Excelência, o que segue: a) Ao examinar a quesitação apresentada pelos interessados, pode constatar que o quesito nº (dizer o número) da Parte (autor/ré/interessado), constante de folha (dizer número da folha), refere-se a questionamento exclusivamente de direito; b) A perícia é uma diligência realizada por peritos para esclarecer ou evidenciar fatos, e não hipóteses de direito, que competem exclusivamente ao Juízo. Desta forma, fica a dúvida quanto ao entendimento do solicitado; c) O aferimento de honorários fica controverso, pelo fato de a solução para tal questionamento se fazer em diligência especial, discrepante da especialidade do ora Perito, motivando ressalvas em conexão com o art. 156 do Código de Processo Civil. d) Caso seja determinado em juízo, cumprirá o necessário, respondendo ao aludo quesito, tanto quanto possível; e) (se houver hipóteses complementares). Isto posto, requer, em primeiro momento, seja indeferido o quesito solicitado na letra “a“ acima, ou, na hipótese de ser autorizada sua permanência nos autos, fique facultado ao Perito, (fazer solicitação do indispensável ao cumprimento do indagado). Tão logo seja solucionado o supra requerido, de forma definitiva e com ciência de todos os interessados, o Perito apresentará sua proposta de honorários. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

91

Art. 470. Incumbe ao juiz:

I - indeferir quesitos impertinentes;

Art. 473. § 3º. Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

92

PETIÇÃO SOLICITANDO SUSPENSÃO DO PRAZO PARA ENTREGA DO LAUDO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, respeitosamente, elucidar e requerer a Vossa Excelência, o que segue: a) Conforme se pode constatar dos autos, o pedido de honorários periciais está em sede de apreciação através de recurso de agravo de instrumento, para solução pelo Tribunal de Justiça (colocar o Estado); b) Não tendo ciência quanto à remuneração pretendida, é necessária a prorrogação do prazo para entrega do Laudo até total ciência do que o Perito receberá pelo seu trabalho, pelo fato de ter compromissos com sua classe e, em especial a Tabela do Órgão de seu Instituto, não podendo, dessa forma, desprezar o que lá se encontra determinado; c) De igual relevância, possível eventual modificação substancial dos honorários requerido pode importar em se desviar deste encargo, por motivos alheios à sua vontade, e o mais conexo, conforme acima explicitado, o que não mais seria possível caso seja determinado o prosseguimento da prova com a entrega da peça técnica; d) (se houver hipóteses complementares). Isto posto, requer, estando ciente os interessados, que o prazo para a entrega do Laudo, só volte a ter curso após a decisão definitiva quanto aos honorários periciais. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

93

Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

94

PETIÇÃO DE PEDIDO DE SUSPENSÃO DO PRAZO PARA ENTREGA DO LAUDO, PELO FATO DE RECURSO CONTRA DECISÃO QUE HOMOLOGOU HONORÁRIOS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, elucidar e requer a Vossa Excelência: De fácil constatação nos autos, observa-se que o pedido de honorários periciais se encontra em sede de apreciação através de recurso de agravo de instrumento, para solução pelo Tribunal de Justiça (colocar o Estado). Por não ter ciência quanto à remuneração pretendida, impõe-se a prorrogação do prazo para entrega do Laudo até obter total ciência da quantia deferida pelo seu trabalho, pelo fato que, acima de tudo, há compromissos éticos com a classe e, especialmente, em relação a Tabela do Órgão de seu Instituto. Dessa forma, fica claro que não se pode desvalorizar o que lá está determinado; De igual relevância, possível eventual modificação substancial dos honorários requerido pode importar em se desviar deste encargo, por motivos alheios à sua vontade, e o mais conexo, conforme acima explicitado, o que não mais seria possível caso seja determinado o prosseguimento da prova com a entrega da peça técnica; (pode citar outras hipóteses complementares) Isto posto, requer, estando ciente os interessados, que o prazo para a entrega do Laudo, só volte a ter curso após a decisão definitiva quanto aos honorários periciais. Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

95

§ 2º. Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:

I - proposta de honorários;

§ 3º. As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95.

Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

96

PEDIDO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO PARA ENTREGA DO LAUDO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, elucidar e requer a Vossa Excelência: Como observável nos autos, pela grande quantidade de quesitos apresentados e a necessidade de apuração fática criteriosa da matéria, o prazo deferido por Vossa Excelência se tornou escasso, pelo fato de pretender, este Perito, obter as melhores colocações de ordem técnica, com o aprimoramento das diligencias concernentes; É fato que a matéria em análise, no entender deste Perito, não apresenta problemática de perigo e/ou urgência. Desse modo, não é possível gerar aos interessados danos irreparáveis ou de difícil solução, bem como a complexidade técnica para justificar alteração de rito. Assim, requer a Vossa Excelência, apresentando suas desculpas, a prorrogação do prazo pelo período de (dizer o tempo necessário). Ainda, requer que o prazo comece a correr a partir da ciência deste Perito, dando-se ciência imediata aos interessados, para os devidos fins de direito. É o que requer Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

97

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

98

PETIÇÃO DE SOLICITAÇÃO DE PROVIDÊNCIAS AO JUÍZO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena na qual há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor: (nome) Réu: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais vem, respeitosamente, informar e depois requerer a Vossa Excelência, o que segue: Foi determinado por este Juízo o início das diligências, pelo Perito, com ciência dos interessados. Este Perito, apesar de devidamente autorizado, foi impedido de ingressar no imóvel objeto da perícia para realizar a avaliação, pelo Sr (mencionar nome, qualificação e função que exerce no local) Houve tentativa, por parte deste Perito, de esclarecer sobre a importância de ingresso no local para atender a determinação judicial. Entretanto, não obteve qualquer êxito, prejudicando a diligência. (se houver interesse em complementar a história...) Isto posto, requer a Vossa Excelência a intimação do Sr (repetir nome, qualificação, etc) para que permita a entrada deste Perito no local objeto da prova pericial. Requer, ainda, designação de dia e hora para tal diligência, alertando ao Sr (fulano de tal) que o descumprimento da ordem judicial acarretará obtenção de reforço policial para atendimento da diligência. Dê-se ciência imediata aos interessados, para os devidos fins de direito. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

99

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

I - assegurar às partes igualdade de tratamento;

II - velar pela duração razoável do processo;

III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias;

IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;

Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação.

Art. 313. Suspende-se o processo:

IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;

V - quando a sentença de mérito:

a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;

b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;

VI - por motivo de força maior;

VIII - nos demais casos que este Código regula.

§ 4º. O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II.

Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente:

I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;

II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

100

PETIÇÃO PEDINDO PROVIDÊNCIAS QUE SOMENTE AS PARTES PODEM APRESENTAR

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, requer a Vossa Excelência: Que seja intimada a parte (autora/ré) para que no prazo fixado pelo Juízo entregue a esse perito (esclarecer o pretendido), com fim de realização da prova pericial, esclarecendo no mandado que o não cumprimento acarretará em aplicação das sanções legais, tanto civil quanto penalmente, dando ciência imediata aos interessados, para os devidos fins de direito. Isto posto, requer a Vossa Excelência, a prorrogação do prazo para entrega do laudo, justificável pela impossibilidade explicitada. Caso, assim não seja entendido, que suspenda-se o prazo, somente voltando a correr após o atendimento do presente acima. É o que requer. Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

I - assegurar às partes igualdade de tratamento;

II - velar pela duração razoável do processo;

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

101

III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias;

IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;

Art. 473. § 3º. Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

102

PETIÇÃO INDICANDO AS PARTES E INTERESSADOS O DIA E A HORA PARA INÍCIO DA DILIGÊNCIA

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, requerer a Vossa Excelência que sejam intimadas as partes e demais interessados para início da diligência da prova pericial no (citar o dia, a hora e o local exatos), ficando este Perito à disposição para informações complementares, se necessário e solicitado. É o que requer. Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso.

§ 2º. O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.

Art. 474. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início a produção da prova.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

103

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

104

PETIÇÃO DE CIÊNCIA A MORADOR DE IMÓVEL DO DIA E HORA DA DILIGÊNCIA

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for cidade pequena na qual há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais vem, respeitosamente, requerer a Vossa Excelência, a expedição de mandado para intimação do morador da (nome do morador, nome da rua, nº da casa) para que permita o ingresso deste Perito no imóvel, para realizar as diligenciais periciais. Isso deve-se ao fato de este Perito não ter logrado êxito na ultima tentativa de ingressar no imóvel, pois não obteve autorização do morador. Isto posto, requer a Vossa Excelência a ciência das partes sobre o ocorrido, bem como fazer constar no mandado que o seu descumprimento acarretará em crime de desobediência, autorizando o Perito a recorrer às forças policiais para fins de ingresso no imóvel. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.

Art. 403. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz ordenar-lhe-á que proceda ao respectivo depósito em cartório ou em outro lugar designado, no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o ressarça pelas despesas que tiver.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

105

Parágrafo único. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da responsabilidade por crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

106

PETIÇÃO DE ESCLARECIMENTO SOBRE EVENTUAL IMPUGNAÇÃO DO LAUDO

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, em resposta a respeitável decisão de Vossa Excelência, referente à impugnação do seu laudo, esclarecer, para depois requerer, o seguinte: O Perito atendeu, na elaboração da prova técnica, todos os requisitos técnicos pertencentes à hipótese. Dessa forma, não há qualquer motivação fática e/ou legal para se entender pela existência de falha na peça apresentada; Os incontáveis questionamentos mais se apresentam como inconformismo do Requerente com o conclusivo técnico, do que a presença de eventual mancha no laudo apresentado. Considera-se que não há motivo pelo qual não há razoabilidade nas sustentações apresentadas; Pode se perceber, com facilidade, que a(s) impugnação (s) feita (s) se resumem em (dizer os pontos falhos e/ou equivocados e justificar de forma técnica); (caso seja necessário maiores argumentações...) Isto posto, requer a rejeição da impugnação apresentada, por ser medida legal e de direito, ficando, este Perito, à disposição de Vossa Excelência para qualquer outra informação complementar. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

107

Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

§ 1º. As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.

§ 2º. O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;

II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.

§ 3º. Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.

Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando:

I - se tratar de falsidade de documento ou de preenchimento abusivo, à parte que a arguir;

II - se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o documento.

Art. 436. A parte, intimada a falar sobre documento constante dos autos, poderá:

I - impugnar a admissibilidade da prova documental;

II - impugnar sua autenticidade;

III - suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de falsidade;

IV - manifestar-se sobre seu conteúdo.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, a impugnação deverá basear-se em argumentação específica, não se admitindo alegação genérica de falsidade.

Art. 635. Entregue o laudo de avaliação, o juiz mandará que as partes se manifestem no prazo de 15 (quinze) dias, que correrá em cartório.

§ 1º. Versando a impugnação sobre o valor dado pelo perito, o juiz a decidirá de plano, à vista do que constar dos autos.

§ 2º. Julgando procedente a impugnação, o juiz determinará que o perito retifique a avaliação, observando os fundamentos da decisão.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

108

PETIÇÃO DE ESCLARECIMENTO SOBRE A RESPOSTA A IMPUGNAÇÃO OU A QUESITAÇÃO SUPLEMENTAR

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, em resposta a respeitável decisão de Vossa Excelência, referente à(impugnação do seu laudo ou quesitação suplementar), esclarecer, para depois requerer, o seguinte: O Perito atendeu, em todos os aspectos ao questionamento apresentado, conforme se pode comprovar das respostas já anexadas à(s) fls.(s) (dizer número das folhas). Dessa forma, entende que seja o suficiente para o estabelecimento do correto conclusivo da peça técnica. Apesar de se ratificar o já defendido, volta a enfatizar, em novo esclarecimento que mantém seu posicionamento anunciado no sentido de (repetir a sustentação inicialmente efetuada); Isto posto, requer a rejeição da impugnação apresentada, pelo fato de ratificar em todos os seus termos o Laudo apresentado. Fica à disposição de Vossa Excelência para qualquer outra informação complementar. É o que requer, Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

109

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.

Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento.

Art. 470. Incumbe ao juiz:

I - indeferir quesitos impertinentes;

II - formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa.

Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

§ 1º. As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.

§ 2º. O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;

II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.

§ 3º. Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.

§ 4º. O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

110

PETIÇÃO SOBRE NOVOS E SUCESSIVOS ESCLARECIMENTOS

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, respeitosamente, informar a Vossa Excelência que ratifica todos os posicionamentos anteriormente apresentados e que não há novos esclarecimentos a prestar, pois toda a matéria já foi esgotada e as novas questões que foram apresentadas pelo Requerente à(s) fl.(s) (dizer número das folhas) encontram-se nas peças técnicas, presentes nos autos à(s) fl.(s) (dizer o número). Portanto, resume-se o novo questionamento em desdobramento de anteriores quesitos, dessa forma, ficando clara que nada mais tem a acrescentar, bem como há impossibilidade técnica de modificação do conclusivo e fundamentação de seu Laudo. Entretanto, fica este Perito à disposição do Juízo para o que for determinado. Requer, a Vossa Excelência, a juntada desta aos autos, para ciência dos interessados e devidos fins de direito, ratificando o Laudo e anteriores esclarecimentos. É o que requer. Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

111

Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada dos quesitos aos autos.

Art. 470. Incumbe ao juiz:

I - indeferir quesitos impertinentes;

II - formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

112

PETIÇÃO REQUERENDO A ENTREGA DAS CHAVES DE IMÓVEL VAZIO AO PERITO, PARA FINS DE REALIZAR DILIGÊNCIA LOCAL

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, respeitosamente, requerer a Vossa Excelência que seja feita a intimação da Parte (mencionar qual a parte) para que deposite nesta Vara as chaves do imóvel, que é objeto da prova pericial, pelo fato de encontrar-se vazio, não havendo no local quem possa autorizar a entrada do Perito para as diligências necessárias. Isto posto, requer a Vossa Excelência, que após apresentadas as chaves, que se notifique este Perito, para fins de designação de dia, hora e local para a diligência do imóvel, tornando ciente todos os interessados. É o que requer. Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 473. § 3º. Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

113

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

114

PETIÇÃO COMUNICANDO FATO OCORRIDO DURANTE A DILIGÊNCIA, OBJETIVANDO PREVENIR DIREITOS E RESPONSABILIDADES

Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se forem cidades pequenas onde há uma vara apenas) Vara Cível de (nome da cidade) – (abreviação da UF) Autor.: (nome) Réu.: (nome) Ação: (tipo de ação) Processo nº: (número do processo) (nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito deste Juízo, devidamente qualificado nos autos processuais, vem, respeitosamente, elucidar e requerer a Vossa Excelência: Na forma legal, este Perito deu início às diligências periciais. Entretanto, ocorreu (transcrever o que ocorreu); Em decorrência dos fatos supramencionados este Perito entendeu que é devido suspender todos os atos periciais, objetivando levar ao conhecimento de Vossa Excelência e dos demais interessados o ora esposado. Este Perito sugere a Vossa Excelência que tome providências no sentido de (colocar o que acha cabível para a hipótese); (discorrer sobre outras hipóteses, o que mais for relevante para o caso concreto, se de interesse) Dessa forma, aguarda a solução do Juízo para fins de dar prosseguimento nas diligências periciais, requerendo a suspensão do prazo para entrega do Laudo. É o que requer. Pede deferimento. (Cidade, UF), _____de __________de _____ _________[assinatura do perito]_______ (Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe

Art. 5º. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Curso de

Perito Judicial para Corretores Avaliadores de

Imóveis

115

Art. 6º. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Art. 313. Suspende-se o processo:

I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;

II - pela convenção das partes;

III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;

IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;

V - quando a sentença de mérito:

a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;

b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;

VI - por motivo de força maior;

VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;

VIII - nos demais casos que este Código regula.

Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal.

Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso.

Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente:

I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;

II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.