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LEGALE Curso de Prática Previdenciária Aposentadoria por idade e por tempo de contribuição 1 Professor: Dr. José Antonio Savaris Dia 15/02/2014 Estudo de Caso 01 Aposentadoria por idade rural. Comprovação de tempo de serviço rural. Prova Material. Necessidade. Prova material relativa ao período de carência. Prova material em nome de outro membro do grupo familiar, no caso de trabalhourbanodeste. 2

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  • LEGALE

    Curso de Prtica PrevidenciriaAposentadoria por idade e por tempo de contribuio

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    Professor: Dr. Jos Antonio SavarisDia 15/02/2014

    Estudo de Caso 01 Aposentadoria por idade rural. Comprovao de tempo

    de servio rural. Prova Material. Necessidade. Provamaterial relativa ao perodo de carncia. Prova materialem nome de outro membro do grupo familiar, no caso detrabalho urbano deste.

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  • Dispensa de prova material? (...) A Primeira Seo do E. Superior Tribunal de Justia,

    no julgamento do REsp 1.321.493/PR, submetido sistemtica dos recursos repetitivos, prevista no artigo 543-C do CPC, consolidou entendimento de que a smula 149 daquela Corte se aplica aos trabalhadores boias-frias, sendo inafastvel a exigncia de incio de prova material, corroborada com prova testemunhal, para a comprovao de tempo de servio. (TRF4, AC 0009713-06.2012.404.9999, Sexta Turma, Relator Nfi Cordeiro, D.E. 07/03/2013).

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    REsp 1321493/PR (...) Aplica-se a Smula 149/STJ ("A prova

    exclusivamente testemunhal no basta comprovao daatividade rurcola, para efeitos da obteno de benefcioprevidencirio") aos trabalhadores rurais denominados"boias-frias", sendo imprescindvel a apresentao deincio de prova material.

    Por outro lado, considerando a inerente dificuldadeprobatria da condio de trabalhador campesino, o STJsedimentou o entendimento de que a apresentao deprova material somente sobre parte do lapso temporalpretendido no implica violao da Smula 149/STJ, cujaaplicao mitigada se a reduzida prova material forcomplementada por idnea e robusta prova testemunhal(...).

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  • Contemporaneidade da prova material perodo de carncia (...) para concesso de aposentadoria por idade rural, no

    se exige que a prova material do labor agrcola se refira atodo o perodo de carncia, desde que haja provatestemunhal apta a ampliar a eficcia probatria dosdocumentos, como na hiptese em exame (AR 4.094/SP,3 Seo, DJ 08/10/2012).

    Prova no contempornea ao perodo de carncia: AgRgno Ag 1419422/MG, Rel. Ministra Assusete Magalhes,6a Turma, j. 21/05/2013, DJ 03/06/2013)

    TNU: 200581100010653/CE parte do perodo TNU: 200682015052084/PB fora do perodo

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    Prova material em nome de outro componente do grupo familiar

    Em exceo regra geral fixada no item anterior, aextenso de prova material em nome de um integrantedo ncleo familiar a outro no possvel quandoaquele passa a exercer trabalho incompatvel com olabor rurcola, como o de natureza urbana. (REsp1304479/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin,Primeira Seo, j. 10/10/2012, DJe 19/12/2012)

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  • Prova material em nome de outro componente do grupo familiar

    Observaes: a) Permanece a eficcia probante dos documentos em

    relao ao perodo que o marido ou pai eraefetivamente trabalhador rural

    b) Permanece a eficcia probante dos documentos seevidenciado que continuaram a ser emitidos em nomedo chefe da famlia, o qual deixou de exerceratividade rural.

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    Estudo de Caso 02 Em ao judicial que tramitava perante a Justia Federal

    comum (no Juizados Especiais Federais), o segurado tem judicialmente negado direito aposentadoria rural por idade sob fundamento de inexistncia de prova material em relao ao perodo de carncia.

    Posteriormente consegue reunir alguns documentos que podem servir como prova material e ajuza, no prazo legal, ao rescisria perante o TRF competente, com fundamento no art. 485, VII, do CPC.

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  • Ao rescisria e novo documento (...) 1. A jurisprudncia dominante desta Corte Superior se

    orienta no sentido de que possvel o acolhimento da aorescisria, ante a juntada de documento novo, nas hiptesescomo a dos autos, em que se pleiteia aposentadoria rural poridade, quando apresentada, alm de outras provas, certides,como a de casamento, nascimento ou bito, em que se atesta oofcio de trabalhador rural do marido da demandante. 2. ATerceira Seo desta Corte Superior, levando em conta ascondies desiguais pelas quais passam os trabalhadores rurais,tem adotado a soluo pro misero, entendendo irrelevante ofato de o documento apresentado ser preexistente propositurada ao (...).

    (AR 2.197/MS, Terceira Seo, j. 28/03/2012, DJe 3/04/2012)9

    Ao rescisria e novo documento (....) os documentos apresentados por ocasio da propositura

    da rescisria autorizam a resciso do julgado com base no art.485, VII, do CPC, embora j existentes quando ajuizada a aoordinria. A soluo pro misero adotada em razo dasdesiguais condies vivenciadas pelos trabalhadores rurais. 2.O benefcio pleiteado no foi concedido pelo arestorescindendo apenas em razo de a prova dos autos serexclusivamente testemunhal. 3. Existindo incio de provamaterial a corroborar os depoimentos testemunhais no hcomo deixar de reconhecer o direito da parte autora concesso do benefcio, em razo da certido de casamento oraapresentada, comprobatria de sua condio de trabalhadorarural. Precedentes do STJ (...).

    (AR 3.644/SP, Terceira Seo, j. 26/05/2010, DJe 28/06/2010)10

  • Estudo de Caso 03 Aposentadoria por tempo de contribuio e Aposentadoria

    por idade (rural ou urbana). Juzo de improcednciatransitado em julgado. Nova discusso da causa luz deelementos decisivos que demonstram, por si s, a existnciado direito e, por consequncia, a injustia da decisoanterior. Coisa julgada em matria previdenciria.

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    Coisa julgada previdenciria Mrio ajuizou ao de aposentadoria por idade rural nos

    Juizados Especiais Federais que foi julgada improcedenteao argumento de insuficincia de prova material. Aps otrnsito em julgado da deciso, Mrio encontra adocumentao que lhe separava do direito ao benefcioprevidencirio. Tratava-se de contundente prova materialdo exerccio de atividade rural no perodo de carncia.No h espao para rescisria.

    Haveria espao para nova ao judicial?

  • Coisa julgada previdenciria Em sua primeira sesso em composio permanente, a 3a

    Turma Recursal do Paran (30/01/2013), embora tendo julgadoimprocedente pedido de concesso de aposentadoria rural poridade, expressamente possibilitou ao segurado a renovao dopedido desde que fortalecido o conjunto probatrio. Com isso,aplica-se na prtica a coisa julgada previdenciria estabelecidade acordo com a prova dos autos, de modo a no sepultar aschances do trabalhador receber a proteo previdenciria a quefaz jus.

    RI 5008936-34.2011.404.7003/PR, j. 30/01/2012, Rel. Juiz Federal Jos Antonio Savaris.

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    Coisa julgada previdenciria No demonstrado o fato constitutivo do direito da parte

    autora, impe-se a denegao de proteo social correspondente, "sem prejuzo, contudo, da promoo de outra ao em que se enseje a produo de prova adequada" (Pet 7115/PR, Rel. Ministro Napoleo Nunes Maia Filho, Terceira Seo, julgado em 10/03/2010, DJe 06/04/2010).

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  • Estudo de Caso 04

    Aposentadoria por idade rural. Trabalhador rural nocumpre o requisito de exercer atividade rural, no perodoimediatamente anterior ao requerimento, ainda de quede forma descontnua, pelo nmero de mesescorrespondentes carncia exigida para a concesso dobenefcio. Possibilidade de computar tempo decontribuio vertido em outras classes de segurado. Casoda aposentadoria hbrida.

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    Previso normativa da

    aposentadoria hbrida Lei 8.213/91, art. 48, 3:

    Os trabalhadores rurais de que trata o 1o deste artigo que no atendam ao disposto no 2o deste artigo, mas que satisfaam essa condio, se forem considerados perodos de contribuio sob outras categorias do segurado, faro jus ao benefcio ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.

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  • Possibilidades hermenuticas Permitir o livre cmputo do tempo de servio rural

    com o tempo de contribuio relativo atividade exercida em outras categorias, mediante contribuio.

    Reconhecer que a extenso legal apenas destinadas aos que se encontram em atividade rural ao tempo do requerimento administrativo

    Anlise do caso concreto para verificar qual o tempo rural (que perodo) pode ser considerado para aposentadoria e que espcie de trabalhador pode se beneficiar da proteo (se rural ou tambm o urbano).

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    Necessidade de se encontrar

    vinculado ao campo 1. De acordo com entendimento pacificado desta TRU,

    para fazer jus ao benefcio previsto no artigo 48, 3, daLei 8.213/91, o segurado, ao implementar o requisitoetrio, deve permanecer vinculado ao campo. 2. Asnovas normas da aposentadoria por idade noalcanam aquele que h tempo desempenhouatividade rural, porm perdeu, de forma definitiva, ocontato com o labor do campo. 3. Agravo regimentalconhecido e desprovido. (PEDILEF 0006206-07.2010.404.7251, TRU4, Rel. Gerson Godinho daCosta, D.E. 14/06/2012)

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  • Necessidade de se encontrar

    vinculado ao campo TNU (PEDILEF 2008.50.51.001295-0, Rel. Juiz Federal

    Paulo Ernane Moreira Barros, j. 04/09/2013).

    a Lei 11.718/2008 passou a autorizar que o trabalhadorrural (segurado especial) utilize-se de contribuiesvertidas para o regime urbano, para fins de carnciada aposentadoria por idade rural. Todavia, o contrriocontinua no sendo permitido.

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    Cmputo de tempo rural com

    urbano A Lei n. 11.718/08 instituiu a possibilidade de outorga do

    benefcio de aposentadoria por idade ao trabalhador rural, com o implemento da carncia mediante o cmputo do tempo de servio prestado em outras categorias - como empregado urbano ou contribuinte individual, v.g. - desde que haja o implemento da idade mnima de 60 anos para mulher e 65 anos para homem. 5. Somado o tempo de servio rural, sem o correspondente suporte contributivo, ao tempo de servio urbano, a autora preenche a carncia e os demais requisitos da aposentadoria por idade devida ao segurado, fazendo jus ao benefcio a contar da data do requerimento administrativo, nos termos da Lei n. 11.718/2008. (TRF4, AC 0012633-50.2012.404.9999, Sexta Turma, Relator Joo Batista Pinto Silveira, D.E. 25/09/2013)

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  • Estudo de Caso 05

    Aposentadoria por idade ou Aposentadoria por tempode contribuio. Cmputo do perodo de carncia.Cmputo do tempo em gozo de benefcio porincapacidade para fins de carncia.

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    Tempo de gozo de benefcio por

    incapacidade e carncia 1. possvel a contagem, para fins de carncia, do perodo

    no qual o segurado esteve em gozo de benefcio por incapacidade, desde que intercalado com perodos contributivos (art. 55, II, da Lei 8.213/91). Precedentes do STJ e da TNU. 2. Se o tempo em que o segurado recebe auxlio-doena contado como tempo de contribuio (art. 29, 5, da Lei 8.213/91), consequentemente, deve ser computado para fins de carncia. a prpria norma regulamentadora que permite esse cmputo, como se v do disposto no art. 60, III, do Decreto 3.048/99. (REsp 1334467/RS, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, j. 28/05/2013, DJe 05/06/2013).

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  • TRF da 4 Regio O perodo em que o segurado esteve em gozo de

    benefcio por incapacidade (auxlio-doena e aposentadoria por invalidez) computvel para fins de carncia, desde que intercalado com perodos contributivos (Precedentes desta Corte) (TRF4, AC 0021331-45.2012.404.9999, Sexta Turma, Relator Joo Batista Pinto Silveira, D.E. 06/03/2013)

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    Estudo de Caso 06

    Aposentadoria por idade ou Aposentadoria por tempode contribuio. Cmputo do perodo de carncia.Validade de contribuio recolhida fora do prazo legal.

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  • Recolhimento em atraso e carncia

    1. da data do efetivo pagamento da primeira contribuio sematraso que se inicia a contagem do perodo de carncia quando setratar de contribuinte individual. 2. As contribuiesprevidencirias recolhidas em atraso, em perodo anterior aoprimeiro pagamento sem atraso, no podem ser consideradas parao cmputo do perodo de carncia, nos termos do art. 27, II, da Lein. 8.213/1991. Precedentes. 3.Recurso especial provido. (REsp1376961/SE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,SEGUNDA TURMA, julgado em 28/05/2013, DJe 04/06/2013)

    Inadmissibilidade; (REsp 870.920/SP, Rel. Ministro FELIXFISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 03/04/2007, DJ14/05/2007, p. 390)

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    TRU4 ( 5000391-81.2012.404.7118, D.E.

    28/05/2012)

    (...) 1. Aps o recolhimento da primeira contribuiotempestiva, as contribuies vertidas em atraso pelocontribuinte individual podero ser computadas paraefeito de carncia, desde que o seu recolhimento se denquanto mantida a qualidade de segurado relativaqueles recolhimentos vlidos. 2. Indevido o cmputo,para efeitos de carncia, das contribuies recolhidasem atraso que se refiram a momento anterior novafiliao, quando no ostentava, o contribuinte, aqualidade de segurado da Previdncia Social.

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  • Problema inexistente para os

    segurados empregados e avulso As obrigaes da empresa de que trata o art. 30, I, alneas a

    e b, da Lei 8.212/91.

    A presuno do desconto de que trata o art. 33, 5 , da Lei 8.212/91.

    Extenso da determinao de desconto da remunerao dos contribuintes individuais (Lei 10/666/03, art. 4).

    Em relao aos empregados domsticos...

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    Empregada domstica (...) O recolhimento das contribuies previdencirias

    ao Regime Geral de Previdncia Social encargo do empregador, sendo que a autora no pode ser prejudicada pelo no cumprimento de uma obrigao tributria pela qual no responsvel (TRF4, AC 0001596-26.2012.404.9999, Quinta Turma, Relator Candido Alfredo Silva Leal Junior, D.E. 05/07/2012).

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  • Extenso da presuno de desconto AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL.

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.EMPREGADA DOMSTICA. CARNCIA.COMPROVAO. I - A legislao atribuiu exclusivamenteao empregador domstico, e no ao empregado, aresponsabilidade quanto ao recolhimento dascontribuies previdencirias (ex vi do art. 30, inciso V, daLei n 8.212/91). II - A alegada falta de comprovao doefetivo recolhimento no permite, como conseqncialgica, a inferncia de no cumprimento da carnciaexigida.

    (AgRg no REsp 331.748/SP, Rel. Min. Felix Fischer, 5 Turma, j. 28/10/2003, DJ 09/12/2003)

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    Estudo de Caso 07

    Aposentadoria por idade urbana e aposentadoria portempo de contribuio. Apresentao de novosdocumentos em juzo. Alegaes inditas em Juzo.Interesse de agir e data de incio do benefcio.

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  • Interesse de agir e novas alegaes

    em juzo (...) 1. A funo jurisdicional dos direitos fundamentais de

    proteo social no deve olhar com proeminncia para o ato doPoder Pblico que se contrape ao direito pleiteado peloparticular ou para o modo como restou formalizada a tutelaadministrativa. Antes, por uma questo de respeito aos direitosfundamentais, a jurisdio de proteo social deve devotar-se aoacertamento da relao jurdica, o que implica investigar o querealmente importa: se o direito social pretendido existe e qualsua real extenso.

    2. Na perspectiva da primazia do acertamento, desde queprestada a tutela administrativa e analisado o direitoprevidencirio reivindicado em juzo, abre-se espao para aatuao jurisdicional de definio da relao jurdica de proteosocial. O que importa, nessa perspectiva, definir a relaojurdica de proteo social e no investigar se uma determinadacircunstncia ftica foi ou no apreciada originariamente pelaAdministrao Pblica (...).

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    3a Turma Recursal/PR, j. 06/03/13

    (...) 3. Em face da grande complexidade dos mecanismosde proteo e respectiva legislao, os indivduos no seencontram em situao de tomar decises de formainformada e responsvel, tendo em conta as possveisconseqncias. Se a Administrao Previdenciria deixade orientar o segurado acerca de seus direitos e noavana para conhecer sua realidade, acarretando com talproceder a iluso do direito devida proteo social(direito mais eficaz proteo social), ela, ainda que demodo implcito, opera, por omisso, verdadeira leso adireito.

    (RI 5006803-19.2011.404.7003, Rel. Juiz Federal JoseAntonio Savaris)

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  • Alegaes inditas e efeitos

    financeiros, TNU (..) 1. Na dico da Smula 33 da TNU, Quando o

    segurado houver preenchido os requisitos legais para aconcesso de aposentadoria por tempo de servio nada datado requerimento administrativo, esta data ser o termoinicial da concesso do benefcio. 2. Em Incidentes deUniformizao Nacional recentemente julgados,reafirmou-se a noo de que a tarefa de fixao da data deincio do benefcio DIB (no caso de concesso debenefcio) ou a majorao da renda mensal inicial RMI(no caso de reviso de benefcio) deve ser orientada pelaidentificao da data em que foram aperfeioados todos ospressupostos legais para a outorga da prestaoprevidenciria nos termos em que judicialmentereconhecida (...)

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    TNU, PEDILEF 200872550057206 3. A assuno de tal linha de entendimento em todas as

    suas consequncias impe reconhecer que, para efeito da fixao dos efeitos temporais da determinao judicial de concesso ou de reviso de benefcio previdencirio, tambm irrelevante que o requerimento administrativo contenha, de modo formal, a especfica pretenso que, posteriormente, foi reconhecida em Juzo. 4. desimportante que o processo administrativo contenha indcios de que uma especfica pretenso do beneficirio (por exemplo, cmputo de tempo rural, reconhecimento da natureza especial da atividade, reconhecimento de tempo de servio urbano informal) tenha sido deduzida perante a Administrao Previdenciria.

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  • Alegaes inditas e efeitos

    financeiros, TNU 5. Interpretao distinta que condicionasse a eficcia

    de proteo social formalizao de requerimento administrativo com todas as variantes fticas significaria, a um s tempo, exigir da pessoa que se presume hipossuficiente em termos de informaes o conhecimento dos efeitos jurdicos de circunstncias fticas que lhe dizem respeito, e a criao, pela via judicial, de norma jurdica restritiva de direitos sociais, na contramo da regra hermenutica fundamental segundo a qual as normas previdencirias devem ser interpretadas favoravelmente s pessoas para as quais o sistema previdencirio foi institudo.

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    6. altamente conveniente Administrao Previdenciriasocorrer-se, em Juzo, da prova cabal de sua ineficincia e deinaceitvel inadimplncia na prestao do devido servio social aseus filiados (Lei 8.213/91, art. 88), buscando convolar ilegalomisso de ativa participao no processo administrativo emlocupletamento sem causa, custa justamente dodesconhecimento de seus filiados. Neste sentido, acrescente-se,tanto mais enriqueceria a Administrao quanto mais simples edesconhecedor de seus direitos fosse o indivduo. 7. Os efeitos daproteo social determinada judicialmente (fixao da DIB ou danova RMI do benefcio) vinculam-se data do requerimentoadministrativo, ainda que o processo administrativo no indiqueque uma especfica circunstncia ftica foi alegada peloleigo pretendente ao benefcio (...) (Rel. p/ Acrdo Juiz JosAntonio Savaris, DJ 29/04/11)

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  • Comprovado o exerccio de atividade rural, tem o seguradodireito reviso de seu benefcio de aposentadoria portempo de contribuio, desde o requerimentoadministrativo, pouco importando se, naquela ocasio, ofeito foi instrudo adequadamente, ou mesmo se continha,ou no, pedido de reconhecimento do tempo de serviorural. No entanto, relevante o fato de quela poca, j terincorporado ao seu patrimnio jurdico o direito aocmputo a maior do tempo de servio, nos temos em quefora comprovado posteriormente em juzo (STJ, AgRg noREsp 1128983/SC, Rel. Ministro Marco Aurlio Bellizze,Quinta Turma, j. 26/06/2012, DJe 07/08/2012).

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    Muito obrigado!

    No procures tornar-te juiz, se no fores bastanteforte para destruir a iniqidade, para que no aconteaque temas perante um homem poderoso, e teexponhas a pecar contra a eqidade (Eclesistico, 7:6)

    URL da Homepage: www.joseantoniosavaris.com.br

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