CURSO DE FILOSOFIA PRÁTICA

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CURSO DE FILOSOFIA PRTICA Adquira conhecimentos sobre como mudar o mundo mesmo sim EA

ETICAA palavra tica originada do grego ethos, que significa modo de ser, carter. Atravs do latim mos (ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra moral. para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivduo - sociedade. Define-se Moral como um conjunto de normas, princpios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivduo no seu grupo social. Moral e tica no devem ser confundidos: enquanto a moral normativa, a tica terica e busca explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade[2], bem como fornecer subsdios para a soluo de seus dilemas mais comuns. Porm, deve-se deixar claro que etimologicamente "tica" e "moral" so expresses sinnimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda sua traduo para o latim. A tica tambm no deve ser confundida com a lei, embora com certa freqncia a lei tenha como base princpios ticos. Ao contrrio do que ocorre com a lei, nenhum indivduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivduos, a cumprir as normas ticas, nem sofrer qualquer sano pela desobedincia a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questes abrangidas no escopo da tica[2]. Modernamente, a maioria das profisses tem o seu prprio cdigo de tica profissional, que um conjunto de normas de cumprimento obrigatrio, derivadas da tica, freqentemente incorporados lei pblica. Nesses casos, os princpios ticos passam a ter fora de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses cdigos no esto incorporados lei, seu estudo tem alta probabilidade de exercer influncia, por exemplo, em julgamentos nos quais se discutam fatos relativos conduta profissional. Ademais, o seu no cumprimento pode resultar em sanes executadas pela sociedade profissional, como censura pblica e suspenso temporria ou definitiva do direito de exercer a profisso. Tanto ethos (carter) como mos (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que no natural, o homem no nasce com ele como se fosse um instinto, mas que adquirido ou conquistado por hbito (VZQUEZ). Portanto, tica e moral, pela prpria etimologia, diz respeito a uma realidade humana que construda histrica e socialmente a partir das relaes coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.[1]

. Em

Filosofia, tica significa o que bom para o indivduo e para a sociedade, e seu estudo contribui

A tica pode ser interpretada como um termo genrico que designa aquilo que freqentemente descrito como a "cincia da moralidade", seu significado derivado do grego, quer dizer 'Casa da

Alma', isto , suscetvel de qualificao do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. Em Filosofia, o comportamento tico aquele que considerado bom, e, sobre a bondade, os antigos diziam que: o que bom para a leoa, no pode ser bom gazela. E, o que bom gazela, fatalmente no ser bom leoa. Este um dilema tico tpico. Portanto, de investigao filosfica, e devidas subjetividades tpicas em si, ao lado da metafsica e da lgica, no pode ser descrita de forma simplista. Desta forma, o objetivo de uma teoria da tica determinar o que bom, tanto para o indivduo como para a sociedade como um todo. Os filsofos antigos adotaram diversas posies na definio do que bom, sobre como lidar com as prioridades em conflito dos indivduos versus o todo, sobre a universalidade dos princpios ticos versus a "tica de situao". Nesta, o que est certo depende das circunstncias e no de qualquer lei geral. E sobre se a bondade determinada pelos resultados da ao ou pelos meios pelos quais os resultados so alcanados. O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e responder seguinte pergunta: Como devo agir perante os outros?. Trata-se de uma pergunta fcil de ser formulada, mas difcil de ser respondida. Ora, esta a questo central da Moral e da tica. Enfim, a tica julgamento do carter moral de uma determinada pessoa. Como Doutrina Filosfica, a tica essencialmente especulativa e, a no ser quanto ao seu mtodo analtico, jamais ser normativa, caracterstica esta, exclusiva do seu objeto de estudo, a Moral. Portanto, a tica mostra o que era moralmente aceito na Grcia Antiga possibilitando uma comparao com o que moralmente aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando atravs da comparao, mudanas no comportamento humano e nas regras sociais e suas conseqncias, podendo da, detectar problemas e/ou indicar caminhos. Como Doutrina Filosfica, a tica essencialmente especulativa e, a no ser quanto ao seu mtodo analtico, jamais ser normativa, caracterstica esta, exclusiva do seu objeto de estudo, a Moral. Portanto, a tica mostra o que era moralmente aceito na Grcia Antiga possibilitando uma comparao com o que moralmente aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando atravs da comparao, mudanas no comportamento humano e nas regras sociais e suas conseqncias, podendo da, detectar problemas e/ou indicar caminhos. Alm de tudo ser tico fazer algo que te beneficie e, no mnimo, no prejudique o "outro". Eugnio Bucci, em seu livro Sobre tica e Imprensa, descreve a tica como um saber escolher entre "o bem" e "o bem" (ou entre "o mal" e o mal"), levando em conta o interesse da maioria da sociedade. Ao contrrio da moral, que delimita o que bom e o que ruim no comportamento dos indivduos para uma convivncia civilizada, a tica o indicativo do que mais justo ou menos injusto diante de possveis escolhas que afetam terceiros.

A tica tem sido aplicada na economia, poltica e cincia poltica, conduzindo a muitos distintos e no-relacionados campos de tica aplicada, incluindo: tica nos negcios e Marxismo. Tambm tem sido aplicada estrutura da famlia, sexualidade, e como a sociedade v o papel dos indivduos, conduzindo a campos da tica muito distintos e norelacionados, como o feminismo e a guerra, por exemplo. A viso descritiva da tica moderna e, de muitas maneiras, mais emprica sob a filosofia Grega clssica, especialmente Aristteles. Inicialmente, necessrio definir uma sentena tica, tambm conhecido como uma afirmativa normativa. Trata-se de um juzo positivo ou negativo (em termos morais) de alguma coisa. Sentenas ticas so frases que usam palavras como bom, mau, certo, errado, moral, imoral, etc. Aqui vo alguns exemplos: Salomo uma boa pessoa As pessoas no devem roubar A honestidade uma virtude

Em contraste, uma frase no-tica precisa ser uma sentena que no serve para uma avaliao moral. Alguns exemplos so: Salomo uma pessoa alta As pessoas se deslocam nas ruas "Joo o chefe".

A principal lei tica na robtica que: Um rob jamais deve ser projetado para machucar pessoas ou lhes fazer mal

Na biologia: Um assunto que bastante polmico a clonagem: uma parte dos ativistas considera

que, pela tica e bom senso, a clonagem s deve ser usada, com seu devido controle, em animais e plantas somente para estudos biolgicos - nunca para clonar seres humanos.

O HOMEM E O COSMOSNa antiguidade alguns corpos celestes j eram conhecidos pelos humanos, pois so visveis a olho nu. Desde o instante em que o humano Homo Sapiens comeou seu lento processo evolutivo do celebro, ao deparar com a imensido do cosmo, com a beleza espacial, jamais sossegou, vive sempre em busca de novos fatos que esclarea velhas indagaes. De onde vim? Para onde vou? O que a vida realmente significa? Mas demorou muito at esse mesmo homem comear a entender o que de fato ocorre no cu. Tudo comeou a mudar com Nicolau Coprnico, h uns quinhentos anos. Pouco, se olharmos o quanto ficamos a vagar sem informaes e pesquisas contundentes e confiveis por essa Terra que se dizia centro de todo o universo.

Ptolomeu, astrnomo de Alexandria, lana a teoria, no sculo 2 A.C, de que a Terra era o centro do Universo. Tese essa que perduraria por quase dois mil anos. O Geocentrismo de Ptolomeu profanava que a Terra era o centro enquanto que o Sol junto a todas as outras Estrelas e Corpos celestes giravam a sua volta. A Terra estava numa posio de deus. A Igreja adotou essa mxima como dogma dando maior valor a casa onde morava. Na poca em que vivera o brilhante sbio grego, por sinal, um dos ltimos, criador de vrias obras, em reas diferentes, entre elas: astronomia, fsica, geografia, matemtica e geometria; nesse perodo j se sabia da existncia de alguns famosos astros que compem o Sistema Solar: Mercrio, Vnus, Marte, Jpiter, saturno alm da nossa Lua e do Sol, todos vistos a olho nu.

Aps 18 sculos de puro domnio a teoria do Geocentrismo fora questionada por um polons de nome, Nicolau Coprnico. O mundo terrestre sofreu um grande impacto. Antes a Terra era o centro, todos os astros giravam ao seu redor (Geocentrismo), nesse momento o Sol passava a imperar soberano (Heliocentrismo). Coprnico nascera na Polnia em 1473, estudou diversas cincias, viajou para Itlia em 1496, a fim de aprimorar seus conhecimentos em Medicina e astronomia. Ao ser nomeado cnego de Frauenburg, retornou a sua terra natal, dedicando-se a astronomia. Coprnico morreu em 1543.

Em 1610, Galileu Galilei descobre quatro satlites de jpiter, um desses o maior existente no Sistema Solar (Ganimedes). Aps essas observaes ele passou a defender a teoria de Coprnico. Esse feito foi possvel por causa de um dos seus incrveis inventos, inventara uma luneta aps ter tido conhecimento da criao de um telescpio pela Holanda. Com a luneta ele pde comprovar que o Sol era o centro, enquanto que a Terra era um entre tantos outros corpos que giravam ao seu redor. A Igreja sentindo ameaada o chamou a julgamento em Roma, em 1611 e acabou sendo julgado pela Inquisio. Teve que assinar um documento onde se retratava apenas para no ser condenado. Voltou a suas pesquisas somente depois de sete anos transcorridos. Morreu cego e condenado pela Inquisio em 1642.

Os nmeros de corpos celestes aumentaram de oito para dezessete. Cristian Huygens, fsico, astrnomo, nasceu em Haia, na Holanda, em 1629, e Giovanni Domenico Cassine, professor de astronomia, nascido em Perinaldo, Repblica de Gnova, atual Itlia, em 1625 foram os descobridores. No sculo dezoito, William Herschel, astrnomo britnico, que nascera em 1738, descobriu um novo planeta e o batizou de Georgium Sidus, em homenagem ao rei do seu pas, Jorge III. Em 1850, esse planeta ganhou o nome que tem hoje: Urano.

Quem afinal descobriu Netuno? Entre 1821 e 1846 dois cientistas brigavam para provar quem de fato havia descoberto o planeta. Um foi o francs Urbain le Verrier que conseguiu atravs de clculos descobrir o planeta. O outro fora o ingls John Adams que tambm descobriu atravs de clculos matemticos, ambos usando a Teoria de Newton. O ingls por ser jovem, 25 anos, estudante, no foi levado a serio pelos astrnomos j velhos de careiras, mesmo tendo enviado os clculos primeiro. Foi a partir do prestigio do francs que se mirou as lestes ao local marcado e assim constataram o mais novo integrante do Sistema Solar. Hoje, tanto o francs quanto o ingls levam o mrito.

O astrnomo Clyde Tombaughn, em 18 de fevereiro de 1930, consegue fotografar Pluto do observatrio de Percival Lowell, Arizona, nos Estados Unidos. Foi o nico planeta descoberto por um americano. Clyde dedicou toda a sua vida por essa descoberta. Ele nasceu, em 4 de fevereiro de 1906, nos Estados Unidos e faleceu, em 17 de janeiro 1997, na sua terra natal. Outros 12 corpos foram descobertos, alm de milhares de cometas e asterides entre 1930 a 1970, data do lanamento das sondas Voyager.

Na corrida espacial os soviticos saem na frente dos americanos. O primeiro artefato inventado pelo homem sobe ao espao. O satlite artificial Russo o Sputnik. Foi lanado da Base Espacial Baikonur no Casaquisto, no dia 04 de outubro de 1957, s 08h00min horas. O artefato era um imenso foguete de trs estgios que carregava no seu topo uma esfera de alumnio de 58 cm de dimetro e 83 kg, com dois pares de antenas flexveis de 2,4 m e 2,9 m. Esse objeto fora fruto do trabalho do professor russo Konstantin Eduardovitch Tsiolkovsky. Em 03 de novembro de 1957, os soviticos lanaram o Sputnik II, que levava o primeiro ser vivo ao espao, a cachorrinha da raa esquim Laika de nome Kudriavka. Essa sobreviveu por vrios dias, morrendo quando acabou o suprimento de oxignio.

Os soviticos tambm foram os primeiro a enviar ao espao o primeiro ser da raa humana. Esse notvel homem se chamava Yuri Gagarin, que tinha na data do lanamento 27 anos, 1,58m de altura e 69 quilos. O feito aconteceu em uma quarta-feira, 12 de abril de 1961, s 9h07min (hora loca), no "cosmdromo" em Baikonur, no Casaquisto (sia Central). O veiculo que levou o cosmonauta ao espao se chamava cpsula espacial Vostok I. Yuri Alekseyevich Gagarin, major e piloto da Fora Area Sovitica. Sua misso durou 1h48min, onde foi possvel dar uma volta completa pelo eixo da Terra. Gagarin tido at hoje como um heri. Frase dita por Gagarin quando no espao: A Terra azul.

Os Estados Unidos leva os primeiros solo lunar. O astronauta americano Neil Armstrong torna-se o primeiro humano a na Lua. Esse feito aconteceu em 20 de no Centro Espacial Kennedy, na Flrida, de onde a

homens

ao

pisar julho de 1969, nave espacial

"Apolo 11" decolou tripulada pelos astronautas Edwin "Buzz" Aldrin, Michael Collins e Neil Armstrong. Quatro dias depois, a cerca de 380 mil quilmetros da Terra, o mdulo pousou na superfcie lunar, na noite do dia 20. O projeto Apollo consumiu 71,2 bilhes de dlares entre 1962/1973 e mandou 24 naves americanas ao satlite natural da Terra. Essa viagem s foi possvel porque o fsico Robert Goddard descobriu como lanar foguetes a grandes altitudes onde substitua a plvora por combustvel lquido. Frase de Armstrong ao pisar pela primeira vez na no Satlite Natural da Terra:

"Um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a Humanidade".

Os quatro gigantes do Sistema Solar estavam em um raro alinhamento na dcada de 1970. A NASA, agncia espacial americana, aproveitou essa oportunidade impar e lanou dois veculos espaciais a Voyager 1 e a Voyager 2. A Voyager 2, curiosamente, foi lanada primeiro que a sua irm, no dia 20 de agosto de 1977; passou por Jpiter a 7 de agosto de 1979, por Saturno a 26 de agosto de 1981, por Urano a 24 de janeiro de 1986 e por Netuno a 8 de agosto de 1989. A Voyager 1 foi lanada em 5 de setembro de 1977; passou por Jpiter a 5 de maro de 1979 e por Saturno a 13 de novembro de 1980. As misses constataram que Jpiter possui anis e que o ano e o dia em Urano duram a mesma coisa (84 anos terrestres). A NASA, agncia espacial americana, anuncia a possibilidade de haver um oceano salgado congelado debaixo da superfcie de Europa. Europa um dos satlites naturais de Jpiter. O trabalho da Sonda Galileu considerado um dos mais bem sucedidos da histria. Chegou a Jpiter em 1995, toda robotizada. Em 2005 a Sonda Mars Express, da Agencia Espacial Europia (ESA), descobriu o primeiro lago gelado em Marte. A possibilidade de existir vida fora da Terra ganha as manchetes.

Pluto desce um degrau na escala planetria. Isso ocorreu pelo fato da descoberta de um novo corpo integrante do sistema Solar, Xena, que por sinal maior do que o prprio Pluto. Xena se encontra no Cinturo de Kuiper (rea a partir de Netuno). A descoberta aconteceu em agosto de 2003 e somente em 24 de agosto de 2006, a Unio Astronmica Internacional (UAI), formada por 2.500 especialistas de 75 pases, reunidos em Praga, na Repblica Tcheca, de forma unnime, formulou uma nova categoria para os astros do Sistema Solar. Pluto se encontra nessa nova categoria, a dos Planetas Anes. Para ser um Planeta, segundo as novas regras tem que estar englobado em trs categorias: ele deve orbitar o Sol, deve ser enorme o suficiente para a gravidade mold-lo dentro da forma de uma bola e deve estar livre de outras coisas fora do caminho em sua vizinhana orbital. Pluto foi fotografado pela primeira vez em 18 de fevereiro de 1930. Ele menor que a Terra (12.750 quilmetros), e tambm do que a nossa Lua (3.480 quilmetros), Pluto possui apenas 2.300 quilmetros de dimetro. Dados de Pluto: Rotao (dias): 6.4 dias; Translao (ano): 248 anos; Dimetro (km): 2274; Temperatura: -200 C; Gravidade: 0.4 m/seg^2; Luas (3): Coronte, Nix e Hidra. Composio atmosfrica: Metano, Enxofre e Nitrognio.

O

HOMEM E O UNIVERSO

O sentido da vida

VISO CIENTFICA DO UNIVERSOO homem e o Universo; o sentido da vida

A Terra um insignificante ponto azul, e o nosso sol apenas um entre milhes de sis de uma pequena galxia, que apenas uma entre centenas de milhes de galxias, onde se verificam constantes exploses de materiais e gases que vo formar planetas e sis. As dimenses entendimento. e natureza do universo ultrapassam o nosso

A vida solar: todos os seus ingredientes foram forjados num sol, em seguida reunidos num planeta, atravs de componentes cuspidos por uma explosiva agonia solar.E. Morin, socilogo e filsofo francs, Mtodo V

Estamos no terceiro planeta de um Sol derrubado do seu trono central, tornado um astro perdido de uma galxia perifrica, entre milhes de galxias de um Universo em expanso.

E. Morin, socilogo e filsofo francs, Mtodo V

A Fsica descobriu no Universo furor, violncia e guerra, com exploses e imploses de astros, choques de galxias, estrelas que se entreparasitam e se entredevoram canibalescamente.E. Morin, socilogo e filsofo francs, Mtodo V

Sem cessar apagam-se ou explodem sis, congelam-se planetas; cem cessar, renem-se fragmentos e poeiras de astros mortos, girando em espiral sobre si mesmos para dar nascimento a novas galxias e a novos sis.E. Morin, socilogo e filsofo francs, Mtodo V

A minha atual suspeita que o universo no apenas mais estranho do que supnhamos, mas tambm mais estranho do que podemos supor Suspeito que h mais coisas no cu e na terra do que aquelas que sonhamos, ou podem ser sonhadas por qualquer das nossas filosofias.J. B. S. Haldane, bilogo e matemtico escocs, Possible Worlds and Other Essays

PERSPECTIVA CIENTFICA DA VIDAO homem e o Universo; o sentido da vida

A vida foi formada a partir de materiais ejetados de exploses de materiais criados no seio das estrelas Quando bebemos uma gota de gua, bebemos o universo, pois a molcula da gua, o H2O, rene, no seu seio, o hidrognio - vestgio da exploso inicial, ou Big Bang -, e o oxignio, produzido na fornalha das estrelas e exalado por elas.Michel Cass, astrofsico francs, Desafio do Sculo XXI, edio portuguesa: Instituto Piaget.

Quando observarem as estrelas, vejam-nas noutra perspectiva. Observem-nas pelo que so: as mes dos tomos de que somos construdos, esses tomos que constituem as espcies mortais e pensantes que admiram o sol como um deus, um pai, ou uma central nuclear.Michel Cass, astrofsico francs, Desafio do Sculo XXI, edio portuguesa: Instituto Piaget.

As partculas que se constituram no incio do Universo, esses tomos que se forjaram nas estrelas, essas molculas que se constituram na Terra ou noutro stio tudo isso tambm est dentro de ns.Michel Cass, astrofsico francs, Desafio do Sculo XXI, edio portuguesa: Instituto Piaget.

ESTRANHOS NO UNIVERSO

O homem e o Universo; o sentido da vida

A viso que a cincia nos transmite sobre a posio insignificante da Terra face a um Universo virtualmente infinito, alimenta pensamentos angustiados sobre o nosso lugar nesse Universo em que somos positivamente um gro de areia. Esta a mais difcil das lies que os humanos tm que aprender. No universo as coisas no so boas ou ms, cruis ou simpticas, mas simplesmente insensveis indiferentes a todo o sofrimento, desprovidas de qualquer inteno.

Richard Dawkins, sociobilogo ingls, River out of Eden

O homem sabe finalmente que est s na indiferente imensido do Universo, de onde emergiu por acidente.Jacques Monod, 1910-1976, bioqumico francs, Le Hasard et la Necessit

REFLEXES FILOSFICAS SOBRE O COSMOSO homem e o Universo; o sentido da vida

A viso cientfica do universo, e a constatao das suas dimenses incompreensveis, geraram espanto e angstia em filsofos como Pascal. Qual o sentido da vida, num cosmo como o descrito pela cincia? O homem um nada num universo grotescamente gigantesco. O homem no est no centro da criao, como os mitos e as religies faziam crer, e as concepes tradicionais do homem e de Deus perderam sentido. O universo que o homem antigo concebeu povoado de almas, deuses, luzes, vida - era um universo nossa medida, habitvel, em que a vida tinha sentido, em que a Terra estava no centro dos desgnios de Deus. O Universo revelado pela cincia bastante diferente. O eterno silncio do espao infinito assusta-me.B. Pascal, 1623-1662, filsofo, fsico e matemtico francs, Pensamentos

Quando considero a curta durao da minha vida, e o estar a ser engolido pela eternidade do antes e depois, ou o pouco espao que eu preencho e vejo, mergulhado na infinita imensidade que ignoro e que no me conhece, tenho medo e espanto-me de estar aqui em vez de estar algures. Porqu agora em vez de antes? Quem me ps aqui? Por ordem de quem e em que direo me foi este lugar e tempo atribudo?B. Pascal, 1623-1662, filsofo, fsico e matemtico francs, Pensamentos

Viajamos numa vasta esfera, permanentemente mergulhados na incerteza, empurrados de um lado para outro. Sempre que encontramos uma referncia e a queremos agarrar, ela desloca-se e perdemo-la. E se a seguimos, ela ilude o nosso abrao, evapora-se, e desaparece para sempre. Sonhamos permanentemente encontrar terreno slido e alicerces para construir torres que dem para o Infinito, mas sempre todas essas bases se esboroam, e a Terra teima em abrir-se em abismos.B. Pascal, 1623-1662, filsofo, fsico e matemtico francs, Pensamentos

Estamos infinitamente afastados de compreender os extremos da existncia, uma vez que o fim das coisas e o seu comeo esto desesperanosamente escondidos de ns, encapsulados num impenetrvel segredo. Somos igualmente incapazes de ver o Nada de que fomos feitos, e o infinito em que estamos engolidos.B. Pascal, 1623-1662, filsofo, fsico e matemtico francs, Pensamentos

UM UNIVERSO ABSURDOO homem e o Universo; o sentido da vida

Qual o sentido da vida num Universo que se apresenta to distante dos nossos sonhos? A nossa conscincia e inteligncia detectaram um universo inabitvel, um universo de silncio, profundamente diferente da Terra e profundamente hostil, em que a vida no tem sentido. Isso afasta-nos desse Universo. Somos uma voz solitria e consciente num Universo absurdo.

O absurdo da vida nasce do confronto entre a voz humana e o desrazovel silncio do Universo.Albert Camus, 1913-1960, escritor e filsofo francs, The Myth of Sisyphus

Somos filhos do cosmos, mas, a nossa conscincia, a nossa alma, torna-nos estrangeiros nesse cosmos de onde samos e que no deixa de continuar a ser-nos secretamente ntimo.E. Morin, socilogo e filsofo francs, Mtodo V

A vida talvez nica, ou pelo menos rarssima no cosmo, e a nossa conscincia talvez solitria no mundo vivo.E. Morin, socilogo e filsofo francs, Mtodo V

O homem apareceu marginalmente no mundo animal, e o seu desenvolvimento mais o marginalizou. Estamos sozinhos sobre a Terra, entre os seres vivos conhecidos.E. Morin, socilogo e filsofo francs, Mtodo V

O nosso pensamento, a nossa conscincia, do-nos a conhecer o mundo fsico, ao mesmo tempo que nos afastam dele.E. Morin, socilogo e filsofo francs, Mtodo V

A INDIA MILENARNa ndia milenar a meditao e a contemplao so simultaneamente essncia e energia do pensamento vivo, que renasce como ptala ou chama, sculo aps sculo de gerao a gerao, iluminando os gnios e as inteligncias de imemoriais culturas e civilizaes, com o seu nctar que emana das fontes mais pura do saberes completos. Extica, mstica, rarefeita, atemporal e inefvel, a sabedoria milenar da ndia como uma caravana que atravessa o deserto, descobrindo sempre rotas fantsticas na estrada do verdadeiro conhecimento, que quase sempre leva tambm ao auto conhecimento, prossegue seu incrvel legado de antepassado a antepassado, numa sucesso de mestres e discpulos sem precedentes. A ndia mgica salta da tela, dos livros, das msicas, das danas como um tigre cintilante em uma floresta de bambu, seu aroma parece conter todos os sabores, sem perder a inocncia e singular seduo, o extremo perfeito que engloba a mais rudimentar raiz ou o ramo mais requintado do conhecimento que tem pleno potencial de prazer, ddiva como o fruto maduro que cai a noite em um jardin. Flor escondida entre as folhas, sem credo fixo, nem dimenso, intacta e inexata, tambm lendas e instrues prprias de um bosque desenhado por fadas, lugar de xtase e pureza e no apenas mais sagrado, mas tambm mais atraente. A ndia milenar no simplesmente outro continente, ela uma espcie de cicatriz em combusto espontnea, guardada em uma nave de cristal que transmigra de corao em corao como uma miragem de romance, onde cada palavra msica, e cada passo uma dana. DARCHANAS, MIMANTA E VEDANTA Escola Mimansa O termo Mimansa, que significa "investigao" ou "'reflexo profunda", aparece em toda a literatura indiana desde o Atharva-Veda e o Yajur-Veda. Esse darchana tem por objeto estudar os textos sagrados e determinar o sentido exato de certas passagens do ritual e da especulao. As investigaes da Mimansa podem referir-se seja ao Dharma, seja ao Brama, o que

explica as duas formas dessa doutrina. A primeira, que mais importante, trata do exame dos ritos. Chamam-na "Purva-Mimansa". A segunda a "Utara-Mimansa" ou "Vedanta Mimansa". As duas se opem e se completam. Os Sutras de Jaimini, o mais antigo tratado da Mimansa, tinha um fim ao mesmo tempo terico e prtico. Eles deviam examinar os mantras (versos) e os bramanas (interpretaes) para fixar as regras gerais do exerccio perfeito dos ritos. Os Mimansasutras dividem-se em doze adhyayas que contam 2.700 sutras. Cada adhyaya divide-se por sua vez em pada ou "quartos", s mais das vezes em nmero de quatro, e tratam de assuntos diversos (adhikarana). O dharma por excelncia o assunto bsico da Mimansa. Ao depois a noo do Ser Supremo tomar mais importncia. O mtodo de apresentao da Mimansa consiste em "cinco momentos" : estabelece-se a questo a ser tratada (visaya), exprime-se a dvida que ela comporta (sansaya ou visaya) e desenvolve-se uma vista preliminar possvel (utarapaksa) que coincida geralmente com a refutao definitiva e a concluso (sidhanta); o utarapaksa s vezes substitudo pela sangati, que consiste em estabelecer conexes com o contexto [L. Renou, ib. 15, t. II]. A propsito da origem "no-humana" do Veda e de sua autoridade tradicional, a Mimansa desenvolve a teoria da eternidade do som. "O "sabda", ao mesmo tempo "som" e "palavra", como o espao (akaa), indefinidamente presente e poderoso: este um dos postulados essenciais do sistema. O som eterno est para o som emprico como o ser est para a sua manifestao" (idem). A Mimansa insiste sobre a necessidade de uma ortografia correta e de uma pronncia perfeita para a boa compreenso dos textos, bem como sobre a obrigao de distinguir bem as diferentes classes de mantras segundo os ritmos que lhes so prprios. A Mimansa, rigorosa disciplina do esprito, um darchana riqussimo de ensinamentos. Ele a exegese dos Bramanas, como o Vedanta a exegese dos Upanichades. Escola Vedanta O Vedanta quer dizer fim, concluso dos Vedas. o ltimo dos seis darchanas ortodoxos e d seqncia aos Upanichades que terminam os textos vdicos. Os Upanichades representam os fundamentos sobre os quais repousa o edifcio do Vedanta. Porque a tradio primordial expressa pelos Upanichades, critrio da Verdade por excelncia, pois que ela "ruti", constitui a essncia mesma da doutrina do Vedanta. O Vedanta a exegese dos Upanichades do mesmo modo que a Mimansa uma exegese dos Bramanas. chamado, alis: a segunda Mimansa. Os principais ensinamentos do Vedanta atribudos ao richi Badarayana ou a Vyasa, autor da epopia e dos Puranas, foram agrupados numa sntese ou coleo de "Aforismos" muito concisos que trazem o nome de Brama-sutras e de Charihaka-Mimansa. Os cinco grandes comentadores do Vedanta so: Xankara, Ramanuja, Nimbarkha, Madhva e Valabha. Mas os mais clebres dos comentrios sobre os Brama-sutras so os de Xankara, que muitas vezes se intitulam: Xankararya. "Seu importante comentrio, escreve Luis Renou, uma das grandes produes da filosofia indiana". Verdadeira doutrina de meta fsica pura, o Vedanta abre horizontes ilimitados s especulaes do esprito. No um sistema fechado, bem ao contrrio: suas perspectivas se desdobram no Universo e no Infinito. O fundo da doutrina repousa sobre a noo de unidade da realidade espiritual e das relaes entre o Ser Supremo ou Brama e o Eu individual ou tman. Pode-se resumir assim a via do Conhecimento ensinada nos Upanichades: - O tman Brama

- So'ham: Eu sou aquele - Tat tvan asi: Isto, tu o s, tu-mesmo. Esta frmula contm em potncia todos os desenvolvimentos ulteriores da filosofia e da metafsica, o germe das verdades que fecundar a vida espiritual no decorrer dos sculos. O grande mantra: tat tvam asi, tu s, isto, ser posto em evidncia por Xankara pelo ano 800 depois de Cristo. Ele forma o Credo do advaita (ou no-dualismo) de Xankara. S o Uno existe. O mundo manifestado uma iluso, uma realidade emprica. Se vivemos em Deus, a manifestao desaparece; se vivemos no mundo, Deus j no existe. A esse respeito preciso citar o exemplo clssico da serpente. De noite, um pedao de corda estendido no caminho afigura-se-nos uma serpente. Com a luz do dia a iluso se dissipa: v-se a corda, a serpente desaparece. O sistema de Xankara prova a identidade do Jiva, alma individual, e de Brama, alma universal. O que no quer dizer que o Jiva seja igual a Deus (Brama). Essa identidade no se estabelece na manifestao, porque a parcela no poderia ser considerada como o equivalente da Totalidade. Mas o substrato que existe no jiva e no universo por toda a parte o mesmo; assim se revela o aspecto ontolgico, e vemos o "real do real. A manifestao (natureza ou maya) s tem um degrau inferior: o substrato (necessrio para que se produza a iluso) que absolutamente real; h, pois, na realidade emprica, uma indefinvel mistura de existncia e de no-existncia" [Swami Siddhesvarananda, Quelques aspects de Ia Philosophie Vdantique]. Segundo o tema central do Vedanta (a relao entre o Brama e o tman) pode-se dizer que h trs aspectos diferentes no indivduo (microcosmo) e na manifestao (macrocosmo). aspecto grosseiro - vaiva-nara (individual) - Virat (universal) aspecto sutil - tajasa (individual) - Hiranyagarbha (universal) aspecto causal - prajan (individual) - Ichvara (universal) Virat representa a totalidade dos seres animados. Hiranyagarbba, a totalidade dos espritos individuais ou mental csmica, a vida universal. Ichvara, Deus que compreende em Si mesmo a manifestao total. E alm desses trs degraus, alm do no-manifesto (estado causal) em que se encontram todas as possibilidades de seres, existe: o incondicionado, o incompreensvel, o impossvel, o inexprimvel, que Brama. Brama o suporte do universo, como o tman o suporte do indivduo. Para compreender bem o Vedanta necessrio fazer antes de tudo a distino entre o Eu, princpio do ser, e o eu individual. O Eu, princpio transcendente, permanente, imutvel, nunca afetado pela individualidade passageira que ele reveste. Ele no se "individualiza". Ele pode desenvolver possibilidades indefinidas, atravs de uma infinidade de degraus sob o ngulo da manifestao, sem que jamais seja alterada sua permanncia. O Eu o princpio pelo qual existem todos os estados do ser, cada um em seu domnio prprio. O Vedanta conduz Libertao, "a qual realiza definitivamente e em plena conscincia a unidade do ser, reabsorvendo o jiva e o Brama, e abolindo o avidya (o no-saber) e o carma" (Renou). Depois de Xankara, o mais eminente comentador dos Brama-sutras foi Ramanuja. Seu comentrio, o Sribhasya constitui uma obra considervel. Suas "vistas" so diferentes das de Xamkara. Sua idia mestra que a unidade reside no num princpio nico, mas em partes distintas de um princpio. Madhva e Nimbarka expuseram por sua vez outras teses em base dualista, enquanto que Valabha estabelecia o sudhadvaita ou "nodualismo puro". O Vedanta tem sempre se esforado em suas diversas escolas por conservar ou por compreender melhor, graas aos seus Comentrios estritamente ortodoxos nos "seis darchanas", a antiga sabedoria da Revelao do Veda. Xankara, o grande representante do Vendanta, declara:

"J que tudo procede do Eu - que tudo se resolve no Eu, e que, na fase intermediria de conservao, tudo permanece impregnado do Eu, por este motivo, o Eu no poderia ser percebido por Si-Mesmo, e, conseqentemente, tudo o Eu". [Comentrios de sri Xankaraarya, citado por Swami Siddhersvarananda em Essais sur Ia Mtaphysique du V danta, pg. 66]. A via da Libertao (o Vedanta) conduz Realizao do Absoluto. Eis a sua descrio, feita por Xankara em "Vivekaudamani, descrio do Ser livre - o jiv-mukta: "Aquele cuja mente absorvida em Brama - mas que conserva, no entanto, uma vigilncia completa - e que se libertou ao mesmo tempo de todas as caractersticas do estado de viglia - cuja realizao isenta de todo o desejo - esse considerado um jiva-mukta." "Aquele que apaziguou em si todo a inquietude relativa ao estado manifesto - e que, embora possuidor de um corpo composto de partes, ele mesmo sem partes, e cuja mente est livre de todo o temor, esse considerado um jiva-mukta" "A ausncia de idias tais como "eu" ou "o meu", mesmo neste corpo vivo, ausncia essa que segue como uma sombra - a caracterstica do jiva-mukta" SANKHYA E YOGA Smkhya ou Smkhya (Sanscrito: , IAST: S khya - Nmero; Razo) o nome de uma antiga escola filosfica oriental, indiana cujo nome significa "Nmero" ou "Razo". considerado o mais antigo sistema filosfico indiano: sua fundao atribuda ao sbio mtico Kapila. Filosofia essencialmente cosmognica e antropognica. naturalista e tcnica e a palavra significa nmero ou razo. Nos primrdios o yoga e o Smkhya eram um s e o Yoga chamava-se Smkhya (a Sabedoria / Razo).Gunas significa qualidades do Ser. Assim temos como 3 GUNAS: - ANANDA: bem aventurana. - SAT: eternidade. - CIT - conhecimento. Alm disso, os GUNAS so dividivos por PRAKRITI, ainda, como SATTVA, RAJAS e TAMAS. - SATTVA so qualificados como referentes ao equilbrio, tranqilidade, tendo como exemplo a VACA, como animal, o AMARELO e o branco, como cores, as FRUTAS, VERDURAS e LEGUMES. - RAJAS, so as qualidades de energia, dinamismo, tendo como exemplo o TIGRE e o LEO, como animais, e o VERMELHO como cor. - TAMAS, representa a tranqilidade, inrcia e a preguia, podendo ser dado como exemplo a cor AZUL e LILS, como animal o URSO e como alimento, os ENLATADOS. PURUSHA v a dimenso espiritual, e tendo como qualidades as 3 GUNAS, SAT, CHIT e ANANDA. PRAKRITI v a dimenso material, quando encarnado e tendo como qualidades o INVERSO das GUNAS, sendo ASAT, ACHIT e NIRANANDA. Histria Nos Primrdios, h mais de 6.000 anos, o Yoga chamava-se Smkhya (a Sabedoria / Razo) s havia um Yoga (sem perdas de potncia e sem simplificaes modernas), preservado nos ltimos milnios nos Himalaias da ndia, e com vestgios mais antigos no Vale do

Hindu, ensinado por Shiva / Rudra / Manu (supe-se que remonte a entre 9.500 a 11.500 anos, de acordo com as recentes descobertas sub-aquticas do Golfo de Cambaia, da mtica Cidade de Duarka, vtima dos degelos e inundaes da 2 fase do final da Idade do Gelo), e pela Potente Tradio Oral Hindu. 3 Aspectos Primordiais do Yoga Smkhya O Yoga Smkhya, contm e prope os trs grandes aspectos primordiais do Yoga: 1 uma forte base de Auto Exigncia, de Servio, trabalho sobre o ego, e Fraterna - Yama e Niyama; 2 o Desenvolvimento Excepcional do ser Humano em todas as suas facetas positivas, de forma integral e sempre em Harmonia, atravs do constante trabalho em cada Aula Mah Sdhan (em 12 Anga, ou partes), com todas as suas 12 Disciplinas Tcnicas: 1 Dhyna / Samyama Meditao pelo controlo da frequncia das ondas mentais; 2 Prnyma Exerccios respiratrios de influncia energtica e neuro-vegetativa; 3 sana Posies psicobiofsicas; 4 Yoganidr Tcnicas do relaxamento fsico, emocional e mental; 5 Kriy Tonificao e limpeza orgnica; 6 Mantra / Krtana Domnio dos sons extroversores e da Harmonia; 7 Jpa Sons concentradores; 8 Bandha Dinamizaes musculares e neuro-endcrinas; 9 Yantra Smbolos concentradores de efeito psicossomtico; 10 Puj Retribuies energticas; 11 Mudr Gestos reflexolgicos e energticos feitos com as mos; 12 Mnasika Mentalizao, fortalecimento da vontade, e projeco da conscincia. - e com as suas 6 Disciplinas Secundrias (num total de 18), e as Matrias Complementares (Smkhya, Samskrta / Snscrito, Chakra, Sat Sanga, Sat Chakra, Shshtra, Grandes Mestres Mundiais, Mauna, Nysa, Shkta, Alimentao, Instrumentos Musicais Hindus, etc.), em que o Filsofo Praticante aplicar constantemente no dia-a-dia o que aprendeu no shrama (local da Prtica), e onde o longo Percurso a Via - deve estar sempre em sintonia com o Grandioso Fim, o 3 atingir do Samdhi (Iluminao) Suprema Conscincia Intelectiva Humano-Csmica. O sistema vdico de conhecimento, chamado de Sanatana-dharma, possui seis vises ou Darshanas, os quais possuem um fundador ou mestre preceptor que lhe deu origem. A razo disso d-se pelo fato de o Sanatana-dharma ser uma filosofia de grande complexidade, e envolver um grande nmero de devotos, com seus Rasas (sentimentos) e Doshas (qualidades pessoais), e, portanto, consiste de diferentes maneiras ou modos de se relacionar com a Verdade Suprema ou Deus. Cada um dos Darshanas, por sua vez, possui um tempo de predominncia numa determinada poca, e ao longo dos sculos foram incorporando-se uns nos outros. Vejamos, ento, uma breve descrio destes Darshanas, com seus respectivos fundadores: Os seis Darshanas so: Nyaya, Vaisheshika, Sankhya, Yoga, Mimamsa eVedanta. A escola Nyaya atribuda a Gautama Aksapada (no confundir com o chamado Buddha); o Vaisheshika a Kanada; o Sankhya a Kapila Muni; o Yoga a Patajali; o

Mimamsa a Jaimini, e, por fim, o Vedanta a Badarayana. Decerto, estas escolas abordam questes filosficas comuns ou tridicas, pois procuram analisar as relaes existentes entre o Brahman (Verdade absoluta; o Absoluto, Paramatma ou Purusha), o Jiva, (a alma) e a Prakriti, (mundo material; a Natureza). As escolas Nyaya e Mimamsa, so as denominadas escolas herticas, pois desqualificavam, de certo modo, os textos vdicos clssicos, mas depois buscaram o retorno de modo consensual. Todas aquelas chamadas seis escolas filosficas da ndia Darshanas - agrupam-se em trs grupos: 1) Sistema Vaisheshika-Nyaya, 1) sistema Sankhya-Yoga; e 3) Sistema Mimamsa-Vedanta . De todas as escolas, atualmente as mais importantes, sem nenhuma dvida, so o Vedanta e o Yoga. Os primeiros dois grupos das escolas de pensamento vdico possuem uma grande influncia na elaborao do Vedanta. Na realidade, o Vedanta trata-se de Uttara Mimamsa, uma forma do Vedanta que no se ocupa apenas com os rituais de purificao, mas com o conjunto de aes filosficas que do origem a Teoria do Conhecimento vdico, conhecido como Jana-yoga; a Ontologia ou Raja-yoga, e a Teologia ou devoo do Bhakti-yoga. Dentro do Raja Yoga est o Karma-yoga, ou ao tendo em vista realizar o Supremo. Esta a razo pela qual Sri Krishna ditou o Bhagavad-gita para Arjuna, para que este percebesse que uma ao que tem por finalidade a satisfao do Supremo no gera Karma, nem sua reao.

Krishina VedantaApesar das deis vises ou pontos de vista da filosofia dos Vedas, todas so uma forma do Supremo. O prprio Senhor Krishina declara-Se como sendo o Vedanta personificado. No verso, 15.15, do Bhagavad-gita, Krishina diz: Eu Sou ... o compilador do Vedanta; o que deve ser conhecido, o conhecedor, por meio dos Vedas. Portanto, est claro que o verdadeiro Vedanta conhecer a teleologia (finalidade), dos Vedas. A palavra vedanta quer dizer o supra-sumo do conhecimento dos Vedas, ou o tlos (finalidade) dos Vedas. Veda tambm significa conhecimento, viso, e, acima de tudo, Verdade Suprema. E todo o devoto dever entender profundamente do Vedanta para poder tornar-se um Bhaktivedanta, ou seja, um conhecedor ou sbio realizado no amor de Deus. Outro aspecto importante que devemos salientar o fato de que um devoto poder aproximar-se de Deus conforme seu sentimento Ishtadevata. H quatro principais grupos de devotos do Senhor, segundo o Sanatana-dharma, a saber: os 1) Deviistas, que so adoradores da Me ou de Deus na forma feminina); os 2) Shivastas, que adoram Siva como o Senhor Supremo, no sendo nem masculino nem feminino; 3) Vaishnavas, ou os que adoram Vishnu, considerando Deus como o masculino supremo (h Vaishnavas que seguem Rama, Vitoba, Balaji, Venkateswara, Krishna, etc), e, 4) Smartas, que so considerados os liberais dentro do chamado hindusmo, onde so adorados tanto Vishnu, Siva, Devi, Ganesha, Skanda, Surya deva, como Deus Supremo ou Brahman, sendo que Deus tanto pode ser masculino, feminino, ou nem masculino e nem feminino. Para exemplificar, Sri Adi Sankaracharya era devoto do Senhor Vishvanata, ou Krishna na forma de Murari com a flauta -, e tambm de Devi. Ele adorava tanto Krishna como Devi, sendo um Vaishnava. Muitos Vaishnavas adoram Devi na forma de Radharani, Lalita, Rukmini, Sita, etc. Sem deixar de ser Vaishnavas, e sem deixar de seguir o Vedanta. H raros Vaishnavas, como Sri Cheitanya, por exemplo, que eram excelentes Nyaya vedantas, e Mahaprabhu, ao longo de Sua vida, realizou o Brahman na forma mista - pessoal e impessoal - por ser o mais fervoroso

devoto do Senhor na forma de Sri Jagannatha (Senhor do Universo), tambm conhecido como Daru Brahman. Como vemos, h diferentes vises, bem como formas, de considerar e adorar a Deus. Nenhuma delas superior a outra, mas pode ocorrer que algum membro de alguma destas formas de ver e conceber Deus seja sectrio a uma outra. Os sectarismos so parte de um processo de imaturidade espiritual, e sempre que ocorrem devido falta de conhecimento acerca, at mesmo, da viso pessoal de algum.

Vedanta, a base de toda a linhagem ou ParamparaDentro dos diversos ramos do Sanatana-dharma, dos quatro principais, h subramos e divises variadas. Contudo, no h escola dentro do Sanatana-dharma que no tenha um comentrio do Vedanta-Sutra (escritos sobre Vedanta), que lhe d validade como escola de filosofia aceita dentro do Santana-dharma. De fato, no ser considerada uma escola, nem tampouco vlido o seu Parampara (sucesso discipular), se esta no tiver um comentrio do Brahman-sutra ou Vedanta-sutra. Independente da viso da escola ser monista (Advaita), ou dualista (Dvaita), a escola dever ter, obrigatoriamente um comentrio do Vedanta Sutra sob condio de no ser considerada uma escola ou ramo do Sanatana-dharma. Por conseguinte, dizer que vaishnava no tem nada a ver com o vedanta, tratase de uma informao indevida. Deve-se entender que, assim como h cristos que so neoplatnicos (que seguem a viso da filosofia do filsofo grego Plato, segundo as colocaes de Agostinho), h cristos que so neotomistas (que seguem a viso de Aristteles, segundo Toms de Aquino). Mesmo que o cristo seja catlico, ele poder adotar uma ou outra viso, (dualista ou monista, respectivamente), sem deixar de ser catlico. Mas todo o cristo dever aceitar a unidade de Jesus e Deus, tendo como critrio de realizao a busca pela Verdade, contida nas Escrituras Sagradas. O mesmo ocorre com o Vaishnava, que poder adotar a viso Advaita ou Dvaita, mas no poder prescindir da busca do conhecimento da Verdade (Vedanta), que ser realizada por meio da via do conhecimento ou Jana; ao ou Karma, e devoo ou Bhakti. Mas todos tm o Vedanta como base fundamental. Ento, deve ficar claro que h Advaita-vedantas e Dvaita-vedantas. E este podem ser tanto Sivaistas, Vaishnavas, Deviistas, Smartistas etc. Todos, contudo, tero o Vedanta-sutra ou Brahma-sutra como fundamento da sua escola. Este o critrio. No mais das vezes, as confuses que so feitas devem-se ao entendimento incorreto do que vem a ser Advaita e Dvaita Vedanta, ou seja, a forma monista o dualista, respectivamente, de comparar a alma Suprema ou Brahman (Paramatma), com a alma individual ou Jiva, e como isso se relaciona com a Prakriti ou natureza material. Muitos pensam que vedanta diz respeito apenas viso dos Vaishnavas monistas, esquecendo-se que Vedanta pertence s duas escolas de pensamento.

Karma, Jana e Bhakti yogas, formas de VedantaO que um Vaishnava ou Sivasta, etc., poder alegar, o fato de que algum tem mais propenso filosofia ou Jana-yoga do que outro, que por sua vez tem mais propenso para a adorao ou Bhakti-yoga. Pode ser, tambm, que algum tenha mais predisposio para a ao ou Karma-yoga; mas algum poder ser Vaishnava em quaisquer destas condies de preferncia. Uma coisa no excludente de outra, tampouco se pode prescindir o conhecimento da Verdade (Vedanta), em prol de uma forma de adorao. Em todo o caso, aquele que desenvolveu elevado nvel

de Bhakti Ser considerado um Bhakti-vedanta, ou seja, um sbio realizado em devoo. H outros que, por sua vez, fazem uma equivocada distino entre o Yoga e o Vedanta. A razo da distino nasce, tambm, do fato de mal comparar Asana com Yoga. Para o bem da Verdade, Asana uma parte do Yoga, e diz respeito aos exerccios fsicos que so defendidos no Yoga, como sendo necessrios para que algum possa ocupar uma posio fsica estvel, para ento conseguir o Samadhi. No h atrito e nem tampouco conflito entre Yoga e Vedanta. Um complementa o outro, e hoje no podemos falar de um sem falar de outro, sob pena de falharmos em contedo e estreitar a viso sobre este grupo de Darshanas do Sanatanadharma.

Os Seis Sistemas de Filosofia Hindu A Filosofia hindu, cuja origem muito anterior Era Crist, abraa todos os domnios do pensamento humano e indica, por meio de um raciocnio lgico, apoiado na Verdade revelada nos Vedas, um mtodo de libertao da Alma da cadeia das existncias terrestres, fontes de todos os sofrimentos. Esta libertao tambm podemos chamar de evoluo da Alma at um grau de perfeio que as encarnaes j no lhe sejam mais necessrias, havendo continuidade de existncia. A libertao se obtm: 1o.) Com o auxlio do conhecimento que destri a ignorncia, Avidya, causadora de todos os sofrimentos. Donde a necessidade de estudo, meditao e assimilao de um sistema filosfico que, por encerrar a Verdade, pode conduzir libertao; 2o.) Mediante uma vida de conformidade com a filosofia que se professa, porque a utilidade da filosofia no mais do que servir de guia na vida. Por isso mesmo, na ndia, no se alcana a considerao de filsofo se no se ajusta os atos ao sistema que se professa. O saber filosfico hindu, contido na parte dos Vedas que se chama Upanishads (Cincia Suprema) foi coordenado em Seis Sistemas, ou Shad-Darshanani, isto , os seis (Shad) pontos de vista. Os sbios da Antiga ndia se propuseram em suas meditaes: 1o) Buscar o UNO, a Realidade Imutvel, base do Universo fenomenal; 2o) Buscar a Origem ltima de todos os fenmenos da natureza; 3o) Compreender o fim da existncia terrestre; 4o) Determinar a relao da Alma humana individual com a Alma Universal, com o Uno, com a Realidade Espiritual Suprema, chamada

Brahman. Assim, pois, cada um dos Seis Sistemas de filosofia hindu, , por sua vez, uma Cincia e um Guia para a evoluo da Alma. Os Shad-Darshanani so: 1o) O Vaysheshika (particularidades); 2o) O Nyaya; 3o) O Purva Mimansa (primeira meditao); 4o) O Samkya; 5o.) A Yoga de Patanjali (unio); 6o) A Uttara Mimansa ou Vedanta (ltima meditao). A primeira a cincia da Matria; a segunda, a cincia da Razo; o Purva Mimansa a cincia da Ao; o Samkya a da Evoluo; a Yoga se ocupa da Unio; e a Vedanta a Cincia de Deus, da Alma ou do Abstrato. Considerados como Guias da Evoluo, cada sistema ensina o aperfeioamento dos princpios constitutivos do homem, correspondentes a planos e aspectos particulares do Universo (visvel e invisvel) que se estuda. O aperfeioamento consiste: 1) 2) No domnio do corpo ou dos princpios inferiores; No desenvolvimento dos princpios superiores.

Cada sistema ensina: 1) A dominar os planos ou mundos inferiores;

2) A adquirir o conhecimento do Eu e dos planos superiores do Universo. Os planos do Universo tm seus correspondentes princpios no homem. Estes Planos do Universo, que no se superpem, mas se interpenetram, so, do mais sutil para o mais grosseiro: Atm, Budhi, Manas, Vital (Astral) e Fsico. Alm destes cinco planos existem dois

outros, superiores ao tmico, que so o Parnirvana e o MahaParanirvana, que so ainda inatingveis. Os correspondentes princpios no homem so tambm, do mais sutil para o mais grosseiro: Atm (Esprito), Budhi (Alma Espiritual), Manas (compreendendo Manas Superior ou Alma Humana e Manas Inferior ou Alma animal), Vital (tambm conhecido como Astral ou veculo das emoes) e Fsico (compreendendo o Etrico, ou veculo ilusrio de Prana, ou da vitalidade, e o Fsico propriamente dito, que o veculo da ao). Cada sistema filosfico corresponde a um desses planos ou princpios, salvo o Sistema Samkya, que serve de ligao entre os trs planos inferiores e os trs superiores. O Vaysheshika diz relao ao corpo etrico: O Nyaya relaciona-se com a Razo ou Manas Inferior; o Purva Mimansa, ao mundo moral e ao princpio Kama-Mansico; o Samkya refere-se evoluo dos mundos, libertao de Purusha ou Ego de seus princpios inferiores; A Yoga de Patanjali trata do desenvolvimento final do Intelecto ou Manas Superior, a fim de alcanar a conscincia do Eu no Corpo Bdico (Corpo Crstico), que a Unio da Alma ou Ego com Deus ou Atm (donde eu-cristia ou eucaristia, unio); a Vedanta se refere ao desenvolvimento do Intelecto, Manas Superior, e do Princpio Bdico, a fim de elevar a conscincia do Eu at o plano tmico e chegar a sentir a identidade do Atm do homem com o Atm Universal, isto , a identidade do Raio com a Fonte de Luz de onde emanou. I - A VAYSHESHIKA, ou seja, o Sistema das Particularidades do Rishi Kanada A Vaysheshika admite que o Universo fenomenal se divide em 7 Padarthas ou categorias, que compreendem tudo quanto suscetvel de conhecimento; 1- Dravya ou substncia; 2- Guna ou qualidade (atributo); 3- Karma ou ao; 4- Samanya ou gnero (o que suscetvel de constituir um gnero); 5- Visheha ou particularidade (aquilo que constitui a espcie, o indivduo, a unidade); 6-Samavaya ou coerncia (no separatividade,

interdependncia); 7- Abhava ou no existncia (negao). A primeira categoria, Dravya, compreende nove qualidades de substncias, a saber: Terra, gua, Luz ou Fogo, Ar, Ether-Akasha, Tempo, Espao-Dish, Eu-Atm, Razo-Manas. Porm, estas substncias no podem existir sem qualidades e estas so em nmero de dezessete, a saber: Cor, Gosto, Olfato, Tato, Nmero, Extenso ou Quantidade, Individualidade, Conjuno, Disjuno, Anterioridade, Posterioridade, Pensamento, Prazer, Dor, Desejo, Averso, Vontade (Esforo). As substncias se acondicionam por cinco modos de movimento ou ao, a saber: 1 Movimento para cima; 2 Movimento para baixo; 3 Movimento de deslocamento; 4 Contrao; 5 Expanso. Todos os objetos de conhecimento (cincia) so, pois, uma substncia, uma qualidade ou um movimento. Segundo Kanada, as quatro primeiras substncias, terra, gua, fogo e ar, so no-eternas, enquanto so agregaes de tomos (tomos, no sentido da Fsicoqumica). Estes, por sua vez, so agregados de tomos primordiais, tambm chamados ans, os quas so eternos. Estes tomos existem agregados em forma de matria orgnica ou inorgnica, ou como instrumentos de percepes sensoriais. Kanada define o tomo primordial (anu) como partcula de matria indivisvel e sem dimenses perceptveis. associao de dois ans d o nome de Dyan, ou molcula igualmente invisvel. O composto ou agregado de trs molculas ou tomos duplos forma um Trasarenon, o qual tem j dimenses visveis. Estes compostos de tomos so destrutveis, tanto quanto os tomos primordiais so indestrutveis por natureza. Os ans no se devem Criao de Deus, mas so coeternos com Ele. No entanto, o poder que os combina procede de Deus, quem unicamente governa o mundo fenomenal. Segundo a Vaysheshika, o Ether, o Tempo, o Espao, o Eu-Atm e o Manas so substncias eternas da Natureza.

O Eu ou Atm possui nove qualidades: Sabedoria, Vontade, Desejo, Felicidade, etc. A finalidade do sistema Vaysheshika permitir alcanar a perfeio e a absoluta liberdade da alma com o auxlio do exato conhecimento das causas do Universo fenomenal. II A NYAYA ou Sistema de Lgica do Rishi Gautama A Nyaya , por sua vez, um sistema de lgica e de filosofia. Seu fim, como o dos demais sistemas, chegar ao verdadeiro conhecimento da Natureza, da Alma, de Deus, alcanando a Libertao final. Est baseado na teoria atmica de Kanada e comea pela enumerao das dezesseis Padarthas ou materiais de discusso: Pramana (meios de conhecimento, provas); Prameya (objetos de conhecimento); Lansaya (dvida); Prayojana (motivo, objeto); Dristanta (exemplo); Siddhania (verdade estabelecida); Avayava (Silogismo); Tarka (raciocnio); Nirnaya (concluso); Vada (argumentao); Jalpa (sofisma); Vitanda (disputa); Hetvabhasa (perfdia, mentira, etc.) Chala (argcia); Jati (falsa analogia, etc.);

Nigrahasthana (incapacidade para discutir). Segundo Gautama, os meios de conhecimento ou Pramanas, so quatro: 1 Percepo sensorial; 2 Inferncia; 3 Analogia; 4 Testemunho. Os objetos de conhecimento ou Prameya, so doze, a saber: 1 Eu ou Atm; 2 Corpo; 3 rgos dos sentidos; 4 Percepo objetiva; 5 Inteligncia, Budhi (compreenso); 6 Razo (Manas); 7 Vontade (atividade); 8 Faltas; 9 Estado post-mortem; 10 Recompensa; 11 Sofrimento; 12 Emancipao final (beatitude). Estes dois Padarthas constituem fundamentalmente a filosofia Nyaya, pois os restantes fazem somente referncia parte lgica que expe. O objeto principal da filosofia de Gautama foi estabelecer os mtodos exatos para o conhecimento e formar o perfeito silogismo. Este consta, na ndia, de cinco partes: Proposio, Razo, Exemplo, Aplicao da

razo e Concluso. Suprimindo duas destas partes teremos o silogismo aristotlico perfeito. Estes dois sistemas filosficos (Vaysheshika e Nyaya) se completam de um modo perfeito. Possuem numerosos discpulos em muitas partes da ndia, principalmente em Bengala e entre os Jainos.

III A PURVA-MIMANSA, ou o Sistema dos princpios diretores do Rishi Jaimini A palavra Mimansa quer dizer investigao, e Purva significa anterior ou precedente. Este sistema examina as diversas instrues que se encontram na parte dos Vedas concernente ao Ritual (KarmaKanda). Diz-se que o principal dever do homem seguir estas prticas to estritamente quanto possvel, porque elas so a revelao direta proveniente do Ser Supremo. Segundo Jamini, as palavras dos Vedas so eternas, assim como a relao que as une e o sentido: pelo que os Vedas no so de origem humana. Os Vedas so considerados as Santas Escrituras mais antigas da ndia. Este sistema procura explicar as fontes do conhecimento, a relao entre a palavra e o pensamento, e que este mundo no seno a manifestao do Verbo (a palavra). Vemos um objeto (por exemplo, uma vaca) porque nos Vedas existe a palavra que o designa (Gau, vaca em snscrito, sendo o snscrito a lngua sagrada por excelncia). Se a palavra no existisse, o objeto material no teria realidade. Meditando-se sobre a relao que existe entre a palavra e a idia, chega-se concluso do que foi exposto. O Sol existe porque a palavra Sol est nos Vedas; em outros termos, o Sol no mais do que uma parte da manifestao deste Verbo ou Logos, desta forma de pensamento eterno que existe no esprito csmico. A Purva Mimansa tambm pode chamar-se a filosofia do trabalho. Descreve a verdadeira natureza do dever na atividade diria (sacrifcio, dever e devoo). Graas ela, podemos compreender qual a ao ou o trabalho que h para realizar e qual a melhor maneira de realizalo, a fim de produzir determinados resultados. Se, por exemplo, queremos ir ao cu depois da morte, devemos fazer determinadas coisas; estas ho de dar um resultado, atualmente imperceptvel para ns, porm que ter sua realizao ou sua manifestao no fato que seguir a nossa ida ao cu. Como, pois, se produzem esses fatos? Qual a Lei que os rege? E se

realizarmos aqueles mesmos atos de uma maneira diferente da prescrita, qual ser o resultado? Todos esses pontos se discutem no Purva Mimansa. Sem dvida, este ensino poder ser taxado como sendo um simples esforo imaginativo, uma pura especulao. Porm, os que crem na eficcia da orao, na lei de ao e reao, ou de causa e efeito (Lei de Karma), no podem taxa-la como tal, porque, indubitavelmente, os seus princpios so certos. Com efeito, no podemos negar que cada pensamento que forjamos, e mesmo cada movimento fsico que realizamos, deva produzir algum resultado em alguma parte, embora que ns no o percebamos, porque, em a Natureza, nada se perde e nada se cria, porm tudo se transforma. Quais so estes resultados? De que maneira ele nos afetam? Aquilo que a ns no dado perceber, pode ser visto por quem dedica a sua vida somente a este objetivo. Este sistema , por assim dizer, uma filosofia das leis naturais, sendo, antes de tudo, uma filosofia ortodoxa que se destina, principalmente, aos estudantes dos Vedas e aos sacerdotes Brahmanistas. IV O SAMKYA ou o sistema do nmero do Rishi Kapila Kapila, que viveu uns setecentos anos antes de Cristo, chamado na ndia o pai da evoluo. Este filsofo rechaa a teoria atmica, fazendo remontar a origem dos tomos at uma Energia Csmica que denomina Prakriti (em latim Procreatrix) ou Energia Criadora. Afirmou que o universo fenomenal (visvel e sensvel, que cai dentro do raio de ao de nossos sentidos) evoluiu, por completo, de uma s energia csmica, que eterna. Kapila define os tomos como centros de fora (correspondentes aos ons e eltrons da cincia moderna), e o primeiro a explicar a Criao como o resultado de atraes e repulses (afinidade), que, literalmente, significa amor e dio entre os tomos (conforme disse Empdocles). A filosofia Samkya (esta palavra significando nmero; filosofia do nmero o nome dado filosofia de Pitgoras, relacionada com a Evoluo do Universo visvel e invisvel) explica de uma maneira sistemtica, lgica e cientfica, o processo da evoluo csmica deste Prakriti primordial (a Fora Matria) ou Energia Eterna. Kapila reconhece que a alma (com o significado de parte alquota de uma Psique ou Alma Universal) do homem constitui sua verdadeira natureza, sendo distinta da matria (com a qual constitui uma polaridade, donde Esprito e Matria ou Purusha e Prakriti, Positivo e Negativo, Fogo e gua, Macho e Fmea, etc., etc.) e imortal.

As concluses da filosofia Samkya so as seguintes: 1 Alguma coisa no pode derivar-se do nada; 2 O efeito reside na causa, isto , o efeito a causa manifestada; 3 Destruio quer dizer: retorno de um efeito ao seu estado causal; 4 As leis da Natureza so uniformes e regulares em tudo; 5 A construo do Cosmos o resultado da evoluo da Energia Csmica. IV A RJA-YOGA (unio real ou rgia cincia) ou Sistema do Rishi Patanjali, relacionado com o mental Patanjali aceita a teoria da Evoluo tal como a criou Kapila, e sustenta que o Universo fenomenal o resultado da evoluo de Prakriti ou substncia original. Como Kapila, admite Patanjali a existncia de inumerveis Purushas ou almas individuais, cada uma das quais de natureza eterna, infinita e imortal. Porm, dele difere em aceitar a existncia de um Purusha Csmico (Deus pessoal), sem forma, infinito, onisciente, que no tocado pela aflio, mritos, atividades ou desejos. Patanjali parte da Psicologia de Samkya e explica minuciosamente o papel de chitta ou substncia mental (aqui deve-se entender por substncia mental a substncia do Plano Csmico da Inteligncia ou Manas). Tanto Kapila como Patanjali sustentaram que chitta um produto da insensvel Prakriti e distinta de Purusha, o verdadeiro Esprito ou Eu espiritual, que, na realidade, a nica fonte de conscincia e da inteligncia. O Sistema de Patanjali se ocupa da psicologia superior do esprito humano, e divide chitta em cinco classes de vritis (estados de alterao de chitta): 1 O conhecimento perfeito; 2 O no discernimento; 3 A iluso; 4 O sono;

5 A memria; Todos esses vritis, assim como outras funes mentais, so minuciosamente descritos por Patanjali, o qual, depois de analisar as modificaes de chitta, expe o mtodo pelo qual se pode chegar a um domnio absoluto de Manas (a Inteligncia) e de Budhi (a alma espiritual). O objetivo final do Sistema de Patanjali, separando Purusha de Prakriti (o Esprito da Matria) dar um mtodo de libertao. Patanjali ensina a cincia da concentrao mental e da meditao, assim como a cincia da respirao, e o caminho mais seguro para alcanar a clariaudincia, alm de outros poderes que se encontram latentes no homem. A Rja-Yoga uma verdadeira psicologia de ordem muito elevada, uma verdadeira filosofia psicolgica, enquanto que a psicologia moderna no mais do que uma psicologia fisiolgica. Todo e qualquer processo de livrar o Ego das iluses do mundo terreno, com o fim de uni-lo Conscincia Universal, uma Yoga. Patanjali, nos oito passos da ioga que tem o seu nome, ou RjaYoga, ensina no apenas os mtodos de desenvolvimento interior, mas tambm a maneira do homem se conduzir na vida para atingir esse alvo, que a Suprema Realizao, Unio ou Eucaristia. Este Sistema consta de oito passos, a saber: Yama, Ni-yama, Asan, Prana-yama, Pratyahra, Dhrana, Dhyna e Samdhi. Os dois primeiros passos so restries ou interdies de ordem moral; os cinco passos seguintes dizem respeito ao desenvolvimento interiro do discpulo e ao domnio de seus veculos (domnio do fsico, domnio das emoes, domnio do mental) para poder alcanar o oitavo passo, que o Samdhi, o xtase, a Unio Suprema. VI A UTTARA-MIMANSA ou VEDANTA, ou seja, o sistema dos Princpios diretores do Rishi Vysa [1] De todos os sistemas filosficos hindus, este foi o que levou as concluses do esprito humano sua maior altura. A realidade ltima do universo, segundo a Vedanta, a substncia uma, absoluta, que est mais alm do sujeito e do objeto, que a origem da inteligncia e do conhecimento, do Eu-conscincia e da felicidade, que UNO e no mltiplo. Chama-se BRAHM, em snscrito. Esta realidade o mesmo que o BEM de Palato, que a COISA EM SI ou essncia da coisa de Kant, que a VONTADE de Schoppenhauer, a SUBSTNCIA de Spinoza, a SUPER-ALMA de Emerson, o DESCONHECIDO de Herbert-Spencer, a

ESSNCIA DIVINA DO PAI CELESTE dos cristos, ALLAH dos maometanos. Constitui a verdadeira natureza de Budha e de Cristo (palavras estas que significam a mesma coisa, isto , ungido, iluminado). Penetra o Universo. uma e universal. indivisvel. Tal a REALIDADE DO UNIVERSO segundo a Vedanta. Este sistema reconhece a identidade da realidade objetiva do Universo, com a realidade subjetiva do Ego (ou Alma Superior, do homem). Elevando o Eu, ou seja, a verdadeira natureza do Ego, para o divino, a Vedanta o une com a Divindade, que absolutamente pura, perfeita, imortal, imutvel e uma. No houve seno UM no comeo e no haver mais que UM no fim, ao qual se chama Atm. A Vedanta une o cu e a terra, Deus e homem, Atm e Brahma. Aceita as concluses (corretas) da cincia moderna, ao mesmo tempo que nos diz haver vrias expresses, assim como vrias manifestaes da mesma Verdade Una. Afirma que o objeto da filosofia no simplesmente justificar as conjunes de sucesso que constituem a ordem do universo, nem apenas anotar os fenmenos que este oferece nossa investigao, mas conduzir o esprito humano do conhecimento terreno ao que est mais acima do cognoscvel. Devemos, pois, conhecer as leis do cognoscvel, porm, ao mesmo tempo, aspirar chegar mais adiante, penetrando no domnio do Infinito. A filosofia Vedanta guia o homem por sobre os objetos de percepo e dirige as almas para o SER ETERNO ABSOLUTO, onde se encontra a soluo de todos os problemas e respostas a todas as perguntas. Procura determinar a relao existente entre a alma e Deus, com o auxlio dos mais rigorosos processos lgicos e tomando por ponta de partida a mais ampla generalizao dos ramos da cincia. A Vedanta responde s trs grandes funes de uma filosofia: Fazer a sntese das cincias concretas; Achar a origem dos conhecimentos. A cincia nos conduz at certo ponto que no podemos ultrapassar, porm, a filosofia (ou melhor, Teosofia) comea onde a cincia termina; Elevar nosso esprito at o Absoluto (de onde emanamos), resolver o problema da vida e da morte, explicar a origem do Universo, da existncia individual, o objeto da evoluo e auxiliar-nos a sair do domnio da ignorncia e do egosmo. A a Vedanta nos diz que a Substncia ltima do Universo UNA E

TRINA, podendo-se distinguir trs qualidades ou atributos: SAT ou existncia absoluta (o Ser ou o Verbo); CHIT ou inteligncia absoluta e ANANDA ou felicidade absoluta. A Vedanta ensina que aquilo que constitui a substncia ltima de nossa alma deve possuir: Inteligncia, Eu-Conscincia e Felicidade Suprema. Deste modo, o sistema filosfico examinado fica colocado nas mesmas bases de uma religio universal monista, repousando sobre a identidade da natureza ou da substncia entre o Atm divino (Deus) e o Atm humano (Alma), donde a afirmao de que a alma e Deus so da mesma natureza. A Vedanta monista (Advaita) no admite a teoria de Samkya, da pluralidade de Purushas ou almas individuais, eternas e infinitas por sua natureza. Ao contrrio, estabelece que o Infinito h de ser um e no mltiplo. Deste Um donde surge a multiplicidade, sendo as almas individuais outras tantas imagens ou reflexos do Absoluto Brahma. Deste deriva o Universo fenomenal que, no final da evoluo, volta Unidade donde partiu. A Vedanta o sistema mais espalhado na oitavo, quando comeou a decadncia ressurgiu graas ao trabalho de SANKARACHARYA, um dos maiores filsofos ndia moderna. No sculo do Budismo, a Vedanta seu comentador SHRI do mundo. [2]

[1] Vedanta vem a ser o Fim, o Objeto dos Vedas. Uttara significa posterior e Mimansa significa investigao, meditao. [2] A TEOSOFIA, tal como foi apresentada ao mundo por Blavatsky, e a EUBIOSE, como Cincia Inicitica das Idades no presente momento por que passa a evoluo da humanidade, podem ser consideradas, respectivamente como o 7o. e 8o. Sistemas Filosficos, no mais da Filosofia Hindu, mas, obedecendo a transferncia do Eixo Espiritual do planeta de Oriente para Ocidente, fizeram sua apario na Amrica do Norte e na Amrica do Sul. Como 8o. Sistema, a EUBIOSE representa a Suprema Sntese dos 7 anteriores, englobando no s a imensa Sabedoria Oriental, mas tambm o Conhecimento Hermtico. (Nota do compilador)

TRADIOES NO TIBET

Introduo s Cinco Principais Tradies Espirituais do TibetDurante o perodo de propagao do Budismo no Tibet foi restabelecido o contato com a tradio Budista da ndia, e a influncia de mestres diferentes conduziu a uma diversidade nas linhagens dos mestres. Gradualmente trs ordens novas principais, Sakya, Kagyu e Gelug surgiram. Nyingma foi identificada como a forma de Budismo introduzida desde a chegada de Guru Padmasambhava noTibet.

A tradio BonpoA tradio espiritual mais antiga do Tibet a Bn. De acordo com as explicaes Bnpo, dezoito mestres iluminados aparecero neste aeon e Tnpa Shenrab, o fundador da religio Bn, o mestre iluminado desta era. Ele disse que nasceu na terra mstica de Olmo Lung Ring, cuja localidade permanece ainda um mistrio. A terra tradicionalmente descrita como dominada pelo Monte Yung-drung Gu-tzeg (Edifcio das Nove Swastikas), que muitos identificam como o Monte Kailash a oeste do Tibet. Devido sacralidade de Olmo Lung Ring e da montanha, tanto a swastika de sentido anti-horrio quanto o nmero nove so de grande significado na religio Bn. Acredita-se que Tnpa Shenrab primeiro estudou a doutrina Bn no cu, no final do qual ele rogou aos ps do deus da compaixo, Shenla Okar, para guiar o povo deste mundo. Conseqentemente, com a idade de trinta e um anos ele renunciou ao mundo e tomou uma vida de austeridades, disseminando a doutrina para ajudar os seres imersos em um oceano de misria e sofrimento. Neste esforo de espalhar a doutrina, ele chegou ao Tibet, na regio do Monte Kailash, que conhecido como a terra de Zhang Zhung, historicamente o assento principal de cultura e doutrina Bn. Registros sobre a vida de Tnpa Shenrab podem ser encontrados nas trs principais fontes; mDo-'dus, gZermigand gZi-brjid. As duas primeiras so tidas como textos Tesouros (gTerma) descobertos, de acordo com a histria Bn, no sculo X ou XI. O terceiro pertence llinhagem do sussurro (sNyan-brgyud) transmitida entre os adeptos. As doutrinas ensinadas por Tonpa Shenrab so geralmente classificadas em dois tipos; primeiro, Os Quatros Portais e Um Cofre (sGo-bzhi mDzod-lizga), onde as quatro primeiras so: a doutrina gua Branca(Chabdkar) que lida com assuntos esotricos; a doutrina gua Negra (Chab-nag) que lida com narrativas, magia, ritos funerais e ritos de resgate; a doutrina da Terra de Phan ('Phanyul) que contm as regras monsticas e exposies filosficas; a doutrina do Mentor Divino (dPon-gasa) contendo exclusivamente os ensinamentos da grande perfeio; e finalmente, o Cofre (mTho-thog) que engloba os aspectos essenciais de todos os quatro portais. A segunda classificao, os Nove Caminhos do Bn (Bn theg-pa rim-dgu) a seguinte: o Caminho da Predio (Phyva-gshen Theg-pa), que descreve sortilgio, astrologia, titual e prognstico; o Caminho do Mundo Visual (sNang-shen theg-pa), que explica o universo psicofsico; o Caminho da Iluso ('Phrul-gshen theg-pa), que d detalhes de ritos para se dispersar foras adversas; o Caminho da Existncia (Srid-gshen theg-pa), que explica os rituais de funeral e morte; o Caminho de um Seguidor de um Programa (dGe-bsnyen theg-pa), que contm os dez princpios para uma atividade beneficiente; o Caminho de um Monge (Drnag-srnng theg-pa), no

qual as regras e regulamentaes monsticas so colocadas; o Caminho do Som Primordial (Adkar theg-pa), que explica a integrao de um praticante exaltado numa mandala de iluminao superior; o Caminho do Shen Primordial (Ye-gshen theg-pa), que explica as guias mestras para a procura de um verdadeiro mestre tantrico, e, finalmente, o Caminho de Suprema Doutrina (Bla-med theg-pa), que discute somente a doutrina da grande perfeio. Os Nove Caminhos foram depois sintetizados em trs: os primeiros quatro constituram os Caminhos Causais (rGyui-theg-pa), os quatro subseqentes formaram os Caminhos Resultantes ('Brns-bu'i-theg-pa) e o nono se tornou o Caminho Insupervel ou o Caminho da Grande Completude (Khyadpar chen-po'i-theg-pa orrDzogs-chen). Tudo isto encontrado no cnone Bn compilados em mais de 200 volumes classificados em quatro sesses: os sutras (mDa), a perfeio dos ensinamnetos de sabedoria ('Bum), os tantras (rGyud) e o conhecimento (mDzod). Alm deles, o cnone lida com outros assuntos tais como os rituais, artes e trabalhos manuais, lgica, medicina, poesia e narativas. interessante notar que na sesso do Conhecimento (mDzod) concernente cosmologia e cosmogonia bem particular do Bn, apesar de haver especulaes acadmicas de que exista uma forte afinidade com certas doutrinas Nyingma. A histria nos mostra que com o aumento do patrocnio real ao Budismo, a doutrina Bn foi desencorajada, e foi tambm perseguida e banida. Praticamente nada se sabe a respeito do Bn no perodo que vai do sculo VIII ao sculo XI. Entretanto, com a implacvel devoo e esforo de verdadeiros seguidores como Drenpa Namkha (sculo IX), Shenchen Kunga (sculo X) e muitos outros, a doutrina Bn, a religio indgena de Tibet, foi resgatada do obscurantismo e re-estabelecida ao lado do Budismo no Tibet. Desde o sculo XI, com o estabelecimento de mosteiros como Yeru Ensakha, Kyikhar Rishing, Zangri e os ltimos Menri e Yungdrung Ling no Tibet Central; e Nangleg Gon, Khyunglung Ngulkar e outros, mais de trezentos mosteiros Bn foram estabelecidos no Tibet antes da ocupao Chinesa. Destes, os mosteiros de Menri e Yungdrung foram as principais universidades para o estudo e prtica da doutrina Bn. Uma nova avaliao do Bn ocorreu no sculo XIX sob a assistncia de Sharza Tashi Gyeltsen, cuja obra escrita compreendia em dezoito volumes que deram tradio Bn um novo impulso. Seu seguidor Kagya Khyungtrul Jigmey Namkha treinou muitos discpulos no s na religio Bn, mas em todas as cincias Tibetanas. Entretanto, com a invaso Chinesa no Tibet, como as outras tradies espirituais, o Bnismo tambm sofreu irreparveis perdas. Pelos eforos do Abade Lungtok Tenpai Gyeltsen Rinpoche, do Venervel Sangyey Tenzin e outros poucos monges mais velhos, uma pequena parte da

comunidade Bn se re-estabeleceu com sucesso no mosteiro de Tashi Menri Ling em Dolanji nas colinas perto de Solan em Himachal Pradesh, India, com o aval de Sua Santidade o Dalai Lama e do Conselho para Assuntos Religiosos e Culturais. Por algum tempo este mosteiro foi o nico centro importante onde os monges mais jovens podiam receber um treinamento completo dentro da filosofia Bn, mais disciplinas monsticas, e rituais e danas religiosas. Completados ainda com estudo de gramtica, medicina, astrologia e poesia, os monges so ainda orientados com uma educao moderna. Ao se concluir com sucesso o curso completo de estudos, que acessado tanto por meios de exames escritos quanto dialticos, um monge conquista o Grau Geshey (Doutorado em Bnismo). Este passa ento a servir sua comunidade atravs de ensinamentos, de escritos e assim por diante. Alm do Mingye Yungdrungling existe tambm o Tashi Thaten Ling e outros quatorze mosteiros Bn na ndia e Nepal. Eforos tm sido feito para se estabelecer um Instituto Internacional do Bn no Nepal para fortalecer as atividades religiosas Bn e para apresentar sua doutrina para o resto do mundo. Atualmente o Bonismo, apesar de ter perdido sua posio proeminente, possui muitos seguidores em muitas tribos Tibetanas e em algumas reas isoladas. Os rituais e as crenas do Bonismo formam uma parte integral da cultura Tibetana. A tradio Bn tem recebido apoio de Sua Santidade o Dalai Lama, que recentemente fz uma visita de dois dias Dolanji, onde ficou impressionado pelo grau de conquistas educacionais. Alm disto ele fz uma declarao em 1988 na Conferncia Tulku em Sarnath onde enfatizava a importncia de se preservar a tradio Bn, como representante das fontes indgenas da cultura Tibetana, e reconhecendo o papel importante que teve na construo da identidade nica do Tibet.

A Tradio SakyaA tradio Sakya est fortemente ligada linhagem ancestral de Khon, que derivou de seres celestiais. A linhagem descendeu intacta at o tempo presente iniciando-se com Khon Knchok Gyelpo(1034-l 102), fundador da tradio Sakya. Do ponto de vista doutrinal a tradio localiza suas origens no Yogin Indiano Virupa at Gayadhara. O seu discpulo Drogmi Shakya Yeshe (992-1074) viajou para ndia onde recebeu os ensinamentos no Kalachakra, o Caminho e seu Fruto e outros, de muitos mestres Indianos e depois retornou ao Tibet. Depois, Khon Knchok Gyelpo, um de seus discpulos principais, construiu

um monastrio na provncia de Tsang noTibet central e deu o nome de Sakya, ou monastrio da Terra Cinzenta. Assim a escola levou seu nome, Sakya, do local do monastrio. O filho de Khon Knchok Gyelpo, Sachen Kunga Nyingpo (1092-1158) foi uma pessoa de habilidade extraordinria e conquista espiritual, quem organizou todas as linhagens tantra e ensinamentos sutra de Arya Nagarjuna e Virupa. Ele teve quatro filhos - Kungabar, Sonam Tsemo, Jetsun Dakpa Gyeltsen e Palchen Rinpoche. O segundo filho Sonam Tsemo (1142-82) se tornou um estudante instrudo com a idade de dezesseis anos. Ele teve vises de muitas deidades meditationais e tambm produziu muitos discpulos reconhecidos. Jetsun Dakpa Gyeltsen (1147-1216) recebeu seus votos de celibato leigo e mostrou fortes sinais de maturidade espiritual em sua na mocidade. Com a idade de onze anos ele deu o seu primeiro ensinamento sobre Hevajra. O discpulo principal de Jetsun Dakpa Gyeltsen era o seu sobrinho, filho de Palchen pochey o famoso Pandita Sakya, Kunga Gyeltsen (1182-1251). Pandita Sakya estudou filosofia Budista e no-Budista, lgica, Sanscrito, astrologia e arte, com inmeros Mestres Nepaleses, de Kashmir e Tibetanos e alcanou domnio sobre todos eles. Quando ele tinha vinte e sete anos, depois de se encontrar com o Pandita Shakya Shribhadra de Kashmir, ele se tornou um monge completamente ordenado e manteve seus votos sem a menor infrao. Seus trabalhos como a Tesouro da Lgica em Cognio Vlida (Tsod-ma rigs-gter) e a Discriminao dos Trs Votos (sDom-gsum rab-dbye) so famosos at hoje. Em 1244, Godan Khan, neto de Gengis Khan, intrigado com a reputao do Pandita Sakya, o convidou para ir Monglia onde ele deu ensinamentos Budistas. Em 1253, depois que Pandita Sakya e Godan Khan tinham falecido, o imperador, Sechen Kublai Khan convidou Drogn Chgyal Phagpa, sobrinho de Pandita Sakya para sua corte. Phagpa inventou um novo manuscrito para se escrever o idioma mongol. Kublai Khan ficou impressionado assim pelo desempenho de Phagpa que declarou Budismo a religio oficial da Monglia e o presenteou com o governo de trs provncias no Tibet. Assim, Phagpa foi a primeira pessoa na histria Tibetana a ganhar autoridade religiosa e secular em todo o pas. Ele foi sucedido por seu irmo Chagna e ao todo os Sakyapas regeram o Tibet por mais de cem anos. Eventualmente, Tishri Kunglo (1299-1327), primognito dos quinze netos do irmo de Sakya Pandita, fundou quatro casas dinsticas: Zhithog, Rinchen Gang, Lhakhange Ducho dos quais s as ltimas duas dinastias sobreviveram. Porm, no sculo XV a Dinastia Ducho se dividiu em duas subdinastias, ou palcios; o Dolma Phodrang e o Phuntsok Phodrang. O hierarquias presentes destes dois palcios so Sakya Trizin.

Ngawang Kunga Theckchen Rinpoche (1945-). que o chefe atual da tradio Sakya, e vive em Dehra Dun, ndia e, Dagchen Rinpoche(1929-), o fundador do Sakya Thegchen Choling nos Estados Unidos da Amrica. A sucesso posio de chefe da tradio Sakya tem sido hereditria desde o tempo de Khon Knchok Gyelpo e tradicionalmente se alterna entre os dois palcios. Sakya Dagtri Rinpoche, o titular presente o 4l ocupante do Trono Sakya. Entre os principais mantenedores da tradio Sakya, Sachen Kunga Nyingpo (1092-1158), Sonam Tsemo (1142-1182), Dakpa Gyeltsen (1147-1216), Sakya Pandita Kunga Gyeltsen (1182-1251) e Drogn Chgyal Phagpa (12351280) so conhecidos como os Cinco Patriarcas da Tradio Sakya. Depois deles, foi o assim chamado Seis Ornamentos do Tibet: Yaktuk Sangyey Pal e Rongton Mawe Sengey que eram famosos por suas autoridades nos ensinamentos dos sutras; Ngorchen Kunga Zangpo e Zongpa Kunga Namgyel que eram instrudos nos tantras; Goram Sonam Sengey e Shakya Chogden que eram instrudos nos sutras e tantras. Estes foram os mestres espirituais famosos da tradio Sakya. Entre eles Gorampa Sonam Sengey, instituiu o estudo formal da lgica na tradio Sakya. Como outras tradies do Budismo Tibetano, vrias sub-divises emergiram dentro da tradio Sakya principal. A linhagem de ensinamentos dentro da disciplina instituda por Ngorchen Kunga Zangpo (1382-1457) e pelos mestres sucessivos como Knchok Lhundrup, Thartse Namkha Pelsang e Drubkhang Pelden Dhondup vieram a ser conhecidas como a linhagem Ngor, considerando que, as linhagens Tsarchen Losel Gyatso (1502-56), foram chamadas de a linhagem sussurrada Tsar, relativo aos Treze Textos Dourados do Tsar, inclusive as doutrinas secretas do Mahakala superior e inferior, Vajra Yogini, Jambhala e outros, so conhecidos como a tradio de Tsar. Assim, a escola Sakya da linhagem Khon representa o tronco principal de uma rvore da qual o Ngorpa e as escolas Tsarpa so filiais. Estas so, as trs escolas (SNgor-czar-gsum) na tradio Sakya. O ensinamento central e a prtica Sakyapa, chamado de Lamdrey (Lam - ' bras), O Caminho e Seu Fruto certamente leva aos seus praticantes ao estado de Hevajra. O Caminho e Seu Fruto so uma sntese de todos os caminhos e frutos de ambas as classes exotricas e esotricas de ensinamento. O ensinamento do Caminho e Seu Fruto se originou dos professores Indianos Virupa, Avadhuti, Gayadhara e Shakyamitra, um seguidor do Arya Nagarjuna, e foram trazidos ao Tibet pelo tradutor Tibetano Drogmi e foi passado atravs de uma linhagem irrompvel at mestres de hoje. Durante a poca de Muchen Sempa Chenpo Knchok Gyeltsen, um discpulo de Ngorchen Kunga Zangpo (1382-1457), a transmisso do Caminho e Seu Fruto se partiu em duas subtradies: a Explicao para Discpulos Particulares (sLob-bshad) e para as tradies das Assemblias (Tshog-bshad). O ponto de vista filosfico expressado no Caminho e Seu Fruto a inseparabilidade entre samsara e

nirvana. De acordo com isto, um indivduo no pode atingir nirvana ou paz simplesmente abandonando a existncia cclica ou samsara, porque a mente a raiz do samsara e do nirvana. Quando obscurecida, leva a forma de samsara e quando livre das obstrues nirvana. Conseqentemente, a realidade que uma pessoa tem que se esforar atravs da meditao para perceber a inseparabilidade deles. Nas universidades monsticas Sakya so estudados dezoito textos principais. Estes tratam da Perfeio de Sabedoria, Disciplina Monstica, Viso do Caminho do Meio, Phenomenologia , Lgica e Epistemologia, como tambm comentrios sem igual tradio, como a Discriminao dos Trs Votos, o Tesouro da Lgica na Cognio Vlida e os trabalhos de Gorampa Sonam Sengey e outros. Em sua graduao, ao monge concedido o grau de Kazhipa, Kachupa e Rabjampa base de mrito. A prtica tantrica principal da escola Sakya o Hevajra e os tantras Chakrasambhara, Mahakala e assim sucessivamente. Os principais monastrios Sakya noTibet eram Nalanda em Phenpo construido por Rongton Sheja Kunrig, Lhakhang Chenmo fundado por Khon Knchok Gyelpo,Tsedong Sisum Namgyel, estabelecido por Namkha Tashi Gyeltsen e Ngor E-Vam Chodhen, fundado por E-Vam Kunga Zangpo no Tibet Central; Dhondup Ling, fundado por Dagchen Sherab Gyeltsen e Lhundup Teng fundado por Thangtong Gyalpo em Kham; e Deur Chode construdo por Chodak Sangpo em Amdo. Agora,Tsechen Tenpai Gatsal em Rajpur, Uttar Pradesh; Ngor E-Vam Shadrup Dargye Ling em Bir, Himachal Pradesh, Tsechen Dhongag Choeling em Mundgod, Karnataka State, e Ngor E-Vam Chodhen em Dehradun, Uttar Pradesh na ndia como tambm Tashi Rabten Ling em Lumbini no Nepal so alguns dos principais monastrios restabelecidos da tradio Sakya.

A Tradio KagyuAs linhagens da Escola Kagyu do Budismo Tibetano derivam principalmente de duas fontes: Marpa Chkyi Lodoe (1012-1099) e Khyungpo Nyaljor (9781079). O primeiro foi treinado como tradutor por Drogmi Yeshe (993-1050), e ento viajou trs vezes ndia e quatro vezes para o Nepal procura de ensinamentos religiosos. Ele estudou aos ps de cem e oito mestres espirituais e peritos, principalmente Naropa e Maitripa. Marpa recebeu os ensinamentos da linhagem tantrica chamada as Quatro Linhagens Comissionadas (bK'nbabs-bzhi) - relativa ao Corpo Ilusrio e a Transferncia de Conscincia, Sonhos, Luz Clara, e Calor Interno diretamente de Naropa (1016-1100), que tinha sido instrudo nestes por seu professor Tilopa (988-1069). Sua fonte original era o Buddha Vajradhara.

Marpa trouxe estas linhagens ao Tibet, passando-as ento para seu discpulo mais adiantado Milarepa (1040-1123), o mais clebre e realizado dos iogues tantricos do Tibet que alcanou a derradeira meta da iluminao em uma s vida. A Milarepa foi determinado a responsabilidade pela linhagem de sua meditao e outros como Ngog Choku Dorjey, Tsurton Wangey e Meton Chenpo se tornaram os mantenedores dos ensinamentos da linhagem de Marpa. Isto como o sistema dual de treinamento filosfico(bShad-grva) e o treinamento da meditao (sGub-grva) se encontra estabelecido nos monastrios Kagyu. Entre os discpulos de Milarepa, Gampopa (1084-1161), tambm conhecido como Dagpo Lhaje e Rechungpa (1084-1161) eram os mais ilustres. O primeiro recebeu de Milarepa, os ensinamentos e a prtica do Grande Selo (Mahamudrn)e os Seis Yogas de Naropa, e os sintetizou em uma s linhagem que veio a ser conhecida como Dakpo Kagyu, a linhagem me da tradio Kagyu. Gampopa tambm abriu caminho para uma fuso da tradio Mahamudra de Milarepa com as fases da tradio do caminho originrio da ordem Kadampa. As Jias Ornamentos da Liberao de Gampopa so proeminentes entre as fases da literatura do caminho Tibetana. A linhagem Kagyu Mahamudra foi mais tarde incorporada na tradio Gelug pelo Primeiro Panchen Lama, Lobsang Chkyi Gyeltsen (1570-1662) e conhecida como a Tradio Ganden-Kagyu do Mahamudra. A tradio Dakpo Kagyu causou o surgimento das quatro escolas principais fundadas por discpulos ilustres de Gampopa. Estas so: a Tselpa (Tshalpa) Kagyu fundada por Zhang Yudakpa Tsondu Dakpa (1123-1193), onde o professor principal era Wangom Tsultrim Nyingpo. Este fundou o monastrio de Gungthang e teve muitos discpulos instrudos. A Barom (' Barom) Kagyu foi fundada por Barom Darma Wangchuk. Ele construiu o monastrio Barom do qual a tradio levou seu nome. A Phagtru(`Phaggru) Kagyu foi fundada por Phagmo Trupa Dorje Gyelpo (1110-1170). Ele era um dos discpulos principais de Gampopa particularmente notado por sua realizao e transmisso dos ensinamentos Mahamudra. Muitos dos seus discpulos atingiram a alta realizao, como Taglung Thangpa, Kalden Yeshi, Ling Repa Pema Dorjey, Jigten Gonpo e Kher Gompa. Phagmo Trupa tambm construiu um monastrio na localidade de Phagmo que mais tarde recebeu o nome de Densa Thil. Muitas sub-escolas cresceram da linhagem de seus discpulos.

A Kamtsang ou Karma Kagyu foi fundado pelo primeiro Karmapa, Dusum Khyenpa (1110-1193). Esta tradio permaneceu forte e prspera, devido em grande parte, presena de uma linha irrompvel de reincarnaes do fundador, os Karmapas sucessivos. Famoso entre eles est o Segundo Karmapa, Pakshi (1206-1282), o terceiro Karmapa, Ranjung Dorjey (1284-1339) e o Oitavo Karmapa, Mikyo Dorjey (1507-1554). A mais recente incarnao foi o XVI Karmapa, Ranjung Rigpe Dorjey (1924-1981), que no exlio, tambm foi designado o chefe de toda a tradio Kagyu. No Tibet, em Tsurphu, situado no Tibet Central est o monastrio principal desta tradio. Depois de entrar no exlio, a tradio restabeleceu sua sede e sua principal universidade monstica em Rumtek, no Sikkim. Tambm se desenvolveram centenas de centros por todo o mundo. Na ausncia de uma incarnao atual de Gyalwa Karmapa quatro lamas da alta hierarquia que eram seus discpulos esto agindo como regentes. Eles so Shamar Rinpoche, Gyaltsab Rinpoche, Situ Rinpoche e Jamgon Kongtrul Rinpoche. Em 27 de Junho de 1992, o Governo Chines oficialmente permitiu o reconhecimento de Ugyen Trinley Dorje como a 17 reincarnao do Karmapa. Esta foi a primeira vez que o governo comunista permitiu o reconhecimento de um lama reincarnado. A raspagem da cabea e a cerimnia de nomeao aconteceu em Lhasa no famoso Templo de Jokhang. Foi a segunda vez que um Karmapa recebeu esta ordenao l. O entronamento ocorreu em 27 de Setembro de 1992, onde mais de 20,000 peregrinos se reuniram. Sua Santidade concluiu o entronamento dando sua beno pessoal para a multido que cercava o mosteiro. O entusiasmo e o grande nmero de pessoas que tentava entrar no mosteiro fz com que as bnos continuassem no dia seguinte. No dia seguinte cerca de 25,000 pessoas enfileiraram diante do Dalai Lama para receber sua beno pessoal. No dia seguinte, o 17 Karmapa deu seu primeiro ensinamento sobre o Chenrezig Vermelho. Desde de sua chegada Tsurphu em 1992, Sua Santidade o Karmapa se envolveu principalmente com o s estudos do dharma. Esta educao comeou sob a direo de Sua Eminncia Tai Situ Rinpoche; Sua Eminncia Goshir Gyaltsab Rinpoche; e do Abade de Tsurphu, o falecido Drupon Dechen Rinpoche. Umdze Tubten Zangpo, quem serviu o 16 Karmapa nos mosteiros de Tsurphu e Rumtek, foi o tutor de leitura de Sau Santidade at a sua morte em 1997. Outros monges e lamas instrudos, incluindo o Lama Nyima, continuaram a tutorar Sua Santidade.

Oito sub-escolas se desenvolveram dentro da escola Phagdu Kagyu. A Drikung (' Brigung) Kagyu, fundada por Drikung Kyopa Jigten Gonpo (1143-1217) encabeada agora pelo 37 Sucessor, Drikung Kyabgon CheTsang (1946-___), que reside em seu monastrio em Ladakh. A Taglung (sTag-lung) Kagyu, fundada por Taglung Thangpa Tashe Pel (1142-1210). O atual chefe desta escola Shabdrung Rinpochey que agora vive em Sikkim. A Drukpa ('Brug pa) Kagyu tambm fundada por Choje Gyare Yeshe Dorjey conhecido como Ling Repa (1128-1189), encabeada pelo 12 Drukchen Rinpochey que restabeleceu seu monastrio em Darjeeling, ndia. Entre as oito sub-escolas somente trs sobrevivem at o dia presente, com a Drukpa por ser numericamente a maior, seguida por Drikung. Infelizmente outras subseitas da tradio Kagyu como a Trophu (Khrophu) fundada por Rinpochey Gyaltsa, um sobrinho de Phagmo Trupa que construiu o monastrio de Trophu; Martsang (sMar-tsang)fundada por Marpa Rinchen Lodoe; a Yelpa (Yel-pa) estabelecida por Yelpa Yeshe Tseg; a Shungseb (Shugs-gseb) comeada por Chkyi Sengey e a Yamzang(gYa'abzang) Kagyu fundada por Yeshi Senge deixaram de existir, pelo menos como instituies separadas. Embora alguns lamas das outras principais tradies Kagyu ainda mantm algumas de suas linhagens de ensinamentos. A Shangpa Kagyu, um das duas formas originais da tradio Kagyu, foi fundada pelo grande adepto, Khyungpo Nyaljor (978-1079). Desconte com seu treinamento nas prticas Bn e Dzogchen, Khyungpo Nyaljor foi para o Nepal onde ele conheceu o Acharya Sumati. Deste, ele recebeu treinamento como tradutor e viajou para a ndia. dito que ele havia dominado a doutrina exotrica e esotrica inteira como tambm a meditao sobre ela depois de ter recebido ensinamentos de cento e cinqenta escolares-adeptos. Seus professores principais incluem Sukhasiddha, Rahulagupta e Niguma, a consorte de Naropa. Alm de receber orientao prtica de mestres em forma de humanos, ele recebeu tambm transmisses das Dakinis (os seres celestiais). Depois de voltar ao Tibet, ele receb