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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE E
SEGURANÇA DO TRABALHO
O AMBIENTE E AS DOENÇAS
DO TRABALHO
Profª. MSc. Marta Cristina WachowiczEspecialista em Psicologia do Trabalho
Mestre em Engenharia de Produção-Ergonomia
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AMBIENTE E DOENÇAS DO TRABAHO
1. Ambiente e Doenças do Trabalho
2. PCMSO
3. Primeiros Socorros
4. Toxicologia
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REFERÊNCIAS
CLOT, Y. A função psicológica do trabalho. Petrópolis, RJ: Vozes,2006.
CODO, W. Indivíduo, trabalho e sofrimento. Petrópolis: Vozes, 1993.
CODO, W. (org.). O trabalho enlouquece? Um encontro entre a clínica e o trabalho. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez – Oboré, 1992.
DEJOURS, C.; ABDOUCHELI, E.; JAYET, C. Psicodinâmica do trabalho: contribuições da escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas, 1994.
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FRANÇA, A. C. L.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas, 1999.
GAIGHER FILHO, G.; MELLO, S. I.L. LER/DORT: a psicossomatização no processo de surgimento e agravamento. São Paulo: LTR, 2001.
GLINA, D. M. R.; ROCHA, L. E. (Orgs.) Saúde mental no trabalho: desafios e soluções. São Paulo: VK, 2000.
GUIMARÃES, L.A.M.; GRUBITS, S. Série saúde mental e trabalho (orgs). São Paulo: Casa do psicólogo, 2000. (vol. I, II, III)
JACQUES, M. das G.; CODO, W. Saúde mental e trabalho: leituras. Petrópolis: Vozes, 2002.
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MATTOS, U. A. de O.; MASCULO, F. S. (org.). Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier-Abepro, 2011.
MENDES, R. Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995.
RAMAZZINI, B. As doenças dos trabalhadores. São Paulo: FUNDACENTRO, 2000.
REYNER, J. H. Medicina psiônica: estudo e tratamento dos fatores causativos da doença. São Paulo: Cultrix, 2005
RODRIGUES, M. V. C. Qualidade de vida no trabalho. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
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ROSSI, A.M.; PERREWÉ, P.L.; SAUTER, S.L. Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas, 2005.
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. São Paulo: IOB, 1996. (inclui as Portarias MTb n.3.214, de 08.06.78).
WACHOWICZ, M. C. Segurança, saúde & ergonomia. Curitiba: IBPEX, 2012.
WISNER, A. A inteligência no trabalho: textos selecionados de ergonomia. São Paulo: FUNDACENTRO, 1994.
WISNER, A. Por dentro do trabalho. São Paulo: FTD, Oboré, 1987.
ZANELLI, J.C; BORGES-ANDRADE, J.E; BASTOS, A.V.B. (orgs). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
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SITES de PESQUISA
www.protecao.com.br
www.mtb.gov.br ou www.trabalho.gov.br
www.anamt.com.br
www.previdenciasocial.gov.br ou www.mpas.gov.br
www.anvisa.gov.br
www.fundacentro.gov.br
www.ergonomia.com.br
www.amb.gov.br
www.saude.gov.br
www.fiocruz.br
www.saudeetrabalho.com.br
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Doença Profissional
É aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar à determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e o da Previdência Social.Ex: Saturnismo (intoxicação provocada pelo chumbo) e Silicose (sílica).
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Doença do Trabalho
É aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente (também constante da relação supracitada). Ex: Disacusia (surdez) em trabalho realizado em local extremamente ruidoso.
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Não são consideradas como doenças do trabalho:
- Doenças degenerativas
- A inerente a grupo etário
- A que não produz incapacidadelaborativa
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Não são consideradas como doenças do trabalho:
- A doença endêmica adquirida porsegurados habitantes de região ondeela se desenvolva, salvo se comprovadoque resultou de exposição ou contatodireto determinado pela natureza do trabalho.
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Centro Nacional de Proteção contra Riscos Profissionais - CNPRP
É uma instituição que pertence ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e que tem por missão assegurar a prevenção, tratamento, recuperação e reparação de doenças ou incapacidades resultantes de riscos profissionais.
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Tem um corpo de médicos especialistas que se encarregam de certificar as doenças profissionais, isto é, estudam as doenças que são comunicadas através das participações e a as condições de trabalho em que se desenvolveram para compreenderem se existem, ou não, relações entre ambas.
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Há alguma indenização em caso de doença confirmada?
Tem direito à reparação do dano, tanto em espécie (prestações de natureza médica, cirúrgica, farmacêutica, hospitalar, etc.)...
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... como em dinheiro (indenização pecuniária por incapacidade temporária para o trabalho ou redução da capacidade de trabalho ou ganho em caso de incapacidade permanente, etc.), entre outras.
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Quando o ambiente de trabalho não é adequado às características e funcionamento da máquina humana, colocando-a em situações penosas, o que se pode observa é o surgimento de diferentes tipos de doenças:
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1. Quando as condições de trabalho ultrapassam os limites toleráveis do organismo, a probabilidade de provocar uma doença no trabalhador é significativa.
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1. Neste caso, têm-se uma Doença Profissional que, no sentido restrito, se define como uma doença devido a fatores (físicos, químicos e biológicos) bem determinados do meio de trabalho.
Ex: a exposição a um nível elevado de ruído gera uma perda auditiva nos trabalhadores expostos.
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2. O meio profissional pode também ter um papel importante, porém, associado a outros fatores de risco do ambiente fora do trabalho ou do modo de vida do trabalhador, gerando as doenças do trabalho.Diversos estudos mostram a ocorrência de perturbações digestiva, do sono, do humor com os trabalhadores em turnos alternados.
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2. Os horários deslocados, a dificuldade das tarefas efetuadas à noite, no momento de menor resistência do organismo, podem influenciar o desenvolvimento destas patologias.
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2. Outros fatores, não profissionais, ligados por exemplo ao patrimônio genético, ao estado de saúde ou aos hábitos de vida (alcoolismo, tabagismo) têm também um papel importante na aparição e no progresso destas doenças.
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3. Quando o trabalho é bem adaptado ao homem, não só às suas atitudes e seus limites, mas também a seus desejos e seus objetivos, ele pode ser um trunfo à saúde do trabalhador. Neste sentido, o trabalho nem sempre significa algo patogênico...
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3. … Ele é, muitas vezes, um poder estruturante em direção a saúde mental. Ao dar ao trabalhador a oportunidade de se realizar em seu trabalho, está se contribuindo para a sua satisfação e bem-estar.
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Em resumo, com relação às doenças profissionais existe uma relação direta de causa e efeito entre o fator de risco no trabalho e a doença.
Ao contrário, nos casos ligados à profissão, o fator de risco no trabalho é somente um fator entre outros.
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Algumas recomendações para prevenir as doenças profissionais e
do trabalho
Aspectos Físicos - Ventilação do ambiente de trabalho- Uso de EPI e EPC- Alterações de processos- Móveis adequados- Limpeza regular do ar condicionado
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Algumas recomendações para prevenir as doenças profissionais e
do trabalho
Aspectos Organizacionais - Rotatividade das tarefa- Pausas mais frequentes- Flexibilidade dos horários- Conhecimento dos riscos- Participação do trabalhador nas decisões
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Doenças e Trabalho na Antiguidade
Nos papiros há registros sobre a relação entre o trabalho pesado ou de risco mais elevado com os que eram destinados a escravos oriundos de nações subjugadas.
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Hipócrates (460 – 375 a.C)
Considerado Pai da Medicina da Antiguidade diagnosticou doenças como a malária, pneumonia e tuberculose.
Seus estudos afirmam que muitas epidemias estavam relacionadas com fatores climáticos, raciais, dietéticos e do meio onde as pessoas viviam.
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Fundamentou a sua prática e a sua forma de compreender o organismo humano, incluindo a personalidade, através da teoria dos quatro humores corporais:
1. Sangue 2. Fleuma: muco secretado pelas
membranas das mucosas3. Bílis amarela4. Bílis negra
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O filósofo afirmava que conforme a quantidade relativa dos humores presentes no corpo, levaria a estados de equilíbrio (eucrasia) ou de doença e dor (discrasia).
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As doenças se deveriam a um desequilíbrio entre os humores, cuja causa principal seria as alterações devidas aos alimentos, os quais, ao serem assimilados pelo organismo, dariam origem aos quatro humores.
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Humor ElementoNome
antigo
Nome
moderno
Características
antigas
Sangue Ar Sanguíneo ArtesãoCorajoso,
prestativo, amoroso
Bílis
amarelaFogo Colérico Idealista
Irritadiço,
agressivo
Bílis negra Terra Melancólico Guardião
Desanimado,
inquieto,
irritadiço
Fleuma Água Fleumático Racional Calmo, racional
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ARTESÃO: temperamento talentoso, liderança empresarial.
IDEALISTA: empreendedor, dominador, agressivo.
GUARDIÃO: observador, empático, confiável, comunicativo.
RACIONAL: perfeccionista, exigente
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Doenças e Trabalho na Idade Moderna
1556 – Georgius AgricolaLivro De Re Metállica
Estudo sob a extração de metais, fundição de ouro, acidentes de trabalho e doenças mais comuns entre os mineiros: “asma dos mineiros” provocada pela poeira corrosiva.
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Agrícola sabia que este problema poderia ser evitado mediante melhor ou maior ventilação nas minas e através do uso de proteção contra a inalação de poeiras lesivas
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Bernardino Ramazzini - 1700
Pai da Medicina do Trabalho
“A doença dos Trabalhadores”
Sistematiza e classifica as doenças através da natureza e do grau de nexo com o trabalho.
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Sugere prescrições médicas preventivas ou curativas contra as doenças dos operários.
Determina critérios de sistematização para a Patologia do Trabalho
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TecnopatiasDoenças diretamente causadas pela
nocividade da matéria manipulada que dão origem às doenças profissionais.
MesopatiasDoenças produzidas pelas condições
de trabalho: posições forçadas, inadequadas, de pé, sentado, inclinado, encurvado.
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As primeiras duas décadas do Século XX, é possível reconstruir a migração da Patologia do Trabalho do âmbito da Medicina Social para o da Higiene e seus desdobramentos da Medicina Legal, Medicina do Seguro e da Saúde Pública.
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Clinica del Lavoro - 1904
Em Milão, Luigi Devoto cria um hospital para trabalhadores doentes e torna-se referência para estudps de Patologia do Trabalho.
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II Congresso Internacional – Bruxelas
Em 1910 esse congresso se dispõe a analisar a questão da equiparação de acidentes do trabalho e doenças profissionais para fins legais.
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OIT - 1919
Lista de doenças profissionais onde se especifica uma relação direta entre governos – empregadores –empregados e a abrangência do processo do adoecimento.
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1925 - três doenças
1934 - 10 doenças
1964 - 15 doenças
1980- 29 grupos de doenças
1995 - está em revisão a lista
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Identificação da EmpresaRazão social, número de empregados, ramo de atividade
Descrição da FunçãoAtividades e tarefas realizadas pelotrabalhador em sua função: materiais, substâncias, instrumentos, máquinas, mecanismos de controle da produção.
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Condições de TrabalhoDescrição do posto, riscos ocupacionais:
físicos, químicos, biológicos, mecânicos e relacionados à organiaçao do trabalho.
Medidas de ProteçãoEquipamentos de proteção individual e
coletiva: enclausuramento, exaustão, isolamento espacial, umidificação.
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Informações sobre a Saúde no Trabalho
Resultados de exames médicos, CIPA, SESMT, cursos, treinamentos, brigadistas.
Relações de TrabalhoContrato, salário, jornada, pausas, hora-
extra, férias, relacionamentos interpessoais, sindicatos.
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Atividades AnterioresAnalisar as atividades pregressas,
particularmente aquelas relacionadas com a queixa atual ou com o quadro apresentado do trabalhador.
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Identificação da empresa e da entidade sindical.
Aspectos históricos da organização da empresa e dos trabalhadores.
Processos de Produção: matérias-primas, fluxograma, resíduos, subprodutos, processos paralelos.
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Organização do Trabalho
Layout e instalações
Condições ambientais
Relação com o meio ambiente: poluentes do ar, água, solo, formas de tratamento, embalagens, transporte de cargas.
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Observação de funções, postos de trabalho: responsabilidades, repetitividade, decisão, iniciativa, ritmo
Percepção do trabalhador sobre o trabalho.
Assistência médica, SESMT, CIPA.
Educação e informação do trabalhador.
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DO OBJETO
DAS DIRETRIZES
DAS RESPONSABILIDADES
DO DESENVOLVIMENTO DO PCMSO
DOS PRIMEIROS SOCORROS
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Estabelece o controle de saúde físico e mental do trabalhador, em função de suas atividades, e obriga a realização de exames médicos admissionais, de mudança de função e de retorno ao trabalho, estabelecendo ainda a obrigatoriedade de um exame médico periódico.
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As empresas (ou condomínios) com até 25 empregados, não estão obrigadas a manter um médico coordenador do PCMSO, estando ainda desobrigadas de elaborar o relatório anual. Como estão obrigadas à realização dos exames médicos acima mencionados, a obrigação poderá ser cumprida mediante convênio com empresas especializadas/credenciadas em medicina do trabalho.
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1.1.1 - Esta Norma Regulamentadora -NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores com empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
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1.1.2 - Esta NR estabelece os parâmetros mínimos · diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.
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1.2.3 - O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.
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1.4.1 - O PCMS o deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
- admissional- periódico- de retomo ao trabalho- de mudança de função- demissional
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1.4.4 - Para cada exame médico realizado, previsto no item 1.4.1, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em duas vias.
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1.4.4.1 - A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho.
1.4.4.2 - A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.
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1.4.6 - O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual.
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1.4.6.1 - O relatório anual deverá discriminar, pôr menores da empresa, o número a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento paro o próximo ano, tomando como base o modelo proposto no Quadro III desta NR.
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5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
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5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.
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5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.
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5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.
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5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.
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9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA ...
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9.1.1 ... visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
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9.1.2 As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.
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9.1.3 O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7.
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9.1.4 Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PPRA, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.
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9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
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9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.
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9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
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9.1.5.3 Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
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9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma.
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b) estratégia e metodologia de ação.
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados.
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
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9.3.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:
a) antecipação e reconhecimentos dos riscos.
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle.