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PRINCÍPIOS E FONTES NO PROCESSO DO TRABALHO Prof. Cesar Zucatti Pritsch VERBO JURÍDICO 1

PRINCÍPIOS E FONTES NO PROCESSO DO TRABALHOaulas.verbojuridico3.com/Comunicados/CESARPRITSCHPRINCIP... · 2019. 9. 11. · Fontes formais do DPT – Tratados e Convenções Internacionais

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  • PRINCÍPIOS E FONTES NO

    PROCESSO DO TRABALHO

    Prof. Cesar Zucatti Pritsch

    VERBO JURÍDICO

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  • Noções Introdutórias

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  • Direito Processual do Trabalho CONCEITO:

    -Mauro Schiavi: é o conjunto de princípios, normas e instituições que regem a atividade da Justiça do Trabalho, com oobjetivo de dar efetividade à legislação trabalhista e social e assegurar o acesso do trabalhador à Justiça.

    - Carlos Henrique Bezerra Leite: “o ramo da ciência jurídica, constituído por um sistema de normas, princípios, regras e instituições próprias, que tem por objeto promover a pacificação justa dos conflitos individuais, coletivos e difusosdecorrentes direta ou indiretamente das relações de emprego e de trabalho”.

  • EVOLUÇÃO:

    - 1932 - criadas Juntas de Conciliação e Julgamento, ccompetência para conhecer e dirimir conflitostrabalhistas (MAS SEM PODERES DE EXECUÇÃO >>>JUSTIA COMUM)

    - Tb o Conselho Nacional do Trabalho - tribunalarbitral, p conflitos coletivos (decisões irrecorríveis) enos dissídios individuais (em último grau)

    - 1943 - CLT cria a Justiça do Trabalho- 1946, pouco antes da nova Constituição, DL 9.797

    consolida JT no Judiciário (organização da carreira,acesso, garantias de magistratura, etc – Conselhos>>> TRIBUNAIS)

    - EC 24/99 extinguiu representação classista/Juntas.

  • AUTONOMIA:

    - MAJ - sustentam DTP autônomo pq princípios einstitutos próprios (dualistas)

    - MIN - monistas, direito processual é um só, DPTpenas um desdobramento, não tendo princípios einstitutos próprios que o identifique como um ramoautônomo.

  • FONTES

  • FONTES (de onde “brota” o direito)

    - MATERIAIS – fatos sociais, políticos, econômicos,culturais, éticos, morais que ensejam a CRIAÇÃO dodireito positivo (BEZERRA LEITE)

    - FORMAIS – “canais pelos quais as normas vêm aomundo jurídico, oriundas do ente capaz de ditá-las,impô-las ou exigir sua observância” (DINAMARCO) .

  • FONTES (de onde “brota” o direito)

    - FORMAIS

    – Diretas ou primárias – aplicáveis diretamente àquestão litigiosa

    • predominantemente a lei (princ. legalidade, CRFB)• MAS tb precedentes obrigatórios (art. 927 CPC)

    (MUDANÇA NO ESQUEMA DE FONTES, CPC2015)

    - Indiretas ou subsidiárias – inexistindo fonte diretaou primária, cogente para a questão controvertida,fontes para a colmatação de lacunas

  • • CLT 8º - ... na falta de disposições legais [rectius DIREITO] ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência [F.SUBSIDIÁRIA (MAS PRIMÁRIA, DE PRECED OBRIGATÓRIO)],

    • por analogia, por equidade [=RAZOABILIDADE/ARBITRAMENTO] e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público (VETOR AXIOLÓGICO).

    • LINDB (DL4657/42) Art. 4º Quando a lei [rectius DIREITO] for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 9

  • • Constituição (+preced obrig em matéria constitucional)

    • Lei (e Medida Provisória) (+preced obrig em matéria legal)

    – CLT e leis processuais trabalhistas

    • 5584/70 – algumas normas de DPT

    • 7701/88 – competência do TST

    – LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS (aplic subsid à execução, art 889 CLT)

    – CPC (aplic subsid e supletiva ao processo do trab, art. 769CLT, 15CPC)

    – 7347 (ACP), 8078 (parte processual do CDC)

    – Decreto-Lei 779/69 (prerrogativas da Fazenda Pública

    Fontes formais do DPT

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  • Fontes formais do DPT –Tratados e Convenções Internacionais

    (hierarq variável, conforme matéria)

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    • Tratados e Convenções Internacionais = lei ord (STF)

    • Sobre dir. humanos DecLeg = supralegal (STF)

    • Sobre dir. hum D.Leg quorum EC = EC (CRFB 5º§3º - EC 45/ 2004)

    Nesse sentido, é possível concluir que, diante da supremacia da CF/1988 sobre os atos normativos internacionais, a previsão constitucional da prisão civil do depositário infiel (art. 5º, LXVII) não foi revogada (...), mas deixou de ter aplicabilidade diante do efeito paralisante desses tratados em relação à legislação infraconstitucional que disciplina a matéria (...). Tendo em vista o caráter supralegal desses diplomas normativos internacionais, a legislação infraconstitucional posterior que com eles seja conflitante também tem sua eficácia paralisada. (...) Enfim, desde a adesão do Brasil, no ano de 1992, ao PIDCP (art. 11) e à CADH — Pacto de São José da Costa Rica (art. 7º, 7), não há base legal para aplicação da parte final do art. 5º, LXVII, da CF/1988, ou seja, para a prisão civil do depositário infiel. [RE 466.343, voto do min. Gilmar Mendes, P, j. 3-12-2008, DJE 104 de 5-6-2009, Tema 60.]

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htmhttp://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=595444http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=2343529&numeroProcesso=466343&classeProcesso=RE&numeroTema=60

  • • Decretos (ou não pode inovar, pelo princípio da legalidade, ou há delegação legislativa) – PRESENTE NO DIREITO MATERIAL MAS NÃO NO DPT

    • Regimento Interno dos Tribunais (Cleber Lucio de Almeida, citado por Schiavi): – autogoverno dos tribunais

    – detalhamento de competências d seus órgãos e de lacunas/ambiguidades da lei processual

    – Uniformização de procedimentos

    • Costumes no DPT – praxe forense gestou vários procedimentos que não constavam da lei: – Contestação escrita em audiência,

    – fracionamento da audiência de ordinario, como regra,

    – Protesto antipreclusivo

    – Procuração tácita apud acta

    Fontes formais do DPT

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  • • Equidade

    – sempre se deve julgar COM equidade (interpretação da norma com senso de justiça), e.g. CLT 852-I...§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum.

    - MAS julgará POR equidade (arbitramento com base em razoabilidade)

    - quando autorizado por lei (arbitragem, Lei9307, dissídio coletivo econômico, CLT766)

    - como fonte subsidiária p colmatar lacunas (art. 8CLT, 140CPC)

    Fontes formais do DPT

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  • • Princípios - idéias estruturais do direito, base de sustentação e coesão do ordenamento jurídico (ABAIXO)

    • Doutrina (???) – conjunto de estudos da ordem jurídica por juristas q informam a compreensão de institutos e diplomas normativos, auxiliando na aplicação do direito (GODINHO).

    – Há quem diga q não é fonte, outros q é fonte secundária

    – Inegável importância – influenciam criação de jurisprudênciae até da norma positivada

    Fontes formais do DPT

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  • • - Mudança de status da jurisprudência, precedentes e súmulas - FONTES FORMAIS PRIMÁRIAS?

    • PRECEDENTES OBRIGATÓRIOS E SÚMULAS – F.PRIMÁRIAS

    Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão (COGENTE)

    I - decisões do STF em controle concent.de constitucionalidade;

    II - súmula vinculante do STF;

    III - acórdãos em IAC ou IRDR, e Repetitivos;

    IV – Súmulas do STF, STJ (e TST);

    V - a orientação do PLENO, O.E. (e SEÇÕES, conforme IN39TST).

    Fontes formais do DPT Jurisprudência

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  • • JURISPRUDÊNCIA (FORA DO ART. 927 CPC) –F.SUBSIDIÁRIA/PERSUASIVA, embora com maior força no CPC2015, em razão da obrigatoriedade de jurisprudência estável e coerente:

    CPC Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.

    CPC Art. 489, §1º - Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial...que: ...VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

    Fontes formais do DPT Jurisprudência

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  • CLT 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais .... [LEF]

    CLT 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. [CPC]

    CPC15 - Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletivae subsidiariamente. (SEM PREJUÍZO DA COMPATIB., 769CLT)

    Subsidiariedade do direito comum

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  • F. Conhecimento F. Execução

    1ª norma: CLT 1ª norma: CLT

    2ª norma: CPC 2ª norma: Lei 6.830/80

    3ª norma: CPC

    Subsidiariedade do direito comum

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  • • aplicação subsidiária depende da inexistência de norma na CLT sobre determinado assunto (LACUNA NORMATIVA);

    • aplicação supletiva é a possibilidade de aplicação complementar, mesmo que exista norma na CLT, mas havendo lacuna ontológica ou axiológica:

    MARIA HELENA DINIZ (apud Schiavi):

    – Normativa: ausência de norma sobre a matéria.

    – Ontológica: norma existe, mas tornou-se obsoleta ante a evolução dos fatos sociais, não mais atinge sua finalidade.

    – Axiológica: ausência de norma justa - existe mas sua aplicação causa solução insatisfatória (ENSEJANDO APLICAÇÃO SUPLEMENTAR DO CPC SE MAIS JUSTO/EFICAZ)

    Subsidiariedade do CPCAplicação subsidiária X supletiva?

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  • PRINCÍPIOS

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  • • Função informativa - Inspira o legislador na criaçãode novas regras jurídicas, ou na atualização das regras jurídicas existentes, mantém coesão do ordenamento.

    • Função interpretativa – auxilia na aplicação do direito, compreensão do significado e sentido das normas.

    • Função normativa ou integrativa – auxilia que se encontre uma resposta para casos concretos em que não existe regra expressa no ordenamento, ou quando a regra teve de ser afastada.

    FUNÇÃO DOS PRINCÍPIOS

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  • • Quando houver conflito entre duas regras aplicáveis a um caso, e se tiver de optar por uma delas, ou dar aplicação limitada a uma ou ambas, os princípios inspiram tais escolhas.

    • Se houver conflito entre princípios, há análise de importância entre os bens ou direitos em jogo. É o que chamamos de PONDERAÇÃO:– Verifica-se qual o bem ou direito mais relevante e maximiza o

    princípio que o protege, minimizando a incidência do outro princípio, sem o excluir totalmente, sacrificando-o o mínimo necessário para dar preponderância ao outro princípio.

    CONFLITO DE REGRASCONFLITO DE PRINCÍPIOS

    PONDERAÇÃO

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  • PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO(DA UBIQUIDADE - DA INDECLINABILIDADE - DO

    ACESSO INDIVIDUAL E COLETIVO À JUSTIÇA)(ART. 5º, XXXV DA CRFB/88)

    A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesãoou ameaça a direito.

    LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral egratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

    ENORME PROBLEMA DA REFORMA TRABALHISTA –CUSTOS IMPOSTOS AO AUTOR COBERTO PELAGRATUIDADE

  • Ninguém será privado da liberdade ou de seusbens sem o devido processo legal.

    BASE dos demais princípios processuais

    PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL

    (Art. 5º, LIV da CRFB/88)

  • CRFB 5º - XXXVII - não haverá juízo outribunal de exceção;PROBLEMA: criação de inquérito peloPresidente do Supremo e ESCOLHA do juiz!!

    PROBLEMA: “escolha” do Ministro do STF porreclamações “em série”VER PRITSCH, Cesar. O uso elástico da Reclamação ao STF e o problema da correção monetária nas ações trabalhistas, antes e depois da Reforma trabalhista. Revista LTR. São Paulo, Editora Ltr, Ano 81, nº 10, outubro de 2017, p. 1194-1208.In Revista Eletrônica do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, V.7, Nº 70, Julho de 2018, pp. 206-116. Disponível em

    PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL

  • Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, eaos acusados em geral são assegurados o contraditório eampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes

    PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO(ART. 5º, LV, CRFB/88)

    POSSIBILIDADE DE TER A SUA VERSÃO OUVIDA ANTES DA DECISÃOPrincípio bilateral - aplica-se ao Autor e Réu

    E.G. VEDAÇÃO DE DECISÃO SURPRESACPC. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

  • PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA(ART. 5º, LV, CRFB/88)

    Funciona como complemento do princípio do contraditóriopermitindo-se às partes deduzir todas as provas paracomprovar suas alegações

    E.G. problema da IRRECORRIBILIDADE da denegação datranscendência!!!

  • PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES(Art. 93, IX da CRFB/88)

    - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serãopúblicos, e fundamentadas todas as decisões, sob penade nulidade, ...;

    Constitui uma garantia contra decisões arbitrárias. Nãobasta ao julgador prolatar a sentença, terá que dizer quaisos fundamentos que o levaram a tal decisão, sob pena denulidade.

  • Art. 489, §1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:

    • I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; (DEVE SER COMPREENSIVEL)

    • II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; (DEVE SER COMPREENSIVEL)

    • III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; (DEVE SER COMPR.)

    • V - se limitar a invocar (1) precedente ou enunciado de (2) súmula, sem identificar seus FUNDAMENTOS DETERMINANTES (RATIO DECIDENDI/HOLDING) nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos (FOLLOWING, ANALOGIZING)

    • VI - deixar de seguir enunciado de (1) súmula, (2) jurisprudência ou (3) precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção (DISTINGUISHING) no caso em julgamento ou a superação do entendimento (OVERRULING).

    § 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da PONDERAÇÃO efetuada (HARD CASES), enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.

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    PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES(Art. 93, IX da CRFB/88)

  • Nenhum juiz prestará a tutelajurisdicional senão quando aparte ou interessado a requerer,nos casos e formas legais.

    livre iniciativa da parteinteressada.

    EXCEÇÃO NA JUSTIÇA DO TRABALHO ????

    REVOGADO O INÍCIO da Execução de ofício (art. 878,

    CLT)

    Mas continua o IMPULSO OFICIAL dos demais atos,

    ART. 7º da LEF

    PRINCÍPIO DISPOSITIVO OU DA DEMANDA (DA INÉRCIA DA JURISDIÇÃO)

    (ART. 2º,CPC)O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve

    por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

  • PRINCÍPIO INQUISITIVO OU DO IMPULSO OFICIAL

    (ART. 2, CPC)art. 765, CLT – “Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão amplaliberdade na direção do processo e velarão pelo andamentorápido das causas, podendo determinar qualquer diligêncianecessária ao esclarecimento delas.”

    LEF 7º - O despacho do Juiz que deferir a inicial importa em ordempara:I – citação... II - penhora, ... III - arresto, se o executado não tiverdomicílio ou dele se ocultar; ... IV - registro da penhora ou doarresto, independentemente do pagamento de custas ou outrasdespesas, ... V - avaliação dos bens penhorados ou arrestados.

  • CPC 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial (=CPC 277). CPC 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.

    CLT 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.

    O processo não é um fim em si mesmo, visa a soluçãode conflitos e segurança dos jurisdicionados.

    PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE

  • PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO

    Caminhar para frente, sem retornos a etapas ou momentos processuais já ultrapassados. Preclusão consiste na perda da faculdade de praticar o ato processual pela transposição de um momento próprio

    CLT 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. [POR ISSO O PROTESTO ANTIPRECLUSIVO]

    CPC 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.

    CPC Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão.

  • PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL

    obter da prestação jurisdicional o máximo de resultado com o mínimo de esforço.

  • PRINCÍPIO DA ORALIDADE

    • constatada em alguns artigos da CLT –• art. 840, §2º da CLT que prevê a reclamação verbal.• O art. 847 da CLT que prevê a contestação oral.• As razões finais são apresentadas oralmente (art. 850

    da CLT).

    • Ligado à CONCENTRAÇÃO DE ATOS EM AUDIÊNCIA• Mais imediatidade com o julgador• Menos burocratizado, mais simples e ágil

  • PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO

    Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à

    apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à

    conciliação.

    § 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do

    Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e

    persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos

    conflitos. [SERVE COMO MEDIADOR]

    § 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-

    se-á obrigatoriamente em arbitral [?? - RESQUÍCIO ADM],

    proferindo decisão na forma prescrita neste Título.

    § 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao

    processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo

    conciliatório.

  • PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO

    A) após a abertura da audiência e antes da apresentação de defesa (art. 846 da CLT);

    B) após as razões finais e antes da sentença ( art. 850da CLT);Obs.: se não for tentada a conciliação gera nulidade doprocesso.

    ----------a homologação de acordo é poder do magistrado, não é obrigação, logo pode haver recusa a homologação.

  • PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL

    • A justiça laboral busca a verdade real, frente a verdade processual.

    • Essa é derivação da primazia da realidade, do direito material (fatos x documentos)

  • PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃOD O PROCESSO

    • CRFB 5º - LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

  • PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE

    • não há FORMALISMO típico do Processo Civil• permite maior celeridade na busca de processo

    mais efetivo.

    CLT 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu Representante. (Lei nº 13.467, de 2017)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1

  • PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

    • Publicidade dos atos processuais • CRFB LX - a lei só poderá restringir a publicidade

    dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem

  • PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS

    CLT 893 § 1º - Os incidentes do processo são

    resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal,

    admitindo-se a apreciação do merecimento das

    decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

    SÚMULA Nº 214 - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE

    Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões

    interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:

    a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação

    Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;

    b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;

    c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos

    para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado,

    consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.

  • PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO [NÃO ABSOLUTO]

    • possibilidade de a parte recorrer a uma instância superiorquando a decisão atacada lhe for desfavorável.

    • Exceção: ação de alçada - o art. 2º, §4º da Lei nº 5.584/70prevê a irrecorribilidade das decisões proferidas nas ações dealçada (aquelas cujo valor da causa é até 2 salários mínimos)

    • Exceção: TEORIA DA CAUSA MADURA

  • – CAUSA MADURA – AGORA OBRIGATÓRIA

    Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matériaimpugnada. ... § 3o Se o processo estiver em condições de imediatojulgamento, o tribunal DEVE decidir desde logo o mérito quando: ...IV -decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.

    TRT AO RECONHECER Q FALTOU A FUNDAMENT. JÁ TOMOU CONHECIMENTO DA QUESTÃO – julgar de imediato = ECONOMIA PROC.

    SE AD QUEM ANULAR MAS NÃO JULGAR CAUSA MADURA –CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA ??( art. 66, II, 951 e 953, I, do NCPC, c/c arts. 145 e 146 do Regimento do TRT4)

    TEORIA DA CAUSA MADURA

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