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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Aula 5: Fala pessoal, tudo certo com vocês? Hoje vamos começar a adentrar nos assuntos que considero mais importantes em qualquer concurso: os direitos fundamentais, gênero que engloba 5 espécies: os direitos individuais, os sociais, os da nacionalidade, os políticos e os dos partidos políticos. Antes de dissecarmos e analisarmos todas as células de cada uma dessas espécies nesse nosso “laboratório”, vamos ver agora uma teoria geral desse gênero “direitos fundamentais”. Tudo certo, assim? Vamos nessa? Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais: Mas qual a diferença entre direitos e garantias? Diz-se que direito é uma faculdade de agir, exercer, fazer ou deixar de fazer algo, ou até mesmo possuir, trata-se de uma liberdade positiva. As garantias não se referem às ações ou “posses”, mas sim às proteções que as pessoas possuem frente ao Estado ou mesmo frente às demais pessoas, de modo que possam proteger seus direitos, ou até mesmo os meios para reivindicar tais direitos. Por isso, diz-se que as garantias são proteções para que se possa exercer um direito 1 . José Afonso da Silva faz o delineamento da diferença com uma frase exaustivamente usada pelas bancas de concurso: "Em suma (...) os direitos são bens e vantagens conferidos pela norma, enquanto as garantias são os meios destinados a fazer valer esses direitos, são instrumentos pelos quais se asseguram o exercício e o gozo daqueles bens e vantagens" 2 . 1. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Considerando que os direitos sejam bens e vantagens prescritos no texto constitucional e as garantias sejam os instrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, a garantia do contraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais de natureza criminal de forma exclusiva. 1 CRUZ, Vítor. Vou Ter que Estudar Direito Constitucional! E Agora? São Paulo: Método. 2011. Pg. 30. 2 Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros. pg. 412.

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Aula 5:

Fala pessoal, tudo certo com vocês? Hoje vamos começar a adentrar nos assuntos que considero mais importantes em qualquer concurso: os direitos fundamentais, gênero que engloba 5 espécies: os direitos individuais, os sociais, os da nacionalidade, os políticos e os dos partidos políticos.

Antes de dissecarmos e analisarmos todas as células de cada uma dessas espécies nesse nosso “laboratório”, vamos ver agora uma teoria geral desse gênero “direitos fundamentais”.

Tudo certo, assim? Vamos nessa?

Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais:

Mas qual a diferença entre direitos e garantias?

Diz-se que direito é uma faculdade de agir, exercer, fazer ou deixar de fazer algo, ou até mesmo possuir, trata-se de uma liberdade positiva.

As garantias não se referem às ações ou “posses”, mas sim às proteções que as pessoas possuem frente ao Estado ou mesmo frente às demais pessoas, de modo que possam proteger seus direitos, ou até mesmo os meios para reivindicar tais direitos. Por isso, diz-se que as garantias são proteções para que se possa exercer um direito1.

José Afonso da Silva faz o delineamento da diferença com uma frase exaustivamente usada pelas bancas de concurso: "Em suma (...) os direitos são bens e vantagens conferidos pela norma, enquanto as garantias são os meios destinados a fazer valer esses direitos, são instrumentos pelos quais se asseguram o exercício e o gozo daqueles bens e vantagens"2.

1. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Considerando que os direitos sejam bens e vantagens prescritos no texto constitucional e as garantias sejam os instrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, a garantia do contraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais de natureza criminal de forma exclusiva.

1 CRUZ, Vítor. Vou Ter que Estudar Direito Constitucional! E Agora? São Paulo: Método. 2011. Pg. 30.

2 Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros. pg. 412.

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Comentários:

A consideração inicial da questão está correta: direitos são bens e vantagens prescritos no texto constitucional e as garantias são os instrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, é isso que importa neste momento. A questão erra ao dizer que a garantia do contraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais de natureza criminal de forma exclusiva. Veremos que o contraditório e a ampla defesa (CF, art. 5º, LV) são garantias asseguradas em qualquer processo judicial ou administrativo.

Gabarito: Errado.

2. (CESPE/Contador-AGU/2010) Embora se saliente, nas garantias fundamentais, o caráter instrumental de proteção a direitos, tais garantias também são direitos, pois se revelam na faculdade dos cidadãos de exigir dos poderes públicos a proteção de outros direitos, ou no reconhecimento dos meios processuais adequados a essa finalidade.

Comentários:

É isso aí... Essa é uma questão doutrinária. Nos mostra o papel das garantias constitucionais: “exigir dos poderes públicos a proteção de outros direitos (... e) reconhecimento dos meios processuais adequados a essa finalidade”.

Gabarito: Correto.

3. (CAIPIMES/Advogado SP Turismo/2007 - Adaptada) Os direitos são bens e vantagens conferidos pela norma.

Comentários:

Isso aí, essa é a definição doutrinária.

Gabarito: Correto.

4. (CAIPIMES/Advogado SP Turismo/2007 - Adaptada) As garantias nem sempre são os meios destinados a fazer valer os direitos constitucionais.

Comentários:

Erra a questão, pois vai contra a definição doutrinária de "garantia", a qual seria "os meios e instrumentos que asseguram o exercício dos direitos".

Gabarito: Errado.

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Qual o campo de abrangência da expressão "Direitos e Garantias Fundamentais?

A Constituição Federal de 1988 estabeleceu cinco espécies de direitos e garantias fundamentais:

• 1ª - direitos e deveres individuais e coletivos (CF, art. 5º);

• 2ª - direitos sociais (CF, art. 6º ao 11);

• 3ª - direitos de nacionalidade (CF, art. 12 e 13);

• 4ª - direitos políticos (CF, art. 14 a 16); e

• 5ª - direitos relativos à existência e funcionamento dos partidos políticos (CF, art. 17).

Importante ainda é salientar que esses direitos e garantias não se constituem em uma relação fechada, exaustiva, mas sim em um rol exemplificativo, aberto para novas conquistas e reconhecimentos futuros. Vejamos:

Art. 5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Por este motivo a doutrina faz a seguinte classificação:

Direitos Formalmente Fundamentais ��� São todos Direitos Fundamentais que se encontram arrolados do art. 5º ao art. 17 da Constituição. A Constituição expressamente estabeleceu tais direitos sob o título de “Direitos Fundamentais”.

Direitos Materialmente Fundamentais ��� São os Direitos que, independentemente de onde estão elencados, possuem conteúdo de direito fundamental, protegendo os particulares contra o arbítrio do Estado. Exemplo: as limitações ao poder de tributar do art. 150 da Constituição.

Pessoal, guarde essa dica pois isso é bem fácil... Sempre que estiver na dúvida entre “formal x material”, lembre-se que “formal” é tudo aquilo que tem “aparência”, “jeito”, “forma” de

alguma coisa! “Material” seria tudo aqui que tem “matéria”, “teor”, “conteúdo” inerente a alguma coisa...

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5. (FCC/EPP-BA/2004) A classificação adotada pelo legislador constituinte de 1988 estabeleceu como espécies do gênero direitos fundamentais tão-somente os direitos:

a) individuais e coletivos.

b) individuais, coletivos e sociais.

c) individuais, coletivos, sociais, de nacionalidade, políticos e relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

d) sociais, de nacionalidade, políticos e relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

e) individuais, sociais, de nacionalidade, políticos e relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

Comentários:

A doutrina costuma dizer que os direitos fundamentais podem ser de 5 tipos: 1- Direitos e deveres individuais e coletivos; 2- Direitos Sociais; 3- Direitos da Nacionalidade; 4- Direitos Políticos; e 5- Direitos relativos à existência e funcionamento dos partidos políticos.

A questão pegou estes tipos e desmembrou ainda mais. Se observarmos calmamente todas as assertivas, veremos que a correta então é a letra C, já que a letra E esqueceu dos direitos coletivos.

Gabarito: Letra C.

6. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federal compreende os direitos fundamentais como sendo os direitos individuais e os direitos coletivos previstos no artigo 5o, excluindo dessa categoria os direitos sociais e os direitos políticos.

Comentários:

Não só os direitos sociais e os políticos, mas também os direitos da nacionalidade e o do funcionamento e existência dos partidos políticos podem ser elencados como direitos fundamentais segundo a CF/88.

Gabarito: Errado.

7. (FCC/Procurador - PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal:

a) constituem um rol taxativo.

b) não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, entre os quais o Estado Democrático de Direito e o princípio da dignidade humana.

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c) não excluem outros decorrentes do Estado Democrático de Direito e do princípio da dignidade humana, mas a ampliação deve ser formalmente reconhecida por autoridade judicial no exercício do controle de constitucionalidade.

d) não excluem outros decorrentes do Estado Democrático de Direito e do princípio da dignidade humana, mas a ampliação deve ser formalmente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal ao julgar arguição de descumprimento de preceito fundamental.

e) somente podem ser ampliados por força de Tratado Internacional de Direitos Humanos aprovado em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.

Comentários:

A relação não é taxativa, mas, sim um rol aberto, exemplificativo, já que a própria Constituição estabelece em seu art. 5º §2º, que os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Gabarito: Letra B.

8. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 5 de outubro de 1988

a) estabelece um amplo, porém taxativo, rol de direitos públicos subjetivos.

b) demonstrou acentuada preocupação com a efetividade de suas disposições.

c) pouco inovou em relação às Constituições brasileiras anteriores.

d) manteve-se atrelada ao padrão liberal clássico, refratário aos direitos fundamentais de cunho prestacional.

e) é de inspiração socialista, dependendo a plena fruição dos direitos que consagra da planificação total da economia.

Comentários:

Letra A - Errada. O rol é aberto, exemplificativo.

Letra B - Correto, por isso previu expressamente que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

Letra C - Errada. A carta de 1988 marca a restauração da democracia no Brasil após longos anos de ditadura militar, desta forma, teve-se efetiva preocupação em estabelecer um amplo rol de direitos e garantias fundamentais e assegurar a sua efetividade.

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Letra D - Errada. O padrão liberal clássico é a previsão somente das liberdades individuais (direitos de primeira dimensão). A CF/88 previu os direitos de segunda e terceira dimensão.

Letra E - Errada. A Constituição é claramente capitalista, apoiada em princípios como a livre iniciativa e a livre concorrência.

Gabarito: Letra B.

9. (FCC/Procurador do BACEN/2006 - Adaptada) No que tange aos direitos e garantias individuais, a Constituição Federal apresenta um rol não taxativo, tendo em vista, sobretudo, o regime e os princípios por ela adotados e os compromissos decorrentes de tratados internacionais (Certo ou Errado).

Comentários:

Taí de novo... é uma questão clássica.

Gabarito: Correto.

10. (CESPE/TJAA-STM/2011) Os direitos e as garantias expressos na Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros de caráter constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é taxativa.

Comentários:

Não, trata-se de um rol aberto, não taxativo, já que segundo o art. 5º §2º, eles não excluem outos direitos e garantias decorrentes dos regimes e princípios adotados pela constituição ou decorrentes de tratados internacionais em que o Brasil seja parte.

Gabarito: Errado.

11. (CESPE/MMA/2009) Os direitos e garantias fundamentais encontram-se destacados exclusivamente no art. 5º do texto constitucional.

Comentários:

Primeiramente, o art. 5º da CF diz respeito apenas aos direitos e deveres individuais e coletivos, os direitos fundamentais estão expressamente elencados do art. 5º ao 17. Além disso, o rol de direitos fundamentais expressos não é um rol taxativo, pois por força do art. 5º §2º, não excluem os direitos e garantias decorrentes dos regimes e princípios adotados pela constituição ou decorrentes de tratados internacionais em que o Brasil seja parte.

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Existem, inclusive, diversos outros direitos e garantias individuais que estão espalhados ao longo do texto constitucional, como, por exemplo, as limitações ao poder de tributar do art. 150.

Gabarito: Errado.

12. (CESPE/Auditor Interno - AUGE-MG/2009) Nosso sistema constitucional estabelece um rol exaustivo de direitos e garantias fundamentais, razão pela qual eles não podem ser ampliados além daqueles constantes do art. 5.º da CF.

Comentários:

O rol é exemplificativo. Pode ser ampliado.

Gabarito: Errado.

13. (ESAF/ATRFB/2009) A Constituição Federal de 1988 não previu os direitos sociais como direitos fundamentais. Comentários: Temos na Constituição 5 espécies de direitos fundamentais: 1- Direitos e deveres individuais e coletivos; 2- Direitos Sociais; 3- Direitos da Nacionalidade; 4- Direitos Políticos; e 5- Direitos relativos à existência e funcionamento dos partidos políticos. Gabarito: Errado.

14. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A Constituição Federal de 1988 estabeleceu cinco espécies de direitos e garantias fundamentais: direitos e garantias individuais e coletivos; direitos sociais; direitos de nacionalidade; direitos políticos; e direitos relativos à existência e funcionamento dos partidos políticos.

Comentários:

A única observação é que a ESAF "escorregou" e colocou direitos e garantias individuais e coletivos, quando o certo seria direitos e deveres individuais e coletivos, o que não seria suficiente para anular a questão.

Gabarito: Correto.

15. (ESAF/AFPS/2002) Todos os direitos previstos na Constituição, por causa da hierarquia dela no ordenamento jurídico, recebem o nome e o tratamento de direitos fundamentais. Comentários:

Não são todos os direitos constitucionais que são fundamentais. Os direitos fundamentais são os direitos essênciais à condição humana positivados em uma Constituição. Na Constituição de 1988 temos

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cinco espécies de direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos; direitos sociais; direitos de nacionalidade; direitos políticos; e direitos relativos à existência e funcionamento dos partidos políticos. Gabarito: Errado.

16. (ESAF/Técnico ANEEL/2004) A Constituição enumera exaustivamente os direitos e garantias dos indivíduos, sendo inconstitucional o tratado que institua outros, não previstos pelo constituinte.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 5º § 2º, os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem os outros que decorrerem do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Gabarito: Errado.

A doutrina costuma salientar que: embora "direitos humanos" e "direitos fundamentais" sejam termos comumente utilizados como sinônimos, a distinção ocorre pelo fato de que o termo

"direitos humanos" é de aspecto universal, supranacional, enquanto "direitos fundamentais" são aqueles direitos do ser humano que foram efetivamente reconhecidos e positivados na Constituição de um determinado Estado.

A doutrina também costuma elencar como características destes direitos:

• historicidade e mutabilidade - São históricos porque que foram conquistados ao longo dos tempos. Esse caráter histórico também remete a uma idéia cíclica de nascimento, modificação e desaparecimento, o que nos impede de considerar tais direitos como imutáveis.

• inalienabilidade - pois são intransferíveis e inegociáveis;

• imprescritibilidade - podem ser invocados independentemente de lapso temporal, eles não prescrevem com o tempo;

• irrenunciabilidade - podem até não estar sendo exercidos, mas não poderão ser renunciados;

• universalidade - são aplicáveis a todos, sem distinção.

• relatividade ou limitabilidade - Os direitos fundamentais não são absolutos, são relativos, pois existem limites ao seu exercício. Este limite pode ser de ordem constitucional

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(decretação de Estado de Sítio ou de Defesa) ou encontrar-se no dever de respeitar o direito da outra pessoa.

• indivisibilidade, concorrência e complementaridade - Os direitos fundamentais formam um conjunto que deve ser garantido como um todo, e não de forma parcial. Um direito não excluiu o outro, eles são complementares, se somam, concorrendo para dotar o indivíduo da ampla proteção;

• Interdependência - Pode ser empregada em dois sentidos:

1º - Em um primeiro momento levaria à noção de indivisibilidade, já que a garantia de um direito fundamental dependeria da garantia conjunta de outro direito fundamental (exemplo: não se pode querer garantir os direitos sociais, sem garantir os direitos econômicos);

2º - Em uma segunda acepção também é lembrada como a relação que deve existir entre as normas (sejam elas constitucionais ou infraconstitucionais) e os direitos fundamentais, de forma que as primeiras (normas constitucionais e infraconstitucionais) devem traçar os caminhos para que efetivamente se concretizem tais direitos.

17. (FCC/TCE-MG/2007 - Adaptada) Os direitos fundamentais são absolutos, não sendo suscetíveis de limitação no seu exercício.

Comentários:

Eles são relativos e não absolutos.

Gabarito: Errado.

18. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federal deu enorme relevância ao direitos fundamentais, assegurando-os de maneira quase absoluta, mas certas conturbações sociais podem desencadear a necessidade de supressão temporária de certos direitos no atendimento do interesse do Estado e das instituições democráticas.

Comentários:

Isso aí, não se pode admitir que os direitos fundamentais sejam absolutos, pois existem limites ao seu exercício. A questão fala ainda em "necessidade de supressão temporária". Essa supressão temporária de alguns direitos é expressamente admitida pela Constituição nas hipoteses de Estado de Sítio e de Defesa (CF, art. 135 e 136), quando poderão ser suspensos direitos como a liberdade de reunião e sigilo de comunicações para que não prejudiquem o objetivo de restaurar a ordem pública.

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Gabarito: Correto.

19. (CESPE/OAB-Nacional/2007) Os direitos fundamentais são relativos e históricos, pois podem ser limitados por outros direitos fundamentais e surgem e desaparecem ao longo da história humana.

Comentários:

Exatamente. Entre as diversas características dos direitos fundamentais, temos a historicidade e a relatividade.

Gabarito: Correto.

20. (ESAF/PGFN/2007) Entre as características funcionais dos direitos fundamentais encontra-se a legitimidade que conferem à ordem constitucional e o seu caráter irrenunciável e absoluto, que converge para o sentido da imutabilidade.

Comentários:

Como vimos, os direitos fundamentais não são absolutos, são relativos, pois existem limites ao seu exercício. Este limite pode ser de ordem constitucional ou encontrar-se no dever de respeitar o direito da outra pessoa. Outro erro também é o da conversão para imutabilidade. Os direitos fundamentais são conquistas históricas, com o passar do tempo se faz necessário novas conquistas pois são novos os anseios da sociedade, assim, não podemos considerá-los como imutáveis.

Gabarito: Errado.

21. (IADES/Analista Jurídico - CFA/2010) Sobre o tema Direitos e Garantias fundamentais, assinale a alternativa correta.

(A) Os direitos fundamentais podem ser reclamados em um determinado tempo, pois há um lapso temporal que limita sua exigibilidade.

(B) A interdependência diz respeito à relação entre normas constitucionais e infraconstitucionais com os direitos fundamentais, devendo as segundas zelar pelo alcance dos objetivos previstos nas primeiras.

(C) A característica da complementaridade, refere-se à interpretação conjunta dos direitos fundamentais objetivando sua realização de forma parcial.

(D) A inalienabilidade dos direitos fundamentais caracteriza-se pela impossibilidade de negociação dos mesmos, tendo em vista não possuírem conteúdo patrimonial.

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Comentários:

Letra A - Errado. Os direitos fundamentais são imprescritíveis, logo independem de lapso temporal para serem exigidos.

Letra B - Errado. Segundo a interdependência dos direitos fundamentais, não são as normas infraconstitucionais que devem zelar pelas normas constitucionais, mas sim, ambas as espécies normativas (constitucionais e infraconstitucionais), devem zelar pelo efetivo cumprimento dos direitos fundamentais.

Letra C - Errado. Olha o que a questão fala: "objetivando sua realização de forma parcial". Tá errado! A realização tem que ser conjunta.

Letra D - Correto. Os direitos fundamentais são inegociáveis, inalienáveis, não são bens!

Gabarito: Letra D.

22. (TRT 14/Juiz Substituto - TRT 14/2008 - Adaptada) A universalidade e a concorrência são características dos direitos fundamentais.

Comentários:

Exato. Eles são universais já que se aplicam a todos sem distinção e concorrentes na medida que se somam, concorrendo para a proteção da pessoa.

Gabarito: Correto.

23. (VUNESP/Procurador-PGE-SP/2005 - Adaptada) A doutrina majoritária entende que os direitos fundamentais são absolutos, invioláveis e inalienáveis, mas renunciáveis e prescritíveis.

Comentários:

Como vimos, os direitos fundamentais não são absolutos, são relativos. Eles também não são renunciáveis, nem prescritíveis.

Gabarito: Errado.

24. (MPT/Procurador do Trabalho/2004) As principais características dos direitos fundamentais do homem são a inalienabilidade, a imprescritibilidade e a irrenunciabilidade.

Comentários:

Exatamente, a doutrina não é unânime em definir a relação das caraterísticas dos direitos fundamentais, mas estas 3 sempre estão presentes, reconhecendo o caráter de que eles não podem ser

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“negociados”, “renunciados”, nem prescrevem com o tempo, caso não sejam exercidos.

Gabarito: Correto.

25. (IPAD/Agente de Polícia/2006 -Adaptada) É comum falar-se em relatividade dos direitos fundamentais, na medida em que se entende que eles não são absolutos.

Comentários:

Exatamente isso.

Gabarito: Correto.

É importante salientar que estes direitos não se restringem a particulares, podendo, alguns, ser ga-rantidos também a pessoas jurídicas, até mesmo de

direito público, como, por exemplo, o direito de propriedade.

É importante que citemos ainda que a pessoa jurídica faz jus inclusive ao direito à honra, ou seja, à sua reputação, bom nome... Na jurisprudência do STJ -

Súmula nº 227: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”.

26. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010 - Adaptada) As pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.

Comentários:

Como vimos, diversos direitos são extensíveis às pessoas jurídicas: pessoa jurídica faz jus a sigilo bancário, sigilo fiscal, direito de propriedade... até mesmo o direito à honra.

Gabarito: Errado.

27. (FCC/ACE-TCE-MG/2007 - Adaptada) A Constituição Federal vigente assegura a existência de direitos fundamentais somente às pessoas físicas, mas não às pessoas jurídicas.

Comentários:

Dispensa comentários...

Gabarito: Errado.

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28. (CESPE/MPS/2010) De acordo com a sistemática de direitos e garantias fundamentais presente na CF, as pessoas jurídicas de direito público podem ser titulares de direitos fundamentais.

Comentários:

Os direitos fundamentais não são aplicáveis somente aos particulares, alguns deles podem ser garantidos também a pessoas jurídicas, até mesmo de direito público, como o direito de propriedade.

Gabarito: Correto.

29. (CESPE/Analista Administrativo - MPU/2010) Sendo os direitos fundamentais válidos tanto para as pessoas físicas quanto para as jurídicas, não há, na Constituição Federal de 1988 (CF), exemplo de garantia desses direitos que se destine exclusivamente às pessoas físicas.

Comentários:

Em uma primeira visão, os destinatários dos direitos fundamentais são as pessoas físicas. Porém, percebe-se que alguns princípios são também extensíveis as jurídicas. Nem todo direito fundamental, porém, pode ser exercido por pessoas jurídicas, como por exemplo o direito de "ir e vir" ou de "que os presos permaneçam com os filhos durante a amamentação". Assim, alguns direitos fundamentais são, logicamente, inviáveis de serem exercidos por pessoas jurídicas.

Gabarito: Errado.

30. (CESPE/Analista TJRJ/2008) O direito fundamental à honra se estende às pessoas jurídicas.

Comentários:

Exato. Honra se refere ao bom nome, reputação e etc.. Vá você difamar o nome de uma grande empresa como a Coca-cola, Pepsi e etc. para ver o que acontece...

Gabarito: Correto.

31. (ESAF/ATRFB/2009 - Adaptada) Pessoas jurídicas de direito público não podem ser titulares de direitos fundamentais.

Comentários:

Vários deles que são extensíveis às pessoas jurídicas, inclusive de direito público, como o direito ao sigilo bancário, sigilo fiscal, direito de propriedade, entre outros.

Gabarito: Errado.

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32. (ESAF/Procurador - PGDF/2007) Pessoas jurídicas de direito público podem ser titulares de direitos fundamentais.

Comentários:

Tem horas que os concursos são muito manjados né?! Essa banca fez pelo menos outras 5 questões idênticas a essa.

Gabarito: Correto.

33. (ESAF/Técnico Receita Federal - TI/2006) A proteção da honra, prevista no texto constitucional brasileiro, que se materializa no direito a indenização por danos morais, aplica-se apenas à pessoa física, uma vez que a honra, como conjunto de qualidades que caracterizam a dignidade da pessoa, é qualidade humana.

Comentários:

Honra se refere ao bom nome, reputação e etc.. É assegurada às pessoas jurídicas.

Gabarito: Errado.

34. (FUNIVERSA/Analista - APEX-Brasil/2006) Pessoas jurídicas possuem direitos individuais a serem observados pelo Estado Brasileiro.

Comentários:

Exato.

Gabarito: Correto.

Historicamente, estes direitos se constituem em uma conquista de uma proteção do cidadão em face do poder autoritário do Estado (daí serem classificado como elementos

limitativos da Constituição). Porém, atualmente, já se vislumbra o uso de tais direitos nas relações entre os próprios particulares, no que chamamos de eficácia horizontal dos direitos fundamentais. Desta forma, temos:

Eficácia vertical Proteção do particular em face do Estado.

Eficácia horizontal Proteção do particular em face de outro particular.

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35. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) Os direitos e garantias fundamentais não se aplicam às relações privadas, mas apenas às relações entre os brasileiros ou os estrangeiros residentes no país e o próprio Estado.

Comentários:

Está incorreto, pois atualmente se reconhece a eficácia horizontal dos direitos fundamentais.

Gabarito: Errado.

36. (CESPE/AJEM-TJDFT/2008) A retirada de um dos sócios de determinada empresa, quando motivada pela vontade dos demais, deve ser precedida de ampla defesa, pois os direitos fundamentais não são aplicáveis apenas no âmbito das relações entre o indivíduo e o Estado, mas também nas relações privadas. Essa qualidade é denominada eficácia horizontal dos direitos fundamentais.

Comentários:

Isso aí. Ainda que no âmbito dos poderes privados, os direitos fundamentais devem ser respeitados.

Gabarito: Correto.

37. (ESAF/ATRFB/2009) As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais assegurados pela Constituição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando direcionados também à proteção dos particulares em face dos poderes privados.

Comentários:

Isso aí, é o que chamamos de eficácia horizontal dos direitos fundamentais.

Gabarito: Correto.

38. (TRT 21/Juiz do Trabalho TRT 21ª/2010) As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado (fenômeno conhecido como eficácia horizontal dos direitos fundamentais).

Comentários:

Exatamente.

Gabarito: Correto.

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É comum que a doutrina classifique os direitos fundamentais em dimensões, principalmente em 1ª, 2ª e 3ª dimensões (antes o termo usado era gerações, mas atualmente o uso

deste termo é repudiado pelo fato de induzir ao pensamento de que uma geração acabaria por substituir a outra - o que é incorreto - e, ainda, que os direitos foram conquistados exatamente na ordem exposta, o que não é exatamente verdade em muitos países).

É importante que revisemos aqui um pouco da "evolução do Estado" para entendermos melhor a questão dos direitos fundamentais:

"Junto com o constitucionalismo temos a evolução do conceito de Estado. Com a Revolução Francesa e pela Independência dos Estados Unidos temos o início do Estado Liberal, já que se asseguraram as liberdades individuais, que vieram a ser chamadas de "direitos de primeira geração". Segundo os conceitos do liberalismo, o homem é naturalmente livre, então, buscou-se limitar o poder de atuação dos Estados para dotar de maior força a autonomia privada e deixar o Estado apenas como força de harmonização e consecução dos direitos.

Na Constituição mexicana de 1917 e na de Weimar (Alemanha) em 1919, que nascem logo após a 1ª Guerra Mundial, temos um estilo de Constituição que prega não mais os direitos individuais em sentido estrito, mas uma visão mais ampla, do indivíduo em sociedade. Não podemos associá-la, do ponto de vista histórico, ao conceito de “constituição liberal” expresso pela Revolução Francesa. Ela vai além do “Estado liberal”. A Constituição Mexicana de 1917 passa a trazer em seu texto mais do que simples liberdades (direitos de 1ª geração - liberdades individuais - direitos políticos e civis). Ela traz os direitos econômicos, culturais e sociais (direitos de segunda geração - relacionados à igualdade), surgindo então o conceito de “Estado Social”. Desta forma, possui como característica a mudança da concepçào de constituição sintética para uma constituição analítica, mais extensa, capaz de melhor conter os abusos da discricionariedade. Aumenta assim a intervenção do Estado na ordem econômica e social, dizendo-se que a democracia liberal-econômica passa a ser substituída pela democracia social.

Esse estado social é superado com o fim da 2ª Guerra Mundial, temos então o surgimento do Estado Democrático de Direito marcado pelas iniciativas relacionadas à solidariedade e aos direitos coletivos".

Grosso modo, podemos fazer uma correlação de que forma esses direitos foram surgindo e a fase pela qual o mundo passava. Vejamos:

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Fase Marco Mundial

Dimensão dos direitos

Direitos Marco no Brasil

Estado Liberal

Revolução Francesa e Independência dos EUA

1ª Liberdade:

Direitos civis e políticos

Incipiente na CF/1824 e fortalecido na CF/1891

Estado Social

Pós 1ª Guerra Mundial - Constituição Mexicana (1917) e Weimar (1919).

2ª Igualdade:

Direitos Sociais, Econômicos e Culturais.

CF/1934

Estado Democrático

Pós 2ª Guerra Mundial.

3ª Solidariedade (fraternidade):

Direitos coletivos e difusos.

CF/1988

Pulo do Gato:

• As dimensões estão na ordem do lema da Revolução Francesa: liberdade, igualdade, e fraternidade.

• Os direitos Políticos são os de Primeira dimensão.

• Os direitos Sociais, Econômicos e Culturais (SEC - Lembre-se de "second") são os de segunda dimensão.

• Os direitos de “Todos” (difusos e coletivos) – seriam os de Terceira dimensão.

A primeira dimensão dos direitos são as chamadas liberdades negativas, clássicas ou formais, pois foram as primeiras conquistas de libertação do povo em face do Estado. Eram protetoras. Eram formais pois via o homem como um ser genérico, abstrato, todos iguais, mas sem enxergar as verdadeiras diferenças materiais (econômica, cultural...) entre as pessoas.

A segunda dimensão reflete a busca da igualdade material, é também o que se chama das liberdades positivas, pois pressupõem não só uma proteção individual em face do Estado, mas uma efetiva ação estatal para que se concretizassem a igualdade econômica, social e cultural.

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A terceira dimensão enxerga o homem em sociedade. Desta forma, se preocupa com os direitos coletivos (pertencentes a um grupo determinado de pessoas) e os direitos difusos (pertencentes a uma coletividade indeterminada). São exemplos destes direitos o direito à paz, ao meio ambiente equilibrado, ao progresso e desenvolvimento, o direito de propriedade ao patrimônio comum da humanidade, o direito de comunicação, entre outros.

Nesta 3ª dimensão podemos incluir ainda o que se chama de "direitos republicanos". Estes seriam os direitos do cidadão pensando no patrimônio público comum (res publica - coisa pública). Assim, o cidadão age ativamente para defender as instituições da sociedade reprimindo danos ao meio ambiente, ao patrimônio histórico-cultural, praticas de corrupção, nepotismo, e imoralidades administrativas. O principal instrumento deste exercício é a ação popular que veremos à frente.

Podemos expor aqui, ainda, posicionamentos sobre a quarta e quinta dimensões:

4ª dimensão - O professor Paulo Bonavides também propôs que já existiria a 4ª dimensão dos direitos, ou seja, os direitos que se vinculam à idéia de democracia, especialmente a democracia direta, incluindo o direito à informação e o direito ao pluralismo. Esta dimensão foi alcançada através da universalização dos direitos promovida pela globalização. Noberto Bobbio também já faz alusão a uma possível quarta dimensão dos direitos fundamentais, mas, de forma diversa de Bonavides. Para o autor, a quarta dimensão estaria materializada nos direitos relativos à biotecnologia e ao patrimônio genético dos indivíduos.

5ª dimensão - O professor Bonavides ainda vislumbra a quinta dimensão dos direitos fundamentais, segundo ele, pela necessidade de se colocar em maior destaque o direito à paz, principalmente devido aos recentes atentados terroristas a partir do 11 de Setembro nos Estados Unidos. Outros diversos autores tratam dos direitos de quinta geração como os direitos “virtuais” ou “cibernéticos”, ou seja, aqueles relativos ao comércio e contratos eletrônicos, publicidade virtual, e os interligados à defesa da honra e da dignidade da pessoa humana no meio da internet, entre outros correlatos.

Questões sobre dimensões/gerações dos direitos:

39. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) São direitos fundamentais classificados como de segunda geração

a) os direitos econômicos e culturais.

b) os direitos de solidariedade e os direitos difusos.

c) as liberdades públicas.

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d) os direitos e garantias individuais clássicos.

e) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado.

Comentários:

Olha o macete: Segunda dimensão é o "SECond" - sociais, econômicos e culturais.

Gabarito: Letra A.

40. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Liberdade, Igualdade e Fraternidade, ideais da Revolução Francesa, podem ser relacionados, respectivamente, com os direitos humanos de primeira, segunda e terceira gerações.

Comentários:

É isso aí...

Gabarito: Correto.

41. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) O direito à paz inclui-se entre os direitos humanos de segunda geração.

Comentários:

Não não... direito à paz não é de segunda geração não, é um direito da sociedade, um direito difuso, seria de terceira dimensão.

Gabarito: Errado.

42. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Os direitos humanos de primeira geração foram construídos, em oposição ao absolutismo, como liberdades negativas; os de segunda geração exigem ações destinadas a dar efetividade à autonomia dos indivíduos, o que autoriza relacioná-los com o conceito de liberdade positiva e com a igualdade.

Comentários:

Exatamente.

Gabarito: Correto.

43. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) Os direitos republicanos têm surgido na doutrina como uma nova categoria onde o cidadão passa a pensar no interesse público explicitamente para fazer frente à ofensa à coisa pública, como o nepotismo, a corrupção, bem como às políticas de Estado que, a pretexto de se caracterizarem como

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públicas, na verdade podem atender a interesses particulares indefensáveis.

Comentários:

Isso aí, tratam-se de direitos de terceira dimensão. O homem pensando em sociedade e agindo contra as políticas chamadas de "patrimonialistas".

Gabarito: Correto.

44. (FCC/Analista TRT 9/2004) Os direitos fundamentais são também classificados em três gerações. Os de primeira, segunda e terceira gerações correspondem, respectivamente, aos direitos:

a) à democracia ou ao pluralismo; de fraternidade ou de solidariedade; e de liberdade ou de defesa.

b) de liberdade ou de defesa; de prestação por parte do Estado ou sociais; e de fraternidade ou de solidariedade.

c) de prestação por parte do Estado ou sociais; à democracia ou à informação; e de liberdade ou de defesa.

d) de fraternidade ou de solidariedade; de liberdade ou de defesa; e à igualdade material ou à isonomia.

e) à informação ou ao pluralismo; de fraternidade ou de solidariedade; e de prestação por parte do Estado ou econômicos. Comentários:

A resposta dispensa muitas divagações. Claramente é a letra B!

Gabarito: Letra B.

45. (CESPE/AJAA-TJAL/2012) São direitos de quarta geração o direito à democracia, o direito à informação e o direito ao pluralismo.

Comentários:

O CESPE, nesta questão, segue a doutrina do professor Paulo Bonavides que apresenta a 4ª dimensão dos direitos como sendo aqueles que se vinculam à idéia de democracia, especialmente a democracia direta, incluindo o direito à informação e o direito ao pluralismo. Esta dimensão foi alcançada através da universalização dos direitos promovida pela globalização.

Gabarito: Correto.

46. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) Direitos humanos de terceira geração, por seu ineditismo e pelo caráter de lege ferenda que ainda comportam, não recebem tratamento constitucional.

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Comentários:

Por "lege ferenda" entenda-se como algo ainda sem vigor, que será aplicado no futuro. Está errada a assertiva já que os direitos de "terceira geração" são os direitos coletivos e difusos e estão positivados na Constituição Federal.

Gabarito: Errado.

47. (CESPE/DPE-ES/2009) Os direitos de primeira geração ou dimensão (direitos civis e políticos) — que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais — realçam o princípio da igualdade; os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) — que se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas — acentuam o princípio da liberdade; os direitos de terceira geração — que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais — consagram o princípio da solidariedade.

Comentários:

Inverteram-se os princípios referentes à primeira e segunda gerações. A primeira dimensão materializa a liberdade, já a igualdade é referente à segunda dimensão.

Gabarito: Errado.

48. (CESPE/Advogado - CEHAP/2009) A evolução cronológica do reconhecimento dos direitos fundamentais pelas sociedades modernas é comumente apresentada em gerações. Nessa evolução, o direito à moradia está inserido nos direitos fundamentais de terceira geração, que são os direitos econômicos, sociais e culturais, surgidos no início do século XX.

Comentários:

Opa!!!

Obrigado Vítor não esqueço mais... Os direitos sociais, econômicos e culturais são direitos de segunda geração e não de terceira (esta geração é marcada pelos direitos coletivos e difusos).

Gabarito: Errado.

49. (CESPE/Analista - DPU/2010) Acerca dos direitos sociais, assinale a opção correta.

a) O cerceamento à liberdade de expressão é uma clara afronta aos direitos sociais capitulados na CF.

b) Os direitos sociais são exemplos típicos de direitos de 2.ª geração.

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c) O direito à vida e o direito à livre locomoção são exemplos de direitos sociais.

d) Os direitos sociais são exemplos de liberdades negativas.

e) Os direitos sociais contemplados na CF, pela sua natureza, só podem ser classificados como direitos fundamentais de eficácia plena, não dependendo de normatividade ulterior.

Comentários:

...Olha o SECond aí denovo...

Gabarito é a letra B !!!

Vamos analisar o resto:

Letra A - Errado. Trata-se de direito individual, não social.

Letra C - Errado. Mais uma vez, são individuais, não sociais.

Letra D - Errado. As liberdades negativas são os direitos individuais, são uma proteção. Os direitos sociais são "positivos" (necessitam que se faça uma ação).

Letra E - Errado. Os direitos sociais são em regra de eficácia LIMITADA, precisam que se façam leis e ações administrativas para que possam ser concretizados.

Gabarito: Letra B.

50. (CESPE/Analista - DPU/2010) Os direitos políticos são exemplos típicos de direitos de 3.ª geração

Comentários:

Os direitos Políticos são de Primeira geração ou dimensão, da mesma forma que os civis.

Gabarito: Errado.

51. (CESPE/DETRAN-DF/2009) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado direito fundamental de terceira geração.

Comentários:

Exato, trata-se de um direito difuso, preocupado com o homem em sociedade, sendo assim, de terceira dimensão.

Gabarito: Correto.

52. (CESPE/OAB-Nacional/2007) O direito ao progresso é um exemplo de direito fundamental de segunda geração ou dimensão.

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Comentários:

É um direito de terceira dimensão.

Gabarito: Errado.

53. (CESPE/Auditor - TCE-PE/2004) Na evolução dos direitos fundamentais, consolidou-se a classificação deles em diferentes gerações (direitos fundamentais de primeira, segunda e terceira gerações), as quais se sucederam e se substituíram ao longo do tempo, a partir, aproximadamente, da Revolução Francesa de 1789.

Comentários:

Não não não... Essa é a maior crítica ao uso do termo "geração" de direitos. Os direitos não se sucederam e substituíram, eles foram se acumulando.

Gabarito: Errado.

54. (CESPE/Defensor Público - Alagoas/2003) O direito ao desenvolvimento, o direito à paz, o direito ao meio ambiente e o direito de propriedade ao patrimônio comum da humanidade podem ser considerados como direitos de segunda geração ou dimensão.

Comentários:

Estes seriam de terceira dimensão.

Gabarito: Errado.

55. (CESPE/Defensor Público - Alagoas/2003) O direito de comunicação pode ser enquadrado no rol dos direitos de terceira dimensão ou geração.

Comentários:

Pode sim. São os direitos difusos e coletivos.

Gabarito: Correto

56. (MPT/Procurador do Trabalho/2007 - Adaptada) No estudo dos direitos humanos fundamentais, existe cizânia doutrinária em torno da utilização da expressão "geração", para indicar o processo de consolidação desses direitos, sendo que alguns preferem utilizar "dimensão". Examine as assertivas a seguir e selecione o argumento que, efetivamente, dá suporte à doutrina que defende a necessidade de substituição de uma expressão por outra.

a) os direitos humanos fundamentais são direitos naturais e, como tais, imutáveis, de maneira que o vocábulo "geração" faz alusão a

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uma historicidade inexistente nessa modalidade de direitos, enquanto "dimensão" refere-se a aspectos relevantes de um todo, que simplesmente se destacam de acordo com o grau de desenvolvimento da sociedade;

b) o termo "geração" conduz à idéia equivocada de que os direitos humanos fundamentais se substituem ao longo do tempo, enquanto "dimensão" melhor reflete o processo gradativo de complementaridade, pelo qual não há alternância, mas sim expansão, cumulação e fortalecimento;

c) a idéia de "geração" leva ao entendimento de que o processo de afirmação dos direitos humanos fundamentais é linear e não comporta retrocessos, enquanto a de "dimensão" melhor expressa o caminho tortuoso desse processo, de acordo com as relações de forças existentes nas sociedades;

d) O termo "geração" sugere uma eficácia restrita dos direitos humanos fundamentais, meramente vertical, ao passo que "dimensão" indica eficácia mais ampla, também horizontal;

Comentários:

Pelo que vimos, a resposta correta a ser marcada seria a letra B, já que o uso do termo gerações é repudiado pelo fato de induzir ao pensamento de que uma geração acabaria por substituir a outra - o que é incorreto - e, ainda, que os direitos foram conquistados exatamente na ordem exposta, o que não é exatamente verdade em muitos países.

Gabarito: Letra B.

57. (FGV/Juiz Substituto - TJ-PA/2008 - Adaptada) A respeito dos direitos, assinale a afirmativa incorreta.

a) Os direitos fundamentais de primeira geração são os direitos e garantias individuais e políticos clássicos (liberdades públicas). Os direitos fundamentais de segunda geração são os direitos sociais, econômicos e culturais. Os direitos fundamentais de terceira geração são os chamados direitos de solidariedade ou fraternidade, que englobam o meio ambiente equilibrado, o direito de paz e ao progresso, entre outros.

b) A doutrina assinala como espécies de direitos fundamentais (de acordo com a predominância de sua função): 1o: direitos de defesa - que se caracterizam por impor ao Estado um dever de abstenção, um dever de não-interferência no espaço de autodeterminação do indivíduo; 2o: direitos de prestação - que exigem que o Estado aja para atenuar as desigualdades; 3o: direitos de participação - que são os orientados a garantir a participação dos cidadãos na formação da vontade do Estado.

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c) Pela relevância dos direitos fundamentais de primeira geração, como o direito à vida, é correto afirmar que eles são absolutos, pois são o escudo protetivo do cidadão contra as possíveis arbitrariedades do Estado.

d) Todas as constituições brasileiras, sem exceção, enunciaram declarações de direitos. As duas primeiras - a Imperial e a de 1891 - traziam apenas as liberdades públicas.

Comentários:

Letra A - Correto.

Letra B - Correto. Os direitos fundamentais podem ser separados quanto a função que exercem. Os chamados direitos de defesa são basicamente as garantias individuais, aquelas liberdades negativas que servem de respaldo para o exercício dos demais direitos, limitando o poder estatal em face dos particulares. Os diretos de prestação exigem uma postura do estado no sentido de concretizar as metas constitucionais, reduzindo desigualdades e fornecendo as condições mínimas para uma vida humana digna. Elenca-se também, os direitos à participação, já que o Estado é formado pela vontade do povo, devendo este agir na regência das decisões políticas.

Letra C - Errado. É pacífico, na doutrina e na jurisprudência, que os direitos e garantias fundamentais não são absolutos, todos eles são relativos.

Letra D - Correto. Embora incipiente na Constituição de 1824, todas as Constituições nacionais versaram sobre os direitos fundamentais, sendo fortalecidos ao longo das próximas constituições.

Gabarito: Letra C.

58. (NCE/Delegado-PC-RJ/2002) A complexidade da vivência social pós-globalização exige cada vez mais a especificação de direitos e garantias fundamentais, objetivando a manutenção da dignidade da pessoa humana, preceito fundamental da nossa Lei Maior. Dentro desse contexto, pode-se afirmar corretamente que:

a) os direitos de 5ª geração representam os advindos da realidade virtual que compreendem o grande desenvolvimento da cibernética na atualidade, implicando o rompimento de fronteiras, estabelecendo conflitos entre países com realidades distintas, via internet;

b) os direitos de 4ª geração são os direitos transindividuais, mas também observados como coletivos ou difusos, basicamente relacionados com os direitos ao meio ambiente equilibrado, ao desenvolvimento econômico e à defesa do consumidor;

c) os direitos de 3ª geração são os direitos de manipulação genética, relacionados à biotecnologia e à bioengenharia, que tratam de

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questões sobre a vida e a morte e que requerem uma discussão ética prévia;

d) os direitos de 2ª geração são os direitos individuais, preservando a liberdade do indivíduo em detrimento dos abusos legislativos do Estado;

e) os direitos de 1ª geração outorgam limites ao Estado, consagrando os direitos sociais, buscando o atendimento às necessidades mínimas da pessoa humana.

Comentários:

A letra A está correta. Embora não seja uma classificação pacífica, já se vislumbram direitos de quinta geração que, majoritariamente, seriam os que tratam dos direitos “virtuais” ou “cibernéticos”, ou seja, aqueles relativos ao comércio e contratos eletrônicos, publicidade virtual, e os interligados à defesa da honra e da dignidade da pessoa humana no meio da internet, entre outros correlatos.

Letra B- Os direitos citados são de terceira e não de quarta geração. Esta seria relativo à biotecnologia e patrimônio genético.

Letra C - Esses seriam os de quarta e não de terceira.

Letra D - Esses seriam os de primeira e não de segunda geração.

Letra E - Os direitos sociais são de segunda geração.

Gabarito: Letra A.

Questões sobre a evolução dos direitos fundamentais:

59. (FCC/Procurador - PGE-PE/2004) Segundo a doutrina, a chamada teoria liberal dos direitos fundamentais tem como raízes filosóficas e jurídicas

a) as doutrinas socialistas do século XIX.

b) a doutrina social da Igreja.

c) as doutrinas do contrato social e os princípios do direito natural positivados em Constituição.

d) a noção de Estado como criador da liberdade.

e) as doutrinas sobre solidariedade e internacionalização dos direitos humanos. Comentários:

O pensamento iluminista que pregava o liberalismo através de direitos naturais do homem, e a teoria do pacto social de rousseau fora os principais antecedentes do Estado Liberal de Direito, que positivou os direitos de primeira dimensão.

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Gabarito: Letra C.

60. (ESAF/PGFN/2007) Apenas com o processo de redemocratização do país, implementado por meio da Constituição de 1946, é que tomou assento a ideologia do Estado do Bem-Estar Social, sob a influência da Constituição Alemã de Weimar, tendo sido a primeira vez que houve inserção de um título expressamente destinado à ordem econômica e social.

Comentários:

A questão estaria perfeita se dissesse 1934 em vez de 1946.

Gabarito: Errada.

61. (MPT/Procurador do Trabalho/2005) Em face das assertivas abaixo, indique a alternativa CORRETA:

I - no plano histórico, as primeiras Declarações de Direitos Humanos proclamaram a necessidade de um Estado de índole positivista, democrática e intervencionista, objetivando a garantia das liberdades fundamentais;

II - o princípio da igualdade constitui o principal fundamento dos Direitos Humanos de primeira geração;

III - o princípio da 'prevalência dos Direitos Humanos' foi previsto, de maneira explícita, pela Constituição brasileira de 1988, como fundamento para reger as relações internacionais da nossa República Federativa;

IV - em face do sistema constitucional brasileiro, pode ser introduzido no ordenamento jurídico pátrio direitos ou garantias fundamentais, por força da adoção e vigência de um Tratado Internacional;

a) as alternativas I e IV estão corretas;

b) apenas a alternativa IV está correta;

c) as alternativas I e II estão incorretas;

d) apenas a alternativa II está incorreta;

e) não respondida.

Comentários:

I - Errado. O estado não era intervencionista, isso só passou a ocorrer no pós primeira guerra. O Estado Liberal pregava apenas uma abstenção do Estado, respeitando as liberdades individuais.

II - Errado. O principal fundamento era a "liberdade".

III - Correto.

IV - Correto. Isto está embasado no art. 5º §2º da Constituição.

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Gabarito: Letra C.

Teoria dos limites e o núcelo essencial dos direitos fundamentais:

É pacífico, na doutrina e na jurisprudência, que os direitos e garantias fundamentais não são absolutos, todos eles são relativos. Diz-se que são relativos, pois estão sujeitos a restrições, tais restrições ora serão impostas pelo legilslador (nos casos em que a Constituição autorize, expressa ou implicitamente), ora serão impostas por outros direitos que poderão com eles colidir no caso concreto, devendo, neste caso, ser harmonizados, para descobrir qual prevalecerá, o intérprete (juiz) fará então uso do princípio da harmonização (ou concordância prática, ou ainda ponderação de interesses).

Permite-se, então, para se proteger o teor de certos direitos fundamentais, que o legislador crie restrições a algum desses direitos. Essas restrições legais deverão decorrer de autorização da Constituição, porém, estas autorizações podem estar expressas na Constituição (limitações expressamente constitucionais) ou de forma implícita (limitações tacitamente constitucionais).

Quando a Constituição permite a restrição de um direito através de lei, surge o que a doutrina chama de "reserva legal". Ou seja, reservou-se à lei o direito de estabelecer uma limitação. Essa reserva legal será chamada de:

• Reserva legal simples - quando a Constituição se limita a autorizar a restrição (Ex. Art. 5º VII - é assegurada, "nos termos da lei", a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva); ou

• Reserva legal qualificada - quando, além de autorizar a restrição, a Constituição estabelece o que a lei fará (Ex. Art. 5º, XII - autoriza que a lei venha a trazer hipóteses de interceptação telefônica, mas somente para atender aos fins de investigação criminal ou instrução processual penal).

É importante salientar que o legislador possui limites no seu exercício de limitação do direito fundamental, o que se tem chamado de os "limites dos limites". E qual seria tal limite? Seria a preservação do "núcleo essencial" do direito fundamental.

O núcleo essencial é a essência do direito fundamental, o seu conteúdo intocável, protegido de forma que o direito o qual está sofrendo a restrição não fique descaracterizado e perca a sua efetividade. Embora não seja expresso na Constituição, a doutrina e a jurisprudência, adotam a proteção ao núcleo essencial como implícito em nosso ordenamento jurídico. Segundo a doutrina, podemos

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basicamente estabelecer 2 teorias sobre o núcleo essencial dos direitos fundamentais:

• Teoria Absoluta - Independente do caso concreto, o núcleo existencial, ou seja, o limite imposto será sempre o mesmo, fixo.

• Teoria Relativa - Deve-se observar o caso concreto para só então verificar qual será o limite de restrição.

62. (CESPE/Agente-Hemobrás/2008) A teoria dos limites dos limites serve para impor restrições à possibilidade de limitação dos direitos fundamentais.

Comentários:

É exatamente isso. Sabemos que os direitos fundamentais não são absolutos, são relativos já que podem sofrer limitações. Essas limitações também sofrem restrições, o chamado "limites dos limites".

Gabarito: Correto.

63. (FCC/DPE-MA/2003) Os direitos fundamentais consagrados na Constituição brasileira:

a) são sempre direitos ilimitados.

b) são sempre considerados direitos absolutos.

c) não podem sofrer, em qualquer caso, restrições por intermédio de legislação.

d) somente podem ser restringidos pelo exercício do poder de polícia quando este estiver expressamente previsto na Constituição para o caso. e) tem a natureza de direitos relativos porquanto convivem com outros direitos e liberdades individuais ou coletivas.

Comentários:

Questão que também não necessita de muitos comentários. Os direitos fundamentais são relativos, devem respeitar-se reciprocamente.

Gabarito: Letra E

64. (FCC/Procurador - PGE-PE/2004) Em ocorrendo colisão de direitos fundamentais consagrados por normas constitucionais de eficácia plena, não sujeitos, portanto, a restrições legais, o intérprete constitucional poderá adotar, para solução de caso concreto, o princípio da:

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a) ponderação de interesses.

b) interpretação adequadora.

c) congruência.

d) relativização dos direitos fundamentais.

e) interpretação conforme a Constituição.

Comentários:

O princípio seria da harmonização ou concordância prática, ou ainda ponderação de interesses, de forma a descobrir no caso concreto qual irá prevalecer.

Gabarito: Letra A

65. (ESAF/PGFN/2007) O direito de livre locomoção (é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens) pode sofrer restrição, conforme previsto na Constituição, por meio da chamada reserva legal qualificada.

Comentários:

Seria uma reserva legal "simples" pois a Constituição limitou-se a prever que será "nos termos da lei" sem se preocupar em dizer quais seriam estes termos.

Gabarito: Errado.

66. (ESAF/ATRFB/2009) A Constituição Federal de 1988 previu expressamente a garantia de proteção ao núcleo essencial dos direitos fundamentais.

Comentários:

Essa garantia é implícita e não expressa.

Gabarito: Errado.

67. (ESAF/ATRFB/2009) Quanto à delimitação do conteúdo essencial dos direitos fundamentais, a doutrina se divide entre as teorias absoluta e relativa. De acordo com a teoria relativa, o núcleo essencial do direito fundamental é insuscetível de qualquer medida restritiva, independentemente das peculiaridades que o caso concreto possa fornecer.

Comentários:

A teoria relativa é a que defende que o delineamento do núcleo essencial dependerá da análise do caso concreto.

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Gabarito: Errado.

68. (ESAF/Procurador da Fazenda Nacional/2006) O fenômeno da colisão dos direitos fundamentais não é admitido como possível no ordenamento jurídico brasileiro, já que a Constituição não pode abrigar normas que conduzam a soluções contraditórias na sua aplicação prática.

Comentários:

É admitido sim. Os direitos fundamentais podem "colidir", o que não pode é haver "contradição". Caso haja uma colisão, eles deverão ser harmonizados, para descobrir qual prevalecerá.

Gabarito: Errado.

69. (TRT 21/Juiz do Trabalho TRT 21ª/2010) Diante de um caso concreto, resolve-se a colisão de direitos fundamentais a partir de um juízo de ponderação, harmonizando-se, especialmente pelo princípio da proporcionalidade, os direitos fundamentais em conflito.

Comentários:

Exatamente, os direitos fundamentais podem colidir entre si. Um não nega o outro, deve haver um respeito mútuo devendo o intérprete (juiz) decidir qual irá prevalecer usando a técnica da harmonização (ou concordância prática).

Gabarito: Correto.

70. (TRT 24ª/Juiz do Trabalho TRT 24ª/2007) Não há hierarquia entre os direitos e garantias fundamentais e, quando no caso concreto se apresentem dois ou mais direitos e garantias em face dos litigantes, no possível conflito entre os direitos e garantias contrapostos o intérprete está autorizado a ponderar valores que preservem ou reduzam o alcance de um, evitando a completa destruição de outro.

Comentários:

Isso aí, é o caso onde eles deverão ser harmonizados, para descobrir qual prevalecerá.

Gabarito: Correto.

71. (TRT 9ª/Juiz do Trabalho TRT 9ª/2006) Sobre interpretação das normas constitucionais, considerando-se perspectiva póspositivista, é correto afirmar que:

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a) A técnica da subsunção, baseada em raciocínios silogísticos, é suficiente para resolver colisão de direitos fundamentais, em qualquer caso concreto.

b) O sistema constitucional vigente é estruturado de tal forma que jamais haverá conflito de normas de mesma hierarquia, em casos concretos.

c) Como o próprio sistema de normas jurídicas positivadas oferece as soluções cabíveis em caso de conflito de normas de mesma hierarquia, o papel do intérprete, inclusive do juiz, resume-se a uma atividade de conhecimento técnico.

d) De acordo com o princípio da unidade hierárquico-normativa da Constituição, não há hierarquia entre normas da Constituição, cabendo ao intérprete, em cada caso concreto, buscar a harmonização possível entre comandos que tutelem interesses contrapostos, utilizando-se da técnica da ponderação de valores.

e) Quando o juiz se deparar, no caso concreto, com colisão de direitos fundamentais, poderá se abster de decidir, pois, do contrário, sua decisão, seja qual for, implicará violação à Constituição.

Comentários:

Questão que poderia parecer complicada a uma primeira visão. Mas, depois de diversos toques e "mastigadas", claramente apontamos a resposta correta: a letra D. Ela diz que a Constituição é uma unidade no que tange a hierarquia de suas normas, o que é correto, e que o intérprete deve harmonizar os valores no caso de colisão de "interesses contrapostos", no caso, direitos fundamentais.

Gabarito: Letra D.

Dimensão Subjetiva X Dimensão Objetiva dos Direitos Fundamentais:

A doutrina atual do Direito Constitucional aceita uma visão dos Direitos Fundamentais sob duas diferentes óticas:

• Dimensão subjetiva – é a visão clássica dos Direitos Fundamentais. Consiste em enxergá-los como um direito da pessoa em face do Estado, o qual deve exercer um papel negativo (abstenção de intervir para que não viole os direitos previstos, notadamente os direitos e garantias individuais) ou positivo (prestações que o Estado faz para as pessoas de forma a garantir condições mais dignas de sobrevivência, notadamente os direitos sociais).

• Dimensão objetiva – É a nova visão, onde os Direitos Fundamentais devem ser enxergados não só sob a ótica dos “direitos das pessoas frente ao Estado”, mas como enunciados

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que contém alta carga valorativa. Valores, princípios, regras que norteiam a aplicação do ordenamento jurídico e assumem um papel central no constitucionalismo. Podemos desmembrá-la da seguinte forma3:

1- Direitos fundamentais não são meros enunciados, são valores, princípios, possuem carga axiológica que deve ser usada para fins de aplicação, ainda que não estejam sendo titularizados por uma pessoa específica.

2- Os direitos fundamentais se “irradiam” pelo ordenamento jurídico levando a uma ideia de “interpretação conforme os direitos fundamentais”. O Estado passa ainda a ter um dever de proteção dos valores contidos em tais direitos.

3- Eles possuem aplicação imediata, devendo sempre que possível serem aplicados “de pronto”.

4- Os direitos fundamentais possuem caráter mandamental, imperativo e, em especial aqueles de prestações positivas, como os Direitos Sociais, possuem eficácia dirigente, enunciando normas que impõem uma efetiva atuação do Estado, legislativa e administrativa, com o fim de regulamentá-los e concretizá-los.

5- Os direitos fundamentais podem ser reciprocamente condicionados, uns pelos outros, para que seja viável o convívio em sociedade. Lembrando que nesse condicionamento (harmonização, conformação), restringem-se direitos, mas devem ser preservados, ao menos, os núcleos essenciais de cada um.

6- Surge a ideia de que tais direitos devem ser enxergados com eficácia horizontal (proteção do indivíduo em face dos outros indivíduos).

72. (FCC/PGE-RO/2011) Dentre as características da perspectiva objetiva dos direitos fundamentais, compreende-se:

a) o conjunto de metas traçadas com fins diretivos de ações positivas dos poderes públicos, com o fim de outorgar-lhes eficácia dirigente.

b) a representação dos interesses individuais sob a ótica negativa perante o Poder Público.

c) ter sempre a natureza princípio, nunca de regra.

d) impossibilitar a agregação do ponto de vista axiológico da comunidade em sua interpretação. 3 Sobre o tema: DIMOULIS, Dimitri; MARTINS, Leonardo. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais. 2ª tiragem. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, e BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 21ª edição. São Paulo: Malheiros, 2007.

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e) não há dimensão objetiva na esfera dos direitos fundamentais, os quais têm como característica defender de forma singular o espaço de liberdade individual.

Comentário:

Letra A – Correta. Um dos aspectos da dimensão objetiva é justamente esse, os Direitos Fundamentais formam um conjunto de metas traçadas com fins diretivos de ações positivas dos poderes públicos, com o fim de outorgar-lhes eficácia dirigente.

Letra B – Errado. A representação dos interesses individuais sob a ótica negativa perante o Poder Público, é a visão clássica dos Direitos Fundamentais, ou seja, a sua dimensão subjetiva.

Letra C – Errado. Eles passam a assumir caráter valorativo, principiológico, mas não podemos dizer que nunca enunciarão uma regra a ser seguida.

Letra D – Errado. O correto seria “possibilitar” a agregação do ponto de vista axiológico da comunidade em sua interpretação.

Letra E – Errado. Viajou...

Gabarito: Letra A.

73. (TRT 23ª/Juiz do Trabalho – TRT 23ª/2011) no que concerne à teoria dos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta:

a) Os direitos fundamentais foram concebidos para regular a relação do individuo com o estado, como direitos de proteção contra o arbítrio, de modo que, mesmo na atualidade, direitos clássicos como a igualdade não tem aplicação nas relações jurídicas entre particulares.

b) A consagração da dignidade da pessoa humana na constituição de 1988 como principio fundamental da república (art. 1) e não como expresso direito fundamental típico (art. 5) significa que dele não podem ser deduzidas posições jurídico-fundamentais, mormente de natureza subjetiva, mesmo porque não é licito reconhecer direitos e garantias não expressos na constituição de 1988, nem mesmo se decorrentes dos princípios por ela adotados.

c) O catalogo dos direitos fundamentais na constituição de 1988 cinge-se àqueles previstos nos arts 5 e 8 da Carta.

d) O reconhecimento de uma dimensão objetiva dos direitos fundamentais significa que tais direitos irradiam seus efeitos pelo ordenamento jurídico (eficácia irradiante, no sentido de que, na sua condição de direito objetivo, os direitos fundamentais fornecem impulsos e diretrizes para a aplicação e interpretação do direito

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infraconstitucional, apontando para a necessidade de uma interpretação conforme aos direitos fundamentais.

e) A reserva do possível consiste em uma argumentação juridicamente válida para limitar a eficácia dos direitos fundamentais, significando que a realização dos direitos fundamentais é uma tarefa confiada aos agentes políticos detentores de mandato eletivo escolhidos como tais pelo povo, não sendo possível, diante da declaração da autoridade do poder executivo a respeito da inexistência de previsão orçamentária para a satisfação de um direito fundamental, a concessão de provimento jurisdicional em sentindo contrario com vistas a assegurar a fruição de determinado direito, como à vida ou à saúde, no caso concreto.

Comentários:

Letra A – Errado. Os direitos fundamentais podem ser enxergados na visão clássica de eficácia vertical (proteção do indivíduo em face do arbítrio estatal) e também dotados de eficácia horizontal (proteção do particular em face dos demais particulares).

Letra B – Errado. Absurdo total. Primeiro que segundo a Constituição em seu art. 5º, §2º os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Outra coisa é o fato de que os fundamentos da República Federativa do Brasil são princípios politico-constitucionais, normas que se desdobram ao longo da Constituição. Assim, da Dignidade da Pessoa Humana decorrem diversos direitos fundamentais como a proibição à tortura, os direitos dos presos e etc.

Letra C – Errado. Os direitos fundamentais na CF, de forma expressa, vão do art. 5º ao 17.

Letra D – Correto. Trata-se de uma visão mais atual dos Direitos Fundamentais, onde eles devem ser enxergados não só sob a ótica dos “direitos das pessoas frente ao Estado” (dimensão subjetiva), mas como valores, princípios, regras que norteiam a aplicação de todo ordenamento jurídico e assumem um papel central no constitucionalismo.

Letra E – Errado. A reserva do possível é a contraposição de disponibilidade financeira do Estado com a necessidade de se implementar os direitos fundamentais (notadamente os direitos sociais) e as políticas públicas. Acontece que a reserva do possível não pode ser óbice para implementação daquele chamado "mínimo existencial" - este conceito corresponderia ao conjunto de situações materiais indispensáveis à existência humana digna. Não apenas "sobreviver", mas ter uma vida realmente digna, com suporte físico e intelectual necessário.

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O Estado deve garantir, pelo menos, o mínimo existencial à sociedade. E isso se reveste de caráter impositivo. Desta forma, o Judiciário tem decidido frequentemente no sentido de que compelir o Executivo na adoção de certas ações no sentido da concretização de direitos sociais, principalmente casos notórios do direito à saúde, onde muitas vezes era negada a compra de certos remédios tidos como "muito caros" por parte do Executivo.

Gabarito: Letra D.

DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS EM GERAL:

O art. 5º da Constituição nos traz 4 parágrafos com disposições aplicáveis aos direitos fundamentais. Sabemos, pelo §2º deste art. 5º, que os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Agora vamos estudar os outros 3 parágrafos:

Sobre as normas dos direitos e garantias fundamentais:

Art. 5º § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

Este dispositivo mostra a preocupação com a efetividade dos direitos e garantias fundamentais. O que ele quer dizer na verdade, Vítor?

Quer dizer que "em regra" devemos aplicar imediatamente todos dos direitos e garantias, não ficando parados, sentados, dormindo, esperando que venha uma lei para regulamentá-los.

Pode haver regulamentação legal? Sim, mas esta não é essencial para a sua efetividade quando for possível aplicar desde logo o direito.

Isso não quer dizer que as normas ali sejam todas de eficácia plena. Na verdade, trata-se apenas um apelo para que se busque efetivamente aplicá-las e assim não sejam frustrados os anseios da sociedade.

74. (FCC/Técnico-TRE-PI/2009) As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais não têm aplicação imediata, submetendo- se à regulamentação legislativa.

Comentários:

Isso contraria o disposto no art. 5º, §1º da Constituição.

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Gabarito: Errado.

75. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

Comentários:

É a literalidade da Constituição Federal em seu art. 5º §1º. Ressalta-se, porém, que esta disposição é somente um apelo para que o Poder Público busque efetivamente concretizar tais normas. Não podemos dizer que pela simples previsão de que elas tenham aplicação imediata, algumas normas venham a ser efetivamente passíveis de aplicação, nem que tais normas constituam, em sua totalidade, normas de eficácia plena.

Gabarito: Correto.

76. (CESPE/PM-DF/2010) Segundo a CF, as normas constitucionais que prescrevem direitos e garantias fundamentais têm eficácia contida e dependem de regulamentação.

Comentários:

Segundo a Constituição (CF, art. 5º, §1º) elas têm aplicação imediata refletindo-se num apelo para que se busque efetivamente aplicá-las e assim não sejam frustrados os anseios da sociedade.

Gabarito: Errado.

77. (ESAF/Auditor Fiscal - SEFAZ-CE/2007) As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata e eficácia plena.

Comentários:

É errado dizer que possuem eficácia plena.

Gabarito: Errado.

78. (ESAF/Gestor-SEFAZ-MG/2005) Como regra geral, os direitos fundamentais somente podem ser invocados em juízo depois de minudenciados pelo legislador ordinário.

Comentários:

A regra geral é que eles podem ser invocados imediatamente.

Gabarito: Errado.

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79. (TRT 21/Juiz do Trabalho TRT 21ª/2010 - Adaptada) Apesar de não haver norma expressa na ordem jurídica brasileira, reconhece-se universalmente a aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais.

Comentários:

Erra a questão devido à existência de norma expressa neste sentido.

Gabarito: Errado.

Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos:

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela EC 45/04)

A EC 45/04 abriu a possibilidade de ampliar a relação dos direitos fundamentais de status constitucional através da aprovação de tratados internacionais pelo mesmo rito de emendas constitucionais. Vamos entender melhor isso:

• A regra é que os tratados internacionais são equivalentes às leis ordinárias.

• A exceção é essa acima - eles vão estar equiparados às Emendas Constitucionais caso cumpram estes requisitos acima, ou seja, versem sobre direitos humanos e o decreto legislativo relativo a ele seja aprovado pelo mesmo rito exigido para as emendas à Constituição.

• Ainda que não aprovados pelo rito das Emendas, se versarem sobre direitos humanos, o STF entende que possuem “supralegalidade” podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. É assim, por exemplo, que vigora em nosso ordenamento o "Pacto de San Jose da Costa Rica" - status acima das leis e abaixo da Constituição.

• Lembrando que (CF, art. 49, I e 84, VII) cabe ao Congresso Nacional – por meio de Decreto Legislativo – resolver definitivamente sobre tratados internacionais (seja sobre direitos humanos ou não), referendando-os e, após isso, estes passarão a integrar o ordenamento jurídico nacional entrando em vigor após a edição de um decreto presidencial.

Esquematizando, um tratado pode adquirir 3 status hierárquicos:

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1- Regra: Status de lei ordinária. Caso seja um tratado que não verse sobre direitos humanos.

2- Exceção 1: Status Supralegal. Caso seja um tratado sobre direitos humanos não votado pelo rito de emendas constitucionais, mas pelo rito ordinário;

3- Exceção 2: Status constitucional. Caso seja um tratado sobre direitos humanos votado pelo rito de emendas constitucionais (3/5 dos votos, em 2 turnos de votação em cada Casa). Essa possibilidade só passou a existir com a EC 45/04.

Mais observações:

• Com base neste parágrafo, vigora com força de Emenda Constitucional o Decreto Legislativo nº 186/08 que ratificou o texto da convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência e de seu protocolo facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.

• Não precisa necessariamente ser direito individual, perceba que a norma fala direitos humanos.

• Segundo o STF, como os tratados internacionais são equiparados às leis ordinárias, não podem versar matéria sob reserva constitucional de lei complementar, pois em tal situação, a própria Carta Política subordina o tratamento legislativo de determinado tema ao exclusivo domínio nor-mativo da Lei Complementar.

80. (FCC/Técnico Judiciário – Área Administrativa/2012) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por dois quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

Comentários:

Para que alcancem esse status precisam de 3/5 dos votos e não 2/5.

Gabarito: Errado.

81. (FCC/Analista Judiciário – Biblioteconomia – TRT 24ª/2011) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados: a) pela Câmara dos Deputados, por maioria absoluta, mediante aprovação prévia da Advocacia Geral da União, serão equivalentes à Lei ordinária.

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b) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovada pelo Presidente da República e Senado Federal, serão equivalentes às Leis ordinárias. c) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovada pelo Presidente da República e Senado Federal, serão equivalentes às Leis complementares. d) em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. e) pelo Presidente da República serão equivalentes à Medida Provisória e serão levados à Câmara dos Deputados, para, mediante aprovação por maioria dos votos, serem convertidas em Leis ordinárias. Comentários:

A questão queria, simplesmente, cobrar do candidato o conhecimento sobre a disposição constitucional do art. 5º, §3º, inserida pela EC 45/04 que passou a admitir tratados internacionais de status constitucional, desde que fossem aprovados pelo mesmo rito de uma emenda constitucional, ou seja, aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

Gabarito: Letra D.

82. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Nos termos da Constituição Federal, serão equivalentes às emendas constitucionais, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, pelo Congresso Nacional, em dois turnos, por dois terços dos votos dos respectivos membros.

Comentários:

A questão possui 2 erros, o primeiro é o mais explícito: diz que o voto será de 2/3 dos membros, quando na verdade seria 3/5 o correto. Outra coisa que se deve ter atenção é que não é o Congresso Nacional (reunido como Casa única) que aprova o tratado. Para ter o status de emenda, a votação tem que ser em cada Casa do Congresso em 2 turnos. Estaria correta, então, se dissesse: Nos termos da Constituição Federal, serão equivalentes às emendas constitucionais, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros (CF, art. 5º §3º).

Gabarito: Errado.

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83. (FCC/Advogado-ARCE/2006) Na hipótese de a República Federativa do Brasil vir a ser signatária de tratado internacional em que se vede a prisão civil por dívidas, sem quaisquer ressalvas, o referido tratado:

a) será incompatível com a Constituição, por afronta a cláusula pétrea, sendo por isso passível de controle por meio de ação direta de inconstitucionalidade.

b) integrar-se-á ao ordenamento jurídico nacional em nível supraconstitucional, na medida em que versa sobre matéria de direitos fundamentais.

c) terá aplicação imediata no ordenamento jurídico nacional, independentemente de aprovação pelo Congresso Nacional, por se tratar de norma definidora de direito fundamental.

d) ingressará no ordenamento jurídico nacional em nível infraconstitucional, não se submetendo, no entanto, a controle de constitucionalidade, por versar sobre direito fundamental.

e) será equivalente a emenda constitucional, desde que aprovado, em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, por 3/5 dos votos de seus respectivos membros.

Comentários:

O que nos interessa agora é a letra E, resposta da questão. Se o tratado cumprir tais requisitos será equivalente às emendas constitucionais.

A letra A toca no ponto da "cláusula pétrea". Veremos que os direitos individuais, entre eles a proibição da prisão civil por dívida, são cláusulas pétreas, ou seja, não podem ser enfraquecidos por emenda constitucional. O tratado em questão, porém, não está enfraquecendo o direito individual, mas sim, fortalecendo, sendo então perfeitamente válido.

Gabarito: Letra E.

84. (CESPE/PM-DF/2010) Se o Congresso Nacional aprovar, em cada uma de suas casas, em dois turnos, por três quintos dos seus votos dos respectivos membros, tratado internacional que verse sobre direitos humanos, esse tratado será equivalente às emendas constitucionais.

Comentários:

É a literalidade do dispositivo encontrado na Constituição em seu art. 5º, §3º.

Gabarito: Correto.

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85. (CESPE/PGE-AL/2008) Sabendo que o § 2.º do art. 5.º da CF dispõe que os direitos e garantias nela expressos não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte, então, é correto afirmar que, na análise desse dispositivo constitucional, tanto a doutrina quanto o STF sempre foram unânimes ao afirmar que os tratados internacionais ratificados pelo Brasil referentes aos direitos fundamentais possuem status de norma constitucional.

Comentários:

A regra é que os tratados internacionais após serem internalizados serão equivalentes às leis ordinárias, somente serão equivalentes às emendas se contiverem os seguintes requisitos:

� Versem sobre direitos humanos; e

� Forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, da mesma forma que uma emenda constitucional, ou seja:

• Em dois turnos; e

• Por 3/5 dos votos de seus respectivos membros;

E essa possibilidade só foi aberta pela EC 45/04.

Gabarito: Errado.

86. (CESPE/PGE-AL/2008) A EC n.º 45/2004 inseriu na CF um dispositivo definindo que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados no Congresso Nacional com quorum e procedimento idênticos aos de aprovação de lei complementar serão equivalentes às emendas constitucionais.

Comentários:

Para adquirir status de emenda devem ser votados pelo mesmo rito de uma emenda constitucional e não pelo procedimento de uma lei complementar.

Gabarito: Errado.

87. (CESPE/OAB-Nacional/2007) Quando previstos em tratados e convenções internacionais, os direitos fundamentais são equivalentes às emendas constitucionais.

Comentários:

Isso só acontecerá se forem ratificados pelo rito de votação das emendas constitucionais. Não basta estarem previstos em tratados.

Gabarito: Errado.

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88. (ESAF/TFC-CGU/2008) A respeito dos direitos e garantias fundamentais, é possível afirmar que os tratados e convenções sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às (aos)

a) emendas constitucionais.

b) leis ordinárias.

c) leis complementares.

d) decretos legislativos.

e) leis delegadas.

Comentários:

Como cumpriu os requisitos: Direitos Humanos + Rito de emenda, eles serão equivalentes às emendas constitucionais.

Gabarito: Letra A.

89. (ESAF/ATA-MF/2009) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos fundamentais que forem aprovados, no Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas constitucionais.

Comentários:

Não basta que os tratados e convenções internacionais sejam aprovados no Congresso Nacional para serem equivalentes às emendas constitucionais. Eles serão equivalentes às emendas constitucionais somente se forem sobre direitos humanos e aprovados por 3/5 dos membros em 2 turnos, ou seja, com o mesmo procedimento exigido para a aprovação de uma emenda constitucional (CF, art. 5º §3º).

Gabarito: Errado.

90. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Sobre a relação entre direitos expressos na Constituição de 1988 e tratados internacionais, especialmente à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é incorreto afirmar que:

a) as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais pactuadas no âmbito da Organização das Nações Unidas, mesmo que a República Federativa do Brasil delas não seja parte, se incorporam ao direito pátrio de forma equivalente às emendas constitucionais.

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b) os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

c) da disposição contida no § 2o do art. 5o da Constituição não resulta que os direitos e garantias decorrentes dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte ostentem o nível hierárquico de norma constitucional.

d) da disposição contida no § 3o do art. 5o da Constituição, decorrente da Emenda Constitucional n. 45 de 2004, resulta que as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil seja parte, quando aprovadas pelo Congresso Nacional na forma ali disposta, sejam formalmente equivalentes àquelas decorrentes de emendas constitucionais.

e) especialmente da disposição contida no § 2o do art. 5o da Constituição resulta que as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil seja parte, mesmo quando não aprovadas pelo Congresso Nacional na forma disposta no § 3o do mesmo dispositivo, tenham status de normas jurídicas supralegais.

Comentários:

a) Errado, se o Brasil não fizer parte da convenção, não se incorporarão ao nosso direito.

b) Correto. É o que diz o § 2º do Art. 5º da CF-88, vejamos: “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”.

c) Correto. Veja que a questão fala que não serão de nível hierárquico de norma constitucional. Para que tais direitos sejam elevados à status constitucional é necessário o quórum de aprovação de emenda à Constituição, aprovada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros

d) Correto, este é o teor do art. 5º, § 3º.

e) Correto. Este é o entendimento atual do Supremo, que decidiu os tratados sobre direitos humanos, ainda que não aprovados pelo rito das emendas constitucionais, se versarem sobre direitos humanos, o atual entendimento da corte é que tais tratados teriam status de “supralegalidade”, podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. É assim, por exemplo, que vigora em nosso ordenamento o "Pacto de San Jose da Costa Rica" status acima das leis e abaixo da Constituição.

Gabarito: Letra A.

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91. (ESAF/ATRFB/2009) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em turno único, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

Comentários:

Para que sejam equivalentes às emendas constitucionais, eles precisam de dois turnos, ou seja, o mesmo rito que se exige de uma emenda constitucional. (CF, art. 5°, § 3°)

Gabarito: Errado.

92. (ESAF/ANA/2009) Relativo ao tratamento dado pela jurisprudência que atualmente prevalece no STF, ao interpretar a Constituição Federal, relativa aos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil: A legislação infraconstitucional anterior ou posterior ao ato de ratificação que com eles seja conflitante é inaplicável, tendo em vista o status normativo supralegal dos tratados internacionais sobre direitos humanos subscritos pelo Brasil.

Comentários:

Na jurisprudência do STF, o tratado sobre direitos humanos que não foi votado pelo rito de emenda constitucional possui status supralegal (superior às leis e inferior à Constituição), revogando as leis anteriores e devendo ser observado pelas leis futuras.

Gabarito: Correto.

93. (ESAF/PFN/2004) O Pacto de San José, tratado que entrou em vigor no Brasil depois do advento da Constituição de 1988, revogou o dispositivo constitucional que admitia a prisão civil do depositário infiel.

Comentários:

Segundo o STF, os tratados internacionais, em regra, se equivalem à Lei Ordinária, não podendo alterar a Constituição, salvo se versarem sobre direitos humanos e forem votados pelo rito de uma EC ‘s conforme dispõe o art. 5º §3º.

Perceba que a questão é de 2004. Em um julgado de 2008, o STF conferiu status de supralegalidade ao referido tratado (Pacto de San Jose), tal fato, porém, não modificaria a resposta dada a questão, já que o pacto não foi considerado como Emenda Constitucional.

Gabarito: Errado.

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94. (FUNIVERSA/Técnico Administrativo - SEJUS-DF/2010 - Adaptada) Acerca dos direitos humanos previstos na Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

(A) A proteção aos direitos humanos não é expressamente prevista na Constituição Federal, motivo pelo qual se faz necessária a adesão do Brasil a tratados e a convenções internacionais sobre direitos humanos, tal como a Convenção Americana sobre Direitos Humanos ― Pacto de San José da Costa Rica, de 1969.

(B) Os tratados internacionais que versam sobre direitos humanos podem ingressar no ordenamento jurídico brasileiro com hierarquia de lei ordinária.

(C) Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados no Senado Federal em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, têm status de emenda constitucional.

(D) De acordo com o direito constitucional brasileiro, as normas relacionadas aos direitos humanos não têm aplicação imediata, necessitando de regulamentação por parte do legislador comum.

Comentários:

Letra A - Errado. A Constituição faz proteção expressa os direitos humanos.

Letra B - Essa foi a alternativa dada como correta pela banca. Não é pacífico se os tratados internacionais sobre direitos humanos serão sempre supralegais, ou se serão supralegais somente aqueles anteriores à emenda 45/04. A banca entendeu que somente os anteriores à EC 45 é que são supralegais, sendo os novos tratados de status constitucional ou ordinário, dependendo de qual o procedimento de internalização.

Letra C - A aprovação é no Congresso e não no Senado.

Letra D - Errado. Vimos que elas possuem aplicação imediata.

Gabarito: Letra B.

95. (FGV/Juiz - TJ-PA/2009) A Constituição da República Federativa do Brasil apresenta um extenso catálogo de direitos e garantias fundamentais, tanto individuais como coletivos, sendo que tais normas definidoras de direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata, por expressa previsão constitucional.

O texto constitucional também é claro ao prever que direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos

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tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Por ocasião da promulgação da Emenda Constitucional de nº 45, em 2004, a Constituição passou a contar com um § 3º, em seu artigo 5º, que apresenta a seguinte redação: “Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Logo após a promulgação da Constituição, em 1988, o Brasil ratificou diversos tratados internacionais de direitos humanos, dentre os quais se destaca a Convenção Americana de Direitos Humanos, também chamada de Pacto de San José da Costa Rica (tratado que foi internalizado no ordenamento jurídico brasileiro pelo Decreto nº 678/1992), sendo certo que sua aprovação não observou o quorum qualificado atualmente previsto pelo art. 5º, § 3º, da Constituição (mesmo porque tal previsão legal sequer existia).

Tendo como objeto a Convenção Americana de Direitos Humanos, segundo a recente orientação do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta sobre o Status Jurídico de suas disposições.

(A) Status de Lei Ordinária.

(B) Status de Lei Complementar.

(C) Status de Lei Delegada.

(D) Status de Norma Supralegal.

(E) Status de Norma Constitucional.

Comentários:

A questão contou uma história longa, longa, longa, apenas para tentar extrair se o candidato sabia da nova posição do STF em considerar os tratados e convenções internacionais sobre Direitos Humanos assinados antes da EC 45/04 como normas supralegais. Assim, temos que nos lembrar dos 3 possíveis status que um tratado internacional pode assumir:

1- Regra: Status de lei ordinária. Caso seja um tratado que não verse sobre direitos humanos.

2- Exceção 1: Status Supralegal. Caso seja um tratado sobre direitos humanos não votado pelo rito de emendas constitucionais, mas pelo rito ordinário;

3- Exceção 2: Status constitucional. Caso seja um tratado sobre direitos humanos votado pelo rito de emendas constitucionais (3/5

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dos votos, em 2 turnos de votação em cada Casa). Essa possibilidade só passou a existir com a EC 45/04.

Gabarito: letra D.

96. (FGV/Fiscal - SEFAZ-RJ/2010.1) Em relação aos direitos e garantias fundamentais expressos da Constituição Federal, analise as afirmativas a seguir:

I. os direitos e garantias expressos na Constituição Federal constituem um rol taxativo.

II. todos os tratados e convenções internacionais de direitos humanos internalizados após a EC-45/2004 serão equivalentes às emendas constitucionais.

III. as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

Assinale:

a) se somente a afirmativa II estiver correta.

b) se somente a afirmativa III estiver correta.

c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

I – Errado. Não se trata de um rol taxativo, mas sim de uma relação aberta, devido ao seguinte dispositivo:

Art. 5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

II – Errado. Eles terão esse status somente se seguirem o mesmo rito de aprovação das emendas constitucionais, qual seja, serem aprovados por 3/5 dos membros em 2 turnos, em cada Casa do Congresso Nacional.

III – Correto. Literalidade do art. 5º §1º da Constituição.

Gabarito: Letra B.

Tribunal Penal Internacional:

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela EC 45/04)

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Outra inovação da EC 45/04. Esse dispositivo tem sido cobrado apenas literalmente nos concursos, independente do nível.

97. (FCC/Analista - TJ-PI/2009) O Brasil se submete à jurisdição do Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

Comentários:

Isso aí. Literalidade do art. 5º §4º da Constituição.

Gabarito: Correto

98. (CESPE/Técnico-TRT 17ª/2009) O Brasil se submeterá à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar adesão.

Comentários:

Literalidade do art. 5º §4º da Constituição. Essa foi uma inovação trazida pela EC 45/04.

Gabarito: Correto.

99. (CESPE/Técnico-TJ-TJ/2008) A submissão do Brasil ao Tribunal Penal Internacional depende da regulamentação por meio de lei complementar.

Comentários:

Não há necessidade de lei complementar.

Gabarito: Errado.

100. (ESAF/AFRFB/2009) Nos termos da Constituição Federal de 1988, o Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Constitucional Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

Comentários:

A submissão é ao tribunal penal internacional a cuja criação tenha manifestado adesão, e não ao tribunal constitucional internacional (CF, art. 5º §4º).

Gabarito: Errado.

Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:

Esses direitos estão presentes no art. 5º da Constituição Federal.

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A Constituição dá o nome de "Direitos e Deveres", porém, não há "deveres individuais" propriamente ditos expressos no texto, os deveres são, na verdade, o de respeitar o direito do outro.

Também não há segregação expressa daqueles que seriam direitos individuais e os que seriam direitos coletivos.

Os direitos individuais são uma cláusula pétrea de nossa Constituição (CF, art. 60 §4º) – isso quer dizer que não podem ser abolidos ou ter a sua eficácia reduzida por

uma emenda constitucional. Eles são “de pedra”, permanentes, uma modificação poderá fortalecê-los, mas nunca enfraquecê-los.

Sabemos que a relação não é exaustiva, pois por força do § 2º do art. 5º, não se excluem outros direitos decorrentes dos regimes e princípios adotados pela Constituição ou decorrentes de tratados internacionais em que o Brasil seja parte. Assim, existem diversos outros direitos individuais e coletivos também protegidos como cláusula pétrea, espalhados ao longo do texto constitucional, como, por exemplo, as limitações ao poder de tributar do art. 150.

101. (CESPE/Agente-Hemobrás/2008) Dos direitos fundamentais, apenas os direitos e garantias individuais podem ser considerados como cláusulas pétreas.

Comentários:

Não existe exata delimitação das cláusulas pétreas formadas pelos direitos e garantias fundamentais. Alguns autores defendem que os direitos sociais também seriam cláusulas pétreas, outros defendem que não. Nos afastando desta polêmica, a questão se resolve pelo fato de o voto direto, secreto, universal e periódico também ser um direito fundamental (CF, art. 14) e também ser uma cláusula pétrea, que segundo o art. 60 §4º, são:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

Gabarito: Errado.

102. (CESPE/AJAA-STF/2008) Todos os direitos e garantias fundamentais previstos na CF foram inseridos no rol das cláusulas pétreas.

Comentários:

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Dentre os direitos e garantias fundamentais, a CF só previu como cláusula pétrea os direitos e garantias individuais e o voto com as suas características de ser "direto, secreto, universal e periódico".

Gabarito: Errado.

Caput do art. 5º:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Doutrina:

Segundo o prof. Manuel Gonçalves Ferreira Filho, o critério usado para classificar os direitos do art. 5º (direitos e deveres individuais e coletivos) foi o critério do objeto imediato do direito assegurado4. Isso quer dizer que eles foram divididos em 5 “objetos imediatos”: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Assim, os diversos incisos presentes no art. 5º são usados para definir direitos e garantias que, não obstante tenham um fim traçado na norma, possuem como “objeto imediato” o alcance do direito à vida, da liberdade, da igualdade, da segurança ou da propriedade.

Podemos assim agrupar cada um dos incisos de acordo com o seu objeto imediato. Ex.:

Direitos cujo objeto imediato é a “liberdade” - Direito de locomoção (CF, art. 5º, XV e LXVIII), Liberdade de pensamento e religião (CF, art. 5º, IV, VI, VII, VIII, IX), liberdade de reunião (CF, art. 5º, XVI), etc.

Jurisprudência:

- Segundo o Supremo, as pesquisas com células-tronco embrionárias não violam o direito à vida ou o princípio da dignidade da pessoa humana5.

- No mesmo julgado, que se referia proteção do direito à vida, e a constitucionalidade da lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005), o STF entendeu que a Constituição Federal, quando se refere à “dignidade da pessoa humana” e à proteção dos direitos e garantias individuais não se estaria se referindo a todo e qualquer estágio da vida 4 Manuel Gonçalves Ferreira Filho apud José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo (33ª Ed.), pg. 194. 5 ADI 3.510, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28 e 29-5-08, Plenário, Informativo 508

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humana, mas da vida que já é própria de uma concreta pessoa, porque nativiva, e que a inviolabilidade de que trata o art. 5º diria respeito exclusivamente a um indivíduo já personalizado6.

103. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT-19/2011) A Constituição Federal, ao classificar os direitos enunciados no artigo 5º, quando assegura a inviolabilidade do direito à vida, à dignidade, à liberdade, à segurança e à propriedade, adota o critério do

a) perigo subjetivo do direito assegurado.

b) objeto imediato do direito assegurado.

c) alcance relativo do direito assegurado.

d) plano mediato do direito assegurado.

e) alcance subjetivo do direito assegurado.

Comentário:

O critério foi o do objeto imediato do direito assegurado.

Eles foram divididos em 5 “objetos imediatos”: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Assim, os diversos incisos presentes no art. 5º são usados para definir direitos e garantias que, não obstante tenham um fim traçado na norma, possuem como “objeto imediato” o alcance do direito à vida, da liberdade, da igualdade, da segurança ou da propriedade.

Gabarito: Letra B.

Extensão da expressão “residentes País” do art. 5º:

Embora a literalidade do caput expresse o termo “residente”, o STF promoveu uma mutação constitucional, ampliando o escopo desses direitos. O Supremo decidiu que deve ser entendido como todo estrangeiro que estiver em território brasileiro e sob as leis brasileiras, mesmo que em trânsito. Assim o estrangeiro em trânsito estará amparado pelos direitos individuais, e poderá inclusive fazer uso de “remédios constitucionais” como habeas corpus e mandado de segurança. Ressalva-se que o estrangeiro não poderá fazer uso de todos os direitos, pois alguns são privativos de brasileiros como, por exemplo, o uso da ação popular.

Vale dizer que esta extensão não deve ser entendida como apenas aos direitos individuais, mas todos os direitos fundamentais, na medida em que forem possíveis de serem aplicados.

6 ADI 3.510, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28 e 29-5-08, Plenário, Informativo 508

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104. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade são garantias previstas na Constituição Federal:

a) aos brasileiros, não estendidas às pessoas jurídicas.

b) aos brasileiros natos, apenas.

c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residência fixa no País.

d) aos brasileiros, natos ou naturalizados.

e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.

Comentários:

A resposta dada foi a letra “E”, mas atenção: esses direitos são assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob leis brasileiros, pessoas físicas e, em alguns casos, pessoas jurídicas. O estrangeiro também não precisa ter residência fixa, basta estar sob as leis brasileiras.

Gabarito: Letra E.

105. (FCC/Procurador Pref. Santos/2005) Conforme previsto na Constituição Federal de 1988, os direitos e garantias fundamentais são:

a) garantidos apenas aos brasileiros, em face do princípio da soberania nacional.

b) definidos por normas de aplicação imediata.

c) enunciados em rol fechado e taxativo, dado seu caráter de cláusula pétrea.

d) alteráveis apenas por emendas à Constituição, decorrentes de iniciativa popular.

e) revogáveis apenas sob intervenção federal.

Comentários:

Letra A - Errado. São assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob leis brasileiras.

Letra B - Correto. Colocou o que a Constituição expressamente diz em seu art. 5º, §4º: as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

Letra C - Errado. Trata-se de um rol aberto, exemplificativo.

Letra D - Errado. As emendas à Constituição não podem ser propostas por iniciativa popular, esta se restringe a propor projetos de leis ordinárias e complementares. Importante salientar também,

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que o art. 5º da Constituição é uma cláusula pétrea (não pode ser abolido ou ter o seu escopo reduzido por emendas constitucionais), tal proteção não abrange os demais direitos fundamentais.

Letra E - Alternativa sem pé nem cabeça.

Gabarito: Letra B.

106. (FCC/Defensor Público - MA/2009) O jurista espanhol Antonio Perez Luño define os direitos fundamentais como um conjunto de faculdades e instituições que, em cada momento histórico, concretizam as exigências da dignidade, igualdade e liberdade humanas, devendo obrigatoriamente ser reconhecidos no ordenamento jurídico positivo e por este garantidos, em âmbito internacional e nacional, gozando no ordenamento nacional de tutela reforçada em face dos poderes constituídos do Estado

(Los derechos fundamentales. 5. ed. Madrid: Tecnos, 1993, p. 46-47, tradução livre).

No ordenamento brasileiro, a tutela reforçada a que se refere o autor

a) não encontra previsão em nível constitucional.

b) decorre do princípio internacional do pacta sunt servanda.

c) não pode ser imposta ao poder constituinte derivado.

d) é considerada um desdobramento da aplicabilidade imediata e eficácia limitada das normas definidoras de direitos fundamentais previstas na Constituição.

e) decorre da impossibilidade de o Congresso Nacional deliberar sobre proposta de emenda à Constituição tendente a abolir os direitos fundamentais.

Comentários:

Para resolver essa questão é importante observar a frase como um todo: "gozando no ordenamento nacional de tutela reforçada em face dos poderes constituídos do Estado" (ou seja, em face do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário). Ele está se referindo ao fato de os poderes não conseguirem abolir ou reduzir o alcance dos direitos individuais, já que são cláusulas pétreas. A questão deslizou, já que não são os direitos fundamentais que são cláusulas pétreas, mas somente os direitos e garantias individuais.

Gabarito: Letra E.

107. (CESPE/ANAC/2009) Os direitos fundamentais não são assegurados ao estrangeiro em trânsito no território nacional.

Comentários:

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O estrangeiro, ainda que em trânsito, fará jus à proteção dos direitos fundamentais.

Gabarito: Errado.

108. (CESPE/ANAC/2009) A CF assegura a validade e o gozo dos direitos fundamentais, dentro do território brasileiro, ao estrangeiro em trânsito, que possui, igualmente, acesso às ações, como o mandado de segurança e demais remédios constitucionais.

Comentários:

Item anulado. Preliminarmente foi considerada correta. A questão cometeu um pequeno deslize, que acarretou sua anulação: o termo "demais remédios constitucionais". Ao empregar este termo, acabou incluindo o estrangeiro como titular do direito de impetrar ação popular, e veremos que isso está errado, já que somente o cidadão brasileiro é que poderá fazer uso de tal remédio. Se fosse usado o termo "outros remédios" e não "demais remédios", o que dá a idéia de "todos os outros", a questão estaria correta.

Gabarito: Anulado.

109. (CESPE/TRT-17ª/2009) O estrangeiro sem domicílio no Brasil não tem legitimidade para impetrar habeas corpus, já que os direitos e as garantias fundamentais são dirigidos aos brasileiros e aos estrangeiros aqui residentes.

Comentários:

Segundo o STF, até mesmo o estrangeiro em trânsito tem legitimidade para impetrar remédios como habeas corpus, habeas data e mandado de segurança. Desta forma, faz-se uma interpretação expansiva do caput do art. 5º da CF.

Gabarito: Errado.

110. (CESPE/DPE-ES/2009) Considere que o estrangeiro Paul, estando de passagem pelo Brasil, tenha sido preso e pretenda ingressar com habeas corpus, visando questionar a legalidade da sua prisão. Nesse caso, conforme precedente do STF, mesmo sendo estrangeiro não residente no Brasil, Paul poderá valer-se dessa garantia constitucional.

Comentários:

Segundo a jurisprudência do STF, o estrangeiro que estiver sob as leis brasileiras faz jus aos mesmos direitos e garantias assegurados aos brasileiros, exceção se faz somente àqueles direitos privativos de brasileiros (voto, ação popular e etc.).

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Gabarito: Correto.

111. (CESPE/AJAJ-STF/2008) Tendo em vista que o habeas corpus é uma garantia constitucional dos brasileiros e dos estrangeiros residentes no Brasil, não cabe esse remédio constitucional contra a decisão que ordena a prisão do extraditando.

Comentários:

Segundo a jurisprudência do Supremo, qualquer pessoa que estiver sob as leis brasileiras pode fazer jus das garantias constitucionais, entre elas o habeas corpus.

Gabarito: Errado.

112. (ESAF/AFC-CGU/2012) A Constituição assegura aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, em igualdade de condições, os direitos e garantias individuais tais como: a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, mas aos estrangeiros não se estende os direitos sociais destinados aos brasileiros.

Comentários:

Segundo o STF, o estrangeiro, que estiver sob as leis brasileiras, ainda que em mero trânsito pelo país, teria os mesmos direitos, garantias e deveres individuais que os brasileiros possuem, salvo aqueles direitos que a Constituição reserva somente a brasileiros, como o caso da impetração de ação popular, e esta extensão não deve ser entendida como apenas aos direitos individuais, mas todos os direitos fundamentais, na medida em que forem possíveis de serem aplicados.

Assim, erra a questão ao dizer que os direitos sociais não podem ser aplicados aos estrangeiros.

Gabarito: Errado.

113. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) A Constituição Federal garante a inviolabilidade dos direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, além de outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Os direitos configurados nos incisos do art. 5 da Constituição não são, em verdade, concretização e desdobramento dos direitos genericamente previstos no caput.

Comentários:

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O caput do art. 5º traz os 5 direitos individuais básicos: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Estes direitos se desdobram em diversos outros ao longo dos diversos incisos do art. 5º. Por ex.: O direito à propriedade se desdobra no direito de propriedade industrial, direitos autorais, inviolabilidade de domicílio, não-desapropriação, salvo nos casos previstos no texto constitucional e etc.

Gabarito: Errado.

114. (ESAF/ATRFB/2009) O direito fundamental à vida, por ser mais importante que os outros direitos fundamentais, tem caráter absoluto, não se admitindo qualquer restrição.

Comentários:

Não existem quaisquer direitos fundamentais absolutos, todos são relativos, inclusive o direito à vida. Não há também o que se falar em qualquer hierarquia entre eles. Não há hierarquia entre princípios constitucionais, nem entre quaisquer das normas constitucionais.

Gabarito: Errado.

115. (ESAF/ATRFB/2009) Apesar de o art. 5°, caput, da Constituição Federal de 1988 fazer menção apenas aos brasileiros e aos estrangeiros residentes, pode-se afirmar que os estrangeiros não-residentes também podem invocar a proteção de direitos fundamentais.

Comentários:

Isso aí. Segundo o STF, o estrangeiro, que estiver sob as leis brasileiras, ainda que em mero trânsito pelo país, teria os mesmos direitos, garantias e deveres individuais que os brasileiros possuem, salvo aqueles direitos que a Constituição reserva somente a brasileiros, como o caso da impetração de ação popular.

Gabarito: Correto.

116. (ESAF/Analista Jur. - SEFAZ-CE/2007) Os dispositivos relativos aos direitos e garantias individuais, por se constituírem cláusulas pétreas, não podem sofrer modificações que lhe alterem a substância. Mesmo status não foi conferido aos direitos sociais, que podem ser objeto de emenda à Constituição, tendente à sua abolição.

Comentários:

O erro foi dizer que "não podem sofrer modificações que lhe alterem a substância". A proteção dos direitos individuais como cláusulas

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pétreas protege apenas a abolição ou redução dos direitos. Nada impede porém que eles sejam ampliados ou fortalecidos.

Gabarito: Errado.

117. (ESAF/Analista Jur. - SEFAZ-CE/2007) A Constituição Federal de 1988 garante apenas aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à propriedade. Nesse sentido, a autoridade policial poderá determinar o ingresso em imóvel de estrangeiro, que não resida do País, sem que sejam observadas as limitações constitucionais.

Comentários:

Está errado, pois o estrangeiro, embora não tenha residência fixa no país, está albergado pelos direitos fundamentais. Isso devido a mutação constitucional promovida pelo STF ampliando a abrangência do caput do art. 5º.

Gabarito: Errado.

118. (FGV/Analista - SAD - PE/2009 - Adaptada) A Constituição assegura os mesmos direitos e garantias individuais aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, nos termos do art. 5º da Constituição Federal.

Comentários:

Isso aí. Literalidade do art. 5º. Lembrando que os estrangeiros não precisam ser necessariamente residentes, já que o STF entende que tais direitos devem se estendidos a todos os estrangeiros que estiverem sob as leis brasileiras, ainda que em trânsito.

Gabarito: Correto.

Igualdade (ou Isonomia):

Art. 5º, I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

O caput também faz menção a este princípio, quando diz: todos são iguais perante a lei.

Este princípio pode ser entendido como: “a lei não pode fazer distinção, deve tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais na medida de suas desigualdades”. Desta forma, temos dois diferentes tipos de isonomia:

Isonomia formal Todos poderão igualmente buscar

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os direitos expressos na lei.

Isonomia material

É a igualdade real, vai além da igualdade formal. A busca da igualdade material acontece quando são tratadas desigualmente as pessoas que estejam em situações desiguais. Geralmente usada para favorecer alguns grupos que estejam em posição de desvantagem. Obviamente ela só será válida se for pautada em um motivo lógico e justificável. Ex. Destinação de vagas especiais para deficientes físicos em concursos públicos.

Discriminação Reversa - A isonomia material acaba gerando uma discussão sobre a chamada "discriminação reversa". Este tema foi muito debatido no caso de cotas raciais em faculdades públicas. A adoção do sistema de cotas iria, para alguns, gerar uma “discriminação reversa” na medida que uma ação estatal com objetivo de ajudar uma parcela da população a alcançar a isonomia material acabaria por gerar um preterimento de uma outra parcela, que seria, assim, prejudicada.

A doutrina também costuma diferenciar outras duas formas de isonomia (ambas comportadas pela Constituição):

Igualdade perante a lei

Com a lei já elaborada, esta igualdade direciona o aplicador da lei para que a aplique sem fazer distinções (isonomia formal).

Igualdade na lei

É o princípio que direciona o legislador a não fazer distinções entre as pessoas no momento de se elaborar uma lei.

Jurisprudência:

STF - Súmula nº 339 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos dos servidores públicos sob fundamento de isonomia.

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119. (FCC/Técnico- TRT 16ª/2009) Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.

Comentários:

É o princípio da igualdade (uma das facetas) que está disposto no art. 5º, II da Constituição: homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos da Constituição.

Gabarito: Correto.

120. (FCC/Procurador-BACEN/2006) O princípio da isonomia deflui, em termos conceituais, de um dos fundamentos constitucionalmente expressos da República Federativa do Brasil e que é a:

a) soberania.

b) publicidade.

c) dignidade da pessoa humana.

d) livre iniciativa.

e) não-intervenção.

Comentários:

São os fundamentos da república federativa do Brasil: Soberania - Cidadania - Dignidade da Pessoa Humana - Valores sociais do trabalho e da livre Iniciativa - Pluralismo político.

O princípio da igualdade entre as pessoas (isonomia) decorre claramente da Dignidade da Pessoa Humana.

Gabarito: Letra C.

121. (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) Tendo em vista o princípio da isonomia como um dos direitos fundamentais, observe as afirmações sobre o princípio da igualdade:

I. por sua natureza, veda sempre o tratamento discriminativo entre indivíduos, mesmo quando há razoabilidade para a discriminação.

II. vincula os aplicadores da lei, face à igualdade perante a lei, entretanto não vincula o legislador, no momento de elaboração da lei.

III. estabelece que se deve tratar de maneira igual os que se encontram em situação equivalente e de maneira desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades.

IV. não há falar em ofensa a esse princípio se a discriminação é admitida na própria Constituição.

Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I e III.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

Comentários:

I- Errado. Pode haver tratamento desiguais entre desiguais para que haja uma busca da igualdade material.

II - Errado. Vimos que a igualdade perante a lei comporta os dois sentidos: a igualdade perante a lei, propriamente dita (direcionando o aplicador) e a igualdade na lei (direcionando o legislador ao elaborar a norma).

III - Isso aí. Esse é o verdadeiro significado da isonomia.

IV - Correto. O Poder Constituinte Originário é ilimitado, logo, se é a própria Constituição que está admitindo a discriminação, não há o que se falar em ofensa à isonomia.

Gabarito: Letra E.

122. (CESPE/Analista-EBC/2011) O Poder Judiciário não pode, sob a alegação do direito a isonomia, estender a determinada categoria de servidores públicos vantagens concedidas a outras por lei.

Comentários:

É pacífico na jurisprudência do Supremo a impossibilidade do Poder Judiciário atuar como legislador positivo, ou seja, basear-se na isonomia para estender a categorias não contempladas benefícios que deveriam ser veiculados por lei. Assim, nos termos da Súmula 339 do STF - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos dos servidores públicos sob fundamento de isonomia.

Gabarito: Correto.

123. (CESPE/MMA/2009) No constitucionalismo, a existência de discriminações positivas é capaz de igualar materialmente os desiguais.

Comentários:

A questão está correta, já que se referiu a existência de discriminações com o intuito de se alcançar a isonomia no aspecto material.

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Gabarito: Correto.

124. (Adaptação - ESAF/Procurador Bacen/2002 e CESPE/Juiz do Trabalho Substituto TRT 5ª/2006) Assinale a opção correta.

a) A Constituição em vigor assegura o princípio da igualdade perante a lei e o da igualdade na lei, mas não adotou o princípio da igualdade real ou material.

b) A adoção entre nós do princípio da igualdade na lei torna inconstitucional todo diploma normativo que institua caso de discriminação reversa.

c) O princípio da igualdade é dirigido apenas ao aplicador da lei, não vinculando o legislador.

d) Tratamento diferenciado instituído pelo legislador deve ter por base motivo que justifique lógica e racionalmente a existência de um vínculo entre o fator de discrímen e a desequiparação procedida.

e) O princípio da isonomia deve ser considerado, em sua função de impedir discriminações e de extinguir privilégios, sob duplo aspecto: o da igualdade na lei e o da igualdade perante a lei. A igualdade perante a lei opera em uma fase de generalidade puramente abstrata e a igualdade na lei, pressupõe a lei já elaborada e traduz imposição destinada aos demais poderes estatais, para que, na aplicação da norma legal, não a subordinem a critérios que ensejem tratamento seletivo ou discriminatório.

Comentários:

Letra A - Errado. A igualdade perante a lei, expressa na Constituição, comporta os dois sentidos: a igualdade perante a lei, propriamente dita (direcionando o aplicador) e a igualdade na lei (direcionando o legislador ao elaborar a norma). Também comporta igualmente a isonomia formal e a material (real), na medida que deve ser entendida como "tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais na medida de suas desigualdades".

Letra B - Errada. A discriminação reversa é uma consequência de alguns atos que tentam buscar a isonomia material. Não se pode falar que TODO ato que promova uma discriminação reversa será inconstitucional, depende da análise do caso concreto para saber se é justificável.

Letra C - Errada. A igualdade em nosso ordenamento jurídico comporta os dois sentidos: : a igualdade perante a lei (direcionando o aplicador) e a igualdade na lei (direcionando o legislador ao elaborar a norma).

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Letra D - Correta.

Letra E - Errada. É o inverso, a igualdade na lei se dirige à elaboração, enquanto a igualdade perante a lei se dirige à aplicação.

Gabarito: Letra D.

125. (CESPE/Analista-SEGER-ES/2009) A existência de lei prevendo tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no Brasil só é admissível em razão de previsão constitucional expressa nesse sentido. Caso esse dispositivo fosse retirado da CF, qualquer lei que favorecesse as empresas de pequeno porte afrontaria o princípio da isonomia.

Comentários:

Na Constituição, está previsto no art. 170, IX, expressamente como um princípio da ordem econômica: o tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Caso essa norma constitucional fosse retirada, e uma lei previsse um tratamento favorecido a uma empresa de pequeno porte, essa lei seria inconstitucional?

Não seria não, pois poderia estar se buscando uma isonomia material - tratar desigualmente os desiguais.

Gabarito: Errado.

126. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos da CF, não podendo a lei criar qualquer forma de distinção.

Comentários:

Poderá ocorrer tratamento diferenciado para que se possa alcançar a chamada isonomia material, ou seja, tratar de forma desigual os desiguais para que possamos reduzir as desigualdades, no caso entre o homem e a mulher.

Gabarito: Errado.

127. (CESPE/AJEM-TJDFT/2008) Se uma empresa francesa, estabelecida no Brasil, conferir vantagens aos seus empregados franceses, diferentes e mais benéficas que as vantagens concedidas aos empregados brasileiros. Nessa situação, configurar-se-á ofensa ao princípio da igualdade, pois a diferenciação, no caso, baseia-se no atributo da nacionalidade.

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Comentários:

Ofenderia a isonomia, pois qualquer discriminação tem que ser justificável, e ser usada para igualar os desiguais. Não se pode dizer que uma pessoa está em posição superior ou inferior a outra só por critério de nacionalidade.

Gabarito: Correto.

128. (CESPE/Juiz Sustituto - TJ-PI/2007) O concurso público que estabelece como título o mero exercício de função pública não viola o princípio da isonomia.

Comentários:

Trata-se de um jurisprudência do STF firmada em 2005, no julgamento da ADI 3443 / MA - MARANHÃO: "Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como título o mero exercício de função pública".

Gabarito: Errado.

129. (ESAF/Técnico Receita Federal - TI/2006) A doutrina e a jurisprudência reconhecem que a igualdade de homens e mulheres em direitos e obrigações, prevista no texto constitucional brasileiro, é absoluta, não admitindo exceções destinadas a compensar juridicamente os desníveis materiais existentes ou atendimento de questões socioculturais.

Comentários:

No caso de busca de nivelamento de desigualdade (isonomia material), não há qualquer violação ao princípio.

Gabarito: Errado.

130. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) A Constituição veda todo tratamento diferenciado entre brasileiros que tome como critério o sexo, a etnia ou a idade dos indivíduos.

Comentários:

Poderá ocorrer tratamento diferenciado para que se possa alcançar a chamada isonomia material, ou seja, tratar de forma desigual os desiguais para que possamos reduzir as desigualdades.

Gabarito: Errado.

131. (FUNRIO/SEJUS-RO/2008) Homens e mulheres são iguais somente em direitos, nos termos desta Constituição.

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Comentários:

São iguais em direitos e obrigações.

Gabarito: Errado.

132. (TRT 8ª/Juiz Substituto - TRT 8ª/2008) O princípio de que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, é a norma de garantia prevista no caput do artigo 5° da CF. Seu conteúdo material admite a diferenciação entre os desiguais para aplicação da norma jurídica, pois é na busca da isonomia que se faz necessário tratamento diferenciado, em decorrência de situações que exigem tratamento distinto, como forma de realização da igualdade. Assim, é constitucionalmente possível o estabelecimento pontual de critério de promoção diferenciada para homens e mulheres.

Comentários:

O erro foi em dizer "é constitucionalmente possível o estabelecimento pontual de critério de promoção diferenciada para homens e mulheres", pois a diferença de sexo não é justificável para embasar tal discriminação.

Gabarito: Errado.

133. (IPAD/Advogado COMPESA/2006) Ofende o princípio da igualdade o regulamento de concurso público que, destinado a preencher cargos de vários órgãos da Justiça Federal, sediados em locais diversos, determina que a classificação se faça por unidade da Federação, pois daí resultará que um candidato possa ser classificado, em uma delas, com nota inferior ao que, em outra, não alcance a classificação respectiva.

Comentários:

Essa questão de 2006 foi quase literal de um antigo julgado do STF (1995), mas que pode ser considerado atualmente.

O STF assim julgou no RE 146585/DF: Não ofende o princípio da igualdade o regulamento de concurso público que, destinado a preencher cargos de vários órgãos da Justiça Federal, sediados em locais diversos, determina que a classificação se faça por unidade da Federação, ainda que dai resulte que um candidato se possa classificar, em uma delas, com nota inferior ao que, em outra, não alcance a classificação respectiva

Gabarito: Errado.

Liberdade (legalidade na visão do cidadão):

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Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Doutrinariamente, chama-se de "liberdade" (uma de suas faces) o princípio que está expresso no art. 5º, II, já que somente a lei (legítima) pode obrigar que alguém faça ou deixe de fazer algo contra sua vontade.

Este princípio também é conhecido como a faceta da legalidade para o cidadão, isso porque a legalidade pode ser entendida de 2 formas:

• Para o cidadão - O particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíba;

• Para o administrador público - O administrador público só pode fazer aquilo que a lei autorize ou permita.

Doutrina:

Cabe-nos agora, expor uma outra discussão doutrinária relevante para concursos: a diferenciação dos termos "legalidade" e "reserva legal" (reserva de lei). Embora, não seja pacífico tal distinção, muitos juristas (inclusive o próprio STF7) consideram importante diferenciar tais institutos:

1- Reserva legal - É um termo mais específico. Ocorre quando a Constituição estabelece um comando, mas faz uma "reserva" para que uma lei (necessariamente uma lei formal - emanada pelo Poder Legislativo - ou então, uma lei delegada ou medida provisória) estabeleça algumas situações. Ex. Art. 5º, XIII – É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Veja que a Constituição garantiu uma liberdade, porém, reservou à lei, e somente à lei (formal), a possibilidade de estabelecer restrições à norma. Esta reserva feita à lei, pode ocorrer de duas formas:

• Reserva legal absoluta - Quando será a própria lei que irá atender o mandamento. Ex. Os casos constitucionais que venham com as expressões "a lei estabelecerá", "a lei regulará", " a lei disporá"... veja que é a própria lei, diretamente, que atenderá o comando constitucional;

• Reserva legal relativa - Quando não é a lei que irá, diretamente, atender ao comando constitucional, mas estabelecerá os limites, ou os termos, dentro dos quais um ato infralegal irá atuar. Ex. Os casos constitucionais que venham com as expressões "nos termos da lei", "na forma da lei", "nos limites estabelecidos pela lei"... veja que não será a lei que

7 HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 13-2-2009.

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atenderá ao comando, porém, esta estará traçando os limites para tal.

2- Legalidade - É um termo mais genérico, também conhecido como "reserva da norma". Grosso modo, a legalidade (reserva de norma) pode ser atendida tanto com o uso de leis formais, quanto pelo uso de atos infralegais emanados nos limites da lei. Legalidade, então, seria simplesmente "andar dentro dos limites traçados pelo Legislador". Seja com o uso direto de uma lei, seja o uso de um ato, nos limites da lei, ambos conseguiriam perfeitamente cumprir o comando da "legalidade".

Jurisprudência:

Em julgado de 2008, o STF citou o fato de que a legalidade expressa no art. 5º, II da Constituição seria meramente uma "reserva de norma", ou seja, uma legalidade ampla e não uma reserva de lei (formal) em sentido estrito8. Assim, tal dispositivo poderia ser cumprido através de uma lei formal, e também por outros atos expressa ou implicitamente autorizados por ela.

134. (FCC/Procurador - Recife/2008) É garantia constitucional da liberdade a previsão segundo a qual:

a) é vedada a instituição de pena de privação ou restrição da liberdade.

b) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.

c) se proíbe a instituição da pena de morte, exceto na hipótese de guerra declarada, nos termos da Constituição.

d) a lei considerará crimes inafiançáveis e imprescritíveis a prática da tortura e o terrorismo.

e) não haverá prisão civil por dívida, exceto a do depositário infiel.

Comentários:

Questão direta. O examinador queria que o candidato desse como resposta a “definição para a garantia da liberdade”. A defininção de “garantia da liberdade” é: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.

Gabarito: Letra B

8 8 HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 13-2-

2009.

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135. (FCC/EPP/2004) "Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei." Por este princípio, art. 5o, II, da Constituição da República Federativa brasileira de 1988,

a) o destinatário da garantia só poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta ou daquela forma, por força de lei. Não havendo lei, este tem uma atuação livre, desvinculada.

b) o destinatário da garantia apenas poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta ou daquela forma por força de lei ordinária.

c) os poderes públicos têm toda sua atuação pautada pela vontade da lei, podendo a autoridade pública atuar fora dos trilhos legais.

d) o destinatário da garantia só poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta ou daquela forma, por força de lei elaborada pelo Poder Legislativo. Isto implica dizer que ele não está obrigado a obedecer medidas provisórias, posto serem elas atos normativos editados pelo chefe do Poder Executivo.

e) o destinatário da garantia só poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta ou daquela forma por força de lei complementar.

Comentários:

A correta é a letra A, já que expôs corretamente a legalidade na visão do cidadão, podendo fazer tudo aquilo que não seja vedado em lei.

A letra B errou porque restringiu a legalidade à lei ordinária e a letra E restringiu à lei complementar.

A letra C errou ao dizer a visão da legalidade pelo agente público, que é fazer somente o que a lei permite ou autoriza.

A letra D, por sua vez, excluiu a medida provisória e assim, ficou incorreta.

Gabarito: Letra A.

136. (CESPE/TFCE-TCU/2012) Quando se afirma que a regulamentação de determinadas matérias há de se fazer necessariamente por lei formal, há referência expressa ao princípio da legalidade lato sensu.

Comentários:

Quando se diz "necessariamente por lei formal" estamos falando sobre a legalidade em sentido "estrito" (stricto sensu) e não sobre a legalidade em sentido amplo (lato sensu), que seria atendida tanto com o uso de leis formais, quanto pelo uso de atos infralegais emanados nos limites da lei.

Gabarito: Errado.

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137. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O preceito constitucional que estabelece que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei veicula a noção genérica do princípio da legalidade.

Comentários:

Trata-se da norma do art. 5º, II, que traz o chamado princípio da liberdade, ou o princípio da legalidade na visão do cidadão. Este princípio é conhecido como a faceta da legalidade para o cidadão porque a legalidade pode ser entendida de 2 formas:

• Para o cidadão - O particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíba;

• Para o administrador público - O administrador público só pode fazer aquilo que a lei autorize ou permita.

Gabarito: Correto.

138. (ESAF/Auditor - Receita Federal/2001) Segundo o princípio da legalidade, tanto os poderes públicos como os particulares somente podem fazer o que a lei os autoriza.

Comentários:

As visões são diferentes, o particular pode fazer tudo, desde que a lei não proíba. Já o poder público tem que andar nos trilhos do que a lei já permitiu ou autorizou.

Gabarito: Errado.

139. (ESAF/Técnico - Receita Federal/2006) Com relação ao direito, a todos assegurado, de não ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei, o sentido do termo "lei" é restrito, não contemplando nenhuma outra espécie de ato normativo primário.

Comentários:

A questão citou no enunciado o teor do art. 5º, II da Constituição. Em julgado de 2008, o STF citou o fato de que a legalidade expressa neste art. 5º, II da Constituição seria meramente uma "reserva de norma", ou seja, uma legalidade ampla e não uma reserva de lei (formal) em sentido estrito9. Assim, tal dispositivo poderia ser cumprido através de uma lei formal, e também por outros atos expressa ou implicitamente autorizados por ela.

Gabarito: Errado.

9 9 HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 13-2-

2009.

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Nas palavras do Supremo: ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que emanada de autoridade judicial. É dever da cidadania opor-se à ordem

ilegal; caso contrário, nega-se o Estado de Direito10.

140. (CESPE/AJEM-TJDFT/2008) Ordens emanadas de autoridades judiciais, ainda que ilegais, devem ser cumpridas, sob pena de restar violado o estado de direito.

Comentários:

Trata-se do posicionamento do STF, em que somente a lei pode obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer algo.

Gabarito: Errado.

141. (ESAF/ANA/2009) Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, por isso que é dever de cidadania opor-se à ordem ilegal, ainda que emanada de autoridade judicial; caso contrário, nega-se o Estado de Direito.

Comentários:

Este é o pensamento do STF em cima do dispositivo Constitucional do art. 5º, II (ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei). Assim o Sumpremo decidiu: "Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que emanada de autoridade judicial. Mais: é dever de cidadania opor-se à ordem ilegal; caso contrário, nega-se o Estado de Direito." (HC 73.454, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 22-4-96, 2ª Turma, DJ de 7-6-96)

Gabarito: Correto.

142. (CESPE/AGU/2009) De acordo com o princípio da legalidade, apenas a lei decorrente da atuação exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos normativos prevendo comportamentos forçados, não havendo a possibilidade, para tanto, da participação normativa do Poder Executivo.

Comentários:

É admitido o uso de medidas provisórias (ato do Poder Executivo com força de lei), logo, está incorreta a questão.

Gabarito: Errado.

10

HC 73.454, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 22-4-96, 2ª Turma, DJ de 7-6-96

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143. (CESPE/AGU/2009) Segundo a doutrina, a aplicação do princípio da reserva legal absoluta é constatada quando a CF remete à lei formal apenas a fixação dos parâmetros de atuação para o órgão administrativo, permitindo que este promova a correspondente complementação por ato infralegal.

Comentários:

Neste caso, a reserva legal seria "relativa", pois não é a lei, diretamente, que atenderá ao comando constitucional.

Gabarito: Errado.

144. (ESAF/AFT/2003) Aplicado o princípio da reserva legal a uma determinada matéria constante do texto constitucional, a sua regulamentação só poderá ser feita por meio de lei em sentido formal, não sendo possível discipliná-la por meio de medida provisória ou lei delegada.

Comentários:

A reserva legal é cumprida pela lei ou ato com força de lei, assim, observa-se a reserva legal pelo uso de lei formal - emanada pelo Poder Legislativo - ou então, lei delegada ou medida provisória.

Gabarito: Errado.

145. (TJDFT/Juiz Substituto - TJDFT/2008) Com espeque no constitucionalismo de nossos dias, é correto afirmar que a reserva legal tem abrangência menor que o princípio da legalidade.

Comentários:

Exato, legalidade é termo mais genérico, mais amplo, enquanto a reserva legal, que significa a submissão a uma lei formal, é de sentido mais estrito.

Gabarito: Correto.

146. (MPT/Procurador do Trabalho/2004 - Adaptada) É correto afirmar-se que o princípio da reserva legal configura-se pela regulamentação de determinadas matérias necessariamente por lei formal.

Comentários:

Exatamente. É a reserva da "lei". Essa questão foi um pouco polêmica, pois não levou em consideração as exceções dos atos com força de lei (medida provisória e lei delegada), a banca usou exclusivamente o teor doutrinário que conceitua a reserva legal

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como sendo as “hipóteses em que a Constituição exige regulamentação necessariamente por lei formal”. Assim, a questão usou a regra, o “conceito geral”, e deu como correta a resposta.

Gabarito: Correto.

Desdobramento da dignidade da pessoa humana:

Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Súmula Vinculante nº 11 → Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

147. (FCC/AJAJ-TRE-PI/2002) A Constituição Federal prevê que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Esse dispositivo de proteção abrange

a) o racismo, somente se for praticado em concurso com a violência física.

b) apenas o sofrimento físico, único inerente à tortura.

c) tanto o sofrimento físico como o mental.

d) o sofrimento psíquico, apenas nos casos de discriminação religiosa.

e) a aplicação de castigo pessoal a alguém sob guarda, mesmo que não cause intenso sofrimento.

Comentários:

A interpretação do dispositivo é ampla, abrange tanto o aspecto físico quanto o psicológico.

Gabarito: Letra C.

148. (CESPE/AJAA-TJES/2011) O princípio da dignidade da pessoa humana possui um caráter absoluto, sendo um princípio primordial presente na Constituição Federal de 1988.

Comentários:

A dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental de nosso ordenamento. Este princípio, bem como qualquer outro direito fundamental previsto na Constituição não pode ser considerado absoluto. A característica da “relatividade” é inerente a eles, pois

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ainda que aparentem ser absolutos, eles poderão, diante de um caso concreto, colidir com outros direitos fundamentais, e assim serem relativizados.

Gabarito: Errado

149. (CESPE/DPE-AL/2009) Segundo entendimento do STF, é vedada a utilização de algemas, sob pena de ofensa ao princípio da dignidade da pessoa humana e do direito fundamental do cidadão de não ser submetido a tratamento desumano ou degradante.

Comentários:

Não é vedado o uso de algemas. Ele é lícito, porém, somente em casos justificáveis.

Gabarito: Errado.

150. (ESAF/ANA/2009 - Adaptada) O uso de algemas só é lícito em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada previamente a excepcionalidade por escrito.

Comentários:

Segundo a Súmula Vinculante de nº 11 (“Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”) precisa haver justificação por escrito para que se possa usar algemas em uma prisão, porém, esta justificação, obviamente, não precisa ser prévia, podendo ocorrer em momento posterior.

Gabarito: Errado.

151. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) O direito à incolumidade física expressa caso de direito fundamental absoluto. Comentários:

Não existe direito fundamental absoluto, pois todos podem ser ponderados no caso concreto.

Gabarito: Errado.

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152. (FUNRIO/SEJUS-RO/2008) Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante, salvo nos casos em que a lei permitir.

Comentários:

A Constituição não permite ressalvas, nem por lei.

Gabarito: Errado.

Manifestação do pensamento:

Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

Obviamente, a manifestação do pensamento não é absoluta, deve-se respeitar os outros princípios, como a intimidade, privacidade etc.

Segundo o STF, não é possível a utilização da denúncia anônima como ato formal de instauração do procedimento investigatório, quando isoladamente consideradas, já que as peças futuras não poderiam, em regra, ser incorporadas formalmente ao processo. Nada impede, porém, que o Poder Público seja provocado pela delação anônima e, com isso, adote medidas informais para que se apure a possível ocorrência da ilicitude penal11. E ratifica:não serve à persecução criminal notícia de prática criminosa sem identificação da autoria, consideradas a vedação constitucional do anonimato e a necessidade de haver parâmetros próprios à responsabilidade, nos campos cível e penal, de quem a implemente12.

153. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É livre a manifestação do pensamento, permitido o anonimato.

Comentários:

A Constituição veda o uso do anonimato através do disposto em seu art. 5º, IV.

Gabarito: Errado.

154. (CESPE/DPU - Agente Adm./2010) A CF prevê o direito à livre manifestação de pensamento, preservando também o anonimato. Comentários:

A Constituição não preserva o anonimato. Pelo contrário, o repudia (CF, art. 5º, IV).

11 Inq 1.957, Rel. Min.Carlos Velloso, voto do Min. Celso de Mello, julgamento em 11-5-05, Plenário, DJ de 11-11-05. 12 STF, o HC 84827 / TO , em 2007.

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Gabarito: Errado.

155. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Com fundamento no dispositivo constitucional que assegura a liberdade de manifestação de pensamento e veda o anonimato, o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que os escritos anônimos não podem justificar, por si só, desde que isoladamente considerados, a imediata instauração de procedimento investigatório.

Comentários:

Tipo de questão que o CESPE usa muito: jurisprudências recentes e relevantes. Segundo o STF, não é possível a utilização da denúncia anônima como ato formal de instauração do procedimento investigatório , quando isoladamente consideradas.

Gabarito: Correto.

156. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) Se indícios da prática de ilícito penal por determinada pessoa constarem de escritos anônimos, a peça apócrifa, por si só, em regra, não será suficiente para a instauração de procedimento investigatório, haja vista a vedação ao anonimato prevista na CF.

Comentários:

Apócrifo significa "origem desconhecida", "sem assinatura". Assim, não se pode usar escritos cuja origem incerta (anônima) para instaurar processo. Decidiu então o STF, em 2007, no HC 84827 / TO Não serve à persecução criminal notícia de prática criminosa sem identificação da autoria, consideradas a vedação constitucional do anonimato e a necessidade de haver parâmetros próprios à responsabilidade, nos campos cível e penal, de quem a implemente.

Gabarito: Correto.

157. (CESPE/Defensor - DPU/2010) Conforme entendimento do STF com base no princípio da vedação do anonimato, os escritos apócrifos não podem justificar, por si sós, desde que isoladamente considerados, a imediata instauração da persecutio criminis.

Comentários:

Apócrifo significa "origem desconhecida", "sem assinatura". Assim, não se pode usar escritos cuja origem incerta (anônima) para instaurar processo. Decidiu então o STF, em 2007, no HC 84827 / TO Não serve à persecução criminal notícia de prática criminosa sem identificação da autoria, consideradas a vedação constitucional do anonimato e a necessidade de haver parâmetros próprios à responsabilidade, nos campos cível e penal, de quem a implemente.

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Gabarito: Correto.

158. (CESPE/ TCE-AC/2009) No intuito de fomentar a segurança dos autores de denúncias de fatos ilícitos praticados no âmbito da administração, os tribunais de contas podem preservar o sigilo do informante.

Comentários:

Segundo o STF, não é possível a utilização da denúncia anônima como ato formal de instauração do procedimento investigatório, já que as que peças futuras não poderiam, em regra, ser incorporadas formalmente ao processo. Nada impede, porém, que o Poder Público seja provocado pela delação anônima e, com isso, adote medidas informais para que se apure a possível ocorrência da ilicitude.

Gabarito: Errado.

159. (CESPE/AJAA-STF/2008) É cabível o estabelecimento de restrições ao direito de liberdade de manifestação do pensamento para evitar lesão a um outro preceito fundamental.

Comentários:

Os direitos fundamentais devem ser harmonizados no caso concreto, sendo que um direito encontra seus limites no exercício de outros direitos e garantias.

Gabarito: Correto.

160. (ESAF/Advogado-IRB/2006) A liberdade de manifestação do pensamento, nos termos em que foi definida no texto constitucional, só sofre restrições em razão de eventual colisão com o direito à intimidade, vida privada, honra e imagem.

Comentários:

Está errado já que expressamente a Constituição (CF, art. 5º, IV) prevê outra limitação, quando veda o anonimato. Não podemos dizer o termo "só".

Gabarito: Errado.

Direito de resposta e inviolabilidade de honra, imagem e vida privada :

Art. 5º, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

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Pois é, vimos que todo mundo tem a liberdade de se manifestar... Obviamente essa liberdade não é absoluta e se abusar do direito, vem esse dispositivo aqui! O ofendido tem direitos de resposta, ainda podendo cumular uma forma tríplice de indenização pela ofensa: material, moral e imagem.

Isso porque temos o seguinte dispositivo:

Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Embora seja assegurado o direito de resposta, não se pode, nesta, violar a intimidade, a vida privada e a honra do

agressor. Exemplo: A mulher não pode vingar-se do namorado, que publicou fotos suas desrespeitosas na internet, fazendo o mesmo com as dele, alegando direito de resposta.

Princípio da exclusividade:

É de se destacar que a intimidade e a vida privada são regidas “princípio da exclusividade”. Isso significa que cada pessoa deve ter garantido o seu direito ao acesso de seus dados e a sua vida particular de forma exclusiva, sem que tenha ingerências externas ou tenha essa sua exclusividade devassada. Diante disso, decorrem aqueles diversos sigilos: bancário, fiscal, telefônico...

Honra x imagem:

Intimidade e vida privada são conceitos de fácil visualização. Porém, é necessário que façamos aqui uma distinção dos conceitos de honra e imagem, para fins dessa proteção:

• honra - aspecto interno, reputação do indivíduo, bom nome.

• Imagem - aspecto externo, exposição de sua figura.

Desta forma, vemos que honra e imagem são coisas dissociadas. No entendimento do STF, se alguém fizer uso indevido da imagem de alguém, a simples exposição desta imagem já gera o direito de indenizar, ainda que isso não tenha gerado nenhuma ofensa à sua reputação.

Ainda nos cabe diferenciar a questão dos danos:

Dano material - Quando existe ofensa, direta ou indireta (lucros cessantes), ao patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas.

Dano moral - Quando existe ofensa à algo interno, subjetivo. Conceito amplo que abrange ofensa à reputação de alguém, ou

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quando se refere ao fato de ter provocado violação ao lado emocional, psíquico, mental da pessoa.

Dano à imagem - Segundo o art. 20 do Código Civil, são aqueles que denigrem, através da exposição indevida, não autorizada ou reprovável, a imagem das pessoas físicas, ou seja , a publicação de seus escritos, a transmissão de sua palavra, ou a utilização não autorizada de sua imagem, bem como, a utilização indevida do conjunto de elementos como marca, logotipo ou insígnia, entre outros, das pessoas jurídicas.

Lembrando ainda que: STJ - súmula - 227 → a pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

Jurisprudência relevante:

Segundo o STF: a divulgação dos vencimentos brutos de servidores, com seus respectivos nomes e matrículas funcionais, a ser realizada oficialmente – em portal de transparência -, constituiria interesse coletivo, sem implicar violação à intimidade e à segurança deles, não se podendo fazer divulgação de outros dados pessoais como endereço residencial, CPF e RG de cada um13.

161. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/2011) A inviolabilidade do sigilo de dados complementa a previsão ao direito à intimidade e à vida privada, sendo ambas as previsões regidas pelo princípio da

a) igualdade.

b) eficiência.

c) impessoalidade.

d) exclusividade.

e) reserva legal.

Comentário:

O princípio que rege a intimidade e a privacidade é notadamente o “princípio da exclusividade”. Ou seja, a pessoa em questão deve ter garantido o seu direito ao acesso de seus dados e da sua vida de forma exclusiva, sem que tenha ingerências externas ou tenha essa sua exclusividade devassada.

Gabarito: Letra D.

13 Informativo – 630 - SS 3902 Segundo AgR/SP, rel. Min. Ayres Britto, 9.6.2011.

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162. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas é certo que:

a) a dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável por danos morais, porque esta se restringe aos casos de violação à honra e à imagem.

b) a indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade, não responde cumulativamente por danos morais e materiais.

c) a condenação por danos morais face à divulgação indevida de imagem, exige a ocorrência de ofensa à reputação da pessoa.

d) o Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados pelos agentes públicos no exercício de suas funções.

e) as pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.

Comentários:

Letra A - Errado. As dores sofridas em aspectos não patrimoniais, causadas por outrem, são indenizáveis por danos morais.

Letra B - Errado. Nada impede a cumulação de indenizações, caso seja comprovado o dano. A cumulação é admitida constitucionalmente.

Letra C - Errado. A imagem é dissociada da honra, logo, independentemente de haver dano à honra, é indenizável a exposição indevida ou reprovável da imagem.

Letra D - Correto. A conduta do agente público é imputável ao Estado, se este está agindo no exercício de suas funções, já que o agente é o responsável por manifestar a vontade estatal.

Letra E - Errado. Pessoas Jurídicas podem sofrer danos morais (STJ, súmula 227), bem como materiais e à imagem.

Gabarito: Letra D.

163. (CESPE/Auditor-TCU/2009) A CF estabelece que é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Diante da amplitude do tratamento constitucional atribuído a essas liberdades, mesmo que a manifestação dessas atividades viole a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem de alguém, não será devida qualquer indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Comentários:

Os direitos fundamentais não são absolutos, já que se condicionam entre si. Embora tenhamos uma liberdade ampla de expressão, essa

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liberdade está condicionada ao respeito de outros direitos fundamentais.

Gabarito: Errado.

164. (CESPE/FINEP/2009) A CF prevê direito à indenização por dano material, moral e à imagem, consagrando ao ofendido a reparabilidade em virtude dos prejuízos sofridos, não sendo possível, por essa razão, pedido autônomo de indenização por danos morais, sem que tenha havido dano material concomitante.

Comentários:

Os pedidos de indenizações são autônomos, uma independe da outra, o que, porém, também não exclui a possibilidade do pedido concomitante delas, mas, não é uma necessidade.

Gabarito: Errado.

165. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) A indenização por danos morais tem seu âmbito de proteção adstrito às pessoas físicas, já que as pessoas jurídicas não podem ser consideradas titulares dos direitos e das garantias fundamentais.

Comentários:

As pessoas jurídicas podem ser titulares de direitos e garantias fundamentais, inclusive pessoas jurídicas de direito público podem titularizar certos direitos como o direito de propriedade. Sobre os danos morais, já assento o STJ em sua súmula 227:"A pessoa jurídica pode sofrer dano moral".

Gabarito: Errado.

166. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O direito de resposta proporcional ao agravo constitui instrumento democrático de ampla abrangência, já que é aplicável em relação a todas as ofensas, independentemente de elas configurarem ou não infrações penais.

Comentários:

O direito de resposta é amplo, pode ser usado sempre que o ofendido queira se defender de algo proferido ao seu respeito, este direito é muito usado no âmbito das campanhas eleitorais, sendo neste caso, inclusive regulamentado por lei.

Gabarito: Correto.

167. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito

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de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem decorrente de sua violação.

Comentários:

Exato. É o que preceitua o art. 5º, X da Constituição. São os direitos subjetivos que as pessoas possuem de proteção à sua privacidade, honra e imagem. Estes direitos além de garantirem seu próprio núcleo expresso na Constituição, ainda são o respaldo para outros como o direito ao sigilo bancário e fiscal.

Gabarito: Correto.

168. (ESAF/Técnico ANEEL/2004) Pela ofensa à sua honra, a vítima pode receber indenização por dano moral, mas não por danos materiais.

Comentários:

A indenização por danos materiais também é assegurada (CF, art. 5º, X).

Gabarito: Errado.

169. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) A publicação da fotografia de alguém, que causa constrangimento e aborrecimento, pode ensejar indenização por danos morais.

Comentários:

Não se pode invocar o exercício de um direito para prejudicar outro. Desta forma, no caso exposto não se poderia invocar a liberdade de manifestação ou de publicidade pois deveria respeitar a intimidade e vida privada da pessoa. Assim, poderia sujeitar o infrator à indenização por dano moral, material e imagem.

Gabarito: Correto.

Sigilo bancário e fiscal:

Segundo o STF, o art. 5º, X, que vimos anteriormente, também é o respaldo constitucional para o sigilo bancário e fiscal das pessoas. Pois a intimidade e a vida privada são regidas “princípio da exclusividade”. A pessoa deve ter o direito exclusivo ao acesso de seus dados e a sua vida particular.

Estes sigilos só podem ser relativizados, com a devida fundamentação, por:

• decisão judicial;

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• CPI - somente pelo voto da maioria da comissão e por decisão fundamentada, não pode estar apoiada em fatos genéricos;

• Ministério Público - muito excepcionalmente. Somente quando estiver tratando de aplicação das verbas públicas devido ao princípio da publicidade.

Obs.:

A LC 105/01 fornece respaldo para que a quebra do sigilo bancário seja feita por autoridade fiscal. Porém, embora exista essa previsão legal, ela é alvo de muitas críticas, inclusive a posição atual do STF14 indica que seria inconstitucional, já que o sigilo possui um pilar na própria Constituição Federal, não podendo ser relativizado por leis infraconstitucionais - sejam elas ordinárias ou complementares -. Assim, somente as autoridades judiciais - e a CPI, que possui os mesmo poderes investigativos daquelas (CF, art. 58 §3º) - é que poderiam relativizar estes sigilos.

No entanto, até o momento, ainda não houve decisão do STF neste sentido que se revista de caráter vinculante, já que a decisão do STF se deu em sede de recurso extraordinário e não em uma ação direta.

Lembramos ainda que a quebra por parte do Ministério Público é muito excepcional, somente podendo ser feita no caso citado anteriormente. Assim, a quebra de sigilos, em regra, só pode ser feita por Juiz e CPI.

170. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O TCU, no exercício de sua missão constitucional de auxiliar o Congresso Nacional no controle externo, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário dos responsáveis por dinheiros e bens públicos.

Comentários:

Nas palavras do Supremo, O TCU não possui poderes para determinar a quebra do sigilo bancário de dados. O legislador conferiu esses poderes ao Poder Judiciário, ao Poder Legislativo Federal, bem como às Comissões Parlamentares de Inquérito, após prévia aprovação do pedido pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito.

Gabarito: Errado.

171. (CESPE/TCE-AC/2009) Os tribunais de contas não podem determinar a quebra de sigilo bancário de administrador público

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RE 389.808/PR - 15-12-2010

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investigado por superfaturamento de preço praticado em licitação, no âmbito do controle externo realizado.

Comentários:

Os tribunais de contas não tem competência para quebra de sigilos.

Gabarito: Correto.

172. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com o STF, a comissão parlamentar de inquérito pode proceder à quebra de sigilo bancário da pessoa investigada, ainda que baseada em fundamentos genéricos, sem a indicação de fatos concretos e precisos.

Comentários:

A CPI pode quebrar sigilo bancário, porém, nas palavras do Supremo: "a quebra de sigilo que se apóia em fundamentos genéricos e que não indica fatos concretos e precisos referentes à pessoa sob investigação, constitui ato eivado de nulidade".

Gabarito: Errado.

173. (CESPE/AJAA-STF/2008) Desde que o crime envolva desvio de recursos públicos, o Ministério Público, com base no princípio da publicidade e diante do poder de requisitar documentos atribuído aos seus membros, pode promover a quebra de sigilos bancário e fiscal.

Comentários:

Preliminarmente estava correto, mas a banca alegou que reconheceu a divergência de posicionamentos no próprio STF e anulou o item, que já foi considerado como correto por outras bancas como a ESAF.

Gabarito: Anulado.

174. (ESAF/ATRFB/2009) Comissão Parlamentar de Inquérito não pode decretar a quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico do investigado.

Comentários:

Ela pode sim, desde que por maioria absoluta e sem estar apoiada em fatos genéricos.

Importante ressaltar que, conforme será visto, essa quebra de sigilo telefônico se refere somente aos dados telefônicos (para quem ligou, quando ligou, etc.). Não se trata de interceptação da conversa telefônica, isso só o juiz poderá ordenar.

Gabarito: Errado.

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175. (ESAF/ANA/2009) Em obediência ao princípio da publicidade, instituição financeira não pode invocar sigilo bancário para negar ao Ministério Público informações e documentos sobre nomes de beneficiários de empréstimos concedidos com recursos subsidiados pelo erário, em se tratando de requisição para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio público.

Comentários:

Trata-se da hipótese excepcional, em que se admite quebra de sigilo pelo Ministério Público, segundo jurisprudência do STF. Esta hipótese excepcional só é admitida quando estiver se tratando de verbas públicas, devido o princípio da publicidade. Em regra, não poderá haver quebra do sigilo pelo ministério público, apenas por:

• Decisão judicial;

• CPI;

Resposta: Correto.

Liberdade de crença religiosa e filosófica

O Brasil é um país laico, não possui uma religião oficial, embora proteja a liberdade de crença como uma das faces da não discriminação.

Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; (Entenda-se por liturgias: celebrações, rituais...)

Art. 5º, VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

176. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É vedada a assistência religiosa nas entidades militares de internação coletiva, salvo nas civis.

Comentários:

A assistência religiosa é assegurada nas entidades de internação coletiva, sejam elas civis ou militares (CF, art. 5º, VII).

Gabarito: Errado.

177. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) Ao assegurar a liberdade de consciência e crença, a CF reafirmou ser o Brasil um país laico, apesar de admitir a prestação de assistência religiosa nas entidades civis de internação coletiva.

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Comentários:

Exatamente, sabemos que o Brasil é um país laico, ou leigo, que é aquele país que não possui religião oficial, não impõe nenhuma religião. Porém, o Brasil adota a proteção às religiões, seus cultos e liturgias, como uma de suas bases, de forma a impedir a não discriminação e favorecendo uma pluralidade de opiniões e etc..

A Constituição prevê como uma das faces dessa “proteção religiosa” a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva (CF, art. 5º, VII).

Gabarito: Correto.

178. (CESPE/ABIN/2008) Considerando a hipótese de que um cidadão esteja internado em entidade civil de internação coletiva e professe como religião o candomblé, nessa hipótese, sendo o Estado brasileiro laico, não será a União obrigada a assegurar a esse interno as condições para que ele tenha assistência religiosa.

Comentários:

A Constituição é clara ao prever em seu art. 5º, VII que é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.

Gabarito: Errado.

179. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estabelece ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, razão pela qual é vedado ao Estado garantir, na forma da lei, proteção aos locais de culto e às suas liturgias.

Comentários:

Justamente o contrário, a Constituição estabelece no seu art. 5º, VI que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, e ainda estabelece que é assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Gabarito: Errado.

180. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) É inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida de forma absoluta a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

Comentários:

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Nenhum direito fundamental é absoluto, pois, ao usufruir de um direito também deve-se respeitar outros como, por exemplo, a intimidade e a vida privada das pessoas. Assim, a liberdade de culto também não pode ser considerada absoluta, e tal garantia se fará apenas na forma da lei (CF, art. 5º, VI).

Gabarito: Errado.

181. (ESAF/AFRFB/2009) Segundo a Constituição de 1988, é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação privada ou pública.

Comentários:

A assistência é assegurada nas entidades de internação coletiva (CF, art. 5º, VII).

Gabarito: Errado.

182. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) De acordo com a Constituição Federal de 1988, deve o Poder Público proporcionar a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva, contribuindo, inclusive, com recursos materiais e financeiros.

Comentários:

Não existe previsão para a contribuição de recusos materias e financeiros (CF, art. 5º, VII).

Gabarito: Errado.

Imperativo de Consciência

Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

O imperativo de consciência pode ser alegado, por exemplo, em tempo de paz, no caso do serviço militar obrigatório, mas não poderá a pessoa recusar-se a cumprir a prestação alternativa imposta, conforme dispõe o art. 143, § 1º.

Art.15, IV → No caso de recusa de se cumprir obrigação legal a todos imposta ou prestação alternativa, ensejará a suspensão dos direitos políticos do cidadão.

183. (FCC/AJAJ-TRT 21/2003) Temístocles, alegando motivos relacionados com sua convicção política, negou-se a prestar o serviço

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militar e, alegando as mesmas convicções, recusou-se a cumprir obrigação alternativa. Nesse caso, Temístocles

a) está correto em seu procedimento, visto que ninguém pode ser obrigado a fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

b) alegou legítima escusa de consciência, uma vez que sua convicção política é contrária à prestação de qualquer serviço ao Estado.

c) perderá seus direitos políticos e, sendo a perda definitiva, não mais poderá recuperá-los.

d) terá seus direitos políticos suspensos e essa situação perdurará até que cumpra a obrigação alternativa.

e) não tem direito à escusa de consciência porque o serviço militar é obrigação imposta a todos os brasileiros.

Comentários:

Questão direta. O serviço militar é uma obrigação. Caso use-se a escusa de consciência terá de cumprir uma prestação alternativa, geralmente trabalhar para as instituições militares servindo como apoio na área de saúde, alimentar e etc... Se nem a prestação alternativa quiser cumprir, os direitos políticos serão suspensos até que regularize a situação.

Gabarito: Letra D

184. (FCC/TCE-SP/2011) Por força de previsão expressa no Código de Processo Penal (CPP), o serviço do júri é obrigatório, sujeitando-se ao alistamento os cidadãos maiores de 18 anos de notória idoneidade. O artigo 438 do mesmo diploma legal, a seu turno, estabelece que "a recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto". A previsão contida no artigo 438 do CPP é

a) compatível com a Constituição da República.

b) parcialmente compatível com a Constituição da República, no que se refere à possibilidade de exercício de objeção de consciência, que somente se admite por motivo de convicção filosófica ou política.

c) incompatível com a Constituição da República, que considera o júri um órgão que emite decisões soberanas, sendo por essa razão vedada a recusa ao serviço.

d) incompatível com a Constituição da República, que não admite a suspensão de direitos políticos nessa hipótese.

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e) incompatível com a Constituição da República, que não admite a possibilidade de recusa ao cumprimento de obrigação legal a todos imposta.

Comentário:

É perfeitamente compatível coma Constituição, pois conjuga dois dispositivos presentes no seu texto:

CF, Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

CF, Art.15, IV - No caso de recusa de se cumprir obrigação legal a todos imposta ou prestação alternativa, ensejará a suspensão dos direitos políticos do cidadão.

Gabarito: Letra A.

185. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Pessoa que se exima de obrigação legal a todos imposta por motivo de crença religiosa deve sofrer as consequências legais por seu ato, já que o Brasil é um país laico.

Comentários:

O Brasil é um país laico, ou leigo, que é aquele país que não possui religião oficial, não impõe nenhuma religião. Porém, o Brasil adota a proteção às religiões, seus cultos e liturgias, como uma de suas bases, de forma a impedir a não discriminação e favorecendo uma pluralidade de opiniões e etc.

Assim, o Brasil admite (expressamente na CF, art. 5º, VIII) que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. Ou seja, ela pode invocar a sua crença para eximir-se de obrigação, e ainda assim não sofrerá consequências. Essa punição só ocorrerá caso haja uma prestação alternativa fixada em lei que também seja objeto de recusa por parte da pessoa. Gabarito: Errado

186. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Poderá ser privado de direitos quem invocar motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

Comentários:

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Segundo a Constituição em seu art. 5º, VIII, ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

Gabarito: Correto.

187. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) A respeito da liberdade de expressão, assinale a afirmativa incorreta.

a) É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.

b) É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.

c) É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.

d) É livre a manifestação do pensamento, permitido o anonimato.

e) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

Comentários: Letra A – Correta. Trata-se de uma contraposição à manifestação do pensamento, prevista na CF, art. 5.º, IV. O direito de resposta, previsto no inciso V do art. 5.º da Constituição, assegura o direito de resposta que a pessoa responda a ofensas feitas, desde que de forma proporcional ao agravo. O uso do direito de resposta não exclui a indenização por dano material, moral ou à imagem. Desta forma, a manifestação do pensamento não é absoluta, deve-se também respeitar os outros princípios, como a intimidade, privacidade e etc.

Letra B – Correta. O Brasil é um país laico, não possui uma religião oficial, embora proteja a liberdade de crença como uma das faces da não discriminação. Assim, o art. 5.º, VI, da Constituição diz ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

Letra C – Correta. Agora foi usada a literalidade do art. 5.º, VII, que assegura, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.

Letra D – Errada. Trata-se de uma “pegadinha clássica” em provas. A manifestação do pensamento é livre, mas a Constituição não permite

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o uso do anonimato (CF, art. 5.º, IV). E, como vimos, também não há respaldo para que, na manifestação deste pensamento, a pessoa viole princípios como intimidade, privacidade etc.

Letra E – Correta. Este direito é conhecido como “Imperativo de Consciência”. A Constituição em seu art. 5.º, VIII, garante que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. O imperativo de consciência pode ser alegado, por exemplo, em tempo de paz, no caso do serviço militar obrigatório, mas não poderá a pessoa recusar-se a cumprir a prestação alternativa imposta, conforme dispõe o art. 143, § 1.º. Segunda a Constituição Federal, em seu art. 15, IV, no caso de recusa de se cumprir obrigação legal a todos imposta ou prestação alternativa, ensejará na perda ou suspensão dos direitos políticos do cidadão.

Gabarito: Letra D.

Liberdade de pensamento e a censura

Art. 5º, IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

Art. 220 →A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto na CF.

• Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social.

• É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

• A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.

188. (FCC/Técnico-TRT 16ª/2009) A expressão da atividade científica depende de censura ou licença.

Comentários:

Errado. No Brasil, temos a liberdade de expressão, independente de censura ou licença (CF, art. 5º, IX). E ainda é reforçada pelo art. 220: é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

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Gabarito: Errado.

189. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF assegura a liberdade de expressão, apesar de possibilitar, expressamente, sua limitação por meio da edição de leis ordinárias destinadas à proteção da juventude.

Comentários:

Nenhuma lei poderá restringir a liberdade de expressão, esta deve observar apenas as restrições de ordem constitucional.

Professor, mas que doidera! Quer dizer então a liberdade de expressão está acima da proteção à Juventude? De forma alguma!

Aí que entra saber fazer concurso. Veja o que a questão afirma: "apesar de possibilitar, expressamente...".

A Constituição faz isso expressamente? Não.

A liberdade de expressão deve estar contida pelos outros direitos e interesses individuais e coletivos, porém, esta avaliação é feita no caso concreto.

Gabarito: Errado.

190. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Conforme entendimento do STF, a atual CF recepcionou o dispositivo da Lei de Imprensa que estabelece limitação quanto à indenização devida pela empresa jornalística, a título de dano moral, na hipótese de publicação de notícia inverídica, ofensiva à boa fama da vítima.

Comentários:

O STF decidiu em 2009, através do julgamento de uma ADPF que a lei de imprensa não estaria recepcionada pelo atual ordenamento jurídico, estando revogada.

Gabarito: Errado.

191. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 reconhece ser livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

Comentários:

É o que estabelece a Constituição em seu art. 5º, IX: independe de licença ou censura para que possa se expressar em atividades artísticas, intelectuais, científicas, ou em meio de comunicação.

Gabarito: Correto.

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192. (CESPE/ABIN/2008) Uma famosa atriz estrangeira, em viagem de férias pelo Brasil, foi fotografada juntamente com o seu namorado brasileiro, por jornalistas que pretendiam publicar as fotos em revistas de grande circulação. A liberdade de imprensa não admite censura. Dessa forma, o casal não poderia impedir, mesmo judicialmente, a divulgação das fotos.

Comentários:

Nenhum direito fundamental é absoluto. Assim, ao exercer um direito deve-se respeitar outros. Neste caso, a liberdade de imprensa também se condiciona ao respeito da intimidade. Obviamente o caso deve ser tratado com ponderação, já que até mesmo no STF entende-se que pessoas públicas já pressupõem uma exposição maior do que as outras.

Gabarito: Errado.

193. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença, assim como a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.

Comentários:

Questão literal que faz combinação das disposições constitucionais do art. 5º, IV e IX.

Gabarito: Correto.

194. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) Por ser a liberdade de expressão livre de censura, pacificou-se o entendimento de que não se pode punir a opinião divulgada que seja agressiva à honra de terceiros.

Comentários:

Segundo a doutrina e jurisprudência, os direitos individuais devem ser ponderados e não ao se exercer um direito deve-se observar os limites impostos pelos outros direitos.

Gabarito: Errado.

195. (ESAF/PFN/2006) A liberdade de expressão está entre os direitos fundamentais absolutos da Constituição em vigor.

Comentários:

Não existe direito fundamental aboluto, já que no caso concreto ele poderá colidir com outros, quando então deveremos usar o princípio da harmonização ou concordância prática para verificar qual irá

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prevalecer. Dessa forma, por exemplo, ao usar a sua liberdade de expressão, a pessoa deve se preocupar em não ferir a honra ou a imagem de pessoas.

Gabarito: Errado.

Inviolabilidade de domicílio:

Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação

Esquematizando este inciso, vemos que, o domicílio não possui uma inviolabilidade absoluta, poderá alguém adentrar no recinto se:

• Tiver o consentimento do morador;

• Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo for:

� Flagrante delito;

� Desastre;

� Prestar Socorro;

� Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia.

Expressão "durante o dia":

Baseado na doutrina constitucionalista, entendemos que a expressão "durante o dia" significa o lapso temporal que vai da aurora ao crepúsculo, sem determinação de horário fixo, devido às peculiaridades do Brasil (horário de verão e etc.), ou seja, "durante o dia" é o período em que a terra está sendo iluminada pelo sol.

Algumas questões de concurso insistem em "fixar horários", quando isso acontecer, o candidato deverá utilizar o período das 6h às 18h como o período referente ao dia, embora não achemos que seja o correto.

Termo "casa":

“Casa”, segundo o STF, tem sentido amplo, aplica-se ao escritório, consultório etc. (qualquer recinto privado não aberto ao público). Porém, nenhum direito fundamental é absoluto, desta forma, o STF decidiu pela não ilicitude das provas obtidas com violação noturna de escritório de advogados para que fossem instalados equipamentos de escuta ambiental, já que os próprios advogados estavam praticando atividades ilícitas em seu interior. Assim, a inviolabilidade profissional do advogado, bem como do seu escritório, serve para resguardar o

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seu cliente para que não se frustre a ampla defesa, mas, se o investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição não fornece guarida para a prática de crimes no interior de recinto15.

A prisão de traficante, em sua residência, durante o período noturno, não constitui prova ilícita, já que se trata de crime permanente16

196. (FCC/Técnico- TCE-GO/2009) Nos termos da Constituição, admite-se excepcionalmente a entrada na casa de um indivíduo sem consentimento do morador

a) por determinação judicial, a qualquer hora.

b) em caso de desastre, somente no período diurno.

c) para prestar socorro, desde que a vítima seja criança ou adolescente.

d) em caso de flagrante delito, sem restrição de horário.

e) por determinação da autoridade policial, inclusive no período noturno.

Comentários:

Letra A - Errado. Pois não é a qualquer hora, mas somente durante o dia.

Letra B - Errado. Neste caso, pode ser a qualquer horário.

Letra B - Errado. Não existe tais condições. A vítima pode ser qualquer pessoa.

Letra D - Correto.

Letra E -Errado. Totalmente equivocada.

Gabarito: Letra D.

197. (FCC/Secretário-MPE-RS/2008-adaptada) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou, por determinação judicial até às 22:00h (Certo ou Errado).

Comentários:

Não há fixação de "até as 22:00", e sim a obrigatoriedade de ser durante "o dia", geralmente aceito até as 18:00h.

Gabarito: Errado.

15

Inq 2.424, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19 e 20-11-08, Plenário, Informativo 529. 16

HC 84.772, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 19-10-04, 2ª Turma, DJ de 12-11-04.

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198. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) Medida Provisória que estabelecesse a possibilidade de a autoridade policial efetuar buscas e apreensões na casa de indivíduos investigados pela prática de atos de terrorismo, a qualquer hora do dia ou da noite, independentemente de mandado judicial, seria incompatível com a Constituição da República, porque a inviolabilidade de domicílio somente é excepcionada, sem restrição de horário, em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro, ou ainda, durante o dia, mediante determinação judicial.

Comentários:

A Constituição já estabelece taxativamente no seu art. 5º, XI, as possibilidades para se adentrar no domicílio de algum indivíduo. Não poderá, desta forma, a medida provisória inovar criando hipóteses diversas.

Gabarito: Correto.

199. (FCC/Analista-MPU/2007 - Adaptada) A inviolabilidade de domicílio pode ser mitigada para prestação de socorro, desde que haja consentimento expresso do morador.

Comentários:

No caso de prestar socorro não precisará de consentimento do mo-rador.

Gabarito: Errado.

200. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Entre as possibilidades de violação de domicílio, inclui-se a realizada em horário noturno e autorizada por ordem judicial.

Comentário:

A violação autorizada por ordem judicial só pode correr durante o dia. Já que segundo a CF, art. 5º, XI, só se pode entrar na casa de alguém, se:

• Tiver o consentimento do morador;

• Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo for:

� Flagrante delito;

� Desastre;

� Prestar Socorro;

� Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia.

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Gabarito: Errado

201. (CESPE/Analista-EBC/2011) Uma comissão parlamentar de inquérito pode determinar a violação de, por exemplo, domicílio para a realização da busca e apreensão de computador que possua dados a respeito da matéria investigada.

Comentários:

Embora a Comissão Parlamentar de Inquérito possua poderes de "investigação" próprios de autoridades judiciais, o STF entende que não poderá tal comissão determinar a violação de domicílio para a realização da busca e apreensão, já que a Constituição atribuiu tal poder somente às autoridades judiciais, expressamente, e, vale lembrar, somente durante o período diurno ( CF, art. 5º, XI).

Gabarito: Errado.

202. (CESPE/MMA/2009) Se um indivíduo, ao se desentender com sua mulher, desferir contra ela inúmeros golpes, agredindo-a fisicamente, causando lesões graves, as autoridades policiais, considerando tratar-se de flagrante delito, poderão penetrar na casa desse indivíduo, ainda que à noite e sem determinação judicial, e prendê-lo.

Comentários:

Como se trata de flagrante delito, não necessita de exigência de ser apenas durante o dia.

Gabarito: Correto.

203. (CESPE/PGE-AL/2009 - Adaptada) O conceito normativo de casa é abrangente; assim, qualquer compartimento privado onde alguém exerce profissão ou atividade está protegido pela inviolabilidade do domicílio. Apesar disso, há a possibilidade de se instalar escuta ambiental em escritório de advocacia que seja utilizado como reduto para a prática de crimes.

Comentários:

Esse é o entendimento do STF, o conceito amplo do termo "casa" e a possibilidade da instalação da escuta no caso de prática de crimes.

Gabarito: Correto.

204. (CESPE/Auditor-TCU/2009) O cumprimento de mandado de busca e apreensão, expedido pela autoridade judicial competente,

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poderá ocorrer a qualquer horário do dia, inclusive durante o período noturno, mesmo que não haja o consentimento do morador, tendo em vista que a CF estabelece algumas exceções ao princípio da inviolabilidade domiciliar, as quais se incluem as determinações do Poder Judiciário.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 5º, XI, a casa do indivíduo (sentido amplo: moradia, escritório, consultório e etc.) é asilo inviolável e ninguém pode entrar na mesma, a não ser que:

� Tenha o consentimento do morador; ou

� Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

� Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia.

Gabarito: Errado.

205. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha que, por determinação judicial, tenha sido instalada escuta ambiental no escritório de advocacia de Pedro, para apurar a sua participação em fatos criminosos apontados em ação penal. Nessa situação hipotética, se essa escuta foi instalada no turno da noite, quando vazio estava o escritório em tela, eventual prova obtida nessa diligência será ilícita, por violação ao domicílio, ainda que preenchidos todos os demais requisitos legais.

Comentários:

Embora “casa” tenha sentido amplo, segundo o STF, em se tratando de escritório, consultório e etc., não se pode invocar a inviolabilidade para se proteger de ilícitos praticados em seu interior, assim, em decisão não pacífica, porém definitiva, o STF decidiu pela possibilidade da instalação de escuta ambiental em um escritório de advogados, afirmando não se sujeitar aos mesmos limites da busca domiciliar, podendo por ordem judicial ser instalada inclusive durante a noite.

Gabarito: Errado.

O texto a seguir deverá ser utilizado para as próximas 5 questões.

Antônio, governador de determinado estado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte em praça pública, determinou ao comando da polícia militar a prisão de João, organizador do comício. Além disso, o governador Antônio

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baixou um decreto determinando que todos os que comparecessem ao comício fossem presos. O governador fundamentou sua decisão na necessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sido solicitada autorização para a realização do evento. Foi assegurado a João o direito a um advogado e a um telefonema. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta tendo em vista os direitos e garantias fundamentais previstos na CF.

206. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João, em tese, foi legal, visto que devidamente fundamentada e decidida pela autoridade competente.

Comentários:

A prisão feriu diversos princípios constitucionais, principalmente o art. 5º LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.

Gabarito: Errado.

207. (CESPE/TCE-AC/2009) João poderá impetrar, por meio de seu advogado, mandado de segurança visando questionar a legalidade de sua prisão e garantir o seu direito de ir e vir.

Comentários:

Neste caso o remédio a ser usado seria o habeas corpus, excluindo-se assim a possibilidade de se impetrar mandado de segurança, já que este não pode ser utilizado quando for cabível habeas corpus ou habeas data.

Gabarito: Errado.

208. (CESPE/TCE-AC/2009) João deveria ter solicitado autorização prévia para a realização do comício, não sendo suficiente o simples aviso prévio à autoridade competente.

Comentários:

Não precisa pedir autorização, basta simples aviso, nos termos da CF em seu art. 5º XVI.

Gabarito: Errado.

209. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João e o local onde foi recolhido deveriam ter sido comunicados imediatamente ao juiz competente e a sua família.

Comentários:

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O art. 5º LXII da Constituição ordena que a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre deverão ser comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

Gabarito: Correto.

210. (CESPE/TCE-AC/2009) João só poderia ter sido preso em sua residência, no período da noite, por decisão judicial.

Comentários:

Para ser preso à noite, só em caso de flagrante delito. Se por ordem judicial, a prisão só pode ocorrer durante o dia, nos termos do art. 5º XI.

Gabarito: Errado.

211. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocacia seja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia.

Comentários:

Nenhum direito fundamental e absoluto, desta forma, o STF decidiu pela não ilicitude das provas obtidas com violação noturna de escritório de advogados para que fossem instalados equipamentos de escuta ambiental, já que os próprios advogados estavam praticando atividades ilícitas em seu interior. Desta forma, a inviolabilidade profissional do advogado, bem como do seu escritório, serve para resguardar o seu cliente para que não se frustre a ampla defesa,mas, se o investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição não fornece guarida para a pratica de crimes no interior de recinto.

Gabarito: Errado.

212. (CESPE/PGE-AL/2008) O conceito normativo de casa é abrangente; assim, qualquer compartimento privado onde alguém exerce profissão ou atividade está protegido pela inviolabilidade do domicílio. Apesar disso, há a possibilidade de se instalar escuta ambiental em escritório de advocacia que seja utilizado como reduto para a prática de crimes.

Comentários:

Embora “casa” tenha sentido amplo, segundo o STF, em se tratando de escritório, consultório e etc., não se pode invocar a inviolabilidade

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para se proteger de ilícitos praticados em seu interior, assim, em decisão não pacífica, porém definitiva, o STF decidiu pela possibilidade da instalação de escuta ambiental em um escritório de advogados, afirmando não se sujeitar aos mesmos limites da busca domiciliar, podendo por ordem judicial ser instalada inclusive durante a noite.

Gabarito: Correto.

213. (CESPE/PGE-AL/2008) Nos casos de flagrante delito, desastre, ou mesmo para prestar socorro, não é permitido o ingresso no domicílio durante a noite sem o consentimento do morador.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 5º, XI, a casa do indivíduo (sentido amplo: moradia, escritório, consultório e etc.) é asilo inviolável e ninguém pode entrar na mesma, a não ser que tenha o consentimento do morador. Porém, ainda que sem o consentimento do morador, poderá adentrar na casa de alguém:

� Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

� Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia.

Ou seja, em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro, poderá ser a qualquer hora.

Gabarito: Errado.

214. (CESPE/PGE-AL/2008) É impossível a violação de domicílio com fundamento em decisão administrativa. Contudo, é possível o ingresso de fiscal tributário em domicílio, durante o dia, sem o consentimento do morador e sem autorização judicial.

Comentários:

A Constituição não permite que o fisco supere as barreiras da inviolabilidade do domicílio insculpidas na Constituição, que sejam:

� Ter o consentimento do morador; ou

� Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

� Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia.

Gabarito: Errado.

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215. (CESPE/PGE-AL/2008) O oficial de justiça pode, mediante ordem judicial, ingressar em domicílio no período noturno, sem a autorização do morador, para lavrar auto de penhora.

Comentários:

A inviolabilidade do domicílio pode ser relativizada se o Juiz assim determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia.

Gabarito: Errado.

216. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Um advogado que esteja sendo investigado por formação de quadrilha e outros crimes não poderá sofrer, em seu escritório, uma escuta ambiental captada por gravador instalado por força de decisão judicial, já que tal fato viola o princípio de proteção do domicílio.

Comentários:

Na jurisprudência do STF a atividade do advogado goza de ampla inviolabilidade profissional. Essa inviolabilidade serve para resguardar o seu cliente e para que não se frustre a ampla defesa, mas, se o investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição não fornece guarida para a prática de crimes, ainda que invocando um direito fundamental.

Gabarito: Errado.

217. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A inviolabilidade do domicílio não obsta a entrada da autoridade policial, durante a noite, em caso de flagrante delito.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 5º, XI, a casa do indivíduo (sentido amplo: moradia, escritório, consultório e etc.) é asilo inviolável e ninguém pode entrar na mesma, a não ser que tenha o consentimento do morador. Porém, ainda que sem o consentimento do morador, poderá adentrar na casa de alguém:

� Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

� Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia.

Ou seja, em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro, poderá ser a qualquer hora.

Gabarito: Correto.

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218. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A inviolabilidade do domicílio não alcança o fisco, quando na busca de identificação da ocorrência de fato gerador dos tributos por ele fiscalizados.

Comentários:

A Constituição não permite que o fisco supere as barreiras da inviolabilidade do domicílio insculpidas na Constituição, que sejam:

� Ter o consentimento do morador; ou

� Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

� Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia.

Gabarito: Errado.

219. (CESPE/AJAA-STF/2008) O Ministério Público pode determinar a violação de domicílio para a realização de busca e apreensão de objetos que possam servir de provas em processo criminal, desde que tal violação ocorra no período diurno.

Comentários:

A Constituição em seu art. 5º, XI previu que a casa do indivíduo (sentido amplo: moradia, escritório, consultório e etc.) é asilo inviolável e ninguém pode entrar na mesma, a não ser que:

� Tenha o consentimento do morador; ou

� Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

� Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia.

Assim, ainda que durante o dia, somente o juiz está autorizado a determinar a violação de domicílio, não estando elencada esta competência para o Ministério Público.

Gabarito: Errado.

220. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) Considere que Márcio, oficial de justiça, de posse de mandado judicial, tenha que fazer a citação de Antônio em uma ação penal. Nessa situação hipotética, havendo autorização judicial para que Márcio faça a citação em qualquer horário, não se configurará violação ao domicílio se Márcio ingressar na residência de Antônio no sábado à noite e efetuar a citação, mesmo sem a concordância dos moradores.

Comentários:

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Para se adentrar nada casa de alguém por ordem judicial deve ser somente durante o dia (CF, art. 5º, XI).

Gabarito: Errado.

221. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê que a casa é o asilo inviolável do indivíduo, de modo que ninguém pode, em qualquer hipótese, nela penetrar sem o consentimento do morador.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 5º, XI, a casa do indivíduo (sentido amplo: moradia, escritório, consultório e etc.) é asilo inviolável e ninguém pode entrar na mesma, a não ser que tenha o consentimento do morador. Porém, ainda que sem o consentimento do morador, poderá adentrar na casa de alguém:

� Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

� Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia.

Gabarito: Errado.

222. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O entendimento do direito constitucional relativo à casa apresenta maior amplitude que o do direito privado, de modo que bares, restaurantes e escritórios, por exemplo, são locais assegurados pelo direito à inviolabilidade de domicílio.

Comentários:

Questão maldosa. Realmente o entendimento do direito constitucional relativo à casa apresenta maior amplitude que o do direito privado. Para o direito constitucional, "casa" é qualquer recinto privado não aberto ao público, como os escritórios e etc. A questão, no entanto, deu como exemplos "bares" e "restaurantes", que são locais de livre acesso a qualquer pessoa que se disponha a ali entrar e pagar por uma bebida ou refeição, logo, não há o que se falar em inviolabilidade de tais locais.

Gabarito: Errado.

223. (CESPE/ACE-TCE-TO/2009 - Adaptada) Um advogado que esteja sendo investigado por formação de quadrilha e outros crimes não poderá sofrer, em seu escritório, uma escuta ambiental captada por gravador instalado por força de decisão judicial, já que tal fato viola o princípio de proteção do domicílio.

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Comentários:

Contraria o entendimento do STF.

Gabarito: Errado.

224. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocacia seja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia.

Comentários:

Não seria ilícito, pois embora o escritório de advocacia seja inviolável, nenhuma inviolabilidade pode ser usada para resguardar práticas criminosas.

Gabarito: Errado.

225. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável durante a noite mediante ordem judicial

Comentários:

O erro está em afirmar que mediante ordem judicial é possível invadir o domicílio do cidadão à noite. Segundo o art. 5º, XI, por ordem judicial somente autoriza a violação do domicílio no período diurno

Gabarito: Errado

226. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável, porém somente durante o dia, em caso de flagrante delito ou desastre. Comentários:

A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro a qualquer hora do dia ou da noite. Lembre-se que mediante ordem judicial, somente de dia.

Gabarito: Errado.

227. (ESAF/ATA-MF/2009) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo, por determinação judicial após as 18 horas e durante o dia para prestar socorro, em caso de flagrante delito ou desastre.

Comentários:

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No caso de mandado judicial, poderá apenas durante o dia (CF art. 5º, XI). Durante a noite, só pode entrar na casa se for:

• com consentimento do morador, ou

• para prestar socorro ou

• no caso de flagrante delito; ou

• no caso de desastre.

Gabarito: Errado.

228. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) A sala alugada, mas não aberta ao público, em que o indivíduo exerce a sua profissão, mesmo que ali não resida, recebe a proteção do direito constitucional da inviolabilidade de domicílio.

Comentários:

O conceito de “casa” previsto no art. 5°, XI da Constituição tem sentido amplo, compreende qualquer recinto fechado, não aberto ao público tais como escritórios de advocacia, consultórios médico e etc.

Gabarito: Correto.

229. (ESAF/ATRFB/2009) A garantia constitucional da inviolabilidade de domicílio não inclui escritórios de advocacia.

Comentários:

Sabemos que o conceito de “casa” previsto no art. 5°, XI da Constituição tem sentido amplo, compreende qualquer recinto fechado, não aberto ao público tais como escritórios de advocacia, consultórios médico e etc.

Assim, a resposta a ser marcada seria errado. Irá incluir sim os escritórios de advocacia.

Gabarito: Errado.

230. (ESAF/ATRFB/2009) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial ou da autoridade policial competente.

Comentários:

Jogou-se com a inviolabilidade do domicílio prevista na Constituição em seu art. 5º, XI, porém, erroneamente incluiu-se a "autoridade

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policial" como competente para adentrar no domicílio sem permissão do morador.

Gabarito: Errado.

231. (CESGRANRIO/Oficial de Justiça-TJ-RO/2008) A Constituição afirma que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador” (Art. 5, XI). A esse respeito, considere as afirmativas a seguir.

I - É permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, mesmo sem o consentimento do morador, desde que haja autorização judicial para tanto.

II - É permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, em caso de desastre ou para prestar socorro.

III - É permitido penetrar na casa quando houver flagrante delito, mas somente durante o dia.

IV - O conceito de casa deve ser interpretado de forma restritiva, não incluindo, por exemplo, quarto de hotel.

Tendo em vista o direito fundamental citado, de acordo com a própria Constituição, e com a jurisprudência do STF, é(são)

correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

(A) II

(B) III

(C) I e IV

(D) I, II e IV

(E) I, III e IV

Comentários:

Item I - Errado. A banca considerou "a qualquer hora do dia" como sendo "qualquer das 24 horas do dia" e não o termo "dia" em oposição ao termo "noite". Dessa forma, está errada, já que por ordem judicial será apenas durante o "dia" (em oposição à noite).

Item II - Correto. É o que acabam de ver acima.

Item III - Errado. Vimos ao comentarmos o item I, que no caso de flagrante delito, poderá ser até mesmo durante a noite.

Item IV - Errado. “Casa”, segundo o STF, tem sentido amplo, aplica-se a qualquer recinto particular não aberto ao público como o escritório, consultório etc.

Gabarito: Letra A. Somente a II está correta.

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232. (FGV/Advogado-Senado/2008) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação de autoridade judicial ou de Presidente de Comissão Parlamentar de Inquérito.

Comentários:

Segundo a Constituição, em seu art. 5.º, XI, a casa do indivíduo (sentido amplo: moradia, escritório, consultório e etc.) é asilo inviolável e ninguém pode entrar na mesma, a não ser que:

� Tenha o consentimento do morador; ou

� Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

� Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia.

Erra o item ao dizer que poderá autorizar a violação do domicílio o Presidente de Comissão Parlamentar de Inquérito, a Constituição não permite esta hipótese.

Gabarito: Errado.

Inviolabilidades de comunicações:

Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

A literalidade deste dispositivo deve ser muito bem observada, pois nos traz 2 coisas muito cobradas em concursos:

1º - Dos três sigilos ali previstos (correspondência e comunicações telegráficas, sigilo de dados e comunicações telefônicas) só o último deles é que permite relativização por ordem judicial: o sigilo telefônico.

2º - Ainda que permitida a quebra do sigilo telefônico por ordem judicial, isso não é ilimitado, deve atender a dois requisitos:

- ser feita na forma que a lei estabelecer;

- ter como finalidade investigação criminal ou instrução processual penal.

Assim, não será permitida a quebra para instaurações de processos cíveis sem consequências criminais.

Jurisprudência:

• É relevante observar que é necessária a edição de lei para regulamentar a interceptação telefônica. Esta lei foi criada

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somente em 1996 (Lei nº 9.296/96), antes disso o STF entendia que nem por ordem judicial poderia se afastar este sigilo, já que estava pendente de regulamentação.

• Embora a literalidade da Constituição refira-se expressamente à possibilidade de relativização apenas das comunicações telefônicas, o STF já decidiu que as outras inviolabilidades (correspondência, dados e telegráficas) também poderão ser afastadas, já que nenhum direito fundamental é absoluto e não pode ser invocado para acobertar ilícitos. Destarte, estas inviolabilidades poderão ser quebradas quando se abordar outro interesse de igual ou maior relevância. Por exemplo: É perfeitamente lícito que uma carta enviada a um presidiário seja aberta para coibir a prática de certas condutas, já que a disciplina prisional e a segurança são interesses mais fortes do que a privacidade da comunicação do preso. Essas hipóteses já foram cobradas em concurso do CESPE e ESAF.

233. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008 - adaptada) É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Certo ou Errado).

Comentários:

Os tipos de comunicação previstos no enunciado são comunicações onde há um destinatário específico, ou seja, só este destinatário está autorizado pelo emissor da mensagem a tomar conhecimento do conteúdo da mensagem. O único caso em que a Constituição permite a relativização, é no caso das comunicações telefônicas, quando poderá o juiz permitir o acesso ao conteúdo da mensagem, mas somente:

• Na forma da lei; e

o Para fins de investigação criminal;

o Para fins de instrução processual penal.

Gabarito: Correto.

234. (CESPE/Analista-EBC/2011) É permitida a violação de correspondência de presidiário em face de suspeita de rebelião.

Comentários:

Segundo o STF nenhum direito fundamental pode ser respaldo para a prática de atos ilícitos, assim, ainda que aparentemente absolutos, eles poderão ser relativizados diante do caso concreto. Desta forma,

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é aceito a quebra de sigilo de correspondências, por exemplo, no caso de disciplina prisional, onde a autoridade fica licitamente autorizada a devassar o sigilo da comunicação feita ao preso para fins de manutenção da ordem e de interesses coletivos.

Gabarito: Correto.

235. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Admite-se a quebra do sigilo das comunicações telefônicas, por decisão judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, para fins de investigação criminal ou administrativa.

Comentários:

Segundo a Constituição (CF, art. 5º, XII), a interceptação só poderá ocorrer, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer (lei 9.296/1996), e com o objetivo de:

• investigação criminal; ou

• instrução processual penal.

Gabarito: Errado.

236. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê a inviolabilidade do sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas em caráter absoluto.

Comentários:

Vimos que nenhum direito fundamental é absoluto.

Gabarito: Errado.

237. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Apesar da ausência de autorização expressa na CF, a interceptação das correspondências e comunicações telegráficas e de dados é possível, em caráter excepcional.

Comentários:

Segundo o STF nenhum direito fundamental pode ser respaldo para a prática de atos ilícitos, assim, ainda que aparentemente absolutos, eles poderão ser relativizados diante do caso concreto. Desta forma, é aceito a quebra de sigilo de correspondências, por exemplo, no caso de disciplina prisional, onde a autoridade fica licitamente autorizada a devassar o sigilo da comunicação feita ao preso para fins de manutenção da ordem e de interesses coletivos.

Gabarito: Correto.

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238. (CESPE/STF/2008 - Adaptada) Apesar de a CF afirmar categoricamente que o sigilo da correspondência é inviolável, admite-se a sua limitação infraconstitucional, quando se abordar outro interesse de igual ou maior relevância, do que o previsto na CF.

Comentários:

Quando houver uma colisão de direitos fundamentais, de um lado a inviolabilidade e do outro a segurança da sociedade. O STF entende que esta deve prevalecer.

Gabarito: Correto.

239. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Segundo a Constituição Federal de 1988 (CF), o sigilo das comunicações telefônicas poderá ser violado, por ordem judicial ou administrativa, para instrução processual de ação de improbidade administrativa.

Comentários:

Segundo a Constituição (CF, art. 5º, XII), a interceptação só poderá ocorrer, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer (lei 9.296/1996), e com o objetivo de:

• investigação criminal; ou

• instrução processual penal.

Gabarito: Errado.

240. (CESPE/Analista SEGER-ES/2007) Conversas telefônicas entre o acusado e seu defensor não podem ser interceptadas, pois o sigilo profissional do advogado, que é garantia do próprio processo legal, somente pode ser quebrado quando o advogado estiver envolvido na atividade criminosa.

Comentários:

Na jurisprudência do STF a atividade do advogado goza de ampla inviolabilidade profissional. Essa inviolabilidade serve para resguardar o seu cliente e para que não se frustre a ampla defesa, mas, se o investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição não fornece guarida para a prática de crimes, ainda que invocando um direito fundamental.

Gabarito: Correto.

241. (ESAF/MDIC - Analista de Comércio Exterior/2012) a interceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a

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violação das comunicações telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.

Comentários:

O erro está em afirmar que existem outras hipóteses além das relacionadas com investigação criminal e instrução processual penal. Observe o teor do art. 5º, XII “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”.

Gabarito: errado.

242. (ESAF/ATA-MF/2009) É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo o sigilo da correspondência, por ordem judicial.

Comentários:

Pela Constituição (art. 5º XII) infere-se que somente poderá se excepcionalizar por ordem judicial o sigilo telefônico e, ainda assim, nos termos da lei. A Constituição não permite que ordem judicial venha exepcionalizar o sigilo de correspondências.

Gabarito: Errado.

243. (ESAF/AFT/2003) Segundo a jurisprudência do STF, a inviolabilidade do sigilo das correspondências, das comunicações telegráficas e dos dados não é absoluta, sendo possível sua interceptação, sempre excepcionalmente, com fundamento em razões de segurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, quando este direito estiver sendo exercido para acobertar práticas ilícitas.

Comentários:

É o caso de colisão de direitos fundamentais, o interesse da sociedade (coibir práticas ilícitas) prevalece sobre o direito fundamental à inviolabilidade.

Gabarito: Correto.

244. (ESAF/ATRFB/2009) As Comissões Parlamentares de Inquérito podem determinar a interceptação de comunicações telefônicas de indivíduos envolvidos em crimes graves.

Comentários:

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Somente os juízes podem determinar interceptações telefônicas. As CPI ´s podem, no máximo, quebrar o sigilo dos "dados" telefônicos (para quem ligou, quando ligou, etc.).

Gabarito: Errado.

245. (ESAF/ATRFB/2009) É cabível a interceptação de comunicações telefônicas por ordem judicial a fim de instruir processo administrativo disciplinar.

Comentários:

Segundo a Constituição (CF, art. 5º, XII), a interceptação só poderá ocorrer, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer (lei 9.296/1996), e com o objetivo de:

• investigação criminal; ou

• instrução processual penal.

Gabarito: Errado.

246. (FUNIVERSA/Delegado - PC-DF/2009) A apreensão de um computador, para fins de extração de dados dele, configurará, consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, violação ao sigilo dos dados e comunicações.

Comentários:

Segundo o STF ao julgar o RE 418416 / SC - SANTA CATARINA, em 2006, a obtenção de dados em computadores apreendidos não viola o art. 5º. XII da Constituição, pois não há "quebra de sigilo das comunicações de dados (interceptação das comunicações), mas sim apreensão de base física na qual se encontravam os dados. A proteção a que se refere o art. 5º, XII, da Constituição, é da comunicação 'de dados' e não dos 'dados em si mesmos', ainda quando armazenados em computador.

Deve-se salientar no entanto que a apreensão deve ser dada mediante prévia e fundamentada decisão judicial, pois caso o contrário as provas que porventura fossem ali encontradas não poderiam ser usadas em processo, por serem ilícitas.

Gabarito: Errado.

247. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) O direito ao sigilo de comunicação é:

(A) restrito às comunicações telefônicas.

(B) fundamental, podendo, entretanto, ser quebrado no caso das comunicações telefônicas, quando houver ordem judicial.

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(C) abrangente de todo o tipo de comunicação.

(D) relativo, podendo ser quebrado no caso de instrução processual.

(E) relativo, podendo ser quebrado no caso do preso.

Comentários:

A letra A está errada, já que o sigilo abrange a comunicação por correspondência, telegráfica ou telefônica, a possibilidade expressa de quebra é que se restringe à telefônica.

A letra B é a resposta correta, já que todo direito previsto do art. 5º ao 17 é um direito fundamental e, realmente, em se tratando de comunicações telefônicas, pode haver quebra, por ordem judicial, nos termos da lei, para fins de:

• investigação criminal; ou

• instrução processual penal.

A letra C é incorreta, já que o sigilo abrange somente comunicações "pessoais", ou seja, aquelas com destinatário certo. Por exemplo, um carro de som fazendo propaganda pelas ruas está se comunicando, mas não há o que se falar em comunicação sigilosa.

A letra D é incompleta, devia falar em comunicação telefônica e dizer instrução processual penal.

A Letra E também é genérica e imprecisa. Está incorreta por generalizar, mas nos remete a um assunto muito importante: o STF já decidiu que as outras inviolabilidades além das telefônicas (sigilo dos dados e das comunicações telegráficas) também poderão ser afastadas, já que nenhum direito fundamental é absoluto e não pode ser invocado para acobertar ilícitos. Segundo o Supremo, então, é lícito que uma carta enviada a um presidiário seja aberta para coibir a prática de certas condutas, já que a disciplina prisional e a segurança são interesses mais fortes do que a privacidade da comunicação do preso.

Lembramos que qualquer quebra de sigilo é medida excepcional. A letra E pecou por isso, por estabelecer simplesmente que no caso do preso poderá ser feita a quebra, mas não basta ter a condição de preso, deve-se no caso concreto confrontar e ponderar os direitos e decidir se realmente é necessária a quebra.

Gabarito: Letra B.

Provas ilícitas

Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

Daqui, decorre o princípio dos “frutos da árvore envenenada” (fruits of the poisoned tree), o qual diz que a admissão no processo de uma

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prova ilícita, irá contaminar, tornando igualmente nulo, todos os atos processuais que decorrerem dela.

Vamos fazer uma relação do inciso XII da Constituição (inviolabilidade das comunicações) com as provas ilícitas:

Quando alguém se manifesta através de um telefone, suas palavras tem destinatário certo: o outro interlocutor, não podendo ser, sem a sua autorização, interceptadas e usadas contra ele. Estamos diante de uma conversa telefônica, privada, protegida pelos princípios constitucionais da intimidade, privacidade e etc.

A gravação de conversa telefônica pode ocorrer de 3 diferentes modos:

1- Interceptação telefônica:

Alguém vai “interceptar” essa conversa, obtendo os dados de forma que nenhum deles saiba:

A interceptação é ilícita, não pode ser aproveitada em processo, a não ser que aconteça com respeito à Constituição (CF, art. 5º, XII), ou seja:

• Seja nos termos da lei (lei 9.296/96);

• Seja autorizada por uma autoridade judicial

• Seja usada para investigação criminal ou instrução de processos penais (não pode ser investigação ou processos cíveis e administrativos)

2- Escuta telefônica:

Alguém vai “escutar” essa conversa, mas um dos interlocutores sabe que tem alguém na escuta, vamos supor que o interlocutor “A” seja quem saiba.

Interlocutor A

Interlocutor B

Conversa Telefônica

Interlocutor A

Interlocutor B

Conversa Telefônica

“Interceptador” – sem consentimento de A e B

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3- Gravação telefônica (gravação clandestina):

Neste caso não há uma terceira pessoa. Um dos interlocutores é que grava a conversa sem o outro saber.

O inciso XII da Constituição, que fornece a inviolabilidade das comunicações está protegendo a conversa telefônica de ser interceptada, não está falando da “escuta” nem da “gravação clandestina”, assim, somente a interceptação é que precisa seguir os requisitos constitucionais para ser considerada válida. O STF já decidiu a respeito, veja:

• Para o STF, é lícita a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há investida criminosa deste último17 (não há interceptação telefônica quando a conversa é gravada por um dos interlocutores, ainda que com a ajuda de um repórter18).

• Também é lícita a utilização de conversa telefônica feita por terceiros com autorização de um dos interlocutores sem o conhecimento do outro, quando há, para essa utilização, excludente da antijuridicidade19 (no caso, legitima defesa).

Observação: Se uma conversa foi gravada com a devida autorização judicial ou nos outros casos acima (escuta ou gravação clandestina), a sua interceptação é lícita, válida no processo, e o seu conteúdo pode ser usado para fins penais. Assim, ainda que acidentalmente se descubra outra informação ou outro crime cometido, diverso daquele que tentava se descobrir, continua sendo lícito o uso deste conteúdo, pois a interceptação (quebra do direito de intimidade da pessoa) foi feita regularmente.

Atenção: esses termos “escuta”, “gravação”, “interceptação” são muitas vezes trocados em concursos. Ao resolver uma questão, fique

17

HC 75.338, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 11-3-98, Plenário, DJ de 25-9-98. 18

RE 453.562-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 23-9-08. 19

HC 74.678, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 10-6-97, 1ª Turma, DJ de 15-8-97.

Interlocutor B

Conversa Telefônica Interlocutor A

“Gravador”

“Escutador”

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atento não nessas formalidades de nomenclatura, mas sim no fundamento da questão:

Exemplo: Ministério público pode determinar “escuta” telefônica? Não! Isso será, na verdade, uma interceptação ilícita, pois só o Juiz pode determinar que se faça uma gravação que independa da ciência dos interlocutores.

248. (FCC/AJAJ-EM-TRF 4ª/2004 - Adaptada) No que se refere à inadmissibilidade, no processo, das provas obtidas por meios ilícitos, é certo que constitui ilicitude a utilização de conversa telefônica feita por terceiros com autorização de um dos interlocutores sem o conhecimento do outro, quando há, para essa utilização, excludente da antijuridicidade.

Comentários:

Neste caso a utilização da conversa será lícita, já que está foi autorizada por um dos interlocutores que está querendo usá-la para se defender no processo.

Gabarito: Errado.

249. (CESPE/Advogado-SDA-AC/2008) Considere que, no curso de uma investigação criminal, um juiz de direito tenha determinado a quebra do sigilo telefônico dos investigados, e que a escuta telefônica realizada em decorrência dessa decisão tenha revelado dados que comprovam a ocorrência de atos de corrupção que envolviam servidores públicos estaduais que não estavam sendo diretamente investigados. Nessa situação, tais provas poderiam ser utilizadas para embasar processo administrativo disciplinar contra os referidos servidores.

Comentários:

O que tornaria a prova ilícita seria uma obtenção irregular. A obtenção da gravação foi válida, logo, o que foi gravado também será.

Gabarito: Correto.

250. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Conforme orientação do STF, os dados obtidos em interceptação de comunicações telefônicas e em escutas ambientais, judicialmente autorizadas para produção de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, não podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar, contra a mesma ou as mesmas pessoas em relação às quais foram colhidos, ou contra outros servidores cujos possíveis ilícitos teriam despontado da colheita dessa prova.

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Comentários:

O que não se admite é a quebra que tenha objetivo a simples e única utilização para fins administrativos. A licitude ou ilicitude deve ser analisada por ocasião da obtenção dos dados. Se os dados foram licitamente obtidos através de autorização judicial, e para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, estas provas são lícitas e podem futuramente constituir provas para outros processos, ainda que administrativo disciplinar. O que não pode é quebrar com a finalidade única de utilizá-las em processos cíveis ou administrativos.

Gabarito: Errado.

251. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) As provas obtidas de forma ilícita podem ser convalidadas, desde que se permita o contraditório em relação ao seu conteúdo.

Comentários:

Elas são nulas de pleno direito e invalidam toda a parte do processo que dela decorrer.

Gabarito: Errado.

252. (ESAF/ANA/2009) A prova ilícita pode prevalecer em nome do princípio da proporcionalidade, do interesse público na eficácia da repressão penal em geral ou, em particular, na de determinados crimes; a dignidade humana não serve de salvaguarda à proscrição da prova ilícita.

Comentários:

A prova ilícita contamina toda parte do processo que for decorrente dela. A prova ilícita não será admitida no processo não podendo prevalecer, ainda que amparada pela proporcionalidade (CF, art. 5º LVI).

Gabarito: Errado.

253. (ESAF/Analista ANEEL/2006) Assinale a opção correta.

a) Constitui prova ilícita a gravação, por um dos interloctores, sem autorização judicial, de conversa telefônica, em que esteja sendo vítima de crime de extorsão.

b) É necessariamente nulo todo o processo em que se descobre uma prova ilícita.

c) É válida a prova de um crime descoberta acidentalmente durante a escuta telefônica autorizada judicialmente para apuração de crime diverso.

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d) A proibição do uso de prova ilícita não opera no âmbito do processo administrativo.

e) A escuta telefônica determinada por membro do Ministério Público para apuração de crime hediondo não constitui prova ilícita.

Comentários:

Letra A – Errado. Para o STF, é lícita a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há investida criminosa deste último.

Letra B – Errado. Só é nula a parte do processo que decorre da prova ilícita, e não “todo” o processo.

Letra C – Correto. Se uma conversa foi gravada com a devida autorização judicial ou nos outros aceitos pelo STF, a sua interceptação é lícita e o seu conteúdo pode ser usado para fins penais. Assim, ainda que acidentalmente se descubra outra informação ou outro crime cometido, diverso daquele que tentava se descobrir, continua sendo lícito o uso deste conteúdo, pois a interceptação (quebra do direito de intimidade da pessoa) foi feita regularmente.

Letra D – Errado. As provas ilícitas são inadmissíveis em qualquer processo, seja ele judicial ou administrativo.

Letra E – Errado. O Ministério Público não pode ordenar escuta telefônica, ainda que para apurar crimes hediondos. A conversa telefônica só pode ser interceptada por autoridade judicial.

Gabarito: Letra C.

254. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) É nulo o processo em que se produz prova ilícita, mesmo que nele haja outras provas, não decorrentes da prova ilícita, que permitam a formação de um juízo de convicção sobre a causa.

Comentários:

O processo não se torna nulo, mas apenas a parte do processo que foi decorrente da prova ilícita.

Gabarito: Errado.

Liberdade profissional:

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

Este inciso é muito cobrado, não pelo seu conteúdo em si, mas, por ser um bom exemplo de “norma de eficácia contida”.

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255. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Comentários:

Trata-se da perfeita literalidade do art. 5.º, XIII, da Constituição. Tal dispositivo é muito cobrado em provas por ser um bom exemplo de norma de eficácia contida, já que garante a liberdade de profissão de forma plena, mas, caso a lei estabeleça certos requisitos, eles deverão ser observados.

Gabarito: Correto.

Informação e publicidade:

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

Este princípio não vai de encontro à vedação do anonimato visto anteriormente, apenas se resguarda a origem e a forma que tal pessoa, não anônima, conseguiu a informação.

No inciso XXXIII percebe-se que em órgãos públicos também se assegura a todos informações de interesse particular, coletivo ou geral, a não ser que essas informações sejam de sigilo imprescindível à preservação da segurança da sociedade e do estado.

CF, art. 37, § 1º → A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, terão caráter educativo, informativo ou de orientação social, não podendo constar nomes, símbolos, ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores.

CF, art. 93, IX → Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e todas as decisões serão fundamentadas, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

No inciso LX vemos outra face desse direito e sua relativização → Os atos processuais também são públicos, mas caso seja necessário preservar a intimidade ou interesse social, a lei poderá restringir sua publicidade.

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256. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) É assegurado, em qualquer hipótese, o acesso à informação e a sua fonte.

Comentários:

Segundo o art. 5º, XIV da Constituição, embora seja assegurado a todos o acesso à informação, é resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.

Gabarito: Errado.

257. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, a CF dispõe expressamente que é assegurado a todos o acesso à informação, vedado o sigilo da fonte, mesmo quando necessário ao exercício profissional.

Comentários:

A Constituição é clara ao estabelecer em seu art. 5º, XIV que é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.

Gabarito: Errado.

Direito de ir e vir

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

A não observância desse direito enseja a ação de Habeas Corpus (remédio constitucional que será visto à frente), e note que este direito protege não só as pessoas, mas também seus bens, desde que se cumpram as exigências da lei e estejamos em tempo de paz.

CF, art. 49, II e 84, XXII → Forças estrangeiras não estão amparadas por este direito, somente podendo transitar no território nacional ou nele permanecer, ainda que temporariamente, se permitido pelo Presidente da República, nos casos previstos em LC, ou fora destes casos, se autorizado pelo CN.

258. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) A inviolabilidade do direito à liberdade abrange a livre locomoção no território nacional em tempo de paz e constitui direito fundamental previsto na Constituição Federal integrante do grupo de direitos:

a) políticos.

b) sociais.

c) solidários.

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d) individuais.

e) à nacionalidade.

Comentários:

Questão simples. Para resolvê-la bastasva que o candidato soubesse que tal direito encontra-se no art. 5º da Constituição, artigo este que dispõe sobre os direitos e deveres individuais e coletivos.

A não observância desse direito enseja a ação de Habeas Corpus, e protege não só as pessoas, mas também seus bens, desde que se cumpram as exigências da lei e estejamos em tempo de paz.

CF, art. 49, II e 84, XXII → Forças estrangeiras não estão amparadas por este direito, somente podendo transitar no território nacional ou nele permanecer, ainda que temporariamente, se permitido pelo Presidente da República, nos casos previstos em LC, ou fora destes casos, se autorizado pelo CN.

Gabarito: Letra D.

Direito de reunião:

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

Inciso muito cobrado em provas. Deve-se atentar aos seguintes requisitos:

� seja pacificamente;

� sem armas;

� não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local;

� avise a autoridade competente.

Veja que dispensa autorização, basta simples aviso;

Doutrinariamente, entende-se que este direito também tutela o direito individual de não ser obrigado a reunir-se contra a própria vontade.

259. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra

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reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.

Comentários:

Trata-se da literalidade do direito de reunião, expresso no art. 5º, XVI da Constituição. Perceba que dispensa autorização, basta simples aviso. Importante salientar também que doutrinariamente, entende-se que esse direito também tutela o direito individual de não ser obrigado a reunir-se contra a própria vontade.

Gabarito: Correto.

260. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em qualquer local, independentemente de autorização ou de prévio aviso à autoridade competente.

Comentários:

Trata-se do direito de reunião, expresso no art. 5º, XVI da Constituição. Perceba que dispensa autorização, porém não dispensa o prévio aviso, daí estar errada.

Gabarito: Errado.

261. (FCC/Técnico - TRE-SE/2008) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, mediante prévia autorização do Poder Público.

Comentários:

Novamente a banca cobrou do direito de reunião, expresso no art. 5º, XVI da Constituição. Para o exercício deste direito dispensa-se autorização, basta o prévio aviso, daí estar errada.

Gabarito: Errado.

262. (FCC/AJAA - TRT 3ª/2009) No que diz respeito à liberdade de reunião, é certo que:

a) o instrumento jurídico adequado para a tutela da liberdade de reunião, caso ocorra lesão ou ameaça de lesão, ocasionada por ilegalidade ou arbitrariedade, é o habeas corpus.

b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, não está sujeita a qualquer suspensão por conta de circunstâncias excepcionais como no estado de defesa.

c) o prévio aviso à autoridade para realizar uma reunião limita-se, tão-somente, a impedir que se frustre outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

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d) na hipótese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiver portando arma de fogo, o fato não autoriza a dissolução da reunião pelo Poder Público.

e) a autoridade pública dispõe de competência e discricionariedade para decidir pela conveniência, ou não, da realização da reunião.

Comentários:

Letra A - Errado. Habeas corpus é remédio que garante a liberdade de locomoção. Ou seja, usa-se habeas corpus quando alguém está sendo privado de seu direito de "ir e vir". O direito de reunião não se confunde com direito de "ir e vir". Trata-se de um direito que a pessoa possui de se concentrar em local determinado, juntamente com outras pessoas. Caso sejam cumpridas as exigências constitucionais, a ofensa a este direito deverá ser tutelada por meio de Mandado de Segurança e não habeas corpus.

Letra B - Errado. A Constutição admite a restrição destas liberdades em se tratando de Estado de Sítio ou Estado de Defesa (CF, art. 136 e 139).

Letra C - Errado. Precisa-se avisar a autoridade, para que esta garanta as condições de segurança e manutenção da ordem pública, necessárias ao evento.

Letra D - Correto. Para que a coletividade de pessoas possam se reunir, deve-se observar os seguintes requisitos constitucionais:

- seja pacificamente;

- sem armas;

- não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local;

- avise a autoridade competente.

O uso isolado de arma por uma única pessoa, com desconhecimento da coletividade, não pode ser motivo para a dissolução da reunião. Caberá às autoridades tomar as providências cabíveis contra ela, sem que o direito coletivo fique prejudicado pela infração individual.

Letra E - Errado. A autoridade deve receber apenas o aviso que ocorrerá uma reunião em certo local. Não cabe a ela autorizar ou desautorizar o exercício deste direito. O exercício do direito de reunião só poderá ser legalmente frustrado caso não sejam observadas as exigências constitucionais.

Gabarito: Letra D.

263. (CESPE/MPS/2010) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, mediante autorização da autoridade competente, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

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Comentários:

Questão clássica. O art. 5º XVI da Constituição dispõe que o direito de reunião deve obedecer os seguintes requisitos:

- seja pacificamente;

- sem armas;

- não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local;

- avise a autoridade competente.

Logo, não precisa de autorização e sim de um simples "aviso".

Gabarito: Errado.

264. (CESPE/Auditor-TCU/2009) De acordo com a CF, caso os integrantes de determinada associação pretendam reunir-se pacificamente, sem armas, em um local aberto ao público, tal reunião poderá ocorrer, independentemente de autorização, desde que não frustre outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.

Comentários:

São os requisitos exigidos pelo art. 5º XVI da Constituição: pacificamente; sem armas; não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local; avise a autoridade competente.

Gabarito: Correto.

265. (CESPE/AJAA-STF/2008) Em tempo de paz, os direitos de liberdade de locomoção e de liberdade de reunião somente podem ser afastados mediante prévia e fundamentada decisão judicial.

Comentários:

A Constituição estabelece em seu art. 5º, XV, que é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. Assim, não há hipótese de relativizar este direito por ordem judicial sem fundamento em lei. Da mesma forma, a CF, estabelece: art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. Também se trata de norma que não prevê a hipótese do enunciado.

Gabarito: Errado.

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266. (CESPE/SEJUS-ES/2009) Independentemente de aviso prévio ou autorização do poder público, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

Comentários:

Realmente não depende de autorização, porém, depende de aviso (CF, art. 5º, XVI).

Gabarito: Errado

267. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com a doutrina e jurisprudência, a tutela jurídica do direito de reunião eventualmente atingido se efetiva por intermédio do habeas corpus.

Comentários:

Frustrar o direito de reunião não é um impedimento à liberdade de locomoção e sim um impedimento de se exercer um direito, direito este assegurado constitucionalmente, assim deve ser impugnada esta ofensa através de mandado de segurança.

Gabarito: Errado

268. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) o direito de reunião pacífica não contempla, sem prévia anuência expressa da autoridade pública de trânsito, a realização de manifestação coletiva, com objetivo de protesto contra a carga tributária, em via pública de circulação automobilística.

Comentários:

O texto constitucional não traz tal restrição, é possível a reunião em qualquer espaço público, desde que previamente comunicada às autoridades competentes.

Gabarito: Errado.

269. (ESAF/ATRFB/2009) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo exigida, no entanto, autorização prévia da autoridade competente.

Comentários:

Não é exigida autorização do poder publico, apenas prévio aviso (CF, art. 5°, XVI).

Gabarito: Errado

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270. (ESAF/ATA-MF/2009) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, entretanto, exige-se prévio aviso à autoridade competente.

Comentários:

Exatamente o que dispõe a Constituição em seu art. 5º, XVI. Trata-se da cobrança clássica deste dispositivo em concursos trocando-se o termo "aviso" pelo termo "autorização". A autoridade não precisa autorizar para que se possa exercer este direito, basta que ela fique ciente através de um simples aviso.

Gabarito: Correto.

271. (ESAF/PGFN/2007) O direito constitucional de reunião não protege pretensão do indivíduo de não se reunir a outros.

Comentários:

Segundo a doutrina, o direito de reunião é um direito reflexo, pois ele garante a liberdade de que as pessoas possam se reunir em locais abertos ao público e ao mesmo tempo tutela o direito de não ser obrigado a participar de uma reunião.

Gabarito: Errado

272. (FGV/Advogado-Senado/2008) A todos é assegurado o direito de reunião, para fins pacíficos, em locais abertos ao público, independentemente de autorização e de aviso prévio à autoridade competente.

Comentários:

Segundo a Constituição Federal, em seu art. 5.º, XVI, para que a coletividade de pessoas possa se reunir, devem-se observar os seguintes requisitos constitucionais:

– seja pacificamente;

– sem armas;

– não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local;

– avise a autoridade competente.

Desta forma, erra o item por dizer que dispensa o prévio aviso. Este aviso é necessário, o que não é necessário é que a autoridade autorize a reunião.

Gabarito: Errado.

Direito de associação:

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XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

Temos que gravar que:

1. É livre a associação somente para fins LÍCITOS, sendo vedada a paramilitar;

2. É vedada a interferência estatal em seu funcionamento e nem mesmo precisa-se de autorização para criá-las;

3. Ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecer associado;

4. Paralisação compulsória (independente da vontade dos sócios) das atividades:

• Para que tenham suas atividades SUSPENSAS ��� Só por decisão judicial ("simples")

• Para serem DISSOLVIDAS ��� Só por decisão judicial TRANSITADA EM JULGADO

5. Podem, desde que EXPRESSAMENTE autorizadas, representar seus associados:

• Judicialmente; ou

• Extrajudicialmente.

Caráter paramilitar:

Organizações paramilitares são agrupamentos ilícitos de pessoas. São entidades que se “espelham” em princípios das forças armadas para atuarem em fins distintos do interesse público. Exemplos dessas associações são as milícias, as “FARC” colombianas, entre outros.

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A Constituição, tanto no art. 42 ao dispor sobre os “militares do Estado” (polícia militar e corpo de bombeiros), quanto no art. 142 ao falar das “forças armadas”, dispõe que os miliares são organizados pelos princípios da hierarquia e disciplina.

Assim, podemos concluir que seria caracterizada como paramilitar qualquer aquela não fosse constituída pelo Poder Público e que, organizada sob os princípios da hierarquia e disciplina, fizesse uso de armas para o alcance de interesses próprios.

273. (FCC/AJ Arquivologia - TRT 1ª/2011) João, Carlos, Tício, Libero e Tibério se uniram e fundaram uma associação de vigilantes de bairro, todos armados e uniformizados, sob a alegação que não treinavam com finalidade bélica. Porém, para se afastar de forma absoluta o caráter paramilitar dessa associação não poderão estar presentes os seguintes requisitos:

a) Tempo e princípio da impessoalidade.

b) Tempo e lugar.

c) Pluralidade de participantes e lugar.

d) Lugar e princípio da eficiência.

e) Organização hierárquica e princípio da obediência.

Comentário:

Seria caracterizada como paramilitar qualquer aquela não fosse constituída pelo Poder Público e que, organizada sob os princípios da hierarquia e disciplina, fizesse uso de armas para o alcance de interesses próprios.

Gabarito: Letra E.

274. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Todos deverão ser compelidos a associar-se ou a permanecer associado a sindicato na vigência do contrato de trabalho.

Comentários:

Ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecer associado.

Gabarito: Errado.

275. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado (Certo ou Errado).

Comentários:

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Para suspender, basta uma decisão judicial. Para dissolver, só quando a decisão "transitar em julgado".

Gabarito: Correto.

276. (FCC/TJAA-TRT 7ª/2009) O artigo 5° da Constituição Federal prevê, dentre outros direitos, que:

a) a liberdade de associação é absoluta, sendo necessária, porém, a prévia comunicação à autoridade competente.

b) as entidades associativas somente têm legitimidade para representar seus filiados extrajudicialmente.

c) a liberdade de associação para fins lícitos é plena, vedada a de caráter paramilitar.

d) a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas, dependem de autorização do Estado.

e) as associações só poderão ser compelidas a suspender as suas atividades, após decisão tomada por seus filiados.

Comentários:

Letra A - Errado. Nenhum direito fundamental é absoluto, muito menos a liberdade de associação, que só será permitida para fins lícitos e com o cumprimento das demais exigências constitucionais que vimos anteriormente.

Letra B - Errado. Vimos que elas podem, desde que EXPRESSAMENTE autorizadas, representar seus associados:

• Judicialmente; ou

• Extrajudicialmente.

Letra C - Correto. Literalidade do art. 5º XVII - "é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar".

Letra D - Errado. Como vimos, é vedada a interferência estatal em seu funcionamento e nem mesmo precisa-se de autorização para criá-las;

Letra E - Errado. Mais uma vez a manjada regra. Os filiados podem decidir por suspender ou encerrar as atividades, porém, a associação também poderá sofrer essas interferências de forma compulsória pela autoridade judicial, da seguinte forma:

• para que tenham suas atividades suspensas → só por decisão judicial (simples);

• para serem dissolvidas → só por decisão judicial transitada em julgado.

Gabarito: Letra C.

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277. (FCC/AJAJ-TRT-23ª/2011) As associações

a) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão administrativa de autoridade competente, desde que tenha sido exercido o direito de defesa.

b) não poderão ser compulsoriamente dissolvidas em nenhuma hipótese tratando-se de garantia constitucional indisponível.

c) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial que haja transitado em julgado.

d) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial não sendo o trânsito em julgado requisito indispensável para a sua dissolução.

e) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão administrativa desde que proferida em segunda instância por órgão colegiado.

Comentário:

Temos que fixar:

• Para que tenham suas atividades SUSPENSAS ��� Só por decisão judicial ("simples")

• Para serem DISSOLVIDAS ��� Só por decisão judicial TRANSITADA EM JULGADO

Gabarito: Letra C.

278. (CESPE/DETRAN-DF/2009) A norma constitucional que estabelece que as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado, tem aplicação imediata.

Comentários:

Esta é a regra trazida pelo art. 5º XIX da Constituição Federal. Em regra, as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais devem ser entendidas como imediatamente aplicáveis (CF, art. 5º §1º), a não ser que não seja possível vislumbrar a sua produção de efeitos sem que haja uma regulamentação por lei, o que não é o caso.

Gabarito: Correto.

279. (CESPE/Auditor-TCU/2009) A administração pública, no exercício do seu poder de fiscalização, quando estiver diante de uma

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ilegalidade, poderá, independentemente de decisão judicial, dissolver compulsoriamente ou suspender as atividades das associações.

Comentários:

O Estado não pode influir no exercício das associações, para que se suspenda ou se dissolva associações de forma compulsória, precisa-se sempre de ordem judicial, e que no caso de dissolução deverá ainda transitar em julgado (CF, art. 5º, XVIII).

Gabarito: Errado.

280. (CESPE/MMA/2009) Associação com seis meses de constituição pode impetrar mandado de segurança coletivo.

Comentários:

Segundo a Constituição Federal (art. 5º LXX), a associação deve estar legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano. Exigência essa não necessária para partidos políticos, entidades de classe e organizações sindicais.

Gabarito: Errado

281. (CESPE/Auditor-TCU/2009) A administração pública, no exercício do seu poder de fiscalização, quando estiver diante de uma ilegalidade, poderá, independentemente de decisão judicial, dissolver compulsoriamente ou suspender as atividades das associações.

Comentários:

O Estado não pode influir no exercício das associações, para que se suspenda ou se dissolva associações de forma compulsória, precisa-se sempre de ordem judicial, e que no caso de dissolução deverá ainda transitar em julgado (CF, art. 5º, XVIII).

Gabarito: Errado

282. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Somente por decisão judicial transitada em julgado as associações podem ser compulsoriamente dissolvidas.

Comentários:

O Estado não pode influir no exercício das associações, para que se suspenda ou se dissolva associações de forma compulsória, precisa-se sempre de ordem judicial, e que no caso de dissolução deverá ainda transitar em julgado (CF, art. 5º, XVIII).

Gabarito: Correto.

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283. (CESPE/TRT-17ª/2009) A CF veda a interferência do Estado no funcionamento das associações e cooperativas.

Comentários:

Consoante com o art. 5º XVIII da Constituição, a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu fun-cionamento;

Gabarito: Correto.

284. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicialmente, mas não no contencioso administrativo.

Comentários:

Pode ser tanto judicialmente quanto extrajudicialmente. Deve-se ter atenção que para a representação, necessita-se de expressa autorização dos associados. Diferentemete do que ocorre no mandado de segurança coletivo, que é uma substituição processual. Neste caso, o STF entende que basta autorização genérica que já é conseguida com o mero ato de filiação.

Gabarito: Errado

285. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial transitada em julgado.

Comentários:

Note que se está falando de dissolução compulsória, ou seja, aquela dissolução que não decorre de vontade dos associados (voluntária). O trânsito em julgado da decisão judicial é exigido pela Constituição no caso de "dissolução" (CF, art. 5º, XIX). Nos casos de mera "suspensão", basta ordem judicial sem necessidade de transitar em julgado.

Gabarito: Correto.

286. (ESAF/ATA-MF/2009) Exige-se o trânsito em julgado da decisão judicial para que as associações tenham suas atividades suspensas.

Comentários:

O trânsito em julgado só se faz necessário para a “dissolução” compulsória. Para “suspensão” compulsória basta simples

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ordem judicial sem necessidade de transitar em julgado. (CF, em seu art. 5º, XIX).

Gabarito: Errado.

287. (CESGRANRIO/Investigador - Polícia Civil do RJ/2008) Entre os direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal, inclui-se a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar. Nesse contexto, a criação de associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento, ressalvada a possibilidade de serem compulsoriamente dissolvidas por:

a) decisão judicial, apenas após o trânsito em julgado.

b) decreto específico do Governador do Estado.

c) orientação do Ministério Público.

d) determinação da Autoridade Policial em sede de inquérito.

e) portaria da Presidência da República ou do Ministério da Justiça.

Comentários:

De forma COMPULSÓRIA, ou seja, independente da vontade dos associados:

• Para que tenham suas atividades SUSPENSAS � Só por decisão judicial;

• Para serem DISSOLVIDAS � Só por decisão judicial TRANSITADA EM JULGADO

Gabarito: Letra A.

• Questões da FGV:

288. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.

Comentários:

Perfeita literalidade do art. 5.º, XVIII, da Constituição.

Gabarito: Correto.

289. (FGV/OAB/2010.3) A Constituição garante a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar (art. 5°, XVII). A respeito desse direito fundamental, é correto afirmar que

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a criação de uma associação

(A) depende de autorização do poder público e pode ter suas atividades suspensas por decisão administrativa.

(B) não depende de autorização do poder público, mas pode ter suas atividades suspensas por decisão administrativa.

(C) depende de autorização do poder público, mas só pode ter suas atividades suspensas por decisão judicial transitada em julgado.

(D) não depende de autorização do poder público, mas só pode ter suas atividades suspensas por decisão judicial.

Comentários:

A Constituição garante que é livre o direito de associação para fins lícitos, não precisando de autorização do Poder Público para cria-las e não podendo haver interferência estatal no seu funcionamento. E, de forma COMPULSÓRIA, ou seja, independente da vontade dos associados:

• Para que tenham suas atividades SUSPENSAS � Só por decisão judicial;

• Para serem DISSOLVIDAS � Só por decisão judicial TRANSITADA EM JULGADO

Gabarito: Letra D

Regime Constitucional do Direito de Propriedade

Garantia e relativização:

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

Veja que estamos diante de uma norma de eficácia contida. Garante-se o direito de propriedade e logo abaixo se cria uma condição, o atendimento da função social. Mas o que é isso?

Segundo a própria constituição (CF, art. 182 e 186), a função social é cumprida, em se tratando de:

• propriedade urbana: quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. (Plano Diretor é o instrumento aprovado pela Câmara Municipal que serve para nortear o desenvolvimento e a expansão urbana, e é obrigatório se o município tiver mais de 20 mil habitantes)

• propriedade rural: quando atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

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� aproveitamento racional e adequado;

� utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

� observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

� exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Desapropriação Ordinária de Imóvel Urbano:

Art. 5º, XIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

Requisição administrativa da propriedade:

Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

A indenização será ulterior, após o ato, e só se houver dano à propriedade.

Não se trata de forma de desapropriação, pois diferentemente do que ocorre nesta, na requisição, o dono da propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a mesma à autoridade competente para que use temporariamente o imóvel no caso de perigo público iminente.

Pequena propriedade rural:

Art. 5º, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

Esquema sobre a pequena propriedade rural:

• Se trabalhada pela família → Não pode ser objeto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva

• Se o proprietário não possuir outra:

� CF, art. 153, § 4º → Será imune ao Imposto Territorial Rural (ITR);

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� CF, art. 185, I → Não poderá ser desapropriada para fins de reforma agrária (extensível à média propriedade).

Note que é errado falar, simplesmente, que "a pequena e a média propriedade rural não podem ser objeto de desapropriação para fim de reforma agrária", pois isso só será efetivamente garantido caso o proprietário não possua outra.

Esquematização sobre as desapropriações na CF/88:

1– CF, art. 5º, XXIV

Se houver: necessidade ou utilidade → pública; ou

interesse → social.

Necessita ainda de uma lei para estabelecer o procedimento de desapropriação.

Indenização:

• justa;

• prévia; e

• em dinheiro.

� Essa é a desapropriação ordinária.

� O Poder competente será o Executivo de qualquer esfera de poder.

� É bom prestar atenção na literalidade: por "interesse social" e lembrar-se que a indenização precisa conter esses três requisitos: ser justa, prévia e em dinheiro, senão padecerá de vício de inconstitucionalidade.

� Desapropriação por interesse social: ocorre para trazer melhorias às classes mais pobres, como dar assentamento a pessoas.

� Necessidade pública: A desapropriação é imprescindível para alcançar o interesse público.

� Utilidade pública: Não é imprescindível, mas, será vantajosa para se alcançar o interesse público

� Imissão provisória na posse ou imissão prévia na posse: O ente expropriante toma antecipadamente a posse do bem, com a condição de que haja urgência (que não poderá ser renovada) e pagamento de quantia arbitrada pelo juiz. Essa quantia refere-se a um depósito apenas provisório, não

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importando no pagamento definitivo e justo visto acima, conforme jurisprudência do STF.

2– CF, art. 182, § 4

No caso de solo urbano não edificado ou subutilizado.

Competente: poder municipal.

Precisa de lei específica municipal nos termos de lei federal.

A área deve estar incluída no Plano Diretor.

A desapropriação é o último remédio após o Município promover:

• parcelamento ou edificação compulsórios do terreno;

• IPTU progressivo no tempo até alcançar certo limite estabelecido na lei.

Indenização:

• mediante títulos da divida pública com prazo de resgate de até 10 anos.

• a emissão dos títulos deve ser previamente aprovada pelo Senado Federal;

• as parcelas devem ser anuais, iguais e sucessivas.

� Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel urbano.

� A regra acima é apenas para o imóvel não edificado ou subutilizado, regra geral: As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.

3– CF, art. 184

Para fins de reforma agrária:

competente: União;

também é por interesse social;

• somente se aplica ao imóvel que não estiver cumprindo sua função social.

Indenização:

• justa;

• prévia;

• em títulos da dívida agrária resgatáveis em até 20 anos;

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• se houver benfeitorias úteis ou necessárias, estas devem ser indenizadas em dinheiro;

• o resgate dos títulos é a partir do segundo ano de sua emissão.

� Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel rural.

� As operações de transferência de imóveis que são desapropriados para fins de reforma agrária são imunes a quaisquer impostos (não abrange todos os tributos, apenas os impostos, que são uma das espécies do gênero tributo), sejam eles federais, estaduais ou municipais – trata-se de uma imunidade constitucional – CF, art. 184, § 5º.

4– CF, art. 243

Se houver cultivo ilegal de plantas psicotrópicas, haverá expropriação imediata sem direito a qualquer indenização;

Finalidade: As “glebas” serão especificadamente destinadas ao assentamento de colonos para que cultivem produtos alimentícios ou medicamentosos.

• Essa desapropriação é chamada por alguns de confisco e é regulada pela Lei nº 8.257/91.

• Para que ocorra a expropriação, o cultivo deve ser ilegal, ou seja, não estar autorizado pelo órgão competente do Ministério da Saúde, e não atendendo exclusivamente a finalidades terapêuticas e científicas.

• Art. 243, parágrafo único → Qualquer bem de valor econômico que seja apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será revertido para tratamento e recuperação de viciados e para custeio das atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão ao tráfico.

• Segundo o STF, toda a gleba deverá ser expropriada e não apenas a parte que era usada para o plantio20.

Observações Gerais:

Vimos que tanto na desapropriação ordinária quanto na extraordinária precisamos de lei que regulamente a execução. A competência para legislar sobre desapropriação é privativa da União. Somente uma lei federal poderá regulamentar o procedimento de desapropriação ordinária ou servir de base para a

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RE 543974/MG - 2009

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lei específica municipal na desapropriação extraordinária de imóvel urbano.

Dica:

Não confunda essa competência privativa para legislar sobre desapropriação com a competência para promover a desapropriação. Para promovê-la, como visto acima poderá caber:

• à União, Estado/DF ou Mun. → na desapropriação ordinária;

• ao Município → na desapropriação extraordinária de imóvel urbano;

• à União → na desapropriação extraordinária de imóvel rural.

290. (FCC/AJAA-TRE-AP/2011) Ulisses foi obrigado a desocupar sua residência porque o Corpo de Bombeiros a requisitou para acessar e apagar um incêndio no imóvel dos fundos que se alastrava com rapidez e tomava enormes proporções, e que poderia queimar o referido imóvel, aniquilar todo o restante do quarteirão, causar a morte de um grupo indeterminado de pessoas e danos à comunidade. Porém, os bombeiros no manuseio das mangueiras de água danificaram todos os móveis e eletrodomésticos que se encontravam no interior do imóvel. Segundo a Constituição Federal, ao Ulisses

a) está assegurada indenização ulterior de todos os danos causados pelo Corpo de Bombeiros no combate ao incêndio.

b) não está assegurada indenização ulterior em hipótese alguma, posto que o caso se tratava de iminente perigo público.

c) está assegurada indenização dos danos, limitada de até vinte salários mínimos.

d) está assegurada indenização dos danos, limitada de até quarenta salários mínimos.

e) não está assegurada indenização, posto que o caso se tratava de força maior, salvo se Ulisses provar que a requisição de sua casa era dispensável ao combate do incêndio.

Comentário:

A questão facilita a vida do candidato, veja que ela usa a expressão: "o Corpo de Bombeiros a requisitou". Lembraram? Ahhhh... trata-se da requisição administrativa.

CF, art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,

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assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

Veja então que a indenização será ulterior, após o ato, e só se houver dano à propriedade.

Como sabemos, não se trata de forma de desapropriação, pois diferentemente do que ocorre nesta, na requisição, o dono da propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a mesma à autoridade competente para que use temporariamente o imóvel no caso de perigo público iminente.

Gabarito: Letra A.

291. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, vedada ao proprietário indenização ulterior na ocorrência de dano.

Comentários:

Trata-se do instituto da requisição administrativa. Essa requisição é feita por autoridades públicas em caso de iminente perigo público e se houver dano à propriedade, haverá ulterior indenização. A questão erra ao dizer que não haverá indenização (CF, art. 5º, XXV).

Gabarito: Errado.

292. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

Comentários:

Teor do art. 5º, XXVI: Como vimos, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

Gabarito: Correto.

293. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) a desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social será efetuada mediante prévia e justa indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos na Constituição.

Comentários:

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Veja que a assertiva fala "ressalvados os casos previstos na Constituição". Por que isso? Pois na Constituição existem vários casos de desapropriação além desta do art. 5º, XXIV.

Gabarito: Correto.

294. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) a pequena propriedade rural, definida em lei e desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora, salvo para assegurar pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.

Comentários:

A Constituição assegura em seu art. 5º, XXVI: a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

Gabarito: Errado.

295. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) a propriedade particular poderá ser objeto de uso pela autoridade competente, em caso de iminente perigo público, assegurada indenização posterior, independentemente da ocorrência de dano.

Comentários:

Aqui não se trata mais de forma de desapropriação, pois diferentemente do que ocorre nesta, na requisição, o dono da propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a mesma à autoridade competente para que use temporariamente o imóvel no caso de perigo público iminente. Segundo a CF em seu art. 5º, XXV: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; (A indenização será ulterior, após o ato, e só se houver dano à propriedade).

Gabarito: Errado.

296. (CESPE/AJEP-TJES/2011) A requisição, como forma de intervenção pública no direito de propriedade que se dá em razão de iminente perigo público, não configura forma de autoexecução administrativa na medida em que pressupõe autorização do Poder Judiciário.

Comentários:

A requisição administrativa ocorre nos termos do art. 5º, XXV, quando a Constituição autoriza que, no caso de iminente perigo

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público, a autoridade competente use a propriedade particular, assegurando ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Ora, estamos diante de um iminente perigo público, e a autoridade administrativa terá que pedir autorização ao Judiciário??? Não há lógica nenhuma nisso. A autoridade possui esse poder de forma autoexecutável.

Gabarito: Errado.

297. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) A propriedade poderá ser desapropriada por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mas sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.

Comentários:

A questão erra pelo fato de que a Constituição prevê outros modos de indenização para a desapropriação por interesse social. Embora quando ocorra necessidade ou utilidade pública, ou interesse social, em regra o proprietário seja indenizado de forma prévia e em dinheiro, a Constituição estabelece no seu art. 184 a desapropriação para reforma agrária, que também se caracteriza como "interesse social" e a sua indenização se dá mediante títulos da dívida agrária.

Gabarito: Errado.

298. (CESPE/Técnico Administrativo - PREVIC/2011) De acordo com a CF, com o objetivo de fomentar a produção e a renda, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de qualquer tipo de débito adquirido.

Comentários:

Ela não está imune de penhora a qualquer tipo de débito. Apenas os débitos decorrentes da sua atividade produtiva (CF, art. 5º, XXVI).

Gabarito: Errado.

299. (CESPE/Analista-EBC/2011) Será garantida indenização por benfeitorias necessárias nos casos de desapropriação de fazenda que sedie cultura de plantas psicotrópicas.

Comentários:

Segundo o art. 243 da Constituição, se houver cultivo ilegal de plantas psicotrópicas, haverá expropriação imediata sem direito a qualquer indenização.

Gabarito: Errado.

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300. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Na desapropriação, a indenização justa e prévia deve traduzir a mais completa recomposição o valor retirado do patrimônio do expropriado e, nesse sentido, reconhece o STF a legitimidade do pagamento de indenização pelas matas existentes, até mesmo aquelas integrantes da cobertura vegetal sujeita a preservação permanente.

Comentários:

É o entendimento do STF, que é reconhecido através do preceito constitucional de que a indenização deve ser "justa".

Gabarito: Correto.

301. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF prevê que as glebas nas quais forem localizadas culturas de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas, sem indenização ao proprietário. O STF entende que, nessa hipótese, o termo gleba se refere apenas à área efetivamente cultivada e não a toda a propriedade, de modo que a gleba não poderia ser considerada o todo, mas somente a parte objeto do plantio ilegal.

Comentários:

Na jurisprudência do STF, toda a área da gleba deve ser desapropriada, e não somente a área do cultivo.

Gabarito: Errado.

302. (ESAF/ Procurador PGFN/2012) Sobre o regime constitucional da propriedade, é incorreto afirmar:

a) que, no bojo dos direitos fundamentais contemplados na Constituição Federal de 1988, é, concomitantemente, garantido o direito de propriedade e exigido que a propriedade atenda à sua função social.

b) que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por utilidade pública, mediante justa e prévia indenização em dinheiro ou bens da União.

c) que, no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade privada independentemente de prévia disciplina legal ou ato de desapropriação, assegurado ao proprietário apenas indenização ulterior se houver dano.

d) que no contexto da política de desenvolvimento urbano, o poder público municipal pode, nos termos de lei específica local e observados os termos de lei federal, exigir do proprietário de área incluída no plano diretor que promova o seu adequado

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aproveitamento sob pena, como medida derradeira, de sua desapropriação mediante justa e prévia indenização com pagamento em títulos da dívida pública.

e) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, é insusceptível tanto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva quanto, desde que seu proprietário não possua outra, de desapropriação para fins de reforma agrária.

Comentários:

a) Correto, por várias vezes a Constituição vincula o direito de liberdade a sua função social, desdobrando o art. 5º, XXIII, que dispõe que a propriedade atenderá a sua função social.

b) O erro está em afirmar que a indenização decorrente de desapropriação por utilidade pública poderá ser paga por meio de bens da União, considerando que só há previsão para pagamento em dinheiro.

c) É o que está previsto no art. 5º, XXV. Item correto.

d) Correto, é o disposto no art. 182, §4º.

e) É o previsto no Art. 5, XXVI da CF-88

Gabarito: Letra B

303. (ESAF/ATRFB/2009) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular. No entanto, se houver dano, não será cabível indenização ao proprietário.

Comentários:

Caberá indenização ulterior no caso de dano. (CF, art. 5°, XXV).

Gabarito: Errado

304. (ESAF/Técnico Administrativo - MPU/2004) Por força de disposição constitucional, a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, dar-se-á sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.

Comentários:

A desapropração para fins de reforma agrária disposta no art. 184 da CF, também ocorre por interesse social, porém o pagamento é feito em títulos da dívida agrária, salvo as benfeitorias úteis e necessárias que serão indenizadas em dinheiro (CF, art. 184 § 1º). Desta forma, encontra-se errada a questão.

Gabarito: Errado

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305. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

Comentários:

Caso a pequena propriedade rural seja trabalhada pela família, de acordo com o art. 5.º, XXVI, da Constituição, ela não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, e caberá à lei dispor sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

Gabarito: Correto.

306. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Comentários:

Esse é o instituto da “requisição administrativa”, que não deve ser confundido com desapropriação. A requisição, prevista na Constituição, art. 5.º, XXV, é apenas um uso temporário da propriedade; só haverá indenização em momento posterior e se houver dano.

Gabarito: Correto.

307. (CESGRANRIO/DECEA/2009) A Constituição Brasileira garante o direito de propriedade (art. 5o, XXII), que, por seu turno, deverá a atender a sua função social (art. 5o, XXIII). Nesse sentido, é correto afirmar que a Constituição:

(A) não admite a expropriação de terras, nem o confisco de bens.

(B) assegura que a pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamentos de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.

(C) permite a desapropriação de imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, que incluirá as benfeitorias úteis e necessárias.

(D) permite, em caso de iminente perigo público, o uso de propriedade particular por autoridade pública, assegurado o pagamento de indenização pelo uso da propriedade.

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(E) permite a desapropriação de imóvel urbano, por interesse social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida pública.

Comentários:

Letra A - Errado. Expropriação é o mesmo que de desapropriação, mas é usada geralmente para versar sobre a tomada de terras sem qualquer indenização que o poder público promove quando a propriedade esteja cultivando plantas psicotrópicas ilícitas. A expropriação, bem como o confisco de bens, pode sim ser feito no Brasil.

Letra B - CORRETO. A Constituição assegura em seu art. 5º, XXVI: a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

Letra C - Errado. Vimos ao comentarmos a letra A que no caso de desapropriação de imóvel rural, a indenização será:

a) Justa;

b) Prévia;

c) Em títulos da divida agrária resgatáveis em até 20 anos;

d) Se houver benfeitorias ÚTEIS ou NECESSÁRIAS, estas devem se indenizadas em dinheiro;

Letra D - Aqui não se trata mais de forma de desapropriação, pois diferentemente do que ocorre nesta, na requisição, o dono da propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a mesma à autoridade competente para que use temporariamente o imóvel no caso de perigo público iminente. Segundo a CF em seu art. 5º, XXV: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; (A indenização será ulterior, após o ato, e só se houver dano à propriedade).

Letra E - Por interesse social, que como visto, é aquela que ocorre para dar assentamento a pessoas. A indenização será sempre justa, prévia e em dinheiro. A desapropriação que se indeniza em títulos da dívida pública é aquela de solo não-edificado ou sub-utilizado.

Gabarito Letra B.

308. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) Em relação ao instituto da Requisição administrativa, afirma-se que:

(A) pode incidir sobre bens, móveis e imóveis, ou sobre serviços.

(B) é cabível apenas em tempos de guerra.

(C) depende de prévia aquiescência do particular.

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(D) depende de intervenção do Poder Judiciário.

(E) depende de prévia indenização ao particular.

Comentários:

A requisição administrativa está prevista na Constituição Federal, no art. 5º, XXV: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Trata-se do uso emergencial de um bem móvel ou imóvel, é dispensado para tanto a permissão do particular ou do Judiciário. Em caso de algum dano ao bem particular, haverá indenização, mas só em momento posterior.

Gabarito: Letra A.

Direito autoral:

Art. 5º, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

É um privilégio vitalício e ainda vai poder ser transmitido aos herdeiros, mas só pelo tempo que a lei fixar. Após esse tempo cairá no domínio público.

309. (FCC/TJAA-TRE-PE/2011) No tocante aos Direitos e Garantias Fundamentais, ao autor

a) compete o exercício solidário do direito de utilização de sua obra com a sociedade face o interesse público que se sobrepõe ao privado, independentemente de prazo.

b) compete o exercício solidário do direito de publicação de sua obra com a sociedade face o interesse público, independentemente de prazo.

c) pertence o direito exclusivo de publicação de sua obra, intransmissível aos herdeiros.

d) pertence o direito exclusivo de utilização de sua obra, intransmissível aos herdeiros.

e) pertence o direito exclusivo de reprodução de sua obra, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.

Comentários:

A questão se limitou a cobrar a literalidade do art. 5º, XXVII da Constituição: aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.

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Gabarito: Letra E.

310. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.

Comentários:

Teor do art. 5º, XXIX - veja que o direito de propriedade industrial é temporário, enquanto o direito autoral é vitalício e ainda pode ser transferido aos herdeiros pelo tempo em que a lei fixar.

Gabarito: Correto.

311. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, não transmissível aos herdeiros, por seu caráter personalíssimo.

Comentários:

O direito autoral é transmissível aos herdeiros, embora somente pelo tempo que a lei venha a fixar.

Gabarito: Errado.

312. (CESPE/MMA/2009) Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização e publicação, mas não o de reprodução, não podendo a transmissão desse direito aos herdeiros ser limitada por lei.

Comentários:

A questão contraria o disposto no art. 5º, XXVII que garante aos autores o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, e que diz ainda que o direito será transmissível aos herdeiros mas somente pelo tempo que a lei fixar.

Gabarito: Errado.

Direito de imagem e de fiscalização:

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

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b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

Propriedade Industrial

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

Perceba que, diferentemente do direito autoral, a propriedade industrial é um privilégio temporário:

• Direito autoral - Privilégio vitalício e ainda transmissível aos herdeiros;

X

• Direito de propriedade industrial - Privilégio temporário.

313. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) A CF garante o direito de propriedade intelectual e assegura aos autores de inventos industriais privilégio permanente para a sua utilização, além de proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e outros signos distintivos, considerando o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil.

Comentários:

A propriedade industrial, diferentemente do “direito autoral”, é um privilégio temporário, e não um privilégio permanente.

A propriedade industrial, as famosas “patentes”, possuem um prazo definido em lei (9279/96) para serem utilizadas (15 ou 20 anos, caso a caso).

Gabarito: Errado

Herança

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

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Facilitando: "de cujus" é o falecido. Assim, quando algum estrangeiro falecer deixando bens situados no Brasil, esta sucessão de bens (recebimento da herança) será regulada pela lei brasileira de forma a beneficiar o cônjuge ou seus filhos brasileiros, a não ser que a lei do país do falecido seja ainda mais favorável a estes.

314. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

Comentários:

Teor do art. 5º, XXXI: "a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"

Gabarito: Correto.

315. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) a sucessão de bens de estrangeiros situados no país será sempre regulada pela lei brasileira, independentemente do que estabelecer a lei pessoal do de cujus.

Comentários:

O termo "de cujus" é usado como sinônimo de "falecido". Assim, de acordo com a Constituição (CF, art. 5°, XXXI), a sucessão de bens (transmissão da herança) pertencentes à estrangeiros, quando os bens estejam situados no Brasil, será regulada pela lei BRASILEIRA, de modo que venha a beneficiar o seu cônjuge ou seus filhos brasileiros. Esta regra não é aplicável se a lei do país do falecido (de cujus) for mais benéfica do que a lei brasileira para o cônjuge ou filhos brasileiros.

Gabarito: Errado.

316. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A garantia ao direito de herança é um direito fundamental, que não pode ser restringido pela legislação infraconstitucional.

Comentários:

Os direitos fundamentais, em regra, estão sujeitos a uma regulamentação legal, embora muitas vezes não esteja expresso no texto. Assim o código civil regulamenta a herança e impõe os limites e o modo através do qual ocorrerá.

Gabarito: Errado

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317. (ESAF/ATRFB/2009) A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei do país do de cujus, ainda que a lei brasileira seja mais benéfica ao cônjuge ou aos filhos brasileiros.

Comentários:

A regra é ser pela lei brasileira, salvo se a lei do de cujos for mais benéfica ao cônjuge ou aos filhos brasileiros. (CF, art. 5°, XXXI).

Gabarito: Errado

318. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei estrangeira pessoal do “de cujus” sempre que esta for mais favorável ao cônjuge ou aos filhos brasileiros do que a lei brasileira.

Comentários:

O termo “de cujus” é usado como sinônimo de “falecido”. Assim, de acordo com a Constituição (CF, art. 5.º, XXXI), a sucessão de bens (transmissão da herança) pertencentes a estrangeiros, quando os bens estejam situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira, de modo que venha a beneficiar o seu cônjuge ou seus filhos brasileiros. Esta regra não é aplicável se a lei do país do falecido (de cujus) for mais benéfica do que a lei brasileira para o cônjuge ou filhos brasileiros.

Gabarito: Correto.

Defesa do consumidor

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

ADCT, art. 48 → A CF ordenou que o congresso elaborasse o Código de Defesa do Consumidor dentro de 120 dias após a promulgação da Constituição.

Além do CDC, outras leis se enquadram na defesa ao consumidor, como, por exemplo, o Estatuto do Torcedor e lei de infrações à ordem econômica.

Uffaaa...

Terminamos... por hoje... na aula que vem temos mais direitos e deveres individuais e coletivos.

Um abraço e bons estudos.

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LISTA DAS QUESTÕES DAS AULAS:

1. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Considerando que os direitos sejam bens e vantagens prescritos no texto constitucional e as garantias sejam os instrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, a garantia do contraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais de natureza criminal de forma exclusiva.

2. (CESPE/Contador-AGU/2010) Embora se saliente, nas garantias fundamentais, o caráter instrumental de proteção a direitos, tais garantias também são direitos, pois se revelam na faculdade dos cidadãos de exigir dos poderes públicos a proteção de outros direitos, ou no reconhecimento dos meios processuais adequados a essa finalidade.

3. (CAIPIMES/Advogado SP Turismo/2007 - Adaptada) Os direitos são bens e vantagens conferidos pela norma.

4. (CAIPIMES/Advogado SP Turismo/2007 - Adaptada) As garantias nem sempre são os meios destinados a fazer valer os direitos constitucionais.

5. (FCC/EPP-BA/2004) A classificação adotada pelo legislador constituinte de 1988 estabeleceu como espécies do gênero direitos fundamentais tão-somente os direitos:

a) individuais e coletivos.

b) individuais, coletivos e sociais.

c) individuais, coletivos, sociais, de nacionalidade, políticos e relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

d) sociais, de nacionalidade, políticos e relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

e) individuais, sociais, de nacionalidade, políticos e relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.

6. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federal compreende os direitos fundamentais como sendo os direitos

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individuais e os direitos coletivos previstos no artigo 5o, excluindo dessa categoria os direitos sociais e os direitos políticos.

7. (FCC/Procurador - PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal:

a) constituem um rol taxativo.

b) não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, entre os quais o Estado Democrático de Direito e o princípio da dignidade humana.

c) não excluem outros decorrentes do Estado Democrático de Direito e do princípio da dignidade humana, mas a ampliação deve ser formalmente reconhecida por autoridade judicial no exercício do controle de constitucionalidade.

d) não excluem outros decorrentes do Estado Democrático de Direito e do princípio da dignidade humana, mas a ampliação deve ser formalmente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal ao julgar arguição de descumprimento de preceito fundamental.

e) somente podem ser ampliados por força de Tratado Internacional de Direitos Humanos aprovado em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.

8. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 5 de outubro de 1988

a) estabelece um amplo, porém taxativo, rol de direitos públicos subjetivos.

b) demonstrou acentuada preocupação com a efetividade de suas disposições.

c) pouco inovou em relação às Constituições brasileiras anteriores.

d) manteve-se atrelada ao padrão liberal clássico, refratário aos direitos fundamentais de cunho prestacional.

e) é de inspiração socialista, dependendo a plena fruição dos direitos que consagra da planificação total da economia.

9. (FCC/Procurador do BACEN/2006 - Adaptada) No que tange aos direitos e garantias individuais, a Constituição Federal apresenta um rol não taxativo, tendo em vista, sobretudo, o regime e os princípios por ela adotados e os compromissos decorrentes de tratados internacionais (Certo ou Errado).

10. (CESPE/TJAA-STM/2011) Os direitos e as garantias expressos na Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros de caráter constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é taxativa.

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11. (CESPE/MMA/2009) Os direitos e garantias fundamentais encontram-se destacados exclusivamente no art. 5º do texto constitucional.

12. (CESPE/Auditor Interno - AUGE-MG/2009) Nosso sistema constitucional estabelece um rol exaustivo de direitos e garantias fundamentais, razão pela qual eles não podem ser ampliados além daqueles constantes do art. 5.º da CF.

13. (ESAF/ATRFB/2009) A Constituição Federal de 1988 não previu os direitos sociais como direitos fundamentais. 14. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A Constituição Federal de 1988 estabeleceu cinco espécies de direitos e garantias fundamentais: direitos e garantias individuais e coletivos; direitos sociais; direitos de nacionalidade; direitos políticos; e direitos relativos à existência e funcionamento dos partidos políticos.

15. (ESAF/AFPS/2002) Todos os direitos previstos na Constituição, por causa da hierarquia dela no ordenamento jurídico, recebem o nome e o tratamento de direitos fundamentais. 16. (ESAF/Técnico ANEEL/2004) A Constituição enumera exaustivamente os direitos e garantias dos indivíduos, sendo inconstitucional o tratado que institua outros, não previstos pelo constituinte.

17. (FCC/TCE-MG/2007 - Adaptada) Os direitos fundamentais são absolutos, não sendo suscetíveis de limitação no seu exercício.

18. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federal deu enorme relevância ao direitos fundamentais, assegurando-os de maneira quase absoluta, mas certas conturbações sociais podem desencadear a necessidade de supressão temporária de certos direitos no atendimento do interesse do Estado e das instituições democráticas.

19. (CESPE/OAB-Nacional/2007) Os direitos fundamentais são relativos e históricos, pois podem ser limitados por outros direitos fundamentais e surgem e desaparecem ao longo da história humana.

20. (ESAF/PGFN/2007) Entre as características funcionais dos direitos fundamentais encontra-se a legitimidade que conferem à ordem constitucional e o seu caráter irrenunciável e absoluto, que converge para o sentido da imutabilidade.

21. (IADES/Analista Jurídico - CFA/2010) Sobre o tema Direitos e Garantias fundamentais, assinale a alternativa correta.

(A) Os direitos fundamentais podem ser reclamados em um determinado tempo, pois há um lapso temporal que limita sua exigibilidade.

(B) A interdependência diz respeito à relação entre normas constitucionais e infraconstitucionais com os direitos fundamentais,

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devendo as segundas zelar pelo alcance dos objetivos previstos nas primeiras.

(C) A característica da complementaridade, refere-se à interpretação conjunta dos direitos fundamentais objetivando sua realização de forma parcial.

(D) A inalienabilidade dos direitos fundamentais caracteriza-se pela impossibilidade de negociação dos mesmos, tendo em vista não possuírem conteúdo patrimonial.

22. (TRT 14/Juiz Substituto - TRT 14/2008 - Adaptada) A universalidade e a concorrência são características dos direitos fundamentais.

23. (VUNESP/Procurador-PGE-SP/2005 - Adaptada) A doutrina majoritária entende que os direitos fundamentais são absolutos, invioláveis e inalienáveis, mas renunciáveis e prescritíveis.

24. (MPT/Procurador do Trabalho/2004) As principais características dos direitos fundamentais do homem são a inalienabilidade, a imprescritibilidade e a irrenunciabilidade.

25. (IPAD/Agente de Polícia/2006 -Adaptada) É comum falar-se em relatividade dos direitos fundamentais, na medida em que se entende que eles não são absolutos.

26. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010 - Adaptada) As pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.

27. (FCC/ACE-TCE-MG/2007 - Adaptada) A Constituição Federal vigente assegura a existência de direitos fundamentais somente às pessoas físicas, mas não às pessoas jurídicas.

28. (CESPE/MPS/2010) De acordo com a sistemática de direitos e garantias fundamentais presente na CF, as pessoas jurídicas de direito público podem ser titulares de direitos fundamentais.

29. (CESPE/Analista Administrativo - MPU/2010) Sendo os direitos fundamentais válidos tanto para as pessoas físicas quanto para as jurídicas, não há, na Constituição Federal de 1988 (CF), exemplo de garantia desses direitos que se destine exclusivamente às pessoas físicas.

30. (CESPE/Analista TJRJ/2008) O direito fundamental à honra se estende às pessoas jurídicas.

31. (ESAF/ATRFB/2009 - Adaptada) Pessoas jurídicas de direito público não podem ser titulares de direitos fundamentais.

32. (ESAF/Procurador - PGDF/2007) Pessoas jurídicas de direito público podem ser titulares de direitos fundamentais.

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33. (ESAF/Técnico Receita Federal - TI/2006) A proteção da honra, prevista no texto constitucional brasileiro, que se materializa no direito a indenização por danos morais, aplica-se apenas à pessoa física, uma vez que a honra, como conjunto de qualidades que caracterizam a dignidade da pessoa, é qualidade humana.

34. (FUNIVERSA/Analista - APEX-Brasil/2006) Pessoas jurídicas possuem direitos individuais a serem observados pelo Estado Brasileiro.

35. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) Os direitos e garantias fundamentais não se aplicam às relações privadas, mas apenas às relações entre os brasileiros ou os estrangeiros residentes no país e o próprio Estado.

36. (CESPE/AJEM-TJDFT/2008) A retirada de um dos sócios de determinada empresa, quando motivada pela vontade dos demais, deve ser precedida de ampla defesa, pois os direitos fundamentais não são aplicáveis apenas no âmbito das relações entre o indivíduo e o Estado, mas também nas relações privadas. Essa qualidade é denominada eficácia horizontal dos direitos fundamentais.

37. (ESAF/ATRFB/2009) As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais assegurados pela Constituição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando direcionados também à proteção dos particulares em face dos poderes privados.

38. (TRT 21/Juiz do Trabalho TRT 21ª/2010) As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado (fenômeno conhecido como eficácia horizontal dos direitos fundamentais).

39. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) São direitos fundamentais classificados como de segunda geração

a) os direitos econômicos e culturais.

b) os direitos de solidariedade e os direitos difusos.

c) as liberdades públicas.

d) os direitos e garantias individuais clássicos.

e) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado.

40. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Liberdade, Igualdade e Fraternidade, ideais da Revolução Francesa, podem ser relacionados, respectivamente, com os direitos humanos de primeira, segunda e terceira gerações.

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41. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) O direito à paz inclui-se entre os direitos humanos de segunda geração.

42. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Os direitos humanos de primeira geração foram construídos, em oposição ao absolutismo, como liberdades negativas; os de segunda geração exigem ações destinadas a dar efetividade à autonomia dos indivíduos, o que autoriza relacioná-los com o conceito de liberdade positiva e com a igualdade.

43. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) Os direitos republicanos têm surgido na doutrina como uma nova categoria onde o cidadão passa a pensar no interesse público explicitamente para fazer frente à ofensa à coisa pública, como o nepotismo, a corrupção, bem como às políticas de Estado que, a pretexto de se caracterizarem como públicas, na verdade podem atender a interesses particulares indefensáveis.

44. (FCC/Analista TRT 9/2004) Os direitos fundamentais são também classificados em três gerações. Os de primeira, segunda e terceira gerações correspondem, respectivamente, aos direitos:

a) à democracia ou ao pluralismo; de fraternidade ou de solidariedade; e de liberdade ou de defesa.

b) de liberdade ou de defesa; de prestação por parte do Estado ou sociais; e de fraternidade ou de solidariedade.

c) de prestação por parte do Estado ou sociais; à democracia ou à informação; e de liberdade ou de defesa.

d) de fraternidade ou de solidariedade; de liberdade ou de defesa; e à igualdade material ou à isonomia.

e) à informação ou ao pluralismo; de fraternidade ou de solidariedade; e de prestação por parte do Estado ou econômicos.

45. (CESPE/AJAA-TJAL/2012) São direitos de quarta geração o direito à democracia, o direito à informação e o direito ao pluralismo.

46. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) Direitos humanos de terceira geração, por seu ineditismo e pelo caráter de lege ferenda que ainda comportam, não recebem tratamento constitucional.

47. (CESPE/DPE-ES/2009) Os direitos de primeira geração ou dimensão (direitos civis e políticos) — que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais — realçam o princípio da igualdade; os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) — que se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas — acentuam o princípio da liberdade; os direitos de terceira geração — que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais — consagram o princípio da solidariedade.

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48. (CESPE/Advogado - CEHAP/2009) A evolução cronológica do reconhecimento dos direitos fundamentais pelas sociedades modernas é comumente apresentada em gerações. Nessa evolução, o direito à moradia está inserido nos direitos fundamentais de terceira geração, que são os direitos econômicos, sociais e culturais, surgidos no início do século XX.

49. (CESPE/Analista - DPU/2010) Acerca dos direitos sociais, assinale a opção correta.

a) O cerceamento à liberdade de expressão é uma clara afronta aos direitos sociais capitulados na CF.

b) Os direitos sociais são exemplos típicos de direitos de 2.ª geração.

c) O direito à vida e o direito à livre locomoção são exemplos de direitos sociais.

d) Os direitos sociais são exemplos de liberdades negativas.

e) Os direitos sociais contemplados na CF, pela sua natureza, só podem ser classificados como direitos fundamentais de eficácia plena, não dependendo de normatividade ulterior.

50. (CESPE/Analista - DPU/2010) Os direitos políticos são exemplos típicos de direitos de 3.ª geração

51. (CESPE/DETRAN-DF/2009) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado direito fundamental de terceira geração.

52. (CESPE/OAB-Nacional/2007) O direito ao progresso é um exemplo de direito fundamental de segunda geração ou dimensão.

53. (CESPE/Auditor - TCE-PE/2004) Na evolução dos direitos fundamentais, consolidou-se a classificação deles em diferentes gerações (direitos fundamentais de primeira, segunda e terceira gerações), as quais se sucederam e se substituíram ao longo do tempo, a partir, aproximadamente, da Revolução Francesa de 1789.

54. (CESPE/Defensor Público - Alagoas/2003) O direito ao desenvolvimento, o direito à paz, o direito ao meio ambiente e o direito de propriedade ao patrimônio comum da humanidade podem ser considerados como direitos de segunda geração ou dimensão.

55. (CESPE/Defensor Público - Alagoas/2003) O direito de comunicação pode ser enquadrado no rol dos direitos de terceira dimensão ou geração.

56. (MPT/Procurador do Trabalho/2007 - Adaptada) No estudo dos direitos humanos fundamentais, existe cizânia doutrinária em torno da utilização da expressão "geração", para indicar o processo de consolidação desses direitos, sendo que alguns preferem utilizar "dimensão". Examine as assertivas a seguir e selecione o

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argumento que, efetivamente, dá suporte à doutrina que defende a necessidade de substituição de uma expressão por outra.

a) os direitos humanos fundamentais são direitos naturais e, como tais, imutáveis, de maneira que o vocábulo "geração" faz alusão a uma historicidade inexistente nessa modalidade de direitos, enquanto "dimensão" refere-se a aspectos relevantes de um todo, que simplesmente se destacam de acordo com o grau de desenvolvimento da sociedade;

b) o termo "geração" conduz à idéia equivocada de que os direitos humanos fundamentais se substituem ao longo do tempo, enquanto "dimensão" melhor reflete o processo gradativo de complementaridade, pelo qual não há alternância, mas sim expansão, cumulação e fortalecimento;

c) a idéia de "geração" leva ao entendimento de que o processo de afirmação dos direitos humanos fundamentais é linear e não comporta retrocessos, enquanto a de "dimensão" melhor expressa o caminho tortuoso desse processo, de acordo com as relações de forças existentes nas sociedades;

d) O termo "geração" sugere uma eficácia restrita dos direitos humanos fundamentais, meramente vertical, ao passo que "dimensão" indica eficácia mais ampla, também horizontal;

57. (FGV/Juiz Substituto - TJ-PA/2008 - Adaptada) A respeito dos direitos, assinale a afirmativa incorreta.

a) Os direitos fundamentais de primeira geração são os direitos e garantias individuais e políticos clássicos (liberdades públicas). Os direitos fundamentais de segunda geração são os direitos sociais, econômicos e culturais. Os direitos fundamentais de terceira geração são os chamados direitos de solidariedade ou fraternidade, que englobam o meio ambiente equilibrado, o direito de paz e ao progresso, entre outros.

b) A doutrina assinala como espécies de direitos fundamentais (de acordo com a predominância de sua função): 1o: direitos de defesa - que se caracterizam por impor ao Estado um dever de abstenção, um dever de não-interferência no espaço de autodeterminação do indivíduo; 2o: direitos de prestação - que exigem que o Estado aja para atenuar as desigualdades; 3o: direitos de participação - que são os orientados a garantir a participação dos cidadãos na formação da vontade do Estado.

c) Pela relevância dos direitos fundamentais de primeira geração, como o direito à vida, é correto afirmar que eles são absolutos, pois são o escudo protetivo do cidadão contra as possíveis arbitrariedades do Estado.

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d) Todas as constituições brasileiras, sem exceção, enunciaram declarações de direitos. As duas primeiras - a Imperial e a de 1891 - traziam apenas as liberdades públicas.

58. (NCE/Delegado-PC-RJ/2002) A complexidade da vivência social pós-globalização exige cada vez mais a especificação de direitos e garantias fundamentais, objetivando a manutenção da dignidade da pessoa humana, preceito fundamental da nossa Lei Maior. Dentro desse contexto, pode-se afirmar corretamente que:

a) os direitos de 5ª geração representam os advindos da realidade virtual que compreendem o grande desenvolvimento da cibernética na atualidade, implicando o rompimento de fronteiras, estabelecendo conflitos entre países com realidades distintas, via internet;

b) os direitos de 4ª geração são os direitos transindividuais, mas também observados como coletivos ou difusos, basicamente relacionados com os direitos ao meio ambiente equilibrado, ao desenvolvimento econômico e à defesa do consumidor;

c) os direitos de 3ª geração são os direitos de manipulação genética, relacionados à biotecnologia e à bioengenharia, que tratam de questões sobre a vida e a morte e que requerem uma discussão ética prévia;

d) os direitos de 2ª geração são os direitos individuais, preservando a liberdade do indivíduo em detrimento dos abusos legislativos do Estado;

e) os direitos de 1ª geração outorgam limites ao Estado, consagrando os direitos sociais, buscando o atendimento às necessidades mínimas da pessoa humana.

59. (FCC/Procurador - PGE-PE/2004) Segundo a doutrina, a chamada teoria liberal dos direitos fundamentais tem como raízes filosóficas e jurídicas

a) as doutrinas socialistas do século XIX.

b) a doutrina social da Igreja.

c) as doutrinas do contrato social e os princípios do direito natural positivados em Constituição.

d) a noção de Estado como criador da liberdade.

e) as doutrinas sobre solidariedade e internacionalização dos direitos humanos.

60. (ESAF/PGFN/2007) Apenas com o processo de redemocratização do país, implementado por meio da Constituição de 1946, é que tomou assento a ideologia do Estado do Bem-Estar Social, sob a influência da Constituição Alemã de Weimar, tendo sido a primeira vez que houve inserção de um título expressamente destinado à ordem econômica e social.

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61. (MPT/Procurador do Trabalho/2005) Em face das assertivas abaixo, indique a alternativa CORRETA:

I - no plano histórico, as primeiras Declarações de Direitos Humanos proclamaram a necessidade de um Estado de índole positivista, democrática e intervencionista, objetivando a garantia das liberdades fundamentais;

II - o princípio da igualdade constitui o principal fundamento dos Direitos Humanos de primeira geração;

III - o princípio da 'prevalência dos Direitos Humanos' foi previsto, de maneira explícita, pela Constituição brasileira de 1988, como fundamento para reger as relações internacionais da nossa República Federativa;

IV - em face do sistema constitucional brasileiro, pode ser introduzido no ordenamento jurídico pátrio direitos ou garantias fundamentais, por força da adoção e vigência de um Tratado Internacional;

a) as alternativas I e IV estão corretas;

b) apenas a alternativa IV está correta;

c) as alternativas I e II estão incorretas;

d) apenas a alternativa II está incorreta;

e) não respondida.

62. (CESPE/Agente-Hemobrás/2008) A teoria dos limites dos limites serve para impor restrições à possibilidade de limitação dos direitos fundamentais.

63. (FCC/DPE-MA/2003) Os direitos fundamentais consagrados na Constituição brasileira:

a) são sempre direitos ilimitados.

b) são sempre considerados direitos absolutos.

c) não podem sofrer, em qualquer caso, restrições por intermédio de legislação.

d) somente podem ser restringidos pelo exercício do poder de polícia quando este estiver expressamente previsto na Constituição para o caso. e) tem a natureza de direitos relativos porquanto convivem com outros direitos e liberdades individuais ou coletivas.

64. (FCC/Procurador - PGE-PE/2004) Em ocorrendo colisão de direitos fundamentais consagrados por normas constitucionais de eficácia plena, não sujeitos, portanto, a restrições legais, o intérprete constitucional poderá adotar, para solução de caso concreto, o princípio da:

a) ponderação de interesses.

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b) interpretação adequadora.

c) congruência.

d) relativização dos direitos fundamentais.

e) interpretação conforme a Constituição.

65. (ESAF/PGFN/2007) O direito de livre locomoção (é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens) pode sofrer restrição, conforme previsto na Constituição, por meio da chamada reserva legal qualificada.

66. (ESAF/ATRFB/2009) A Constituição Federal de 1988 previu expressamente a garantia de proteção ao núcleo essencial dos direitos fundamentais.

67. (ESAF/ATRFB/2009) Quanto à delimitação do conteúdo essencial dos direitos fundamentais, a doutrina se divide entre as teorias absoluta e relativa. De acordo com a teoria relativa, o núcleo essencial do direito fundamental é insuscetível de qualquer medida restritiva, independentemente das peculiaridades que o caso concreto possa fornecer.

68. (ESAF/Procurador da Fazenda Nacional/2006) O fenômeno da colisão dos direitos fundamentais não é admitido como possível no ordenamento jurídico brasileiro, já que a Constituição não pode abrigar normas que conduzam a soluções contraditórias na sua aplicação prática.

69. (TRT 21/Juiz do Trabalho TRT 21ª/2010) Diante de um caso concreto, resolve-se a colisão de direitos fundamentais a partir de um juízo de ponderação, harmonizando-se, especialmente pelo princípio da proporcionalidade, os direitos fundamentais em conflito.

70. (TRT 24ª/Juiz do Trabalho TRT 24ª/2007) Não há hierarquia entre os direitos e garantias fundamentais e, quando no caso concreto se apresentem dois ou mais direitos e garantias em face dos litigantes, no possível conflito entre os direitos e garantias contrapostos o intérprete está autorizado a ponderar valores que preservem ou reduzam o alcance de um, evitando a completa destruição de outro.

71. (TRT 9ª/Juiz do Trabalho TRT 9ª/2006) Sobre interpretação das normas constitucionais, considerando-se perspectiva póspositivista, é correto afirmar que:

a) A técnica da subsunção, baseada em raciocínios silogísticos, é suficiente para resolver colisão de direitos fundamentais, em qualquer caso concreto.

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b) O sistema constitucional vigente é estruturado de tal forma que jamais haverá conflito de normas de mesma hierarquia, em casos concretos.

c) Como o próprio sistema de normas jurídicas positivadas oferece as soluções cabíveis em caso de conflito de normas de mesma hierarquia, o papel do intérprete, inclusive do juiz, resume-se a uma atividade de conhecimento técnico.

d) De acordo com o princípio da unidade hierárquico-normativa da Constituição, não há hierarquia entre normas da Constituição, cabendo ao intérprete, em cada caso concreto, buscar a harmonização possível entre comandos que tutelem interesses contrapostos, utilizando-se da técnica da ponderação de valores.

e) Quando o juiz se deparar, no caso concreto, com colisão de direitos fundamentais, poderá se abster de decidir, pois, do contrário, sua decisão, seja qual for, implicará violação à Constituição.

72. (FCC/PGE-RO/2011) Dentre as características da perspectiva objetiva dos direitos fundamentais, compreende-se:

a) o conjunto de metas traçadas com fins diretivos de ações positivas dos poderes públicos, com o fim de outorgar-lhes eficácia dirigente.

b) a representação dos interesses individuais sob a ótica negativa perante o Poder Público.

c) ter sempre a natureza princípio, nunca de regra.

d) impossibilitar a agregação do ponto de vista axiológico da comunidade em sua interpretação.

e) não há dimensão objetiva na esfera dos direitos fundamentais, os quais têm como característica defender de forma singular o espaço de liberdade individual.

73. (TRT 23ª/Juiz do Trabalho – TRT 23ª/2011) no que concerne à teoria dos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta:

a) Os direitos fundamentais foram concebidos para regular a relação do individuo com o estado, como direitos de proteção contra o arbítrio, de modo que, mesmo na atualidade, direitos clássicos como a igualdade não tem aplicação nas relações jurídicas entre particulares.

b) A consagração da dignidade da pessoa humana na constituição de 1988 como principio fundamental da república (art. 1) e não como expresso direito fundamental típico (art. 5) significa que dele não podem ser deduzidas posições jurídico-fundamentais, mormente de natureza subjetiva, mesmo porque não é licito reconhecer direitos e garantias não expressos na constituição de 1988, nem mesmo se decorrentes dos princípios por ela adotados.

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c) O catalogo dos direitos fundamentais na constituição de 1988 cinge-se àqueles previstos nos arts 5 e 8 da Carta.

d) O reconhecimento de uma dimensão objetiva dos direitos fundamentais significa que tais direitos irradiam seus efeitos pelo ordenamento jurídico (eficácia irradiante, no sentido de que, na sua condição de direito objetivo, os direitos fundamentais fornecem impulsos e diretrizes para a aplicação e interpretação do direito infraconstitucional, apontando para a necessidade de uma interpretação conforme aos direitos fundamentais.

e) A reserva do possível consiste em uma argumentação juridicamente válida para limitar a eficácia dos direitos fundamentais, significando que a realização dos direitos fundamentais é uma tarefa confiada aos agentes políticos detentores de mandato eletivo escolhidos como tais pelo povo, não sendo possível, diante da declaração da autoridade do poder executivo a respeito da inexistência de previsão orçamentária para a satisfação de um direito fundamental, a concessão de provimento jurisdicional em sentindo contrario com vistas a assegurar a fruição de determinado direito, como à vida ou à saúde, no caso concreto.

74. (FCC/Técnico-TRE-PI/2009) As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais não têm aplicação imediata, submetendo- se à regulamentação legislativa.

75. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

76. (CESPE/PM-DF/2010) Segundo a CF, as normas constitucionais que prescrevem direitos e garantias fundamentais têm eficácia contida e dependem de regulamentação.

77. (ESAF/Auditor Fiscal - SEFAZ-CE/2007) As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata e eficácia plena.

78. (ESAF/Gestor-SEFAZ-MG/2005) Como regra geral, os direitos fundamentais somente podem ser invocados em juízo depois de minudenciados pelo legislador ordinário.

79. (TRT 21/Juiz do Trabalho TRT 21ª/2010 - Adaptada) Apesar de não haver norma expressa na ordem jurídica brasileira, reconhece-se universalmente a aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais.

80. (FCC/Técnico Judiciário – Área Administrativa/2012) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por dois quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

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81. (FCC/Analista Judiciário – Biblioteconomia – TRT 24ª/2011) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados: a) pela Câmara dos Deputados, por maioria absoluta, mediante aprovação prévia da Advocacia Geral da União, serão equivalentes à Lei ordinária. b) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovada pelo Presidente da República e Senado Federal, serão equivalentes às Leis ordinárias. c) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovada pelo Presidente da República e Senado Federal, serão equivalentes às Leis complementares. d) em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. e) pelo Presidente da República serão equivalentes à Medida Provisória e serão levados à Câmara dos Deputados, para, mediante aprovação por maioria dos votos, serem convertidas em Leis ordinárias. 82. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Nos termos da Constituição Federal, serão equivalentes às emendas constitucionais, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, pelo Congresso Nacional, em dois turnos, por dois terços dos votos dos respectivos membros.

83. (FCC/Advogado-ARCE/2006) Na hipótese de a República Federativa do Brasil vir a ser signatária de tratado internacional em que se vede a prisão civil por dívidas, sem quaisquer ressalvas, o referido tratado:

a) será incompatível com a Constituição, por afronta a cláusula pétrea, sendo por isso passível de controle por meio de ação direta de inconstitucionalidade.

b) integrar-se-á ao ordenamento jurídico nacional em nível supraconstitucional, na medida em que versa sobre matéria de direitos fundamentais.

c) terá aplicação imediata no ordenamento jurídico nacional, independentemente de aprovação pelo Congresso Nacional, por se tratar de norma definidora de direito fundamental.

d) ingressará no ordenamento jurídico nacional em nível infraconstitucional, não se submetendo, no entanto, a controle de constitucionalidade, por versar sobre direito fundamental.

e) será equivalente a emenda constitucional, desde que aprovado, em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, por 3/5 dos votos de seus respectivos membros.

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84. (CESPE/PM-DF/2010) Se o Congresso Nacional aprovar, em cada uma de suas casas, em dois turnos, por três quintos dos seus votos dos respectivos membros, tratado internacional que verse sobre direitos humanos, esse tratado será equivalente às emendas constitucionais.

85. (CESPE/PGE-AL/2008) Sabendo que o § 2.º do art. 5.º da CF dispõe que os direitos e garantias nela expressos não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte, então, é correto afirmar que, na análise desse dispositivo constitucional, tanto a doutrina quanto o STF sempre foram unânimes ao afirmar que os tratados internacionais ratificados pelo Brasil referentes aos direitos fundamentais possuem status de norma constitucional.

86. (CESPE/PGE-AL/2008) A EC n.º 45/2004 inseriu na CF um dispositivo definindo que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados no Congresso Nacional com quorum e procedimento idênticos aos de aprovação de lei complementar serão equivalentes às emendas constitucionais.

87. (CESPE/OAB-Nacional/2007) Quando previstos em tratados e convenções internacionais, os direitos fundamentais são equivalentes às emendas constitucionais.

88. (ESAF/TFC-CGU/2008) A respeito dos direitos e garantias fundamentais, é possível afirmar que os tratados e convenções sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às (aos)

a) emendas constitucionais.

b) leis ordinárias.

c) leis complementares.

d) decretos legislativos.

e) leis delegadas.

89. (ESAF/ATA-MF/2009) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos fundamentais que forem aprovados, no Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas constitucionais.

90. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Sobre a relação entre direitos expressos na Constituição de 1988 e tratados internacionais, especialmente à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é incorreto afirmar que:

a) as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais pactuadas no âmbito da Organização das Nações Unidas, mesmo que a República Federativa do Brasil delas não seja

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parte, se incorporam ao direito pátrio de forma equivalente às emendas constitucionais.

b) os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

c) da disposição contida no § 2o do art. 5o da Constituição não resulta que os direitos e garantias decorrentes dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte ostentem o nível hierárquico de norma constitucional.

d) da disposição contida no § 3o do art. 5o da Constituição, decorrente da Emenda Constitucional n. 45 de 2004, resulta que as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil seja parte, quando aprovadas pelo Congresso Nacional na forma ali disposta, sejam formalmente equivalentes àquelas decorrentes de emendas constitucionais.

e) especialmente da disposição contida no § 2o do art. 5o da Constituição resulta que as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil seja parte, mesmo quando não aprovadas pelo Congresso Nacional na forma disposta no § 3o do mesmo dispositivo, tenham status de normas jurídicas supralegais.

91. (ESAF/ATRFB/2009) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em turno único, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

92. (ESAF/ANA/2009) Relativo ao tratamento dado pela jurisprudência que atualmente prevalece no STF, ao interpretar a Constituição Federal, relativa aos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil: A legislação infraconstitucional anterior ou posterior ao ato de ratificação que com eles seja conflitante é inaplicável, tendo em vista o status normativo supralegal dos tratados internacionais sobre direitos humanos subscritos pelo Brasil.

93. (ESAF/PFN/2004) O Pacto de San José, tratado que entrou em vigor no Brasil depois do advento da Constituição de 1988, revogou o dispositivo constitucional que admitia a prisão civil do depositário infiel.

94. (FUNIVERSA/Técnico Administrativo - SEJUS-DF/2010 - Adaptada) Acerca dos direitos humanos previstos na Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

(A) A proteção aos direitos humanos não é expressamente prevista na Constituição Federal, motivo pelo qual se faz necessária a adesão do Brasil a tratados e a convenções internacionais sobre direitos

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humanos, tal como a Convenção Americana sobre Direitos Humanos ― Pacto de San José da Costa Rica, de 1969.

(B) Os tratados internacionais que versam sobre direitos humanos podem ingressar no ordenamento jurídico brasileiro com hierarquia de lei ordinária.

(C) Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados no Senado Federal em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, têm status de emenda constitucional.

(D) De acordo com o direito constitucional brasileiro, as normas relacionadas aos direitos humanos não têm aplicação imediata, necessitando de regulamentação por parte do legislador comum.

95. (FGV/Juiz - TJ-PA/2009) A Constituição da República Federativa do Brasil apresenta um extenso catálogo de direitos e garantias fundamentais, tanto individuais como coletivos, sendo que tais normas definidoras de direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata, por expressa previsão constitucional.

O texto constitucional também é claro ao prever que direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Por ocasião da promulgação da Emenda Constitucional de nº 45, em 2004, a Constituição passou a contar com um § 3º, em seu artigo 5º, que apresenta a seguinte redação: “Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Logo após a promulgação da Constituição, em 1988, o Brasil ratificou diversos tratados internacionais de direitos humanos, dentre os quais se destaca a Convenção Americana de Direitos Humanos, também chamada de Pacto de San José da Costa Rica (tratado que foi internalizado no ordenamento jurídico brasileiro pelo Decreto nº 678/1992), sendo certo que sua aprovação não observou o quorum qualificado atualmente previsto pelo art. 5º, § 3º, da Constituição (mesmo porque tal previsão legal sequer existia).

Tendo como objeto a Convenção Americana de Direitos Humanos, segundo a recente orientação do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta sobre o Status Jurídico de suas disposições.

(A) Status de Lei Ordinária.

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(B) Status de Lei Complementar.

(C) Status de Lei Delegada.

(D) Status de Norma Supralegal.

(E) Status de Norma Constitucional.

96. (FGV/Fiscal - SEFAZ-RJ/2010.1) Em relação aos direitos e garantias fundamentais expressos da Constituição Federal, analise as afirmativas a seguir:

I. os direitos e garantias expressos na Constituição Federal constituem um rol taxativo.

II. todos os tratados e convenções internacionais de direitos humanos internalizados após a EC-45/2004 serão equivalentes às emendas constitucionais.

III. as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

Assinale:

a) se somente a afirmativa II estiver correta.

b) se somente a afirmativa III estiver correta.

c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

97. (FCC/Analista - TJ-PI/2009) O Brasil se submete à jurisdição do Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

98. (CESPE/Técnico-TRT 17ª/2009) O Brasil se submeterá à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar adesão.

99. (CESPE/Técnico-TJ-TJ/2008) A submissão do Brasil ao Tribunal Penal Internacional depende da regulamentação por meio de lei complementar.

100. (ESAF/AFRFB/2009) Nos termos da Constituição Federal de 1988, o Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Constitucional Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

101. (CESPE/Agente-Hemobrás/2008) Dos direitos fundamentais, apenas os direitos e garantias individuais podem ser considerados como cláusulas pétreas.

102. (CESPE/AJAA-STF/2008) Todos os direitos e garantias fundamentais previstos na CF foram inseridos no rol das cláusulas pétreas.

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103. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT-19/2011) A Constituição Federal, ao classificar os direitos enunciados no artigo 5º, quando assegura a inviolabilidade do direito à vida, à dignidade, à liberdade, à segurança e à propriedade, adota o critério do

a) perigo subjetivo do direito assegurado.

b) objeto imediato do direito assegurado.

c) alcance relativo do direito assegurado.

d) plano mediato do direito assegurado.

e) alcance subjetivo do direito assegurado.

104. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade são garantias previstas na Constituição Federal:

a) aos brasileiros, não estendidas às pessoas jurídicas.

b) aos brasileiros natos, apenas.

c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residência fixa no País.

d) aos brasileiros, natos ou naturalizados.

e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.

105. (FCC/Procurador Pref. Santos/2005) Conforme previsto na Constituição Federal de 1988, os direitos e garantias fundamentais são:

a) garantidos apenas aos brasileiros, em face do princípio da soberania nacional.

b) definidos por normas de aplicação imediata.

c) enunciados em rol fechado e taxativo, dado seu caráter de cláusula pétrea.

d) alteráveis apenas por emendas à Constituição, decorrentes de iniciativa popular.

e) revogáveis apenas sob intervenção federal.

106. (FCC/Defensor Público - MA/2009) O jurista espanhol Antonio Perez Luño define os direitos fundamentais como um conjunto de faculdades e instituições que, em cada momento histórico, concretizam as exigências da dignidade, igualdade e liberdade humanas, devendo obrigatoriamente ser reconhecidos no ordenamento jurídico positivo e por este garantidos, em âmbito internacional e nacional, gozando no ordenamento nacional de tutela reforçada em face dos poderes constituídos do Estado

(Los derechos fundamentales. 5. ed. Madrid: Tecnos, 1993, p. 46-47, tradução livre).

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No ordenamento brasileiro, a tutela reforçada a que se refere o autor

a) não encontra previsão em nível constitucional.

b) decorre do princípio internacional do pacta sunt servanda.

c) não pode ser imposta ao poder constituinte derivado.

d) é considerada um desdobramento da aplicabilidade imediata e eficácia limitada das normas definidoras de direitos fundamentais previstas na Constituição.

e) decorre da impossibilidade de o Congresso Nacional deliberar sobre proposta de emenda à Constituição tendente a abolir os direitos fundamentais.

107. (CESPE/ANAC/2009) Os direitos fundamentais não são assegurados ao estrangeiro em trânsito no território nacional.

108. (CESPE/ANAC/2009) A CF assegura a validade e o gozo dos direitos fundamentais, dentro do território brasileiro, ao estrangeiro em trânsito, que possui, igualmente, acesso às ações, como o mandado de segurança e demais remédios constitucionais.

109. (CESPE/TRT-17ª/2009) O estrangeiro sem domicílio no Brasil não tem legitimidade para impetrar habeas corpus, já que os direitos e as garantias fundamentais são dirigidos aos brasileiros e aos estrangeiros aqui residentes.

110. (CESPE/DPE-ES/2009) Considere que o estrangeiro Paul, estando de passagem pelo Brasil, tenha sido preso e pretenda ingressar com habeas corpus, visando questionar a legalidade da sua prisão. Nesse caso, conforme precedente do STF, mesmo sendo estrangeiro não residente no Brasil, Paul poderá valer-se dessa garantia constitucional.

111. (CESPE/AJAJ-STF/2008) Tendo em vista que o habeas corpus é uma garantia constitucional dos brasileiros e dos estrangeiros residentes no Brasil, não cabe esse remédio constitucional contra a decisão que ordena a prisão do extraditando.

112. (ESAF/AFC-CGU/2012) A Constituição assegura aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, em igualdade de condições, os direitos e garantias individuais tais como: a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, mas aos estrangeiros não se estende os direitos sociais destinados aos brasileiros.

113. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) A Constituição Federal garante a inviolabilidade dos direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, além de outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Os direitos configurados nos incisos do art. 5 da Constituição não são, em verdade,

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concretização e desdobramento dos direitos genericamente previstos no caput.

114. (ESAF/ATRFB/2009) O direito fundamental à vida, por ser mais importante que os outros direitos fundamentais, tem caráter absoluto, não se admitindo qualquer restrição.

115. (ESAF/ATRFB/2009) Apesar de o art. 5°, caput, da Constituição Federal de 1988 fazer menção apenas aos brasileiros e aos estrangeiros residentes, pode-se afirmar que os estrangeiros não-residentes também podem invocar a proteção de direitos fundamentais.

116. (ESAF/Analista Jur. - SEFAZ-CE/2007) Os dispositivos relativos aos direitos e garantias individuais, por se constituírem cláusulas pétreas, não podem sofrer modificações que lhe alterem a substância. Mesmo status não foi conferido aos direitos sociais, que podem ser objeto de emenda à Constituição, tendente à sua abolição.

117. (ESAF/Analista Jur. - SEFAZ-CE/2007) A Constituição Federal de 1988 garante apenas aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à propriedade. Nesse sentido, a autoridade policial poderá determinar o ingresso em imóvel de estrangeiro, que não resida do País, sem que sejam observadas as limitações constitucionais.

118. (FGV/Analista - SAD - PE/2009 - Adaptada) A Constituição assegura os mesmos direitos e garantias individuais aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, nos termos do art. 5º da Constituição Federal.

119. (FCC/Técnico- TRT 16ª/2009) Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.

120. (FCC/Procurador-BACEN/2006) O princípio da isonomia deflui, em termos conceituais, de um dos fundamentos constitucionalmente expressos da República Federativa do Brasil e que é a:

a) soberania.

b) publicidade.

c) dignidade da pessoa humana.

d) livre iniciativa.

e) não-intervenção.

121. (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) Tendo em vista o princípio da isonomia como um dos direitos fundamentais, observe as afirmações sobre o princípio da igualdade:

I. por sua natureza, veda sempre o tratamento discriminativo entre indivíduos, mesmo quando há razoabilidade para a discriminação.

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II. vincula os aplicadores da lei, face à igualdade perante a lei, entretanto não vincula o legislador, no momento de elaboração da lei.

III. estabelece que se deve tratar de maneira igual os que se encontram em situação equivalente e de maneira desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades.

IV. não há falar em ofensa a esse princípio se a discriminação é admitida na própria Constituição.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

122. (CESPE/Analista-EBC/2011) O Poder Judiciário não pode, sob a alegação do direito a isonomia, estender a determinada categoria de servidores públicos vantagens concedidas a outras por lei.

123. (CESPE/MMA/2009) No constitucionalismo, a existência de discriminações positivas é capaz de igualar materialmente os desiguais.

124. (Adaptação - ESAF/Procurador Bacen/2002 e CESPE/Juiz do Trabalho Substituto TRT 5ª/2006) Assinale a opção correta.

a) A Constituição em vigor assegura o princípio da igualdade perante a lei e o da igualdade na lei, mas não adotou o princípio da igualdade real ou material.

b) A adoção entre nós do princípio da igualdade na lei torna inconstitucional todo diploma normativo que institua caso de discriminação reversa.

c) O princípio da igualdade é dirigido apenas ao aplicador da lei, não vinculando o legislador.

d) Tratamento diferenciado instituído pelo legislador deve ter por base motivo que justifique lógica e racionalmente a existência de um vínculo entre o fator de discrímen e a desequiparação procedida.

e) O princípio da isonomia deve ser considerado, em sua função de impedir discriminações e de extinguir privilégios, sob duplo aspecto: o da igualdade na lei e o da igualdade perante a lei. A igualdade perante a lei opera em uma fase de generalidade

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puramente abstrata e a igualdade na lei, pressupõe a lei já elaborada e traduz imposição destinada aos demais poderes estatais, para que, na aplicação da norma legal, não a subordinem a critérios que ensejem tratamento seletivo ou discriminatório.

125. (CESPE/Analista-SEGER-ES/2009) A existência de lei prevendo tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no Brasil só é admissível em razão de previsão constitucional expressa nesse sentido. Caso esse dispositivo fosse retirado da CF, qualquer lei que favorecesse as empresas de pequeno porte afrontaria o princípio da isonomia.

126. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos da CF, não podendo a lei criar qualquer forma de distinção.

127. (CESPE/AJEM-TJDFT/2008) Se uma empresa francesa, estabelecida no Brasil, conferir vantagens aos seus empregados franceses, diferentes e mais benéficas que as vantagens concedidas aos empregados brasileiros. Nessa situação, configurar-se-á ofensa ao princípio da igualdade, pois a diferenciação, no caso, baseia-se no atributo da nacionalidade.

128. (CESPE/Juiz Sustituto - TJ-PI/2007) O concurso público que estabelece como título o mero exercício de função pública não viola o princípio da isonomia.

129. (ESAF/Técnico Receita Federal - TI/2006) A doutrina e a jurisprudência reconhecem que a igualdade de homens e mulheres em direitos e obrigações, prevista no texto constitucional brasileiro, é absoluta, não admitindo exceções destinadas a compensar juridicamente os desníveis materiais existentes ou atendimento de questões socioculturais.

130. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) A Constituição veda todo tratamento diferenciado entre brasileiros que tome como critério o sexo, a etnia ou a idade dos indivíduos.

131. (FUNRIO/SEJUS-RO/2008) Homens e mulheres são iguais somente em direitos, nos termos desta Constituição.

132. (TRT 8ª/Juiz Substituto - TRT 8ª/2008) O princípio de que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, é a norma de garantia prevista no caput do artigo 5° da CF. Seu conteúdo material admite a diferenciação entre os desiguais para aplicação da norma jurídica, pois é na busca da isonomia que se faz necessário tratamento diferenciado, em decorrência de situações que exigem tratamento distinto, como forma de realização da igualdade. Assim, é constitucionalmente possível o estabelecimento pontual de critério de promoção diferenciada para homens e mulheres.

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133. (IPAD/Advogado COMPESA/2006) Ofende o princípio da igualdade o regulamento de concurso público que, destinado a preencher cargos de vários órgãos da Justiça Federal, sediados em locais diversos, determina que a classificação se faça por unidade da Federação, pois daí resultará que um candidato possa ser classificado, em uma delas, com nota inferior ao que, em outra, não alcance a classificação respectiva.

134. (FCC/Procurador - Recife/2008) É garantia constitucional da liberdade a previsão segundo a qual:

a) é vedada a instituição de pena de privação ou restrição da liberdade.

b) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.

c) se proíbe a instituição da pena de morte, exceto na hipótese de guerra declarada, nos termos da Constituição.

d) a lei considerará crimes inafiançáveis e imprescritíveis a prática da tortura e o terrorismo.

e) não haverá prisão civil por dívida, exceto a do depositário infiel.

135. (FCC/EPP/2004) "Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei." Por este princípio, art. 5o, II, da Constituição da República Federativa brasileira de 1988,

a) o destinatário da garantia só poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta ou daquela forma, por força de lei. Não havendo lei, este tem uma atuação livre, desvinculada.

b) o destinatário da garantia apenas poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta ou daquela forma por força de lei ordinária.

c) os poderes públicos têm toda sua atuação pautada pela vontade da lei, podendo a autoridade pública atuar fora dos trilhos legais.

d) o destinatário da garantia só poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta ou daquela forma, por força de lei elaborada pelo Poder Legislativo. Isto implica dizer que ele não está obrigado a obedecer medidas provisórias, posto serem elas atos normativos editados pelo chefe do Poder Executivo.

e) o destinatário da garantia só poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta ou daquela forma por força de lei complementar.

136. (CESPE/TFCE-TCU/2012) Quando se afirma que a regulamentação de determinadas matérias há de se fazer necessariamente por lei formal, há referência expressa ao princípio da legalidade lato sensu.

137. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O preceito constitucional que estabelece que ninguém é obrigado a fazer ou

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deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei veicula a noção genérica do princípio da legalidade.

138. (ESAF/Auditor - Receita Federal/2001) Segundo o princípio da legalidade, tanto os poderes públicos como os particulares somente podem fazer o que a lei os autoriza.

139. (ESAF/Técnico - Receita Federal/2006) Com relação ao direito, a todos assegurado, de não ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei, o sentido do termo "lei" é restrito, não contemplando nenhuma outra espécie de ato normativo primário.

140. (CESPE/AJEM-TJDFT/2008) Ordens emanadas de autoridades judiciais, ainda que ilegais, devem ser cumpridas, sob pena de restar violado o estado de direito.

141. (ESAF/ANA/2009) Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, por isso que é dever de cidadania opor-se à ordem ilegal, ainda que emanada de autoridade judicial; caso contrário, nega-se o Estado de Direito.

142. (CESPE/AGU/2009) De acordo com o princípio da legalidade, apenas a lei decorrente da atuação exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos normativos prevendo comportamentos forçados, não havendo a possibilidade, para tanto, da participação normativa do Poder Executivo.

143. (CESPE/AGU/2009) Segundo a doutrina, a aplicação do princípio da reserva legal absoluta é constatada quando a CF remete à lei formal apenas a fixação dos parâmetros de atuação para o órgão administrativo, permitindo que este promova a correspondente complementação por ato infralegal.

144. (ESAF/AFT/2003) Aplicado o princípio da reserva legal a uma determinada matéria constante do texto constitucional, a sua regulamentação só poderá ser feita por meio de lei em sentido formal, não sendo possível discipliná-la por meio de medida provisória ou lei delegada.

145. (TJDFT/Juiz Substituto - TJDFT/2008) Com espeque no constitucionalismo de nossos dias, é correto afirmar que a reserva legal tem abrangência menor que o princípio da legalidade.

146. (MPT/Procurador do Trabalho/2004 - Adaptada) É correto afirmar-se que o princípio da reserva legal configura-se pela regulamentação de determinadas matérias necessariamente por lei formal.

147. (FCC/AJAJ-TRE-PI/2002) A Constituição Federal prevê que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Esse dispositivo de proteção abrange

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a) o racismo, somente se for praticado em concurso com a violência física.

b) apenas o sofrimento físico, único inerente à tortura.

c) tanto o sofrimento físico como o mental.

d) o sofrimento psíquico, apenas nos casos de discriminação religiosa.

e) a aplicação de castigo pessoal a alguém sob guarda, mesmo que não cause intenso sofrimento.

148. (CESPE/AJAA-TJES/2011) O princípio da dignidade da pessoa humana possui um caráter absoluto, sendo um princípio primordial presente na Constituição Federal de 1988.

149. (CESPE/DPE-AL/2009) Segundo entendimento do STF, é vedada a utilização de algemas, sob pena de ofensa ao princípio da dignidade da pessoa humana e do direito fundamental do cidadão de não ser submetido a tratamento desumano ou degradante.

150. (ESAF/ANA/2009 - Adaptada) O uso de algemas só é lícito em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada previamente a excepcionalidade por escrito.

151. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) O direito à incolumidade física expressa caso de direito fundamental absoluto. 152. (FUNRIO/SEJUS-RO/2008) Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante, salvo nos casos em que a lei permitir.

153. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É livre a manifestação do pensamento, permitido o anonimato.

154. (CESPE/DPU - Agente Adm./2010) A CF prevê o direito à livre manifestação de pensamento, preservando também o anonimato.

155. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Com fundamento no dispositivo constitucional que assegura a liberdade de manifestação de pensamento e veda o anonimato, o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que os escritos anônimos não podem justificar, por si só, desde que isoladamente considerados, a imediata instauração de procedimento investigatório.

156. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) Se indícios da prática de ilícito penal por determinada pessoa constarem de escritos anônimos, a peça apócrifa, por si só, em regra, não será suficiente para a instauração de procedimento investigatório, haja vista a vedação ao anonimato prevista na CF.

157. (CESPE/Defensor - DPU/2010) Conforme entendimento do STF com base no princípio da vedação do anonimato, os escritos apócrifos não podem justificar, por si sós, desde que isoladamente considerados, a imediata instauração da persecutio criminis.

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158. (CESPE/ TCE-AC/2009) No intuito de fomentar a segurança dos autores de denúncias de fatos ilícitos praticados no âmbito da administração, os tribunais de contas podem preservar o sigilo do informante.

159. (CESPE/AJAA-STF/2008) É cabível o estabelecimento de restrições ao direito de liberdade de manifestação do pensamento para evitar lesão a um outro preceito fundamental.

160. (ESAF/Advogado-IRB/2006) A liberdade de manifestação do pensamento, nos termos em que foi definida no texto constitucional, só sofre restrições em razão de eventual colisão com o direito à intimidade, vida privada, honra e imagem.

161. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/2011) A inviolabilidade do sigilo de dados complementa a previsão ao direito à intimidade e à vida privada, sendo ambas as previsões regidas pelo princípio da

a) igualdade.

b) eficiência.

c) impessoalidade.

d) exclusividade.

e) reserva legal.

162. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas é certo que:

a) a dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável por danos morais, porque esta se restringe aos casos de violação à honra e à imagem.

b) a indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade, não responde cumulativamente por danos morais e materiais.

c) a condenação por danos morais face à divulgação indevida de imagem, exige a ocorrência de ofensa à reputação da pessoa.

d) o Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados pelos agentes públicos no exercício de suas funções.

e) as pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.

163. (CESPE/Auditor-TCU/2009) A CF estabelece que é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Diante da amplitude do tratamento constitucional atribuído a essas liberdades, mesmo que a manifestação dessas atividades viole a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem de alguém, não será devida qualquer indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

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164. (CESPE/FINEP/2009) A CF prevê direito à indenização por dano material, moral e à imagem, consagrando ao ofendido a reparabilidade em virtude dos prejuízos sofridos, não sendo possível, por essa razão, pedido autônomo de indenização por danos morais, sem que tenha havido dano material concomitante.

165. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) A indenização por danos morais tem seu âmbito de proteção adstrito às pessoas físicas, já que as pessoas jurídicas não podem ser consideradas titulares dos direitos e das garantias fundamentais.

166. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O direito de resposta proporcional ao agravo constitui instrumento democrático de ampla abrangência, já que é aplicável em relação a todas as ofensas, independentemente de elas configurarem ou não infrações penais.

167. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem decorrente de sua violação.

168. (ESAF/Técnico ANEEL/2004) Pela ofensa à sua honra, a vítima pode receber indenização por dano moral, mas não por danos materiais.

169. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) A publicação da fotografia de alguém, que causa constrangimento e aborrecimento, pode ensejar indenização por danos morais.

170. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O TCU, no exercício de sua missão constitucional de auxiliar o Congresso Nacional no controle externo, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário dos responsáveis por dinheiros e bens públicos.

171. (CESPE/TCE-AC/2009) Os tribunais de contas não podem determinar a quebra de sigilo bancário de administrador público investigado por superfaturamento de preço praticado em licitação, no âmbito do controle externo realizado.

172. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com o STF, a comissão parlamentar de inquérito pode proceder à quebra de sigilo bancário da pessoa investigada, ainda que baseada em fundamentos genéricos, sem a indicação de fatos concretos e precisos.

173. (CESPE/AJAA-STF/2008) Desde que o crime envolva desvio de recursos públicos, o Ministério Público, com base no princípio da publicidade e diante do poder de requisitar documentos atribuído aos seus membros, pode promover a quebra de sigilos bancário e fiscal.

174. (ESAF/ATRFB/2009) Comissão Parlamentar de Inquérito não pode decretar a quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico do investigado.

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175. (ESAF/ANA/2009) Em obediência ao princípio da publicidade, instituição financeira não pode invocar sigilo bancário para negar ao Ministério Público informações e documentos sobre nomes de beneficiários de empréstimos concedidos com recursos subsidiados pelo erário, em se tratando de requisição para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio público.

176. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É vedada a assistência religiosa nas entidades militares de internação coletiva, salvo nas civis.

177. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) Ao assegurar a liberdade de consciência e crença, a CF reafirmou ser o Brasil um país laico, apesar de admitir a prestação de assistência religiosa nas entidades civis de internação coletiva.

178. (CESPE/ABIN/2008) Considerando a hipótese de que um cidadão esteja internado em entidade civil de internação coletiva e professe como religião o candomblé, nessa hipótese, sendo o Estado brasileiro laico, não será a União obrigada a assegurar a esse interno as condições para que ele tenha assistência religiosa.

179. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estabelece ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, razão pela qual é vedado ao Estado garantir, na forma da lei, proteção aos locais de culto e às suas liturgias.

180. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) É inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida de forma absoluta a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

181. (ESAF/AFRFB/2009) Segundo a Constituição de 1988, é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação privada ou pública.

182. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) De acordo com a Constituição Federal de 1988, deve o Poder Público proporcionar a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva, contribuindo, inclusive, com recursos materiais e financeiros.

183. (FCC/AJAJ-TRT 21/2003) Temístocles, alegando motivos relacionados com sua convicção política, negou-se a prestar o serviço militar e, alegando as mesmas convicções, recusou-se a cumprir obrigação alternativa. Nesse caso, Temístocles

a) está correto em seu procedimento, visto que ninguém pode ser obrigado a fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

b) alegou legítima escusa de consciência, uma vez que sua convicção política é contrária à prestação de qualquer serviço ao Estado.

c) perderá seus direitos políticos e, sendo a perda definitiva, não mais poderá recuperá-los.

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d) terá seus direitos políticos suspensos e essa situação perdurará até que cumpra a obrigação alternativa.

e) não tem direito à escusa de consciência porque o serviço militar é obrigação imposta a todos os brasileiros.

184. (FCC/TCE-SP/2011) Por força de previsão expressa no Código de Processo Penal (CPP), o serviço do júri é obrigatório, sujeitando-se ao alistamento os cidadãos maiores de 18 anos de notória idoneidade. O artigo 438 do mesmo diploma legal, a seu turno, estabelece que "a recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto". A previsão contida no artigo 438 do CPP é

a) compatível com a Constituição da República.

b) parcialmente compatível com a Constituição da República, no que se refere à possibilidade de exercício de objeção de consciência, que somente se admite por motivo de convicção filosófica ou política.

c) incompatível com a Constituição da República, que considera o júri um órgão que emite decisões soberanas, sendo por essa razão vedada a recusa ao serviço.

d) incompatível com a Constituição da República, que não admite a suspensão de direitos políticos nessa hipótese.

e) incompatível com a Constituição da República, que não admite a possibilidade de recusa ao cumprimento de obrigação legal a todos imposta.

185. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Pessoa que se exima de obrigação legal a todos imposta por motivo de crença religiosa deve sofrer as consequências legais por seu ato, já que o Brasil é um país laico.

186. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Poderá ser privado de direitos quem invocar motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

187. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) A respeito da liberdade de expressão, assinale a afirmativa incorreta.

a) É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.

b) É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.

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c) É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.

d) É livre a manifestação do pensamento, permitido o anonimato.

e) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

188. (FCC/Técnico-TRT 16ª/2009) A expressão da atividade científica depende de censura ou licença.

189. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF assegura a liberdade de expressão, apesar de possibilitar, expressamente, sua limitação por meio da edição de leis ordinárias destinadas à proteção da juventude.

190. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Conforme entendimento do STF, a atual CF recepcionou o dispositivo da Lei de Imprensa que estabelece limitação quanto à indenização devida pela empresa jornalística, a título de dano moral, na hipótese de publicação de notícia inverídica, ofensiva à boa fama da vítima.

191. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 reconhece ser livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

192. (CESPE/ABIN/2008) Uma famosa atriz estrangeira, em viagem de férias pelo Brasil, foi fotografada juntamente com o seu namorado brasileiro, por jornalistas que pretendiam publicar as fotos em revistas de grande circulação. A liberdade de imprensa não admite censura. Dessa forma, o casal não poderia impedir, mesmo judicialmente, a divulgação das fotos.

193. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença, assim como a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.

194. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) Por ser a liberdade de expressão livre de censura, pacificou-se o entendimento de que não se pode punir a opinião divulgada que seja agressiva à honra de terceiros.

195. (ESAF/PFN/2006) A liberdade de expressão está entre os direitos fundamentais absolutos da Constituição em vigor.

196. (FCC/Técnico- TCE-GO/2009) Nos termos da Constituição, admite-se excepcionalmente a entrada na casa de um indivíduo sem consentimento do morador

a) por determinação judicial, a qualquer hora.

b) em caso de desastre, somente no período diurno.

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c) para prestar socorro, desde que a vítima seja criança ou adolescente.

d) em caso de flagrante delito, sem restrição de horário.

e) por determinação da autoridade policial, inclusive no período noturno.

197. (FCC/Secretário-MPE-RS/2008-adaptada) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou, por determinação judicial até às 22:00h (Certo ou Errado).

198. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) Medida Provisória que estabelecesse a possibilidade de a autoridade policial efetuar buscas e apreensões na casa de indivíduos investigados pela prática de atos de terrorismo, a qualquer hora do dia ou da noite, independentemente de mandado judicial, seria incompatível com a Constituição da República, porque a inviolabilidade de domicílio somente é excepcionada, sem restrição de horário, em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro, ou ainda, durante o dia, mediante determinação judicial.

199. (FCC/Analista-MPU/2007 - Adaptada) A inviolabilidade de domicílio pode ser mitigada para prestação de socorro, desde que haja consentimento expresso do morador.

200. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Entre as possibilidades de violação de domicílio, inclui-se a realizada em horário noturno e autorizada por ordem judicial.

201. (CESPE/Analista-EBC/2011) Uma comissão parlamentar de inquérito pode determinar a violação de, por exemplo, domicílio para a realização da busca e apreensão de computador que possua dados a respeito da matéria investigada.

202. (CESPE/MMA/2009) Se um indivíduo, ao se desentender com sua mulher, desferir contra ela inúmeros golpes, agredindo-a fisicamente, causando lesões graves, as autoridades policiais, considerando tratar-se de flagrante delito, poderão penetrar na casa desse indivíduo, ainda que à noite e sem determinação judicial, e prendê-lo.

203. (CESPE/PGE-AL/2009 - Adaptada) O conceito normativo de casa é abrangente; assim, qualquer compartimento privado onde alguém exerce profissão ou atividade está protegido pela inviolabilidade do domicílio. Apesar disso, há a possibilidade de se instalar escuta ambiental em escritório de advocacia que seja utilizado como reduto para a prática de crimes.

204. (CESPE/Auditor-TCU/2009) O cumprimento de mandado de busca e apreensão, expedido pela autoridade judicial competente,

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poderá ocorrer a qualquer horário do dia, inclusive durante o período noturno, mesmo que não haja o consentimento do morador, tendo em vista que a CF estabelece algumas exceções ao princípio da inviolabilidade domiciliar, as quais se incluem as determinações do Poder Judiciário.

205. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha que, por determinação judicial, tenha sido instalada escuta ambiental no escritório de advocacia de Pedro, para apurar a sua participação em fatos criminosos apontados em ação penal. Nessa situação hipotética, se essa escuta foi instalada no turno da noite, quando vazio estava o escritório em tela, eventual prova obtida nessa diligência será ilícita, por violação ao domicílio, ainda que preenchidos todos os demais requisitos legais.

206. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João, em tese, foi legal, visto que devidamente fundamentada e decidida pela autoridade competente.

207. (CESPE/TCE-AC/2009) João poderá impetrar, por meio de seu advogado, mandado de segurança visando questionar a legalidade de sua prisão e garantir o seu direito de ir e vir.

208. (CESPE/TCE-AC/2009) João deveria ter solicitado autorização prévia para a realização do comício, não sendo suficiente o simples aviso prévio à autoridade competente.

209. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João e o local onde foi recolhido deveriam ter sido comunicados imediatamente ao juiz competente e a sua família.

210. (CESPE/TCE-AC/2009) João só poderia ter sido preso em sua residência, no período da noite, por decisão judicial.

211. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocacia seja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia.

212. (CESPE/PGE-AL/2008) O conceito normativo de casa é abrangente; assim, qualquer compartimento privado onde alguém exerce profissão ou atividade está protegido pela inviolabilidade do domicílio. Apesar disso, há a possibilidade de se instalar escuta ambiental em escritório de advocacia que seja utilizado como reduto para a prática de crimes.

213. (CESPE/PGE-AL/2008) Nos casos de flagrante delito, desastre, ou mesmo para prestar socorro, não é permitido o ingresso no domicílio durante a noite sem o consentimento do morador.

214. (CESPE/PGE-AL/2008) É impossível a violação de domicílio com fundamento em decisão administrativa. Contudo, é possível o

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ingresso de fiscal tributário em domicílio, durante o dia, sem o consentimento do morador e sem autorização judicial.

215. (CESPE/PGE-AL/2008) O oficial de justiça pode, mediante ordem judicial, ingressar em domicílio no período noturno, sem a autorização do morador, para lavrar auto de penhora.

216. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Um advogado que esteja sendo investigado por formação de quadrilha e outros crimes não poderá sofrer, em seu escritório, uma escuta ambiental captada por gravador instalado por força de decisão judicial, já que tal fato viola o princípio de proteção do domicílio.

217. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A inviolabilidade do domicílio não obsta a entrada da autoridade policial, durante a noite, em caso de flagrante delito.

218. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A inviolabilidade do domicílio não alcança o fisco, quando na busca de identificação da ocorrência de fato gerador dos tributos por ele fiscalizados.

219. (CESPE/AJAA-STF/2008) O Ministério Público pode determinar a violação de domicílio para a realização de busca e apreensão de objetos que possam servir de provas em processo criminal, desde que tal violação ocorra no período diurno.

220. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) Considere que Márcio, oficial de justiça, de posse de mandado judicial, tenha que fazer a citação de Antônio em uma ação penal. Nessa situação hipotética, havendo autorização judicial para que Márcio faça a citação em qualquer horário, não se configurará violação ao domicílio se Márcio ingressar na residência de Antônio no sábado à noite e efetuar a citação, mesmo sem a concordância dos moradores.

221. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê que a casa é o asilo inviolável do indivíduo, de modo que ninguém pode, em qualquer hipótese, nela penetrar sem o consentimento do morador.

222. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O entendimento do direito constitucional relativo à casa apresenta maior amplitude que o do direito privado, de modo que bares, restaurantes e escritórios, por exemplo, são locais assegurados pelo direito à inviolabilidade de domicílio.

223. (CESPE/ACE-TCE-TO/2009 - Adaptada) Um advogado que esteja sendo investigado por formação de quadrilha e outros crimes não poderá sofrer, em seu escritório, uma escuta ambiental captada por gravador instalado por força de decisão judicial, já que tal fato viola o princípio de proteção do domicílio.

224. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocacia seja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar

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escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia.

225. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável durante a noite mediante ordem judicial

226. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável, porém somente durante o dia, em caso de flagrante delito ou desastre.

227. (ESAF/ATA-MF/2009) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo, por determinação judicial após as 18 horas e durante o dia para prestar socorro, em caso de flagrante delito ou desastre.

228. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) A sala alugada, mas não aberta ao público, em que o indivíduo exerce a sua profissão, mesmo que ali não resida, recebe a proteção do direito constitucional da inviolabilidade de domicílio.

229. (ESAF/ATRFB/2009) A garantia constitucional da inviolabilidade de domicílio não inclui escritórios de advocacia.

230. (ESAF/ATRFB/2009) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial ou da autoridade policial competente.

231. (CESGRANRIO/Oficial de Justiça-TJ-RO/2008) A Constituição afirma que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador” (Art. 5, XI). A esse respeito, considere as afirmativas a seguir.

I - É permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, mesmo sem o consentimento do morador, desde que haja autorização judicial para tanto.

II - É permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, em caso de desastre ou para prestar socorro.

III - É permitido penetrar na casa quando houver flagrante delito, mas somente durante o dia.

IV - O conceito de casa deve ser interpretado de forma restritiva, não incluindo, por exemplo, quarto de hotel.

Tendo em vista o direito fundamental citado, de acordo com a própria Constituição, e com a jurisprudência do STF, é(são)

correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

(A) II

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(B) III

(C) I e IV

(D) I, II e IV

(E) I, III e IV

232. (FGV/Advogado-Senado/2008) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação de autoridade judicial ou de Presidente de Comissão Parlamentar de Inquérito.

233. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008 - adaptada) É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Certo ou Errado).

234. (CESPE/Analista-EBC/2011) É permitida a violação de correspondência de presidiário em face de suspeita de rebelião.

235. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Admite-se a quebra do sigilo das comunicações telefônicas, por decisão judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, para fins de investigação criminal ou administrativa.

236. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê a inviolabilidade do sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas em caráter absoluto.

237. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Apesar da ausência de autorização expressa na CF, a interceptação das correspondências e comunicações telegráficas e de dados é possível, em caráter excepcional.

238. (CESPE/STF/2008 - Adaptada) Apesar de a CF afirmar categoricamente que o sigilo da correspondência é inviolável, admite-se a sua limitação infraconstitucional, quando se abordar outro interesse de igual ou maior relevância, do que o previsto na CF.

239. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Segundo a Constituição Federal de 1988 (CF), o sigilo das comunicações telefônicas poderá ser violado, por ordem judicial ou administrativa, para instrução processual de ação de improbidade administrativa.

240. (CESPE/Analista SEGER-ES/2007) Conversas telefônicas entre o acusado e seu defensor não podem ser interceptadas, pois o sigilo profissional do advogado, que é garantia do próprio processo legal, somente pode ser quebrado quando o advogado estiver envolvido na atividade criminosa.

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241. (ESAF/MDIC - Analista de Comércio Exterior/2012) a interceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a violação das comunicações telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.

242. (ESAF/ATA-MF/2009) É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo o sigilo da correspondência, por ordem judicial.

243. (ESAF/AFT/2003) Segundo a jurisprudência do STF, a inviolabilidade do sigilo das correspondências, das comunicações telegráficas e dos dados não é absoluta, sendo possível sua interceptação, sempre excepcionalmente, com fundamento em razões de segurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, quando este direito estiver sendo exercido para acobertar práticas ilícitas.

244. (ESAF/ATRFB/2009) As Comissões Parlamentares de Inquérito podem determinar a interceptação de comunicações telefônicas de indivíduos envolvidos em crimes graves.

245. (ESAF/ATRFB/2009) É cabível a interceptação de comunicações telefônicas por ordem judicial a fim de instruir processo administrativo disciplinar.

246. (FUNIVERSA/Delegado - PC-DF/2009) A apreensão de um computador, para fins de extração de dados dele, configurará, consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, violação ao sigilo dos dados e comunicações.

247. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) O direito ao sigilo de comunicação é:

(A) restrito às comunicações telefônicas.

(B) fundamental, podendo, entretanto, ser quebrado no caso das comunicações telefônicas, quando houver ordem judicial.

(C) abrangente de todo o tipo de comunicação.

(D) relativo, podendo ser quebrado no caso de instrução processual.

(E) relativo, podendo ser quebrado no caso do preso.

248. (FCC/AJAJ-EM-TRF 4ª/2004 - Adaptada) No que se refere à inadmissibilidade, no processo, das provas obtidas por meios ilícitos, é certo que constitui ilicitude a utilização de conversa telefônica feita por terceiros com autorização de um dos interlocutores sem o conhecimento do outro, quando há, para essa utilização, excludente da antijuridicidade.

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249. (CESPE/Advogado-SDA-AC/2008) Considere que, no curso de uma investigação criminal, um juiz de direito tenha determinado a quebra do sigilo telefônico dos investigados, e que a escuta telefônica realizada em decorrência dessa decisão tenha revelado dados que comprovam a ocorrência de atos de corrupção que envolviam servidores públicos estaduais que não estavam sendo diretamente investigados. Nessa situação, tais provas poderiam ser utilizadas para embasar processo administrativo disciplinar contra os referidos servidores.

250. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Conforme orientação do STF, os dados obtidos em interceptação de comunicações telefônicas e em escutas ambientais, judicialmente autorizadas para produção de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, não podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar, contra a mesma ou as mesmas pessoas em relação às quais foram colhidos, ou contra outros servidores cujos possíveis ilícitos teriam despontado da colheita dessa prova.

251. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) As provas obtidas de forma ilícita podem ser convalidadas, desde que se permita o contraditório em relação ao seu conteúdo.

252. (ESAF/ANA/2009) A prova ilícita pode prevalecer em nome do princípio da proporcionalidade, do interesse público na eficácia da repressão penal em geral ou, em particular, na de determinados crimes; a dignidade humana não serve de salvaguarda à proscrição da prova ilícita.

253. (ESAF/Analista ANEEL/2006) Assinale a opção correta.

a) Constitui prova ilícita a gravação, por um dos interloctores, sem autorização judicial, de conversa telefônica, em que esteja sendo vítima de crime de extorsão.

b) É necessariamente nulo todo o processo em que se descobre uma prova ilícita.

c) É válida a prova de um crime descoberta acidentalmente durante a escuta telefônica autorizada judicialmente para apuração de crime diverso.

d) A proibição do uso de prova ilícita não opera no âmbito do processo administrativo.

e) A escuta telefônica determinada por membro do Ministério Público para apuração de crime hediondo não constitui prova ilícita.

254. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) É nulo o processo em que se produz prova ilícita, mesmo que nele haja outras provas, não decorrentes da prova ilícita, que permitam a formação de um juízo de convicção sobre a causa.

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255. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

256. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) É assegurado, em qualquer hipótese, o acesso à informação e a sua fonte.

257. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, a CF dispõe expressamente que é assegurado a todos o acesso à informação, vedado o sigilo da fonte, mesmo quando necessário ao exercício profissional.

258. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) A inviolabilidade do direito à liberdade abrange a livre locomoção no território nacional em tempo de paz e constitui direito fundamental previsto na Constituição Federal integrante do grupo de direitos:

a) políticos.

b) sociais.

c) solidários.

d) individuais.

e) à nacionalidade.

259. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.

260. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em qualquer local, independentemente de autorização ou de prévio aviso à autoridade competente.

261. (FCC/Técnico - TRE-SE/2008) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, mediante prévia autorização do Poder Público.

262. (FCC/AJAA - TRT 3ª/2009) No que diz respeito à liberdade de reunião, é certo que:

a) o instrumento jurídico adequado para a tutela da liberdade de reunião, caso ocorra lesão ou ameaça de lesão, ocasionada por ilegalidade ou arbitrariedade, é o habeas corpus.

b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, não está sujeita a qualquer suspensão por conta de circunstâncias excepcionais como no estado de defesa.

c) o prévio aviso à autoridade para realizar uma reunião limita-se, tão-somente, a impedir que se frustre outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

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d) na hipótese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiver portando arma de fogo, o fato não autoriza a dissolução da reunião pelo Poder Público.

e) a autoridade pública dispõe de competência e discricionariedade para decidir pela conveniência, ou não, da realização da reunião.

263. (CESPE/MPS/2010) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, mediante autorização da autoridade competente, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

264. (CESPE/Auditor-TCU/2009) De acordo com a CF, caso os integrantes de determinada associação pretendam reunir-se pacificamente, sem armas, em um local aberto ao público, tal reunião poderá ocorrer, independentemente de autorização, desde que não frustre outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.

265. (CESPE/AJAA-STF/2008) Em tempo de paz, os direitos de liberdade de locomoção e de liberdade de reunião somente podem ser afastados mediante prévia e fundamentada decisão judicial.

266. (CESPE/SEJUS-ES/2009) Independentemente de aviso prévio ou autorização do poder público, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

267. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com a doutrina e jurisprudência, a tutela jurídica do direito de reunião eventualmente atingido se efetiva por intermédio do habeas corpus.

268. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) o direito de reunião pacífica não contempla, sem prévia anuência expressa da autoridade pública de trânsito, a realização de manifestação coletiva, com objetivo de protesto contra a carga tributária, em via pública de circulação automobilística.

269. (ESAF/ATRFB/2009) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo exigida, no entanto, autorização prévia da autoridade competente.

270. (ESAF/ATA-MF/2009) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, entretanto, exige-se prévio aviso à autoridade competente.

271. (ESAF/PGFN/2007) O direito constitucional de reunião não protege pretensão do indivíduo de não se reunir a outros.

272. (FGV/Advogado-Senado/2008) A todos é assegurado o direito de reunião, para fins pacíficos, em locais abertos ao público,

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independentemente de autorização e de aviso prévio à autoridade competente.

273. (FCC/AJ Arquivologia - TRT 1ª/2011) João, Carlos, Tício, Libero e Tibério se uniram e fundaram uma associação de vigilantes de bairro, todos armados e uniformizados, sob a alegação que não treinavam com finalidade bélica. Porém, para se afastar de forma absoluta o caráter paramilitar dessa associação não poderão estar presentes os seguintes requisitos:

a) Tempo e princípio da impessoalidade.

b) Tempo e lugar.

c) Pluralidade de participantes e lugar.

d) Lugar e princípio da eficiência.

e) Organização hierárquica e princípio da obediência.

274. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Todos deverão ser compelidos a associar-se ou a permanecer associado a sindicato na vigência do contrato de trabalho.

275. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado (Certo ou Errado).

276. (FCC/TJAA-TRT 7ª/2009) O artigo 5° da Constituição Federal prevê, dentre outros direitos, que:

a) a liberdade de associação é absoluta, sendo necessária, porém, a prévia comunicação à autoridade competente.

b) as entidades associativas somente têm legitimidade para representar seus filiados extrajudicialmente.

c) a liberdade de associação para fins lícitos é plena, vedada a de caráter paramilitar.

d) a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas, dependem de autorização do Estado.

e) as associações só poderão ser compelidas a suspender as suas atividades, após decisão tomada por seus filiados.

277. (FCC/AJAJ-TRT-23ª/2011) As associações

a) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão administrativa de autoridade competente, desde que tenha sido exercido o direito de defesa.

b) não poderão ser compulsoriamente dissolvidas em nenhuma hipótese tratando-se de garantia constitucional indisponível.

c) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial que haja transitado em julgado.

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d) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial não sendo o trânsito em julgado requisito indispensável para a sua dissolução.

e) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão administrativa desde que proferida em segunda instância por órgão colegiado.

278. (CESPE/DETRAN-DF/2009) A norma constitucional que estabelece que as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado, tem aplicação imediata.

279. (CESPE/Auditor-TCU/2009) A administração pública, no exercício do seu poder de fiscalização, quando estiver diante de uma ilegalidade, poderá, independentemente de decisão judicial, dissolver compulsoriamente ou suspender as atividades das associações.

280. (CESPE/MMA/2009) Associação com seis meses de constituição pode impetrar mandado de segurança coletivo.

281. (CESPE/Auditor-TCU/2009) A administração pública, no exercício do seu poder de fiscalização, quando estiver diante de uma ilegalidade, poderá, independentemente de decisão judicial, dissolver compulsoriamente ou suspender as atividades das associações.

282. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Somente por decisão judicial transitada em julgado as associações podem ser compulsoriamente dissolvidas.

283. (CESPE/TRT-17ª/2009) A CF veda a interferência do Estado no funcionamento das associações e cooperativas.

284. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicialmente, mas não no contencioso administrativo.

285. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial transitada em julgado.

286. (ESAF/ATA-MF/2009) Exige-se o trânsito em julgado da decisão judicial para que as associações tenham suas atividades suspensas.

287. (CESGRANRIO/Investigador - Polícia Civil do RJ/2008) Entre os direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal, inclui-se a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar. Nesse contexto, a criação de associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento, ressalvada a possibilidade de serem compulsoriamente dissolvidas por:

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a) decisão judicial, apenas após o trânsito em julgado.

b) decreto específico do Governador do Estado.

c) orientação do Ministério Público.

d) determinação da Autoridade Policial em sede de inquérito.

e) portaria da Presidência da República ou do Ministério da Justiça.

288. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.

289. (FGV/OAB/2010.3) A Constituição garante a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar (art. 5°, XVII). A respeito desse direito fundamental, é correto afirmar que a criação de uma associação

(A) depende de autorização do poder público e pode ter suas atividades suspensas por decisão administrativa.

(B) não depende de autorização do poder público, mas pode ter suas atividades suspensas por decisão administrativa.

(C) depende de autorização do poder público, mas só pode ter suas atividades suspensas por decisão judicial transitada em julgado.

(D) não depende de autorização do poder público, mas só pode ter suas atividades suspensas por decisão judicial.

290. (FCC/AJAA-TRE-AP/2011) Ulisses foi obrigado a desocupar sua residência porque o Corpo de Bombeiros a requisitou para acessar e apagar um incêndio no imóvel dos fundos que se alastrava com rapidez e tomava enormes proporções, e que poderia queimar o referido imóvel, aniquilar todo o restante do quarteirão, causar a morte de um grupo indeterminado de pessoas e danos à comunidade. Porém, os bombeiros no manuseio das mangueiras de água danificaram todos os móveis e eletrodomésticos que se encontravam no interior do imóvel. Segundo a Constituição Federal, ao Ulisses

a) está assegurada indenização ulterior de todos os danos causados pelo Corpo de Bombeiros no combate ao incêndio.

b) não está assegurada indenização ulterior em hipótese alguma, posto que o caso se tratava de iminente perigo público.

c) está assegurada indenização dos danos, limitada de até vinte salários mínimos.

d) está assegurada indenização dos danos, limitada de até quarenta salários mínimos.

e) não está assegurada indenização, posto que o caso se tratava de força maior, salvo se Ulisses provar que a requisição de sua casa era dispensável ao combate do incêndio.

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291. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, vedada ao proprietário indenização ulterior na ocorrência de dano.

292. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

293. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) a desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social será efetuada mediante prévia e justa indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos na Constituição.

294. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) a pequena propriedade rural, definida em lei e desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora, salvo para assegurar pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.

295. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) a propriedade particular poderá ser objeto de uso pela autoridade competente, em caso de iminente perigo público, assegurada indenização posterior, independentemente da ocorrência de dano.

296. (CESPE/AJEP-TJES/2011) A requisição, como forma de intervenção pública no direito de propriedade que se dá em razão de iminente perigo público, não configura forma de autoexecução administrativa na medida em que pressupõe autorização do Poder Judiciário.

297. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) A propriedade poderá ser desapropriada por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mas sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.

298. (CESPE/Técnico Administrativo - PREVIC/2011) De acordo com a CF, com o objetivo de fomentar a produção e a renda, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de qualquer tipo de débito adquirido.

299. (CESPE/Analista-EBC/2011) Será garantida indenização por benfeitorias necessárias nos casos de desapropriação de fazenda que sedie cultura de plantas psicotrópicas.

300. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Na desapropriação, a indenização justa e prévia deve traduzir a mais completa recomposição o valor retirado do patrimônio do expropriado e, nesse sentido, reconhece o STF a legitimidade do pagamento de indenização pelas matas existentes, até mesmo

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aquelas integrantes da cobertura vegetal sujeita a preservação permanente.

301. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF prevê que as glebas nas quais forem localizadas culturas de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas, sem indenização ao proprietário. O STF entende que, nessa hipótese, o termo gleba se refere apenas à área efetivamente cultivada e não a toda a propriedade, de modo que a gleba não poderia ser considerada o todo, mas somente a parte objeto do plantio ilegal.

302. (ESAF/ Procurador PGFN/2012) Sobre o regime constitucional da propriedade, é incorreto afirmar:

a) que, no bojo dos direitos fundamentais contemplados na Constituição Federal de 1988, é, concomitantemente, garantido o direito de propriedade e exigido que a propriedade atenda à sua função social.

b) que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por utilidade pública, mediante justa e prévia indenização em dinheiro ou bens da União.

c) que, no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade privada independentemente de prévia disciplina legal ou ato de desapropriação, assegurado ao proprietário apenas indenização ulterior se houver dano.

d) que no contexto da política de desenvolvimento urbano, o poder público municipal pode, nos termos de lei específica local e observados os termos de lei federal, exigir do proprietário de área incluída no plano diretor que promova o seu adequado aproveitamento sob pena, como medida derradeira, de sua desapropriação mediante justa e prévia indenização com pagamento em títulos da dívida pública.

e) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, é insusceptível tanto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva quanto, desde que seu proprietário não possua outra, de desapropriação para fins de reforma agrária.

303. (ESAF/ATRFB/2009) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular. No entanto, se houver dano, não será cabível indenização ao proprietário.

304. (ESAF/Técnico Administrativo - MPU/2004) Por força de disposição constitucional, a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, dar-se-á sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.

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305. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

306. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

307. (CESGRANRIO/DECEA/2009) A Constituição Brasileira garante o direito de propriedade (art. 5o, XXII), que, por seu turno, deverá a atender a sua função social (art. 5o, XXIII). Nesse sentido, é correto afirmar que a Constituição:

(A) não admite a expropriação de terras, nem o confisco de bens.

(B) assegura que a pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamentos de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.

(C) permite a desapropriação de imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, que incluirá as benfeitorias úteis e necessárias.

(D) permite, em caso de iminente perigo público, o uso de propriedade particular por autoridade pública, assegurado o pagamento de indenização pelo uso da propriedade.

(E) permite a desapropriação de imóvel urbano, por interesse social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida pública.

308. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) Em relação ao instituto da Requisição administrativa, afirma-se que:

(A) pode incidir sobre bens, móveis e imóveis, ou sobre serviços.

(B) é cabível apenas em tempos de guerra.

(C) depende de prévia aquiescência do particular.

(D) depende de intervenção do Poder Judiciário.

(E) depende de prévia indenização ao particular.

309. (FCC/TJAA-TRE-PE/2011) No tocante aos Direitos e Garantias Fundamentais, ao autor

a) compete o exercício solidário do direito de utilização de sua obra com a sociedade face o interesse público que se sobrepõe ao privado, independentemente de prazo.

b) compete o exercício solidário do direito de publicação de sua obra com a sociedade face o interesse público, independentemente de prazo.

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c) pertence o direito exclusivo de publicação de sua obra, intransmissível aos herdeiros.

d) pertence o direito exclusivo de utilização de sua obra, intransmissível aos herdeiros.

e) pertence o direito exclusivo de reprodução de sua obra, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.

310. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.

311. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, não transmissível aos herdeiros, por seu caráter personalíssimo.

312. (CESPE/MMA/2009) Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização e publicação, mas não o de reprodução, não podendo a transmissão desse direito aos herdeiros ser limitada por lei.

313. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) A CF garante o direito de propriedade intelectual e assegura aos autores de inventos industriais privilégio permanente para a sua utilização, além de proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e outros signos distintivos, considerando o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil.

314. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

315. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) a sucessão de bens de estrangeiros situados no país será sempre regulada pela lei brasileira, independentemente do que estabelecer a lei pessoal do de cujus.

316. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A garantia ao direito de herança é um direito fundamental, que não pode ser restringido pela legislação infraconstitucional.

317. (ESAF/ATRFB/2009) A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei do país do de cujus, ainda que a lei brasileira seja mais benéfica ao cônjuge ou aos filhos brasileiros.

318. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei estrangeira pessoal do “de cujus” sempre que esta for mais favorável ao cônjuge ou aos filhos brasileiros do que a lei brasileira.

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GABARITO:

1 Errado 37 Correto 73 D 109 Errado 145 Correto 2 Correto 38 Correto 74 Errado 110 Correto 146 Correto 3 Correto 39 A 75 Correto 111 Errado 147 C 4 Errado 40 Correto 76 Errado 112 Errado 148 Errado 5 C 41 Errado 77 Errado 113 Errado 149 Errado 6 Errado 42 Correto 78 Errado 114 Errado 150 Errado 7 B 43 Correto 79 Errado 115 Correto 151 Errado 8 B 44 B 80 Errado 116 Errado 152 Errado 9 Correto 45 Correto 81 D 117 Errado 153 Errado

10 Errado 46 Errado 82 Errado 118 Correto 154 Errado 11 Errado 47 Errado 83 E 119 Correto 155 Correto 12 Errado 48 Errado 84 Correto 120 C 156 Correto 13 Errado 49 B 85 Errado 121 E 157 Correto 14 Correto 50 Errado 86 Errado 122 Correto 158 Errado 15 Errado 51 Correto 87 Errado 123 Correto 159 Correto 16 Errado 52 Errado 88 A 124 D 160 Errado 17 Errado 53 Errado 89 Errado 125 Errado 161 D 18 Correto 54 Errado 90 A 126 Errado 162 D 19 Correto 55 Correto 91 Errado 127 Correto 163 Errado

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20 Errado 56 B 92 Correto 128 Errado 164 Errado 21 D 57 C 93 Errado 129 Errado 165 Errado 22 Correto 58 A 94 B 130 Errado 166 Correto 23 Errado 59 C 95 D 131 Errado 167 Correto 24 Correto 60 Errada 96 B 132 Errado 168 Errado 25 Correto 61 C 97 Correto 133 Errado 169 Correto 26 Errado 62 Correto 98 Correto 134 B 170 Errado 27 Errado 63 E 99 Errado 135 A 171 Correto 28 Correto 64 A 100 Errado 136 Errado 172 Errado 29 Errado 65 Errado 101 Errado 137 Correto 173 Anulado 30 Correto 66 Errado 102 Errado 138 Errado 174 Errado 31 Errado 67 Errado 103 B 139 Errado 175 Correto 32 Correto 68 Errado 104 E 140 Errado 176 Errado 33 Errado 69 Correto 105 B 141 Correto 177 Correto 34 Correto 70 Correto 106 E 142 Errado 178 Errado 35 Errado 71 D 107 Errado 143 Errado 179 Errado 36 Correto 72 A 108 Anulado 144 Errado 180 Errado

181 Errado 217 Correto 253 C 289 D 182 Errado 218 Errado 254 Errado 290 A 183 D 219 Errado 255 Correto 291 Errado 184 A 220 Errado 256 Errado 292 Correto 185 Errado 221 Errado 257 Errado 293 Correto 186 Correto 222 Errado 258 D 294 Errado 187 D 223 Errado 259 Correto 295 Errado 188 Errado 224 Errado 260 Errado 296 Errado 189 Errado 225 Errado 261 Errado 297 Errado 190 Errado 226 Errado 262 D 298 Errado 191 Correto 227 Errado 263 Errado 299 Errado 192 Errado 228 Correto 264 Correto 300 Correto 193 Correto 229 Errado 265 Errado 301 Errado 194 Errado 230 Errado 266 Errado 302 B 195 Errado 231 A 267 Errado 303 Errado 196 D 232 Errado 268 Errado 304 Errado 197 Errado 233 Correto 269 Errado 305 Correto 198 Correto 234 Correto 270 Correto 306 Correto 199 Errado 235 Errado 271 Errado 307 B 200 Errado 236 Errado 272 Errado 308 A

CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ

201

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201 Errado 237 Correto 273 E 309 E 202 Correto 238 Correto 274 Errado 310 Correto 203 Correto 239 Errado 275 Correto 311 Errado 204 Errado 240 Correto 276 C 312 Errado 205 Errado 241 Errado 277 C 313 Errado 206 Errado 242 Errado 278 Correto 314 Correto 207 Errado 243 Correto 279 Errado 315 Errado 208 Errado 244 Errado 280 Errado 316 Errado 209 Correto 245 Errado 281 Errado 317 Errado 210 Errado 246 Errado 282 Correto 318 Correto 211 Errado 247 B 283 Correto

212 Correto 248 Errado 284 Errado

213 Errado 249 Correto 285 Correto

214 Errado 250 Errado 286 Errado

215 Errado 251 Errado 287 A

216 Errado 252 Errado 288 Correto