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CUSTOS DE PRODUÇÃO

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CUSTOS DE PRODUÇÃO

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Curso Técnico© SENAI - PR, 2004

CIP: 0332AA0102004

Elaboração Técnica Hugo Armando CerónRevisão Técnica

Equipe de editoração

Coordenação Márcia Donegá Ferreira LeandroDiagramação Elaine Przybycien

Ilustração Elaine PrzybycienCapa Ricardo Mueller de Oliveira

Direitos reservados aoSENAI — Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialDepartamento Regional do ParanáAvenida Cândido de Abreu, 200 - Centro CívicoTelefone: (41) 350-7000Telefax: (41) 350-7101E-mail: [email protected] 80530-902 — Curitiba - PR

S474c SENAI. PRCustos de Produção / SENAI. PR. --

Curitiba, 2004.

58 p.

1. Custo.

CDU: 657.471

Ficha CatalográficaNIT - Núcleo de Informação TecnológicaDiretoria de Tecnologia SENAI - DR/PR

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SUMÁRIOSUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 5

l - CONTABILIDADE DE CUSTOS ........................................................................................ 7

1.1 - Objetivos de um Sistema de Custos ............................................................................. 8

1.2 - Funções da Contabilidade de Custos............................................................................ 8

2.1 - Definição de Custos  ..................................................................................................... 9

2.2 - Terminologia Contábil .................................................................................................... 9

ll - CUSTOS DE PRODUÇÃO .............................................................................................. 9

2.3 - Elementos de Custos ................................................................................................. 10

2.4 - Formação dos Custos ................................................................................................ 12

2.5 - Classificação dos Custos ........................................................................................... 12

2.6 - OUTROS TIPOS DE CUSTOS .................................................................................. 18

3.1 - Conceituação e Origens ............................................................................................. 21

lll - CUSTEIO BASEADO NAS ATIVIDADES ....................................................................... 21

3.2 - Principais objetivos do custeio ABC ............................................................................ 22

3.3 – Etapas para Implantação do sistema ABC ................................................................. 23

3.4 - CUSTEAR ATIVIDADES ............................................................................................. 24

3.5 - Análise do Ponto de Equilíbrio ..................................................................................... 30

3.6 - Escolha de Processos ................................................................................................ 32

4.1 - Vida econômica e obsolescência ................................................................................ 37

4.2 - Depreciação ............................................................................................................... 37

lV - OBSOLESCÊNCIA, DEPRECIAÇÃO E IMPOSTOS .................................................... 37

Método Linear ..................................................................................................................... 38

4.3 - O efeito dos impostos ................................................................................................. 39

5.1 - Definições financeiras ................................................................................................. 41

V - TIPOS DE DECISÕES ECONÔMICAS ......................................................................... 41

5.2 - Definições Financeiras ............................................................................................... 42

5.3 - A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A FORMAÇÃO DE PREÇOS............................. 43

5.4 - TOMADA DE DECISÕES ........................................................................................... 44

5.5 - A DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA .............................................................. 45

6.1 - Valor presente ............................................................................................................. 51

6.2 - Período PayBack ....................................................................................................... 51

Vl – MÉTODOS PARA AVALIAR ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO ................................ 51

6.3 - Taxa Interna de Retorno .............................................................................................. 52

6.4 - Análise de Investimentos............................................................................................. 53

VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 58

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As inovações tecnológicas que ocorreram nas últimas

décadas e que ainda ocorrem nos campos de informática, no

mercado financeiro e no mundo dos negócios, refletiram dire-

tamente nas empresas industriais e de serviços.

Sendo assim a qualidade dos produtos e serviços torna-

se essencial, pois este mercado globalizado em que vivemos

fez com que houvesse aumento de competitividade a nível

mundial e as empresas que não primarem pela qualidade de

seus produtos e serviços estarão fora do mercado.

Na busca de aumentar sua competitividade, as empre-

sas tem que necessariamente reduzir seus custos e melhorar

a qualidade para se manter neste mercado globalizado. Então

um melhor conhecimento destes custos é tarefa fundamental

para o processo de tomada de decisões.

Por isso a contabilidade de custos tornou-se nos dias

de hoje uma ferramenta indispensável para os administra-

dores das empresas, para a correta formação do preço dos

produtos e serviços e também para a definição de quais

produtos são mais rentáveis ou não com o objetivo principal

de maximizar os resultados da empresa com o mínimo de

recursos possíveis.

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

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A contabilidade de custos tem passado por constantes

evoluções desde o seu surgimento, até a era contemporânea.

As mudanças ocorridas dizem respeito à evolução do siste-

ma econômico como um todo, que passou a exigir, das orga-

nizações, necessidades de controle cada vez mais eficazes

como forma de controlar a utilização dos fatores de produção.

Os objetivos de controle constituem, atualmente, condição de

sobrevivência das organizações.

A Contabilidade de Custos teve sua origem na Era

Mercantilista, no século XVIII, e utilizava como principal fonte

de dados a Contabilidade Geral ou Financeira.

Nesta época as empresas viviam basicamente do co-

mércio, não existiam ainda as indústrias e, portanto, as ne-

cessidades de controle eram menores. O preço de compra

das mercadorias eram facilmente obtidos mediante consulta

aos documentos de aquisição.

O controle de custos consistia, apenas, em fazer um

levantamento dos estoques de início de período, adicionar as

compras efetuadas no mesmo período e deduzir deste total

as mercadorias que ainda restavam por vender.

Com a revolução industrial, surgiram as grandes indús-

trias de transformação e os sistemas de produção passaram

a ser mais complexos exigindo assim uma maior evolução da

contabilidade de custos.

Atualmente a Contabilidade de Custos apresenta-se ain-

da como fator fundamental para o planejamento, controle e

tomada de decisões econômicas, principalmente definir entre

alternativas de investimentos, como, por exemplo fabricar in-

ternamente ou comprar de terceiros, lançar novos produtos, 

aceitar uma encomenda especial, formar preço de venda,

priorizar um produto em detrimento de outro, cortar um produ-

to ou linha de produto, etc.

l - CONTABILIDADE DE CUSTOSl - CONTABILIDADE DE CUSTOS

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1.1 - OBJETIVOS DE UM SISTEMA DE CUSTOS

Quanto aos objetivos de um Sistema de Custos, desta-

camos a abordagem de Kaplan, que identificou os seguintes

objetivos a serem alcançados por um sistema de Custos:

1. A avaliação dos estoques para relatórios financeiros e

fiscais, alocando os custos de produção entre produtos

vendidos e em estoques;

2. Controle operacional, fornecendo informações para ge-

rentes de produção sobre os recursos consumidos du-

rante o período;

3. Apuração individual dos custos dos produtos.

1.2 - FUNÇÕES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

1. Ajudar a determinar um preço normal ou satisfatório para

os produtos vendidos;

2. Ajudar a fixar um limite mínimo para as reduções de

preço;

3. Determinar os produtos mais rentáveis e os não ren-

táveis;

4. Controlar os estoques;

5. Fixar um valor para os estoques;

6.Testar a eficiência de diferentes processos;

7. Testar a eficiência de diferentes departamentos;

8. Detectar perdas, desperdícios e roubos;

9. Separar o custo da ociosidade do custo de produção de

bens.

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2.1 - DEFINIÇÃO DE CUSTOS 

Provavelmente nenhuma outra palavra no vocabulário

técnico-contábil é usada com tanta variedade de sentidos como

o termo “custos”. Entretanto, um essencial pré-requisito para

subseqüentes discussões a respeito de custos é o conheci-

mento do seu significado e dos seus diversos usos.

Basicamente podemos definir os custos como sendo a

soma, em termos monetários, dos valores de bens e servi-

ços consumidos na produção de um novo bem ou serviço.

2.2 - TERMINOLOGIA CONTÁBIL

Conceituam-se como Gastos a renúncia de um ativo

pela entidade com a finalidade de obtenção de um bem ou

serviço, representada pela entrega ou promessa de entrega

de bens ou direitos (normalmente dinheiro) pela empresa. Os

gastos se concretiza quando os bens ou serviços adquiridos

são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa.

Desembolso é o pagamento resultante da aquisição de

um bem ou serviço, ele pode ocorrer antes, durante ou depois

a entrada do bem comprado.

Investimento é o gasto com bem ou serviço ativado em

função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos

futuros. Ex.: Aquisição de Matéria-Prima, de Imóveis, de Mó-

veis, de Material de escritório, etc.

Custo é o gasto relativo a um bem ou serviço utilizado

na produção de outros bens e serviços desde que relaciona-

dos ao processo produtivo da empresa.

ll - CUSTOS DE PRODUÇÃOll - CUSTOS DE PRODUÇÃO

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Despesa é o gasto com bens e serviços não utilizados

nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de

obtenção de receitas, são os gastos necessários para a ven-

da dos produtos. Ex: gastos administrativos, financeiros.

Perda é um gasto não intencional decorrente de fatores

externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empre-

sa, ocorrem de forma anormal e involuntária em relação a ati-

vidade principal da empresa.

Em termos práticos, nem sempre é fácil distinguir custo

e despesa. Pode-se, entretanto, propor uma regra simples do

ponto de vista didático: todos os gastos realizados com o pro-

duto até que se este esteja pronto, são Custos; a partir daí,

são Despesas. Assim, por exemplo, gastos com embalagens

são Custos se realizados no âmbito do processo produtivo (o

produto é vendido embalado); são Despesas, se realizados

após a produção (o produto pode ser vendido com ou sem

embalagem).

2.3 - ELEMENTOS DE CUSTOS

Custos Primários

v Material Direto;

v Mão-de-Obra Direta.

Gastos gerais da fabricação

v Mão-de-Obra Indireta

v Material Indireto;

v Outras Despesas Indiretas.

Custos Primários

Material Direto é todo aquele material que é parte inte-

grante e essencial do produto. Ex.: A borracha para o pneu, a

celulose para o papel, a madeira para o móvel.

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Mão-de-Obra Direta é composta por todo o trabalho

aplicado diretamente na execução do produto ou suas partes

componentes, seja esse trabalho especializado ou não. Ex.:

O trabalho do tecelão para a fabricação do tecido, o trabalho

das costureiras na confecção dos vestuários etc.

Gastos gerais da fabricação

Como anteriormente citado, os Gastos Gerais de Fabri-

cação são formados pela Mão-de-Obra Indireta, Material Indi-

reto e Outras Despesas Indiretas ocorridas na fabricação e

que não se identificam com nenhum produto em particular.

Mão-de-Obra Indireta é todo o trabalho realizado no se-

tor da fabricação não pertinente especificamente a nenhum pro-

duto ou partes componentes. Ex.: Encarregados, Mestres etc.

Esse item pode, ainda, ser definido como compreendendo os

trabalhos auxiliares ou de assessoramento de uma certa pro-

dução. Pode-se, portanto, dizer que a mão-de-obra indireta en-

globa, principalmente, trabalhos relacionados com o controle e

o planejamento da produção tais como aqueles desenvolvidos

por apontadores, programadores, controladores etc.

Material Indireto é o material empregado nas ativida-

des auxiliares da produção, ou cuja pertinência ao produto

inexiste ou é praticamente nula. Por exemplo, os materiais uti-

lizados pela manutenção da fábrica, materiais de embalagem,

abrasivos etc.

Outras Despesas Indiretas – Em regra geral são as

despesas que dizem respeito à existência do setor fabril, à

sua manutenção e conservação. São os aluguéis dos edifíci-

os industriais, seguros das edificações ou de acidentes do tra-

balho, depreciações etc.

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2.4 - FORMAÇÃO DOS CUSTOS

Partindo da idéia já exposta de que o fato gerador dos

custos é a utilização de recursos humanos e materiais com o

intuito de produzir-se um novo bem ou serviço, podemos dis-

tinguir os seguintes componentes básicos do custo:

A utilização de:

Recursos Materiais

1) Matérias-Primas

2) Outros Materiais

Recursos Humanos ou Serviços

1) Prestados por Pessoas Físicas Vinculadas à Empresa

2) Prestados por Terceiros

3) Utilização de Outros Recursos (transporte, água, luz,

energia, segurança etc.). 

2.5 - CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

Quanto à Natureza do Custo e sua relação com o

Produto Fabricado

Em toda a empresa industrial reconhecem-se dois tipos

de funções diferentes: a função de produção e a função de

comercialização. Atendendo a esta conceituação, divide-se,

modernamente, o Custo Total em custo Industrial e em Des-

pesas Comerciais.

Analisando-se separadamente o Custo Industrial (tam-

bém chamado de Custo de Produção ou Fabricação), obtém-

se a seguinte subdivisão:

v Custos Primários ou Diretos;

v Gastos Gerais de Fabricação, de Transformação, de Con-

versão ou indiretos;

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CUSTOS DIRETOS DE FABRICAÇÃO – podem ser

definidos como aqueles elementos do custo que podem ser

identificados com um produto específico.

CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO são todos

os outros custos industriais, que não podem ser identificados

com um produto específico, e sim alocados ou distribuídos

aos produtos na base de rateio.

Convém não esquecer que também entre as despesas

podemos distinguir despesas diretas e indiretas.

Em Função da Variabilidade do Custo

De acordo com o seu comportamento em face de dife-

rentes volumes de produção, classificam-se os Custos em

Fixos e Variáveis. Para a Contabilidade de Custos esta distin-

ção é de suma importância graças às informações que possi-

bilitam à direção da empresa.

CUSTO E DESPESAS VARIÁVEIS são aqueles que

acompanham o crescimento do volume de produção, venda e

prestação de serviços na mesma proporção ou com a mes-

ma intensidade. Matematicamente, os Custos Variáveis são

uma função linear do volume de produção. Exemplo de Custo

Variáveis são a Mão-de-Obra Direta e os Materiais Diretos,

Comissões do pessoal de vendas.

As características principais dos Custos e despesas

Variáveis são:

v o seu montante total varia em proporção direta com o

volume de produção;

v apresentam valor constante por unidade de produção,

independente da quantidade produzida;

v é fácil a obtenção do seu valor nos vários departamen-

tos por onde é processado;

v o controle de seu consumo também é efetuado com sim-

plicidade pelos responsáveis de cada departamento.

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CUSTOS E DESPESAS FIXAS são aqueles que, den-

tro de uma determinada escala de produção, permanecem

constantes não se alterando com as modificações da quanti-

dade produzidas. Na interpretação matemática eles são uma

função constante a qualquer volume de produção. Ex: aluguel,

ordenados do pessoal da administração, etc.

As características dos Custos e Despesas Fixas são:

v o seu valor total é constante dentro de uma faixa consi-

derável de produção;

v apresentam diminuição do valor por unidade de produto

na medida em que a produção aumenta;

v a sua distribuição pelo departamento é problemática, de-

pendendo, às vezes, de critérios adotados pela adminis-

tração ou em outros casos por meio de métodos

contábeis;

v o controle dos seus valores, bem como de sua incidên-

cia está ligado diretamente à alta administração Ex.: Sa-

lários de chefes encarregados, aluguel, depreciação, se-

guros, imposto predial, apontadores etc.

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CUSTOSSão os gastos que envolvem aquisição de produtos para revenda, recursos para a

geração de serviços ou matéria prima para produção.

CUSTOS DIRETOSSão diretamente apropriáveis ao produto.

CUSTOS INDIRETOSSão apropriáveis ao produto mediante rateio dos gastos relacionados.

CUSTOS FIXOSSeu montante não varia em função do volume de produção ou vendas.

CUSTOS VARIÁVEISSeu montante varia em função do volume de produção ou vendas.

GASTOS

DESPESASGastos relativos à venda de mercadorias e administração da empresa,

ou seja, aplicados diretamente na obtenção das receitas.

DESPESAS VARIÁVEISSão os gastos de comercialização diretamente

relacionadas com o volume de vendas.

DESPESAS FIXASSão os gastos de comercialização que ocorrem inpedenpendentemente do volume de vendas.

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SolucionandoProblemas

Exercício:

Identificação de custos:

A Sra Isaura sempre gostou de fazer doces, especialmente o de abóbora, que é

muito elogiado por suas amigas, então ela resolveu fazer seu doce de abóbora para

vender, mas como ela irá saber o quanto deve cobrar? Vamos ajudá-la a resolver este

problema identificando os custos para a formação do preço.

Receita

DOCE DE ABÓBORA

Ingredientes:

8 kg de abóbora

1,5 Kg de açúcar

150 gramas de coco ralado

6 gramas de cravo-da índia

3 xícaras de água

Modo de fazer:

Numa panela grande, com tampa, coloque a abóbora descascada

e picada em pequenos pedaços para cozinhar.

Adicione as 3 xícaras de água e deixe cozinhar, mexendo de vez

em quando, até secar.

Depois coloque o açúcar e o cravo-da índia, mexa bem e apure

por aproximadamente 50 minutos. Então acrescente o coco ralado e

deixe no fogo por mais 25 minutos, mexendo sempre.

Tempo de preparo:

Uma hora e quinze minutos de cozimento e uma hora e quinze

minutos de apuração (2 horas e meia no total).

Rendimento:

5 Kg, aproximadamente.

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SolucionandoProblemas

Consideremos que os preços pagos pelos ingredientes foram os seguintes:

8 Kg de abóbora ..............................................................................8,40

1,5 Kg de açúcar .............................................................................1,95

150 gramas de coco ralado .............................................................3,70

6 gramas de cravo-da índia .............................................................0,80

Total .....................................................................................................14,85

Consideremos também os outros itens utilizados para fazer o doce:

v cozinha

v mesa

v faca

v panela

v fogão

v colher

v água

v gás

v energia elétrica

v compoteira

Vamos identificar quais custos são diretos, indiretos, fixos e variáveis e como for-

maremos com a identificação dos custos o preço para a venda do doce de abóbora.

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2.6 - OUTROS TIPOS DE CUSTOS

Em sua atividade profissional, o administrador terá fre-

qüentes oportunidade de se encontrar, ainda, com outros ti-

pos de denominações referentes a custos entre as quais des-

tacamos:

CUSTOS ESTIMADOS são os custos esperados de pro-

dução ou aquisição em termos de uma unidade do produto,

computados na base das informações disponíveis anteriormen-

te à produção e à compra.

CUSTO DO PRODUTO é o custo associado com as

unidades produzidas, envolvendo o material, a mão-de-obra e

os gastos de fabricação.

CUSTOS FUTUROS são os custos esperados para

uma data futura.

CUSTOS CONTROLÁVEIS são os custos que uma de-

terminada unidade da organização tem autoridade de incorrer.

CUSTOS NÃO CONTROLÁVEIS são os custos relati-

vos a uma unidade organizacional mas incorrido e controlado

por outra.

CUSTOS DESEMBOLSÁVEIS são os custos que após

sua decisão significam desembolso de caixa.

CUSTOS TRANSFERíVEIS são aqueles custos que

podem ser adiados para o futuro com pequeno efeito na efici-

ência operacional da empresa.

CUSTOS PERDIDOS são os custos históricos

irrecuperáveis em determinadas situações. Exemplo: cance-

lamento da compra de uma máquina após o pagamento da

primeira parcela.

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CUSTO MARGINAL é o aumento ou diminuição no custo

total decorrente de uma pequena variação no custo variável.

Pode ser chamado também de incremental, diferencial ou custo

direto excluindo qualquer elemento do custo fixo.

CUSTOS DE OPORTUNIDADE são os custos que re-

presentam o quanto a empresa sacrificou em termos de re-

muneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa

ao invés de outra. Usou-se seus recursos para a compra de

equipamentos para a produção de sorvetes, o custo de opor-

tunidade desse investimento é o quanto a empresa deixou de

ganhar por não ter aplicado aquele valor em outra forma de

investimento que talvez rendesse mais

CUSTOS EVITÁVEIS são os custos ocasionados pe-

las falhas, quando o produto apresenta problemas depois da

transferência do mesmo para o cliente, quando o sistema de

verificação não conseguiu detectar todos os defeitos antes

da expedição dos produtos e também as falhas antes da

transferência do produto ao cliente. Estes custos são custos

voluntários, e podem ser controlados e evitados, por decisão

da empresa.

CUSTOS OUT-OF-POCKET são os custos desem-

bolsados da empresa, os custos reais, mas o que realmente

importa para o correto controle de custos na empresa são to-

dos os custos mesmo que ainda não pagos por esta.

CUSTOS DE CAPITAL podem ser definidos como a taxa

de retorno que a empresa precisa obter sobre os seus proje-

tos de investimentos, para manter o valor de mercado de suas

ações. Há quatro fontes básicas de fundos a longo prazo para

a empresa:

a)empréstimos a longo prazo

b)ações preferenciais

c)ações ordinárias

d)lucros retidos

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3.1 - CONCEITUAÇÃO E ORIGENS

Paralelamente à introdução de novas tecnologias de pro-

dução, como o Controle Integrado de Manufatura (CIM) e a

consequente fabricação de uma ampla variedade de produtos

em pequenos lotes, novos modelos de custos foram desen-

volvidos visando ao seu aperfeiçoamento e à adequação aos

novos ambientes. Surgiu, assim, o conceito de “Custeio Ba-

seado em Atividades” (ABC – Activity Based Costing).

O Custeio ABC difere do método tradicional, principal-

mente por sua definição de centros de custos de atividades e

pela forma de apropriação dos custos por intermédio de

direcionadores, assim entendido por determinados fatores que

influenciam a quantidade de trabalho, podendo ou não ser re-

lacionados com o volume de produção.

Dizemos que um direcionador de custos é relacionado

com o volume de produção quando o consumo de materiais é

diretamente proporcional à  quantidade  produzida. Os

direcionadores não relacionados com o volume de produção

relacionam-se com as funções de engenharia, qualidade, pla-

nejamento e movimentação de materiais.

Outra distinção para o ABC é que as atividades são clas-

sificadas dentro de uma sistemática a unidade, lote, produto e

atividade de suporte. Sua base é sustentada pelo consumo de

recursos e não pelo dispêndio. Exemplo, o consumo de energia

(recursos) para a máquina de produção ao processar peças.

Sendo assim, a comparação entre o sistema tradicional

de custeio e o ABC demonstra claramente que, no método

tradicional, por ser relacionado com volume de produção, pode

não representar uma boa  base para absorver custos. Por sua

vez, o custeio por atividades, que abandona a relação volume,

procurando bases mais lógicas, apresenta melhor distribui-

ção dos custos unitários indiretos de fabricação.

lll - CUSTEIO BASEADO NAS ATIVIDADESlll - CUSTEIO BASEADO NAS ATIVIDADES

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O Custeio por atividades veio ajudar na apuração dos

custos unitários, melhorando a análise desses custos e per-

mitindo decisões gerenciais mais conscientes.

3.2 - PRINCIPAIS OBJETIVOS DO CUSTEIO ABC

a. Obter informação mais acurada dos custos dos produ-

tos produzidos e ou serviços prestados;

b. Identificar os custos relativos das atividades e as razões

dessas atividades serem empreendidas

Este método parte do princípio de que as atividades cau-

sam custos e de que os produtos produzidos e os serviços

prestados causam demanda por essas atividades. O ABC uti-

liza atividades desenvolvidas nos processos de operação da

empresa como ligação dos custos indiretos aos objetos de

custos, definidos como produtos , linha de produtos, servi-

ços, clientes, etc..

As decisões que são afetadas por essas informações

incluem a introdução de novos produtos e ou serviços, o

seu apreçamento, o abandono de produtos e ou serviços

existentes e a identificação de oportunidades de melhoria

na produtividade.

Cooper e Kaplan propuseram que as atividades que eram

utilizadas como direcionadores de custos fossem classifica-

das por níveis de hierarquias e identificaram quatro níveis de

atividades  nas indústrias:

a. atividades de nível unitário, que são desempenhadas toda

vez que uma unidade é produzida, por exemplo, custo

dos materiais, mão-de-obra direta, energia, etc;

b. atividades de lote, que são desempenhadas toda vez que

um lote é produzido, por exemplo, preparação de máqui-

na, ordem de compra, movimentação de materiais, etc.

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c. atividades de sustentação de produtos, que são desem-

penhadas para dar suporte de produção para um deter-

minado produto, por exemplo, especificação do produto,

engenharia de processos, etc..

d. atividades de sustentação do parque fabril, que são de-

sempenhadas para dar suporte à produção dos produ-

tos em geral, por exemplo, administração da fábrica,

manutenção do prédio, etc..

Desta forma o ABC se difere do tradicional por duas ra-

zões básicas:

a. a primeira é que a alocação dos custos indiretos é reali-

zada para as atividades em vez de para os centros de

custos;

b. a segunda é a alocação estruturalmente diversa pela

hierarquização relativa das atividades.

3.3 – ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA

ABC

A implantação do sistema ABC deve obedecer as se-

guintes etapas:

v identificação dos processos

v identificação das atividades relevantes

v identificação dos direcionadores de recursos

v atribuição dos recursos às atividades

v identificação dos direcionadores de atividades

v atribuição dos custos das atividades aos objetos de cus-

teio (produtos, serviços etc.)

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3.4 - CUSTEAR ATIVIDADES

3.4.1 - O significado de custear

Correr com a despesa. Na Contabilidade de Custos,

correr, apurar os custos de. Logo, neste caso específico, apu-

rar os custos das atividades.

3.4.2 - O significado de atividade

Os conceitos relacionados à expressão atividade dizem

respeito à utilidade e movimentação de valores, que podem

ser bens ou serviços. Quando associada a custeio selecio-

nou-se dois conceitos:

1. atividade é um processo que combina, de forma adequa-

da, pessoas, tecnologias, materiais, métodos, tendo

como objetivo a produção de bens e serviços.

2. atividade é tudo aquilo que é executado em uma empre-

sa, consumindo recursos, para a concretização de um

processo, sendo o processo uma cadeia ou seqüência

de atividades interdependentes

Observa-se que na primeira definição a atividade é tida

como um processo, mas não ficou claro em que consiste o

processo. Adotando-se como uma sucessão de estados ou

de mudanças, entende-se que a atividade ao consumir os re-

cursos necessários para a sua efetivação é que concretizará

um processo, e este será constituído por diversas atividades.

Desta forma adota-se a segunda conceituação como a mais

adequada para o estudo em pauta, por apresentar coerência

no que foi definido.

Como o processo produtivo é constituído de diversas

atividades, que estão interligadas entre si, para implementar

um sistema de custos tendo como portador final as ativida-

des, é necessário estruturá-lo de maneira a apreender, regis-

trar e acumular todos recursos que foram consumidos para a

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realização das atividades a fim de permitir a análise destes

resultados de acordo com o objetivo desejado para o sistema

implementado.

3.4.3 - Qual a finalidade de custear atividades

O critério utilizado, atualmente, para custear atividade é

denominado de Custeio Baseado em Atividades – ABC, ou no

inglês Activity-Based Costing. Esse critério parte da premissa

de que as diversas atividades desenvolvidas pela empresa

geram custos e que os diversos produtos consomem/utilizam

essas atividades.

Ao utilizar este tipo de custeio, afirma-se que pode ana-

lisar os custos relacionados com as atividades que mais con-

sumiram os recursos de uma empresa, e que mediante a

mensuração dos recursos que foram consumidos, estabele-

ce-se a relação de causa e efeito (análise sob a ótica da cau-

salidade), e a eficiência e eficácia com que os recursos foram

consumidos.

O ABC também é apresentado como um método de

rastrear os custos de um negócio ou departamento para as

atividades realizadas e de verificar como estas atividades es-

tão relacionadas para a geração de receitas e consumo dos

recursos.

Na operacionalização desse sistema, procura-se estabe-

lecer a relação entre atividades e produtos, utilizando-se o con-

ceito de cost drivers, ou direcionadores de custos. Apura-se o

custo das diversas atividades, sendo esses custos alocados

aos produtos via direcionadores específicos. Um direcionador

de custos, é qualquer fator que cause uma alteração no custo

de uma atividade. É um fato causal que influencia a quantidade

de trabalho, portanto de custo, numa atividade.

O princípio em referência, verdadeiro prolongamento do

princípio da competência, conduz naturalmente à divisão dos

custos em diretos e indiretos, segundo sejam ou não

quantificáveis nos portadores finais.

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A Contabilidade de Custos utilizará as informações já

constantes na Contabilidade da empresa para atender a este

objetivo, mas quando for preciso custear atividades não exis-

tirá nenhuma conta com esta classificação específica, en-

tão será necessário uma reestruturação no plano de con-

tas da empresa. O custeio ABC será empregado numa

empresa quando:

1. os custos indiretos representam parcela considerável dos

seus custos industriais totais;

2. a produção, em um mesmo estabelecimento, é de pro-

dutos e/ou serviços de extrema variedade no que diz res-

peito aos processos produtivos ou aos volumes de pro-

dução; e

3. trabalha com clientela diversificada, abrangendo cli-

entes que compram muito, clientes que compram

pouco, clientes que exigem especificações especi-

ais, serviços adicionais e atendimentos de assistên-

cia técnica personalizados.

As empresas com tais características tendem a apre-

sentar graves distorções no custeio dos seus produtos ou

serviços, requerendo técnicas mais acuradas para orientação

das suas decisões gerenciais. Porém as empresas que apre-

sentam pequena variedade de produtos, serviços e clientes e

que adotam um processo de produção no qual o componente

mão-de-obra direta é claramente relevante, os custos adicio-

nais deste tipo de sistema talvez não justificasse a sua

implementação. Aqui, observa-se algumas restrições para a

empregabilidade deste critério.

O ABC ajuda a identificar custos e atividades que po-

dem ser minimizados ou eliminados, porque ele indica preci-

samente os geradores de custos no ciclo completo pedido-a-

entrega-do-produto, o que ajuda a melhorar e gerenciar os pro-

cessos. Como o ABC exige compreensão dos processos, é

razoável que ele seja o primeiro passo na direção da melhoria

do processo.

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O verdadeiro valor do ABC é a maneira como a adminis-

tração utiliza as informações, após terem sido geradas, e que

a vantagem-chave do ABC é proporcionar uma forma mais

precisa de encarar despesas e custos indiretos, incluindo os

gerados fora do chão de fábrica, e que não são tipicamente

ponderados nos cálculos de custo produto-a-produto (ativida-

des como marketing, distribuição e manutenção).

No entanto, após a eliminação dos desvios encontrados

nas atividades analisadas, o custo de manutenção deste sis-

tema provavelmente superará o retorno que continuará pro-

porcionado à empresa. O que se observa na adoção deste

critério para o custeio é o emprego da filosofia da Qualidade

de Total que visa exatamente a eliminação dos dispêndios des-

necessários, ou que não servem para superar a expectativa

dos clientes, mas para isto utiliza-se muito mais as técnicas

de observação e análise dos processos mediante a elabora-

ção de planilhas complementares para apuração dos custos,

do que a implantação de um sistema todo voltado para esta

filosofia.

3.4.4 - Como são custeadas as atividades

No custeio ABC as despesas e os custos indiretos

são apropriados a várias unidades através de algumas ba-

ses que não são relacionadas aos volumes dos fatores de

produção. Assim os custos e despesas são tratados como

diretos em relação às muitas atividades necessárias para

fabricar os produtos, sendo os gastos indiretos o centro de

interesse do sistema.

Os custos são levados de uma atividade aos produtos

determinando-se a parcela relativa dedicada a cada produto.

Todos os custos de overhead são apropriados primeiramente

aos principais processos de produção (ou ‘centros de ativida-

des’). Em seguida os custos das diferentes atividades, reali-

zadas em cada centro, são apropriados aos produtos com

base na quantidade de operações necessárias para efetivação

em relação a cada produto.

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Apropriação de custos pelo critério ABC

Os direcionadores de recursos representam pontos de

ligação entre os recursos e as atividades e é através deles

que os recursos são distribuídos ou alocados às atividades. O

processo ou centro de atividades é um conjunto de atividades

relacionadas entre si. E direcionadores de atividade são crité-

rios de alocação de atividades aos objetos de custeio; medem

a freqüência e a intensidade dos esforços necessários para

produzir os bens ou serviços da empresa e colocá-los à dis-

posição dos clientes ou consumidores.

Para os defensores deste critério o objetivo imediato do

sistema é a atribuição rigorosa de gastos indiretos ao bem ou

ao serviço produzido na empresa, permitindo um controle efe-

tivo desses gastos e oferecendo melhor suporte às decisões

gerenciais; tratamento este que é dado a qualquer que seja o

portador final dos custos. Todo e qualquer sistema de custos,

elaborado de conformidade com a filosofia teórico-doutrinário

que rege a Contabilidade de Custos buscará atender tanto

quanto possível a obediência ao princípio da causação. Assim

como no custeio por absorção, que na verdade o ABC tam-

bém o é, haverá sempre na grande maioria dos eventos e ope-

rações um momento em que a definição dos direcionadores

das atividades será em função de bases também subjetivas e

em função do volume de atividades realizadas para os produ-

tos fabricados ou em fabricação.

3.4.5 - Vantagens e limitações do custeio por ativi-

dades.

A primeira crítica a ser apresentada representa o pensa-

mento que considera a referida técnica totalmente desacredi-

tada, e que teria sido superestimada e incensada para favore-

cer consultorias e dispendiosos seminários e programas de

treinamento. Para ele o problema central do custeamento ba-

seado em atividades é que este sistema foi desenvolvido para

proporcionar uma nova sobrevida ao custeio por absorção, que

também apresenta grandes limitações quanto à orientação dos

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processos decisoriais, pois a atribuição dos custos indiretos é

sempre arbitrária, consome tempo, e a informação de custos

resultante é inverídica para utilização na tomada de decisões.

Este posicionamento pode ser verídico se for adotado

um critério único para rateio de todos os custos indiretos. Se o

contador analisar o processo produtivo com a finalidade de

identificar quem consome os recursos e de que forma

relacioná-los ao produto final, mediante o uso de critérios es-

pecíficos para rateio destes custos, os resultados não serão

precisos, porque haverá um pouco de subjetividade nas esco-

lhas dos critérios, mas isto não significa dizer que os custos

serão inverídicos. As distorções serão significativas se for ado-

tado um único critério de rateio, ou se for adotado critérios que

não respeitem a relação existente entre os custos e os porta-

dores finais.

O problema deste custeio é considerar o rateio dos cus-

tos e despesas fixas. Argumenta que o rateio destes elemen-

tos, não mais pelo custo de mão-de-obra direta, e sim medi-

ante a utilização dos direcionadores de custos, não torna o

custo do produto correto pelos seguintes aspectos:

1. grande parcela dos custos indiretos, qualquer que seja o

tipo de atividades, é de natureza fixa

2. tendo em vista que o emprego de tecnologias modernas

de produção tem aumentado os custos fixos proporcio-

nalmente aos custos variáveis, esse método de custeio

conduzirá a resultados proporcionalmente mais errados

3. sempre que se apura o custo fixo unitário, é modificada a

verdadeira natureza comportamental do elemento de cus-

to, gerando informações distorcidas

4. um sistema adequado deve levar em consideração o

verdadeiro comportamento dos custos em relação às

oscilações dos volumes de atividades, segregando o

custo do produto e o custo da estrutura de responsabili-

dade, e não efetuado nenhum tipo de rateio de custos

fixos aos produtos.

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É tão inadequado, sob a ótica da tomada de decisões, o

cálculo do lucro por unidade de produto, como é o cálculo do

custo total por unidade de produto, principalmente quando es-

tes conceitos são utilizados sob a perspectiva de objetivos da

empresa. O que é relevante para as decisões econômicas é a

análise da margem de contribuição obtida pela validação, pelo

mercado, dos volumes de produtos fabricados.

A fonte real dos custos são os processos subjacentes

e, que estes deveriam servir como base para a imputação aos

produtos individualizados, para permitir sua redução e contro-

le, e evitando assim o desperdício. Principalmente porque a

tendência é que a maioria dos produtos que são

comercializados tenham os seus preços de venda estipula-

dos pelo mercado, e para as empresas continuarem manten-

do sua margem de lucratividade terão que administrar rigoro-

samente os custos operacionais, inclusive os de estrutura, pois

se existem é porque são necessários para a produção.

O mérito principal do ABC está em sua fase de implan-

tação, quando são analisadas todas as atividades e proces-

sos da empresa, possibilitando identificar as atividades que

agregam valor ao produto, e aquelas que, não agregando va-

lor, deveriam ser reorganizadas ou eliminadas. Funciona como

um instrumento para avaliação das linhas de produtos e

gerenciamento das atividades. A melhor sistematização dos

procedimentos de análise desenvolvidos no ABC permite que

este método de custeio seja uma ferramenta altamente dese-

jável, pois se revela, em geral, superior aos demais procedi-

mentos no planejamento, orçamento e custeamento das ope-

rações pré-produção, embora apresente deficiências manifes-

tas no custeamento contínuo.

3.5 - ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO

A análise do ponto de equilíbrio vem de duas formas:

v Resultados ou

v Fluxo de Caixa.

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Qualquer uma das duas será útil em muitas decisões:

1. Você deveria comprar ou alugar um equipamento?

2. Você deveria contratar aquele funcionário agora ou mais

tarde?

3. Você seria capaz de gerar o volume de vendas re-

querido?

A análise do ponto de equilíbrio não é algo milagroso.

Bem poucos proprietários de pequenas empresas a utilizam.

A idéia básica sobre a qual se apóia a análise do ponto

de equilíbrio é que a cobertura dos gastos fixos mensais que

devem ser cobertos independentemente do seu nível básico

de vendas, junto com as despesas variáveis, estabelece um

nível básico de vendas no qual você nem ganha nem perde

dinheiro.

3.5.1 - Receitas e Custos

Receitas são os recursos obtidos com a venda da

produção de bens relacionados com a atividade principal da

empresa.

Custos são todos os gastos que a empresa tem com

bens e serviços que são necessários no consumo ou aplica-

ção na produção de outros bens relacionados com a ativida-

de principal da empresa, seja esta industrial ou de serviços.

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Quando estes dois fatores se combinam e se equili-

bram não há prejuízo e nem lucro para a empresa, há somen-

te a cobertura dos gastos necessários a manutenção da ativi-

dade principal da empresa.

3.6 - ESCOLHA DE PROCESSOS

O aumento da complexidade industrial exige das empre-

sas maior quantidade de informações para controlar suas ope-

rações e tomar decisões em nível estratégico e operacional.

Empresas modernas necessitam de informações de

custo que identifiquem como e onde os custos ocorrem, isto

é, suas causas e efeitos. Além disso, a alocação de custos

deve estar baseada no consumo de recursos nos processos

de produção e suporte, de forma que as informações resul-

tantes do sistema de custos representem a realidade.

Neste sentido, devido a automação industrial, variedade

de produção e maior ênfase nas atividades de suporte como

planejamento, marketing, atendimento ao consumidor, a mão-

de-obra direta deixa de ser o principal item de custo.

Por isso, novos paradigmas de controle apontam para

sistemas de custeio que forneçam informações sobre os pro-

cessos e atividades realizadas e que se utilizam de outras

bases mais significativas, além da mão-de-obra, principal base

de rateio dos sistemas de controle

3.6.1 - Sistema de Custos da Qualidade

Os Sistemas de Custos da Qualidade podem ser plane-

jados levando-se em consideração a sua integração com o

Sistema Contábil, bem como os demais sistemas da empre-

sa, como: Folha de Pagamento, Plano de Vendas, etc.

O principal valor dos custos da qualidade está na identifi-

cação das oportunidades para melhoria e possibilitar sua me-

dição todo o tempo (Principles of Quality Cost, da ASQC, 1986).

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Ao planejar o Sistema de Custos da Qualidade, devem

ser levados em conta os seguintes princípios:

Todas as áreas da empresa apresentam problemas:

v em todas as áreas da empresa existem pessoal e equi-

pamentos voltados para a garantia da qualidade de ativi-

dades próprias ou de outras áreas;

v os sistemas contábeis tradicionais não captam todas as

atividades de garantia da qualidade;

v quando há captação parcial, não há comunicação ade-

quada, metódica e sistemática para a tomada de deci-

sões;

v sistema de custos da qualidade torna-se viável dentro

de um contexto de um sistema de contabilidade por ati-

vidade que possibilita a gestão estratégica de custos.

O sistema de custos da qualidade baseado no con-

texto de uma contabilidade baseada em atividades (ABC)

está alicerçado no princípio de que as atividades conso-

mem recursos. Em conseqüência, os seus objetos de cus-

tos, como processos, produtos, clientes ou serviços con-

somem atividades.

A contabilidade de custos por atividade deve informar os

custos dos diferentes objetos de custos, a fim de possibilitar a

gestão estratégica de custos.

Na montagem de um sistema de custos devem ser le-

vados em consideração os seguintes tópicos:

v Estrutura do Sistema de Custos: A estrutura do siste-

ma de custos da qualidade deve atender aos diferentes

propósitos da informação contábil, dentro do contexto de

uma gestão estratégica de custos.

Deve contemplar individualmente os custos da atividade

de cada departamento que consomem recursos para

compor todo o sistema da empresa.

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v Nível de Detalhe das Informações: Podemos repre-

sentar o sistema de custos da qualidade, em nível de

detalhe.

v Fontes de Informações: As informações do sistema

de custos da qualidade devem ser extraídas do sistema

de contabilidade.

Além das informações contábeis, informações

extracontábeis devem ser incluidas para a formação das

bases na mensuração dos custos da qualidade.

v Atividades Relacionadas com a Qualidade: As ativi-

dades envolvidas no processo de garantia da qualidade

são aquelas que garantem a qualidade de outras ativida-

des, definidas como o monitoramento da produção, a

inspeção, os testes, a revisão, a unificação, o ajuste e a

reforma.

Cada área deve desenvolver sua lista de atividades, pre-

vendo sua utilização pelo sistema de custos da qualida-

de. Assim, de acordo com a ASQC, as atividades clas-

sificam-se em:

n Acrescentam valor ao cliente

n Não acrescentam valor ao cliente

v Direcionadores de Custos: Os direcionadores de cus-

tos são os métodos de alocação dos custos. Medem a

freqüência ou a intensidade da demanda de certo tipo de

atividade.

Os custos podem ser alocados em etapas. A primeira

etapa aloca os custos das atividades para determina-

dos centros de atividades. A segunda os direcionadores

de custos alocam os custos acumulados nos centros

de atividades para os demais objetos de custos.

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Podem existir outras etapas de alocação de custos. A

sistemática adotada deve atender às diversas necessi-

dades administrativas. O sistema necessita de condi-

ções de informar os custos das atividades, processos,

produtos, clientes, serviços e também estar apto para

acumular custos a respeito do ciclo de vida do produto

ou do serviço. Também deve possuir condições de

separá-los em categorias que acrescentam valor aos

clientes internos e externos.

A sistemática da alocação dos custos através dos

direcionadores de custo, permite a acumulação dos cus-

tos nas categorias de Custos de Prevenção, Custos de

Avaliação, Custos de Falhas Internas e Custos de Fa-

lhas Externas.

3.6.2 - Análise de Valor do Processo

A finalidade da análise de valor do processo é identificar

oportunidades para melhorar o desempenho de uma empre-

sa de forma durável. Ajuda a descobrir situações como:

v parte do trabalho realizado pode ser redundante ou des-

necessário;

v o tempo e o custo necessários à conclusão do trabalho

são altos em relação ao seu valor para a empresa;

v um processo é mais complexo do que necessário;

v os recursos da empresa estão presos a atividades não

lucrativas.

As principais oportunidades para a melhoria do proces-

so vem das atividades que agregam tempo ou custo, sem

agregar valor aos clientes. Através da análise de valor conse-

gue-se identificar tais atividades e livrar a empresa delas, ana-

lisando, ou até mesmo eliminando as causas básicas.

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Os dados fundamentais da análise incluem:

Tempo do Ciclo: É o tempo necessário para a realização

do processo, onde as informações obtidas podem ser apre-

sentadas em forma de gráfico, utilizando o desenho de uma

barra horizontal, dividida em vários segmentos representando

as atividades que fazem parte do processo. O tamanho dos

segmentos representa o tempo de duração de cada atividade,

ao passo que o tamanho total da barra representa a duração

do processo.

Custo de cada Atividade: São estimados os recursos

necessários para a realização de cada atividade integrante do

processo em estudo. Os custos podem ser representados em

forma gráfica, através da adição de um eixo vertical ao gráfico

dos tempos, representando o acumulado de recursos consu-

midos pelo processo em cada atividade.

Estimativa do Valor Agregado: Classifica-se cada ativi-

dade/segmento como atividade que agrega valor (AV) para o

cliente ou atividade que não agrega valor (NAV). Por meio des-

ta análise consegue-se eliminar o trabalho que não agrega

valor, aumentando-se a eficácia e a eficiência do processo e

conseqüentemente o produto ou serviço.

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0332AA0102004 - CUSTOS DE PRODUÇÃO

4.1 - VIDA ECONÔMICA E OBSOLESCÊNCIA

A obsolescência resulta das inovações tecnológicas

que tornam anti econômico o uso do bem ou do produto por

ele produzido. A obsolescência pode ainda ser causada pela

mudança dos hábitos e gostos dos usuários. A

inadequabilidade é proveniente da incapacidade do bem em

atender uma demanda superior à finalidade pretendida na

ocasião de sua aquisição. A determinação da vida útil eco-

nômica de um bem é feita por estimativa e não há métodos

que a estabeleçam precisamente. O melhor método para

estimar a vida útil econômica é a experiência passada da

empresa e uma das fontes mais confiáveis são os registros

contábeis da própria empresa. Sendo uma estimativa, a vida

útil poderá ser alterada posteriormente para ajustá-la de

conformidade com a nova realidade.

4.2 - DEPRECIAÇÃO

Depreciação é a perda de valor dos bens do ativo imobi-

lizado, como veículos, máquinas, instalações, edifícios, e ou-

tros, esta perda de valor pode ocorrer em decorrência de uso

(desgaste), ação da natureza e obsolescência. Estes bens do

ativo imobilizado são usados pela empresa em sua atividade

econômica, portanto é necessário que registremos esta per-

da de valor pois ele representa uma despesa operacional,

principalmente nas empresas industriais.

lV - OBSOLESCÊNCIA, DEPRECIAÇÃO ElV - OBSOLESCÊNCIA, DEPRECIAÇÃO EIMPOSTOSIMPOSTOS

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BEMTAXA DE

DEPRECIAÇÃOVIDA ÚTIL

Veículos de transportes de mercadorias 25% 04 anos

Veículos em geral 20% 05 anos

Computadores 20% 05 anos

Máquinas e Equipamentos 10% 10 anos

Móveis e Utensílios 10% 10 anos

Instalações 10% 10 anos

Edifícios 4% 25 anos

TAXA DE DEPRECIAÇÃO E VIDA ÚTIL

Obs: O terreno é considerado não depreciável.

4.2.1 - Tipos de Depreciação

Quando utilizamos as taxas de depreciação que o Fisco

Federal estabelece (tabela), estamos levando em considera-

ção que o bem estará totalmente depreciado no final de sua

vida útil, isto é, que ele não terá mais valor econômico, mas na

realidade sabemos que isto não ocorre, os bens do ativo imo-

bilizado ao final de sua vida útil ainda tem um valor residual,

isto é, ainda possui um valor de mercado de venda, sendo

assim o correto seria depreciar apenas a perda de valor du-

rante esse período e não todo o bem.

MÉTODO LINEAR

Nesse método alocamos um valor uniforme de depre-

ciação ao longo do tempo, é o método mais utilizado pelas

empresas.

Depreciação anual = Custo do bem – valor residual

Vida útil provável (em anos)

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0332AA0102004 - CUSTOS DE PRODUÇÃO

Método da Unidade de Produção

Este método é melhor que o método linear, pois nele o

custo do bem é reconhecido como despesa ou custo na pro-

porção da sua utilização para a geração de receitas, ou seja,

de acordo com o uso do bem.

Depreciação anual =

Custo do bem - valor residual

Vida útil provável (em unidades de produção)

4.3 - O EFEITO DOS IMPOSTOS

A Carga Tributária Global das empresas brasileiras é a

somatória de todos os tributos pagos por elas durante cada

ano, impostos, taxas e contribuições  que oneram direta ou

indiretamente as atividades empresariais. “Como a tributa-

ção no Brasil está por volta de 35% do PIB, uma das mais

altas do mundo e a maior entre os países emergentes,  os

empresários devem conhecer como ela incide sobre seus

negócios, possibilitando um melhor acompanhamento e des-

pertando o interesse pela sua redução legal. Numa econo-

mia globalizada, fica difícil para as empresas instaladas no

país  competir  com produtos provenientes de outros países

em  que a tributação é muito menor. Além desta dificuldade

atual,  o governo vem sistematicamente majorando alguns

tributos, incidentes principalmente sobre o faturamento, o que

certamente dificulta ainda mais a competitividade das em-

presas. Referenciar-se pela Carga Tributária Ideal possibili-

ta  que as empresas identifiquem o grau de tributação sobre

o faturamento, lucro e custos/despesas, de forma a que se

adotem medidas legais visando a diminuição da incidência 

tributária sobre seus produtos e serviços.

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0332AA0102004 - CUSTOS DE PRODUÇÃO

4.3.1 - Impostos incidentes sobre as compras

4.3.1.1 - ICMS

O ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circu-

lação de Mercadorias e sobre as Prestações de Serviços de

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação)

é um imposto de competência estadual incidente sobre a cir-

culação de mercadorias (os materiais adquiridos pela em-

presa industrial que serão aplicados na produção, bem como

os produtos vendidos por ela) e sobre a prestação de servi-

ços como o fornecimento de energia elétrica, transportes e

comunicações. Seu cálculo é feito mediante a aplicação de

uma alíquota (porcentagem) sobre o valor das mercadorias

e serviços.

4.3.1.2 - IPI

O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é um

imposto de competência federal exigido principalmente das

empresas industriais. É considerado imposto por fora, pois o

seu cálculo é feito sobre o valor dos produtos ao qual é adicio-

nado. O IPI é calculado mediante aplicação de uma alíquota

(porcentagem) sobre o valor dos produtos. Essa alíquota va-

ria em função do tipo do produto.

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0332AA0102004 - CUSTOS DE PRODUÇÃO

5.1 - DEFINIÇÕES FINANCEIRAS

5.1.1b – Valor composto

Diz-se que um capital está colocado a juro composto

quando ao término de cada período sos juros produzidos são

somados ao capital, produzir juros no período seguinte e para

assim sucessivamente.

VC = M –C

Onde:

VC = Valor composto

M = Montante

C = Capital

5.1.1 – Valor presente de uma quantia única

Quando você precisa saber o quanto seu dinheiro irá

render num determinado período.

VP = $ 1 x [ 1/(1+r)] = $1/(1+r)

5.1.2 - Valor presente de uma anuidade

Quando os fluxos de caixa periódicos são iguais, pode-

se utilizar o método simplificado para calcular seu valor pre-

sente, uma série de pagamentos periódicos iguais é denomi-

nada uma anuidade. O valor presente de uma anuidade pode

ser calculado pela seguinte fórmula:

Valor presente = C x 1 – (1 + d) d

V - TIPOS DE DECISÕES ECONÔMICASV - TIPOS DE DECISÕES ECONÔMICAS

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Onde:

d = Taxa de desconto

n = Quantidade de períodos ao longo dos quais o paga-

mento periódico C será recebido.

Exemplo: O valor presente de uma série de 06 paga-

mentos de R$40.000 cada, à taxa de retorno de 25% ao ano, é

Valor Presente = 40.000 x 1- (1+0,25)

0,25

= 40.000 x 2,951424

= 118.057

5.1.2 - FLUXO DE CAIXA DESCONTADO 

A adoção da abordagem do fluxo de caixa descontado

na avaliação de projetos de investimento de capital foi a princi-

pal inovação na prática contábil gerencial, nos últimos ses-

senta anos. Este modelo de fluxo de caixa descontado carac-

teriza-se por ter os valores referentes às saídas líquidas de

caixa e às entradas líquidas de caixa serem descontados a

uma taxa de juros pré-estabelecida.

5.2 - DEFINIÇÕES FINANCEIRAS

Planejamento Estratégico: o processo de decidir obje-

tivos da organização, mudanças nesses objetivos, recursos

para atingir tais objetivos e políticas a governar a aquisição,

uso e disposição desses recursos.

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Controle Gerencial: processo pelo qual os gerentes

asseguram que os recursos são obtidos e usados efetiva e

eficientemente, na consecução dos objetivos da organização.

Controle Operacional: processo de assegurar que ta-

refas específicas sejam levadas a cabo de modo efetivo e

eficiente.

5.3 - A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A

FORMAÇÃO DE PREÇOS

“… os preços historicamente foram formados adicionan-

do-se o lucro aos custos, ou como um paradigma num mundo

que cada vez mais caminha para uma competição perfeita, o

preço é determinado pelo mercado.” (COOGAN, 1999)

A temática proposta apresenta diversas propostas

definidoras de combinar preço de venda com eficiência e

lucratividade, entre os muitos citamos o método baseado ao

custo Marginal, onde a empresa para obter seu preço ideal

considera:

- Valor das Matérias-primas mais outros custos variá-

veis e despesas de vendas e administração junto com seus

custos indiretos de produção, obtendo um custo de produção

e de venda. Uma forma que entendemos ser diferente tanto no

conceito como na sua formação prática é a denominada

“Markup”, e aí, mais uma vez, citamos o enfoque de Samuel

Coogan, que define:

Markup é um índice aplicado sobre o custo de um bem

ou serviço para formação de preço de venda. Esse índice é tal

que cobre os impostos e taxas aplicadas sobre as vendas, as

despesas administrativas fixas, as despesas de vendas fixas,

os custos.

“… precisão refere-se a proximidade de cada observa-

ção a sua própria média, “ acurácia, por sua vez mede a pro-

ximidade de cada observação ao valor que se procura- atingir.

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5.4 - TOMADA DE DECISÕES

O processo de Tomada de decisão é um instrumento muito

importante para a Contabilidade, pois auxilia a administração e

os contadores a tomar certas decisões e adotar tais procedi-

mentos, de modo a obter uma boa gerência com dados

confiáveis, ou seja, uma “contabilidade real”. É importante lem-

brar que as informações colhidas para a Tomada de Decisão

estão contidas nos relatórios elaborados pela Contabilidade.

O processo decisório se restringe também a usuários

externos, tais como: os investidores, os fornecedores de bens

e serviços a crédito, os Bancos em geral, o Governo, os Sindi-

catos e a outros interessados. 

A recente extensão da abordagem da economia da in-

formação se deu com o reconhecimento, pelos pesquisado-

res, de fazerem os sistemas contábeis mais do que fornecer

sinais para os tomadores de decisões. Os números produzi-

dos pelos sistemas contábeis são geralmente usados como

base dos contratos entre os agentes econômicos, como entre

gerentes e subordinados, ou entre gerentes e acionistas. A

nova pesquisa, conhecida como teoria do agente, reconhece

explicitamente os auto-interesses econômicos dos vários usu-

ários da informação contábil.

Porque as informações de contabilidade gerencial são

produzidas e usadas por indivíduos num cenário organizacional

multipessoal, o benefício e custo da instalação  de um proce-

dimento de contabilidade gerencial depende de como as pes-

soas reagem a seu resultado naquele cenário, e de como o

usam. O modelo do agente da firma é baseado numa caracte-

rização do comportamento individual dentro de uma organiza-

ção multipessoal.

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5.5 - A DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Este instrumento gerencial fornece a entrada e a saída

de recursos financeiros, facilitando a administração de com-

promissos.

De uma maneira simples, podemos entender o fluxo de

caixa como as entradas e saídas de dinheiro de uma empre-

sa. Podemos dividir o fluxo de caixa em:

v Fluxos Operacionais: descrevem a movimentação fi-

nanceira diretamente relacionada com a produção e ven-

da dos produtos e serviços da empresa, trazendo a De-

monstração do Resultado do Exercício e as Contas do

Ativo Circulante.

v Fluxos de Investimentos: descrevem a movimentação

financeira relacionada com a compra (saída financeira)

e venda (entrada financeira) dos ativos imobilizados da

empresa.

v Fluxos de Financiamentos: descrevem a movimentação

financeira dos empréstimos e de capitais de terceiros.

De uma maneira ampla, podemos utilizar este conceito

para auxiliar na Administração Financeira da empresa, como

instrumento de gerenciamento. Na prática, podemos dividir o

Fluxo de Caixa em:

v Contas a Pagar: deve ser realizado considerando o fato

gerador da despesa, o valor a ser pago e a data prevista

para o pagamento.

v Contas a Receber: deve ser realizado considerando o

fato gerador da receita, o valor a ser recebido e a data

prevista para o recebimento.

v Cronograma Financeiro: Para que possa ser efetuado

um planejamento adequado do fluxo de caixa, deve ser

acrescentado o cronograma das entradas e saídas.

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v Relatório Financeiro: Deve constar o período selecio-

nado, o documento gerador do fato, a conta de registro,

o histórico, o Saldo Anterior e o Saldo no Período (Saldo

de Caixa Atual).

Assim, podemos esquematizar o Fluxo de Caixa da se-

guinte forma:

O interesse pela DFC é devido a maior facilidade de

entendimento das informações que enfocam o caixa e à sua

objetividade.

A Demonstração do Fluxo de Caixa constitue fluxos fi-

nanceiros, por refletir as movimentações de dinheiro ocorri-

das nas entidades.

A DFC, demonstra a origem e a aplicação de todo o di-

nheiro que transitou pelo Caixa em um determinado período e

o resultado desse fluxo. O Caixa considerado engloba as con-

tas Caixa e Bancos.

Há o Fluxo de Caixa Projetado que é elaborado no âmbi-

to interno das organizações e geralmente contempla um perí-

odo de tempo curto.

A DFC permite a elaboração de um melhor planejamen-

to financeiro, de forma que não ocorra excesso de Caixa,

mas que mantenha o montante necessário para fazer face

aos compromissos imediatos. Também permite que se sai-

ba quando buscar empréstimos para cobrir a insuficiência

de fundos, bem como quando aplicar no mercado financeiro

o excesso de recursos.

A DFC, por se basear na informação “caixa”, está livre

de manipulações. O Fluxo de Caixa é tanto quanto ou mais

manipulável do que os resultados do Regime de Competên-

cia. É possível, por exemplo, conseguir uma melhora relevan-

te no fluxo de caixa atrasando pagamentos a fornecedores,

acelerando recebimentos de clientes, entre outros.

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A Demonstração de Fluxo de Caixa é elaborada de di-

versas maneiras. Os métodos mais utilizados nos países são: 

Método Indireto

É estruturado através de um procedimento semelhante

ao da DOAR. Consiste na análise dos itens não-circulantes,

ou seja, as alterações ocorridas nos itens circulantes (passi-

vo e ativo circulante), excluindo as disponibilidades (cuja vari-

ação se está buscando demonstrar).

Tem como enfoque o Caixa, onde é considerado como

saídas do caixa o aumento nas contas do Ativo Circulante e

as diminuições no Passivo Circulante. Por outro lado, as di-

minuições de Ativo Circulante e aumento nas contas do Pas-

sivo Circulante correspondem as entradas de caixa.

Esse modelo é muitas vezes preferido, mas deixa lacu-

nas importantes na evidenciação das informações.

Método Direto

É denominado também de Fluxo de Caixa no Sentido

Restrito. Nele são demonstrados todos os recebimentos e

pagamentos que efetivamente concorreram para a variação

das disponibilidades no período.

As entradas e saídas são evidenciadas a começar das

vendas, em vez do lucro líquido, como no método indireto.

Depois, são considerados todos os recebimentos e pagamen-

tos oriundos das operações ocorridas no período.

Esse modelo possui um poder informativo bastante

superior ao do Método Indireto, sendo melhor tanto ao usu-

ários externos quanto do planejamento financeiro do em-

preendimento. 

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Segundo a minuta do IBRACON sobre normas e proce-

dimentos de contabilidade número XXX, a demonstração dos

Fluxos de Caixa refletirá as transações de caixa oriundas: das

atividades operacionais, das atividades de investimentos e das

atividades de financiamentos. Os fluxos de caixa é definido

como ingressos e saídas de caixa e equivalentes. 

Métodos para avaliação de Alternativas de Investi-

mento

Os métodos mais comuns para avaliar qualquer projeto

empresarial são:

a) Valor presente do dinheiro;

b) TIR – Taxa Interna de Retorno;

c) Quanto tempo o projeto leva para recuperar o capital in-

vestido - Período de Pay-back;

d) Relação custo benefício.

Todos os métodos dão resultados satisfatórios, e a es-

colha depende dos objetivos da empresa. Todos tem uma

desvantagem em comum: não levam em conta o risco do pro-

jeto, ou seja o grau de acerto ou de redução das perdas. O

importante é que cada método responde adequadamente a

questões específicas, que contribuem para melhorar a deci-

são financeira do projeto de segurança.

Um dos métodos preferidos pelos executivos é determi-

nar quanto tempo leva para que o projeto recupere o capital

investido. O período de recuperação é usado com valores des-

contados, outras vezes não.

Para encontrar o tempo de recuperação, primeiro deter-

minam-se as entradas e saídas; segundo, desconta-se o flu-

xo de caixa a uma taxa pré-fixada; terceiro iguala-se o valor

presente a zero. Neste caso usamos o valor presente não

como valor a ser determinado, mas como parâmetro nulo.

Sendo o valor igual a zero, na realidade está se determinando

o ponto de nivelamento no tempo. Nesse ponto, os retornos

anuais descontados são iguais ao capital inicial investido.

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Outro ponto importante na segurança empresarial, é que

temos que considerar como entrada, na verdade, visando tor-

nar tangível a segurança, o que podemos chamar de fluxo de

caixa invertido. Ou seja as reduções com recursos humanos

e as perdas potenciais, que com a implantação dos sistemas,

farão com que os riscos não se concretizem.

No caso de uma anuidade, o período de payback pode

ser encontrado, dividindo-se o investimento inicial pela entra-

da de caixa anual. Para uma série mista, as entradas de caixa

anuais devem ser acumuladas até que o investimento inicial

seja recuperado.

Quando o Período de Payback é usado em decisões de

aceitar-rejeitar, o critério é o seguinte:

v Se o período de payback for menor que o período de

payback máximo aceitável, aceita-se o projeto;

v Se o período de payback for maior que o período de

payback máximo aceitável, rejeita-se o projeto.

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6.1 - VALOR PRESENTE

Nós utilizamos o valor presente para reconhecer o valor

do dinheiro no tempo, os fluxos de caixa futuros são trazidos a

valor presente, mediante a aplicação de uma taxa de descon-

to predeterminada. A soma desses valores descontados me-

nos o investimento inicial representa o valor econômico do pro-

jeto para a empresa. É uma medida de quanto valor é criado

ou adicionado hoje, realizando-se um investimento

6.2 - PERÍODO PAYBACK

Quando utilizamos o Valor Presente Líquido (VPL), este

é obtido subtraindo-se o investimento inicial do valor presente

das entradas de caixa, descontadas a uma taxa igual ao custo

de capital da empresa. Significa que temos que diminuir esta

taxa do investimento inicial, ficando da seguinte forma:

Existem duas abordagens para lidar com o risco de um

projeto de segurança, captando a variabilidade das entradas

de caixa e dos VPLs: a análise de cenário e o grau de criticidade.

Dentro desta ótica o executivo pode tomar a decisão com

base em parâmetros claramente definidos, podendo aceitar o

grau de risco do projeto.

O “payback’’ ou prazo para recuperação do capital é um

indicador voltado à medida do tempo necessário para que um

projeto recupere o capital investido. É aplicável, sem restri-

ções, a projetos convencionais de investimento que apresen-

tem um fluxo de caixa com as seguintes características

Vl – MÉTODOS PARA AVALIARVl – MÉTODOS PARA AVALIARALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO

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Em projetos onde ocorrem múltiplas mudanças de sinal

no fluxo de caixa líquido, a obtenção do PB deve ser realizada

com cautela, assim como sua interpretação, para que os re-

sultados sejam consistentes.

Mesmo sendo um indicador com muitas limitações o

“payback’’ pode ser útil como indicador auxiliar no processo

de análise. Essa utilidade é demonstrada ao se comparar os

projetos C e D descritos previamente. Enquanto os indicado-

res RBC e VA apresentam os dois projetos como equivalentes

à taxa de desconto de 10% o PBE apresenta um valor de 1

para o projeto E e um valor de 2 para o projeto F. Isso significa

que o capital investido no projeto E retornará em um período e,

no projeto F, em dois períodos, o que pode ser uma vantagem

para o primeiro projeto para alguns investidores.

Para descarte de projetos o indicador PB também pode

ser utilizado. Um projeto seria descartado por esse indicador

quando não for possível recuperar o capital dentro da vida útil

do projeto.

É necessário salientar que PB é um indicador de carac-

terísticas intrinsecamente auxiliares, voltado à medida da di-

mensão tempo de um projeto.

6.3 - TAXA INTERNA DE RETORNO

A taxa de retorno é a relação percentual entre a quantia

de dinheiro recebida ou paga no final do período e a quantia

investida no início do período. É a taxa de juros que se espera

que um projeto renda durante sua vida. Se a taxa de retorno

fosse utilizada como o custo de capital para descontar fluxos

de caixa de projetos, o valor presente liquido do projeto seria

igual a zero. Assim a taxa interna de retorno é a taxa que faz

com que o valor presente das saídas de caixa de um projeto

seja igual ao valor presente das entradas.

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6.3.1 - Definição de Risco e Retorno

Risco é a possibilidade de prejuízo financeiro

Retorno é medido como o total dos ganhos ou prejuí-

zos dos proprietários decorrentes de um investimento durante

um determinado período de tempo.

6.3.2 - Orçamento de capital

É o processo que consiste em avaliar e selecionar in-

vestimentos a longo prazo, que sejam coerentes com o obje-

tivo da empresa de maximizar a riqueza de seus proprietários.

6.3.2.1 - Etapas do Orçamento de Capital

1) Identificação

2) Pesquisa

3) Obtenção de Dados

4) Seleção

5) Financiamento

6) Implantação e Controle

6.4 - ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

O fundamento da análise e avaliação de investimentos é

a comparação entre alternativas convertidas para uma unida-

de de medida física comum. Como os componentes das al-

ternativas envolvem tipos de materiais, processos e formas

diferentes, a única unidade de medida comum é o dinheiro. E

mais, as estimativas monetárias precisam ser feitas na mes-

ma data base porque o valor do dinheiro muda com o passar

do tempo. Devido à natureza interdisciplinar da Análise e Ava-

liação de Investimentos, é importante a conceituação dos prin-

cípios fundamentais que regem o processo.

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6.4.1 - Retorno do Investimento

É a diferença entre os fluxos de caixa gerados por alter-

nativas concorrentes. Esta diferença pode ser positiva ou ne-

gativa. No primeiro caso, a diferença reflete uma redução de

custo e pode ser expressa como economia anual ou econo-

mia por unidade de trabalho. No caso de valor negativo, deno-

mina-se prejuizo; é comum que alternativas recém instaladas

apresentem perdas durante o período inicial das operações.

Quando o investimento proposto é inédito para a empresa, o

‘Retorno do Investimento’ é a diferença entre receitas e cus-

tos, neste caso é denominado ‘Incremento de Lucro’ por al-

guns analistas.

Dados reais de tempos de trabalho e outros fatores as-

sociados à alternativa existente, são essenciais para estabe-

lecer o fluxo de caixa. Pode ser necessária a realização de

pesquisas nos registros existentes na empresa para determi-

nar os custos da alternativa em uso. A obtenção de dados

comparáveis para as alternativas inéditas pode apresentar di-

ficuldades. Nesses casos deve-se buscar dados junto aos fa-

bricantes de produtos similares e/ou concorrentes, outras

empresas que estejam usando o método proposto, entidades

de classe, etc.

Nas transações do dinheiro interagem duas entidades a

que empresta o dinheiro e a que toma o dinheiro emprestado.

No primeiro caso, o juro é uma quantia recebida da mesma

natureza do lucro; este porém, não tem garantia de recebimen-

to ao passo que o pagamento do juro é garantido pelo tomador

do empréstimo. No segundo caso, é uma quantia paga da mes-

ma natureza que o custo e, como tal, é dedutível do lucro da

mesma maneira que o são as despesas com materiais e mão-

de-obra para a apuração do lucro líquido da empresa.

Os termos ‘Juro’ e ‘Lucro’ são, em geral, usados indis-

tintamente como sinônimos, existe porém uma diferença de

significado entre os dois vocábulos. ‘Juro’, isto é a quantia paga

pelo uso do dinheiro emprestado, é uma despesa paga pelo

tomador do empréstimo. ‘Lucro’, por outro lado, é o resultado

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da inversão do dinheiro emprestado na aquisição de bens e

materiais de produção, sendo pois um ganho para o investi-

dor. A fim de evitar interpretações equivocadas, nos estudos

de Análise e Avaliação de Investimentos é usada a expressão

‘Retorno do Investimento’ em vez de ‘Juro’ ou ‘Lucro’.

6.4.2 - Determinação do Retorno do Investimento

O retorno do investimento gerado por um novo investi-

mento é obtido a partir de estimativas dos custos e receitas

relacionadas ao processo produtivo. Os custos mais comuns

nas operações dos equipamentos usados na produção de bens

e serviços são:

a. Custos de mão-de-obra direta.

b. Custos de materiais diretos e indiretos.

c. Despesas diretas inerentes ao processo produtivo.

d. Despesas indiretas.

e. Impostos

O cálculo dos custos envolvidos no processo produtivo

é facilitado pelo uso de uma planilha eletrônica, onde são rela-

cionadas as operações requeridas, na seqüência em que são

realizadas no fluxo de produção. É recomendável também

destacar as parcelas relativas aos custos de mão-de-obra,

materiais, despesas diretas e indiretas e impostos.

A somatória desses valores compõem o custo

operacional do processo. O preço de venda é função das con-

dições existentes no mercado e depende de fatores tais como

lucratividade pretendida pelo empresário, dimensão e potenci-

al do mercado, capacidade instalada, concorrência, poder aqui-

sitivo dos consumidores, etc. (consultar o capítulo ‘Modelos

de Custos e Formação de Preço’).

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O retorno do investimento é obtido pelo cálculo da dife-

rença entre o preço de venda do produto ou serviço e o custo

operacional. Esse montante é o valor do retorno do investi-

mento usado para calcular o retorno do investimento após o

Imposto de Renda.

RI = Preço de Venda - Custo Operacional

6.4.3 - Apuração de Resultados (Demonstrativo do

Resultado do Exercício) 

É mostrado na Demonstração do Resultado de Exercí-

cio apenas o fluxo econômico da empresa e não o fluxo mone-

tário, pois para a Demonstração do Resultado o que tem rele-

vância é apenas o que afeta o Patrimônio Líquido e não o fato

de uma receita ou despesa ter reflexos em dinheiro, estas

aparecem nesta demonstração porque afetam a riqueza dos

proprietários da empresa.

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De acordo com a Lei no 6.404/76, artigo 187, a Demons-

tração do Resultado do Exercício deve discriminar a receita

das vendas e serviços; as deduções das vendas que são os

abatimentos e os impostos; a receita líquida das vendas e

serviços, os custo das mercadorias e serviços vendidos e o

lucro bruto; as despesas com vendas, financeiras, deduzidas

das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras

despesas operacionais; o lucro ou prejuízo operacional, as

receitas e despesas não operacionais e o saldo da conta de

correção monetária; o resultado do exercício anterior ao im-

posto de renda e a provisão do imposto; as participações de

debêntures, empregados, administradores e partes

beneficiárias, e as contribuições para instituições de fundo

de assistência e previdência de empregados; o lucro ou pre-

juízo líquido do exercício.

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VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASVII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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3. MAKER, Michael. Criando valor para a Administração,

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4. LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabili-

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5. LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: Um enfoque

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6. Conselho Regional de Contabilidade de SP. Custos: fer-

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Seminários CRC-SP/Ibracon).

7. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil,

São Paulo: Saraiva, 2002.

8. NAGATSUKA, Divane Alves da Silva e TELES, Egberto

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lo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

9. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. São Paulo

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