Custos Logísticos proposta de procedimento para a avaliação das aquisições de equipamentos de defesa de alto valor agregado com emprego do Analytic Hierarchy Process AHP

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    Custos Logsticos: proposta de procedimento para a avaliao das

    aquisies de equipamentos de defesa de alto valor agregado comemprego do Analytic Hierarchy Process (AHP)

    Por:

    Heitor Freire de Abreu

    Paper apresentado como requisito parcial para a concluso do Curso de MBA emLogstica Empresarial, Ps-graduao Lato Sensu , Nvel de Especializao

    Programa FGV Management da Fundao Getlio Vargas (FGV)

    Dezembro/2008

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    Custos Logsticos: proposta de procedimento para a avaliao das aquisies deequipamentos de defesa de alto valor agregado com emprego do Analytic Hierarchy

    Process (AHP)

    Heitor Freire de Abreu1 RESUMO

    Este paper demonstra que o processo de compra de meios militares de alta complexidadetecnolgica e que envolva grandes somas para o Brasil, fortemente influenciado pelos custologsticos no s no momento da compra mas ao longo da vida til do equipamento. Oobjetivo desse trabalho foi o de propor uma sistematizao no processo de aquisio,utilizando a Deciso Multicritrio Discreta (DMD), por intermdio do mtodo Analytic

    Hierarchy Process (AHP), tendo como importante fator para o decisor os custos logsticos.Montou-se um cenrio com a finalidade de comprar um MBT ( Main Batlle Tank ) e apresentar o processo sugerido. Demonstrou-se que se pode realizar uma seleo criteriosa e efetivalevando-se em conta os custos logsticos, equilibrando as necessidades tcnicas de defesa as possibilidades oramentrias do Pas. Concluiu-se que a compra de um equipamento militano deve levar em considerao somente aspectos operacionais e que os custos logsticos tmenorme impacto nessa aquisio.

    Palavras-chave: Custos Logsticos, Equipamento de Defesa, Anlise Multicritrio, Analytic Hierarchy Process (AHP).

    1. IntroduoCusto, entendido como o valor de um bem ou servio utilizado na produo de um outro bemou servio, um fator decisrio em maior ou menor grau dependendo do empreendimentoEle transcende ao preo de venda e envolve aspectos nem sempre claros ou facilmentemensurveis, como a manuteno, a vida til do bem, o nvel de servio, os tributos, osvalores para desativao e os custos de interrupo de operao em funo de panes, dentreoutros. No caso de instituies pblicas federais que trabalham sob a gide da Lei 8.6662, como ocaso do Exrcito Brasileiro (EB), esse assunto no , normalmente, levado em considerao

    1 Concluinte do Curso MBA em Logstica Empresarial da Fundao Getulio Vargas. Email:[email protected] Lei N 8.666 - de 21 de junho de 1993 - DOU de 22 de junho de 1993 e suas alteraes. Institui normas parlicitaes e contratos da Administrao Pblica.

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    com o mesmo detalhamento observado nas empresas privadas, por razes diversas. Some-se isso um grande diferencial: as compras pblicas devem, via de regra, atender outras variveialm da econmico-financeira, tais como polticas, estratgicas, histricas e diplomticas Nesse contexto, surge o objeto desse trabalho: quantificar o impacto dos custos logsticos naaquisio de equipamentos de defesa de alto valor agregado para o Brasil ao longo de sua vidtil. Define-se meio militar de alto valor agregado aquele que pelo somatrio de um alto cust por unidade (geralmente na casa dos milhes de dlares), por envolver alta tecnologi(giroscpios, sistemas de propulso nucleares, blindagens, itens de robtica, muniesespeciais,software, hardware avanados, telemetria laser, tecnologiastealth 3 etc) e por integrar sistemas complexos, inclusive espaciais, e de domnio restrito, exige que sua escolhseja baseada em critrios muito slidos. Alguns equipamentos que se enquadram nessa

    categoria: avies, helicpteros, carros de combate (nesse artigo, sero chamados de Main Batlle Tank 4 MBT), algumas embarcaes, submarinos convencionais e de propulsonuclear, radares, msseis e sistemas de comando e controle de combate e de guerra eletrnicadentre outros.Da mesma forma, para este trabalho, custos logsticos militares so o somatrio dos custos d preo de aquisio, de manuteno, de treinamento e de operao. Tal conformao se deve peculiaridades do Ministrio da Defesa (M Def), que procura alocar seus recursos destinado logstica em um nico rgo gestor, aqui denominado decisor de 1 nvel5, a fim de

    atender as quatro demandas assinaladas, dentre outras.Destaca-se que no Brasil, historicamente, h repetio de um problema relacionado com oMBT e similares: a falta de recursos para a logstica desses meios militares ao longo de suavida til, em funo dos vultosos recursos financeiros para mant-los em operao. Da surgum primeiro imperativo na aquisio de MBT para o Brasil: mais importante do que adquiriMBT no estado da arte, adquirir os que demandam custos logsticos mais baixos ao longodo tempo, sejam eles nacionais ou estrangeiros. Tal assertiva reforada quando se constataque na Amrica do Sul no existem pases que possuam em suas foras MBT em grande

    quantidade, com alto grau de disponibilidade operacional e de 1 gerao6. Assim, possuir

    3 Tecnologia que envolve materiais que absorvem sinais de radar ou, at mesmo, refletem mas de forma aenganar o radar.4 Carro de Combate Principal.5 Tal encargo, de acordo com a Estratgia Nacional de Defesa, ser de responsabilidade da recm-criadaSecretaria de Produtos de Defesa, subordinada ao M Def.6 So os MBT tambm conhecidos por ltima gerao. So aqueles que possuem equipamentos no estado darte. Alguns exemplos: M2 Abrams (EUA), Leclerc (Frana), Leopard 2 (Frana), Challenger 2 (Reino Unide Merkava 4 (Israel).

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    MBT de 2 gerao7, de custo baixo de aquisio e de logstica aumenta a probabilidade de semanter a fora de blindados com excelentes nveis de aprestamento operacional edisponibilidade. O contrrio, a experincia demonstra, torna-se um estorvo logstico insolvecom o passar dos anos haja vista os parcos recursos destinados defesa no Pas,historicamente8.O corolrio do problema exposto que dada as caractersticas peculiares dos meios de defesaa abordagem de custos dos meios militares aqui estudados desde a sua prospeco, passando pela aquisio, pelo uso e pela alienao, deve obedecer a critrios que nem sempre possuemapenas embasamentos financeiros e dedicados ao custo. No entanto, isso no pode significar relaxamento da anlise financeira, que continuar sendo uma das principais variveis no processo decisrio no caso brasileiro.

    Dentro desse escopo, que procedimento deve ser adotado na compra de equipamentosmilitares de alto valor agregado, tendo em vista atender a outras variveis intangveis(polticas, estratgicas e tecnolgicas, dentre outras) sem relegar o fator custo logstico a umnvel que torne a compra um sucesso em todas as outras reas e um fracasso na gesto doscustos logsticos?O objetivo deste paper propor um procedimento que sirva como uma primeira abordagemna anlise de custos logsticos na compra de meios militares de alto valor agregado. Acreditase que o estudo realizado venha preencher uma lacuna existente na literatura sobre o tema

    tratado, na medida em que no horizonte pesquisado no foi encontrado qualquer trabalho quetrate especificamente de custos logsticos voltados para a aquisio de equipamentos de altovalor agregado, na rea militar, respeitando as idiossincrasias do Brasil. Para se atingir os propsitos deste trabalho, foram realizadas pesquisas bibliogrfica e documental. Com basna abordagem multicritrio, associou-se a ferramenta AHP a alguns dados tcnicos reaiscoletados junto a especialistas, tendo em vista simular a compra de um carro de combate pesado sob lagartas o MBT. O mtodo tem serventia para qualquer outro meio militar dealto valor agregado.

    A importncia desse artigo est ancorada em dois pilares. O primeiro diz respeito a Estratgi Nacional de Defesa (END), apresentada ao presidente da Repblica em 17 de dezembro d2008, pelos ministros de Estado da Defesa e Chefe da Secretaria de Assuntos Estratgicos. D

    7 So os MBT cujo projeto remonta dos anos 1960. Possuem equipamentos um pouco mais antigos, masofreram repotencializao, recebendo novos equipamentos como telemetria laser, munies mais sofisticadasoutras melhorias. Alguns exemplos: T-72 e T-80 (Rssia), M-60 A3TTS (EUA), Leopard 1A5 (Frana) eChieftain (Reino Unido).8 Ver

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    acordo com aquele documento, o Brasil passa a ter um planejamento de mdio e de longo prazos focado na reorganizao das Foras Armadas, na reestruturao da indstria brasileirde material de defesa e na poltica de composio dos efetivos das Foras Armadas. Essetrabalho est perfeitamente alinhado a essa nova realidade poltica estabelecida na END, quaponta (BRASIL, 2008, p. 32) a obsolescncia da maioria dos equipamentos das ForasArmadas; elevado grau de dependncia em relao a produtos de defesa estrangeiros; eausncia de direo unificada para aquisies de produtos de defesa.O segundo pilar, est no fato de, ao se estudar uma seqncia de raciocnio, similar a umametodologia, estar-se- proporcionando aos decisores militares ou civis envolvidos com acompra de meios de defesa especficos, a mitigao da probabilidade em incorrer emaquisies que podero tornar-se problemticas por geraes. Em tempos em que o Ministri

    da Defesa busca otimizar a aquisio de material defesa, acredita-se que o presente trabalhoser de grande valia.

    2. Referencial TericoPara o estudo, foi consultada ampla bibliografia. A fim de ordenar os achados, dividiu-se oreferencial terico em trs tpicos.

    2.1 A logstica no meio militarA END trata da logstica militar em vrios trechos, entre as quais destaca comovulnerabilidade atual os sistemas nacionais de logstica e de mobilizao deficientes(BRASIL, 2008, p. 33) e as capacidades que devero ser buscadas com a permanncia naao, sustentada por um adequado apoio logstico, buscando ao mximo a integrao dalogstica das trs foras (BRASIL, 2008, p. 42).De acordo com os trechos destacados e aps uma leitura detalhada da END, verifica-se quaquisio de material de defesa e a logstica so pontos fundamentais para se adquirir anecessria capacidade militar compatvel com o Brasil. Ou seja, no se fala somente emcomprar meios de defesa, busca-se comprar dentro de uma poltica definida e com objetivo

    alinhados com outros fatores, inclusive econmicos. Sem dvida, os custos logsticos fazem parte dessa rol.O manual de campanha C 100-10 Logstica Militar Terrestre (BRASIL, 2003), do EB, iniciasuas consideraes bsicas com a seguinte afirmao:

    Por sua atuao na soluo de complexos problemas de apoio s foras militares, alogstica adquiriu posio de relevo no quadro das operaes. Em vriasoportunidades, a logstica, mais do que outros sistemas operacionais, foi o fator

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    determinante de vitrias e derrotas, evidenciando que o resultado final das operaes claramente influenciado por ela e pela capacidade de melhor execut-la.Todo e qualquer planejamento logstico, independentemente do escalo e do nvel deabrangncia, deve ter como premissa bsica a sua factibilidade fundamentada naexistncia de meios reais ou passveis de mobilizao, dentro das condies de tempoe espao delimitadas naquele planejamento.C 100-10 (BRASIL, 2003, p. 1-4)

    O trecho supracitado, extrado do mais importante manual de ttica aplicada logstica militado EB, o ponto de partida terico no que concerne aos fundamentos militares de logstica Na passagem em destaque, confirma-se a relevncia do assunto e a sua atualidade. V-seainda, a interdependncia entre planejamento e apoio logstico. A partir dele, descortina-sgrande espectro de literatura militar.Merece destaque, o trabalho desenvolvido pelo exrcito francs em 2005 a fim de verificar avulnerabilidades logsticas no emprego daquela fora terrestre, conhecido como La Logistique

    Militaire: volutions et nouveaux enjeux9

    . Fruto dele, inmeras mudanas esto ocorrendonaquele exrcito, comprovando que a vertente logstica militar est, cada vez mais, alinhadcom a civil. O trecho abaixo, extrado do referido documento na sua pgina 7, proporcionauma viso de como o assunto importante e vai ao encontro deste trabalho:

    La logistique militaire a connu de profonds changements en rponse la Rvolutiondans les Affaires Militaires et la transformation des armes, qui se sont traduits par une vritable Rvolution dans la Logistique Militaire. En outre, la logistiquemilitaire sinspire du secteur civil dont elle reprend non seulement les technologies(gestion en temps rel, flux tendus, commerce lectronique) mais aussi les approchesthoriques. Enfin, lon observe une dlgation de plus en plus importante des tcheslogistiques aux entits commerciales civiles 10 (grifo nosso)

    No mesmo documento, na pgina 20, v-se, de forma mais enftica, base terica para trabalho a ser desenvolvido:

    Dans le domaine de la consolidation des structures institutionnelles etorganisationnelles existantes, le concept-cl est celui de lean logistics , logistiquepure, qui se veut, en quelque sorte, lapoge des diverses techniques de gestion(comme leTQM Total Quality Management ou le JIT Just-In-Time , par exemple).Lobjectif principal du lean dans la logistique, quelle soit militaire ou non,

    consiste liminer drastiquement tout ce qui est superflu, comme tout ce qui nest pasrigoureusement indispensable. Les deux piliers sur lesquels repose cette doctrine sont

    9 A logstica militar: evolues e novos marcos. (trad. do autor)10 A logstica militar conheceu profundas mudanas em resposta Revoluo nos Negcios Militares e atransformao dos exrcitos, que se so traduzidos por uma verdadeira "Revoluo na Logstica Militar." Almdisso, a logstica militar se inspira junto ao setor civil onde retoma no somente as tecnologias (gesto em tempreal, fluxos longos, comrcio eletrnico) mas tambm os conceitos tericos. Por ltimo, observa-se umdelegao cada vez mais importante das tarefas logsticas s entidades comerciais civis. (trad. do autor)

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    dos gastos com as foras armadas. A compra deve, enfim, buscar o menor custo e o maio benefcio dentro da realidade brasileira e levando-se em conta o cenrio da Amrica do Sul.O grande ponto de inflexo est na forma como se vai realizar a compra. Ao se equilibrar oideal com o possvel, ter-se- um resultado suficientemente adequado no que tange a um meimilitar a ser adquirido. Para isso, fundamental que todos os envolvidos (decisores militaresengenheiros, compradores, usurios, mantenedores, gestores econmicos e muitos outrosentendam um pouco da mecnica dos custos de curto, mdio e longo prazos.

    2.3 Abordagem multicritrio: o AHP

    A escolha de um meio para equipar uma fora armada sempre uma deciso complexa. Elenvolve aspectos como custo de compra, custo de manuteno, treinamento, documentos

    tcnicos, instalaes para estocar sobressalentes e muitos outros. Alm disso, como soaquisies que envolvem o Estado, outros componentes dos campos do poder so levados emconsiderao, como os polticos, os relacionados balana comercial, os de carter psicossocial, alm daqueles tipicamente militares. Cabe ressaltar que existe outro problema: diferena de grandezas a serem comparadas no momento em que se busca a melhor soluoH que se comparar grandezas quantitativas como peso (em toneladas), alcance dearmamentos (em metros), consumo (km/l), custos logsticos (dlares ou reais) e muitos outrocom aspectos qualitativos. Acrescenta-se ainda, que cada critrio tem um peso diferente par

    o decisor; da o problema se configurar como uma anlise multicritrio em determinada fasdo processo de deciso, como se pode verificar por meio de ARAYA e col. (2004, p.2):

    Os mtodos do Apoio Multicritrio Deciso tm um carter cientfico e, ao mesmotempo, subjetivo, trazendo consigo a capacidade de agregar, de maneira ampla, todasas caractersticas consideradas importantes, inclusive as no quantitativas, com afinalidade de possibilitar a transparncia e a sistematizao do processo referente aos problemas de tomada de decises.

    Nesse contexto, existem duas escolas principais: a americana e a francesa. Optou-se pel

    escola americana que, embora menos flexvel que a segunda, mais estruturada, servindoento, aos propsitos desse trabalho. E dentre as opes existentes na Escola americana preferiu-se o chamado Analytic Hierarchy Process (AHP), criado pelo professor Thomas L.Saaty em 1980, que sugeriu que:

    O Mtodo AHP, aps a diviso do problema em nveis hierrquicos, determina deforma clara e por meio da sntese dos valores dos agentes de deciso, uma medida

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    global para cada uma das alternativas, priorizando-as ou classificando-as ao finalizar o mtodo.

    Ressalta-se que o presente paper baseou-se, no que concerne ao uso do AHP, em exemplos

    clssicos evidenciados na literatura, em particular na obra de ARAYA (2004), cujoselementos fundamentais so os atributos e propriedades, a correlao binria, a escalafundamental e a hierarquia propriamente dita.

    3. Metodologia

    Para se atingir os propsitos desse trabalho, utilizou-se de pesquisas bibliogrficas, pesquisa junto a especialistas em MBT, de documentos atinentes ao assunto e a elaborao de umcenrio a fim de explorar o assunto de forma prtica, buscando uma abordagem qualitativa

    quantitativa ao mesmo tempo. No que se refere finalidade desse trabalho, ela de cunho aplicado, na medida em queoferece soluo para aspecto prtico de problemas das instituies militares que necessitamadquirirem meios militares de alta complexidade.A fim de se chegar a um processo sistematizado que possa ser til ao decisor, mesclou-se omtodo AHP com outros passos julgados teis a fim de compor uma metodologia simples eacessvel tanto para o comprador como para o fornecedor; a fim de propiciar dois aspectosrelevantes nesse caso: lisura da escolha e respeito s caractersticas tcnicas pretendidas na

    compra do material.

    4. Descrio geral do mtodo proposto

    Para o desenvolvimento do trabalho, foi montado um cenrio (fictcio, porm baseado emalguns dados tcnicos reais) para apoiar o estudo. Foram utilizados, inicialmente, cinco MBTcomo postulantes venda para o Brasil.Um MBT um carro de combate pesado sob lagartas, equipado com um canho de grossocalibre (acima de 90 mm), cuja principal funo destruir outro MBT inimigo. Os MBT

    atuais so considerados meios militares de alto valor agregado haja vista possuremequipamentos especiais como: meios de viso noturna de luz residual e termal, giroscpioscomputadores de bordo, sensores de temperatura e velocidade do vento, telemetria laserrdios com salto de freqncia e outras medidas de proteo eletrnica, e blindagem decompsitos cermicos (normalmente de composio secreta), dentre outros (vide anexo B).Os MBT a serem analisados nesse paper so fictcios, no entanto, os dados tcnicos so reais.Assim, receberam os seguintes nomes: MIKE, ALFA, TANGO, LIMA e CHARLIE.

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    Destaca-se ainda, que se utilizou a metodologia de deciso multicritrio discreta (DMD), ondexiste um conjunto de alternativas limitadas e variveis em pequeno nmero. Alm dissoclassificou-se, simultaneamente o problema analisado como do tipo (P), (P) e (P), j que buscou-se selecionar as melhores alternativas, descartar as alternativas que pareciam ruins gerar uma ordenao nas alternativas consideradas boas.

    5. Proposta de Procedimento

    Abaixo, uma sistematizao do procedimento proposto. Destaca-se que possvel uma amplgama de adaptaes em funo do material a ser adquirido.

    5.1 Fases do mtodo proposto

    A fim de que o processo mantenha as caractersticas da transparncia e da simplicidadesugere-se a seguinte seqncia no mtodo:

    1) tomada de deciso para a compra de um MBT;2) definio dos requisitos tcnicos e operacionais e das diretrizes dos gestores do projeto;3) divulgao da inteno de compra de MBT para o mercado de meios militares;4) recebimento de propostas iniciais dos fabricantes/pases que apresentem interesseem realizar a negociao;

    5) anlise qualitativa das propostas iniciais;6) anlise multicritrio;7) apresentao ao decisor das melhores alternativas;8) nova rodada de negociaes com os fabricantes que chegaram ao final do processoe9) assinatura do contrato.

    5.1.1 Tomada de deciso para a compra de um MBT

    Esta deciso pode ser tomada em funo dos seguintes aspectos quando se substitui um meiomilitar, segundo Sade (2006): mudanas doutrinrias, necessidades econmicas, tecnolgicaou mistas. Dentro desse escopo, a deciso de compra do MBT no presente trabalho foi emfuno de necessidades econmicas haja vista a obsolescncia dos MBT em uso e peladificuldade em realizar as operaes logsticas ligadas manuteno e ao suprimento de peas de alta mortalidade.

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    5.1.2 Definio dos requisitos tcnicos e operacionais e das diretrizes dos gestores do

    projeto

    O processo para a aquisio dos MBT, no cenrio desenhado, prev, dentre outras, asseguintes caractersticas:

    - compra de uma brigada de MBT novos de 1 ou 2 gerao total de 108 MBT;- caractersticas impositivas dos MBT:

    - possuir canho principal de, no mnimo, 120 mm;- ser capaz de operar e engajar alvos em movimento e durante baixas condiesde visibilidade (neblina, noite e fumgenos);- utilizar leo diesel como combustvel;- operar sob temperaturas que variem entre -10 C e 45 C;

    - ter uma tripulao mxima de 4 homens;- no utilizar carregamento automtico do canho principal;- atravessar vau de 1,20 m, no mnimo;- ter capacidade para carregar, no mnimo, 50 cartuchos de munio paracanho principal, 4.000 para a metralhadora antiarea e 4.000 para ametralhadora coaxial; e- possuir proteo NBC12 para a tripulao.

    - entrega em lotes de 15 MBT a cada ms a contar do oitavo ms da assinatura do

    contrato e trmino no dcimo quarto ms, sendo o ltimo lote de 23 MBT;- o transporte, bem como o seguro, ficar a cargo da empresa vencedora;- antes da entrega do primeiro lote, a empresa dever treinar os seguintes recursoshumanos (RH): 2 comandantes de regimento, 8 comandantes de esquadro, 12comandantes de peloto, 8 comandantes de MBT, 10 motoristas, 10 auxiliares deatirador, 4 gerentes de manuteno, 8 mecnicos de viatura, 8 mecnicos dearmamento pesado, 4 mecnicos de optrnicos e 2 engenheiros de armamento. Totalde RH a ser treinado: 76 pessoas;

    - possibilidade de transferncia de tecnologia total (todo o MBT) ou parcial (torre doMBT e seu sistema de controle e direo de tiro)13;- incluso de itens de alta mortalidade por MBT suficiente para operao de um anoaps o recebimento no preo oferecido;- traduo dos manuais tcnicos para a lngua portuguesa;

    12 nuclear, biological and chemical. Nuclear, biolgica e qumica.13 De acordo com a END, esse aspecto fundamental.

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    - incluso de 50 tiros do canho pesado por MBT, assim divididos: 15 APFSDS14 e 35HEAT15; e- os custos logsticos sero utilizados como critrio mais importante no processo dedeciso.

    Alm dos requisitos acima, os rgos gestores do projeto de aquisio do MBT, que sero oltimos decisores, estabeleceram as seguintes diretrizes: evitar compras que sejam degrande impacto imediato e se tornem problemas logsticos e operacionais durante a vida tidos MBT e levar em conta que a vida til considerada para um MBT no Brasil gira em tornode 30 anos.Orientaram a equipe a levar em considerao que:- os equipamentos de observao e direo de tiro (ODT) tm grande peso no critrio de

    escolha, pois como a doutrina brasileira prev a realizao de operaes noturnas econtinuadas, possuir tais equipamentos fundamental para desequilibrar eventuais combateem favor do Pas; e- transferncia de tecnologia dever ser observada com rigor na anlise qualitativa das propostas.

    5.1.3 Divulgao da inteno de compra de MBT para o mercado de meios militares

    Deve ser realizada pelos meios de comunicao principais e enviada, especialmente, para o

    fornecedores mais conhecidos.

    5.1.4 Recebimento de propostas iniciais dos fabricantes/pases que apresentem interesse

    em realizar a negociao

    Foram recebidos, para fins desse paper , os seguintes dados dos interessados, j colocados emtabelas:

    14 Abreviatura dearmour-piercing fin-stabilized discarding-sabot . Trata-se de munio de energia cintica, feita,normalmente, de titnio ou urnio empobrecido. conhecida por munio flexa e utilizado contra MBT co blindagem composta (cermica e metais). No possui nenhum tipo de explosivo.15 Abreviatura dehigh explosive anti-tank , Trata-se de uma munio com explosivo e que utiliza o princpio dacarga-oca. utilizada contra carros de combate leve ou mdio.

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    Tabela 1 Tabela das caractersticas tcnicas dos MBT.Carro deCombate

    Peso(ton)

    Armamento principal

    Raio deAo(km)

    Potencia(hp/ton)

    Vel(km/h)

    Consumo(km/l)

    Vau16 (em

    metros)MIKE 65,0 120 mm 500 23,7 65 0,45 1,38ALFA 69,5 120 mm 391 23,8 55 0,15 1,24

    TANGO 46,5 125 mm 650 32,3 65 0,40 1,80LIMA 62,0 120 mm 500 24,2 72 0,42 1,25CHARLIE 62,5 120 mm 550 19,4 60 0,30 1,07

    Fonte: organizado pelo autor.

    Adiante, uma tabela com os custos logsticos fornecidos pelos concorrentes, conformesolicitao do comprador.

    Tabela 2 Tabela de custos logsticos dos MBT.

    MBT Custo de Treinamento por homem (em milhares U$)Custo Manuteno

    anual por MBT(em milhares U$)

    Custo de consumo17 (em milhares U$)

    Preo devenda(em

    milhesU$)MIKE 9,000 10,000 4,352 5,07ALFA 5,000 12,000 6,400 5,27

    TANGO 11,000 6,000 2,400 3,80LIMA 8,500 8,000 2,286 5,32

    CHARLIE 13,000 13,000 3,200 5,30Fonte: organizada pelo autor.

    A tabela 3 estabelece juzos de valor realizados por especialistas em blindados acerca dosMBT concorrentes. baseada em informaes fornecidas pelos fabricantes.

    Tabela 3 Aspectos qualitativos dos MBT.Carro de Combate Itens de altamortalidade

    Favorece relacionamentocomercial brasileiro

    MBT testadoem combate

    Transferncia deTecnologia*

    MIKE N N S SALFA N S S P

    TANGO S S N SLIMA S S N S

    CHARLIE N N S NFonte: organizada pelo autor.*(N= no, S=sim e P= parcialmente)

    5.1.5 Anlise qualitativa das propostas iniciais

    Nessa fase, so analisados os dados recebidos de maneira qualitativa. Trata-se de processosubjetivo, no entanto perfeitamente integrado aos requisitos propostos s empresas. Ressaltase que o decisor pode e deve se apoiar em grupos de especialistas que devem debater as

    16 Profundidade de um rio em que o MBT pode atravessar sem necessitar de apoio externo.17 Por MBT, considerando que cada MBT andar, em mdia, 600 km por ano (cerca de metade do que foi previsto para o Exrcito dos EUA em 2005). Custo do diesel a R$ 2,040 e valor de US$ 1,00 dlar = R$ 1,60.

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    propostas, tirar dvidas com os fabricantes, solicitar visitas s fbricas e demonstraecontroladas. No presente trabalho, todos os MBT foram aprovados na anlise qualitativa, exceto CHARLIE, em funo da deciso dos especialistas de 2 nvel, que se basearam nos seguinteaspectos:

    - no atendeu ao critrio vau;- no atendeu, nem parcialmente, a imposio de transferncia de tecnologia; e- no se interessou em incluir no pacote peas de alta mortalidade, preferindonegociao separada sobre esse aspecto.

    5.1.6 Anlise multicritrio

    Como prximo passo na anlise dos MBT, escolheu-se o uso do mtodo AHP clssico pararealizar a anlise multicritrio . Assim, definiu-se, aps consultas a especialistas da reaoperacional e logstica, a seguinte estrutura analtica.

    Figura 1 Estrutura analtica formuladaFonte: o autor.

    5.1.6.1 Composio das Matrizes Dominantes para desenvolver o mtodo AHP Clssico

    A fim de estabelecer relao entre critrios do mesmo nvel, fez-se a comparao par a par por intermdio de matrizes dominantes. Para se estabelecer valores, utilizou-se a EscalFundamental de Saaty (1981).

    Tabela 4 Matriz de comparao de critrio de segundo nvel.Matriz de Comparao de Critrio de Segundo Nvel

    Custos Logsticos Eficincia OperacionalCustos Logsticos 1 7

    Eficincia Operacional 1/7 1Fonte: o autor.

    Normalizando-se a tabela, obteve-se:

    Aquisio de umMBT

    CustosLogsticos

    EficinciaOperacional

    Preo Manuteno Treinamento Operao Peso Velocidade Raio de Ao Blindagem ODT

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    Tabela 5 Normalizao dos critrios de segundo nvel. Normalizao dos Critrios de Segundo Nvel

    Custos Logsticos Eficincia Operacional

    Custos Logsticos 0,8750 0,8750Eficincia Operacional 0,1250 0,1250Fonte: o autor.

    Verifica-se, que segundo os decisores de 2 nvel, o critrio custos logsticos foi avaliadocomo de Importncia muito grande ou demonstrada. Tal avaliao foi baseada no fato deque o EB, em uma anlise retrospectiva, j demonstrou que quando adquire equipamento degrande eficincia operacional, obtm resultados satisfatrios nos primeiros anos; no entantotais equipamentos deixam de ser operacionais em pouco tempo haja vista o custo logstico

    crescer de tal maneira que inviabiliza a sua operao integral em poucos anos.Tabela 6 Matriz de comparao de critrio custo logstico.

    Matriz de Comparao de Critrio Custos LogsticosPreo Manuteno Treinamento Operao

    Preo 1 1 5 3Manuteno 1 1 8 3Treinamento 1/5 1/8 1 1

    Operao 1/3 1/3 1 1Fonte: o autor.

    Tabela 7 Normalizao de critrios custos logsticos. Normalizao de Critrios Custos Logsticos

    Valor dePrioridade

    Preo 0,3947 0,4068 0,3333 0,3750 0,3775 (2)Manuteno 0,3947 0,4068 0,5333 0,3750 0,4275 (1)Treinamento 0,0789 0,0508 0,0667 0,1250 0,0804 (4)

    Operao 0,1316 0,1356 0,0667 0,1250 0,1147 (3)Fonte: o autor.

    Tabela 8 Matriz de comparao de critrio eficincia operacional .Matriz de Comparao de Critrio Eficincia Operacional

    Peso Velocidade Raio de AoEquipamento

    ODT BlindagemPeso 1 3 1/2 1/6 1/3

    Velocidade 1/3 1 1/2 1/4 1/3Raio de Ao 2 2 1 1/2 3Equipamento

    ODT 6 4 2 1 3Blindagem 3 3 1/3 1/3 1

    Fonte: o autor.

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    Tabela 9 Normalizao de critrios de eficincia operacional. Normalizao de Critrios de Eficincia Operacional

    Valor de prioridade

    Peso 0,0811 0,2308 0,1154 0,0741 0,0435 0,1090 (4)

    Velocidade 0,0270 0,0769 0,1154 0,1111 0,0435 0,0748 (5)Raio deAo 0,1622 0,1538 0,2308 0,2222 0,3913 0,2321 (2)

    EquipamentoODT 0,4865 0,3077 0,4615 0,4444 0,3913 0,4183 (1)

    Blindagem 0,2432 0,2308 0,0769 0,1481 0,1304 0,1659 (3)Fonte: o autor.

    5.1.6.2 Verificao da consistncia dos juzos emitidos pelo decisorA fim de se verificar se os juzos do decisor esto dentro de uma zona aceitvel, este procedimento se fez necessrio. Foram verificados os juzos pertinentes aos critrios d

    segundo nvel (custos logsticos e eficincia operacional). Somente aps esse passo, prosseguiu-se para a comparao das alternativas MBT a MBT.

    5.1.6.2.1 Consistncia do critrio custo logstico

    Para calcular o vetor que satisfaa a equao, utilizou-se :

    Aw = maxx W

    Aw =

    113/13/1118/15/13811 3511

    X

    1147,00804,04275,0 3775,0

    =

    4634,03240,07923,15511,1

    Para se chegar ao autovetor, aplicou-se a frmula:

    max= 1/n wii Awvin

    i

    /][1

    =

    +++

    1147,04634,0

    0804,03240,0

    4275,07923,1

    3775,05511,1

    41 = 4,0929

    Segundo o teorema 1 de Saaty (1980), citado por Araya e col. (2204, p.47), A consistente see somente se, max n. Como 4,0929 4, verifica-se a existncia de consistncia. No entanto,h que provar por intermdio da frmula:

    IC = ( max - n)/(n-1)

    IC = (4,0929 4)/ (4-1) = 0,0310

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    Dado que n = 4, calculou-se a razo de consistncia (RC), utilizando-se a seguinte frmula:

    RC= IC/IR

    RC = 0,0310/0,90 = 0,0344 < 0,0918

    Com esse resultado, comprova-se que h boa consistncia no julgamento do decisor para ocritrio custo logstico.

    5.1.6.2.2 Consistncia do critrio eficincia operacional

    Da mesma forma procedeu-se com o critrio eficincia operacional.

    Aw =

    13/13/1333124632/11223/14/12/113/13/16/12/131

    X

    1659,04183,02321,00748,01090,0

    =

    9303,03334,23066,13865,05745,0

    ++++

    1659,09303,0

    4183,03334,2

    2321,03066,1

    0748,03865,0

    1090,05745,0

    51 = 5, 4506

    Como n = 5, o teorema 1 de Saaty foi atendido. No entanto, houve a necessidade de prov-lo:

    IC = (5,4506 5)/ (5-1) = 0,1127

    RC = 0,1127/1,12 = 0,1006 > 0,10

    O resultado foi maior que 0,10; o que poderia tender a uma no comprovao de consistncia No entanto, como o teorema de Saaty foi atendido, o RC foi ultrapassado apenas em 0,0006 que a observao de Saaty (1980 e 1993), citado por Araya e col. (2004, p.47), admite a possibilidade de inconsistncia ao afirmar que importante notar que a inconsistncia em

    uma matriz de deciso deve servir, em tal contexto, mais como um fator de alerta para odecisor do que um fato necessariamente no desejvel, julgou-se o resultado compatvel econsistente.

    18 Segundo Saaty (1993), para se considerar a inconsistncia aceitvel, deve-se observar: para n=2, o RC =0;n=3, o RC

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    5.1.6.3 Comparao entre os MBT por critrio de terceiro nvel

    Nessa fase, submeteram-se os MBT selecionados a uma comparao matricial a fim dverificar a ordem de prioridade do decisor confrontado cada MBT com outro.

    5.1.6.4 Critrios relacionados aos Custos Logsticos

    Tabela 10 Normalizao de subcritrio preo . Normalizao de subcritrio Preo

    Valor de prioridade

    MIKE 0,1667 0,1667 0,1667 0,1667 0,1667 (2)ALFA 0,1667 0,1667 0,1667 0,1667 0,1667 (2)

    TANGO 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 (1)LIMA 0,1667 0,1667 0,1667 0,1667 0,1667 (2)

    Fonte: o autor.

    Tabela 11 Normalizao de subcritrio manuteno. Normalizao de subcritrio Manuteno

    Valor de prioridade

    MIKE 0,1538 0,1818 0,1639 0,1304 0,1575 (3)ALFA 0,0769 0,0909 0,0984 0,0869 0,0882 (4)

    TANGO 0,4615 0,4545 0,4918 0,5217 0,4824 (1)LIMA 0,3077 0,2727 0,2459 0,2609 0,2718 (2)

    Fonte: o autor.

    Tabela 12 Normalizao de subcritrio treinamento. Normalizao de subcritrio Treinamento

    Valor de prioridade

    MIKE 0,1364 0,1277 0,2308 0,1364 0,1578 (3)ALFA 0,6818 0,6383 0,4615 0,6818 0,6159 (1)

    TANGO 0,0455 0,1064 0,0769 0,0455 0,0686 (4)LIMA 0,1364 0,1285 0,2308 0,1364 0,1580 (2)

    Fonte: o autor.

    Tabela 13 Normalizao de subcritrio operao. Normalizao de subcritrio Operao

    Valor de prioridade

    MIKE 0,0882 0,1667 0,0854 0,0854 0,1064 (3)ALFA 0,0294 0,0556 0,0697 0,0697 0,0635 (4)

    TANGO 0,4412 0,3889 0,4268 0,4268 0,4209 (1)LIMA 0,4412 0,3889 0,4268 0,4268 0,4209 (1)

    Fonte: o autor.

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    5.1.6.5Critrios relacionados Eficincia Operacional

    Tabela 14 Normalizao de subcritrio peso. Normalizao de subcritrio Peso

    Valor de prioridade

    MIKE 0,1538 0,1819 0,1471 0,1579 0,1602 (3)ALFA 0,0769 0,0909 0,1176 0,0526 0,0845 (4)

    TANGO 0,6154 0,4545 0,5882 0,6316 0,5724 (1)LIMA 0,1538 0,2727 0,1471 0,1579 0,1829 (2)

    Fonte: o autor.

    Tabela 15 Normalizao de subcritrio velocidade. Normalizao de subcritrio Velocidade

    Valor de prioridade

    MIKE 0,1818 0,2500 0,2222 0,1538 0,2020 (3)ALFA 0,0909 0,1250 0,1111 0,1538 0,1202 (4)

    TANGO 0,1818 0,2500 0,2222 0,2308 0,2212 (2)LIMA 0,5454 0,3500 0,4444 0,4616 0,4504 (1)

    Fonte: o autor.

    Tabela 16 Normalizao de subcritrio raio de ao. Normalizao de subcritrio Raio de Ao

    Valor de prioridade

    MIKE 0,1875 0,3000 0,1667 0,1875 0,2104 (2)ALFA 0,0625 0,1000 0,1667 0,0625 0,0979 (4)TANGO 0,5625 0,3000 0,5000 0,5625 0,4813 (1)LIMA 0,1875 0,3000 0,1667 0,1875 0,2104 (2)

    Fonte: o autor.

    Tabela 17 Normalizao de subcritrio blindagem. Normalizao de subcritrio Blindagem

    Valor de prioridadeMIKE 0,1429 0,1389 0,0588 0,1818 0,1306 (4)ALFA 0,4286 0,4167 0,5882 0,5454 0,4947 (1)

    TANGO 0,2857 0,0833 0,1176 0,0909 0,1444 (3)LIMA 0,1429 0,1389 0,2353 0,1818 0,1747 (2)

    Fonte: o autor.

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    Tabela 18 Normalizao de subcritrio ODT. Normalizao de subcritrio ODT

    Valor de prioridade

    MIKE 0,3529 0,3529 0,3333 0,3636 0,3947 (1)

    ALFA 0,3529 0,3529 0,3333 0,3636 0,3947 (1)TANGO 0,1176 0,1176 0,1111 0,0909 0,1093 (4)LIMA 0,1765 0,1765 0,2222 0,1818 0,1893 (3)

    Fonte: o autor.

    5.1.7 Apresentao ao decisor de 1 nvel das melhores alternativas

    Essa a importante fase onde, aps os passos anteriores, diminuram-se consideravelmente aopes e o decisor de 1 nvel pode, mediante anlise preparada pela equipe de decisores de 2nvel, refinar critrios, julgar de maneira mais subjetiva e de acordo com a sua experincia. Oaspecto interessante que agora, como existem menos opes e estas so, em tese, asmelhores para os interesses do Exrcito. Alm disso, atendem expressivamente snecessidades correntes e esto comprometidas com a realidade da Instituio.Assim, chegou-se ao resultado explicitado na tabela 19.

    Tabela 19 Valores obtidos.Valores obtidos

    1,000Custos Logsticos

    0,8750Eficincia Operacional

    0,1250Preo0,3775

    Manuteno0,4275

    Treinamento0,0804

    Operao0,1147

    Peso0,1090

    Velocidade0,0748

    Raio deAo0,2321

    ODT0,4183

    Blindagem0,1659

    MIKE0,1667

    MIKE0,1575

    MIKE0,1578

    MIKE0,1064

    MIKE0,1602

    MIKE0,2020

    MIKE0,2104

    MIKE0,3947

    MIKE0,1306

    ALFA0,1667

    ALFA0,0882

    ALFA0,6159

    ALFA0,0635

    ALFA0,0845

    ALFA0,1202

    ALFA0,0979

    ALFA0,3947

    ALFA0,4947

    TANGO0,5000

    TANGO0,4824

    TANGO0,0686

    TANGO0,4209

    TANGO0,5724

    TANGO0,2212

    TANGO0,4813

    TANGO0,1093

    TANGO0,1444

    LIMA0,1667

    LIMA0,2718

    LIMA0,1580

    LIMA0,4209

    LIMA0,1829

    LIMA0,4504

    LIMA0,2104

    LIMA0,1893

    LIMA0,1747

    Fonte: o autor.

    Para se chegar aos valores finais, ordenaram-se os resultados por meio da funo aditivaabaixo:

    (Aj) ==

    m

    i

    Aj xviCi1

    ),()(

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    Realizado os clculos, chegou-se ao seguinte resultado:Tabela 20 Classificao final.

    Classificao Final

    MBT Classificao

    Custos Logsticos

    ClassificaoEficincia

    Operacional

    Classificao

    Classificao GlobalMIKE 0,1358 (4) 0,0334 (2) 0,1692 (4)ALFA 0,1379 (3) 0,0359 (1) 0,1738 (3)

    TANGO 0,3928 (1) 0,0326 (3) 0,4254 (1)LIMA 0,2102 (2) 0,0263 (4) 0,2365 (2)

    Fonte: o autor.De posse desses dados, o decisor optou por concentrar seus esforos em apenas 2 MBT: oTANGO e o LIMA. Os demais, por obterem pontuao mais baixa e configurarem quase umempate tcnico, foram descartados.

    5.1.8 Nova rodada de negociaes com os fabricantes que chegaram ao final do processo

    Aps decidir por apenas 2 MBT para continuarem no processo, o decisor retomou o contatocom os dois fabricantes no sentido de obter as melhores vantagens e negociar com cada partesempre buscando uma negociao do tipo ganha-ganha. Nessa fase, cresce de importncia aexistncia de pessoal especializado em negociao, administrao, finanas e direito, poiestar-se- lapidando os termos finais do contrato do vencedor.O preciosismo, os palpites, achismos devem ser evitados. O pragmatismo deve ser atnica nesse momento, pois se trata de obter o menor custo com o melhor benefcio, j que a

    opes se equivalem, praticamente. No cenrio estudado, o decisor de 1 nvel optou pelo MBT LIMA, argumentando que havimais laos culturais entre o pas do fabricante, que j utilizavam um MBT do mesmo pas dofabricante, que j conheciam as peculiaridades do fabricante e que j havia uma parceriaimplcita entre fabricante e comprador. Tal quadro delineou a deciso final.

    5.1.9 Assinatura do contratoConsiste em ato formal, aps ajustes legais de ambas as partes, a fim de conformar o carte

    jurdico de todo o processo. Sinaliza o final de todo o mtodo e inicia a parte de treinamentofabricao e entrega dentro do que foi acordado.

    6 Anlise dos Resultados

    Feita a simulao no cenrio proposto, esta parte delinear os principais aspectos verificadoscom nfase nos passos quantitativos.

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    O problema proposto est estruturado em duas vertentes que se mesclam o durante o processo: uma qualitativa, envolvendo critrios subjetivos dos decisores e imposies dordem governamental; e outro de ordem quantitativa, que infere anlise puramente tcnicmas de alta complexidade, haja vista os desdobramentos futuros na aquisio de um meiomilitar de alto valor agregado.Para os problemas de cunho qualitativo, as decises foram tomadas sobre opinies e anlisede especialistas em logstica, blindados, engenheiros militares e no equipamento a seradquirido. Do consenso, surgiram escalas de valores, configurando dados quantitativos.A partir da, iniciou-se o uso do mtodo AHP a fim de tratar os dados quantitativos jexistentes com aqueles fruto de reunies entre especialistas (decisores de 2 nvel). Oscritrios e os subcritrios seguiram a comparao prevista pelo mtodo, par a par, fornecend

    os resultados das Tabelas 5, 7, 9 a 18.Os critrios e subcritrios, com seus respectivos pesos e j normalizados, esto explicitados nTabela 19, que segue a estrutura analtica formulada para o problema. Chama a ateno queaps analisados os valores de 2 nvel, optou-se por classificar o aspecto custo logstico(87,5%), segundo a Escala de Saaty, como de importncia muito grande ou demonstrada emrelao eficincia operacional (12,5%), coerente com a diretriz inicial do decisor em evitacompras que sejam de grande impacto imediato e se tornem problemas logsticos eoperacionais durante a vida til dos MBT. Levando-se em conta que a vida til de um MBT

    de 30 anos, privilegiar custos logsticos com a classificao 7 na Escala Fundamental deSaaty19 coerente.Verificou-se, ao longo do trabalho, que houve consistncia nos resultados advindos dosdecisores, conforme os itens 5.1.6.2.1 e 5.1.6.2.2. Tal quadro demonstra que existiu, por partdos decisores, equilbrio nas escolhas, iseno e respeito s diretrizes emitidas pelos rgosgestores do projeto de aquisio. Na ltima etapa do uso do mtodo AHP, verificou-se que a linha de pensamento que norteoo trabalho estava correta, pois se em uma primeira anlise, comum entre decisores nesse

    casos, se deveria privilegiar a eficincia operacional, por ser a mais aparente e mais fcil dser trabalhada, o resultado final demonstrou o contrrio. A Tabela 20 mostra que se levado emconsiderao somente eficincia operacional, o MBT escolhido seria o ALFA ou o MIKE. Nentanto, ao se estabelecer correlao entre esse aspecto e o custo logstico, a deciso recasobre os MBT LIMA e TANGO, que foram apresentados ao rgo gestor do projeto e deciso

    19 Vide Tabela 2 do Anexo A

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    de 1 nvel como aquelas opes que mais atendem aos interesses estabelecidos ao longo dotempo, agregando, simultaneamente, a eficincia em combate requerida e baixos custoslogsticos que o Pas pode suportar em toda a sua vida til.

    7. Concluso

    Compras governamentais so sempre complexas. Alm dos interesses percebveis, existemoutros nem sempre claros e que envolvem pessoas e pases, muitas das vezes. Quando se tratde meios militares de alto valor agregado, esse quadro tende a se tornar mais difuso ainda. O processo aqui sugerido demonstrou ser capaz de proporcionar aos envolvidos nesse tipo ddeciso uma seqncia lgica, controlada, paulatina, transparente e baseado em aspectos palpveis. Alm disso, extremamente flexvel, j que pode agregar outros passos

    metodologias de acordo com as necessidades do gestor de projeto de compra.Atualmente, verifica-se que o Pas prev o incremento de investimentos na rea de defesaconforme anunciado em diversos meios de comunicao. A aquisio de 5 submarinos (4convencionais e 1 de propulso nuclear) e de 50 helicpteros totalizando cerca de 8,6 bilhede euros, j conseqncia dessa nova poltica. A END, ao contemplar o M Def com umaSecretaria de Produtos de Defesa, segue na mesma direo. Como conseqncia, haver n prxima dcada um expressivo aumento de aquisies de meios nessa rea, incluindo o objetde estudo desse paper : meios militares de alto valor agregado. A metodologia aqui exposta

    poder ser uma ferramenta til para se empregar com profissionalismo os recursos do Estadno estabelecimento de uma defesa compatvel com o status do Brasil no atual quadro mundia

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    8. Referncias

    ANTUNES, Jernimo; NEUMANN, Regina Aparecida; ARNOST, Jos Carlos MelchiorSupply Chain Management : reduo de custos ou maximizao de investimentos em

    logstica? 2002. Disponvel em Acesso em 2 abr 2008.

    ARAYA, Marcela Ceclia Gonzalez; CARIGNANO, Claudia; GOMES, Luiz Flvio AutranMonteiro.Tomada de Decises em Cenrios Complexos. 1. ed. So Paulo: Thomson, 2004.168p.

    BALLOU, Ronald H.Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logstica empresarial. Traduo: Raul Rubenich. Porto Alegre: Bookman, 2006. 616p.

    BORNIA, Antnio Cezar; FREIRES, Francisco Gaudncio M.Uma aplicao do custeiobaseado em atividades gesto dos custos da cadeia de suprimentos . 2004. Disponvel em Acesso em: 2 abr 2008.

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    APNDICE A MATRIZES DE COMPARAOTabela 1 - Preo

    Matriz de Comparao para PreoMIKE ALFA TANGO LIMA

    MIKE 1 1 1/3 1

    ALFA 1 1 1/3 1TANGO 3 3 1 3LIMA 1 1 1/3 1

    Fonte: o autor.

    Tabela 2 - ManutenoMatriz de Comparao para Manuteno

    MIKE ALFA TANGO LIMAMIKE 1 2 1/3 1/2ALFA 1/2 1 1/5 1/3

    TANGO 3 5 1 2LIMA 2 3 1/2 1

    Fonte: o autor.

    Tabela 3 - TreinamentoMatriz de Comparao para Treinamento

    MIKE ALFA TANGO LIMAMIKE 1 1/5 3 1ALFA 5 1 6 5

    TANGO 1/3 1/6 1 1/3LIMA 1 1/5 3 1

    Fonte: o autor.

    Tabela 4 - OperaoMatriz de Comparao para Operao

    MIKE ALFA TANGO LIMAMIKE 1 3 1/5 1/5ALFA 1/3 1 1/7 1/7

    TANGO 5 7 1 1LIMA 5 7 1 1

    Fonte: o autor.

    Tabela 5 - PesoMatriz de Comparao para Peso

    MIKE ALFA TANGO LIMA

    MIKE 1 2 1/4 1ALFA 1/2 1 1/5 1/3TANGO 4 5 1 4LIMA 1 3 1/4 1

    Fonte: o autor.

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    Tabela 6 - VelocidadeMatriz de Comparao para Velocidade

    MIKE ALFA TANGO LIMAMIKE 1 2 1 1/3ALFA 1/2 1 1/2 1/3

    TANGO 1 2 1 1/2LIMA 3 3 2 1Fonte: o autor.

    Tabela 7 Raio de AoMatriz de Comparao para Raio de AoMIKE ALFA TANGO LIMA

    MIKE 1 3 1/3 1ALFA 1/3 1 1/3 1/3

    TANGO 3 3 1 3LIMA 1 3 1/3 1

    Fonte: o autor.

    Tabela 8 - BlindagemMatriz de Comparao para Blindagem

    MIKE ALFA TANGO LIMAMIKE 1 1/3 1/2 1ALFA 3 1 5 3

    TANGO 2 1/5 1 1/2LIMA 1 1/3 2 1

    Fonte: o autor.

    Tabela 9 - ODTMatriz de Comparao para ODT

    MIKE ALFA TANGO LIMAMIKE 1 1 3 2ALFA 1 1 3 2

    TANGO 1/3 1/3 1 1/2LIMA 1/2 1/2 2 1

    Fonte: o autor.

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    ANEXO A TABELAS UTILIZADAS

    Tabela 1 Valores de IR para Matrizes Quadradas de Ordem n (Lab. Nacional Oak Ridge, EUA)n 2 3 4 5 6 7

    IR 0,0 0,58 0,90 1,12 1,24 1,32Fonte: Araya (2004, p. 48)

    Tabela 2 Escala Fundamental de Saaty (1980)

    1 Igual importnciaAs duas atividades contribuem

    igualmente para o objetivo.

    3 Importncia pequena de uma sobre aoutra

    A experincia e o julgamento favorecemlevemente uma atividade em relao

    outra.

    5 Importncia grande ou essencialA experincia e o julgamento favorecemfortemente uma atividade em relao outra.

    7Importncia muito grande ou

    demonstrada

    Uma atividade muito fortementefavorecida em relao outra; sua

    dominao de importncia demonstrada na prtica.

    9 Importncia absolutaA evidncia favorece uma atividade emrelao outra com o mais alto grau de

    certeza.

    2, 4, 6, 8 Valores intermedirios Quando se procura uma condio decompromisso entre duas definies.Fonte : Araya (2004, p. 48)

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    ANEXO B FIGURA DE UM MBT

    Figura 1 MBT Leopard 2, de fabricao francesa.Fonte: . Acesso em: 10 mar. 2008