29
CYBELE M. DE OLIVEIRA ALLE (Voluntária IC) CYBELE M. DE OLIVEIRA ALLE (Voluntária IC) Co-autoria: Aline Evers ( Co-autoria: Aline Evers ( PIBIC/CNPq ) PIBIC/CNPq ) Professor Orientador: Profa. Dra. Maria J. Professor Orientador: Profa. Dra. Maria J. Bocorny Finatto Bocorny Finatto Trabalho Premiado com a Menção Destaque

CYBELE M. DE OLIVEIRA ALLE (Voluntária IC) Co … · Assim, em muitos tipos de textos – científicos, didáticos, expositivos, opnativos, por exemplo – a coesão é altamente

  • Upload
    lamdung

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

CYBELE M. DE OLIVEIRA ALLE (Voluntária IC)CYBELE M. DE OLIVEIRA ALLE (Voluntária IC) Co-autoria: Aline Evers (Co-autoria: Aline Evers (PIBIC/CNPq )PIBIC/CNPq )

Professor Orientador: Profa. Dra. Maria J. Professor Orientador: Profa. Dra. Maria J. Bocorny FinattoBocorny Finatto

Trabalho Premiado com a Menção Destaque

LEITURAS DA LEITURAS DA CAUSALIDADE NA CAUSALIDADE NA

TRADUÇÃO EM TRADUÇÃO EM PEDIATRIAPEDIATRIA

ORIGEMORIGEM DO TRABALHODO TRABALHO

www.ufrgs.br/textquimwww.ufrgs.br/textquim Estudos de perfis da linguagem, de produção textual e de terminologiasApoio: CNPq, FAPERGS, PROPESQ/ UFRGS, SEAD Apoio: CNPq, FAPERGS, PROPESQ/ UFRGS, SEAD

   

Projeto PQ-CNPq

Contabilizar opções tradutórias.

Verificar se as escolhas tradutórias têm valor causal.

Verificar se opções tradutórias preferenciais são freqüentes em artigos produzidos originalmente em inglês.

OBJETIVOSOBJETIVOS

Causalidade: Neves (2001)Hewings, Advanced Grammar in Use (2005)

Leitura: Leffa (1996) e Meurer (1997)

Tradução: Vermeer e Reiss (1996)

REFERENCIAL TEÓRICOREFERENCIAL TEÓRICO

Artigos científicos, tipo original, publicados pelo Jornal de Pediatria (JPED)

*Vol 79, n.3/2003

FASE 1 - FASE 1 - Corpus Corpus

FASE 1 - Metodologia FASE 1 - Metodologia

FASE 1 - Resultado (quant. + qual.)FASE 1 - Resultado (quant. + qual.)

*Verde: - CAUSAL**Verde: - CAUSAL*BECAUSE (7)X

*Artigos de temas similares foram selecionados, para maior compatibilidade entre os corpus .

FASE 2 - FASE 2 - CorpusCorpus

FASE 2 - Metodologia FASE 2 - Metodologia

FASE 2 - ResultadoFASE 2 - Resultado

*Vol 150/6-2007 Vol 151/7-2007 Vol 152/8-2008

* 2007/2008

FASE 3 - FASE 3 - Corpus Corpus

*Vol 119/120-2007/08

FASE 3 - MetodologiaFASE 3 - Metodologia

FASE 3 - ResultadosFASE 3 - Resultados

745 Contextos Lidos745 Contextos Lidos

P.O. J.A.AP.O. J.A.A J. PJ. P JPED L2JPED L2

Because 286 209 49

Due to 2 25 74

Since 0 2 98

SINCE:

O.J.A.A: 5 ocorrências, 5 x conector temporal ("desde").THE JOURNAL OF PEDIATRICS:16 ocorrências, 14 x conector temporal ("desde") 2 x causal.JPED L2: 112 ocorrências, 14 vezes conector temporal ("desde"), 98 x causal.

FASE 3 - ResultadosFASE 3 - Resultados

Padrões de UsoPadrões de Uso

SINCE

P.O. J.A.AP.O. J.A.A J. PJ. P JPED L2JPED L2

because 120 88 29

Because 83 50

because of 80 55 20

Because of 3 16

TOTAL 286 209 49

BECAUSE

CONCLUSÕES PARCIAISCONCLUSÕES PARCIAIS

opções tradutórias que amenizaram aspecto causal

percebido em L1

Estudos de análise de tradução/versão do conector “PORTANTO” na Pediatria e em outras áreas/gêneros textuais.

Catalogação de conectores que façam parte do dizer da Pediatria tanto em português quanto em inglês, para a utilização por tradutores iniciantes na área.

PERSPECTIVAS PARA FUTUROS ESTUDOSPERSPECTIVAS PARA FUTUROS ESTUDOS

Muito Obrigada!Muito Obrigada!

BALL, W. J. Dictionary of Link Words in English Discourse. Macmillan, 1986.

BUCHWEITZ, A and ALVES F. Cognitive Adaptation in Translation: an interface between language direction, time and recursiveness in target text production . In: Letras de Hoje . Porto Alegre, v. 41, n. 144, p. 241-272, 2006.

HEWINGS, M. Advanced Grammar in Use. Cambrigde University Press, 2005.

HOUAISS, A.Webster's Dicionário Inglês-Português Atualizado. Record, 2007.

KRIEGER, M. da G.; FINATTO, M. J. B.; Introdução a terminologia: teoria e prática. São. Paulo: Contexto, 2004.

JORNAL DE PEDIATRIA (JPed). Porto Alegre, 2003/2007/2008. Disponível em:<www.jped.com.br> Acesso em: março 2008.

KOCH. I. Coesão Textual. São Paulo: Contexto, 2004.

LEFFA, V. J. O Conceito da Leitura. In: V. Leffa, Aspectos da Leitura (pp. 9-24). Porto Alegre: Sagra Luzzato, 1996.

LOPES, A. C. M. et al. As construções com portanto no PE e PB. In: SCRIPTA, volume 5, número 9. Belo Horizonte: PUC Minas, 2001.

MEURER, J. L. Introdução. In:J.L Meurer & D. Motta-Roth (Orgs.), Parâmetros de textualização . Santa Maria, RS: Ed: Edit. UFSM, 1997.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GAGNON, N. e SINGER M. Detecting causal inconsistencies in scientific text. In: S. R. Goldman,. A. Graesser, & P. Van Den Broek (Eds.),Narrative Comprehension, Causality and Coherence: Essays in Honor of Tom Trabasso. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, 1999.pg: 179.

NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática de usos do Português. São Paulo: Editora UNESP, 2000.

PEDIATRICS: Official Journal of the American Academy of Pediatrics. 2007/2008. Disponível em:<http://pediatrics.aappublications.org/> Acesso em: julho 2008.

REISS, K e VERMEER, H. J. (1996): Fundamentos para una teoría funcional de la traducción.Tradução de Sandra Graciela Reina e CeliaMartín de Leon. Madrid, Akal: 1996.

THE AMERICAN HERITAGE Dictionary of the English Language, Fourth Edition. Houghton Mifflin Company, 2007.

JPED L1 JPED L2 Apesar da osteopenia estar relacionada com colestase crônica em crianças [ Detenção, devido a causas diversas, do fluxo biliarcrônica em crianças], sua patogênese não está claramente definida. Alguns autores não conseguiram relacionar os níveis plasmáticos de vitamina D com densidade óssea (14,18). Já Chongrisawat e colaboradores (16) compararam a densidade óssea mineral com níveis plasmáticos de 25OHD em crianças colestáticas, e constataram que pacientes com osteoporose apresentavam menores valores de vitamina D. Portanto, a deficiência de vitamina D não é a única determinante da doença metabólica óssea em crianças e adultos colestáticos, mas sua deficiência pode ser corrigida e, assim, prevenir um dos fatores que contribuem para esta morbidade.

Although osteopenia is related with chronic cholestasis in children, its pathogenesis is not clearly defined. Some authors have not managed to relate plasma vitamin D levels with bone density (14,18). Chongrisawat et al. (16), however, compared bone mineral density with plasma 25-OHD levels in cholestatic children and found that patients with osteoporosis presented lower vitamin D values. Nevertheless, vitamin D deficiency is not the only determinant of metabolic bone disease in cholestatic children and adults but this deficiency can be corrected and thus one of the factors which contribute to this morbidity be prevented.

Alguns autores não conseguiram relacionar níveis de vitamina D com densidade óssea. Outros constataram que pacientes (colestáticos) com osteoporose apresentavam menores valores de vitamina D. PORTANTO [ POR CAUSA DISSO … da patogênese não estar definida e dos resultados divergentes] a deficiência de vitamina D não é a única determinante da doença metabólica óssea em crianças e adultos colestáticos.

Nevertheless:In spite of that; nonetheless; American Heritage Dictionary

(2007)

Todavia, contudo, no entantoWebster (Ing-Port) Houaiss

JPED L1 JPED L2 Encontramos uma prevalência de hipovitaminose D de 36 % entre os pacientes colestáticos estudados. Não observamos relação entre os níveis plasmáticos de vitamina D e o estado nutricional, o tempo de colestase ou o uso regular de suplementação vitamínica. Portanto, recomendamos a monitorização dos níveis plasmáticos de vitamina D em pacientes colestáticos, a fim de detectar as deficiências e poder monitorizar uma suplementação mais efetiva.

We found a prevalence of hypovitaminosis D of 36% among the cholestatic patients studied. We did not observe a relationship between plasma vitamin D levels and nutritional status, period of cholestasis or regular use of vitamin supplements. Nevertheless we recommend the monitoring of plasma vitamin D levels in cholestatic patients in order to detect such deficiencies and to be able to monitor more effective supplementation.

JPED L1 JPED L2 Entre as 209 cepas isoladas, foi possível realizar a sorotipagem de 135 amostras de S. pneumoniae, pois algumas cepas foram perdidas durante o processo de armazenamento e transporte. Houve, portanto [por causa disso], uma perda de 35% das amostras positivas para S. pneumoniae..

Of the 209 strains that were isolated it was only possible to serotype 135 samples of S. pneumoniae because some strains were lost during the process of storage and transportation. There was, in fact, a 35% loss of S. pneumoniae positive samples.

JPED L1 JPED L2 Há grande questionamento na literatura quanto às posições supina e prona dos recém-nascidos (RN). Para o RN de termo sadio, a American Academy of Pediatrics (1992) recomenda que não seja adotada a posição prona, devido a associação, observada em vários estudos epidemiológicos, entre a posição prona ao dormir e a síndrome da morte súbita infantil (1-3). Portanto, com base nos conhecimentos atuais, considera-se que, para os RNs de termo sadios, a posição prona não é adequada nem segura, e deve ser evitada.

There is a great deal of discussion in extant literature on the subject of supine and prone positioning of newborns. For healthy, full term newborns the American Academy of Pediatrics (1992) recommends that the prone position should not be adopted due to the association, observed in a number of different epidemiological studies, between the prone position when sleeping and sudden infant death syndrome (1-3). Indeed, based on current knowledge, the prone position is considered inadequate and unsafe for healthy, full term newborns and should be avoided.

In the physical examination, we emphasized the following features, due to their relevance: fever […].”

In the physical examination, we emphasized the following features because of their relevance: fever, […].

Because they are relevant, we emphasized the following features in the physical examination: fever […].

Since they are relevant to the physical examination, we emphasized the following features: fever, pallor […].

Exemplo teste da causalidade

A principal limitação, além do tempo de registro mais breve, reside na alta comorbidade da epilepsia com eventos não epilépticos, e, portanto, o registro de um evento não epiléptico não afasta por completo o diagnóstico de epilepsia, e a conduta deve ser criteriosa.

Teste de substituição: Por causa disso, por isso, em conseqüência disso.

Teste de clivagem: É POR CAUSA da alta comorbidade da epilepsia com eventos não epilépticos QUE o registro de um evento não epiléptico não afasta por completo o diagnóstico de epilepsia, e a conduta deve ser criteriosa.

Conclusão: SIM

GAGNON, N. e SINGER M. Detecting causal inconsistencies in scientific text, 1999.

“It has been argued that, in general, discourse with a soundly perceived causal structure is easier to understand and recall than is discourse with weaker forms of connectedness […] [..] the presence of the causal connective because between two unrelated sentences led to better memory for these sentences […] suggesting that because served to trigger a better integration of the material.”

KOCH, I. Coesão Textual, 2004.

“ [..] O uso de elementos coesivos dá ao texto maior legibilidade, explicitando os tipos de relações estabelecidas entre os elementos linguisticos que o compõem. Assim, em muitos tipos de textos – científicos, didáticos, expositivos, opnativos, por exemplo – a coesão é altamente desejável.”

AMA Style Guide (American Medical Association Manual of Style ).Diretrizes para redatores/autores da área médica.

LEFFA, V. J. O Conceito da Leitura (1996)• Ler é EXTRAIR significado do texto ( Texto = Leitor)• Ler é ATRIBUIR significado ao texto (Leitor = Texto)• Ler é INTERAGIR com o texto: ativar conhecimentos simultaneamente. Ora extração do texto, ora atribuição de significado ao texto.

“LEITURA IMPLICA CORRESPONDÊNCIA ENTRE O CONHECIMENTO PRÉVIO DO LEITOR E OS DADOS FORNECIDOS PELO TEXTO.” (p. 22, grifo meu)

MEURER, J. L. Parâmetros de textualização (1997)“Na função de leitor, o escritor experiente lê o seu texto, tentando trazer para o ato da leitura um aparato mental monitorador enriquecido pela consciência de pârametros de textualização apropriados e pela consciência das práticas sociais e dos discursos institucionais.” (p. 27)

TRADUÇÃO É RESULTADO DE INTERAÇÃO DO TRADUTOR /LEITOR COM TEXTO(S)

Função Descrição ExpressõesequivalentesConclusivo Serve para estabelecer umarelação lógica de tipo causaconsequência,na qual háuma premissa implícita.

Função Descrição

CONCLUSIVORelação lógica de tipo causa consequência.

Depois foi dada a sentença, ele apanhou dois anos de cadeia, saiu meio ano mais cedo, portanto esteve ano e meio na prisão

SINALIZADORAncora uma nova fala no discurso (quer dizer que...)

L10: Confirma-se um ano e meio de contrato, senhor doutor?L11: É isso que está previsto.L10: Portanto a única coisa que falta é o jogador assinar o contrato?

MARCADORMesma função que aspausas e hesitações. Assegura que o discurso prossegue em contínuo.

Por que é que ele abandonou? Quer dizer, portanto, ele deve ter lá as suas razões.

LOPES, A. C. M. et al. As construções com portanto no PE e PB

Conclusivo ou articulador discursivo (sinalizador de interação e marcador conversacional)