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A comunhão do Espírito no tempos da rede Aline Amaro da Silva *

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A comunhão do Espírito no tempos da rede

Aline Amaro da Silva

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*Jesus Cristo é comunicação.

*Ao longo da história da humanidade, Deus

veio até o homem, falou com seu povo e

revelou-se. A plenitude dessa comunicação

se dá na Encarnação do Verbo de Deus (Jo

1, 14). Jesus Cristo é o maior diálogo

realizado entre o ser humano e Deus.

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*A Igreja carrega em seu ser a missão de proclamar

o Verbo de Deus. Evangelizar é comunicar.

*O discurso de Jesus não apela para a teologia, mas

chama à conversão e ao seguimento; da mesma

forma, o anúncio da Igreja chama à fé e à práxis do

reino. Portanto, primeiro vem a fé, depois segue a

teologia como inteligência da fé (intellectus fidei),

como pensamento da fé (cogitatio fidei). A fé não é

teologia, mas não existe sem teologia, pois que a fé

tem necessidade da teologia para comunicar.

(GIBELLINI)

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*Desafio para a pastoral, desafio para a teologia:

*Se a internet mudou a nossa forma de pensar,

ela também não mudou nossa forma de pensar e

de viver a fé?

*Se a teologia é Intelectus Fidei (pensar a fé), a

rede não mudou também nosso modo de fazer

teologia?

*Ciberteologia: “Pensar a fé cristã

em tempos de rede”. (Antonio Spadaro)

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*um dom gratuito e sobrenatural dado por Deus

para conceder à humanidade todos os bens

necessários à sua existência e à sua salvação.

*dom universal e "socorro gratuito que Deus nos

dá" para sermos "capazes de agir por amor

d’Ele", para satisfazermos as nossas justas

necessidades espirituais ou materiais e também

para tornar-nos filhos de Deus e "participantes

da natureza divina, da Vida Eterna".

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*A mística se refere a experiência de Deus, ao

passo que a espiritualidade se refere a todo o

processo de crescimento, da inautenticidade à

relação concreta com Deus e a posse de sua

verdade como imagem de Deus.

*A vida espiritual é radicalmente mística e

essencialmente pessoal e relacional

*[...] a experiência mística: “Deus está em nós

e de que a alma está em Deus”.

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*A Natureza da Rede

*A rede não é um instrumento, mas um ambiente que

está dentro do mundo real. Por ser um ambiente

“desterritorializado”, está em todos os lugares do

planeta, permeando nossa vida e nosso cotidiano.

*Dessa forma, não existe dualismo entre mundo real e

virtual, ambos fazem parte de uma mesma realidade.

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*Jovens que nasceram entre 1980 e 2000, junto com

a internet. Uma das características principais dessa

geração é sua grande familiaridade com a

comunicação, as mídias e as tecnologias digitais.

*Salto qualitativo antropológico:

Homo Sapiens – Homo Tecnologicus - Homo Spiritualis

*Época de Mudança – Mudança de Época

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*Ao privilegiar a ação individual e não a

coletiva, os jovens Y desenvolveram uma

necessidade de compartilhar parte de sua vida

por meio das redes sociais. A Geração Y é a

mais conectada da história da humanidade e

sabe usufruir de toda a tecnologia para obter

relacionamentos mais numerosos e intensos. O

mundo para esses jovens é muito menor.

(OLIVEIRA, 2010, p.67-68)

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*Substancialmente podemos constatar que o

homem de hoje, abituado a interatividade,

interioriza as experiências se forem capazes de

se ampliarem para tecer uma relação viva e

não puramente passiva, receptiva. O homem

de hoje considera válidas as experiências nas

quais é requisitada a sua participação e o seu

envolvimento. Existem experiências de

interioridade espiritual que requerem

explicitamente uma interação?

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*A profundidade pode ser superficial. Na web não

há profundidade para explorar, mas nós para

navegar e se conectar entre eles de uma forma

densa. O que parece superficial é o proceder

inesperado de um ponto a outro. A

espiritualidade do homem contemporâneo é

muito sensível a estas experiências.

*Uma espiritualidade aberta a ação do Espírito

Santo e a escuta do Senhor. Como aconselha

Moltmann: “devemos atentar ao sopro do

Espírito, para perceber para onde o Espírito nos

quer conduzir e para o que ele nos quer impelir”.

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*“A troca de informações pode transformar-se

numa verdadeira comunicação, os contatos

podem amadurecer em amizade, as conexões

podem facilitar a comunhão. Se as redes

sociais são chamadas a concretizar este grande

potencial, as pessoas que nelas participam

devem esforçar-se por serem autênticas,

porque nestes espaços não se partilham apenas

ideias, mas a pessoa comunica-se a si mesma”.

*Dia Mundial das Comunicações 2013 – Bento XVI

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*Internet – novo fórum onde fazer ressoar o

Evangelho, na certeza de que o mundo virtual

nunca poderá substituir o mundo real (...)

*No mundo da internet, que permite que bilhões

de imagens apareçam em milhões de

monitores, deverá sobressair o rosto de Cristo

e ouvir-se a sua voz, porque, “se não há espaço

para Cristo, não há espaço para o homem”.

(Verbum Domini, p. 202)

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*Pelo Espírito somos recebidos na eterna comunhão

de vida do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e

nossa vida humana limitada participa da eterna

circulação da vida divina. Na comunhão do

Espírito experimentamos a proximidade da vida

divina, bem como nossa própria vida mortal como

vida eterna. Estamos “em Deus”, e Deus está “em

nós”. [...] Na comunhão do Espírito Santo, a

Trindade divina possui uma abertura tamanha que

toda a criação encontra lugar nela

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*A comunicação faz parte da essência de nosso ser, de

toda a natureza. Não só da criação, mas da essência da

Trindade Criadora. Fechar-se em si mesmo e romper a

comunicação com Deus e com os outros é de fato fazer

a experiência do inferno, é negar a si mesmo e

desumanizar-se. Então, à medida que o homem, pelo

desenvolvimento tecnológico e fruto do seu esforço, é

dotado de melhores capacidades comunicativas, novas

formas, novas ferramentas, novos ambientes onde se

comunicar, ele está se assemelhando mais a Deus, o

comunicador por excelência.

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*Mas o que o homem está comunicando? Nem sempre se

comunica a Graça. Aqui entra o discernimento. O

cristão atual deve evoluir em seu discernimento não só

daquilo que deve compartilhar na Rede, mas das

atitudes de sua própria vida. Num mundo com mil

oportunidades, o homem de hoje precisa aprender que

“há um tempo para cada coisa”, que não deve se deixar

levar pela força da correnteza da vida pós-moderna.

Precisa sempre buscar o fio condutor do discernimento

que não permite que se desvie do caminho que o levará

ao encontro com Deus, a comunhão Trinitária.

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