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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais www.contratosonline.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21831:da-acao-de-revisao-de-contrato-bancario-algumas-questoes-process… 1/15 Artigos Jurisprudência Notícias Pesquisar... [ENTER] O Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2 Crie sua própria matéria! Você, que acompanha nosso site - suas notícias, seus artigos, a legislação de Contratos, as decisões dos Tribunais -, já terá formado seus próprios conceitos sobre tudo o que Você lê, ouve, sente... e como Você gostaria que a realidade dos fatos fosse transformada!... Pois trate de materializar suas ideias! - crie a sua notícia, sobre fatos, enfim, sobre a realidade que Você vivencia! - redija seu próprio Artigo, ponha no papel as suas impressões! Vamos publicá-los aqui, na Contratos online! Afinal, nosso site é a cara dos nossos Leitores, Clientes e Amigos! • Então faça login, clique aqui , crie sua própria matéria, e vamos publicá-la! 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Clique aqui, e saiba mais ! Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais Demócrito Reinaldo Filho Revista Jus Navigandi (www.jus.com.br), em 11/10/2012 As ações de revisão de contratos bancários tornaram-se cada vez mais corriqueiras nas varas cíveis da Justiça comum, consumindo boa do trabalho jurisdicional nessas unidades judiciárias. 1. Considerações iniciais As ações de revisão de contratos bancários tornaram-se cada vez mais corriqueiras nas varas cíveis da Justiça comum, consumindo boa do trabalho jurisdicional nessas unidades judiciárias. As demandas entre bancos e seus clientes representam um percentual elevado das causas que são processadas perante as varas cíveis, mas, dentre as ações do gênero, certamente as de revisão de bancário são as que têm emergido em maior número. O problema é que nesse tipo de os autores passaram a requerer o acertamento econômico dos contratos ainda durante o processo de conhecimento, o que exigia quase sempre a realização de perícia contábil. A perícia, que é uma prova excepcional e de maior complexidade, estava se tornando regra nesses processos, encompridando o judicial mais do que o necessário e tornando demorado o resultado final. Além disso, a realização de perícia para se chegar ao quantum devido na relação financeira entre as partes, quando feita pelo monocrático ainda durante o processo de conhecimento, se mostrou altamente contra-producente, pois não deve ser realizada antes de haver uma definição final sobre as cláusulas e índices válidos do , o que somente se estabelece depois do da apelação e, em muitos casos, depois de julgados recursos enviados a tribunais superiores. O que se verificou foi que era anti- econômico o de primeiro grau determinar a realização de perícia, segundo seus próprios critérios, antes de uma definição dos tribunais sobre os parâmetros do cálculo da dívida. A perícia, com a finalidade de se apurar o valor devido, somente deve ser realizada em eventual fase de execução, quando definidos em última instância no processo de conhecimento (na ordinária de revisão) os parâmetros para o cálculo. Se o determina a realização de uma perícia e confirma na o valor nela encontrado, ele não terá qualquer valia se os parâmetros para realização do cálculo não forem confirmados no tribunal. Havendo qualquer reforma da decisão, acerca das cláusulas e condições que determinaram o cálculo, ainda que em não substancial, perde-se o trabalho contábil realizado, sendo necessária nova perícia quando os retornarem para execução. Além disso, a prática demonstrou que, em muitos casos, nem sequer é necessária a realização de perícia prévia, pois, após definidos os parâmetros do cálculo em decisão final (no processo de conhecimento), o credor, por ocasião da apresentação do cálculo aritmético que elabora junto com a de sua execução, em forma de planilha contendo memória discriminada e atualizada, observa e toma por base os parâmetros já então definidos na do processo de conhecimento. Para evitar, portanto, a realização desnecessária de perícia ainda durante o processo de conhecimento, um grupo de juízes das varas cíveis do Recife passou a firmar o entendimento de que, nas iniciais de ações de revisão de bancário, o autor não pode cumular pedidos de declaração de nulidade de cláusulas com o de acertamento do . Tal posicionamento, embora fundamentado na regra que afasta a cumulação de pedidos quando ocorra incompatibilidade procedimental (art. 292, par. 1º., I e III), atendeu essencialmente a uma questão de política judiciária, pois a perícia, que é uma prova complexa e demorada, estava se tornando regra nas varas cíveis, nas mais das vezes sendo realizadas quando não havia necessidade ou em momento inoportuno da fase processual, comprometendo o regular funcionamento dessas varas em virtude do número exagerado de ações de revisão de contratos bancários que costumam receber. Outro problema que também estava ocorrendo nas varas cíveis é que certos advogados simplesmente insistiam em repetir teses jurídicas, distribuindo petições de ações de revisão de bancário sem sequer juntar o instrumento contratual. Essa prática também começou a ser combatida por alguns juízes de varas cíveis de Recife – dentre os quais me incluo -, que passaram a exigir, como condição de procedibilidade para esse tipo de , a juntada prévia do instrumento do que se pretende revisar, com a indicação minuciosa das cláusulas cuja nulidade se requer. Os advogados, como se disse, estavam se limitando a reproduzir teses jurídicas, sem apontar, no caso concreto, a fonte contratual da abusividade ou ilegalidade justificadora da revisão ou diminuição dos encargos financeiros contratados. A jurisprudência que se consolidou em seguida exige como condição, para que o possa, no provimento declaratório sentencial, nulificar cláusulas contratuais com fundamento na abusividade, que “a petição da de revisão deve ser instruída com cópia do bancário, devendo o autor apontar uma a uma as cláusulas que entende abusivas, juntando, quando for o caso, demonstrativo da evolução da dívida e da efetiva ocorrência de práticas ilegais, sob pena de ser indeferida”[1]. Essas são apenas algumas teses cujos fundamentos são expostos no presente artigo, que, entretanto, não se limita somente a essas já referidas, pois aproveitamos o tema das questões processuais em torno das ações de revisão de contratos bancários para dissecar muitos outros pontos, a exemplo da possibilidade de manutenção do nome do autor em cadastros de restrição ao crédito, do não impedimento de em de busca e apreensão em face da distribuição da revisional, do valor da causa em de revisão de bancário, da sua conexão com de execução, só para citar alguns. 2. Impossibilidade da cumulação de pedidos de declaração de nulidade de cláusulas com o de acertamento econômico do Como já mencionado antes, na introdução a este artigo, o não deve conhecer, nas ações de revisão de bancário, de pedido de repetição de indébito ou qualquer outro que implique em acertamento econômico do , cumulado com o pedido de declaração de nulidade de cláusulas contratuais. Com efeito, o pedido de repetição de indébito pressupõe uma definição quanto à existência (ou não) de saldo credor ou devedor, uma vez expurgados os encargos indevidos. A definição do saldo final do débito/crédito do autor, expurgados que sejam os encargos contratuais abusivos, importa na necessidade da realização de diversos outros atos processuais – inclusive a realização de perícia – não indispensáveis ao exame do pedido simplesmente declaratório. A complexidade e diversidade dos atos processuais Características inerentes ao Disciplina do protesto especial para fim falimentar no Decreto-Lei 7.661/1945 e na Lei 11.101/2005 Autora: Karla Ludimila Vieira CostaRevista Jus Navigandi (www.jus.uol.com.br), em 16/06/2010 Contrato de arrendamento que simplesmente transfere atividade e Empregados é sucessão trabalhista TRT-3ª Região, Décima Turma - RO 00973-2009-089-03-00-4, Rel. Juíza convocada Taisa Maria M. de Lima julgado em 12/07/2010 - Jornal Jurid... Declaração de quitação anual de débitos deverá chegar até o fim de maio/2010 aos Consumidores No documento constará a quitação dos débitos compreendidos entre os meses de janeiro a dezembro de cada ano, tendo como referência a Filho não é suficiente para caracterizar união estável A união estável de um casal exige convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituir família, e não somente de conceber Filhos advindos de simples relacionamento sexualRevista Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), em 26/01/2013 Início Notícias Boletim Jurisprudência Artigos Legislação Súmulas "Ferramentas" Contratos"sob Medida"! Glossário Índices Links Contatos parte parte contrato ação procedimento Juiz contrato julgamento Juiz ação Juiz sentença parte autos inicial sentença contrato contrato contrato ação contrato Juiz ação contrato liminar ação ação ação contrato ação contrato Juiz contrato contrato

Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões

processuais

Demócrito Reinaldo Filho

Revista Jus Navigandi (www.jus.com.br), em 11/10/2012

As ações de revisão de contratos bancários tornaram-se cada vez mais corriqueiras nas

varas cíveis da Justiça comum, consumindo boa do trabalho jurisdicional nessas

unidades judiciárias.

1. Considerações iniciais

As ações de revisão de contratos bancários tornaram-se cada vez mais corriqueiras nas

varas cíveis da Justiça comum, consumindo boa do trabalho jurisdicional nessas

unidades judiciárias. As demandas entre bancos e seus clientes representam um

percentual elevado das causas que são processadas perante as varas cíveis, mas, dentre

as ações do gênero, certamente as de revisão de bancário são as que têm

emergido em maior número.

O problema é que nesse tipo de os autores passaram a requerer o acertamento

econômico dos contratos ainda durante o processo de conhecimento, o que exigia quase

sempre a realização de perícia contábil. A perícia, que é uma prova excepcional e de maior

complexidade, estava se tornando regra nesses processos, encompridando o

judicial mais do que o necessário e tornando demorado o resultado final.

Além disso, a realização de perícia para se chegar ao quantum devido na relação

financeira entre as partes, quando feita pelo monocrático ainda durante o processo de

conhecimento, se mostrou altamente contra-producente, pois não deve ser realizada antes

de haver uma definição final sobre as cláusulas e índices válidos do , o que

somente se estabelece depois do da apelação e, em muitos casos, depois de

julgados recursos enviados a tribunais superiores. O que se verificou foi que era anti-

econômico o de primeiro grau determinar a realização de perícia, segundo seus

próprios critérios, antes de uma definição dos tribunais sobre os parâmetros do cálculo da

dívida. A perícia, com a finalidade de se apurar o valor devido, somente deve ser realizada

em eventual fase de execução, quando definidos em última instância no processo de

conhecimento (na ordinária de revisão) os parâmetros para o cálculo. Se o

determina a realização de uma perícia e confirma na o valor nela encontrado, ele

não terá qualquer valia se os parâmetros para realização do cálculo não forem

confirmados no tribunal. Havendo qualquer reforma da decisão, acerca das cláusulas e

condições que determinaram o cálculo, ainda que em não substancial, perde-se o

trabalho contábil realizado, sendo necessária nova perícia quando os retornarem

para execução. Além disso, a prática demonstrou que, em muitos casos, nem sequer é

necessária a realização de perícia prévia, pois, após definidos os parâmetros do cálculo

em decisão final (no processo de conhecimento), o credor, por ocasião da apresentação

do cálculo aritmético que elabora junto com a de sua execução, em forma de

planilha contendo memória discriminada e atualizada, observa e toma por base os

parâmetros já então definidos na do processo de conhecimento.

Para evitar, portanto, a realização desnecessária de perícia ainda durante o processo de

conhecimento, um grupo de juízes das varas cíveis do Recife passou a firmar o

entendimento de que, nas iniciais de ações de revisão de bancário, o autor não

pode cumular pedidos de declaração de nulidade de cláusulas com o de acertamento do

. Tal posicionamento, embora fundamentado na regra que afasta a cumulação de

pedidos quando ocorra incompatibilidade procedimental (art. 292, par. 1º., I e III), atendeu

essencialmente a uma questão de política judiciária, pois a perícia, que é uma prova

complexa e demorada, estava se tornando regra nas varas cíveis, nas mais das vezes

sendo realizadas quando não havia necessidade ou em momento inoportuno da fase

processual, comprometendo o regular funcionamento dessas varas em virtude do número

exagerado de ações de revisão de contratos bancários que costumam receber.

Outro problema que também estava ocorrendo nas varas cíveis é que certos advogados

simplesmente insistiam em repetir teses jurídicas, distribuindo petições de ações de

revisão de bancário sem sequer juntar o instrumento contratual. Essa prática

também começou a ser combatida por alguns juízes de varas cíveis de Recife – dentre os

quais me incluo -, que passaram a exigir, como condição de procedibilidade para esse

tipo de , a juntada prévia do instrumento do que se pretende revisar, com a

indicação minuciosa das cláusulas cuja nulidade se requer. Os advogados, como se

disse, estavam se limitando a reproduzir teses jurídicas, sem apontar, no caso concreto, a

fonte contratual da abusividade ou ilegalidade justificadora da revisão ou diminuição dos

encargos financeiros contratados. A jurisprudência que se consolidou em seguida exige

como condição, para que o possa, no provimento declaratório sentencial, nulificar

cláusulas contratuais com fundamento na abusividade, que “a petição da de revisão

deve ser instruída com cópia do bancário, devendo o autor apontar uma a uma as

cláusulas que entende abusivas, juntando, quando for o caso, demonstrativo da evolução

da dívida e da efetiva ocorrência de práticas ilegais, sob pena de ser indeferida”[1].

Essas são apenas algumas teses cujos fundamentos são expostos no presente artigo,

que, entretanto, não se limita somente a essas já referidas, pois aproveitamos o tema das

questões processuais em torno das ações de revisão de contratos bancários para

dissecar muitos outros pontos, a exemplo da possibilidade de manutenção do nome do

autor em cadastros de restrição ao crédito, do não impedimento de em de

busca e apreensão em face da distribuição da revisional, do valor da causa em

de revisão de bancário, da sua conexão com de execução, só para citar

alguns.

2. Impossibilidade da cumulação de pedidos de declaração de nulidade de cláusulas com

o de acertamento econômico do

Como já mencionado antes, na introdução a este artigo, o não deve conhecer, nas

ações de revisão de bancário, de pedido de repetição de indébito ou qualquer

outro que implique em acertamento econômico do , cumulado com o pedido de

declaração de nulidade de cláusulas contratuais.

Com efeito, o pedido de repetição de indébito pressupõe uma definição quanto à

existência (ou não) de saldo credor ou devedor, uma vez expurgados os encargos

indevidos. A definição do saldo final do débito/crédito do autor, expurgados que sejam os

encargos contratuais abusivos, importa na necessidade da realização de diversos outros

atos processuais – inclusive a realização de perícia – não indispensáveis ao exame do

pedido simplesmente declaratório. A complexidade e diversidade dos atos processuais

Características inerentes ao

Disciplina do protesto especial para

fim falimentar no Decreto-Lei

7.661/1945 e na Lei 11.101/2005

Autora: Karla Ludimila Vieira

CostaRevista Jus Navigandi

(www.jus.uol.com.br), em 16/06/2010

Contrato de arrendamento que

simplesmente transfere atividade e

Empregados é sucessão trabalhista

TRT-3ª Região, Décima Turma - RO

00973-2009-089-03-00-4, Rel. Juíza

convocada Taisa Maria M. de Lima

julgado em 12/07/2010 - Jornal

Jurid...

Declaração de quitação anual de

débitos deverá chegar até o fim de

maio/2010 aos Consumidores

No documento constará a quitação

dos débitos compreendidos entre os

meses de janeiro a dezembro de

cada ano, tendo como referência a

Filho não é suficiente para

caracterizar união estável

A união estável de um casal

exige convivência pública,

contínua e duradoura com o

objetivo de constituir família, e

não somente de conceber

Filhos advindos de simples

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Consultor Jurídico

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ação

procedimento

Juiz

contrato

julgamento

Juiz

ação Juiz

sentença

parte

autos

inicial

sentença

contrato

contrato

contrato

ação contrato

Juiz

ação

contrato

liminar ação

ação ação

contrato ação

contrato

Juiz

contrato

contrato

Page 2: Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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pedido simplesmente declaratório. A complexidade e diversidade dos atos processuais

necessários para conhecer do pedido de liquidação do , na sua expressão

econômica, recomendam a sua não cumulação com outros pedidos contidos na de

revisão de bancário. Sempre que a cumulação de pedidos possa ensejar tumulto,

delongas desnecessárias ou desordem na realização de atos processuais a cumulação

de pedidos deve ser evitada, em respeito ao princípio da economia processual.

Julgando caso sobre a cumulação desses pedidos, o Dr. Fábio Eugênio de Oliveira,

da 28ª. Vara Cível, alertou para o fato de que não é recomendável, no

ordinário, a admissibilidade de pedido de acertamento econômico de bancário,

pois a liquidação de tem verdadeira natureza de prestação de contas, de

especial. Veja-se o que disse o referido a respeito da inviabilidade da

cumulação do pedido de acertamento econômico na mesma em que se pede a

revisão e declaração de nulidade de cláusulas de bancário:

“Conhecer esse pedido, que passa pela análise dos lançamentos diários (durante os

anos de vigência dos contratos impugnados), eternizará este processo. Ora, o

acertamento econômico dos contratos bancários, com a determinação do quantum

debeatur ou, eventualmente, o saldo credor, desafia de prestação de contas. Essa

, frente ao seu especial e adequado, permitirá, sem maiores atropelos,

liquidar os contratos em discussão, como quer a autora.

De observar, com ênfase, que a pretensão da autora, com esse pedido, ante as

circunstâncias do crédito ser rotativo, caráter de prestação de contas, ao menos indireta.

Impossível a cumulação da declaratória com a de prestação de contas face à

diversidade de ritos. A adoção do rito ordinário para ambos os pedidos tumultuará o iter

procedimental.

Nesse sentido, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

“CUMULAÇÃO DE PEDIDOS. NULIDADE DE . INEXIBILIDADE DE TÍTULO DE

CRÉDITO E PRESTAÇÃO DE CONTAS. INADMISSIBILIDADE EM RELAÇÃO A ESTA

ÚLTIMA.

De feições complexas e comportando duas fases distintas, inadmissível é a cumulação

da de prestação de contas com as ações de nulidade de contratos e declaratória de

inexigibilidade de títulos, por ensejar tumulto e desordem na realização dos atos

processuais. Precedentes da Quarta Turma (REsp 190.892-SP, rel. Min. Barros Monteiro).

PROCESSO CIVIL. CUMULAÇÃO DE AÇÕES DECLARATÓRIA E DE PRESTAÇÃO DE

CONTAS. INADMISSIBILIDADE.

I- O instituto de cumulação de ações, que no sistema processual vigente dispensa a

ocorrência de conexão, funda-se no princípio da economia e tem o indisfarçável propósito

de impedir a proliferação de processos.

II- Inadmite-se a cumulação simples se há incompatibilidade da via procedimental, a

ensejar tumulto e desordem na realização dos atos (REsp n. 2.267-Rio Grande do Sul, rel.

Min. Sálvio de Figueiredo)”.

O mesmo magistrado ainda ressalta a impossibilidade de cumulação de pedidos

argumentando que o pedido de declaração de nulidade das cláusulas deve preceder o de

acertamento econômico do :

“A impossibilidade da cumulação pretendida é, ainda, imperativo de ordem lógica. A

definição do saldo devedor ou credor pressupõe, como antecedente natural, a declaração

das nulidades apontadas. A falta de certeza quanto à validade ou não das cláusulas

contratuais impede que, num mesmo processo, ocorra o acertamento econômico dos

contratos”.

Realmente, a definição do quantum debeatur deve ficar para fase pré-executória, de

liquidação de ou mesmo com a apresentação do cálculo aritmético que o

exeqüente do crédito eventual deverá elaborar junto com a de sua execução, em

forma de planilha contendo memória discriminada e atualizada do cálculo, que deverá

observar e tomar por base os parâmetros já definidos na do processo de

conhecimento.

3. Obrigatoriedade de juntada do com a e indicação dos fundamentos de

nulidade das cláusulas.

Como também já se mencionou anteriormente, não é difícil ocorrer de o autor pedir a

revisão de bancário de financiamento, ao fundamento de abusos e

irregularidades cometidas pelo banco, como, por exemplo, cobrança de juros

capitalizados ( ), a exigência de correção monetária de forma cumulada com a

comissão de permanência, entre outras, tudo isso sem apresentação do cujas

cláusulas se pretende revisar, geralmente com a alegação de que não teve acesso ao

instrumento contratual em face da recusa de apresentação por da instituição

bancária demandada.

Nesses casos, a peca pela inépcia da , pois lhe falta causa de pedir. Com

efeito, se o próprio autor confessa que não teve acesso aos contratos e nem sequer instrui

a com qualquer extrato bancário que possa, por meio de uma apresentação

descritiva da evolução da relação contratual, isto é, por meio da apresentação da dinâmica

dos créditos e débitos, comprovar a existência das ilegalidades apontadas, ele não tem

causa de pedir.

Ora, sem ter sequer conhecimento do conteúdo do que imputa eivado de

ilegalidades, não pode requerer prestação jurisdicional voltada à revisão desses mesmos

contratos. Somente conhecendo o teor do é que a pode pedir sua revisão ou

anulação de algumas de suas cláusulas. Diante do exame das cláusulas do , é

que o autor pode afirmar se há alguma contrariando a Constituição (e as leis), no que

concerne à fixação dos juros e outros encargos financeiros. Por outro lado, se o correntista

está presumindo (ou mesmo sentindo) o efeito de práticas bancárias abusivas, somente

por meio do exame da evolução da dinâmica (créditos e débitos) efetivamente registrada

nos extratos de conta-corrente, é que elas podem ser constatadas, abrindo-se o caminho,

assim, para que venha a juízo tentar coibi-las.

Deixar-se que o contratante venha a juízo pedir a revisão de cujo conteúdo sequer

conhece implica em admitir judicial sem causa de pedir, como se disse antes. A

causa de pedir, como se sabe, constituiu o fundamento fático, o ato concreto ocorrido no

mundo dos fatos que, atingindo a órbita de direitos do autor e sendo contrário ao Direito, o

legitima a vir a juízo reclamar o restabelecimento à situação original ou alguma forma de

reparação. Se a não tem (como causa de pedir) um fato concreto e certo, pois o autor

apenas presume a ocorrência de ilegalidades, o que fica claro é que ele, em sua petição

contrato

ação

contrato

Juiz

procedimento

contrato

contrato ação

procedimento Juiz

ação

contrato

ação

ação procedimento

assume

ação

CONTRATO

ação

contrato

sentença

inicial

sentença

contrato inicial

contrato

anatocismo

contrato

parte

ação inicial

ação

contrato

contrato parte

contrato

contrato

ação

ação

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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apenas presume a ocorrência de ilegalidades, o que fica claro é que ele, em sua petição

, simplesmente reproduz teses jurídicas que reiteradamente têm sido discutidas nos

pretórios, como, p. ex., a questão da cobrança de juros capitalizados ( ) e

cumulação de correção monetária com taxa de permanência. Não sabe, no entanto, se no

seu em particular e na sua relação com o banco essas práticas foram

efetivamente implementadas e qual a repercussão delas em termos de eventual

acertamento do .

Examinando essa questão (no Proc. n. 001.2003.057442-1), o Dr. Fábio Eugênio de

Oliveira, da 28ª. Vara Cível da Capital, assentou na de sua decisão:

“ DE REVISÃO DE DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-

CORRENTE. CORRENTISTA QUE DESCONHECE O CONTEÚDO DO .

INÉPCIA DA INICAL À MÍNGUA DE CAUSA DE PEDIR SÉRIA E CONSISTENTE.

Se o correntista desconhece o que contratou, porque não teve acesso ao instrumento da

avenca, a demanda que tem como principal causa de pedir a nulidade de disposições

contratuais apresenta-se como lide temerária ou, no mínimo, imprudente”.

A acima transcrita serve de precedente, levando à extinção de qualquer feito em

situação idêntica por inépcia da , em razão da inexistência de causa de pedir. Admitir

o prosseguimento de eivada de tal vício, sem fundamento fático, é o mesmo que

permitir o processamento uma lide temerária ou, para utilizar as palavras do Dr. Fábio

Eugênio, é o mesmo que permitir ao autor “litigar no escuro”. Por oportuno, transcrevo

trecho da decisão do referido magistrado quando reverbera contra esse tipo de lide

temerária:

“Se o correntista desconhece o que contratou, porque não teve acesso ao instrumento da

avença, a demanda que tem como principal causa de pedir a nulidade de disposições

contratuais apresenta-se como lide temerária ou, no mínimo, imprudente. De fato, não se

compreende como a autora pode afirmar que há cláusula contratual transgredindo o

ordenamento jurídico no que concerne à fixação de juros, a que possibilita a prática do

, a que estabelece multa acima do legalmente permitido, a que prevê a

incidência de correção monetária cumulada com comissão de permanência, se não tem

ciência do de Abertura de Crédito em Conta Corrente. Litiga “no escuro”, firme na

esperança do Judiciário encontrar qualquer nulidade nos critérios adotados para a

formação e evolução de seu débito. Conhecendo o , a poderá indicar

seriamente as disposições contratuais cuja revisão ou anulação pretende”.

Levando em consideração essas circunstâncias, o Fórum dos Juízes das Varas Cíveis de

Pernambuco emitiu o Enunciado n. 34, com a seguinte redação:

"A petição da de revisão deve ser instruída com cópia do bancário, devendo

o autor apontar uma a uma as cláusulas que entende abusivas, juntando, quando for o

caso, demonstrativo da evolução da dívida e da efetiva ocorrência de práticas ilegais, sob

pena de ser indeferida" (maioria).

4. Incabível tutela antecipada (ou qualquer forma de provimento no bojo da

revisional) para compelir o banco a juntar

Não é incomum de o autor de uma de revisão de bancário, sob a alegação

de que não teve acesso ao instrumento contratual em face da recusa de apresentação por

da instituição bancária demandada, formular pedido de tutela antecipada parcial a

fim de compelir esta última a trazer aos o referido instrumento.

Esse tipo de pedido, no entanto, não pode ser atendido no bojo de uma revisional.

Tal providência há de ser requerida em processo próprio – de natureza cautelar,

preparatório à de revisão. Não seria o caso sequer de se deferir como

incidental o pedido de tutela antecipada – não é incomum de o autor requerer a

esse título que seja ordenado ao banco a apresentação dos contratos, invocando o par. 7º.

do art. 273, do CPC. É certo que tal dispositivo (novidade incluída pela Lei 10.444/02) prevê

a fungibilidade entre esses dois institutos, até porque nem sempre é fácil distinguir entre

tutela antecipada e . Mas essa adaptação não é aplicável a todos os

casos, estabelecendo, o citado dispositivo, a condição de que “poderá o ” adotá-la

“quando presentes os respectivos pressupostos”. A regra da fungibilidade, portanto, fica

submetida à avaliação do magistrado das condições para adotá-la. Não se trata de um

direito processual subjetivo e automático da (autora). No caso de revisional de

bancário, em especial, não é possível o deferimento do pedido de apresentação

de documentos como providência de natureza cautelar incidental, porque isso implicaria

no comprometimento da relação processual e, por conseqüência, da própria prestação

jurisdicional. Explico: é que o pedido do autor, no que tange à questão de fundo, já foi

formulado com suporte na exposição de teses jurídicas que desenvolveu ao longo de sua

peça . Com a chegada de novos documentos, cujo teor ainda não se conhece, ele

teria que ajustar o seu pedido às novas provas produzidas no processo, desmantelando

toda a ordem processual, o que, evidentemente, não pode ser admitido. Com efeito, o

autor teria que, a partir daí, ajustar o seu pedido a uma efetiva e concreta causa de pedir,

consistente em eventuais abusos efetivamente comprovados nos novos documentos, não

somente modificando teses jurídicas e incluindo outras, como também possivelmente

modificando o próprio pedido.

Evidentemente, não há como permitir que o processo se desvirtue a esse ponto. Aquele

que pretende a revisão de um bancário, e não tendo acesso a ele, tem que

previamente se valer de uma providência de natureza cautelar, através da qual se lhe

confira o conhecimento antes negado ao instrumento e outros documentos e, assim, em

face de fatos jurídicos efetivamente ocorridos (causa de pedir), formular sua pretensão em

juízo. O que não pode é litigar com base em eventualidades.

Confirmando esse entendimento, o Fórum dos Juízes das Varas Cíveis de Pernambuco

publicou o Enunciado n. 35, com o seguinte texto:

"Não cabe tutela antecipada, em revisional, para forçar o banco a apresentar o

, pois a juntada desse documento com a é pressuposto da e dele

depende a existência da causa de pedir e a própria formulação do pedido" (maioria).

5. O simples ajuizamento de revisional não autoriza a retirada do nome do autor de

banco de dados de proteção ao crédito

Geralmente, o autor de uma de revisão de de financiamento bancário requer

o deferimento de , para suspender a inscrição do seu nome em banco de dados e

sistema de proteção ao crédito. O argumento costuma ser o de que a permanência da

inscrição pode lhe trazer prejuízos irreparáveis, decorrentes da restrição do crédito.

Muitos juízes costumam deferir automaticamente esse tipo de proteção judicial, em face

de antiga jurisprudência, inclusive do STJ, apontando a abusividade da restrição cadastral

enquanto a dívida está pendente de discussão em juízo. Reiteradas são as decisões

judiciais que seguem esse entendimento, por vislumbrar como justa e jurídica a

inicial

anatocismo

contrato

contrato

Juiz ementa

AÇÃO CONTRATO

CONTRATO

ementa

inicial

ação

anatocismo

Contrato

contrato parte

ação contrato

liminar ação

contrato

ação contrato

parte

autos

ação

ação medida

cautelar

medida cautelar

Juiz

parte ação

contrato

inicial

contrato

ação

contrato inicial ação

ação

ação contrato

liminar

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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judiciais que seguem esse entendimento, por vislumbrar como justa e jurídica a

do cometimento de prejuízo creditício a devedores que discutem o montante da

dívida em juízo.

Segundo a antiga jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, "constitui

constrangimento e ameaça, vedados pela lei nº 8.078/90, o registro do nome do

consumidor em cadastro de proteção ao crédito, quando o montante da dívida é ainda

objeto de discussão em juízo". Com base nesse fundamento nuclear, a Justiça vem

concedendo liminares, em processos cautelares ou mesmo em forma de antecipação de

tutela, ajuntando a consideração de que "inexiste perigo de dano no fato de impedir-se que

o credor, a fim de resguardar seu crédito, inscreva o nome do devedor no SPC ou

SERASA", mas o contrário não se aplica ao devedor, pois "há risco de dano irreparável (ou

de difícil reparação), tendo em vista as repercussões provocadas por eventual restrição

cadastral" ( nº 2932 – 27.07.00)

Mesmo antes de haver uma modificação dessa jurisprudência, já defendíamos que era

preciso buscar a sua exata compreensão e sentido prático, sob pena de se favorecer

devedores de má-fé e outros que buscam se utilizar do processo para procrastinar o

adimplemento de obrigações validamente assumidas. Tem sobrado casos de pedidos de

liminares para impedir ou retirar restrição cadastral, sem o oferecimento de garantias

mínimas para o pagamento da dívida.

Assim, passamos a afirmar que a jurisprudência do STJ só devia ser adotada nos casos

em que a dívida estivesse garantida, seja no processo de conhecimento ou cautelar

através de depósito da quantia, seja no processo de execução por meio da penhora de

bens do devedor. O que não deve ser admitido é a concessão de para retirar o

registro no sistema de proteção ao crédito, ao só argumento de que o simples

ajuizamento de uma já torna a dívida discutível e, por isso, não deve permanecer a

restrição até que haja um pronunciamento judicial definitivo (quanto à sua existência e

extensão). Se somente isso for suficiente, a simples distribuição de uma petição desnuda

de argumentos e elementos justificaria o cancelamento, pois, a partir do ingresso em

juízo, a dívida já teria se tornado litigiosa. É preciso, pois, que o pagamento da dívida

esteja garantido, demonstrando a boa-fé do devedor e sua real intenção quanto ao

cumprimento da prestação, para que se lhe possa deferir o benefício processual da

retirada provisória do seu nome de bancos de dados de consumo. De outra maneira, tal

benefício se transformaria em uma moratória da dívida, em uma espécie de concordata -

benefício só concedido a comerciantes que satisfazem uma série de requisitos - às

avessas, pois, contando com a reconhecida morosidade da máquina judiciária, que pode

demorar anos para oferecer um pronunciamento definitivo (inclusive com a possibilidade

de a causa ascender às instâncias extraordinárias), na prática o resultado seria uma

suspensão do prazo para pagamento da dívida, até quando (e se), a final, for confirmado

veredicto favorável ao credor.

Se o devedor argumenta com a cobrança excessiva, além do montante devido, é

imprescindível que forneça elementos de convicção ao . Mesmo no processo cautelar

ou na fase preliminar de antecipação da tutela no processo de conhecimento, o não

se exime de fazer uma cognição prévia, embora superficial do Direito em litígio. Conquanto

o campo de instrução no momento de apreciar uma seja restrito, o magistrado

concentra seu objetivo na tarefa de examinar a viabilidade jurídica da tese e a

probabilidade de ocorrência dos fatos. Por isso, o devedor tem que supri-lo de alguma

maneira com indicativos da plausibilidade do direito invocado, o que geralmente se faz por

meio da entrega de uma planilha ou memória discriminada de cálculo, contendo a

evolução da dívida, os critérios de correção e índices adotados, de modo a chegar ao valor

devido. É com base nessa planilha ou esboço de cálculo, demonstrativa da tese jurídica,

que o devedor tem que requerer o depósito da dívida e o correspondente benefício da

suspensão da inscrição no banco de dados.

Sem oferecer esses elementos, o que prevalece é a presunção de legitimidade da dívida

no montante tal qual está sendo cobrada pelo credor, pois decorrente de escrito. A

simples alegação de que o envolve cobrança de juros e taxas ilegais, sem o

respectivo suporte indicativo da cobrança ilegal, não é o bastante para que o magistrado

desconsidere a segurança jurídica de um escrito, o qual, em fase de cognição

superficial, é que tem de prevalecer.

Se o autor de uma revisional reconhece estar inadimplente, alegando porém que a

dívida foi inflada por meio da cobrança de juros e taxas ilegais, mas nem sequer a parcela

não controversa, o montante originário da dívida, pede para depositar, carece da boa-fé

própria dos devedores que anseiam por honrar seus compromissos em bases justas.

Nessas circunstâncias, não se lhe pode deferir o benefício pretendido, devendo

permanecer o registro cadastral, legítimo direito do credor.

Nesse sentido é o Enunciado n. 20 do Fórum dos Juízes das Varas Cíveis de

Pernambuco, verbis:

"A retirada do nome do devedor de banco de dados pressupõe que este deposite a

parcela incontroversa da dívida, não sendo suficiente o mero ajuizamento de

revisional" (unânime).

A jurisprudência atual do STJ também é no sentido de que a inscrição do nome do

devedor nos cadastros, quando a dívida está sendo discutida judicialmente, só deve ser

impedida se demonstrado o efetivo reflexo da revisional sobre o valor do débito – e

desde que seja depositada ou prestada caução sobre o valor a respeito do qual não há

controvérsia. Esse entendimento ficou registrado recentemente pela sua Quarta Turma,

em processo relatado pelo Ministro Barros Monteiro. No caso julgado, a Turma ressaltou

que o impedimento do registro deve ser aplicado com cautela, considerando-se as

especificidades de cada caso. Para que seja impedida a inscrição do nome do autor de

de revisão em bancos de dados, é imprescindível que ele demonstre o efetivo reflexo

da revisional sobre o valor do débito e deposite ou preste caução sobre o valor

incontroverso. O Ministro Barros Monteiro ainda destacou que, para impedir a negativação

do nome do autor nos serviços de restrição ao crédito, é necessária a presença

concomitante de três elementos: a) que haja proposta pelo devedor contestando a

existência integral ou parcial do débito; b) que haja efetiva demonstração de que a

contestação da cobrança indevida se funda na aparência do bom direito e em

jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de

Justiça; c) que, sendo a contestação apenas de do débito, deposite, ou preste

caução idônea, ao prudente arbítrio do magistrado, o valor referente à tida por

incontroversa (em notícias no do STJ de 02.01.06).

6. de revisão não impede na busca e apreensão

Também é muito comum de o autor requerer tutela antecipada com o objetivo de ser

mantido na posse de bens dados em garantia fiduciária, até o definitivo da

revisional. Como regra, argumenta que, com a discussão judicial do débito através

da revisional, resta ilíquida sua obrigação e descaracterizada a mora, o que justifica

prevenção

Medida Cautelar

liminar

ação

Juiz

Juiz

liminar

contrato

contrato

contrato

ação

ação

ação

ação

ação

ação

parte

parte

site

Ação liminar

julgamento

ação

ação

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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da revisional, resta ilíquida sua obrigação e descaracterizada a mora, o que justifica

o deferimento de tal provimento, para manter-lhe na posse do bem alienado

fiduciariamente até que sobrevenha decisão de mérito na . Esse argumento é em

geral complementado por outro, no sentido de que a permanência na posse do bem não

traz nenhum prejuízo para o banco réu, pois continua a existir a garantia do ,

ficando ele (autor) como fiel da coisa, com o dever de zelar por ela e impedido

de vendê-la a terceiros. Já uma decisão em contrário, isto é, que permita a apreensão e

transferência da posse para o banco, confere a ele o direito de vender o bem a terceiros,

independentemente de leilão ou qualquer outra medida judicial, e, mesmo que a decisão

final da causa lhe seja desfavorável (ao banco), não terá (ele, autor) como reverter essa

situação. Acrescenta-se, ainda como argumento para a manutenção da posse, que o bem

objeto do constitui sua principal fonte de renda (do autor) e que depende dele

para o prosseguimento de suas atividades empresariais.

Existem, é certo, uma série de arestos que no sentido de que o ajuizamento da

revisional retira o caráter de liquidez da dívida, descaracterizando a mora do devedor e, por

conseqüência, impedindo a utilização (pelo credor) da busca e apreensão. Destaco,

dentre eles, um do Tribunal de Santa Catarina, de seguinte teor:

“Busca e apreensão. Cobrança excessiva de encargos. Mora não caracterizada. Alienação

fiduciária. Constituição irregular. Extinção do processo principal.

A cobrança abusiva de encargos pelo credor-fiduciário, dificultando sobremaneira o

pagamento da dívida, retira do devedor-fiduciante a culpa pelo inadimplemento,

descaracterizando a mora debitoris, sem a qual não se admite de busca a

apreensão prevista no Decreto-Lei n. 911/69.

A alienação fiduciária não pode servir de garantia a ilíquido e incerto, pois do

contrário sujeitaria o devedor-fiduciante à perda do bem alienado em decorrência de

cálculos elaborados unilateralmente pela adversa” (AI n. 01.012117-4, rel. Des.

Pedro Manoel Abreu).

Essa orientação jurisprudencial, de que a discussão dos encargos contratuais em juízo

reflete de modo a tornar a dívida incerta, repercutiu no próprio STJ, de onde emanaram

algumas decisões no mesmo sentido, como se observa:

“A cobrança de acréscimos indevidos importa na descaracterização da mora, de forma a

tornar inadmissível a busca e apreensão do bem (2ª Seção, EREsp n. 163.884/RS, Rel. p/

Min. Ruy Rosado de Aguiar, por maioria, DJU de 24.09.2001). Carência da .

especial conhecido e parcialmente provido (STJ-4a. Turma, REsp 493379-RS, rel.

Min. Aldir Passarinho Junior, j. 19.02.04, DJ 22.03.04).

Entretanto, essa posição sofre contestações naquela Corte superior, como revelam os

acórdãos abaixo ementados:

“ de busca e apreensão. declaratória. Suspensão do processo de busca e

apreensão. Precedente da Corte.

1. Precedente da Corte assentou que o "simples ajuizamento de uma ordinária de revisão

não tem o condão de impedir o curso normal da de busca e apreensão, com a

correspondente, certo que houve a necessária constituição em mora" (REsp nº

192.978/RS, da minha relatoria, DJ de 09/8/99).

2. especial conhecido e provido (STJ-3ª. Turma, REsp 402580-MS, rel. Min. Carlos

Alberto Menezes Direito, j. 10.09.02, DJ 04.11.02).

No mesmo sentido:

de busca e apreensão. Mora do devedor. . Ações revisional e de sustação de

protesto anteriormente ajuizadas. Embargos de declaração. .

Precedente da Corte.

(...)

3. O simples ajuizamento de uma ordinária de revisão não tem o condão de impedir o

curso normal da de busca e apreensão, com a correspondente, certo que

houve a necessária constituição em mora, como assentado em precedente da Corte.

4. especial conhecido e provido (STJ-3a. Turma, REsp 192978-RS, rel. Min.

Carlos Alberto Menezes Direito, j. 24.06.99, DJ 09.08.99).

O Tribunal de Justiça de Pernambuco se pronunciou recentemente sobre essa matéria,

assentando em :

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - PEDIDO DE SUSPENSÃO

DE DE BUSCA E APREENSÃO EM FACE DA INTERPOSIÇÃO DE REVISIONAL

DE - IMPOSSIBI6LIDADE - EXECUTIVO LATO SENSU DO

DECRETO LEI 911/66, QUE NÃO PODE SER SOBRESTADO PELA MERA PROPOSITURA

DE ORDINÁRIA - POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA DO PERIGO DA DEMORA

INVERSO - AGRAVO IMPROVIDO À UNANIMIDADE DE VOTOS (TJPE-4a. Câmara Cível,

Proc. n. 0086698-8, Agravo de Instrumento, rel. Des. Eloy D´Almeida Lins, ac. un., j.

09.06.04).

Essa última corrente, realmente, é a que expressa a melhor solução ao problema da

concomitância da de revisão do com a de busca e apreensão. Ao

contrário de perder a liquidez, a dívida representada pela obrigação assumida

contratualmente permanece válida enquanto não reconhecida, no mais

largo, de cognição plena (a ordinária de revisão contratual), a abusividade da

cobrança das parcelas financiadas e fixado exatamente o quantum que deve ser diminuído

do valor exigido. O " " permanece com o credor fiduciante, que tem a seu

favor um devidamente formalizado, podendo se utilizar dos instrumentos legais

para reaver o bem dado em garantia ao pagamento da dívida. Num momento , o que

prevalece é a presunção de legitimidade da dívida no montante tal qual está sendo

cobrada pelo credor, pois decorrente de escrito. A simples alegação de que o

envolve cobrança de juros e taxas ilegais não é o bastante para que o magistrado

desconsidere a segurança jurídica de um escrito, o qual, em fase de cognição

superficial, é que tem de prevalecer.

Se, na ordinária, ficar reconhecido que o autor pagou mais do que devia, a própria

pode determinar a restituição ou, se de conteúdo meramente declaratório, pode

ser buscada em outra a repetição do indébito. Além disso, o direito do autor de

permanência na posse do veículo financiado não fica irremediavelmente prejudicado ante

a simples possibilidade da ameaça de promoção da de busca e apreensão. Quando

esta for de fato promovida, pode realizar a purga da mora das prestações em atraso,

desde que o faça obedecendo aos valores fixados no . Eventuais abusos e

ação

ação

contrato

depositário

contrato

ação

ação

contrato

parte

acórdão ação

Recurso

Ação Ação

ação

liminar

Recurso

Ação Liminar

Prequestionamento

ação liminar

Recurso

ementa

AÇÃO AÇÃO

CONTRATO PROCEDIMENTO

AÇÃO

ação contrato ação

procedimento

ação

fumus boni juris

contrato

inicial

contrato

contrato

contrato

ação

sentença

ação

ação

contrato

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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desde que o faça obedecendo aos valores fixados no . Eventuais abusos e

ilegalidades na cobrança de juros e outras taxas contratuais podem ser reprimidos pelo

no próprio da busca e apreensão, sabendo-se que ele tem o poder de,

ao autorizar a purga da mora, ajustar o aos termos da lei, definindo os parâmetros

para elaboração do cálculo[2]. Com efeito, na de busca e apreensão (Dec. Lei nº

911/69), o , ao autorizar a purgação da mora, pode, de ofício, ajustar o de

alienação fiduciária aos termos da lei e do Código de Defesa do Consumidor, firme no

princípio de que são de ordem pública as normas que disciplinam os contratos que

consubstanciam relação de consumo (art 1º CDC). Neste sentido, são os precedentes do

Superior Tribunal de Justiça (RESP nº 90162/RS, AGEDAG 151689/RS e AGRG

506.650/RS).

Com essas considerações, temos negado pedido de tutela antecipada para manutenção

da posse do autor de revisional sobre o bem financiado. A propósito do tema, o

Fórum dos Juízes das Varas Cíveis de Pernambuco emitiu o Enunciado n. 26, de teor

seguinte:

"O simples ajuizamento de uma ordinária de revisão do de alienação

fiduciária não tem o condão de impedir o curso normal da de busca e apreensão,

com a correspondente".

Ressalte-se que, mesmo que se trate de consignatória (e não revisional), o

ajuizamento dela também não prejudica em de busca e apreensão. O

devedor pode até tentar através desse tipo de evitar a perda da posse do bem

alienado fiduciariamente, mas o deferimento (pelo ) do depósito das parcelas

vencidas não implica na eliminação da mora, não tornando, portanto, inviável a de

busca e apreensão (no outro processo).

Na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça encontramos indicativos de que essa

Corte tentou inicialmente resolver esse problema pelo critério temporal, isto é, a prévia

distribuição de uma ou outra prejudicaria o pedido na subseqüente. Ajuizada

previamente a consignatória, com o depósito das parcelas na forma pretendida pelo autor,

não se poderia deferir na de busca e apreensão que se lhe seguisse.

Representa essa corrente da lavra do eminente Ministro Ruy Rosado de Aguiar,

assim ementado:

“Ajuizada consignatória antes de intentada a de busca e apreensão, com

depósito das prestações consideradas devidas, não cabe deferir medida de busca

e apreensão” (Resp 489564-DF, rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, ac. j. 17.06.03, DJ

25.08.03).

Já em outro julgado encontramos o argumento, também utilizado para obstar a na

busca e apreensão, de que a comprovação da mora ou inadimplemento fica “na

dependência do da de consignação em pagamento”, o que justifica a

suspensão do primeiro processo até que este último seja concluído (REsp 346240-SC,

rel. Min. Nancy Andrighi, DJ 04.11.02).

Ambos os julgados, todavia, não expressam o melhor entendimento sobre o tema.

Primeiramente porque não se trata apenas de uma questão temporal, de definir qual das

ações precedeu à outra. Se fosse assim, quem quisesse evitar a perda da posse de bem

alienado fiduciariamente bastaria ajuizar uma consignatória, depositando valores a

seu exclusivo critério. Por outro lado, o simples ato de depósito das prestações não

significa pagamento. A eficácia de pagamento fica a depender do juízo posterior que o

julgador faz a respeito do montante devido. É com a manifestação judicial sobre a causa

que se produzem os efeitos próprios de pagamento; antes disso o que se tem é mero ato

unilateral do depositante. A eficácia de pagamento, repita-se, decorre da , e não

do simples depósito. Assim concebida a questão, vê-se que a definição do direito na

busca e apreensão não tem que esperar o da consignatória, não ficando

obstaculizado o deferimento da nem suspenso aquele processo. Nesse sentido,

trago a exame julgado do STJ que expressa esse entendimento:

“Alienação fiduciária. Busca e apreensão. Consignação.

O ajuizamento de consignatória não conduz, necessariamente, a que fique

impossibilitado o deferimento da busca e apreensão (STJ-3a. Turma, REsp

221903-RS, rel. Min. Eduardo Ribeiro, j. 30.09.99, DJ 07.02.00).

Ao sustentar seu posicionamento, o destacou que a consignatória não impede o

processamento (inclusive com o deferimento ) da busca e apreensão porque o

depósito (feito naquela primeira ) não tem eficácia de pagamento. Disse ele:

“Enquanto não houver , com trânsito em julgado, declarando que o depósito

efetuado satisfaz o que seria exigível, aquele terá sido apenas um ato unilateral do

devedor. Dele não se pode concluir esteja a mora afastada. Assim fosse, bastava efetuar

um depósito qualquer para impedir a do credor”.

Um outro argumento pode ser somado à tese de que a consignatória, ainda que ajuizada

previamente, não impede o prosseguimento da busca e apreensão (e sua ). Com

efeito, entendimento em contrário consiste em retirar a utilidade desta , tornar inócuo

o que o sistema jurídico conferiu ao credor fiduciário para a retomada

imediata do bem. Sem poder utilizar-se do específico que a lei lhe confere,

na prática o próprio direito de resta prejudicado:

“CIVIL/PROCESSUAL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. BUSCA E APREENSÃO.

CONSIGNATÓRIA.

A fiduciária se desenvolve a partir da efetivação da busca e apreensão, liminarmente

deferida, a partir da prova da mora do devedor alienante, pelos meios previstos na lei.

consignatória em pagamento, proposta pelo devedor em mora, não tem a

virtualidade de impedir que se efetive a busca e apreensão do bem alienado, começo de

execução do , sem contrariar o art. 3º. do Decreto-lei 911/69, que institui o

para a espécie” (REsp n. 13.959/SP, rel. Min. Dias Trindade, DJ de

02.12.91).

Sobre o tema, o Fórum dos Juízes das Varas Cíveis de Pernambuco emitiu o Enunciado n.

28, com a seguinte redação:

"O ajuizamento de consignatória não conduz, necessariamente, a que fique

impossibilitado o deferimento da busca e apreensão" (maioria)

7. Valor da causa na revisional

O valor da causa em de revisão de bancário deve corresponder ao valor do

próprio , nos termos do art. 259, V, do CPC, ou deve representar o benefício

econômico que o autor espera obter? Se deve equivaler ao benefício econômico, como

contrato

Juiz procedimento

contrato

ação

juiz contrato

ação

ação contrato

ação

liminar

ação ação

liminar ação

ação

inicial Juiz

liminar

ação

liminar ação

acórdão

ação ação

liminar

liminar

julgamento ação

ação

sentença

julgamento

liminar

ação

liminar

relator

liminar

ação

sentença

ação

liminar

ação

procedimento

procedimento

ação

ação

Ação

contrato devido

processo legal

ação

liminar

ação

ação contrato

contrato

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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econômico que o autor espera obter? Se deve equivaler ao benefício econômico, como

quantificá-lo nos casos e que o autor não fornece meios para se identificar o valor real da

demanda, o resultado econômico que espera alcançar? Como se exigir do autor a

definição de valor real da causa quando alega que, somente depois de ser revisado o

e expungido dele a cobrança de encargos abusivos – o que exige inclusive a

realização de perícia técnica – é que terá condições de definir com precisão o conteúdo

econômico da lide?

É preciso se oferecer correta interpretação à regra do inc. V do art. 259, do CPC, no sentido

de que supõe que o litígio envolva o negócio jurídico por inteiro, não se devendo exigir,

como valor da causa, o preço total do em demandas onde não se pede a

execução da totalidade do . Por oportuno, transcrevo ementas de alguns julgados

que esposam esse entendimento:

"A modificação a que alude o inciso V do art. 259 do CPC, que determina haja

correspondência entre o valor da causa e o do , só pode ser entendida como

aquela que atinja o negócio jurídico em sua essência, e não apenas algumas de suas

cláusulas, pois, do contrário, o valor da causa acabaria superando o real conteúdo

econômico da demanda, o que não é admissível (STJ, 3ª Turma, Resp. 129.835-RS, rel.

Min. Costa Leite, j. 26.5.98, DJU 3.8.98, p. 222).

"Quando a controvérsia não açambarca o por inteiro, mas apenas um dos seus

itens, aplica-se o art. 260, do CPC, e não o art. 259, V, do mesmo diploma legal" (Resp.

67.765, 1ª Turma, DJU 8.12.95).

A em que o autor pede a revisão de um bancário não envolve o por

inteiro, referindo-se apenas a determinadas obrigações, dentre outras estipuladas, daí

porque não pode o valor da causa corresponder ao valor global da avença. Nesse tipo de

, o valor da causa deve equivaler à diferença entre o valor exigido pelo banco e aquele

que o autor entende como devido. Nesse sentido:

“VALOR DA CAUSA. de revisão de bancário.

O valor da de revisão de que conteria cláusulas abusivas deve corresponder

à diferença que o autor pretende abater do total exigido pelo credor. conhecido e

provido, para afastar como valor da causa a quantia que o banco apurou como sendo o

valor do débito” (STJ-4a. Turma, REsp 450631-RJ, rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, j.

05.12.02, DJ 10.02.03)

Essa jurisprudência acima transcrita, no entanto, tem aplicação para as hipóteses de

revisional de em que o autor, de logo, fornece os parâmetros para definição do

conteúdo econômico da demanda. Em alguns casos, ocorre de o autor juntar uma perícia

contábil sobre os cálculos da dívida, realizada por que ele mesmo contrata, já com a

. Nessas hipóteses, pode indicar o valor que entende como devido, e a diferença

entre este e o valor cobrado pelo banco é que deve ser tomado como valor da causa, pois

corresponde ao benefício econômico que espera almejar com o ajuizamento da demanda.

Em outras situações, no entanto, o consumidor-autor vem a juízo reclamar a revisão do

bancário pura e simplesmente, sem qualquer elemento ou parâmetro de

redução da dívida, cuja definição fica a depender da conclusão do processo de revisão (às

vezes com necessidade de realização de perícia técnica por perito do juízo). Nessas

hipóteses, alega não poder determinar no limiar do processo o exato conteúdo econômico

da demanda, e indica valor ínfimo para fins “meramente fiscais”, como valor da causa.

Não se deve permitir, no entanto, que o autor de de revisão de bancário

deixe de fornecer valor da causa correspondente ao benefício econômico que espera

obter, porquanto à toda causa deve ser atribuído um valor certo, conforme preceitua o art.

258 do CPC. Para traduzir a realidade do pedido, necessário que corresponda à

importância perseguida.

A de revisão de bancário não se assemelha àquelas causas em que é

impossível para o autor fixar, desde logo, no início da demanda, o valor exato que

corresponda à tutela pretendida. Em causas em que não se pode determinar

antecipadamente o benefício econômico perseguido, é lícito permitir que o autor

complemente o valor das custa ao final, quando já estabelecido na a definição

do real conteúdo econômico da demanda. É a hipótese, por exemplo, das ações que

envolvem discussão sobre dano moral, onde o autor não tem como fixar o valor exato que

corresponda à tutela pretendida, até porque a indenização, nesses casos, é arbitrada pelo

, segundo seu prudente arbítrio. Assim, nada impede que o autor atribua outro valor,

mesmo diferente do que entende lhe ser devido[3], pois pode ao final complementar as

, se vencido, ou estas serem suportadas pelo réu no montante global, depois de

indicada na o valor da indenização.

Na de indenização por dano moral puro, realmente, ao autor pode ser concedido o

benefício de indicar um valor da causa provisório, pela razão de que a fixação do quantum

indenizatório só depende do . A definição do valor do dano moral, conforme

estabelecido pela doutrina e jurisprudência, fica ao exclusivo arbítrio do , que se serve

apenas de alguns parâmetros para essa definição. O autor de de dano moral, por

essa razão, não está obrigado a indicar o quantum do dano moral em relação ao qual

espera ser indenizado, podendo dar à causa valor simbólico. Não tem meios para definir

antecipadamente o conteúdo econômico da demanda, até porque este pode variar muito

dependendo das convicções pessoais do .

Já o autor de de revisão de bancário, ao contrário da situação acima

explicada, tem perfeitas condições para expressar antecipadamente o real valor

econômico da demanda. Como está obrigado a identificar previamente as cláusulas que

entende nulas[4], e quanto isso representa em termos de diminuição dos encargos da

dívida, tem meios para, sem maiores esforços, determinar a expressão econômica da

demanda, o valor que pretende ver reduzido da dívida. Diferentemente da em que se

pede indenização por dano moral, o devedor tem que de alguma maneira suprir o

processo com indicativos da plausibilidade do direito invocado, o que geralmente se faz

por meio da entrega de uma planilha ou memória discriminada de cálculo, contendo a

evolução da dívida, os critérios de correção e índices adotados, de modo a chegar ao valor

devido. É com base nessa planilha ou esboço de cálculo, demonstrativa da tese jurídica,

que o devedor tem possibilidades de extrair o significado econômico da lide, ao qual

corresponde o valor da causa.

Se a autora de uma revisional não indica o benefício econômico exato que

espera obter com o , então, o valor da causa, para efeito de , deve ser o

do preço integral do . Até para fins de política judiciária, não se deve permitir que o

devedor indique um valor simbólico, como valor da causa. Não se deve admitir que o autor

recolha valor ínfimo a título de judiciais para, só depois de fixado na o

acertamento econômico do , se exigir da vencida o pagamento das

pelo total, tomando-se por base eventual valor de redução da dívida. Isso dá margem a

evasão de tributos – a taxa judiciária tem natureza tributária -, pois a prática demonstra

que, quase sempre, os juízes não tomam o cuidado de verificar obrigação de

contrato

contrato

contrato

contrato

contrato

ação contrato contrato

ação

Ação contrato

ação contrato

Recurso

ação

contrato

expert

inicial

contrato inicial

ação contrato

ação contrato

sentença

juiz

custas

sentença

ação

Juiz

Juiz

ação

Juiz

ação contrato

ação

parte ação

julgamento custas

contrato

custas sentença

contrato parte custas

Page 8: Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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que, quase sempre, os juízes não tomam o cuidado de verificar obrigação de

complementação das em fase ulterior do processo. Além disso, é no início do

processamento da causa que a se vê mais premida a pagar , pois sem o

pagamento antecipado o feito não é processado e ela não recebe a tutela jurisdicional

(muitas vezes para retirada de seu nome de cadastro negativo). Por essas razões,

não se deve permitir que o autor de uma revisional indique, como valor da causa,

quantia simbólica, devendo o , em ocorrendo tal hipótese, determinar que

complemente as pela importância equivalente ao valor integral do .

8. Impossibilidade de revisão de contratos anteriores no âmbito dos embargos do

devedor

É certo que, havendo confissão de dívida ou renegociação contratual, o novo não

fica indene (no que tange à sua validade) à apreciação judicial, nem tampouco os

contratos anteriores dos quais resultou a dívida no último estágio. Na hipótese de relação

financeira continuativa, que se processa através de contratos encadeados, resultando em

confissão de dívida na qual se confirma cláusulas e condições anteriores, a investigação

judicial abrange a relação como um todo. Essa possibilidade inclusive já consta da

do STJ, verbete 286, de teor seguinte: “A renegociação de bancário ou a

confissão da dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais

ilegalidades dos contratos anteriores”.

É de se notar, no entanto, que o exame de forma retroativa (incidente sobre os contratos

originários) somente pode ser viabilizado em sede de revisional. Diga-se, aliás, que

os precedentes jurisprudenciais que deram origem à citada destacam bem isso,

como demonstram os arestos abaixo transcritos em :

CONTRATOS BANCÁRIOS. REVISIONAL. REVISÃO DE CONTRATOS CUMPRIDOS.

POSSIBILIDADE.

I - "A renegociação de bancário ou a confissão da dívida não impede a

possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores"

( 286/STJ).

II - Agravo regimental desprovido AgRg no Ag 562350 / RS, rel. Min. Antônio de Pádua

Ribeiro, j. 19.05.05, DJ 13.06.05 .

PROCESSO CIVIL - ESPECIAL - AGRAVO REGIMENTAL –

BANCÁRIO - REVISIONAL - NOVAÇÃO - REVISÃO DOS CONTRATOS ANTERIORES -

POSSIBILIDADE - DESPROVIMENTO.

1 - A Eg. Segunda Seção desta Corte já pacificou o entendimento no sentido de que, na

revisional de negócios bancários, é possível a discussão a respeito de contratos

anteriores, ainda que tenham sido objeto de novação. Precedentes (REsp nºs 332.832/RS,

470.806/RS e AgRg Ag 571.009/RS).

2 - Agravo Regimental desprovido (STJ-4ª. Turma, AgRg no REsp 537029 / RS, rel. Min.

Jorge Scartezzini, j. 16.08.05, DJ 05.09.05. .

A possibilidade de discussão de contratos anteriores, portanto, não impede que o detentor

do título exeqüendo (o novo ) promova a execução deste. O devedor tem a

faculdade de requerer a revisão de contratos que originaram o débito na sua versão

renegociada, mas isso em nada interfere com o direito do credor, que, de posse de novo

título, desde que perfaça os requisitos formais de executoriedade, pode promover a

execução da dívida.

A dívida, consubstanciada em , assinado por duas testemunhas, perfaz as

características de liquidez e certeza exigidas em lei de modo a propiciar o processo

executivo (art. 585, II, CPC). Desde que a versão renegociada dela se faça por meio de

título que ofereça todos os elementos para que se possa aferir a liquidez e certeza do

débito, sem haver necessidade de apuração de fatos ou qualquer operação que somente

possa ser alcançada através de um processo de conhecimento, o credor pode executá-la,

sem que ao devedor fique assistido o direito de alegar sua desnaturação com base em

eventuais ilegalidades inseridas nos contratos primitivos. O termo de renegociação ou

confissão da dívida é título hábil para a execução, ainda que oriundo de de

abertura de crédito em conta corrente:

“Direito processual civil. Agravo no agravo de instrumento. especial. Embargos do

devedor à execução. Confissão de dívida. Oriunda de de abertura de crédito. Título

extrajudicial.

- A confissão de dívida é título hábil para a execução, ainda que oriundo de de

abertura de crédito, novado ou não, goza de plena liquidez, certeza e exigibilidade,

constituindo-se, portanto, título executivo extrajudicial.

Agravo não provido.” (STJ-3a Turma, AgRg nos EDcl no Ag 598767-MG, rel. Min. Nancy

Andrighi, j. 07.06.05, DJ 27.06.05)

No mesmo sentido: STJ-3ª. Turma, REsp 578960-SC, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 07.10.04,

DJ 08.11.04; STJ-3ª. Turma, AgRg no Ag 589802-RJ, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 14.09.04,

DJ 04.10.04.

Até que seja, em própria, desconstituída a validade do título, este fica valendo como

instrumento suficiente à viabilidade de um processo executivo. E o devedor não pode se

insurgir contra a cobrança, na via estreita dos embargos à execução, requerendo a revisão

da dívida desde a sua origem, pois tal possibilidade somente é admissível através da via

própria, que é a revisional de contratos bancários. Se, em eventual revisional for

ordenada redução no valor da dívida garantida pelo título que está sendo executado, ao

processante da execução caberá apenas adequá-la ao valor apurado como devido

naquela outra :

“Processual civil. Execução de título extrajudicial. revisional julgada procedente.

Liquidez do título que embasou a execução.

- Não retira a liquidez do título, possível de revisional do

originário, demandando-se, apenas, adequação da execução ao montante apurado na

revisional.

especial parcialmente provido.

(STJ-3a. Turma, REsp 593220-RS, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 07.12.04, DJ 21.02.05)

9. Ajuizamento de revisional não suspende execução

Também tem sido muito comum, em tema de de revisão de bancário, de o

custas

parte custas

liminar

ação

Juiz

custas contrato

contrato

Súmula contrato

ação

súmula

ementa

AÇÃO

contrato

Súmula

RECURSO CONTRATO

AÇÃO

ação

contrato

contrato

contrato

Recurso

contrato

contrato

ação

ação ação

Juiz

ação

Ação

julgamento ação contrato

ação

Recurso

ação

ação contrato

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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Também tem sido muito comum, em tema de de revisão de bancário, de o

devedor requerer a suspensão da execução fundada no mesmo título, ao argumento de

que depende da de mérito naquela outra (de conhecimento). O pedido de

suspensão é feito com base na regra do art. 265, IV, “a”, do CPC, que prevê a suspensão

do processo quando a de mérito “depender do de outra causa, ou da

declaração da existência ou inexistência de relação jurídica, que constitua o objeto

principal de outro processo pendente”. Em geral, o devedor alega que corre o risco de

sofrer prejuízo irreparável ou de difícil reparação se excutidos os seus bens (na execução)

antes de resolvida a questão da redução da dívida (ou mesmo sua completa extinção) na

revisional.

Não se deve, todavia, concluir aprioristicamente pela necessidade de suspensão do curso

da execução. Em primeiro lugar, é preciso atentar para a circunstância de que os casos de

suspensão do processo de execução não são os mesmos do processo de conhecimento.

O art. 791 do CPC, que trata das hipóteses específicas de suspensão da execução, não

previu, dentre as situações que ali enumera, a existência de causa conexa pendente de

. O inc. II do art. 791 repete algumas das hipóteses do art. 265

(especificamente os seus incisos I a III), mas excluiu o inc. IV deste último artigo - a alínea

“a” do inc. IV do art. 265, é que prevê a suspensão do processo de conhecimento quando a

“depender do de outra causa...”. Ora, ao não repetir a previsão do inc.

IV do 265, o legislador fez uma intencional opção pelo afastamento da suspensão do

processo de execução quando coexistentes outras ações relacionadas e pendentes de

. “Isso significa que o processo de execução, em regra, não é suspenso pelo

mero ajuizamento ou pendência de demandadas “paralelas”, que impugnem a validade

ou a eficácia do título, ou a exigibilidade do crédito” (STJ-4ª. Turma, REsp 10.293-PR, rel.

Min. Athos Carneiro, j. 8.9.92, DJU 5.10.92).

Nesse assunto específico, não se pode buscar na regra da subsidiariedade (art. 598 do

CPC)[5] fundamento para justificar a suspensão do processo executivo. O processo de

execução possui norma específica prevendo as hipóteses em que se admite sua

suspensão (art. 791). “Existindo norma específica no processo executivo, não se aplicam

subsidiariamente normas do processo de conhecimento” (RSTJ 6/419). Mas o grande

impedimento à suspensão do processo executivo (pelo motivo da concorrência de ações)

não é somente o fato de possuir norma específica sobre a matéria, mas a circunstância, já

realçada, de que o legislador, na enumeração que fez dos casos de suspensão (efetivada

no art. 791), repetiu os incisos I a III do art. 265, mas parou até aí, não produzindo a

mesma repetição em relação ao seu inc. IV. O legislador, portanto, interferiu claramente

no sentido de afastar peremptoriamente a concorrência de ações como motivo de

suspensão do processo executivo.

Assim, ainda que se possa entender que o art. 791 não é exaustivo[6], e que outras

hipóteses de suspensão podem ser admitidas no processo de execução[7], a existência

de outras ações (que de alguma maneira tenham relação com o objeto da execução) não

pode servir de motivo para a suspensão.

Não há motivo realmente para que seja sobrestado o regular curso da execução, ao

contrário do que possa aparentar. É certo que, sendo dado provimento à ordinária de

revisão, o devedor pode obter efeito liberatório da dívida (ou ao menos sua redução), daí

que corre o risco de sofrer lesão caso se permita a continuidade dos atos

executórios, antes de resolvida a questão da revisão contratual. Essa argumentação, no

entanto, só está aparentemente correta, pois o prosseguimento da execução não frustra

de maneira absoluta eventual reconhecimento de direito (diminuição ou anulação da

própria dívida) do devedor, em outro processo. A final na revisional vai

formar título executivo em favor do autor-devedor, o qual terá sempre a possibilidade de

recuperar o que eventualmente pagar a mais na execução. Além do mais, paralisar uma

execução logo no início poder trazer prejuízos maiores e de ordem inversa (para o credor).

Os prejuízos decorrentes da obstrução do processo de execução para o credor são

acentuadamente superiores àqueles alegados pelo devedor. Enquanto este se

preservaria da possibilidade de alienação judicial antecipada de seus bens, o credor

restaria sujeito à formação da prescrição[8], ao possível desfalque do patrimônio do

devedor e à perda de eventual preferência pela primeira penhora, sem contar a demora

em receber o que lhe é devido.

A paralisação de um processo de execução logo no início representaria, por via transversa,

um impedimento ao direito constitucional de do exeqüente. A jurisprudência tem

entendido que o devedor não pode impedir a contrária de ingressar em juízo com a

ou execução que tiver contra ele (RSTJ 10/474, 12/418, JTA 105/156, RF 304/257),

sob pena de cercear-lhe seu direito (do credor) de recorrer ao Judiciário, garantido pelo art.

5º., XXXV, da CF. Impedir que ele não ingresse com a execução ou que não a movimente,

na prática, tem o mesmo efeito. Contando com a reconhecida morosidade da máquina

judiciária, que pode demorar anos para oferecer um pronunciamento definitivo (inclusive

com a possibilidade de a causa ascender às instâncias extraordinárias), na prática o

resultado seria uma suspensão indefinida da execução.

Assim, o entendimento prevalecente deve ser o de que “o ajuizamento de buscando

invalidar cláusulas de contratos com eficácia de título executivo, não impede que a

respectiva de execução seja proposta e tenha curso normal. (STJ-4ª. Turma, REsp

8859-RS, rel. Min. Athos Carneiro, j. 10.12.91, DJ 25.05.92). Se, em eventual

revisional for ordenada redução no valor da dívida garantida pelo título que está sendo

executado, ao processante da execução caberá apenas adequá-la ao valor apurado

como devido naquela outra . “Não retira a liquidez do título possível de

revisional do originário, demandando-se, apenas, adequação da execução

ao montante apurado na revisional” (STJ-3a. Turma, REsp 593220-RS, rel. Min.

Nancy Andrighi, j. 07.12.04, DJ 21.02.05).

O devedor terá sempre a possibilidade de embargar a execução, e os embargos, estes

sim, produzem a suspensão do processo de execução (CPC, art. 791, I)[9]. Com a

propositura dos embargos, surge também a conexão que implica na necessidade de

reunião dos dois processos, para em conjunto. Julgados em conjunto os

embargos e a revisional, não haverá risco de o devedor pagar mais do que deveria. A

questão quanto a eventual redução da dívida é resolvida na mesma que julga os

embargos e a de revisão.

Na jurisprudência do STJ registra-se uma situação que tem justificado a suspensão do

processo de execução, quando diante de outra revisional ou declaratória da

inexigibilidade do título executivo. É quando ocorre de, por algum motivo, os juízes não

providenciarem a reunião dos embargos à execução com a revisional (ou

declaratória), para decisão conjunta. Pode-se constatar esse ponto de vista nas seguintes

ementas:

“Havendo conexão e prejudicialidade entre os embargos do devedor e a declaratória,

não tendo sido reunidos os feitos para em conjunto, recomendável a

suspensão dos embargos até o da causa prejudicial, nos termos do art. 265,

IV, ‘a’, CPC” (STJ-4ª. Turma, Ag. 35.922-5-MG-AgRg, rel. Min. Sálvio de Figueiredo, j.

24.6.93, DJU 2.8.93).

ação contrato

sentença ação

sentença julgamento

ação

julgamento

sentença julgamento

julgamento

ação

patrimonial

sentença ação

ação

parte

ação

ação

ação

ação

Juiz

ação julgamento

ação contrato

ação

julgamento

ação

sentença

ação

ação

ação

ação

julgamento

julgamento

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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24.6.93, DJU 2.8.93).

“Processo de execução. Pendência de declaratória de inexigibilidade parcial do título

executivo (exclusão da correção monetária em mútuo rural) e de embargos do devedor

incidentais ao processo de execução do mesmo título. aconselhável. Não

tendo sido reunidos os processos em tempo hábil, e estando a declaratória

pendente de no segundo grau de , impõe-se no caso concreto a

aplicação do disposto no art. 265, IV, ‘a’, do CPC, com a suspensão da incidental de

embargos do devedor, mantido seu da execução” (STJ-4ª. Turma, Resp

6.734-MG, rel. Min. Athos Carneiro, j. 31.10.91, DJU 2.12.91).

É imperioso observar, todavia, que o segundo aresto transcrito restringe a suspensão

diante da iminência de da ordinária (“pendente de no

segundo grau de ”). Mas, mesmo com a ressalva dessa circunstância, esse tipo

de medida (suspensão) somente deve ser adotado com os olhos voltados para a

economia processual. Ainda que possa recomendável, a suspensão pode

terminar causando prejuízos de ordem inversa ao credor-exeqüente, como já antes

assinalamos. O do processo de conhecimento ( de revisão), mesmo no

segundo grau, pode consumir tempo exagerado, prejudicando o direito do credor (na

execução) de ver o seu crédito atendido em tempo razoável. Assim, em determinadas

situações, pode ser mais aconselhável não se trilhar o caminho da suspensão do

processo (de execução). Ainda que a execução se conclua com a alienação de bens do

devedor, com o pagamento da dívida originária, a ele sobrará sempre a possibilidade de

ver formado título judicial em seu favor, com o posterior da revisional, para

buscar, então, a diferença do que pagou a mais. Pelo menos o risco de prejuízo irreparável

(para ele, executado) fica afastado, considerando-se a elevada solvabilidade das

instituições financeiras. Em momento posterior, terá sempre a possibilidade de recuperar

o que eventualmente pagar a mais no processo de execução.

A suspensão também não é adequada quando o devedor, em processo cautelar

autônomo ou pedido cautelar nos próprios da revisional (na forma prevista no

par. 7º. do art. 273, CPC), ou mesmo por meio de consignatória, requeira o depósito

de da dívida. O depósito de valores a critério exclusivo do devedor, efetuado ao largo

do leito da execução, não significa pagamento e, conseguintemente, não é suficiente para

suspender seu curso normal. Mesmo numa consignatória, a eficácia de pagamento fica a

depender do juízo posterior que o julgador faz a respeito do montante devido. É com a

manifestação judicial sobre a causa que se produzem os efeitos próprios de pagamento;

antes disso o que se tem é mero ato unilateral do depositante. A eficácia de pagamento,

repita-se, decorre da , e não do simples depósito[10]. Assim concebida a

questão, vê-se que a definição do direito na execução não tem que esperar o

da consignatória (ou de cautelar), não ficando suspenso aquele processo. A respaldar

esse entendimento, do STJ, da relatoria do Min. Athos Carneiro Gusmão,

portando a seguinte :

“EXECUÇÃO E CONSIGNATÓRIA.

A circunstância de o devedor ajuizar de consignação em pagamento não impede o

credor de pretender a execução. Eventuais embargos poderão ser decididos na mesma

da consignatória.

Não se pode, entretanto, obrigar o credor a aguardar o desfecho da de conhecimento

para exercer sua pretensão executória.

Ao credor por título executivo assiste o direito à segurança do juízo, através da penhora,

além da garantia constitucional do acesso pleno ao Judiciário.

Ilegalidade de decisão que, em cautelar, proíbe o credor de agir m juízo até a decisão

da consignatória” (REsp 2.793, DJU 03.12.90).

A suspensão da execução, por meio de cautelar ou qualquer outro estranho

aos embargos, mesmo que suplementada pelo depósito em forma de caução do valor da

execução, importará sempre em ofensa ao princípio constitucional de acesso à tutela

executiva do Estado, ainda quando limitada (a suspensão) ao marco temporal do

da ordinária de revisão. É o que se extrai dos seguintes arestos:

“Processo civil. Cautelar. Sustação de judiciais. Ilegalidade.

- Segundo tem assinalado este tribunal, o poder cautelar qual atribuído ao não pode

ser absoluto, de molde a inviabilizar o princípio constitucional de acesso à tutela executiva

do Estado” (REsp 5.052, rel. Min. Sálvio de Figueiredo).

No mesmo sentido: REsp 2.819, rel. Min. Athos Carneiro, DJU 04.02.90.

“ especial. Concessão de para impedir ao credor o exercício do

direito de demanda. Contrariedade aos art. 566, I, do CPC, e 43 da Lei Uniforme. Violação

à garantia constitucional da ” (REsp 2.644, DJU 10.09.90).

De tudo se conclui que não se pode conferir , em cautelar ou qualquer

especial, para frustrar a exeqüibilidade ínsita do título de que o credor é

legítimo beneficiário, direito que lhe é plenamente garantido pelo art. 580 e par. únic. do

CPC.

10. Conexão da de revisão de bancário com os embargos à execução

Embora possa haver conexão entre uma ordinária de revisão de e uma

execução, a conveniência da reunião dos processos fica a depender da existência dos

embargos.

O art. 105 do CPC “não contém regra de , mas somente de direção

processual” (RT 677131), no sentido de que deixa certa margem de discricionariedade

para o decidir pela conveniência (ou não) da reunião de processos conexos. O limite

da conveniência será sempre a possibilidade de decisões contraditórias (RSTJ 112169).

O conjunto de processos se impõe sempre que haja o risco de decisões

contraditórias.

Entre uma ordinária e uma de execução originárias de um mesmo

pode existir risco de decisões conflitantes, entre a a ser proferida na primeira e a

dos embargos opostos à execução. Se o processo de execução nem sempre

comporta uma , esta é sempre exigida quando esse tipo de vem a ser

atacada por meio dos embargos do devedor – que é uma de cognição incidental ao

processo de execução. A dos embargos pode entrar em conflito com a da

ordinária quando sejam exigidas soluções para questões comuns.

Assim, embora havendo conexão entre uma execução e uma ordinária originárias do

mesmo (RT 718163), só haverá risco de decisões conflitantes quando a primeira

ação

Procedimento

ação

julgamento jurisdição

ação

efeito suspensivo

julgamento ação julgamento

jurisdição

parecer

julgamento ação

julgamento

autos ação

ação

parte

sentença

julgamento

acórdão

ementa

ação

sentença

ação

ação

procedimento

julgamento ação

procedimento

juiz

Recurso medida cautelar

ação

liminar ação

procedimento

ação contrato

ação contrato

competência

juiz

julgamento

ação ação contrato

sentença

sentença

sentença ação

ação

sentença ação

ação

contrato

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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mesmo (RT 718163), só haverá risco de decisões conflitantes quando a primeira

for embargada. A reunião dos processos somente se justificará nessa hipótese, porque aí

nasce o risco de decisões conflitantes. Daí se explica a jurisprudência firmada pela 4ª.

Turma do STJ no sentido de que “o não oferecimento de embargos do devedor é

obstáculo à reunião do processo de execução ao de ordinária que persegue a

nulidade do título executivo” (STJ-4ª. Turma, REsp 11.620-SP, rel. Min. Fontes de Alencar, j.

16.3.93, DJU 17.05.93).

A jurisprudência, realmente, já deixou assentado o entendimento de que a oposição dos

embargos, na execução, faz nascer a conveniência para a reunião dos processos

conexos, como demonstram os arestos abaixo ementados:

“EXECUÇÃO POR TITULO EXTRAJUDICIAL, CONTRATOS DE MÚTUO. AJUIZAMENTO DE

DE "REVISÃO" DOS CONTRATOS. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. ALEGAÇÃO DE

OFENSA AOS ARTIGOS 265, IV, A E 791, II, DO CPC.

O Ajuizamento de buscando invalidar cláusulas de contratos com eficácia de título

executivo, não impede que a respectiva de execução seja proposta e tenha curso

normal. Opostos e recebidos embargos do devedor, e assim suspenso o processo de

execução – CPC, art. 791, I – poder-se-ia cogitar da relação de conexão entre a de

conhecimento e incidental ao processo executório, com a reunião de processos de

ambas as ações, para instrução e conjuntos, no juízo prevalecente.

especial não conhecido.” (STJ-4a. Turma, REsp 8859-RS, rel. Min. Athos

Carneiro, j. 10.12.91, DJ 25.05.92

“PROCESSUAL CIVIL. ESPECIAL. PROPOSITURA DE REVISIONAL.

ULTERIOR OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR À EXECUÇÃO MOVIDA COM

LASTRO NO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL CUJA REVISÃO SE REQUEREU.

SENTENÇAS AINDA NÃO PROFERIDAS. CONEXÃO. EXISTÊNCIA. REUNIÃO DOS

PROCESSOS. RAZÕES DE ORDEM PRÁTICA.

- Proposta de conhecimento pelo devedor onde se postula a revisão judicial de

cláusulas constantes de título executivo extrajudicial, ou do que o originou, e

opostos, posteriormente, embargos do devedor à execução movida pelo credor com lastro

no título executivo objeto da revisional, a identidade de partes e de pedido autoriza a

reunião dos processos em consideração à carga de conexidade existente entre eles e por

razões de ordem prática, desde que ambos ainda não tenham sido apreciados no

primeiro grau de . Precedentes. especial provido” (STJ-3a. Turma, REsp

514454-SP, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 02.09.03, DJ 20.10.03).

11. Conexão entre execução, ajuizada perante a Justiça Comum, e ordinária de

revisão do habitacional, junto à Justiça Federal

Qual a ser seguido diante da concorrência de um processo de execução

hipotecária (e os respectivos embargos), aforado perante a Justiça Comum, com uma

ordinária, de revisão do de financiamento habitacional, esta tramitando

perante a Justiça Federal? O estadual deve, reconhecendo conexão, remeter os

da execução para a Justiça Federal? Mesmo que não reconheça a existência de conexão,

a execução deve ser suspensa, por depender da de mérito que será proferida

naquela (ordinária de revisão), em obediência à regra do art. 265, VI, “a”, do CPC?

Essas são questões recorrentes quando se trata de decidir sobre o andamento desses

dois tipos de ações, ajuizadas em ramos diferentes da Justiça. Para dar um exemplo de

como isso pode acontecer na prática, relembramos que a Caixa Econômica Federal

alienou de sua carteira habitacional para bancos privados, que passaram a executar

os mutuários em situação de inadimplência junto à Justiça Comum. Ocorre que essesmutuários, nas mais das vezes, já tinham promovido (ou vêm a promover) ações de

revisão do habitacional na Justiça Federal. Esta é competente para a primeira

(revisão), mas não para a segunda (execução). As ações, contudo, guardam estreita

conexão entre si. Elas devem ser reunidas ou simplesmente suspensa a execução?

Evidentemente, não se pode negar a existência de conexão entre a execução (osembargos) e a ordinária que tramita na Justiça Federal, nessas hipóteses. Ambas

decorrem de um mesmo , ou seja, têm a mesma causa de pedir (art. 103). A

jurisprudência já registrava haver conexão entre execução e ordinária originárias do

mesmo (RT 718/163). Mais recentemente, o STJ reafirmou esse entendimento,

deixando claro a existência de conexão entre embargos do devedor e a em que

pretende a “revisão judicial das cláusulas constantes do título executivo extrajudicial, ou do

que o originou” (STJ-3ª. Turma, REsp 514.454-SP, rel. Min. Nancy Andrighi, j.

09.09.03, DJU 20.10.03).

Essa realidade, no entanto, não gera a obrigatoriedade de remessa do processo de

execução para a Justiça Federal, ainda quando este juízo haja despachado em primeiro

lugar. A regra do art. 219 do CPC, que define a do que despacha em

primeiro lugar, refere-se à relativa dos órgãos jurisdicionais. Quando o caso

é de conexão entre causas submetidas a juízes de diversa territorial (espéciede relativa), é aquele em cujo processo ocorreu citação válida (art.

219). Já em se tratando de juízes de mesma territorial, prevalece a regra do

art. 106, que considera o que despacha em primeiro lugar. Em ambas as

situações, pode haver reunião dos processos propostos em separado perante o

, “a fim de que sejam decididas simultaneamente” (art. 105), evitando-se, dessa

forma, a possibilidade de decisões contraditórias. Ambos os dispositivos (art. 106 e 219),no entanto, regulam a conexão em face da relativa (territorial). Melhor

dizendo, ambos contêm regras de deslocação da territorial. A conexão entre

causas submetidas a juízos em razão da absoluta deles não produz a

reunião de processos. Isso porque a conexão não modifica a absoluta, mas

tão-somente a relativa (em razão do valor ou território), nos termos do art. 102 do mesmo

Código.

Se a ordinária tramita perante a Justiça Federal em razão de a Caixa Econômica

Federal figurar no pólo passivo, para tal processo é competente esse ramos da Justiça

em azão da sua absoluta, definida constitucionalmente (art. 109 da CF), que

a reserva para todo tipo de em que a União, suas autarquias, empresas e fundaçõespúblicas sejam partes ou interessadas. Já o processo que tramita na Vara da Justiça

Comum não pode ser abarcado na sua (da Justiça Federal), se não incluir

nenhuma dessas pessoas.

A jurisprudência tem consagrado o entendimento de que, na hipótese de conexão de

causas em que ambos os juízos são absolutamente incompetentes para julgar uma dasdemandas, não ocorre a reunião das ações, permanecendo elas em seu leito judicial

original:

“AGRAVO. CONFLITO POSITIVO DE . ORDINÁRIA NA JUSTIÇA

FEDERAL (UNIÃO ASSISTENTE) QUESTIONANDO A NULIDADE DE E

contrato

ação

AÇÃO

ação

ação

ação

ação

julgamento

Recurso

RECURSO AÇÃO

ação

contrato

ação

jurisdição Recurso

ação

contrato

procedimento

ação contrato

Juiz autos

sentença

ação

parte

contrato

ação

ação

contrato

ação

contrato

ação

contrato

prevenção juiz

competência

competênciacompetência prevento

competência

prevento

juiz

prevento

competência

competência

competência

competência

ação

competência

ação

competência

COMPETÊNCIA AÇÃO

CONTRATO

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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FEDERAL (UNIÃO ASSISTENTE) QUESTIONANDO A NULIDADE DE E

MONITÓRIA NA JUSTIÇA ESTADUAL QUERENDO O CUMPRIMENTO DO MESMO.CONEXÃO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA. IMPOSSIBILIDADE DA REUNIÃO DOS

PROCESSOS.

Somente os juízos determinados pelos critérios territorial ou objetivo em razão do valor da

causa, chamada relativa, estão sujeitos à modificação de porconexão (art. 102, CPC).

A reunião dos processos por conexão, como forma excepcional de modificação de

, só tem lugar quando as causas supostamente conexas estejam

submetidas a juízos, em tese, competentes para o das duas demandas.

Sendo a justiça federal absolutamente incompetente para julgar monitória entre

particulares, não se permite, na hipótese, a modificação de por conexão

(STJ-2ª. Seção, AGRCC 35129/SC, rel. Min. Cesar Asfor Rocha, j. 26.06.02, DJ 24.03.03)”.

Ainda:

COMPETENCIA. CONFLITO. JUIZOS FEDERAL E ESTADUAL. CONEXÃO. ANULATORIA

PROPOSTA CONTRA BANCO CREDOR E ENTES FEDERAIS EM LITISCONSORCIO

PERANTE A JUSTIÇA FEDERAL. EXECUÇÃO E EMBARGOS. COMPETENCIA ABSOLUTA.

ART. 102, CPC. ART. 109, DA CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES.

I – Nos termos do art. 102, CPC, a prorrogável por conexão ou continência é

somente a relativa.

II – A da Justiça Federal, fixada na Constituição, somente pode ser ampliadaou reduzida por constitucional, contra ela não prevalecendo dispositivo legal

hierarquicamente inferior.

III – Não há prorrogação da da Justiça Federal se em uma das causas

conexas não participa ente federal (STJ-2a. Seção, CC 14460-PR, rel. Min. Sálvio deFigueiredo, ac. un., j. 14.02.96, DJ 18.03.96).

Como se vê, a cível da Justiça Federal não se prorroga, não atraindo causa

submetida a outro juízo. A reunião de processos perante essa Justiça, em obediência ao

princípio do privilégio de foro (da ), só ocorre se, em relação ao outro processo

aforado originariamente na Justiça estadual, a União (ou suas autarquias, fundações eempresas públicas) intervém no feito e demonstra seu interesse pela causa (nesse

sentido: CC 12620-DF, rel. Ministro Demócrito Reinaldo, j. 04.04.95, DJ 15.05.95; CC

27627-RJ, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, j. 24.10.01, DJ 04.02.02). A preferência da

Justiça Federal para a reunião dos processos, de maneira a evitar decisões conflitantes,

só pode ocorrer quando ela detém para ambas as ações, por figurar nelas

um dos entes federais já mencionados ou quando um deles, embora não constandocomo originária no feito, vem depois manifestar seu interesse na causa.

A respeito do tema, já decidiu o Fórum dos Juízes das Varas Cíveis do Estado de

Pernambuco:

“Enunciado 27 FVC-IMP: "A conexão entre execução, ajuizada perante a Justiça Comum, e

ordinária de revisão do habitacional, junto à Justiça Federal, não autoriza a

reunião dos processos quando esta última não detém para julgar ambos"

(unânime)”.

Concebido que a causa de (absoluta) da Justiça estadual não se transfere,por conexão, para a Justiça Federal, então deve-se concluir pela necessidade de

suspensão do curso da execução, naquele juízo? A resposta é negativa. Não há motivo

para que seja sobrestado o regular curso da execução.

O que se alega costumeiramente em favor da suspensão é que, em sendo dado

provimento à ordinária proposta (na Justiça Federal), o título executado se tornailíquido e incerto. Ainda se costuma ajuntar o argumento de que o devedor corre o risco de

sofrer prejuízo irreparável, caso se permita a continuidade dos atos executórios, antes de

resolvida a questão da revisão contratual (por do juízo federal). Esse raciocínio

tem respaldo em corrente jurisprudencial, confortada inclusive em decisões do próprio

STJ, no sentido de que “não pode o agente financeiro prosseguir na execução extrajudicialenquanto pendente de a ou a principal em que se

discute o critério a ser adotado no reajuste das prestações da casa própria” (1ª. Turma,

REsp 0017742-MG, rel. Min. Garcia Vieira, DJU 01.06.92; 3ª. Turma, REsp 508944-DF, rel.

Min. Pádua Ribeiro, j. 10.06.03, DJ 28.10.03). Essa argumentação, no entanto, só está

aparentemente correta, pois o prosseguimento da execução não frustra necessariamente

eventual reconhecimento de direito (diminuição ou anulação da própria dívida) do devedor,em outro processo. Além do mais, é preciso buscar a exata compreensão e sentido

prático dessa jurisprudência, sob pena de trazer prejuízos de ordem processual para o

credor.

Com efeito, não se deve paralisar a execução no início ou logo após garantido o juízo pela

penhora. Deve-se deixá-la prosseguir até fase que represente, aí sim, uma possibilidadede dano irreparável, e tal só acontece quando está ela pronta para a realização do leilão. É

com o ato do leilão e a emissão da carta de que se ultima o processo de

do bem ao agente do sistema financeiro ou da transferência a terceiro. Nessa

fase final do pode ser enxergado risco ao direito do executado sobre o

imóvel; não antes. É razoável que o mutuário requeira a suspensão da realização do leilãoou a emissão da carta de , porque, uma vez transferida a titularidade do bem

imóvel objeto da execução hipotecária, seria ineficaz eventual reconhecimento de direito na

conexa revisional. O que não parece lógico é paralisar uma execução no seu

nascedouro, até que decisão em outra causa seja proferida, porque isso representaria a

possibilidade de maiores prejuízos à outra . Contando com a reconhecida

morosidade da máquina judiciária, que pode demorar anos para oferecer umpronunciamento definitivo (inclusive com a possibilidade de a causa ascender às

instâncias extraordinárias), na prática o resultado seria uma suspensão indefinida da

execução.

A paralisação de um processo de execução logo no início representaria, por via transversa,

um impedimento ao direito constitucional de do exeqüente. A jurisprudência tem

entendido que o devedor não pode impedir a contrária de ingressar em juízo com a

ou execução que tiver contra ele (RSTJ 10/474, 12/418, JTA 105/156, RF 304/257),

sob pena de cercear-lhe seu direito (do credor) de recorrer ao Judiciário, garantido pelo art.5º., XXXV, da CF. Impedir que ele não ingresse com a execução ou que não a movimente,

na prática, tem o mesmo efeito.

Deixar, portanto, para decidir sobre eventual suspensão da execução somente na fase dos

procedimentos finais (simplesmente suspendendo-se a emissão da carta de

), é medida que traz menos prejuízos e é compatível com o próprio espírito da

CONTRATO

competência competência

competência

julgamento

ação

competência

competência

competênciaemenda

competência

competência

parte

competência

parte

ação contrato

competência

competência

ação

sentença

julgamento medida cautelar ação

arrematação

adjudicação

procedimento

arrematação

ação

parte

ação

parte

ação

arrematação

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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), é medida que traz menos prejuízos e é compatível com o próprio espírito daLei 5.741/71.

12. Conclusões:

1ª. O não deve conhecer, nas ações de revisão de bancário, de pedido de

repetição de indébito ou qualquer outro que implique em acertamento econômico do, cumulado com o pedido de declaração de nulidade de cláusulas contratuais. A

definição do quantum debeatur deve ficar para fase pré-executória, de liquidação de

, ou mesmo com a apresentação do cálculo aritmético que o exeqüente do

crédito eventual deverá elaborar junto com a de sua execução, em forma de planilha

contendo memória discriminada e atualizada do cálculo, que deverá observar e tomar porbase os parâmetros já definidos na do processo de conhecimento.

2ª. O autor de de revisão não pode deixar de juntar cópia do bancário cuja

revisão pretende, sob pena de a ser considerada inepta, por falta de causa de pedir.

Além de instruir a petição com a cópia do , deve o autor apontar uma a uma as

cláusulas que entende abusivas, juntando, quando for o caso, demonstrativo da evoluçãoda dívida e da efetiva ocorrência de práticas ilegais, sob pena de indeferimento.

3ª. Não cabe pedido de tutela antecipada, em de revisão, para compelir banco a

trazer aos cópia do bancário firmado com o autor. Tal providência há de ser

requerida em processo próprio, de natureza cautelar, preparatório à de revisão. A

juntada do com a é pressuposto da de revisão e dela depende averificação da causa de pedir e a própria formulação do pedido.

4ª. Não deve ser admitida a concessão de para retirar o registro no sistema de

proteção ao crédito do nome do devedor, ao só argumento de que o simples ajuizamento

de uma revisional já torna a dívida discutível. É preciso que o pagamento da dívidaesteja garantido, demonstrando a boa-fé do devedor e sua real intenção quanto ao

cumprimento da prestação. Além do depósito da quantia sobre a qual não há controvérsia,

é indispensável que o autor demonstre que a sua negativa quanto à cobrança da parcela

controversa se funda na aparência do bom direito ou em jurisprudência consolidada.

5ª. O simples ajuizamento de uma ordinária de revisão não tem o condão de impedir ocurso normal da de busca e apreensão, com a correspondente, certo que

houve a necessária constituição em mora. O executivo lato sensu do Dec.

Lei 911/66 não pode ser sobrestado pela mera propositura de ordinária. Eventuais

abusos e ilegalidades na cobrança de juros e outras taxas contratuais podem ser

reprimidos pelo no próprio da busca e apreensão, sabendo-se que ele

tem o poder de, ao autorizar a purga da mora, ajustar o aos termos da lei,definindo os parâmetros para elaboração do cálculo.

6ª. O valor da causa na de revisão de bancário deve corresponder à

diferença entre o valor cobrado pelo banco e aquele que o autor entende como devido,

salvo se o devedor não indicar o benefício econômico que pretende com a revisão, casoem que o valor, para efeito das judiciárias, deve equivaler ao valor integral do

.

7ª. A renegociação de bancário ou a confissão da dívida não impede a

possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores, mas o

reexame de forma retroativa (incidente sobre os contratos originários) somente pode serviabilizado em sede de revisional, nunca no âmbito de embargos à execução do título

executivo resultante da versão renegociada ou confessada da dívida.

8ª. O ajuizamento de revisional de bancário não impede que a respectiva

de execução seja proposta e tenha curso normal. O art. 791 do CPC, que trata das

hipóteses específicas de suspensão da execução, não previu, dentre as situações que ali

enumera, a existência de causa conexa pendente de . Além disso, a

paralisação de um processo de execução logo no início representa, por via transversa, um

impedimento ao direito constitucional de do exeqüente.

9ª. Existe conexão entre de revisão e a execução quando decorram do mesmo

, mas a necessidade de reunião dos processos vai depender da existência dos

embargos do devedor, quando ficar evidenciada a possibilidade de sentenças conflitantes.

10ª. A conexão entre execução, ajuizada perante a Justiça Comum, e ordinária derevisão do habitacional, junto à Justiça Federal, não autoriza a reunião dos

processos quando esta última não detém para julgar ambos. Não é o caso

também de se suspender a execução que corre no juízo estadual, pois o prosseguimento

dela não frustra necessariamente eventual reconhecimento de direito (diminuição ou

anulação da própria dívida) do devedor, naquele outro processo (de revisão).

Notas

[1] Enunciado 34 do Fórum dos Juízes das Varas Cíveis de Pernambuco.

[2] Nesse sentido foi editado o Enunciado n. 11 do Fórum dos Juízes das Varas Cíveis,criado pelo Instituto dos Magistrados de PE, de seguinte teor: “"Na de busca e

apreensão (Dec. Lei nº 911/69), o , ao autorizar a purgação da mora, pode, de ofício,

ajustar o aos termos da lei, definindo os parâmetros para elaboração do cálculo"

(unânime).

[3] O seguinte aresto confirma esse entendimento: "Objetivando-se a reparação por danosmorais, só fixado o 'quantum' se procedente a , ao final, lícita a estimativa feita pelo

autor, posto que de caráter provisório, podendo ser modificada quando da prolação da

decisão de mérito" (JTJ 203/241).

[4]“A petição da de revisão deve ser instruída com cópia do bancário,devendo o autor apontar uma a uma as cláusulas que entende abusivas, juntando,

quando for o caso, demonstrativo da evolução da dívida e da efetiva ocorrência de práticas

ilegais, sob pena de ser indeferida” (Enunciado n. 34 do Fórum dos Juízes das Varas

Cíveis de Pernambuco)

[5] O art. 598 do CPC manda aplicar subsidiariamente ao processo de execução asdisposições que regem o processo de conhecimento.

[6] No sentido de que não é exaustivo o elenco das causas de suspensão constantes do

art. 791: RT 482/272. Em sentido contrário: Amagis 12/85.

[7] É o caso, por exemplo, de suspensão da execução quando o devedor não éencontrado. Essa hipótese não está prevista expressamente no art. 791, mas a

jurisprudência a tem admitido (STJ-3ª. Turma, REsp 2.329-SP, rel. Min. Gueiros Leite, DJU

24.9.90).

arrematação

Juiz contrato

contrato

sentença

inicial

sentença

ação contrato

inicial

contrato

ação

autos contrato

ação

contrato inicial ação

liminar

ação

ação liminar

procedimento

ação

Juiz procedimento

contrato

ação contrato

custas

contrato

contrato

ação

ação contrato

ação

julgamento

ação

ação

contrato

açãocontrato

competência

ação

juiz

contrato

ação

ação contrato

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31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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[8] Pelo menos na hipótese de suspensão do processo por falta de bens a penhorar (inc.III do art. 791), a jurisprudência se divide sobre se prescrição corre durante esse período.

No sentido de que a prescrição não tem curso durante o prazo em que a execução se acha

suspensa: STJ-4ª. Turma, REsp 38.399-4-PR, rel. Min. Barros Monteiro, DJU 2.5.94). Em

sentido contrário: RSTJ 82/177). Especificamente sobre execução fiscal, o Superior

Tribunal de Justiça editou recentemente a sua 314, de seguinte teor: "Em

execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano,findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente".

[9] Se recebidos com , nas hipóteses em que o prosseguimento da

execução puder causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação - art. 739-A,

§ 1º.

[10] Nesse sentido, do Min. Eduardo Ribeiro no do REsp 221903-RS, 3ª.

Turma do STJ, j. 30.09.99, DJ 07.02.00), do qual se destaca o seguinte trecho: "Enquanto

não houver , com trânsito em julgado, declarando que o depósito efetuadosatisfaz o que seria exigível, aquele terá sido apenas um ato unilateral do devedor. Dele

não se pode concluir esteja a mora afastada. Assim fosse, bastava efetuar um depósito

qualquer para impedir a do credor".

Demócrito Reinaldo Filho é de Direito em Pernambuco, Diretor do Instituto Brasileiro

de Direito e Política da Informática (IBDI), Doutorando do curso de Direito da UniversidadeEstácio de Sá

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6 formas de driblar as tarifas dos Bancos

Bancos compartilham oferta de serviços para reduzir custos

súmula

efeito suspensivo

voto julgamento

sentença

ação

Juiz

Page 15: Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

31/01/13 Da Ação de Revisão de Contrato bancário. Algumas questões processuais

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JC omments

Bancos compartilham oferta de serviços para reduzir custos

Bancos e telefonia ferem pelo menos três regras do CDCDiferença de preço entre pacotes de tarifa bancária chega a 70%

Detalhamento de taxas no Contrato bancário permite a cobrança da taxa efetiva de

juros contratada

Celular pode substituir cartão de Banco

Aprenda a negociar empréstimos novos e antigos com os BancosBanco responde por fraude se não provar culpa externa

Mais um avanço tecnológico: Caixa automático dos Bancos fará operações de

câmbio

Justiça quer explicações sobre cobrança, pelos Bancos, de cadastro para

financiamento

Bancos mudam estratégia para era dos juros baixos no PaísSTF definirá limites do "compliance"

Justiça barra ação de Golpista contra Instituições bancárias

Receita aumenta o cerco aos maiores Infratores

Bancos miram conta-salário dos Correntistas

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financiamento suspensosO "Banco do futuro" se torna realidade

Caixas eletrônicos de multimoedas é nova aposta de Fabricantes

BRADESCO terá de contratar Aprendizes em todo o País

Bancos nacionais ainda ganham quase 50% a mais do que os norte-americanos

Bancos cumprem pouco mais que metade de normas do BC e do Código deDefesa do Consumidor

Algumas considerações a respeito do regime jurídico dos Contratos bancários no

ordenamento jurídico pátrio

O Direito Bancário e o Projeto do Código Comercial

Tire proveito da guerra das tarifas

"O sistema financeiro despertou para o potencial das pequenas Empresas"STJ autoriza Bancos a cobrar taxa de cadastro, para abertura de conta-corrente

Seu Banco é socialmente responsável? Descubra no GBR

Bancos podem vir a ser proibidos de impor valor mínimo para saques e depósitos

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Governo apura reclamações contra Bancos

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10 Leis que poderiam mudar a vida do Consumidor, mas não pegaram

Fim do almoço grátis e o Poupador brasileiro

A responsabilidade dos Bancos pelos prejuízos resultantes do "phishing"

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