Prã_ticas Processuais Administrativas

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    1/162

    1

    PRATICAS 

    PROCESSUAIS 

    ADMINISTRATIVAS 

    Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados 

    Outubro de 2011

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    2/162

    PROGRAMAContencioso Administrativo antes da Reforma 

    •   Organização 

    Judiciária 

    Administrativa: 

    tribunais, 

    respectivas 

    competências e sua repartição; 

    •   Meios Contenciosos: sua tramitação; 

      Recursos 

    Jurisdicionais; 

    •   Processo Executivo;

    •   Regime de Custas Judiciais 

    2

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    3/162

    Contencioso Administrativo decorrente da Reforma

    •   Organização 

      judiciária 

    Administrativa: 

    tribunais, 

    respectivas 

    competências e sua repartição; 

    •   Pressupostos processuais, em especial a legitimidade passiva 

    dos 

    entes 

    públicos; 

    •   A Acção Administrativa Comum: objecto e tramitação; 

    •   A Acção Administrativa Especial: objecto e tramitação;

      O 

    Pedido 

    na 

    acção 

    Administrativa 

    Especial; 

    3

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    4/162

    4

    Diplomas que regulavam, em termos adjectivos, o Contencioso Administrativo, antes da Reforma operada pelas Leis n.ºs 13/02, de 19/02, 

    n.º 15/02, de

     22/02,

     alteradas

     pela

     Lei

     n.º 4

    ‐A/03

     de

     19/02

     e pela

     Lei

     n.º

    107‐D/03, de 31.12

      Estatuto  dos  Tribunais  Administrativos  e  Fiscais  (DL  n .º 1 29 /8 4,  de 27/04, alterado pelo DL n . º 2 2 9 / 9 6 , de 29.11)

      Lei 

    de 

    Processo 

    nos 

    Tribunais 

    Administrativos 

    (DL 

    n.º 267/85, 

    de 

    16.07)

      Lei  Orgânica  do  Supremo  Tribunal  Administrativo  (DL  40768,  de 08.09.1956)

      Regulamento 

    do 

    Supremo 

    Tribunal 

    Administrativo 

    (DL 

    n . º 4 1 

    234 

    de 

    20.08.1957)

      Código Administrativo  – Parte IV do Contencioso Administrativo 

      Regime  de  Execução  das  Sentenças  dos  Tribunais  Administrativos 

    (DL 

    n . º 2 5 6‐

    A/77, 

    de 

    17.06)   Contencioso dos Contratos de Obras, de Prestação de Serviços e de 

    Fornecimento de Bens ( DL n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05)

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    5/162

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    6/162

    6

    •   LIMITES DA JURISDIÇÃO (art. 4º do ETAF)

    Estão 

    excluídos 

    da 

      jurisdição 

    administrativa 

    os 

    recursos 

    as acções que tenham por objecto: 

    a. Actos  praticados  no  exercício  da  função  política  e 

    responsabilidade 

    pelos 

    danos 

    decorrentes 

    desse 

    exercício;b . N or ma s  legislativas  e  responsabilidade  pelos  danos 

    decorrentes do exercício da função legislativa; 

    c. Actos 

    em 

    matéria 

    administrativa 

    dos 

    tribunais 

      judiciais;d. A ct os  relativos  ao  inquérito  e  instrução  criminais  e  ao exercício da acção penal;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    7/162

    7

    e.  Qualificação  de  bens  como  pertencentes  ao domínio público 

    actos 

    de 

    delimitação 

    destes 

    como 

    bens 

    de 

    outra 

    natureza;f.  Questões  de  direito  privado,  ainda  que  qualquer  das  partes 

    seja pessoa de direito público;

    g.  Actos  cuja  apreciação  pertença  por  lei  à c om pe tê nc ia  de outros

     tribunais;

    •   Ausência de Alçada (art.10º do ETAF)

      Os 

    tribunais 

    administrativos 

    não 

    têm 

    alçada. 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    8/162

    8

    SUPREMO TRIBUNAL

     ADMINISTRATIVO

     

      SEDE e ÂMBITO de JURISDIÇÃO (art. 14º do ETAF)   O Supremo Tribunal Administrativo tem sede em Lisboa  e 

      jurisdição 

    em 

    todo 

    território 

    nacional.   FUNCIONAMENTO (art. 20º do ETAF)   O Supremo Tribunal Administrativo funciona em plenário, por 

    secções e por subsecções. 

      PODERES de

     COGNIÇÃO

     (art.

     21º do

     ETAF)

    1. O Supremo Tribunal Administrativo conhece de matéria de facto e de direito, salvo o disposto nos números seguintes.

    2. O  Plenário   apenas  conhece  de  matéria  de  direito,  salvo  nos 

    processos 

    de 

    conflito.3. O  Pleno  de  cada  secção  apenas  conhece  de  matéria  de  direito, 

    salvo nos processos de conflito.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    9/162

    9

    PLENÁRIO 

      COMPETÊNCIA   ( a r t . 2 2 º d o ETAF)   Compete ao Plenário do STA conhecer, nomeadamente:I. Dos  recursos  de  acórdãos  das  secções  ou  dos  respectivos  plenos  proferidos  ao 

    abrigo  das  alíneas  a)  dos  artigos  24º e  30º,  que,  relativamente  ao  mesmo fundamento de direito e na ausência de alteração substancial da regulamentação  jurídica,  perfilhem  solução  oposta   à de  acórdão  de  diferente  secção,  ou  do 

    respectivo pleno ou do plenário.

    II. Dos 

    recursos 

    de 

    acórdãos 

    dos 

    plenos 

    proferidos 

    ao 

    abrigo 

    das 

    alíneas 

    a) 

    dos 

    artigos  2 4 º e  3 0 º q u e ,  na  hipótese  prevista  na  alínea  anterior,  perfilhem  solução oposta à de acórdão do mesmo pleno ou da respectiva secção;

    III. Dos  recursos  de  acórdãos  das  secções  do  TCA  proferidos  em  último  gr au  de   jurisdição  que  na  hipótese  prevista  em  I.  perfilhem  solução  oposta  à de  acórdão 

    de 

    diferente 

    secção 

    do 

    mesmo 

    Tribunal 

    ou 

    de 

    diferente 

    secção, 

    ou 

    do 

    respectivo 

    pleno, ou do plenário do STA. 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    10/162

    10

    SECÇÃO 

    de 

    CONTENCIOSO 

    ADMINISTRATIVO 

      Competência da Secção em Pleno (art. 24º do ETAF)

      Compete 

    ao 

    Pleno 

    da 

    Secção 

    de 

    Contencioso 

    Administrativo 

    conhecer, nomeadamente :

    a) Dos  recursos  de  acórdãos  proferidos  em  recurso  directamente interposto  para  a  Secção  que  não  sejam  da  competência  do plenário;

    b) Dos recursos de acórdãos da Secção de Contencioso Administrativo do  TCA  proferidos  em  último  grau  de    jurisdição  que  na  hipótese prevista na alínea anterior, perfilhem solução oposta à de Acórdão da  mesma  secção  ou  da  secção  de  Contencioso  Administrativo  do 

    STA 

    ou 

    do 

    respectivo 

    pleno;c) Dos  conflitos  de  competência  entre  as  secções  de  contencioso 

    administrativo do TCA  e do STA;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    11/162

    11

    Competência da Secção pelas subsecções 

    (art.26º do ETAF)

      Compete  à secção  de  Contencioso  Administrativo,  pelas  suas subsecções, conhecer:

    a) Dos 

    recursos 

    de 

    acórdãos 

    da 

    Secção 

    de 

    Contencioso 

    Administrativo 

    do Tribunal Central Administrativo proferidos em 1 º g r a u de   jurisdição;

    b) Dos  recursos  de  decisões  dos  TAC  para  cujo  conhecimento  não  sejacompetente o TCA;

    c) Dos  recursos  de  actos  administrativos  ou  em  matéria  administrativa 

    praticados 

    pelo 

    Presidente 

    da 

    República, 

    pela 

    Assembleia 

    da 

    República 

    seu Presidente, pelo Governo, seus membros; Ministros da República  e Provedor 

    de Justiça, todos com excepção dos relativos ao funcionalismo público, pelos Presidentes  do  Tribunal  Constitucional,  Supremo  Tribunal  Administrativo  e Tribunal de Contas, pelo Conselho Superior de Defesa Nacional, pelo Concelho Superior  dos  Tribunais  Administrativos  e  Fiscais  e  seu  Presidente,  pelo 

    Procurador 

    Geral 

    da 

    República, 

    pelo 

    Conselho 

    Superior 

    do 

    Ministério 

    Público e pela Comissão de Eleições prevista na lei o g â n i c a d o Ministério Público.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    12/162

    12

    d) Dos processos de contencioso relativo a eleições previstas no ETAF;

    e) 

    Dos 

    conflitos 

    de 

    competência 

    entre 

    TAC 

    secção 

    de 

    contencioso administrativo do TCA;f)  Dos  conflitos  de    jurisdição  entre  a  secção  de  contencioso 

    administrativo do TCA e autoridades administrativas; 

    g) 

    Dos 

    pedidos 

    de 

    suspensão 

    de 

    eficácia 

    dos 

    actos 

    que 

    se 

    refere a al. c);h) Dos pedidos relativos à e x e c u ç ã o dos   julgados;i) Dos  pedidos  de  produção  antecipada  de  prova  formulados 

    em 

    processo 

    nela 

    pendente; 

      j) Das matérias que lhe forem confiadas por lei.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    13/162

    13

    TRIBUNAL CENTRAL 

    ADMINISTRATIVO   Sede,  âmbito  de  jurisdição  e  organização  (art.36º

    do ETAF)

      O  TCA  tem  sede  em  Lisboa  e    jurisdição  em  todo  o  território nacional;

      A

     

    secção 

    de 

    contencioso 

    administrativo 

    pode 

    funcionar 

    por 

    subsecções,  de  competência  genérica  ou  especializada  em função  do  meio  processual  utilizado  ou  da  natureza  da questão a conhecer.

      Poderes de

     Cognição

     (art.

     39º do

     ETAF)

      O TCA conhece de matéria de facto e de direito.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    14/162

    14

      Competência em Contencioso Administrativo (art.40º do ETAF)    Compete  à Secç ão  de  Contencioso  Administrativo  conhecer, 

    nomeadamente: 

    a) Dos  recursos  de  decisões  dos  TAC  que  ver sem  sobre  matéria  relativa  ao funcionalismo  público   ou  que  tenham  sido  proferidas  em  meios processuais acessórios;

    b) Dos 

    recursos 

    de 

    actos 

    administrativos 

    ou 

    em 

    matéria 

    administrativa praticados  pelo  Governo,  seus  membros,  Ministros  da  República  e 

    Provedor  de  Justiça,  todos  quando  relativos  ao  funcionalismo  público, pelos órgãos de governo próprio das Regi õ es Autónomas e seus membros, pelo  Chefe  do  Estado  Maior  General  das  Forças  Armadas,  pelos  órgãos 

    colegiais 

    de 

    que 

    algum 

    faça 

    parte, 

    com 

    excepção 

    do 

    Conselho 

    Superior 

    de 

    Defesa Nacional, bem como por outros órgãos centrais independentes ou superiores do Estado de categoria mais elevada que a de director‐geral;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    15/162

    15

    c)  Dos  pedidos  de  declaração  de  ilegalidade,  com  força  obrigatória  geral,  de normas  regulamentares,  desde  que  tais  normas  tenham  sido    julgadas 

    ilegais 

    por 

    qualquer 

    tribunal 

    em 

    t r ês 

    casos 

    concretos, 

    ou 

    desde 

    que 

    os 

    seu s efei t o s se produzam imediatamente, sem dependência de um acto administrativo ou    jurisdicional de aplicação, salvo o disposto na al. e) do n.º1 do art. 5 1 º d o ETAF.

    d) 

    Dos 

    conflitos 

    de 

    competência 

    entre 

    os 

    TAC;e) Dos conflitos de   jurisdição entre TAC e autoridades administrativas;

    f) Dos pedidos de suspensão de eficácia dos actos a que se refere a al. b);

    g) Dos pedidos relativos à e x e c u ç ã o de   julgados.

    h)  Dos  pedidos  de  produção  antecipada  de  prova  formulados  em  processo nela pendente;

    i) Das matérias que lhe fo r em confiadas por lei.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    16/162

    16

    TRIBUNAIS 

    ADMINISTRATIVOS 

    DE 

    CÍRCULO 

      Sede e área de  jurisdição (art.45º do ETAF)

      Os 

    TAC 

    tinham 

    sede 

    em 

    Lisboa, 

    Porto, 

    Coimbra, 

    Ponta Delgada e Funchal.

      A  área  de    jurisdição  de  cada  tribunal  foi  fixada  no  DL  n.º374/84,  de  29.11,  alterado  pelo  DL  n .º 1 14 /9 7,  de  12.05   –Mapa VII.

      Competência dos Tribunais (art. 51º do ETAF)

      Compete aos TAC conhecer, nomeadamente:a) Dos  recursos  de  actos  administrativos  dos  directores‐gerais  e  de  outras 

    autoridades  da  Administração  Central,  ainda  que  praticados  por delegação de membros do Governo;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    17/162

    17

    b) Dos recursos de actos administrativos de órgãos das Forças Armadas para cujo conhecimento não seja m competentes o STA e o TCA;

    c ) Dos 

    recursos 

    de 

    actos 

    administrativos 

    de 

    Governadores 

    Civis 

    deAssembleias Distritais;

    d) Dos recursos de actos administrativos dos órgãos de serviços públicos dotados de personalidade   jurídica e autonomia administrativa;

    e) Dos 

    recursos 

    de 

    actos 

    administrativos 

    dos 

    órgãos 

    da 

    administração pública regional ou local e das pessoas colectivas de utilidade pública 

    Administrativa;

    f) Dos recursos de actos administrativos dos concessionários;

    g) Dos recursos de actos administrativos dos órgãos de associações públicas;

     

    h) Dos recursos de actos de que resultem conflitos de atribuições que envolvam órgãos de pessoas colectivas diferentes;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    18/162

    18

    i) Dos  recursos  de  normas  regulamentares  ou  de  outras  normas  emitidas no desempenho da função administrativa pelas entidades referidas  nas 

    alíneas 

    c) 

    d) 

    deste 

    artigo, 

    bem 

    como 

    dos 

    pedidos 

    de 

    declaração 

    de ilegalidade  dessas  normas,  desde  que,  tenham  sido    julgadas  ilegais  por 

    qualquer tribunal em três casos concretos  ou desde que os seus efeitos se  produzam  imediatamente,  sem  dependência  de  um  acto administrativo  ou   jurisdicional de aplicação ;

      j) 

    Das 

    acções 

    para 

    obter 

    reconhecimento 

    de 

    um 

    direito 

    ou 

    interesse 

    legalmente protegido;

    K)  Das  acções  sobre  contratos  administrativos  e  sobre  responsabilidade  daspartes pelo seu incumprimento;

    l) 

    Das 

    acções 

    sobre 

    responsabilidade 

    civil 

    do 

    Estado, 

    dos 

    demais 

    entes públicos  e  dos  titulares  dos  seus  órgãos  e  agentes  por  prejuízos 

    decorrentes de actos de gestão pública, incluindo acções de regresso;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    19/162

    19

    m) Do contencioso eleitoral relativo a órgãos de pessoas colectivas públicas para que não seja competente outro tribunal; 

    n) 

    Dos 

    recursos 

    das 

    acções 

    pertencentes 

    ao 

    contencioso 

    administrativo 

    para que não seja competente outro tribunal;

    o) Dos pedidos de suspensão de eficácia doa actos administrativos recorridos; 

    p) Dos pedidos de intimação de autoridade administrativa para facultar a consulta

     de

     documentos

     ou

     processos

     e 

    passar 

    certidões, 

    fim 

    depermitir aos requerentes o uso de meios administrativos ou contenciosos;

    q) Dos pedidos relativos à e x e c u ç ã o dos seus   julgados;

    r) Dos pedidos de intimação de particular ou de concessionário para adoptar ou

     se

     abster

     de

     certo

     comportamento,

     com

     o 

    fim 

    de 

    assegurar 

    cumprimento de normas de direito administrativo; 

    s) Dos pedidos de produção antecipada de prova formulados em processo neles pendente ou a instaurar em qualquer tribunal administrativo;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    20/162

    20

      Competência Territorial  – Regra Geral (art. 52º do ETAF)   Os  recursos  são  interpostos  na  residência  habitual  ou  da  sede  do 

    recorrente ou

     da

     maioria

     dos

     Recorrentes.

      Competência  para recursos relativos a imóveis art. 53º do ETAF)   Os recu rsos que tenham por objecto mediato bens imóveis ou direitos 

    a eles referentes são interpostos no tribunal da situação dos bens.    Outras regras de competência (art.54º do ETAF)   Os  recursos  de  actos  administrativos  de  governadores  civis  e 

    assembleias distritais, dos órgãos da administração pública regional ou local e das pessoas colectivas de utilidade pública administrativa, bem de  normas  regulamentares  ou  de  outras  normas  emitidas  no 

    desempenho 

    da 

    função 

    administrativa 

    pelos 

    órgãos 

    da 

    administração 

    pública 

    regional 

    ou 

    local, 

    pelas 

    pessoas 

    colectivas 

    de 

    utilidade 

    pública 

    administrativa  e pelos concessionários  são interpostos no tribunal da sede da autoridade recorrida.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    21/162

    21

    •   O contencioso eleitoral é da competência do tribunal da área da sede do órgão cuja eleição se impugna.

    •   Os  pedidos  de  intimação  de  autoridade  administrativa  para facultar  a  consulta  de  documentos  ou  processos  e  passar certidões  são  instaurados  no  tribunal  da  área  da  sede  da 

    autoridade requerida.

    •   Os  pedidos  de  intimação  de  particular  ou  de  concessionário para  adoptar  ou  se  abster  de  certo  comportamento  são 

    instaurados 

    no 

    tribunal 

    da 

    área 

    onde 

    teve 

    lugar 

    comportamento ou a sua omissão.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    22/162

    22

    •   Competência para acções (art. 55º do ETAF)As acções relativas a responsabilidade civil extracontratual são propostas:

    1. No 

    tribunal 

    do 

    lugar 

    em 

    que 

    ocorreu 

    acto, 

    se 

    tiverem 

    por fundamento a prática de acto material;

    2. No tribunal determinado pela aplicação da regra geral de competência territorial,  da  regra  da  situação  dos  bens  ou  das  outras  regras  de competências    já aqui referidas se tiverem por fundamento a prática de 

    acto 

      jurídico.As  acções  relativas  a  contratos  administrativos  são  propostas  no  tribunal 

    convencionado  ou,  na  falta  de  convenção,  no  tribunal  do  lugar  de cumprimento do contrato.

    As  acções  para  obter  o  reconhecimento  de  um  direito  ou  interesse 

    legalmente 

    protegido   são 

    propostas 

    no 

    tribunal 

    determinado 

    pela aplicação  da  regra  geral  de  competência  territorial,  da  regra  da 

    situação  dos  bens  ou  das  outras  regras  de  competências    já aqui referidas. 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    23/162

    23

    CONTENCIOSO 

    ADMINISTRATIVO•   Lei reguladora do processo (art. 1º da LPTA)•   O  processo  nos  tribunais  administrativos  r ege‐se  pela  LPTA,  pela 

    legislação 

    para 

    que 

    ela 

    remete 

    e, 

    supletivamente, 

    pelo 

    disposto 

    na 

    lei 

    de processo civil, com as necessárias adaptações.

    •   Petição a tribunal incompetente (art. 4º da LPTA)•   Quando  a  petição  seja  dirigida  a  tribunal  incompetente,  pode  o 

    demandante,  no  prazo  de  14  dias,  a  contar  do  trânsito  em    julgado da 

    decisão 

    que 

    declare 

    incompetência, 

    requerer 

    ao 

    r em essa 

    tribunal competente.

    •   Constituição de Advogado (art. 5º da LPTA)•   É o br i ga t ór i a  a  constituição  de  advogado  nos  processos  da  competência 

    dos tribunais administrativos. 

    •   Provas (art.12º da

     LPTA)

    •   Nos  processo  da  competência  do  STA  e  do  TCA  e  nos  recursos contenciosos  de  anulação  s ó é ad mi ss ív el  prova  documental,  salvo  nos casos  especialmente  previstos  e  naqueles  em  que  o  tribunal  considere necessária a prova pericial. 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    24/162

    24

    ESPÉCIES 

    DE 

    PROCESSOS•   Recurso contencioso de anulação (art.24º da LPTA)

    •   Os 

    recursos 

    contenciosos 

    de 

    actos 

    administrativos 

    de 

    actos 

    em matéria administrativa são regulados pelo ETAF, pela LPTA pelo Código Administrativo, pelo estabelecido na Lei Orgânica e no Regulamento do STA.

    •   Actos Recorríveis (art.25º da LPTA)

    S ó é a d m i s s í v e l recurso dos actos definitivos e executórios.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    25/162

    25

    •   Natureza e Objecto do Recurso Contencioso 

    Os

     

    recursos 

    contenciosos 

    são 

    de 

    mera 

    legalidade 

    têm 

    por objecto  a declaração da invalidade ou anulação dos actos recorridos.

    •   Competência em razão do Autor do Acto 

    competência 

    para 

    conhecimento 

    dos 

    recursos 

    contenciosos  é determinada  pela  categoria  da autoridade  que  tiver  praticado  o  acto  recorrido,  ainda 

    que 

    no 

    uso 

    de 

    delegação 

    de 

    poderes.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    26/162

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    27/162

    27

    •   Recurso de acto expresso (art.29º)•   O prazo para a interposição de recurso de acto expresso 

    conta‐

    se 

    da 

    respectiva 

    notificação 

    ou 

    publicação, 

    quando 

    esta 

    seja imposta por lei.•   Este facto não prejudica a faculdade de o interessado interpor 

    recurso antes da notificação ou publicação do acto, se tiver 

    sido 

    iniciada 

    execução 

    deste.•   O prazo para a interposição de recurso de acto não sujeito a 

    publicação obrigatória conta‐se, para os interessados que não tenham de ser notificados, a partir do conhecimento do início 

    da 

    respectiva 

    execução.•   O prazo para a interposição de recurso pelo Ministério 

    Público conta‐se da data da prática do acto ou da sua publicação, quando esta seja imposta por lei.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    28/162

    28

    •   Notificação ou publicação insuficiente (art.31º da LPTA)•   Se  a  notificação  ou  a  publicação  não  contiver  a 

    fundamentação 

    integral 

    da 

    decisão 

    as 

    demais 

    indicações 

    a que se refere o artigo anterior, pode o interessado, dentro de 

    um mês, requerer a notificação das que tenham sido omitidas ou a passagem de certidão que as contenha.

      Se 

    interessado 

    usar 

    desta 

    faculdade, 

    prazo 

    para 

    recurso conta‐se a partir da notificação ou da entrega da certidão que 

    tenha sido requerida.•   A apresentação do requerimento supra mencionado pode ser 

    provada 

    por 

    duplicado 

    do 

    mesmo, 

    com 

    registo 

    de 

    entrada 

    no 

    serviço 

    que 

    promoveu 

    publicação 

    ou 

    notificação, 

    ou 

    por outro documento autêntico.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    29/162

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    30/162

    30

    •   Apresentação da Petição (art.35º da LPTA)•   Os recursos contenciosos são interpostos pela apresentação da respectiva 

    petição 

    na 

    secretaria 

    do 

    tribunal 

    que 

    é d i r i g i d a .•   Quando  o  signatário  da  petição  não  tiver  escritório  na  comarca  da  sede 

    daquele tribunal, pode a m esm a ser apresentada:a) Tratando‐se de recurso dirigido ao Supremo Tribunal Administrativo ou ao 

    Tribunal  Central  Administrativo,  na  secretaria  de  um  tribunal 

    administrativo 

    de 

    círculo 

    com 

    sede 

    fora 

    de 

    Lisboa;b) Tratando‐se de recurso dirigido a um tribunal administrativo de círculo, na 

    secretaria de outro d est es tribunais.•   Quando  o  signatário  da  petição  tiver  escritório  numa  das  regiões 

    autónomas,  pode  a  m esm a  ser  apresentada  na  secretaria  de  qualquer 

    tribunal 

    tributário 

    d essa 

    região.•   A petição pode ser enviada, sob registo postal, à secretaria do tribunal a 

    que  é dirigida,  quando  o  respectivo  signatário  não  tiver  escritório  na comarca da sede desse tribunal.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    31/162

    31

    •   Arguição subsidiária de vícios (art.37º da LPTA)•   O  recorrente  pode  arguir  vícios  do  acto  impugnado,  segundo  uma  relação  de 

    subsidiariedade.•   Cumulação

     e coligação

     (art.38º da

     LPTA)

    •   O  recorrente  pode  cumular  a  impugnação  de  actos  que  estejam  entre  si  numa relação de dependência ou de conexão.

    •   Podem coligar‐se vários recorrentes quando impugnem o mesmo acto ou, com os mesmos  fundamentos    jurídicos,  actos  contidos  num  único  despacho  ou  outra 

    forma 

    de 

    decisão.•   A cumulação e a coligação não são admissíveis:a)  Quando  a  competência  para  conhecer  das  impugnações  pertença  a  tribunais  de 

    diferente categoria;b) Quando a impugnação dos actos não esteja sujeita à m e s m a forma de processo.•

      Em 

    caso 

    de 

    ilegal 

    cumulação 

    ou 

    coligação, 

    os 

    recorrentes 

    têm 

    faculdade 

    de interpor novos recursos, no prazo de um mês, a contar do trânsito em    julgado da 

    decisão,  considerando‐se  as  petições  apresentadas  na  data  de  entrada  da primeira.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    32/162

    32

    •   Preparo (art.41º da LPTA)•   Autuada a petição de recurso, se o seu signatário 

    não 

    tiver 

    escritório 

    na 

    comarca 

    da 

    sede 

    do 

    tribunal, 

    é n o t i f i c a d o para efectuar o preparo devido.

    •   Prazos da

     Resposta

     e Contestação

     (art.45º da

     LPTA)

    •   O prazo para resposta ou contestação da autoridade r e c o r r i d a é d e 40 dias e o prazo para a contestação 

    dos 

    demais 

    interessados 

    é de 

    30 

    dias. 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    33/162

    33

    •   Revogação do acto Recorrido (art.47º da LPTA)

    •   O acto recorrido pode ser total ou parcialmente revogado, nos termos do 

    disposto 

    no 

    CPA, 

    a t é a o 

    termo 

    do 

    prazo 

    para 

    resposta 

    ou 

    contestação 

    da autoridade recorrida. 

    •   Falta de Impugnação (art.50º da LPTA)•   A  falta  de  resposta  ou  a  falta  nela  de  impugnação  especificada  não 

    importa  confissão  dos  factos  articulados  pelo  recorrente,  mas  o  tribunal 

    aprecia 

    livremente 

    essa 

    conduta 

    para 

    efeitos 

    probatórios.•   Envio do processo administrativo (art.46º da LPTA)•   Com  a  resposta  ou  contestação  ou  dentro  do  respectivo  prazo,  a 

    autoridade  recorrida  é o br ig ad a  a  r em et er  ao  tribunal  o  original  do processo administrativo em que foi praticado o acto recorrido e os demais 

    documentos 

    relativos 

    à m a t é r i a 

    do 

    recurso.•   O envio do original do processo s ó p o d e ser substituído pelo de fotocópias 

    autenticadas  e  devidamente  ordenadas,  mediante    justificação fundamentada  da  autoridade  recorrida,  com  base  em  prejuízo considerável para o interesse público. 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    34/162

    34

    •   Alegações (art. 848º do Código Administrativo)•   Concluída  a  produção  de  prova,  s e r á o  processo  continuado 

    com 

    vista 

    aos 

    advogados 

    do 

    recorrente 

    do 

    recorrido 

    para alegarem por escrito, num prazo que p o d e r á s e r fixado entre 

    10 a 30 dias, consoante a complexidade do recurso.

    •   Nos 

    recurso 

    interpostos 

      junto 

    do 

    STA 

    prazo 

    para 

    alegações também é de 30 dias. No entanto, com as alegações poderão 

      juntar‐se  novos  documentos,  tendo,  porém,  o  recorrente  o direito  de,  no  prazo  de  10  dias  a  contar  da  notificação  que para esse efeito lhe for feita, responder sobre aqueles que lhe forem

     oferecidos

     pelo

     recorrido

     (art.

     34º do

     Regulamento

     do

     

    STA). 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    35/162

    35

    •   Ordem de conhecimento dos vícios (art. 57º da LPTA) •   Se nada obstar ao    julgamento do objecto  do  recurso,  o  tribunal conhece, 

    prioritariamente, 

    dos 

    vícios 

    que 

    conduzam 

    à d e c l a r a ç ã o 

    de 

    invalidade 

    do acto  recorrido  e,  depois,  dos  vícios  arguidos  que  conduzam  à a nu la çã o 

    deste.•   Nos referidos grupos, a apreciação dos vícios é f e i t a pela ordem seguinte:a)  No  primeiro  grupo,  o  dos  vícios  cuja  procedência  determine,  segundo  o 

    prudente 

    critério 

    do 

      julgador, 

    mais 

    est á vel 

    ou 

    eficaz 

    tutela 

    dos 

    interesses ofendidos;

    b)  No  segundo  grupo,  a  indicada  pelo  recorrente,  quando  estabeleça  entre el es  uma  relação  de  subsidiariedade  e  não  sejam  arguidos  outros  vícios pelo Ministério Público, ou, nos demais casos, a fixada na alínea anterior.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    36/162

    36

    •   O exercício de poderes discricionários s ó p o d e ser atacado contenciosamente com fundamento em desvio de poder. 

    •   A 

    anulação 

    por 

    desvio 

    de 

    poder 

    t e r á l u g a r 

    sempre 

    que 

    da 

    prova exibida resultar para o Tribunal a convicção de que o motivo principalmente determinante da prática do acto recorrido não condizia com o fim visado pela lei na concessão de

     poder

     discricionário.

    •   Nos processos que correm   junto do STA os advogados constituídos pelas partes podem requerer que os processos sejam confiados para exame, nos termos e com as sanções estabelecidas

     na

     lei

     do

     processo

     civil.

     

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    37/162

    37

    Impugnação 

    de 

    normas•   Recursos

    •   Pressupostos (art.

     63º da

     LPTA)

    •   Os  recursos  de  normas  regulamentares  ou  de  outras  normas emitidas  no  desempenho  da  função  administrativa  pelos 

    órgãos 

    da 

    administração 

    pública 

    regional 

    ou 

    local 

    das 

    pessoas colectivas de utilidade pública administrativa e pelos concessionários  podem ser interpostos, a todo o tempo pelo MP e por quem seja prejudicado pela aplicação  da  norma  ou 

    venha 

    sê‐

    lo, 

    previsivelmente, 

    em 

    momento 

    próximo. 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    38/162

    38

    •   Tramitação (art. 64º da LPTA) •   Os  recursos  de  normas  seguem  os  termos  dos  recursos  de 

    actos 

    administrativos 

    dos 

    órgãos 

    da 

    administração 

    local.

    •   Decisão (art. 65º da LPTA)•   O    juiz  pode  decidir  com  fundamento  na  violação  de 

    disposições 

    ou 

    princípios 

    diversos 

    daqueles 

    cuja 

    violação 

    foi 

    invocada.•   A decisão de provimento produz os efeitos previstos no artigo 

    1 1 º d o ETAF e  e s tá s u je i ta  a  publicação  nos  termos  do  artigo 

    58º.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    39/162

    39

    •   Declaração de  Ilegalidade•   Pressupostos (art.66º da LPTA) 

    •   A  declaração  de  ilegalidade  com  força  obrigatória  geral,  de  qualquer  norma emitida no desempenho da função administrativa pode ser pedida por quem seja prejudicado  pela  aplicação  da  norma  ou  venha  a  sê‐lo,  previsivelmente,  em momento  próximo  e  sê‐lo‐á o br ig at or ia me nt e  pelo  MP,  quando  tenha 

    conhecimento 

    de 

    três 

    decisões 

    de 

    quaisquer 

    tribunais, 

    transitadas 

    em 

      julgado, 

    que recusem a aplicação da norma com fundamento na sua ilegalidade.

    •   Tramitação (art. 67º da LPTA) 

    •   Os  processos  de  declaração  de  ilegalidade  seguem  os  termos  dos  recursos  de actos  administrativos  do  autor  da  norma.  Tal  como  nos  recursos,  o    juiz  pode decidir

     com

     fundamento

     na

     violação

     de

     disposições

     ou

     princípios

     diversos

     

    daqueles cuja violação foi invocada.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    40/162

    40

    ACÇÕES 

    •   Acções para reconhecimento de direito ou interesse legítimo 

    •   Pressupostos (art. 69º da LPTA)

    •   As  acções  para  obter  o  reconhecimento  de  um  direito  ou  interesse legalmente  protegido  podem  ser  propostas  a  todo  o  tempo,  salvo  odisposto  em  lei  especial,  por  quem  invoque  a  titularidade  do  direito  ou interesse a reconhecer.

    •   As 

    acções 

    só podem 

    ser 

    propostas 

    quando 

    os 

    restantes 

    meios 

    contenciosos,  incluindo  os  relativos  à exec ução  de  sentença,  não assegurem a efectiva tutela   jurisdicional do direito ou interesse em causa.

    •   Tramitação (art. 70º da LPTA)

      As 

    acções 

    seguem 

    os 

    termos 

    dos 

    recursos 

    de 

    actos 

    administrativos 

    dos órgãos  da  administração  local,  intervindo  na  posição  de  autoridade 

    recorrida aquela contra quem foi formulado o pedido. 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    41/162

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    42/162

    42

    MEIOS PROCESSUAIS ACESSÓRIOS

    •   Suspensão da eficácia dos Actos•   Requisitos (art. 76º da LPTA)•   A

     suspensão

     da

     eficácia

     do

     acto

     recorrido

     é c o n c e d i d a

     pelo

     tribunal

     

    quando se verifiquem os seguintes requisitos:•   a) A execução do acto cause provavelmente prejuízo de difícil reparação 

    para o requerente ou para os interesses que est e defenda ou venha a defender no recurso;

    •   b) 

    suspensão 

    não 

    determine 

    grave 

    lesão 

    do 

    interesse 

    público;•   c) Do processo não resultem fortes indícios da ilegalidade da

    interposição do recurso.•   Estando em causa o pagamento de uma quantia, a suspensão é c o n c e d i d a 

    quando 

    não 

    determine 

    grave 

    lesão 

    do 

    interesse 

    público 

    tenha 

    sido prestada caução.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    43/162

    43

    •   Requerimento (art. 77º da LPTA)•   A suspensão é p e d i d a ao tribunal competente para o recurso em 

    requerimento 

    próprio 

    apresentado:a) Juntamente com a petição do recurso;b) Previamente à i n t er p o si ç ã o do recurso.•   No requerimento deve o requerente indicar a sua identidade e residência, 

    bem como a dos interessados a quem a pretendida suspensão da eficácia 

    do 

    acto 

    possa 

    directamente 

    prejudicar, 

    identificar 

    acto 

    seu 

    autor 

    e especificar  os  fundamentos  do  pedido,    juntando  os  documentos  que

    entenda  necessários  e,  no  caso  da  alínea  b)  referida  anteriormente, fazendo prova do acto e da sua notificação ou publicação.

    •   O  requerimento  deve  ser  acompanhado  de  tantos  duplicados  q ua nt os o s 

    interessados 

    mais 

    um 

    ainda 

    de 

    uma 

    certidão 

    extraída 

    do 

    processo instrutor  donde  conste  a  residência  de  todos  os  interessados,  que  será

    passada em 24h.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    44/162

    44

    •   Tramitação (art. 78º da LPTA) •   A  secretaria  logo  que  registe  a  entrada  do  requerimento  expede  por  via 

    postal  notificações  simultaneamente  à a ut or id ad e  requerida  e  aos 

    interessados, 

    todos 

    remetendo 

    duplicado, 

    para 

    responderem 

    no 

    prazo 

    de 

    14 

    dias.•   Este prazo conta‐se a partir da data da expedição das notificações. •   A  decisão  que,  em  qualquer  grau  de    jurisdição,  suspenda  a  eficácia  é

    urgentemente  notificada  às  autoridade  recorrida  para  cumprimento 

    imediato.•   Efeitos da Decisão (art. 79º da LPTA)•   A decisão pode ser sujeita a termo ou condição.•   Na  falta  de  determinação  em  contrário,  a  suspensão  subsiste  at é ao 

    trânsito em   julgado da decisão do recurso contencioso.•   No

     caso

     de

     o 

    requerimento 

    de 

    suspensão 

    ter 

    sido 

    apresentado 

    previamente à i n t e r p o s i ç ã o do recurso, a suspensão caduca com o termo do prazo concedido ao interessado para o recurso de actos anuláveis, sem a respectiva interposição.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    45/162

    45

    •   Suspensão Provisória (art. 80º da LPTA) •   A  autoridade  administrativa,  recebido  o  duplicado  do  requerimento  de 

    suspensão, 

    s ó po de 

    iniciar 

    ou 

    prosseguir 

    execução 

    do 

    acto, 

    antes 

    do 

    trânsito  em    julgado  da  decisão  do  pedido,  quando,  em  resolução fundamentada,  reconheça  grave  urgência  para  o  interesse  público  na imediata execução.

    •   Fora  d est e  caso,  cumpre  à a ut or id ad e  que  receba  o  duplicado  do requerimento  impedir,  com urgência,  que  os  serviços  competentes  ou  os interessados

     procedam

     à e x e c u ç ã o .

    •   No caso de execução indevida, o tribunal, a requerimento do interessado e  ouvindo  a  autoridade  requerida,  e  o  Ministério  Público,  pode  declarar ineficazes, para efeitos da suspensão, os actos de execução praticados, sem prejuízo da responsabilidade que couber.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    46/162

    46

    •   Acto  já executado (art. 81º da LPTA)•   A  execução  do  acto  não  impede  a  suspensão  quando  desta  possa  advir 

    para 

    requerente 

    ou 

    para 

    os 

    interesses 

    que 

    est e 

    defenda 

    ou 

    venha 

    defender  no  recurso  utilidade  relevante  no  que  toca  aos  efeitos  que  o acto ainda produza ou venha a produzir.

    •   Quando  o  acto  tenha  sido    já executado,  a  suspensão  não  s e r á c o nc e di d a se  o  interessado  tiver  feito  prova  de  que  dela  lhe  resultaria  prejuízo  de mais  difícil  reparação  do  que  o  que  resulta  da  execução  do  acto  para  o requerente.

    •   Quando  tenha  sido  concedida  a  suspensão  ou  haja  sido  recusada  com fundamento  do  disposto  no  número  anterior,  pode  qualquer  das  partes requerer o   julgamento urgente do recurso.

    I ti ã lt d d t

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    47/162

    47

    Intimação para consulta de documentos ou 

    passagem de

     certidões

    •   Pressupostos (art. 82º da LPTA)•   A fim de permitir o uso de meios administrativos ou contenciosos, devem 

    as 

    autoridades 

    públicas 

    facultar 

    consulta 

    de 

    documentos 

    ou 

    processos 

    passar certidões, a requerimento do interessado ou do Ministério Público, no prazo de 10 dias, salvo em matérias secretas ou confidenciais.

    •   Decorrido  esse  prazo  sem  que  os  documentos  ou  processos  sejam facultados  ou  as  certidões  passadas,  pode  o  requerente,  dentro  de  um mês, pedir ao tribunal administrativo de círculo a intimação da autoridade para

     satisfazer

     o 

    seu 

    pedido.•   S ó po de m  considerar‐se  matérias  secretas  ou  confidenciais  aquelas  em 

    que  a  reserva  se  imponha  para  a  prossecução  de  interesse  público especialmente  relevante,  designadamente  em  questões  de  defesa nacional, segurança interna e política externa, ou para a tutela de direitos 

    fundamentais 

    dos 

    cidadãos, 

    em 

    especial 

    respeito 

    da 

    intimidade 

    da 

    sua vida privada e familiar.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    48/162

    48

    •   Tramitação (art. 83º da LPTA)

      Apresentado 

    requerimento, 

    com 

    duplicado, 

      juiz ordena a notificação da autoridade requerida, com 

    remessa do duplicado, para responder no prazo de 

    14 

    dias.•   Ouvido, seguidamente, o Ministério Público, quando 

    não for o requerente, e concluídas as diligências que 

    se 

    mostrem 

    necessárias, 

      juiz 

    decide 

    pedido.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    49/162

    49

    •   Decisão (art. 84º da LPTA)•   Na  decisão  o    juiz  determina  o  prazo  em  que  a  intimação  deve  ser 

    cumprida.•   O  não  cumprimento  da  intimação  importa  responsabilidade  civil, 

    disciplinar  e  criminal,  nos  termos  do  artigo  11º do  Decreto‐Lei  nº 256‐A/77, de 17 de Junho.

    •   Suspensão de

     prazos

     (art.

     85º da

     LPTA)

    •   Os  prazos  para  os  meios  administrativos  ou  contenciosos  que  o requerente  pretenda  usar  suspendem‐se  desde  a  data  de  apresentação do requerimento de intimação a t é a o trânsito em    julgado da decisão que indefira  o  pedido  ou  ao  cumprimento  da  que  o  defira,  salvo  se  est e 

    constituir 

    expediente 

    manifestamente 

    dilatório.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    50/162

    50

    Intimação para um comportamento

    •   Pressupostos (art. 86º da LPTA)•   Quando  particulares  ou  concessionários  violarem  normas  de  direito 

    administrativo, 

    ou 

    houver 

    fundado 

    receio 

    de 

    as 

    violarem, 

    pode 

    Ministério 

    Público 

    ou 

    qualquer 

    pessoa 

    cujos 

    interesses 

    violação 

    cause 

    ofensa  digna  de  tutela    jurisdicional,  pedir  ao  tribunal  administrativo  de círculo  que  intime  os  mesmos  a  adoptarem  ou  a  absterem‐se  de  certo comportamento, com  o  fim  de  assegurar  o  cumprimento  das  normas  em causa.

    •   O  pedido pode  ser formulado  antes  do  uso  dos  meios  administrativos  ou contenciosos  adequados  à tute la  dos  interesses  a  que  a  intimação  se destina,  ou  na  pendência  de  processo  correspondente  a  esses  meios, constituindo incidente; no caso de processo contencioso.

    •   O pedido de intimação não pode ser formulado quando os interesses que com ele se pretendam tutelar sejam susceptíveis de defesa pelo incidente de suspensão da eficácia do acto.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    51/162

    51

    •   Decisão (art. 88º da LPTA)•   Na decisão o    juiz determina concretamente o comportamento a impor na 

    intimação 

    e, 

    sendo 

    caso 

    disso, 

    prazo 

    para 

    respectivo 

    cumprimento 

    responsável 

    por 

    est e.

    •   Quando  a  tutela  dos  interesses  a  que  a  intimação  se  destina  seja assegurada  por  meios  administrativos  ou  contenciosos  não  sujeitos  a 

    prazo, 

    deve 

    requerente, 

    sob 

    pena 

    de 

    caducidade 

    da 

    intimação, 

    usar 

    meio adequado no prazo de um mês, se outro não for fixado pelo   juiz, em atenção às circunstâncias do caso.

    •   O  não  cumprimento  da  intimação  sujeita,  pessoalmente,  ao  pagamento 

    de 

    quantia 

    entre 

    1.000$00 

    10.000$00, 

    por 

    cada 

    dia 

    de 

    atraso 

    por 

    cada 

    responsável,  a  fixar  pelo    juiz  na  decisão  de  intimação  ou  em  despacho posterior, sem prejuízo da responsabilidade que possa caber.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    52/162

    52

    RECURSOS DE DECISÕES JURISDICIONAIS

    •   Regime aplicável (art. 102º da LPTA)•   Os  recursos  ordinários  de  decisões    jurisdicionais  r egem‐se  pela  lei  do 

    processo 

    civil, 

    com 

    as 

    necessárias 

    adaptações 

    e, 

    com 

    excepção 

    dos fundados em oposição de acórdãos, são processados como os recursos 

    de agravo.

    •   Inadmissibilidade de Recursos (art. 103º da LPTA)

    •   Salvo 

    por 

    oposição 

    de 

      julgados, 

    não 

    é a d mi s s ív e l 

    recurso 

    dos 

    acórdãos do STA  e do TCA que decidam: 

    1. Em segundo grau de   jurisdição;

    2. Sobre conflitos de   jurisdição ou de competência.

      Salvo 

    por 

    oposição 

    de 

      julgados, 

    não 

    é t am bé m 

    admissível 

    recurso 

    dos acórdãos  do  STA  que  decidam  sobre  a  suspensão  de  eficácia  de  actos 

    contenciosamente impugnados.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    53/162

    53

    •   Efeitos e Regime de Subida (art. 105º da LPTA)•   Os recursos que subam imediatamente têm efei t o suspensivo. 

    •   Os 

    recursos 

    de 

    decisões 

    que 

    suspendam 

    eficácia 

    de 

    actos 

    impugnados 

    contenciosamente têm efei t o meramente devolutivo.

    •   Nos  meios  processuais  urgentes,  os  recursos  sobem  i m ed i at a me n te , n o processo principal ou no apenso em que a decisão tenha sido proferida, se 

    est i ver 

    findo 

    no 

    tribunal 

    recorrido, 

    ou 

    sobem 

    em 

    separado, 

    no 

    caso 

    contrário. 

    •   Alegações (art. 106º da LPTA)•   É de 3O dias  o  prazo  para  apresentação  das  alegações,  a  contar,  para  o 

    recorrente, da notificação do despacho de admissão do recurso e,  para o recorrido,  do  termo  do  prazo  do  recorrente,  salvo  o  disposto  para  os recursos urgentes.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    54/162

    54

    •   Âmbito do recurso para os tribunais superiores (art. 110º da LPTA)

      Nos 

    recursos 

    de 

    decisões 

    dos 

    TAC 

    que 

    conheçam 

    do 

    objecto 

    de 

    recurso contencioso, podem o STA  e o TCA, conforme os casos:

    •   a) conhecer de nulidades da sentença arguidas pelo Ministério Público ou alegadas como fundamento do recurso;

    •   b)    julgar  excepções  ou  questões  prévias  de  conhecimento  oficioso  e  não 

    decididas 

    com 

    trânsito 

    em 

      julgado.•   c)  conhecer  de  toda  a  matéria  da  impugnação  do  acto  administrativo, 

    embora o   julgamento tenha sido em parte favorável a quem recorra.

    •   Recurso sobre suspensão da eficácia (art. 113º da LPTA)•   O  recurso  de  decisão  sobre  pedido  de  suspensão  da  eficácia  de  acto 

    contenciosamente 

    impugnado 

    é i nt e rp os t o 

    mediante 

    requerimento 

    que 

    inclua  ou    junte  a  respectiva  alegação  e  alegado  pelo  recorrido,  em  prazo igual ao do recorrente, a contar da notificação da admissão do recusa.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    55/162

    55

    Da revisão dos acórdãos definitivos do STA 

    •   Fundamentos (art. 100º do Regulamento do STA)•   Os acórdãos definitivos s ó p o d e m ser revistos pelo órgão   jurisdicional que 

    os houver proferido nos seguintes casos:

    •   Demonstrando‐se,  por  sentença  transitada  em    julgado,  a  falsidade  de documento que tenha sido fundamento essencial da decisão;

    •   Apresentando‐

    se 

    documento 

    novo 

    que 

    interessado 

    não 

    pudesse 

    ter, nem dele tivesse conhecimento ao tempo em que foi tomada a decisão e 

    por si s ó s e j a suficiente para destruir a prova em que ela se fundou;

    •   Mostrando‐se  que  no  processo  respectivo  deixou  indevidamente  de  ser 

    citado, 

    ou 

    foi 

    nulamente, 

    requerente 

    da 

    revisão, 

    tendo 

    por 

    isso 

    o m esm o processo corrido à r e v e l i a .

    Prazo para interposição Instrução do Requerimento Trâmites

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    56/162

    56

    Prazo para  interposição.  Instrução do Requerimento. Trâmites 

    Processuais 

    (art. 

    101º do 

    Regulamento 

    do 

    STA)

    •   Os  requerimentos  de  revisão  serão  apresentados  na  secretaria  no  prazo fixado no artigo 7 7 2 º d o Código de Processo Civil, com todas as indicações e os duplicados exigidos para a interposição do recurso, e virão instruídos 

    com 

    certidão 

    de 

    teor 

    do 

    acórdão 

    r ever 

    com 

    os 

    demais 

    documentos necessários para a   justificação do pedido.

    •   Têm  legitimidade  para  requerer  a  revisão todos  aqueles  contra  quem  foi ou esteja em vias de ser executado o acórdão a rever, assim como os que legitimamente  recorreram  ou  poderiam  ter  recorrido  do  acto  s ob re q ua l 

    acórdão 

    recaiu, 

    requerimento 

    s e rá s e mp re 

    assinado 

    por 

    advogado com  procuração  bastante,  salvo  se  provier  do  MP  ou  de  funcionário  no 

    exercício de atribuições.

    •   Revogação dos acórdãos (art. 102º do Regulamento do STA)•   A

     revogação

     dos

     acórdãos

     em

     processos

     de

     revisão

     só pode

     ser

     

    deliberada na  secção, por unanimidade de votos, e no tribunal pleno, por maioria de dois terços.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    57/162

    57

    Execução de  julgados

    •   Execuções  judiciais•   A  instauração,  no  tribunal    judicial,  de  execução,  por  quantia  certa,  de 

    decisão 

    condenatória 

    de 

    pessoa 

    colectiva 

    de 

    direito 

    público 

    s ó po de 

    ter 

    lugar  no  caso  de  impossibilidade  de  cobrança  através  da  requisição prevista no n . º 2 do art. 1 2 º d o DL n . º 2 5 6‐A/77, de 17 de Novembro. 

    •   Lei aplicável

     

    •   As  decisões  dos  tribunais  administrativos  transitadas  em    julgado são obrigatórias, nos termos da Constituição da República Portuguesa, e à s u a execução  pelas  autoridades  competentes  é a pl ic áv el  o  disposto  nos 

    artigos 

    5 . º e 

    seguintes 

    do 

    Decreto‐

    Lei 

    n . º 2 5 6‐

    A/77, 

    de 

    17 

    de 

    Junho. 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    58/162

    58

    •   Prazos•   Na  falta  de  execução  espontânea,  pela  Administração,  de  sentença  que 

    anule 

    acto 

    administrativo, 

    requerimento 

    de 

    execução, 

    nos 

    termos 

    do 

    artigo  5º do  Decreto‐Lei  n.º 256‐A/77,  pode  ser  apresentado  pelo interessado  no  prazo  de  3  anos,  a  contar  do  trânsito  em    julgado  da sentença, salvo se prazo diferente resultar do disposto em lei especial.

    •   O 

    pedido 

    de 

    declaração 

    de 

    inexistência 

    de 

    causa 

    legítima 

    de 

    inexecução ou  de  fixação  de  indemnização  pelos  prejuízos  resultantes  do  acto 

    anulado  na  sentença  e  da  inexecução  desta,  nós  termos  dos  n . s I  e  2  do artigo 7 . º d a q u e l e decreto‐lei, pode ser formulado ao tribunal:

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    59/162

    59

    •   No  prazo  de  dois  meses,  a  contar  da  notificação  que  a  Administração tenha feito ao interessado de não ser dada execução à s e n t e n ç a por causa 

    legítima;•   No prazo de um ano, a contar do termo do prazo fixado no n . º 1 do artigo 

    6 . º d o m esm o diploma, se a Administração não invocar causa legítima de inexecução, nem der execução integral à s e n t e n ç a .

      A 

    execução 

    de 

    sentença 

    proferida 

    em 

    contencioso 

    administrativo, 

    quando não  seja  efectuada  espontaneamente  pela  Administração,  no  prazo  de 

    trinta  dias,  a  contar  do  trânsito  em    julgado,  pode  ser  requerida  pelo interessado ao órgão que tiver praticado o acto recorrido, ou, tratando‐se 

    de  acção,  ao  c om pe t en te ó rg ão  da  pessoa  colectiva  nela  demandada   –

    art. 5 º n . º 1 do DL n . º 2 5 6‐A/77, de 17.06.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    60/162

    60

    •   A  sentença  deve  ser  integralmente  executada  dentro  do prazo  de  sessenta  dias,  a  contar  da  apresentação  do 

    requerimento 

    do 

    interessado, 

    salvo 

    ocorrência 

    de 

    causa 

    legítima 

    de 

    inexecução.•   Só constituem  causa  legítima  de  inexecução  a 

    impossibilidade   e  o  grave  prejuízo  para  o  interesse  público do cumprimento da  sentença.

    •   A 

    causa 

    legítima 

    de 

    inexecução 

    pode 

    respeitar 

    toda 

    ou 

    parte da sentença.•   A  invocação  de  causa  legítima  de  inexecução  deve  ser 

    fundamentada  e  notificada  ao  interessado,  com  os 

    respectivos 

    fundamentos.•   Quando  a  execução  da  sentença  consistir  no  pagamento  de 

    quantia certa, não é invocável causa legítima de inexecução.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    61/162

    61

    •   Se a Administração invocar causa legítima de inexecução, ou não der, no prazo  de  60  dias,  execução  integral  à s en te nç a,  pode  o  interessado 

    requerer 

    ao 

    tribunal 

    quem 

    em 

    primeiro 

    grau 

    de 

      jurisdição 

    tiver 

    proferido 

    sentença,  ou  declaração  de  inexistência  de  causa  legítima  de  execução  , ou  no  caso  de  concordar  com  a  Administração  acerca  da  existência  de causa  d essa  natureza,  a  fixação  de  indemnização  dos  prejuízos resultantes do acto anulado pela sentença e da inexecução desta.

    •   A  declaração  de  existência  de  causa  legítima  de  inexecução  p od er á s er solicitada  ao  tribunal  pela  própria  Administração,  em  exposição fundamentada,  desde  que  o  interessado  não  tenha  ainda  apresentado pedido de fixação de indemnização.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    62/162

    62

    •   Se o tribunal se decidir pela inexistência de causa legítima de inexecução,  ouvirá a  Administração  e  o  interessado,  que 

    deverão 

    responder 

    no 

    prazo 

    de 

    10 

    dias, 

    sobre 

    os 

    actos 

    operações  em  que  a  execução  d ev er á c on si st ir  e  o  prazo necessário para a sua prática.

      O 

    tribunal, 

    e sp ec if ic ar á o s 

    actos 

    operações 

    em 

    que 

    execução  deverá consistir  e  o  prazo  em  que  deverão  ter lugar,  declarando  nulos  os  actos  praticados  em desconformidade  com  a  sentença  e  anulando  aqueles  que 

    tenham 

    sido 

    praticados 

    com 

    invocação 

    ou 

    ao 

    abrigo 

    de 

    causa 

    legítima de inexecução não reconhecida.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    63/162

    63

    •   Se  o  interessado  requerer  a  fixação  de  indemnização  pelos  prejuízos resultantes  do  acto  anulado  pela  sentença  e  da  inexecução  desta  por causa  legítima,  o  tribunal  o rd en ar á a  notificação  da  Administração  e  do 

    interessado 

    para, 

    no 

    prazo 

    de quinze

     dias,

     acordarem

     no

     montante

     da

     indemnização devida.

    •   Na falta de acordo proceder‐se‐á a   julgamento nos termos gerais.

    •   A 

    inexecução 

    de 

    sentença 

    proferida 

    em 

    contencioso 

    administrativo, 

    transitada em    julgado, fora dos casos em que, por acordo do  interessado ou  declaração    judicial,  for  considerada    justificada  por  causa  legítima, envolve responsabilidade civil, nos termos gerais, quer da administração, quer  das  pessoas  que  nela  desempenhem  funções,  além  de 

    responsabilidade disciplinar,

     também

     nos

     termos

     gerais,

     dessas

     m esm a

     pessoas.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    64/162

    64

    •   Importa  a  pena  de  desobediência,  sem  prejuízo  de outro  procedimento  especialmente  fixado  na  lei,  a 

    inexecução 

    de 

    sentença 

    proferida 

    em 

    contencioso administrativo  transitada  em    julgado  desde  que, 

    tendo  a  execução  sido  requerida  pelo  interessado, ela  se  não  verifique,  nos  termos  estabelecidos  pelo 

    tribunal, 

    ou 

    órgão 

    quem 

    caiba 

    execução 

    revele inequivocamente  a  intenção  de  não  dar 

    cumprimento  à s en te nç a,  sem  invocação  de  causa legítima de inexecução.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    65/162

    65

    •   No  orçamento  das  pessoas  colectivas  de  direito público  será inscrita  obrigatoriamente  dotação 

    destinada 

    ao 

    pagamento 

    de 

    encargos 

    resultantes 

    de sentenças de quaisquer tribunais.

      Essas 

    dotações 

    ficam 

    à o r d e m 

    do 

    Conselho 

    Superior 

    da 

    Magistratura, 

    que 

    e m i t i r á a 

    favor 

    dos 

    respectivos 

    credores  as  ordens  de  pagamento  que  lhe  forem requisitadas pelos tribunais, observando, no caso  de 

    insuficiência 

    de 

    verba, 

    enquanto 

    não 

    for 

    devidamente  reforçada  a  ordem  do  trânsito  em   julgado das sentenças.

    Contencioso dos contratos de obras, de prestação de 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    66/162

    66

    serviços 

    de 

    fornecimento 

    de 

    bens•   Âmbito do recurso   (art. 2 º d a Lei n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05)•   Todos  os  actos  administrativos  relativos  à formação  do 

    contrato 

    que 

    lesem 

    direitos 

    ou 

    interesses 

    legalmente protegidos  são  susceptíveis  de  recurso  contencioso, 

    independentemente da sua forma.

      Com 

    pedido 

    de 

    anulação 

    ou 

    declaração 

    de 

    nulidade 

    ou inexistência    jurídica  de  actos  administrativos  relativos  à

    formação do contrato, ou previamente à d e d u ç ã o do pedido, poderão  ser  requeridas  medidas  provisórias  destinadas  a corrigir a ilegalidade ou a impedir que sejam causados outros danos

     aos

     interesses

     em

     causa,

     incluindo

     medidas

     destinadas

     

    a suspender o procedimento de formação do contrato.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    67/162

    67

    •   Legitimidade e prazo (art. 3 º d a Lei n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05)•   Os  recursos  contenciosos  de  actos  administrativos 

    relativos 

    à formação 

    do 

    contrato 

    podem 

    ser 

    interpostos por quem se considerar titular de direito subjectivo  ou  interesse  legalmente  ofendido  pelo acto  recorrido  ou  alegar  interesse  directo,  pessoal  e legítimo

     no

     provimento

     do

     recurso.

    •   O prazo para a interposição de recurso é de 15 dias a contar  da  notificação  dos  interessados  ou,  não 

    havendo 

    lugar 

    à n ot if ic aç ão , 

    partir 

    da 

    data 

    do conhecimento do acto.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    68/162

    68

    •   Tramitação (art. 4 º d a Lei n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05)•   N est es recursos contenciosos é a p e n a s admissível prova documental.•

      S ó h av e rá a l eg a çõ e s 

    no 

    caso 

    de 

    ser 

    produzida 

    ou 

    requerida 

    prova 

    com 

    resposta 

    ou 

    contestação.•   Têm carácter urgente.

    •   Medidas provisórias (art. 5 º d a Lei n . º 1 3 4 / 9 8 , de 15.05) 

    •   O 

    requerimento 

    das 

    medidas 

    provisórias 

    deve 

    ser 

    instruído 

    com 

    todos 

    os elementos de prova. 

    •   As  medidas  d evem  ser  pedidas,  em  requerimento  próprio,  ao  tribunal competente para o recurso e não serão decretadas se o tribunal, em   juízo de  probabilidade,  ponderados  os  direitos  ou  interesses  susceptíveis  de 

    ser em 

    lesados, 

    concluir 

    que 

    as 

    consequências 

    negativas 

    para 

    interesse público excedem o proveito a obter pelo requerente.

    •   As medidas provisórias têm carácter urgente.

    CUSTAS JUDICIAIS

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    69/162

    69

    CUSTAS JUDICIAIS

    •   Recurso Contencioso de Anulação e acções •   Aos recursos contenciosos de  anulação é a p l i c á v e l  quanto  ao 

    regime 

    de 

    custas 

    estabelecido 

    no 

    DL 

    n.º 42150, 

    de 12.02.1959.

    •   Às  acções  que  corram  termos  nos  tribunais  administrativos  e aos  respectivos  incidentes  e  recursos  é a pl ic áv el ,  quanto  a 

    custas 

    preparos, 

    regime 

    estabelecido 

    no 

    C.C.J..Neste 

    conspecto, 

    na 

    P.I. 

    é o b r i g a t ó r i a 

    indicação 

    do 

    valor 

    da 

    causa.•   Às  acções  para  obter  o  reconhecimento  de  um  direito  ou 

    interesse legalmente protegido é a p l i c á v e l o regime de custas e  preparos  estabelecido  para  os  recursos  de  actos administrativos.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    70/162

    70

    •   Extensão da tributação dos recursos•   O  regime  de  custas  e  preparos  estabelecido  para  os  recursos 

    de 

    actos 

    administrativos 

    é aplicável 

    aos 

    processos 

    de 

    contencioso  eleitoral,  de  impugnação  de  normas  e  de conflitos.

    •   Recursos para o Pleno e Plenário•

      O 

    actual 

    regime 

    de 

    custas 

    preparos 

    dos 

    recursos 

    para 

    tribunal  pleno  é a pl ic áv el  aos  recursos  para  o  plenário  do S.T.A. e para o pleno das respectivas secções.

    •   Regime de custas no Tribunal Central Administrativo•

      O 

    regime 

    de 

    custas 

    preparos 

    na 

    Secção 

    de 

    Contencioso 

    Administrativo  do  T.C.A.  é idê nti co  ao  previsto  para  a  1.ªSecção do S.T.A.

    REFORMA do CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    71/162

    71

    REFORMA do CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO

    •   A  Reforma  do  Contencioso  Administrativo  foi protagonizada  pela  Lei  n .º 13/2002,  de  19  de 

    Fevereiro, 

    alterada 

    pela 

    Lei 

    n . º 1 0 7‐

    D/2003, 

    de 

    31 

    de 

    Dezembro  que  aprovou  o  novo  Estatuto  dos Tribunais  Administrativos  e  Fiscais  (posteriormente 

    alterado 

    pela 

    Lei 

    n . º 1 / 2 0 0 8 , 

    de 

    14.01, 

    pela 

    Lei 

    n . º 2 / 2 0 0 8 , 

    de 

    14.01, pela Lei n . º 2 6 / 2 0 0 8 , de 27.06, pela Lei n.º52/2008, de 28.08, pela Lei n . º 5 9 / 2 0 0 8 , de 11.09 e pelo DL n . º 1 6 6 / 2 0 0 9 , de  31.07)  e  pela  Lei  n. º 15/2002,  que  aprovou  o 

    Código de

     Processo

     nos

     Tribunais

     Administrativos,

     posteriormente  alterada  pela  Lei  4‐A/2003  de  19.02 e pela Lei 59/2008, de 11.09. 

    Regime da Organização e Funcionamento dos 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    72/162

    72

    Tribunais 

    Administrativos•   Jurisdição Administrativa e Fiscal (art. 1º n.º1 do ETAF e 

    art. 212º n.º 3 da CRP)

    •   Os 

    tribunais 

    da 

      jurisdição 

    administrativa 

    fiscal 

    são 

    os 

    órgãos  de  soberania  com  competências  para  administrar  a   justiça  em  nome  do  povo  nos  litígios  emergentes  de 

    relações 

     jurídicas 

    administrativas 

    fiscais.

    •   Âmbito da Jurisdição  (art. 4º do ETAF)

      Compete 

    aos 

    tribunais 

    da 

      jurisdição 

    administrativa 

    fiscal 

    apreciação  de  litígios  que  tenham  nomeadamente  por objecto: 

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    73/162

    73

    •   Tutela  de direitos fundamentais,  bem  como  dos  direitos  e interesses  legalmente  protegidos  dos  particulares directamente  fundados  em  normas  de  direito administrativo

     ou

     fiscal

     ou

     decorrentes

     de

     actos

       jurídicos

     

    praticados  ao  abrigo  de  disposições  de  direito administrativo ou fiscal; 

    •   Fiscalização 

    da legalidade   de

     actos

       jurídicos

     emanados

     pela

     

    administração  no  exercício  da  função  administrativa,  assim como  de  actos  materialmente  administrativos  praticados por  órgãos  públicos  não  pertencentes  à Administração 

    pública   ou 

    por particulares.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    74/162

    74

    •   Fiscalização  da  legalidade  de  actos  materialmente administrativos   praticados  por  quaisquer  órgãos  do  Estado ou  das  Regiões  Autónomas,  ainda  que  não  pertençam  àAdministração

     Pública;

    •   Fiscalização  da  legalidade  das  normas  e  demais  actos   jurídicos  praticados  por  sujeitos  privados,  designadamente concessionários,

     no

     exercício

     de

     poderes

     administrativos;

    •   Questões  relativas  à  validade de actos  pré‐contratuais   e  àinterpretação,  validade  e  execução  de contratos  a  respeito dos

     quais

     haja

     lei

     específica

     que

     admita

     que

     sejam

     

    submetidos,  a  um  procedimento  pré‐contratual   regulado por normas de direito público;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    75/162

    75

    •   Questões  relativas  à i nt er pr et aç ão ,  validade  e  execução  de contratos   de  objecto  passível  de  acto  administrativo,  de contratos   especificamente  a  respeito  dos  quais  existam normas

     de

     direito

     público

     que

     regulem

     aspectos

     específicos

     

    do  respectivo  regime  substantivo,  ou  de  contratos  em  que pelo menos uma das partes seja uma entidade pública ou um concessionário  que  actue  no  âmbito  da  concessão  e  que  as 

    partes 

    tenham 

    expressamente 

    submetido 

    um 

    regime substantivo de direito público;

    •   Questões  em  que,  nos  termos  da  lei,  haja  lugar  a 

    responsabilidade 

    civil 

    extra‐contratual

     das

     pessoas

     colectivas  de  direito  público,  incluindo  a  resultante  do exercício da função   jurisdicional e da função legislativa;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    76/162

    76

    •   Responsabilidade  civil  extracontratual   dos  titulares  de  órgãos, funcionários, agentes   e demais servidores públicos.

    •   Responsabilidade 

    civil 

    extracontratual 

    dos sujeitos

     privados   aos

     quais

     seja

     aplicável  o  regime  específico  da  responsabilidade  do  Estado  e  demais pessoas colectivas de direito público;

    •   Relações  jurídicas  entre  pessoas  colectivas  de  direito  público   ou  entre órgãos

     públicos,

     no

     âmbito

     dos

     interesses

     que

     lhes

     cumpre

     prosseguir;

    •   Promover  a  prevenção,  cessação  e  reparação  de  violações  a  valores  e bens  constitucionalmente  protegidos,  em  matéria  de  saúde  pública, ambiente,  urbanismo,  ordenamento  do  território,  qualidade  de  vida, património

     cultural

     e 

    bens 

    do 

    Estado, 

    quando 

    cometidas 

    por 

    entidades 

    públicas, e desde que não constituam ilícito penal ou contra‐ordenacional;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    77/162

    77

    •   Contencioso eleitoral   relativo  a  órgãos  de  pessoas  colectivas de  direito  público  para  que  não  seja  competente  outro 

    tribunal;

    •   Execução  das  sentenças   proferidas  pela    jurisdição administrativa e fiscal;

    •   Es tá n om ea da me nt e  excluída  do  âmbito  da   jurisdição administrativa   e fiscal a apreciação de litígios que tenham por objecto a impugnação de:

    •   Actos praticados no exercício da função política e legislativa;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    78/162

    78

    •   Decisões   jurisdicionais proferidas por tribunais não integradas na   jurisdição administrativa e fiscal;

      Actos 

    relativos 

    ao 

    inquérito 

    à instrução 

    criminais, 

    ao 

    exercício 

    da 

    acção 

    penal 

    à execução 

    das 

    respectivas 

    decisões; •   A  apreciação  das  acções  de  responsabilidade  por  erro 

      judiciário  cometido  por  tribunais  pertencentes  a  outras ordens

     de

       jurisdição,

     bem

     como

     das

     correspondentes

     acções

     

    de regresso; •   A  fiscalização  dos  actos  materialmente  administrativos 

    praticados pelo Presidente do STA;•   A

     fiscalização

     dos

     actos

     materialmente

     administrativos

     praticados pelo Conselho Superior da Magistratura e pelo seu presidente;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    79/162

    79

    •   A  apreciação  de  litígios  emergentes  de  contratos  individuais de  trabalho,  que  não  conferem  a  qualidade  de  agente 

    administrativo, 

    ainda 

    que 

    uma 

    das 

    partes 

    seja 

    uma 

    pessoa 

    colectiva de direito público (art. 4 º d o ETAF)

    •   Alçada 

      Os 

    tribunais 

    de 

      jurisdição 

    administrativa 

    têm 

    alçada.•   A  alçada  dos  tribunais  administrativos  (de  círculo) 

    corresponde  àquela  que  se  encontra  estabelecida  para  os tribunais   judiciais de 1 ª i n s t â n c i a .

    •   A alçada dos TCA corresponde à q u e se encontra estabelecida para os tribunais da Relação.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    80/162

    80

    •   Nos processos em que exerçam competências de 1 ª i n s t â n c i a , a  alçada  dos  TCA  e  do  STA,  corresponde  à dos  tribunais 

    administrativos 

    de 

    círculo.

    •   Órgãos da Jurisdição Administrativa

    •   A) 

    Supremo 

    Tribunal 

    Administrativo;•   B) os tribunais centrais administrativos;

    •   C) os tribunais administrativos de círculo. 

    Supremo Tribunal Administrativo

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    81/162

    81

    •   Sede e  jurisdição

    •   O  STA  é o  órgão  superior  da  hierarquia  dos  tribunais  da    jurisdição administrativa.

    •   Tem sede em Lisboa e   jurisdição em todo o território nacional. •   Funcionamento e poderes de cognição 

    •   O STA funciona por sec ç õ es e em plenário;

    •   O  STA  compreende  duas  secções  ,  uma  de  contencioso  administrativo,  e outra

     de

     contencioso

     tributário,

     que

     funcionam

     em

     formação

     de

     t r ês

     

      juízes ou em pleno.

    •   O  plenário  e  o  pleno  de  cada  secção  apenas  conhecem  de  matéria  de direito.

    •   A 

    secção 

    de 

    contencioso 

    administrativo 

    conhece 

    apenas 

    de 

    matéria 

    de 

    direito nos recursos de revista. 

    Secção de Contencioso Administrativo

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    82/162

    82

    •   Competência da Secção de Contencioso Administrativo•   Compete à S e c ç ã o de Contencioso Administrativo do STA conhecer:•   a) Dos processos em matéria administrativa relativos a acções ou 

    omissões 

    das 

    seguintes 

    entidades:•   i) Presidente da República;•   ii) Assembleia da República e seu Presidente;•   iii) Conselho de Ministros;•

      iv) 

    Primeiro‐

    Ministro;•   v) Tribunal Constitucional e seu Presidente, P r e s i d e n t e d o STA, Tribunal 

    de Contas e seu Presidente e Presidente do Supremo Tribunal Militar;•   vi) Conselho Superior de Defesa Nacional;•   vii) Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e seu 

    presidente:•   viii) Procurador‐Geral da República;•   ix) Conselho Superior do Ministério Público;

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    83/162

    83

    •   b) Dos processos relativos a eleições;•   c) Dos pedidos de adopção de providências cautelares relativos a 

    processos da sua competência;•   d)

     Dos

     pedidos

     relativos

     à e x e c u ç ã o

     das

     suas

     decisões;

    •   e) Dos pedidos cumulados nos processos referidos na alínea a);•   f) Das acções de regresso, fundadas em responsabilidade por danos 

    resultantes do exercício das suas funções, propostas contra   juízes do STA e dos TCA e magistrados do Ministério Público que exerçam funções   junto 

    destes 

    tribunais, 

    ou 

    equiparados;•   g) Dos recursos dos acórdãos que aos TCA caiba proferir em primeiro grau 

    de   jurisdição;•   h) Dos conflitos de competência entre tribunais administrativos;•

      i) 

    De 

    outros 

    processos 

    cuja 

    apreciação 

    lhe 

    seja 

    deferida 

    por 

    lei.

  • 8/15/2019 Prã_ticas Processuais Administrativas

    84/162

    84

    •   Compete ainda à S e c ç ã o de Contencioso Administrativo do STA conhecer dos recursos de revista sobre matéria de direito interpostos de acórdãos da Secção de Contencioso Administrativo dos TCA e de decisões dos 

    tribunais 

    administrativos 

    de