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CONTRIBUIÇÕES AO APRIMORAMENTO DAS DCN – ABENO AGO a SET/2016 Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia MINUTA 2 PARA 2ª CONSULTA PÚBLICA online 1 DA DIVISÃO DE CAPÍTULOS E SEÇÕES: CAPÍTULO I - DAS DIRETRIZES CAPÍTULO II - DAS COMPETÊNCIAS GERAIS Seção I - Da Atenção à Saúde Seção II - Da Tomada de Decisão Seção III - Da Comunicação Seção IV - Da Liderança Seção V - Da Gestão em Saúde Seção VI - Da Educação Permanente CAPÍTULO III - DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS CAPÍTULO IV - DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA CAPÍTULO V - DA ESTRUTURA CURRICULAR E DOS CONTEÚDOS CURRICULARES Seção I - Dos Conteúdos Essenciais Subseção I - Das Ciências Biológicas e da Saúde Subseção II - Das Ciências Humanas e Sociais Subseção III - Das Ciências Odontológicas Seção II - Do Estágio Curricular Supervisionado Subseção I - Quanto aos cenários e atividades do estágio supervisionado Subseção II - Quanto à composição da carga horária do estágio supervisionado Subseção III - Quanto à supervisão do estágio supervisionado Seção III - Das Atividades Complementares Seção IV - Do Trabalho de Conclusão de Curso CAPÍTULO VI - DA ORGANIZAÇÃO DOS CURSOS DE ODONTOLOGIA CAPÍTULO VII - AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE ODONTOLOGIA DISPOSIÇÕES FINAIS

DA DIVISÃO DE CAPÍTULOS E SEÇÕES - abeno.org.br · V. Promover a humanização do cuidado de forma contínua e integrada com as demais ações e instâncias de saúde, de modo

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DA DIVISÃO DE CAPÍTULOS E SEÇÕES: CAPÍTULO I - DAS DIRETRIZES CAPÍTULO II - DAS COMPETÊNCIAS GERAIS Seção I - Da Atenção à Saúde Seção II - Da Tomada de Decisão Seção III - Da Comunicação Seção IV - Da Liderança Seção V - Da Gestão em Saúde Seção VI - Da Educação Permanente CAPÍTULO III - DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS CAPÍTULO IV - DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA CAPÍTULO V - DA ESTRUTURA CURRICULAR E DOS CONTEÚDOS CURRICULARES Seção I - Dos Conteúdos Essenciais

Subseção I - Das Ciências Biológicas e da Saúde Subseção II - Das Ciências Humanas e Sociais Subseção III - Das Ciências Odontológicas

Seção II - Do Estágio Curricular Supervisionado

Subseção I - Quanto aos cenários e atividades do estágio supervisionado Subseção II - Quanto à composição da carga horária do estágio supervisionado Subseção III - Quanto à supervisão do estágio supervisionado

Seção III - Das Atividades Complementares Seção IV - Do Trabalho de Conclusão de Curso CAPÍTULO VI - DA ORGANIZAÇÃO DOS CURSOS DE ODONTOLOGIA CAPÍTULO VII - AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE ODONTOLOGIA DISPOSIÇÕES FINAIS

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Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia : O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, tendo em vista o disposto no Art. 9º, do § 2º, alínea “c”, da Lei 9.131, de 25 de novembro de 1995, e com fundamento no Parecer CES 1.300/2001, de 06 de novembro de 2001, homologado pelo Senhor Ministro da Educação, em 4 de dezembro de 2001, e considerando o estabelecido na Lei de criação do Sistema Único de Saúde nº 8.080 de 19 de setembro de 1990, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e na Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, resolve:

CAPÍTULO I

DAS DIRETRIZES

Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia, a serem observadas na organização curricular das Instituições do Sistema de Ensino Superior do País. Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia estabelecem os princípios, os fundamentos e as finalidades da formação em Odontologia estabelecidas pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, para aplicação em âmbito nacional na organização, desenvolvimento e avaliação dos projetos pedagógicos dos Cursos de Graduação em Odontologia das Instituições do Sistema de Ensino Superior. Art. 3º A formação do cirurgião-dentista deverá ter como referência o Sistema Único de Saúde (SUS), compreendendo-o como cenário prioritário de atuação profissional e campo de aprendizado que articula ações e serviços de ampla complexidade, contribuindo para a plena formação profissional. Parágrafo único. A formação do Cirurgião Dentista deverá contemplar a atenção integral da saúde num sistema regionalizado e hierarquizado de referência e contra-referência e o trabalho em equipe. Art. 4º O estudante de Odontologia terá formação generalista para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde, por meio de ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, nos âmbitos individual e coletivo. O estudante de Odontologia desenvolverá atividades formativas numa perspectiva crítica e reflexiva, articulando a teoria e a prática, considerando a determinação social do processo saúde-doença, compreendendo a sua responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania a partir de princípios humanistas e com base na ética, preservando a dignidade humana e a saúde integral do ser humano. Parágrafo único. O perfil do egresso deverá contemplar as seguintes características: I. generalista, dotado de sólida formação técnico-científica e ativo na construção permanente de seu conhecimento; II. humanístico e ético, promotor da saúde integral do paciente, atento às necessidades individuais e coletivas e transformador da realidade em benefício da sociedade; III. apto à atuação em equipes interprofissionais, interdisciplinares e transdisciplinares; IV. proativo e empreendedor, com atitude de liderança, capaz de gerir serviços e equipes de saúde com equidade; V. comunicativo, capaz de se expressar com clareza para o público e os profissionais de saúde;

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VI. crítico, reflexivo e atuante na prática odontológica em todos os níveis de atenção à saúde; VII. consciente e participativo frente às políticas sociais, culturais, econômicas e ambientais e às inovações tecnológicas. Art. 5º A carga horária mínima dos cursos de Odontologia é de 4.000 (quatro mil) horas e o prazo mínimo para sua integralização de 5 (cinco) anos.

CAPÍTULO II

DAS COMPETÊNCIAS GERAIS Art. 6º A formação do cirurgião dentista tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências gerais:

I. Atenção à saúde II. Tomada de decisões

III. Comunicação IV. Liderança V. Gestão em saúde

VI. Educação permanente

Parágrafo único. Para os efeitos desta Resolução, competência é compreendida como a capacidade de mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes, com utilização dos recursos disponíveis, e exprimindo-se em iniciativas e ações que traduzem desempenhos capazes de solucionar, com pertinência, oportunidade e sucesso, os desafios que se apresentam à prática profissional, em diferentes contextos do trabalho em saúde, traduzindo a excelência da prática odontológica, tendo como referência o Sistema Único de Saúde (SUS).

Seção I Da Atenção à Saúde

Art. 7º Na Atenção à Saúde, a graduação em Odontologia visa a formação do cirurgião dentista para atuar considerando sempre as dimensões da diversidade biológica, subjetiva, étnico-racial, de gênero, orientação sexual, socioeconômica, política, ambiental, cultural, ética e demais aspectos que compõem o espectro da diversidade humana, que singularizam cada pessoa ou cada grupo social, sendo capaz de:

I. Reconhecer a saúde como direito humano e condição digna de vida e atuar com base no direito ao acesso universal à saúde e nos demais princípios do SUS, de forma contínua e articulada com todos os setores da sociedade;

II. Promover a saúde contribuindo para o desenvolvimento de ações e serviços de prevenção, proteção e reabilitação da saúde, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os pontos da rede de atenção do SUS; que possibilitem responder às necessidades sociais em saúde;

III. Atuar interprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com produtividade e qualidade promovendo qualidade na atenção à saúde, pautando seu pensamento crítico em valores éticos e evidências científicas, na escuta qualificada e singular de cada indivíduo e comunidades, evitando danos aos usuários, a si mesmo e aos profissionais do SUS;

IV. Exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, econômico, cultural e ambiental com ênfase para a identificação das condições de vida dos indivíduos e

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comunidades, da vulnerabilidade e dos riscos sociais, como fatores determinantes da condição de saúde-doença da população, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição no respectivo contexto;

V. Promover a humanização do cuidado de forma contínua e integrada com as demais ações e instâncias de saúde, de modo a construir projetos terapêuticos compartilhados, estimulando o autocuidado e a autonomia das pessoas, famílias, grupos e comunidades e reconhecendo os usuários como protagonistas ativos de sua própria saúde;

VI. Realizar com segurança processos e procedimentos, referenciados nos padrões vigentes da prática profissional, de modo a evitar riscos, efeitos adversos e danos aos usuários, a si mesmo e aos profissionais do SUS, com base em reconhecimento clínico-epidemiológico, nos riscos e vulnerabilidades dos indivíduos e grupos sociais;

VII. Preservar a biodiversidade com sustentabilidade, de modo que, no desenvolvimento da prática profissional, sejam respeitadas as relações entre ser humano, ambiente, sociedade e tecnologias, contribuindo para a incorporação de novos cuidados, hábitos e práticas de saúde;

VIII. Tratar as desigualdades com equidade no cuidado adequado e eficiente das pessoas com deficiência, compreendendo os diferentes modos de adoecer nas suas especificidades, e atendendo as necessidades individuais específicas, segundo as prioridades definidas pela vulnerabilidade e pelo risco à saúde e à vida, observado o determinado pelo SUS.

Seção II Da Tomada de Decisão

Art. 8º A graduação em Odontologia visa a formação do cirurgião dentista capaz de tomar decisões visando:

I. Racionalizar e otimizar a aplicação de conhecimentos, metodologias, procedimentos, instalações, equipamentos e insumos, de modo a produzir melhorias no acesso e na qualidade integral à saúde da população e no desenvolvimento científico, tecnológico e inovação que retroalimentam as decisões;

II. Avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas e na escuta ativa dos indivíduos, famílias, grupos e comunidades sobre sua realidade e necessidades.

Seção III Da Comunicação

Art. 9º Na Comunicação, a graduação em Odontologia visa a formação do cirurgião dentista capaz de:

I. Interagir com usuários, familiares, comunidades e membros das equipes profissionais, com empatia, sensibilidade e interesse, por meio de linguagem acessível, permitindo a compreensão das ações e procedimentos indicados, assim como respeitando os saberes e a cultura do povo;

II. Relacionar-se com a equipe de saúde de forma a permitir articulação dos diferentes conhecimentos na solução dos problemas de saúde, assim como contribuir na convivência harmoniosa nos serviços de saúde;

III. Manter a confidencialidade das informações recebidas, estimulando a confiança mútua, a autonomia e a segurança do usuário sob cuidado;

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IV. Compreender a comunicação verbal, não-verbal, habilidades de escrita e leitura de, pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação.

Seção IV

Da Liderança

Art. 10º No trabalho em equipe interprofissional, a graduação em Odontologia visa a formação do cirurgião dentista capaz de:

I. Reconhecer a liderança como atributo a ser exercitado na horizontalidade das relações interpessoais que envolvam compromisso, comprometimento, responsabilidade, empatia, habilidade para tomar decisões, comunicar-se e desempenhar as ações de forma efetiva, eficaz e integrada, mediada pela interação, participação e diálogo;

II. Assumir posições de liderança tendo em vista o bem-estar no trabalho da equipe multiprofissional e na interação comunitária.

, Seção V

Da Gestão em Saúde

Art. 11º Na Gestão em Saúde, a graduação em Odontologia visa a formação do cirurgião dentista capaz de:

I. Conhecer, compreender e participar de ações que visem à melhoria dos indicadores de qualidade de vida e de morbidade em saúde, passíveis de serem realizados por um profissional generalista, propositivo e resolutivo;

II. Desenvolver parcerias, organizar contratos e constituir redes, estimulando e ampliando a aproximação entre instituições, serviços e outros setores envolvidos na atenção integral e promoção da saúde;

III. Realizar a gestão do processo de trabalho da equipe de saúde em consonância com o conceito ampliado de saúde e com os princípios e diretrizes do SUS;

IV. Desenvolver o gerenciamento e administração da força de trabalho, da informação, dos recursos físicos e materiais;

V. Promover a gestão do cuidado, com o uso de saberes e dispositivos de todas as densidades tecnológicas, de modo a promover a organização dos sistemas integrados de saúde para a formulação e desenvolvimento de projetos terapêuticos individuais e coletivos;

VI. Organizar, manusear e avaliar recursos de cuidados de saúde de forma efetiva e eficiente.

Seção VI Da Educação Permanente

Art. 12º A graduação em Odontologia visa a formação do cirurgião dentista capaz de aprender continuamente a:

I. Aprender a aprender, como parte do processo de ensino-aprendizagem, identificando conhecimentos prévios, desenvolvendo a curiosidade e formulando questões para a busca de respostas cientificamente consolidadas, construindo sentidos para a identidade profissional e avaliando, criticamente, as informações obtidas, preservando a privacidade das fontes;

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II. Aprender interprofissionalmente, com base na reflexão sobre a própria prática e pela troca de saberes com profissionais da área da saúde e outras áreas do conhecimento, para a orientação da identificação e discussão dos problemas, estimulando o aprimoramento da colaboração e da qualidade da atenção à saúde;

III. Aprender em situações e ambientes protegidos e controlados da realidade, como as clínicas-escola e laboratórios de simulação da clínica, identificando e avaliando os resultados, como insumo da aprendizagem profissional e organizacional e como suporte pedagógico;

IV. Aprender em situações do trabalho vivo em ato, como a vivência comunitária e o cotidiano da unidade básica de saúde, gerenciando os imprevistos e construindo novos saberes com base na fundamentação teórico-reflexiva;

V. Ampliar as oportunidades de aprendizagem, pesquisa e trabalho, por meio da participação em programas de mobilidade acadêmica e formação de redes acadêmicas, viabilizando a identificação de novos desafios da área, estabelecendo compromissos de corresponsabilidade com o cuidado com a vida dos indivíduos, famílias, grupos e comunidades, especialmente nas situações de emergência em saúde pública, nos âmbitos nacional e internacional.

CAPÍTULO III

DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS Art. 13º A formação do cirurgião dentista tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências específicas:

I. Exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, econômico, cultural e ambiental entendendo-a como uma forma de participação comunitária;

II. Respeitar e manter reconhecido padrão de ética profissional e conduta, e aplicá-lo em todos os aspectos da vida pessoal e profissional;

III. Desenvolver ações de promoção, prevenção, reabilitação, manutenção e vigilância da saúde, em nível individual e coletivo, reconhecendo a relação da saúde bucal com as condições sistêmicas do indivíduo;

IV. Coletar, interpretar dados e analisar informações clínicas e epidemiológicas relevantes para a construção do diagnóstico, terapêutica e controle em relação às principais doenças e agravos bucais;

V. Realizar procedimentos odontológicos adequados para prevenção, tratamento e controle das principais doenças e agravos bucais; acompanhando e incorporando inovações tecnológicas durante o exercício da profissão;

VI. Participar de investigações científicas, considerando as diretrizes éticas da pesquisa, capacitando-se a obter, gravar e armazenar eficientemente dados confiáveis, analisar e interpretar os resultados, elaborar e divulgar trabalhos acadêmicos científicos, e aplicar os resultados para melhoria da saúde de indivíduos e comunidades;

VII. Aplicar os fundamentos da epidemiologia e do conhecimento da comunidade, como fatores fundamentais à gestão, ao planejamento e à avaliação das ações profissionais;

VIII. Planejar, administrar e executar serviços de saúde comunitária de forma humanizada e compartilhada, respeitando o usuário e a equipe de trabalho; acompanhando e incorporando inovações tecnológicas no exercício da profissão;

IX. Compreender e aplicar conhecimentos relacionados a outros aspectos da saúde, visando solucionar de forma mais adequada, problemas individuais e coletivos;

X. Conhecer e aplicar as normas dos trabalhadores da área da saúde bucal na sociedade e no desenvolvimento da profissão;

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XI. Conhecer os movimentos sociais e as formas de participação da população; XII. Conhecer leis, portarias e regulamentações sobre saúde bucal;

XIII. Informar e educar a equipe interprofissional e a população a respeito de saúde bucal; XIV. Planejar e desenvolver atenção odontológica individual e coletiva, considerando a família

como uma unidade de cuidado, respeitando os ciclos de vida; XV. Diagnosticar doenças e agravos em saúde bucal e suas relações com as condições

sistêmicas do indivíduo; XVI. Organizar, manusear e avaliar recursos de cuidados de saúde de forma efetiva e eficiente;

XVII. Participar das ações de educação permanente. XVIII. Reconhecer suas limitações e estar adaptado e flexível face às mudanças circunstanciais;

XIX. Promover o auto-cuidado para prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais;

XX. Promover ações e políticas inclusivas; XXI. Supervisionar as atividades do técnico em saúde bucal e auxiliar em saúde bucal;

XXII. Gerenciar os insumos necessários ao adequado funcionamento do consultório odontológico.

CAPÍTULO IV

DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

Art. 14º O Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Odontologia deverá ser construído coletivamente, centrado no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como facilitador e mediador do processo, com vistas à formação integral e adequada do aluno, articulando ensino, pesquisa e extensão.

Parágrafo único. O Projeto Pedagógico de Curso (PPC) deve garantir estruturas curriculares capazes de integrar os estudantes de odontologia com os estudantes de outros cursos, numa perspectiva interdisciplinar e multiprofissional, em atividades de aprendizado, pesquisa e extensão, para todos os estudantes.

Art. 15º O Projeto Pedagógico que orientará o curso de Graduação em Odontologia deverá contribuir para a compreensão, interpretação e preservação das culturas e práticas nacionais e regionais, respeitando o pluralismo de concepções e a diversidade étnica cultural.

Parágrafo único - O Currículo do Curso de Graduação em Odontologia deverá incluir aspectos complementares ao perfil, habilidades, competências e conteúdos, de forma a considerar a inserção institucional do curso, a flexibilidade individual de estudos e os requerimentos, demandas e expectativas de desenvolvimento do setor saúde na região.

Art. 16º O contexto educacional do curso de Odontologia deve considerar as demandas de saúde da população da região e/ou do município e os mecanismos de inserção e articulação com as políticas públicas do SUS, o que implica verificar onde se instalam os cenários de prática, os quais devem ocorrer no campus da IES e na região onde esta se insere.

Parágrafo Único. No Projeto Pedagógico do Curso de Odontologia deverá constar um diagnóstico situacional claro, fundamentado, referendado e baseado em dados oficiais do perfil epidemiológico de doenças bucais, a capacidade instalada dos serviços de saúde, e o potencial do curso de Odontologia na melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da população.

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Art. 17º O curso de Graduação em Odontologia deverá manter permanente Programa de Formação e Desenvolvimento da Docência em Saúde, com vistas à valorização do trabalho docente na graduação, ao maior envolvimento dos professores com o Projeto Pedagógico do curso e a seu aprimoramento em relação à proposta formativa por meio do domínio conceitual e pedagógico, que englobe estratégias ativas de aprendizagem, pautadas em práticas interdisciplinares, de modo a assumirem maior compromisso com a transformação da formação odontológica a ser integrada à vida cotidiana dos docentes, alunos, trabalhadores e usuários dos serviços de saúde.

Art. 18º Os cursos de Graduação em Odontologia deverão fomentar a participação dos Profissionais da Rede de Saúde em programa permanente de formação e desenvolvimento, com vistas à melhoria do processo de ensino-aprendizagem nos cenários de práticas do SUS e da qualidade da assistência à população, sendo este programa pactuado junto aos gestores municipais e estaduais de saúde.

Parágrafo único - A regulação da Integração Ensino-Serviço-Comunidade (IESC) deve ser amparada por instrumentos organizativos de natureza legal, considerando o contexto loco regional.

Art. 19º Em relação à extensão, o PPC de Odontologia deve garantir a implantação de, no mínimo, 10% da carga horária do curso (Plano Nacional da Educação. Lei N° 13.005, de 25 de junho de 2014). A implantação deste percentual é progressiva e deverá estar totalmente implantado em 2024.

CAPÍTULO V

DA ESTRUTURA CURRICULAR E DOS CONTEÚDOS CURRICULARES

Art. 20º A estrutura do Curso de Graduação em Odontologia deverá ter como eixo do desenvolvimento as necessidades de saúde dos indivíduos e das populações, incluindo as dimensões ética e humanística e sociais, orientados para a cidadania ativa multicultural e para os direitos humanos, tendo as Ciências Humanas e Sociais como eixo transversal na formação de profissional com perfil generalista.

Artigo 21º O processo de ensino-aprendizagem, quando envolve atendimento a usuários, deve se consolidar com o cuidado integral e resolutivo, como processo único e contínuo, seja na clínica escola ou nos cenários do serviço de saúde.

Artigo 22º A estrutura do Curso de Graduação em Odontologia deverá aproximar o conhecimento básico da sua aplicação clínica; via integração curricular. A integração dos conteúdos e práticas das disciplinas odontológicas deve ser apoiada e consolidada pela IES através de um processo de educação permanente previsto como formação docente institucional.

Artigo 23º O Curso deverá utilizar metodologias ativas de aprendizagem e avaliação, em busca de um aprendizado significativo pelos estudantes, que contemple mecanismos de flexibilidade e privilegiem a participação do aluno na construção do conhecimento, desenvolvida por meio de currículo integrado baseado na interdisciplinaridade e na articulação entre as dimensões sociais, biológicas, odontológicas, culturais, ambientais, raciais e educacionais.

Art. 24º Na estrutura curricular do curso de Odontologia deverá estar garantida uma carga horária prática, no mínimo, de 55% da carga horária total do curso, incluindo áreas básicas, sendo que a carga horária de atividades clínicas de atenção ao paciente, não poderá ser inferior a 40% da carga horária total do curso.

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Seção I Dos Conteúdos Essenciais

Art. 25º Os conteúdos essenciais para o Curso de Graduação em Odontologia devem estar relacionados com o processo saúde-doença do cidadão, da família e da comunidade, e referenciados na realidade epidemiológica e profissional, proporcionando a integralidade das ações do cuidar em saúde.

Parágrafo único. As disciplinas ou unidades curriculares vinculadas ao exercício profissional da Odontologia e seus conteúdos teórico-práticos, laboratoriais ou clínicos e estágios com ênfase na área de Ciências Odontológicas devem ser ministradas nos cursos de graduação de Odontologia exclusivamente sob a modalidade presencial.

Art. 26º As atividades didáticas devem inserir o aluno nas redes de serviços do Sistema Único de Saúde ao longo do curso de Graduação em Odontologia, permitindo ao aluno conhecer e vivenciar as políticas de saúde em situações variadas de vida, de organização da prática e do trabalho da equipe interprofissional, oportunizando aprendizado no SUS.

Subseção I

Das Ciências Biológicas e da Saúde

Art. 27º Nas Ciências Biológicas e da Saúde, incluem-se os conteúdos (teóricos e práticos) de base moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, aplicados às situações decorrentes do processo saúde-doença no desenvolvimento da prática assistencial de Odontologia.

Subseção II

Das Ciências Humanas e Sociais

Art. 28º Nas Ciências Humanas e Sociais incluem-se os conteúdos (teóricos e práticos) referentes:

I às diversas dimensões da relação indivíduo/sociedade, contribuindo para a compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos, bioéticos e legais, nos níveis individual e coletivo, do processo saúde doença.

II. a Saúde Coletiva como sustentação longitudinal ao aprendizado, à investigação e às práticas dos estudantes a partir do conhecimento das áreas Promoção da Saúde, Políticas Públicas de Saúde, Epidemiologia, Ciências Sociais e Planejamento e Gestão de Serviços de Saúde, considerando os determinantes sociais da saúde.

III. às políticas de educação ambiental, de educação em direitos humanos, das tratam da equidade e diversidade de gênero, de pessoas com deficiência e de educação das relações étnico-raciais.

Subseção III

Das Ciências Odontológicas

Art. 29º Nas Ciências Odontológicas, incluem-se os conteúdos (teóricos e práticos) de:

I. compreensão e domínio das novas tecnologias da comunicação;

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II. compreensão e domínio da propedêutica clínica: capacidade de realizar história clínica, exame físico, conhecimento fisiopatológico dos sinais e sintomas, exames complementares, capacidade reflexiva e compreensão ética, psicológica e humanística da relação Cirurgião-Dentista - pessoa sob cuidado; bem como os métodos para o desenvolvimento do processo de diagnóstico;

III. Clínica odontológica integrada onde serão desenvolvidas as capacidades de diagnóstico, prognóstico e conduta terapêutica nas doenças e agravos que acometem a saúde bucal do ser humano em todas as fases do ciclo de vida, considerando-se os critérios da prevalência, letalidade e potencial prevenção.

Seção II

Do Estágio Curricular Supervisionado

Art. 30º A formação do Cirurgião Dentista deve garantir o desenvolvimento de estágios curriculares, sob supervisão docente. Este estágio deverá ser desenvolvido de forma articulada e com complexidade crescente ao longo do processo de formação. O estágio curricular deve ser entendido enquanto ato educativo supervisionado, desenvolvido obrigatoriamente no ambiente real de trabalho, que visa à formação social, humana e científica do aluno, preparando-o para o trabalho profissional da odontologia na sociedade.

Art. 31º Ambiente de trabalho é o local no qual são desenvolvidas atividades relacionadas diretamente às competências gerais e específicas de um cirurgião-dentista. Este ambiente é configurado por serviços de saúde inseridos no mundo do trabalho, providos de profissionais de saúde que compõem o quadro de pessoal, realizando atividades com grupo de indivíduos (ações coletivas), com pacientes (assistência individual) e de gestão.

Parágrafo único - A flexibilização dos cenários intramurais e extramurais e das atividades permitirá que cada curso discuta suas opções e as coloquem em prática de acordo com o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e a obtenção do perfil do egresso almejado.

Art. 32º O Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser compreendido como o efetivo ordenador da formação de recursos humanos na área da Saúde. A articulação com o SUS deve ser regulada por meio de Instrumento legal pertinente, entre as Instituições públicas e a IES, trabalhando na perspectiva de parceria interinstitucional.

Art. 33º Atuação nas clínicas intramurais, ambulatórios, hospitais e outros espaços de desenvolvimento de atividades de promoção de saúde, prevenção de doença, assistência e recuperação da saúde próprios das IES são cenários do estágio somente nas situações em que houver alguma relação com o SUS, comprovada por meio de convênio e agenda integrada, viabilizando o estabelecimento de fluxo para referência e contra referência.

Art. 34º A carga horária do estágio curricular correspondente a 20% da carga horária total do curso e não substitui a carga horária em atividades práticas que envolvem o atendimento de pacientes, exigida para o desenvolvimento das competências e habilidades clínicas específicas de cada disciplina. As clínicas isoladas de uma, duas ou três especialidades e as aulas práticas laboratoriais não são consideradas para efeito de estágio supervisionado.

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Art. 35º O cumprimento de 100% da carga horária total dos estágios nos diversos espaços do SUS como cenários de aprendizagem é considerado a condição ideal desejável. O estágio deve contemplar todos os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde, sendo o mínimo de 50% (cinquenta por cento) da carga horária total desenvolvida na Atenção Básica.

Art. 36º Alternativamente é suficiente que, no mínimo, 50% da carga horária total do estágio curricular deve ser desenvolvida fora do âmbito intramural da instituição e, da carga horária extramural que corresponderia a 50%, no mínimo metade (25%), deverá ser obrigatoriamente desenvolvida no SUS.

Art. 37º Para o estágio curricular é obrigatória a supervisão e orientação de docentes do curso de Odontologia da própria IES, sendo a relação entre o número de estudantes e docentes, no mínimo, um docente para 12 (doze) alunos. O acompanhamento do estagiário deve ser realizado pelo professor orientador do curso de Odontologia da própria IES conjuntamente e com supervisão direta da concedente por meio de preceptor. A supervisão e coordenação do estágio devem estar previstas no regulamento do estágio supervisionado da IES.

Art. 38º O estágio desenvolvido em instituições privadas de saúde deve ser celebrado por meio de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a Instituição de Ensino, cabendo à parte concedente ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.

Seção III

Das Atividades Complementares

Art. 39º O Projeto Pedagógico deve promover a flexibilidade curricular, garantindo perspectivas efetivas de possibilitar diferentes percursos formativos aos alunos, considerando seus interesses.

§ 1º Constituem-se elementos da flexibilidade curricular as atividades complementares assim como os componentes curriculares optativos.

§ 2º As atividades complementares caracterizam-se pelo aproveitamento de conhecimentos adquiridos pelo aluno, mediante estudos e práticas independentes, presenciais ou à distância, como monitorias, programas de iniciação científica, programas de extensão, estudos complementares, estudo de línguas, estudo sobre tecnologias de informação e comunicação.

§ 3º Os componentes curriculares optativos caracterizam-se como disciplinas, módulos, ou outras atividades acadêmicas ofertadas pelo curso na área de conhecimento específico da Odontologia ou de outras áreas, para escolha pelo aluno, visando construção de percurso formativo próprio.

Seção IV

Do Trabalho de Conclusão de Curso

Art. 40º Para conclusão do Curso de Graduação em Odontologia, o aluno deverá elaborar um trabalho, sob orientação de docente do curso de Odontologia da instituição, como exercício do aprendizado pela pesquisa cujos formatos (portfólio, projeto de intervenção, artigo científico, monografia etc.) serão definidos pelo Projeto Pedagógico do Curso.

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CAPÍTULO VI

DA ORGANIZAÇÃO DOS CURSOS DE ODONTOLOGIA

Art. 41º O número de vagas ofertadas deve ser coerente com a capacidade instalada relacionada ao corpo docente, ao corpo técnico-administrativo e pessoal auxiliar, à estrutura de laboratórios em saúde e clínicas odontológicas para desenvolvimento das atividades didáticas.

Parágrafo único. Para definição do número de vagas deve ainda ser observada a realidade epidemiológica da população adstrita ao curso assim como o número de instituições de educação superior que ofertam curso de Odontologia na região.

Art. 42º O contexto educacional dos cursos de Odontologia deve estar relacionado às questões de natureza social, científica, cultural e às reais necessidades de saúde no seu âmbito de atuação.

Parágrafo único. Considerando as especificidades da área, deve ser sinalizada no contexto educacional a condição da fluoretação das águas de abastecimento público da região de influência do curso, as características epidemiológicas da saúde bucal dessa população, formas de organização da sociedade, vulnerabilidades, risco social, acesso/acessibilidade, equipamentos sociais, formas de controle social, a estrutura da rede de atenção em saúde (SUS) na região do curso e a cobertura das equipes de saúde bucal em relação á área de influência do curso (municípios e estado).

Art. 43º Em relação às políticas institucionais no âmbito do curso, o aprendizado deve ter como referência a construção do conhecimento e a realidade de vida das pessoas; a pesquisa deve estar articulada com os principais problemas de saúde bucal da população e a extensão deve ser desenvolvida como estratégia de aprendizado e interação com a comunidade, servindo como instrumento de construção de cidadania.

Art. 44º A organização do curso de Graduação em Odontologia deverá ser definida por um amplo movimento envolvendo toda a comunidade acadêmica, coordenado pelo colegiado de curso, que será responsável pela indicação da modalidade e da periodicidade definidos neste processo.

Art. 45º O curso de Graduação em Odontologia deverá constituir o Núcleo Docente Estruturante (NDE), atuante no processo de concepção, consolidação, avaliação e contínua atualização e aprimoramento do Projeto Pedagógico do Curso, em consonância com a legislação específica.

Art. 46º A estrutura física dos cursos de Odontologia, além dos ambientes convencionais de sala de aulas, deve proporcionar laboratórios de informática, laboratórios didáticos, laboratórios de ensino para a área de Ciências Biológicas e da Saúde, laboratórios de habilidade e Clínica Escola de Odontologia.

§ 1º Os laboratórios de habilidade são laboratórios destinados ao ensino dos conteúdos práticos pré-profissionalizantes ou profissionalizantes utilizados para a aprendizagem das Ciências Odontológicas.

§ 2º Para as atividades práticas do curso de Odontologia nos laboratórios didáticos, de ensino e de habilidades é obrigatório o acompanhamento e orientação efetivos presenciais por um docente da própria IES, sendo a relação entre o número de estudantes e docentes, no mínimo, de um docente para 15 (quinze) alunos.

CONTRIBUIÇÕES AO APRIMORAMENTO DAS DCN – ABENO AGO a SET/2016

Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia MINUTA 2 PARA 2ª CONSULTA PÚBLICA online

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§ 3º A proporção de docentes responsáveis pelas atividades de ensino, envolvendo usuários, e pela supervisão da assistência odontológica vinculada a essas atividades é no mínimo, de um docente para seis unidades de atendimento, constituída, no máximo, por dois alunos trabalhando conjuntamente.

Art. 47º A organização do Curso de Graduação em Odontologia deverá ser definida pelo respectivo colegiado do curso, que indicará a modalidade: seriada anual, seriada semestral, sistema de créditos ou modular.

CAPÍTULO VII

AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE ODONTOLOGIA

Art. 48º A implantação e desenvolvimento das DCN do curso de Graduação em Odontologia deverão ser acompanhadas, monitoradas e permanentemente avaliadas, em caráter sequencial e progressivo, a fim de acompanhar os processos e permitir os ajustes que se fizerem necessários ao seu aperfeiçoamento.

Art. 49º O curso de Graduação em Odontologia deverá utilizar metodologias ativas e critérios para acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem e do próprio curso, bem como desenvolver instrumentos que verifiquem a estrutura, os processos e os resultados, em consonância com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) e com a dinâmica curricular, definidos pela IES em que for implantado e desenvolvido.

§ 1º As avaliações dos alunos deverão basear-se nas competências e conteúdos curriculares desenvolvidos tendo como referência as Diretrizes Curriculares.

§ 2º O sistema de avaliação deve incluir a auto avaliação do estudante, como estímulo ao desenvolvimento do compromisso com sua formação, bem como, da habilidade de aprender a aprender.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 50º Os cursos de Odontologia em funcionamento terão o prazo de 1 (um) ano a partir da data de publicação desta Resolução para aplicação de suas determinações às turmas abertas após o início da sua vigência.

Art. 51º Os alunos de graduação em Odontologia matriculados antes da vigência desta Resolução têm o direito de concluir seu curso com base nas diretrizes anteriores, podendo optar pelas novas diretrizes, em acordo com suas respectivas instituições, e, neste caso, garantindo-se as adaptações necessárias aos princípios das novas diretrizes.

Art. 52º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Resolução CNE/CES nº 3, de 19 de fevereiro de 2002, e demais disposições em contrário.