Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
MECÂNICA NEWTONIANA USADA NA COMPREENSÃO DE COLISÕES
AUTOMOTIVAS
Newton Teruaki Mitugui Nihi1
Profª. Drª. Polônia Altoé Fusinato2
Resumo
Este artigo apresenta uma proposta para o ensino da mecânica newtoniana
desenvolvida a partir de informações e simulações de colisões. Com o
desenvolvimento das atividades de maneira lúdica, procuramos despertar a
curiosidade dos alunos oferecendo oportunidades em fazer crescer naturalmente a
motivação para estudos de textos científicos. Conseqüentemente, com a mudança
comportamental adquirida da turma, possibilitou criarmos situações de
aprendizagem participativa e sem resistência. As propriedades fenomenológicas
observadas em cada situação nos diversos experimentos constituíram em base de
informações para discussões e idéias alternativas para resoluções dos problemas.
Ainda que ocorram dificuldades de compreensão em relação às concepções da
mecânica newtoniana, a aplicação e o envolvimento disciplinado observado dos
educandos nos faz acreditar que o professor é capaz de elaborar métodos
alternativos de ensino e aprendizagem de Física que pode contar com a participação
ativa dos alunos, porque atinge suas necessidades.
Palavras chave: colisão; motivação; métodos alternativos.
_________________________ 1 Professor da Rede Pública do Estado do Paraná, Núcleo Regional de Maringá.
2 Professora Dra.; Orientadora da Universidade Estadual de Maringá.
Abstract
This paper presents a proposal for the teaching of Newtonian mechanics developed
from information and simulations of collisions.
With the development of activities in a playful manner, arouse students' curiosity and
did grow naturally motivation for studying scientific texts. Therefore, with the
behavioral change gained from class, we create learning situations possible without
resistance. The phenomenological properties observed in each situation in the
experiments formed the basis for discussions of information and alternative ideas for
solving the problems. Although problems arise in relation to the understanding of
concepts of Newtonian mechanics, the application and involvement of students
disciplined observed makes us believe that the teacher can devise alternative
methods on the needs of students.
Keywords: collision; motivation; alternative methods
Introdução
Para contextualizar o comportamento dos nossos alunos no interior da
escola pública é muito complicado e complexo, porque envolve inúmeros fatores,
sendo que muitos não são de nossa competência resolver. Mesmo com os esforços
das Instituições governamentais em incentivar ações diferentes que venham
promover mudanças no comportamento do educando, ainda há uma obstinação por
parte de muitos colegas em reconhecer a necessidade de muito empenho,
organização, pesquisas e sacrifícios para obtermos sucesso.
Entendemos que a Física ensinada nas escolas, baseando-se em nossa
experiência docente e em relatos de colegas professores, de um modo geral, o
conteúdo básico é ministrado utilizando-se uma metodologia tradicional, isto é, são
aulas teóricas utilizando giz e quadro negro, passando-se posteriormente listas de
exercícios. Muitas vezes, esses exercícios são repetitivos e o aprendiz tenta resolvê-
los sem ter o conhecimento dos conceitos físicos presentes naquele estudo. A Física
ensinada de maneira tradicional e focada literalmente em cálculos, tornando-se
pouco compreensível e motivo de desinteresse. O aprendizado torna-se deficiente e
o aprendiz deixa de atuar na construção de seu saber.
Existem ainda, professores que passam por uma forte desmotivação, o
que os tornam mais rígidos, com maior resistência às mudanças, propensos a
reclamações constantes. Também é bem conhecido dos professores, a falta de
dedicação e empenho de grande parte dos estudantes que não se conscientizam da
sua responsabilidade em assumir seu papel de aprendiz, preparando-se para a vida
A razão encontrada em todos os questionamentos feitos pelos
educadores nos leva a conclusão de que devemos alterar de certa forma nossos
encaminhamentos metodológicos na orientação de nossos alunos.
A partir de 2007, o surgimento do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), projeto do Governo do Paraná – Secretaria de Estado da
Educação veio coroar todas as outras iniciativas presentes, no sentido de
transformar socialmente e educacionalmente a nossa coletividade.
Nele o professor tem a possibilidade de atuar como um profissional
pesquisador, pois volta a freqüentar as Universidades públicas de nosso estado.
Durante um ano é afastado de suas funções de sala de aula, para se dedicar ao seu
próprio projeto sem prejuízo aos seus vencimentos. No ano subseqüente volta para
suas atividades escolares apenas com 75% de sua carga horária, sendo os
restantes 25% dedicados para finalizar seu projeto.
A preocupação existente entre os colegas em verificar meios que
promovam motivação em nossos educandos é o que nos estimula na esperança de
alcançar nosso objetivo.
Como nosso meio social é repleto de violência no trânsito, os acidentes
automobilísticos se tornam cada vez mais freqüentes, nos motivando a investigar as
grandezas físicas presentes em um acidente, ou seja, colisões, trombadas, batidas e
outros. Culturalmente, como de hábito a curiosidade faz com que nos tornemos um
pseudo-perito fazendo cálculos de grandezas físicas envolvidas em acidentes,
utilizando nosso senso comum. Entendemos que é um assunto discutível para os
alunos do Ensino Médio, onde muito conhecimento de Física pode ser extraído.
Nesse sentido, Gil Perez diz que:
[...] pesquisa denota condição favorável das pré-concepções dos alunos ou
do interesse pelas propostas construtivistas. “Surpreendeu-me sempre que
os professores de Ciências, mais que os outros, não compreendam que não
se compreende(...). Não refletiram sobre o fato de que o adolescente chega
à aula de Física com conhecimento empíricos já constituídos: trata-se,
assim precisamente de mudar de cultura experimental, de derrubar
obstáculos já acumulados pela vida cotidiana”. ( PEREZ, 1998, p. 27)
Estudos sobre colisões traz uma significativa complexidade, por
envolver conceitos físicos nem sempre de fácil entendimento, por isso propôs-se
buscar subsídios para transpor estas barreiras, contando com a participação ativa
dos nossos alunos. Daniel Gil Perez, educador e professor de Física, mostra que:
[...] o professor deverá saber valorizar as contribuições dos alunos,
reformulando-as adequadamente, ter já pronta a informação pertinente para
que os estudantes possam apreciar a validade de suas construções.
(PEREZ, 1998, p. 50 e 51)
Com isso, Daniel Gil Perez sugere que podemos adaptar às atividades
propostas, sem abolir as opiniões e capacidades criadoras que o educando possui e
instalar informações científicas dando maior sustentação e compreensão as idéias.
Por essa razão, o presente trabalho tem a finalidade de contribuir nas
ações que possam estabelecer uma ponte entre o conhecimento de um fato
observado em nosso cotidiano e o saber científico.
Fundamentação teórica
É ilusório pensar que nossos estudantes ao iniciar o Ensino Médio tenham
condições e consciência interpretativa do significado dos conceitos de Física.
Embora tenham visto conceitos de Física na 8ª série do Ensino Fundamental, como
aceleração, velocidade, massa, peso, distância, tempo, percebe-se que muitas
vezes são deduções naturais e intuitivas.
É utópico pensar que um professor graduado em biologia, química ou outras
graduações atuando na 8ª série direcionaria o enfoque de estudos para
conhecimentos de Física. Isto significa dizer que o estudante chega ao Ensino Médio
sem o mínimo conhecimento básico e essencial para compreender os princípios da
Física newtoniana.
Vive-se hoje em um impasse bastante complexo no ambiente escolar. Os
familiares dos alunos responsabilizam a comunidade escolar pelo fracasso de seus
filhos e os professores alegam ser impossível executar suas funções didático-
pedagógicas devido à falta de interesse, ausência interpretativa e dificuldades em
matemática básica. Nossa experiência aponta para a falta de um envolvimento mais
próximo da família, ou seja, uma co-responsabilidade família e escola na formação
efetiva do cidadão. Deve haver esse empenho conjunto, se pretendemos que o
estudante assuma a parte da responsabilidade que lhe cabe, na sua formação.
Mais do que em qualquer outro momento da história, nossa juventude tem
seu intelecto pronto para adquirir novos conhecimentos, pois possuem um
manancial de informações à sua disposição e sabem lidar com isso muito bem.
Sabe-se também, que existem em nosso meio alguns profissionais
desestimulados e pouco dispostos a dinamizar suas ações pedagógicas.
Disponibilizar inovações metodológicas e tecnológicas não são suficientes
para obtenção de êxito no ensino se os professores por razões particulares não se
envolverem, o que justifica inúmeros fracassos em projetos inovadores. Este é um
fator que contribui para que a ideologia da pedagogia tradicional domine grande
parte das ações dos professores, permanecendo intocável e refratária às inovações.
Recentemente está ocorrendo uma introdução da tecnologia nos ambientes
escolares em todo Estado do Paraná. Há uma urgente necessidade de pesquisa e
ambientação com a ferramenta tecnológica, deslocando o professor a alterar seu
“imobilismo”. Não se pode ignorar a mudança da política educacional.
É evidente que essas inovações exigem melhor preparo do professor frente a
essa nova linguagem de suporte tecnológico.
Exatamente nesta direção é que estão sendo direcionados os investimentos na
educação. Deve ser prioridade, fornecer aos professores suporte altamente eficaz
para a melhoria da qualidade de ensino.
Destacamos um momento na história da educação ocorrida na década de 80,
fato que contribuiu muito para o empobrecimento profissional. Nesse período houve
a permissão que professores de 1ª a 4ª do Ensino Fundamental após uma
avaliação, pudessem atuar de 5ª a 8ª e também no Ensino Médio. Professores de
ciências migraram para o Ensino Médio, promovendo um esvaziamento do ensino
na disciplina das séries iniciais.
Conseqüentemente, para preencher essas vagas foram admitidos professores
com graduação em química, biologia, física e também matemática. Será que os
profissionais da educação, não sabiam que jovens nessa faixa etária são os que
mais necessitam de uma modelagem científica adequada?
Assim, Marilda explica:
[...] Para que o professor possa ser o organizador do meio social, ele deve
saber muito, dominar o objeto que leciona. Não basta que o professor
saiba somente o que devem saber os alunos. Utilizando as palavras de
Munsterberg, Vigotski (2001b,p.451) destaca que “só pode passar
informações de forma interessante aquele que for capaz de dar cem vezes
mais do que efetivamente tem que dar”. (FACCI; 2008, p. 185)
Entendemos que as instituições responsáveis de gerenciar a educação
possuem uma grande parcela de culpa, pois aparentemente a preocupação maior
centra-se no administrativo e menos no pedagógico. Com essa atitude, os maiores
prejudicados são os alunos, que ignorando os fatos tiveram que ser orientados por
profissionais não qualificados para exercer disciplinas específicas, isto é,
profissionais não qualificados para ministrar conteúdos para os quais não estavam
preparados, porque os desconheciam.
Sabemos do empenho da administração escolar em obter recursos
financeiros para a subsistência do sistema escolar, mas os índices publicados na
mídia mostram que “o saber” de nossos estudantes, está muito longe do desejado!
Para Marx e Engels, [...] o primeiro pressuposto de toda existência humana e,
portanto, de toda a história, é que os homens devem estar em condições de viver
para “poder fazer história”. Mas para viver, é preciso antes de tudo comer, beber, ter
habitação, vestir-se e algumas coisas mais. O primeiro ato histórico é, portanto, a
produção dos meios que permitam a satisfação das necessidades, a produção da
própria vida material (FACCI; 2004; pg. 158).
Entendemos que professor, aluno, administração escolar e família, todos são
responsáveis e devem se empenhar para que ocorram os resultados didático-
pedagógicos desejados efetiva formação do cidadão. Se houver falhas em qualquer
uma das partes envolvidas, haverá falhas no sistema e a formação não acontecerá.
O papel do professor é muito importante para fomentar o êxito do sistema. Este
exerce o papel de articulador do meio para que o estudante se insira no sistema e
seja um participante ativo, juntamente com seu colegas e professor, na construção
gradativa de seu conhecimento.
FACCI, em Valorização ou Esvaziamento do Trabalho do professor escreve:
Do ponto de vista psicológico o professor é o organizador do meio social educativo,
é ele quem regula e controla sua interação com o educando.
Vigotski compara o trabalho do professor (pedagogicamente) com o do
jardineiro:
Como um jardineiro seria louco se quisesse influenciar o crescimento das plantas, puxando-as diretamente do solo com as mãos, o pedagogo entraria em contradição com a natureza da educação se forçasse a sua influência direta sobre a criança. Mas o jardineiro influencia o crescimento da flor aumentando a temperatura, regulando a umidade, mudando a posição das plantas vizinhas, selecionando e misturando a terra e o adubo, ou seja, mais uma vez agindo indiretamente, através de mudanças correspondentes do meio. Assim faz o pedagogo, que ao mudar o meio, educa a criança [VIGOTSKI, 2001 b, PP 65-66].
Podemos admitir no presente momento, a existência de uma crise no ensino
em geral e o de Física em particular. Pode-se comprovar esses resultados
diariamente ao analisar os comentários pessimistas realizados pelos professores, no
ambiente escolar em que atuamos, bem como da mídia em geral. Ao consultarmos
nossos colegas em qualquer escola de qualquer região, os pareceres emitidos não
são diferentes. O que é mais grave de tudo isso é que o professor se sente refém de
toda essa situação e muitas vezes é apontado como o culpado do “não aprendizado
do aluno(a).
A opinião é unânime de que a desmotivação e o desinteresse do aluno
ocorrem freqüentemente e o que mais incomoda e assusta é a rebeldia manifestada.
Nossos jovens de hoje, estão iludidos por estratégias mercadológicas do
mundo virtual tecnológico. O imediatismo em tempo reduzido de programas de
divertimentos distorce sua ideologia de conhecimentos e conceitos.
Nossos jovens de hoje, estão iludidos por estratégias mercadológicas do
mundo virtual tecnológico. O imediatismo em tempo reduzido de programas de
divertimentos distorce sua ideologia de conhecimento e conceitos.
Assim, quando são exigidos nas escolas, para uma seqüência de tarefas
repetitivas e formalísticas de cópia e decorebas, há um enorme vazio entre os
conceitos científicos e eles, isso os desmotiva e como característica cultural familiar,
se rebelam.
O objeto dessa rebeldia encontra-se no momento em que as formas de
organização existentes estão desarticuladas e desagregadas do tradicional em
nosso país, alterando valores e procedimentos usuais, não preparando mais os
homens na sua essência.
A conduta dos alunos reflete bem o caráter social atual. Num momento em
que a força produtiva familiar prevalece sobre o conhecimento e o valor do saber,
pergunta-se: o que fazer? Como fazer? Que alternativas temos?
Marx já havia analisado no século XIX algo que neste início de século XXI
torna-se cada vez mais visível: apropriação da totalidade das forças produtivas pela
totalidade dos trabalhadores é necessária tanto para o desenvolvimento da auto-
atividade como também para a própria sobrevivência dos trabalhadores
DUARTE( 2001).
Fica evidente a necessidade de ocorrer uma verdadeira transformação em
todo o sistema de ensino: Fundamental, Médio e Superior. Nesta direção, devem-se
fazer grandes investimentos na educação direcionados principalmente aos
professores. Isto, nos induz a pensar que a construção do conhecimento se dá a
partir principalmente, da prática individual do professor e do aluno, em processo de
formação. (FACCI; 2004; pg. 132)
Entendemos que um dos papeis mais importantes do Governo do Paraná
para o ensino no Estado, foi a implantação do Projeto de Desenvolvimento
Educacional (PDE), visando a capacitação do professor do Ensino Básico,
oferecendo ao mesmo a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e garantir
assim um melhor desempenho em suas práticas pedagógicas.
A formação docente é hoje compreendida como um processo permanente de
desenvolvimento profissional: estudos, atualizações, discussões e trocas de
experiências. (BIZZO; 2007, pg.7).
O aumento das dificuldades iniciais do professor e do aluno se dá pela
maneira como certos materiais didáticos trazem os conceitos científicos
erroneamente dando a impressão de que estejam corretos. Por exemplo, durante
décadas muitos livros didáticos afirmaram que o verão ocorria porque a Terra se
aproximava do Sol.
Diante deste ambiente cada vez mais incerto, no presente trabalho foi
proposto a realização de atividades e ações a ser desenvolvidas conjuntamente,
professor e alunos.
Para construir uma rede conceitual necessária neste trabalho, partimos de
coletas de fragmentos possíveis da história da Ciência. As informações foram
direcionadas no sentido de dar uma ênfase aos aspectos históricos da relação entre
a Força e o Movimento, visando o embasamento para o estudo da Mecânica.
Partindo do referencial aristotélico, sobre os movimentos dos corpos, vamos
verificar que Aristóteles conclui que o movimento de corpos só é possível quando
àquele que se move, está necessariamente associado a uma força. Assim devem
existir forças de contato.
Aristóteles não concebia a existência de um vácuo porque, segundo ele, sem
haver uma resistência ao movimento de um objeto este teria velocidade infinita. Para
Aristóteles o Universo é finito.
Para fins didáticos, pode-se expressar a “lei do movimento” de Aristóteles
através da relação:
onde F representa intensidade da força aplicada ao corpo, e R a “resistência” do
meio. A velocidade V de um corpo é diretamente proporcional à força e
inversamente proporcional à resistência do meio no qual ele se movimenta.
Em relação à queda dos corpos, Aristóteles que não concebia a ação à
distância, justificava que uma força inerente ao próprio corpo é responsável por sua
queda, isto é, por seu movimento natural.
Quanto ao movimento de um projétil, como explicar seu deslocamento depois
de cessado o contato projétil-lançador? “Segundo Aristóteles, a continuidade de um
projétil depois da perda de contato com o arremessador quando se movimenta, o
projétil passa a ocupar o lugar que antes era preenchido pelo ar, por sua vez, flui em
torno da pedra para ocupar o espaço vazio” deixado pela mesma. Com esse
movimento o ar impele o objeto para frente.
Pode-se então concluir que segundo Aristóteles há impossibilidade de
movimento no vazio. O vazio não é um meio e como tal não pode transmitir e
conservar o movimento de um corpo.
Embora a teoria Aristotélica seja corretamente bem ordenada e em
concordância com o senso comum, e que foi assimilada pela teologia cristã durante
a Idade Média, há um verdadeiro contraste com o processo evolutivo das idéias e
conceitos.
Passa a imergir a ciência galileana que busca entender o mundo real através
da Experimentação e da Matemática. A ruptura conceitual a cerca dos movimentos é
indiscutível, com relação aos conceitos aristotélicos, sendo substituídos pelos
conceitos galileanos do movimento, cujo principal é o de inércia.
Galileu é considerado o fundador da Física moderna, pois utilizou pela
primeira vez a combinação de raciocínio teórico e observação experimental, mas
não chegou a formular uma teoria completa do movimento.
Isso foi feito pelas gerações seguintes de filósofos e que culminou com o trabalho de
Isaac Newton. O estudo do movimento dos corpos, ou mecânica, desenvolve-se
muito a partir de Newton.
Newton nasceu em 25 de dezembro de 1642, seus admiradores consideram
seu nascimento como um presente de Natal para a Humanidade.
Entre as descobertas, Newton enunciou três leis destacando o movimento dos
corpos e que fundamenta a mecânica clássica.
Na obra Philosophiae Naturales Principia Mathematica, formulava sua
revolucionária mecânica. Define bem o conceito de massa, que na época era
conhecida erroneamente como peso. Ele prossegue com a definição de Quantidade
de Movimento de um corpo. Segundo o cientista, ela é o produto de sua massa por
sua velocidade. Se a massa é menor, a quantidade de movimento também é. Após
define Inércia que surge de acordo com qualquer mudança em Quantidade de
Movimento.
Definidos os conceitos de massa, Quantidade de Movimento e Inércia,
Newton passa para a idéia de Força, que é a ação exercida sobre um corpo de
modo a mudar sua quantidade de movimento.
ENERGIA MECÂNICA
Transformações de energia estão presentes em nosso cotidiano,
principalmente associados à física automotiva. Basta observar uma bateria, que com
a reação química de elementos, produz a energia química que, posteriormente é
transformada em energia elétrica; a explosão da gasolina em energia mecânica dos
pistões e associando a energia cinética do movimento do carro.
Na presente pesquisa, construiu-se uma pista para experimentos de colisões,
exemplifica um sistema conservativo de energia mecânica (EM). Quando o carrinho
está no topo da rampa, pronto para iniciar o percurso, encontra-se a determinada
altura em relação ao solo e tem, portanto, certa quantidade de energia potencial
gravitacional (Ep), em outras palavras, sua energia potencial gravitacional diminui à
medida que a energia cinética (Ec), aumenta. No ponto mais baixo da rampa onde
ocorre a colisão, a velocidade do carrinho é máxima sendo, portanto, máxima a
energia cinética e mínima a sua energia potencial gravitacional. É por isso que
podemos calcular a velocidade de impacto da colisão através da energia mecânica.
Em um sistema de conservativo a EM = constante.
CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Sabemos que nas colisões há conservação da quantidade de movimento
(Q=mV) do sistema. Isto é: no choque entre duas partículas A e B, as quantidades
de movimento de cada partícula variam, mas a quantidade de movimento do sistema
se conserva. Para um choque frontal, podemos escrever a equação de conservação
de quantidade de movimento do sistema usando velocidades escalares, ou seja,
atribuindo um sinal algébrico às velocidades das partículas de acordo com a
orientação (positiva) definida para a trajetória.
Qsist. (antes) = Qsist (depois)
mA.VA + mB.VB = mA.V’A + mB.V’B
Embora sempre ocorra a conservação da quantidade de movimento do
sistema, numa colisão pode ou não haver conservação de energia mecânica do
sistema.
Os choques são classificados em função da conservação ou não da energia
cinética do sistema. Quando a energia cinética do sistema imediatamente após o
choque é igual à energia cinética do sistema imediatamente antes do choque, ele
recebe o nome de choque perfeitamente elástico. Se as energias cinéticas do
sistema antes e após o choque forem diferentes, ele recebe o nome de choque não-
elástico.
Vamos supor que um carrinho se aproxima frontalmente de uma parede a
10m/s e, após o choque, se afaste desta com velocidade de módulo 6 m/s.
Após o choque, o carrinho tem restituído apenas 60% da velocidade, em
módulo, que possuía antes do choque. Conclusão: houve perda de energia cinética
nessa colisão.
A partir disso, criou-se um coeficiente de restituição (e) para as colisões
frontais, definido pela razão entre o módulo da velocidade de afastamento (após o
choque) e o módulo da velocidade de aproximação (antes do choque).
Caso ocorresse 100% de restituição do módulo da velocidade (Vafast = Vaprox),
o coeficiente de restituição atingiria seu valor máximo (e = 1) e não haveria perda de
energia mecânica. Esse choque é denominado perfeitamente elástico.
Entre os choques não-elásticos, destaca-se o choque perfeitamente
inelástico, no qual se produz a maior perda de energia mecânica. Este choque
ocorre quando o coeficiente de restituição é mínimo, ou seja, igual a zero (e = 0).
Num choque desse tipo, o carrinho lançado contra a parede não retornaria (grudar-
se-ia nesta) e, por conseguinte, perderia toda sua energia mecânica inicial e também
a quantidade de movimento.
Análise e Resultados
Os resultados obtidos na aplicação do projeto proposto, foram observados e
vivenciados durante o desenvolvimento das atividades de Física em sala de aula,
conforme o proposto.
Como o tema está inserido na mecânica clássica newtoniana, contempla as
séries iniciais do Ensino Médio, motivo pelo qual, a escolha recaiu na turma da
primeira série do período noturno, que apresentava as dificuldades comuns de todo
educando ao iniciar a aprendizagem de Física.
O primeiro contato com a turma sobre o projeto aconteceu no dia 16 de
agosto de 2010, procedendo-se a uma explanação detalhada sobre a realização do
mesmo. Os alunos mostraram inicialmente bastante interesse, porém surpresos,
pelo fato de não esperar ser a turma escolhida para o desenvolvimento do projeto.
Notou-se então, a baixa estima presente no grupo e que ficou bem caracterizada
quando uma aluna perguntou: têm certeza professor? Pretende fazer isso com essa
turma mesmo?
Diante da expectativa lembrei-os de que todos podem conseguir realizá-lo,
só dependendo do espírito e consciência de cada um em participar com interesse,
dividindo e contribuindo na realização das tarefas, juntamente com os colegas.
Na busca de informações sobre conteúdos que eventualmente
necessitaríamos de um redirecionamento e retroalimentação para dar maior
sustentação ao projeto, foi promovido um questionário de forma que o aluno
respondesse a partir de situações concretas, frutos de sua experiência do dia-a-dia.
Segundo Paulo Freire:
[...] a curiosidade ingênua, de que resulta indiscutivelmente um certo saber, não importa que metodicamente desrigoroso, é a que caracteriza o senso comum. ( FREIRE, 2001, pg. 32).
Observando os resultados dos questionamentos realizados e inseridos no
questionário, ficou claro a necessidade de retomar conteúdos básicos da mecânica,
principalmente conservação da quantidade de momentum, conservação de energia.
Assim, intercalando paralelamente ao projeto, foi estabelecido um desenvolvimento
teórico, contemplando as necessidades percebidas.
No primeiro momento, (oito de setembro), mostramos o vídeo do acidente do
Felipe Massa, quando um objeto se desprende do carro de Rubinho Barrichello, que
na ocasião se encontrava à frente e atinge o capacete de Massa, ocasionando o
trágico acidente.
A apresentação da imagem produziu uma expectativa bem interessante.
Através do site (http://olhar45.blogspot.com/2009/07/acidente-felipe-massa-impacto-
no.html) sugerido pela professora Silmara Alessi Guebur Roehig, cursista do GTR –
PDE 2009 encontramos informações importantes a respeito do acidente de Felipe
Massa.
A mola que atingiu o capacete de Felipe Massa durante os treinos do GP da
Hungria, tinha 12 cm de diâmetro e 500 g de massa. A velocidade média calcula-se
que Felipe Massa estava a 280 km/h.
Segundo Júlio César Bastos de Figueiredo, físico e professor da ESPM o
impacto da mola foi de 152 kg, o equivalente ao impacto da mesma mola solta de
uma altura de 300m. Sintetizando a grande quantidade de informações neste
acidente ficou mais fácil trabalhar de maneira mais atrativa os conceitos de Física.
No segundo momento, (três de novembro), apresentei a maquete feita com
base na experiência do Mago da Física extraído do site:
http://www.youtube.com/watch?v=MsGGKrmG8-c&feature=related
Para construir o aparato experimental, contraiu-se primeiramente um modelo
de isopor, para posteriormente apresentar na marcenaria para construção do modelo
definitivo, como mostram as figuras 1 e 2 apresentadas abaixo.
A idéia de usar o aparato experimental (Mago da Física) mostra que através
de um exemplo prático é mais fácil a compreensão dos conceitos físicos presente
em uma colisão. O instrumento pretende diagnosticar a existência de correlações
entre as diversas varáveis que interagem as colisões.
A forma como foram utilizadas, apesar de várias tentativas efetuadas com as
colisões das bolas, constataram que quanto maior o ângulo obtido na primeira bola o
impacto foi maior e conseqüentemente o alcance da segunda bola aumentou.
Entenderam que para aumentar a velocidade de impacto a energia potencial
da mesma deveria ser maior. Tomando por base que as colisões automotivas
Fig. 1 Moldes de papel sendo retirado
no isopor Fig. 2 Modelo em isopor
abordam conceitos de energia mecânica, como contribuição fora sugerido este
experimento.
As colisões promovidas pelas bolas de sinuca despertaram muita
curiosidade. Após a explicação do objetivo de fazer a bola cair na caçapa após a
colisão, foi disponibilizado a todos para que experimentassem.
Todos participaram, uns indiferentes, outros meio inibidos e muitos após
várias tentativas forneceram suas próprias conclusões.
Após várias tentativas realizadas os participantes promoviam suas próprias
conclusões intuitivas. Como a bola (sinuca) não caia justamente dentro da caçapa,
promovia em todos, risos, até que encontraram o defeito na caçapa que dificilmente
parava na maquete.
Buscando entender a relação do alcance com a queda da bola, responderam
que deveria existir uma relação do diâmetro da caçapa com o peso da bola.
Para conseguir êxito de colocar a bola dentro da caçapa, conseguiram
determinar a altura que a bola deveria ficar e a distância que a caçapa deveria
permanecer, por tentativas repetitivas.
Em seguida, depois de usarem bem o experimento, foi apontado a
determinação do alcance x por cálculos matemáticos sugerido pelo professor
Amadeu do Mago da Física, e os fenômenos físicos envolvidos, tais como a relação
do ângulo e o Princípio de Conservação de Energia (energia potencial, energia
cinética, lançamento horizontal) e Princípio da Conservação de Movimento Linear e
Colisão perfeitamente Elástica.
Explicação do desenvolvimento: As massas da bolas são iguais m1 = m2
Onde:
L: comprimento do pêndulo.
ha: altura da bola 2 para ser largada, nessa posição a energia potencial é máxima e
a energia cinética é nula.
H: altura em que a bola 1 está em relação a base. Quando ocorre o impacto das
duas bolas, a velocidade de ambas são iguais V1 = V2 .
Na conservação de energia:
A velocidade da bola 2 ao colidir com a bola 1 é dada por:
Aplicando o Princípio da Conservação do Momento Linear e considerando uma
Colisão Totalmente Elástica, a velocidade da bola 1 após sofrer a colisão com a
bola 2 serão iguais.
O tempo de queda tq é obtido por:
O alcance X:
Quando solicitado o porquê do alcance, um aluno respondeu que deveria
No terceiro momento (10 de novembro), levamos uma pista construída para
fins de desenvolver batidas de carros. Ela possuía em uma das extremidades uma
elevação, com a intenção de que o carrinho que ali fosse solto adquirisse uma
velocidade até atingir a base. Os carrinhos tinham aspectos iguais e diferentes, com
massas aproximadamente iguais ou totalmente diferentes.
Após promover repetidamente as colisões utilizando a pista, passou-se a
analisar o comportamento de cada carrinho envolvido no evento. Descrever o que
aconteceu era muito fácil, o problema era compreender, analisar, sintetizar e avaliar
o mecanismo do ato da batida dos carrinhos.
Com os dados extraídos nos experimentos formulamos alguns exemplos
teóricos semelhantes às observações obtidas e procuramos determinar alguns
parâmetros físicos tais como a velocidade no momento do impacto, tipo de colisão
(elástica, parcialmente elástica ou inelástica).
Fig. 3 Maquete: colisões entre bolas de sinuca
Fig. 4 Maquete: colisões entre bolas de sinuca
Fig. 5 Maquete com elevação Fig. 6 Maquete com elevação
A dinâmica do trabalho foi a mesma do experimento anterior, porém foi
introduzida uma novidade, a exigência de preenchimento de um relatório
previamente elaborado. Nesse relatório encontram-se os encaminhamentos
(exemplos) de orientações de como realizar os experimentos. Como foi dividido em
grupos, cada um destacavam suas observações e sugestões envolvidas no trabalho.
No final, a entrega do relatório era obrigatória, para serem devidamente
conceituados.
A execução em grupo, entrega do relatório e a promessa de incluir um
conceito de participação fez com que esta, se tornasse mais efetiva. Entretanto, o
tipo de evento escolhido, colisões de carrinhos, motivou expressivamente os
participantes, tanto que o grupo de meninas tivera maior participação e
acendimento.
Visando maior clareza e compreensão da aprendizagem dos conceitos
físicos, confrontamos as idéias subtraídas na experimentação e realizamos uma
investigação através de exemplos contidos em Anexo.
No quarto momento (17 de novembro), a atividade desenvolvida, buscava
complementar as atividades anteriores, tornando importante o conceito de tempo de
reação que cada indivíduo possui num processo de relevante necessidade como
evitar uma colisão na utilização do freio numa emergência.
É importante saber o tempo de reação do indivíduo que está dirigindo? Para elaboramos esse experimento lúdico, que além de mostrar a importância
de como devemos estar atento ao dirigirmos, mostra também o envolvimento físico
da mecânica newtoniana, como velocidade, espaço, massa, força gravitacional,
referencial, energia potencial, energia cinética e conservação de energia.
Os alunos observaram também o envolvimento dos conceitos adquiridos na
cinemática, tais como: as funções da velocidade e da posição e principalmente
conceitos de queda livre.
Como os instrumentos fora construído pelos próprios alunos, a participação
tornou-se mais envolvente.
O comportamento na montagem e modelagem evidenciou enorme
participação coletiva, todos confeccionando seus experimentos em harmonia.
Na utilização do bastão de madeira devidamente pronto, figuras 9 e 10,
utilizando a escala de cm a cm, passaram a realizarem o teste. Diante das
informações encontradas, determinaram o tempo de reação obtida pela equação:
, e de posse com o tempo de reação poderá detectaram a velocidade
V = gt.
No quinto momento (vinte e quatro de novembro) foi realizada a última
atividade proposta. Apresentamos diversos vídeos e dentre eles, a colisão no filme
Titanic, a Técnica de Socorro, acidente de Ayrton Senna, Missão Marte. Em todos os
vídeos mostrados, evidenciavam-se os conceitos físicos comuns, que apontados e
relacionados durantes as observações, ficavam mais evidentes e claros na
compreensão dos mesmos.
Fig. 7 Elaboração do material Fig. 8 Elaboração do material
Fig. 9 Experimento tempo de reação Fig. 10 Experimento tempo de reação
O princípio da Conservação de Movimento Linear e o Princípio da Inércia
foram os princípios Físicos que proporcionaram o estabelecimento de debates e
reflexões muito produtivas e interessantes sobre acidentes automobilísticos,
permitindo e a participação ativa de todos os participantes da pesquisa.
Considerações finais
Ao iniciar a primeira etapa do projeto, o processo foi lento, os alunos se
apresentavam desmotivados e alheios às explicações.
Para solucionar esse problema e conseguir a atenção, foi proposto o
preenchimento de um relatório, o qual deveria ser entregue pelo grupo até o final da
aula, obtendo com isso, um avanço significativo.
A familiarização com o desenvolvimento do projeto proporcionou um
ambiente de tranqüilidade e bem estar a todos. A cada semana, estavam curiosos
para saber qual seria a novidade do dia, ou seja, o trabalho que eles deveriam
desempenhar. O desafio maior era conseguir que todos permanecessem até o final
do período, pois as aulas de Física além de serem taxadas de chatas eram
geminadas e aconteciam nas duas últimas aulas de sexta feira à noite.
O comparecimento cem por cento dos alunos até o final do ano letivo proporcionou
surpresa e uma enorme satisfação, fato inédito em nossa vida profissional
ministrando aula de Física no Ensino Médio noturno. Essa turma iniciou com 15
alunos e terminou com a mesma quantidade. Nossa experiência tem mostrado que
nas turmas do período noturno, há um alto índice de desistência.
Com relação à aprendizagem dos conteúdos, mesmo com certo grau de
dificuldades, os alunos promoveram uma evolução de seu conhecimento, sucesso
comprovado pelas avaliações e debates realizados no término dos experimentos.
Perceberam e identificaram muitos conceitos da física newtoniana, mas
principalmente os conceitos dos Princípios de Conservação de Energia e Princípios
de Conservação de Momentum, relacionando-os com sua vivência cotidiana.
Esperamos que o presente projeto seja um modelo de possibilidades ao
alcance do professor de Física e que possa colaborar com a imaginação e
criatividade próprias do profissional desta área e que contribua efetivamente para
desenvolver alguns encaminhamentos da Mecânica.
Mesmo com o alto índice de fatores negativos presentes no noturno, a
estratégia do projeto colaborou efetivamente como função motivadora do aprendiz e
favoreceu significativamente a aprendizagem dos conhecimentos científicos, de uma
forma prazerosa e contributiva.
Sugestões de links
http://www.aulasparticulares.org/material-de-apoio/fisica/mecanica/impulso-e-
quantidade-de-movimento
http://www.youtube.com/watch?v=HrBZhNnqRCA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=C9SDpXMbVsw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=FWkM0iqcoKY&feature=PlayList&p=2F5070D133
8D3F67&playnext_from=PL&playnext=2&index=50
http://www.youtube.com/watch?v=sI-cbt1u1uc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=ppPJyR5z1kk&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=MsGGKrmG8-c
Referências Bibliográficas
AMALDI, U., Imagens da Física., ed. Scipione, 1995.
BIZZO, N; Ciências: fácil ou difícil? Ed. Ática, 2007.
CARVALHO, Anna M. Pessoa; PEREZ, Daniel Gil; Formação de professores de
Ciências. ed. Cortez, 3ª e, São Paulo.
DESCARTES, R.; Discurso do Método – Meditações. ed. Martin Claret, 2008.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. ed. Perspectiva, 20ª e 2005.
FACCI, M. G. D. Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor? ed.
Autores Associados, 2004.
FREIRE, Paulo.; Pedagogia do Oprimido, ed. Paz e Terra, 2001
GREF, Física 1 Mecânica, Edusp, 2002.
GREF- Instituto de Física da USP., Leituras de Física, Edusp, junho de 1998.
JUNIOR, F.R.; FERRARO, N.G.; SOARES, P.A.T,; Os Fundamentos da Física 1
mecânica, ed. Moderna, 2007.
KLEER, A. A.; THIELO, M. R.; SANTOS, A. C. K.; Caderno Catarinense de Física –
UFSC, Vol. 14, Nº 2, Agosto 1997
NETO, O. N., RODRIGO, K., Dinâmica dos Acidentes de Trânsito, ed. Milennium
2009.
.PEDUZZI, Luiz O. Q. As concepções espontâneas, a resolução de problemas e
a história da filosofia da ciência em um curso de mecânica. Florianópolis – SC,
1998.
SANT’ANNA, B. Conexões com a FÍSICA, ed. Moderna, 2010.
TAKIMOTO, E., História da Física na Sala de Aula., ed. Livraria da Física, 2009.
ANEXO
Exemplo 1
Uma esquiadora de massa 60 kg desliza de uma encosta, partindo do repouso, de
uma altura de 50 m. Sabendo que sua velocidade ao chegar ao fim da encosta é
de 20 m/s, calcule a perda de energia devida ao atrito. Adote g = 10 m/s2.
Exemplo 2
No escorregador, uma criança com 30 kg de massa, partindo do repouso em A,
desliza até B. Desprezando as perdas de energia e admitindo g = 10 m/s2, calcule
a velocidade da criança ao chegar a B.
EMA = EMB + Edissipada ⟾ECA + EPA = ECB + EPB + Edissipada
0 + mghA =
60.10.50 =
Edissipada = 18 000 J
EMA = EMB ⟾ ECA + EPA = ECB + EPB
0 + 30.10.3,2 =
960 = 15. ⟾ = 64 ⟾ VB = 8 m/s