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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · indicam o estudo da Astronomia no 3o e 4o ciclos do Ensino Fundamental ... no ensino fundamental e médio nos cursos de geografia,

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

Tania Maria de Souza

O BRILHO DO CÉU FAZENDO ESPETÁCULO NA SALA DE

AULA

GUARAPUAVA - PR

2010

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TANIA MARIA DE SOUZA

O BRILHO DO CÉU FAZENDO ESPETÁCULO NA SALA DE

AULA

Projeto de Produção Didático-Pedagógica “Unidade Didática” do Programa de Desenvolvimento Educacional na área de Ciências apresentado à Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO. Professor Orientador: Dr. Ricardo Yoshimitsu Miyahara,

GUARAPUAVA - PR

2010

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Tania Maria de Souza;

Área PDE: Ciências;

NRE: Laranjeiras do Sul;

Professor Orientador IES: Dr. Ricardo Yoshimitsu Miyahara;

IES vinculada: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO;

Escola de Implementação: Colégio Estadual José de Anchieta;

Público objeto da intervenção: alunos de 5ª série do Ensino Fundamental;

Título: O Brilho do Céu Fazendo Espetáculo na Sala de Aula;

Tema: Estratégias e Metodologia para o Ensino de Astronomia

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SUMÁRIO

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO..........................................................................03

INTRODUÇÃO...................................................................................................05

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................06

2. NA SALA DE AULA...............................................................................18

2.1 Construção de uma Luneta..........................................................................19

2.2 Construção de um relógio de sol.................................................................30

2.3 Construção de um planisfério......................................................................34

CONSIDERAÇÃO FINAL..................................................................................41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................43

ANEXOS............................................................................................................45

Anexo A: Pré e Pós-Teste.................................................................................46

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INTRODUÇÃO

O homem antigo de acordo com suas vivências sociais, históricas e

culturais iniciou um relacionamento com o céu. A partir de suas construções de

significado, criou uma relação com os pontos que via no céu. Através de uma

combinação desses pontos, formando imagens familiares, associou as tarefas

do seu cotidiano, criando assim as primeiras constelações.

É instigante que varias civilizações, com valores diferentes, atribuíram

diversas imagens aos mesmos conjuntos de pontos, que estavam pautadas

sempre nas construções sociais. Essa construção foi muito importante para

que o homem pudesse então ter como marcar suas atividades apenas olhando

para o céu. Então aquela junção de pontos que eles viam em certa posição

significava, por exemplo, que estavam na época de colheita, ou outra

configuração significava que estavam na época de plantio, mas cada

representação que eles criaram estava sempre amarrada com as necessidades

da manutenção das atividades tanto de trabalho ou com as suas atividades

religiosas. Hoje já explicamos bastante sobre o céu.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

As Diretrizes Curriculares de Ciências da Rede Pública de Educação

Básica do Estado do Paraná (DCE 2008) propõe a integração dos conceitos

científicos no desenvolvimento da prática pedagógica abordada através de uma

diversificação metodológica. A grande inovação que as DCE 2008 propõem, é

o estabelecimento dos conteúdos estruturantes, compreendidos como

conhecimentos amplos que organizam os campos de estudo de uma disciplina

escolar. Os conteúdos estruturantes têm por objetivo superar a fragmentação

do currículo. Em Ciências, as DCE 2008 apresentam cinco conteúdos

estruturantes: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade (PARANÁ, 2008).

O grande diferencial que as DCE de Ciências apresenta, são os

Conteúdos Estruturantes, os quais são caracterizados como “conhecimentos

de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudo de uma

disciplina escolar, fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e

ensino” (PARANÁ, 2008). São eles: Astronomia, Matéria, Sistemas biológicos,

Energia e Biodiversidade. Para que esse trabalho possa propiciar ao professor

uma visão sobre a abordagem dos conteúdos segundo as DCE, enfatizando a

abordagem integradora, será contemplado os Conteúdos Estruturantes Matéria

e Energia.

No que tange aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), estes

indicam o estudo da Astronomia no 3o e 4o ciclos do Ensino Fundamental, na

área de Ciências Naturais, no eixo temático "Terra e Universo" (um dos quatro

eixos da área). Neste documento, é recomendada enfaticamente a observação

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direta do céu como ponto de partida e atividade básica no estudo da

Astronomia. Os PCN também advertem para o grave erro pedagógico de se

introduzir o modelo heliocêntrico sem que os alunos tenham antes observado

sistematicamente no céu os movimentos das estrelas fixas, do Sol, da Lua e

dos planetas: Entretanto, apesar destas recomendações serem evidentemente

corretas do ponto vista pedagógico, elas apresentam uma dificuldade prática

igualmente evidente: as aulas para crianças são de dia, quando não é possível

observação direta de estrelas, nem de constelações, nem de planeta algum.

Organizar atividades de observação noturnas junto com o professor, na escola

ou em outro local, é muito difícil na prática, pois não é possível saber com a

antecedência necessária se o tempo estará chuvoso ou nublado, o que

inviabiliza a atividade. Assim, constitui um desafio para escolas e professores

"proporcionar observações sistemáticas" do céu aos estudantes, e desse modo

organizar o estudo da Astronomia em bases concretas.

O céu sempre foi motivo de fascinação e interesse para o homem.

Chineses, indianos e as populações que habitavam as regiões consideradas

como o berço da civilização ocidental – a Mesopotâmia, o Peloponeso, o Norte

da África, o Oriente Médio - observaram as estrelas durante séculos.

Entretanto, além de alguns esparsos registros chineses e textos indianos de

cunho religioso e fraseologia obscura, os únicos documentos que chegaram

aos nossos dias e se referem às atividades astronômicas na Antigüidade são

tabuinhas cuneiformes babilônicas, datadas de época relativamente recente:

700 a.C. (referência)

O exame desses textos revela que os babilônios faziam observações

sistemáticas que lhes permitiam prever acontecimentos astronômicos (eclipses

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solares e lunares), efetuar medidas das translações planetárias, etc. Os

babilônios, entretanto, não se preocuparam em construir modelos geométricos

que explicassem os movimentos dos astros; foi na Grécia que a atenção dos

filósofos se voltou decisivamente para essa tarefa, e, entre tais filósofos, Platão

foi o que maior influência exerceu sobre as gerações seguintes, no que se

refere às idéias cosmológicas. Platão encarava a Terra como a região mais

indigna do Universo, devendo por esta razão, ocupar posição inferior às dos

demais astros; estes por sua vez, seriam corpos perfeitos, que somente

poderiam executar um movimento perfeito - O CIRCULAR. Nessas concepções

repousou toda a cosmologia que predominou desde o século IV a.C. até o

princípio do século XVI d.C..

Dentre as ciências estudadas no ensino fundamental e médio, a

Astronomia é uma das que mais despertam a atenção devido à constante

divulgação pelos meios de comunicação de notícias relacionadas com o

universo. A astronomia é abordada no ensino fundamental e médio nos cursos

de geografia, ciências e física, com o estudo do Sistema Solar, movimentos da

Terra e noções sobre a formação e organização do universo. Para tornar o

ensino de Astronomia mais atraente, uma ferramenta muito importante é a

construção dos instrumentos astronômicos usados para observações e

obtenções de dados.

O ensino de Astronomia para crianças e jovens não é novidade. Ensinar

significados de nascer e ocaso do Sol, bem como de translação da Terra,

noções sobre o Sistema Solar e alguns fenômenos como os eclipses, as

estações do ano e as fases da Lua têm sido objetivos de vários livros didáticos

de 5a a 8a séries do ensino fundamental. Recentemente vários artigos

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apontaram erros conceituais e muitos livros foram reprovados na análise do

PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), onde um dos critérios foi a

apresentação correta de conceitos científicos. Dos dezoito livros de Ciências

inscritos no PNLD de 2002, cerca de 66% foram reprovados, enquanto, por

exemplo, os livros de História obtiveram uma aprovação de mais de 80%,

mostrando a fragilidade dos livros de Ciências. Muitos fatores podem estar

relacionados a isso, mas acreditamos que uma das causas seja o fato da

disciplina Ciências constituir-se de pelo menos três áreas do conhecimento

(física, química e biologia) e os seus livros didáticos, em sua maioria, sejam

escritos apenas por biólogos (LEITE, 1998).

Definição incorreta da formação de uma constelação por estrelas

próximas entre si e o desenvolvimento sem perspectiva humana dos modelos

representativos de Sistema Solar, esquecendo-se de que estamos nele

inseridos, são apontados por LIVI, S.H.B (1987). CANALLE, TREVISAN e

LATTARI, (1996) indicam erros semelhantes em livros didáticos de Ciências e

de Geografia e também outras definições confusas como a do achatamento da

Terra e a da inclinação do seu eixo de rotação. Revelam também a associação

incorreta entre a proximidade da Terra ao Sol como sendo responsável pela

estação do verão e o afastamento o inverno e a representação esquemática

bastante conhecida do Sistema Solar com todos os planetas alinhados. Em

relação às imagens contidas nos livros didáticos, o PNLD critica que muitas

delas estão totalmente fora de escala e não há nenhuma menção a isso

(LEITE, 1998).

Na revista Ciência OnLine, Boszko (2003) indica vários outros erros

comuns como a indicação do ponto leste como o local onde nasce o Sol;

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estrelas sendo inseridas em figuras no meio do Sistema Solar; a Lua não tendo

movimento de rotação e tendo apenas quatro fases (aparência); a Terra

possuindo dois únicos movimentos; o Sol sendo uma estrela de 5ª grandeza,

sem uma associação deste termo com o brilho (magnitude absoluta); confusão

entre cosmogonia e cosmologia; confusão entre a duração do dia e o período

de rotação da Terra; sombra ao meio dia como sendo um ponto. Sendo muitos

os erros, Boszko questiona o termo didático associado a esses livros.

Segundo Corrêa (2009) a história do relógio se confunde com a do

calendário, ambas remontam a uma época em que o homem ainda não sabia

ler nem escrever. Hoje, todos sabem o que é um relógio, mas a maioria

desconhece como o homem conseguiu descobrir um sistema de medir o

tempo, processo este que durou séculos. Acredita-se que o homem começou

há medir o tempo há cerca de 5.000 anos. Nossos ancestrais, mais primitivos,

só tinham conhecimento do dia e da noite, ignorando completamente o correr

das horas e suas divisões. Sabe-se que estes passaram a observar os

movimentos do sol, da lua e das marés, baseando assim sua cronologia.

Segundo o autor, primitivamente, conforme diz a história, o primeiro

relógio construído e usado pelo homem foi o gnômon. Consistia em um

obelisco que, iluminado pelo sol ou pela lua, projetava sua sombra, que se

movia com o passar das horas e entre o seu ponto inicial e seu ponto final,

havia um espaço que o homem fracionou, criando a divisão do tempo.

Como todas as formas de marcar as horas não eram confiáveis, o

homem continuou a fazer novos experimentos. Foi assim que surgiu no Egito o

relógio de água, ou Clepsidra, que consistia em um recipiente cheio de água

com as paredes graduadas e um pequeno orifício para a água sair. Cada

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descida de duas graduações correspondia à passagem de l hora. O Clepsidra

se difundiu por toda a Europa e Ásia, até o século XVI, quando era o mais

exato medidor das horas sem sol. Um dos exemplares mais antigos deste

relógio se encontra em Marrocos, na cidade de Fez. Ele foi construído em

1357, durante o reinado do sultão Bou Inania e por 100 anos marcou as horas

das preces dos muçulmanos. A história dá a primazia da construção do

Clepsidra de rodas dentadas a Arquimedes de Siracusa. A marcação de tempo

era feita por intermédio de uma bóia que elevava consigo uma barra dentada e

esta, por sua vez, movia uma engrenagem em cujo eixo situava-se o ponteiro

indicador. O maior problema do relógio de água ocorria quando fazia muito frio

e a água ficava congelada.

Outro tipo de marcador do tempo muito utilizado foi o relógio de areia, ou

ampulheta. Inventado também pelos egípcios, seu funcionamento é simples:

dois cones de vidro ligados por um pequeno orifício que regulava a passagem

de areia colocada em uma das partes marcavam determinado período de

tempo. Depois era só virar o instrumento e repetir o processo. A ampulheta

aparece no século VIII, e evoluiu com o fabrico do vidro que a tornou

hermética, garantindo a fluidez da areia.

Usava-se também pó de mármore moído, que era fervido em vinho e

seco ao sol. Levada para a Europa, a ampulheta foi utilizada pelos soldados

romanos para marcar a troca de guarda. Carlos Magno tinha uma ampulheta

de 12 horas. Cristóvão Colombo usava uma de meia hora.

O refrator, um sistema óptico, utilizado na primeira luneta astronômica

construída por Galileu em 1609, emprega uma lente objetiva em uma das

extremidades de um tubo. Esta objetiva coleta a luz dos astros e a concentra

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na extremidade oposta do tubo onde a lente ocular é colocada. Um refrator

típico tem pouca massa, sendo assim muito portátil, e requerendo pouca

manutenção visto que as partes óticas, voltadas para o interior do tubo, ficam

isoladas do contato com atmosfera. Esta última característica proporciona a

inexistência de correntes de ar no interior do tubo, ocasionando uma imagem

de melhor qualidade se comparada com refletores de mesmo porte (STROBEL,

2001).

Outro instrumento é o refletor, um telescópio refletor é aquele que

emprega espelhos para concentrar a luz dos objetos de estudo. O refletor mais

conhecido é o newtoniano, criado por Isaac Newton (MANSEAU, 1999), que

emprega dois espelhos em seu projeto óptico. O espelho côncavo principal é

colocado na extremidade oposta a da entrada de luz no tubo do telescópio.

Este espelho coleta a luz e a reflete a um espelho secundário, centralmente

posicionado no tubo, próximo a entrada de luz. O espelho secundário, um

plano perfeito inclinado de 45 graus em relação ao eixo óptico, reflete a luz

para a direção da ocular.

Os objetos de baixo brilho (grande magnitude) requerem um telescópio

com pelo menos 15 cm da abertura para serem adequadamente visualizados.

Como os refratores de aberturas equivalentes são extremamente caros, o

refletor newtoniano é muito popular entre os observadores de objetos de baixo

brilho. Este preferência é justificável pela maior facilidade de construção, pois é

necessário se construir apenas uma superfície óptica e permitir o uso de

grandes aberturas. Esta última característica esta ligada ao fato do espelho

poder ser adequadamente apoiado para que não se deforme.

Partes importantes dos instrumentos ópticos são as Oculares, que são

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associações de lentes que quando associadas com as objetivas dos

telescópios produzem uma imagem invertida, ampliada e real. As oculares

possuem uma grande variedade de tipos e distâncias focais. A escolha do tipo

mais adequado esta intrinsecamente ligada ao tipo de objeto que se deseja

observar, que pode ser extenso (cometas, aglomerados estelares etc.),

necessitando de um grande campo de visão (CV), ou quase pontual (planetas),

que necessitam de pequenos CV.

Observando o céu em uma noite estrelada, num lugar de horizontes

amplos, é comum termos a impressão de estar no meio de uma grande esfera

incrustrada de estrelas. Essa impressão inspirou, nos antigos gregos, a ideia

da esfera celeste.

Com o passar das horas, os astros se movem no céu, nascendo a leste

e se pondo a oeste. Isso causa a impressão de que a esfera celeste está

girando de leste para oeste, em torno de um eixo imaginário, que intercepta a

esfera em dois pontos fixos, os pólos celestes. Na verdade, esse movimento,

chamado movimento diurno dos astros, é um reflexo do movimento de rotação

da Terra, que se faz de oeste para leste. O eixo de rotação da esfera celeste é

o prolongamento do eixo de rotação da Terra, e os pólos celestes são as

projeções, no céu, dos pólos terrestres.

Embora o Sol, a Lua, e a maioria dos astros, aqui na nossa latitude tenham

nascer e ocaso, existem astros que nunca nascem nem se põem,

permanecendo sempre acima do horizonte. Se pudéssemos observá-los

durante 24 horas, os veríamos descrevendo uma circunferência completa no

céu, no sentido horário. Esses astros são chamados circumpolares. O centro

da circunferência descrita por eles coincide com o pólo celeste sul. Para os

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habitantes do Hemisfério Norte, as estrelas circumpolares descrevem uma

circunferência em torno do pólo celeste norte, no sentido anti-horário. Mas as

estrelas que são circumpolares lá não são as mesmas estrelas que são

circumpolares aqui, pois o fato de uma estrela ser circumpolar – ou não –

depende da latitude do lugar de observação.

Fonte: http://www.astro.ufrgs.br/z.jpg

Figura1: Planos e pontos da esfera celeste

Os antigos gregos definiram alguns planos e pontos na esfera celeste,

que são úteis para a determinação da posição dos astros no céu. São eles:

• Horizonte: é o plano tangente à Terra e perpendicular à vertical do lugar

em que se encontra o observador. A vertical do lugar é definida por um

fio a prumo. Como o raio da Terra é pequeno frente ao raio da esfera

celeste, considera-se que o plano do horizonte intercepta a esfera

celeste em um círculo máximo, ou seja, passa pelo centro.

• Zênite: é o ponto no qual a vertical do lugar intercepta a esfera celeste,

acima do observador.

• Nadir: é o ponto diametralmente oposto ao Zênite.

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• Equador celeste: é o círculo máximo em que o prolongamento do

Equador da Terra intercepta a esfera celeste.

• Pólo Celeste Norte: é o ponto em que o prolongamento do

eixo de rotação da Terra intercepta a esfera celeste, no Hemisfério

Norte.

Fonte: http://www.astro.ufrgs.br/circhor.gif

Figura2: Outros planos e pontos da esfera celeste

• Pólo Celeste Sul: é o ponto em que o prolongamento do eixo de rotação

da Terra intercepta a esfera celeste, no Hemisfério Sul.

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• Círculo vertical: é qualquer semicírculo máximo da esfera celeste que

contém a vertical do lugar. Os círculos verticais começam no Zênite e

terminam no Nadir.

• Ponto Geográfico Norte (ou Ponto Cardeal Norte): é o ponto da esfera

celeste em que o círculo vertical que passa pelo Pólo Celeste Norte

intercepta o Horizonte.

• Ponto Geográfico Sul: é o ponto em que o círculo vertical que passa pelo

Pólo Celeste Sul intercepta o Horizonte. A linha sobre o Horizonte que

liga os pontos cardeais Norte e Sul chama-se linha Norte-Sul, ou linha

meridiana. A linha Leste-Oeste é obtida traçando-se, sobre o Horizonte,

a perpendicular à linha Norte-Sul.

• Círculos de altura: são círculos da esfera celeste paralelos ao Horizonte.

São também chamados almucântaras, ou paralelos de altura.

• Círculos horários ou meridianos: são semicírculos da esfera celeste que

contêm os dois pólos celestes. São também chamados meridianos. O

meridiano que passa também pelo Zênite se chama Meridiano Local.

• Paralelos: são círculos da esfera celeste paralelos ao equador celeste.

São também chamados círculos diurnos.

Com base nestes conceitos é possível visualizar o plano celeste e, em

conjunto com alguns princípios básicos de observação do céu, pode-se

elaborar de modo simples, um planisfério celeste com os principais dados

acerca do nosso planeta e o céu visualizado, contextualizando os hemisférios,

movimentos da Terra e do movimento aparente do Sol e da Lua, bem como os

pontos cardeais, para que, tendo-o em mãos tenha-se uma prévia da

distribuição das constelações no mês e observando o céu em uma noite

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estrelada, num lugar de horizontes amplos, é comum termos a impressão de

estar no meio de uma grande esfera incrustrada de estrelas. Essa impressão

inspirou, nos antigos gregos, a idéia da esfera celeste.

Com base nestes conceitos é possível visualizar o plano celeste e, em

conjunto com alguns princípios básicos de observação do céu, pode-se

elaborar de modo simples, um planisfério celeste com os principais dados

acerca do nosso planeta e o céu visualizado, contextualizando os hemisférios,

movimentos da Terra e do movimento aparente do Sol e da Lua, bem como os

pontos cardeais, para que, tendo-o em mãos tenha-se uma prévia da

distribuição das constelações no mês e horários estabelecidos.

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4. NA SALA DE AULA

Os experimentos devem ser uma prática constante nas aulas de

Ciências, proporcionando um momento de dúvida, de pesquisa e de

curiosidade de descobrir mais coisas sobre determinado conteúdo. Para que a

utilização de experimentos didáticos em sala de aula seja mais efetiva é

importante que o aluno participe ativamente na realização do experimento.

Assim, um fator a ser levado em consideração na escolha da atividade

experimental é a “capacidade” do experimento de gerar o interesse dos alunos

pela disciplina ou, até mesmo, em outra área (seguindo as idéias de

interdisciplinaridade do PCN).

Ao se propor um experimento, o professor deve ter em mente quais os

objetivos que pretende alcançar. Desta forma, as atividades a seguir foram

elaboradas com a preocupação de serem realizadas com a utilização de

materiais simples e de baixo custo, garantindo assim a participação de todos os

alunos, uma vez que existe uma heterogeneidade muito grande quanto ao

poder aquisitivo dos alunos.

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4.1 Construção de uma Luneta

O objetivo é mostrar, em detalhes, como um professor de ensino básico,

com pouquíssimos recursos, pode construir uma luneta astronômica.

Segundo Canalle, o professor que constrói um experimento didático

desse tipo terá:

1°) a satisfação de ter construído algo; um sentimento que só quem

construiu sente;

2°) a oportunidade de ver, pelo menos, as crateras lunares, oportunidade

essa que quase nenhum professor já teve;

3°) com esta modesta luneta, de fabricação própria, ele permitirá que

seus familiares, amigos e vizinhos olhem através dela e

4°) a oportunidade de mostrá-la aos seus alunos. Quando um professor

leva um experimento para a sala de aula, ele consegue primeiro, chamar a

atenção dos alunos para o experimento que ele trouxe e em segundo lugar,

mais facilmente motivar o aluno para o tema em questão, favorecendo, assim,

o melhor aprendizado do mesmo.

A luneta é constituída de duas lentes convergentes, que colocadas uma

na frente da outra, separadas por certa distância, faz com que objetos distantes

sejam vistos como próximos. Deve-se procurar construí-la com os materiais

disponíveis no comércio, por isso nada impede que se façam alterações em

sua montagem, depende apenas das disponibilidades e criatividade de cada

um. Os materiais críticos para a construção da luneta são as lentes, as quais

são difíceis de encontrar e de preços elevados, por isso o uso de lente de

óculos no lugar da lente objetiva (aquela que fica na frente da luneta e através

da qual entra a luz do objeto estudado; a Lua, por exemplo, é de grande valia.

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Os materiais utilizados na construção serão os seguintes:

Fonte: http://www.oba.org.br/cursos/astronomia/lunetacomlentedeoculos.htm

Figura3: Lista de materiais necessários para a construção da luneta

Fonte:http://www.webmetropolis.com.br/site/components/com_virtuemart/shop_image/product/__LUVA_SIMPLES_E_4aae3ab71d24c.jpg Figura 4: Peça A- luva simples branca de esgoto

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Fonte: http://irissafety.com.br/web/imagens/lentes_graduadas.jpg Figura 5: Peça B- Lentes transparentes de óculos Figura 6: Peça C - Disco de cartolina preta Fonte:http://www.inniferragens.com.br/images/tubo-branco-esg.jpg Figura 7: Peça DE - Tubo branco de esgoto 2” Fonte:http://completadistribuidora.com.br/imgProduto/420b150b2bc62c6526685f84d92bf7a5.jpg Figura 8: Peça FG - Tubo branco de esgoto 1 ½” Fonte:http://www.webmetropolis.com.br/site/components/com_virtuemart/shop_image/product/__LUVA_SIMPLES_E_4aae3ab71d24c.jpg Figura 9: Peça H - Luva simples branca de esgoto 1 ½”

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Fonte:http://shopdaconstrucao.com.br/img/conexoes-pvc-aguafria/luva-reducao-soldavel-af.jpg Figura 10: Peça II - bucha de redução marrom 40 x 32 Fonte:http://www.monoculos.com.br/images/monoculos.jpg Figura 11: Peça J - Monóculos de fotografia Fonte:http://completadistribuidora.com.br/imgProduto/3b6d991da891546908a17a20130f67fa.jpg

Figura 12: Peça L - Plug branco de esgoto

Como é lente para luneta, ela deve ser transparente, de 1 grau positivo

(pois é para ver longe). A segunda lente da luneta é chamada de ocular; é

aquela que fica atrás da luneta, onde você posiciona seu olho. Esta lente

geralmente é pequena, cerca de 10 a 20 mm de diâmetro, porque sua distância

focal também é pequena (20 a 50 mm). Esta lente que deve ser convergente

(biconvexa ou plano convexa), também é difícil de ser encontrada. Para

substituí-la será usada a lente contida nos monóculos de fotografias (pequeno

porta-retrato que deve ser visto pela pequena lente, em direção a uma fonte

luminosa) e serão revestidas as paredes internas do monóculo (ou porta

retrato) com papel camurça preto. Quanto ás dimensões do monóculo, creio

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que elas sejam únicas, isto é, a lente tem diâmetro de 11 mm, a distância focal

é de 40 mm, o comprimento do monóculo é de 40 mm e a abertura dele (local

onde fica a tampa com a foto) é um retângulo de 18x24 mm. O monóculo tem

uma pequena alça, pela qual costuma-se pendurá-lo num chaveiro, a qual deve

ser removida lixando-se esta alça com uma lixa qualquer (serve até lixa de

unha), ou numa superfície áspera qualquer.

Depois de revestidas as paredes internas do monóculo com o papel

camurça preto e retirada a sua "alça", é só encaixar o monóculo dentro da

bucha de redução curta marrom de 40 x 32 mm. A abertura retangular do

monóculo deve ser introduzida na bucha marrom, no mesmo sentido que seria

colocado um cano d'água, de 1", dentro da bucha. O monóculo se encaixa

perfeitamente dentro da bucha. Para preencher os espaços laterais entre o

monóculo e a bucha, use “durepoxe” ou massa de modelar, ou argila, ou

simplesmente papel amassado, para que o monóculo fique preso e não vaze

luz pelas laterais do monóculo.

Com a lente de óculos no lugar da lente objetiva e a lente do monóculo

no lugar da lente ocular, estão improvisadas as partes mais difíceis de serem

conseguidas da luneta, agora é só questão de encaixá-las nas extremidades de

dois tubos que corram um dentro do outro.

A montagem da luneta dá-se seguindo o roteiro:

• Pinte as paredes internas dos tubos DE e FG, indicado na figura 13, com

a tinta spray preto fosco, mas antes de pintá-las coloque um anel de

esparadrapo na extremidade E da parte interna do tubo DE e outro anel

de esparadrapo na extremidade externa F do tubo GF.

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• Depois de terminada esta pintura, retiram-se os dois anéis de

esparadrapo acima mencionados, pois eles estarão sujos de tinta. No

lugar do anel que estava na extremidade interna E, coloca-se tantos

anéis sobrepostos de esparadrapo quantos forem necessários para que

o tubo GF possa passar pela extremidade E do tubo DE e deslizar

dentro deste sem muito esforço.

• No lugar do anel de esparadrapo que estava na extremidade externa F,

colocam-se tantos anéis de esparadrapos quantos forem necessários

para que o tubo GF possa deslizar dentro do tubo ED sem precisar

muito esforço, mas sem escorregar sozinho se os tubos ficarem na

vertical. Obviamente será preciso fazer a extremidade G, do tubo GF,

entrar pela extremidade D, do tubo ED e sair pela extremidade E, e,

então, verificar se eles deslizam suavemente sem muito esforço. Se

necessário, coloque vaselina sobre os anéis de esparadrapos.

• Em seguida, introduz-se o tubo FG dentro do tubo ED, conforme descrito

no parágrafo anterior. Colocam-se estes tubos na vertical, com a

extremidade D para cima. Sobre esta extremidade (D) irá o disco de

cartolina preta (C). Se estiver usando papel camurça, coloque a parte

preta para cima. A finalidade deste disco é diminuir a aberração

cromática; este é o nome dado à dispersão da luz branca (mistura de

todas as cores) após ela passar pela lente. Sem este disco (C) nem a

Lua é visível. Continuando a seqüência de montagem: sobre o disco C

irá a lente (limpe-a bem) com o lado convexo para cima e, então,

encaixa-se a luva A. É importante que o corte da extremidade D do tubo

tenha sido feito perpendicularmente ao eixo do tubo DE.

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• O monóculo J já está encaixado na bucha marron II', é só encaixar a

bucha na luva H e esta, por sua vez, encaixar na extremidade G do tubo

GF.

• Está pronta a luneta; para ver algo longe é só mirar a luneta e deslocar

lentamente o tubo GF ao longo do tubo ED para obter a focalização.

Também não se deve esquecer de que a imagem estará se formando a

uns 4 ou 5 cm atrás da lente ocular, por isso não se deve encostar o

olho na ocular (monóculo), e sim a uns 4 ou 5 cm atrás do monóculo.

• As peças II', H e A devem ser encaixadas, mas de tal forma que seja

possível desencaixá-las com certa facilidade, para futura limpeza das

peças, por exemplo. Por isso é recomendável passar vaselina antes de

encaixá-las, se for necessário. Em casos extremos usa-se uma lixa fina

para desbastar as superfícies de contato e, depois, usa-se a vaselina.

• Lembrando que esta é uma luneta astronômica e em astronomia, cabeça para

baixo ou para cima é só uma questão de referencial. A aproximação (ou

aumento) que esta luneta proporciona é igual à razão entre a distância focal da

objetiva pela distância focal da ocular, portanto: 100 cm /4 cm = 25.

Para dobrar o aumento é só encaixar mais um monóculo dentro daquele

que está preso na bucha marrom. Não se esqueça de revestir as paredes

internas deste monóculo com a cartolina preta. Este revestimento e a pintura

dos tubos DE e FG é para evitar a reflexão da luz dentro da luneta. Agora a

imagem estará se formando a uns 2 cm da lente da ocular, o que facilita a

observação. A peça L é um plug branco de esgoto de 2" e sua função é

proteger a lente quando a luneta estiver fora de uso.

26

Fonte: http://www.oba.org.br/cursos/astronomia/lunetacomlentedeoculos/image002.gif Figura 13: Esquema explodido da luneta. L é um plug branco de esgoto de 50 mm de diâmetro, A é uma luva simples branca de esgoto de 50 mm de diâmetro, B é uma lente transparente de óculos de 1 grau positivo com 50 mm de diâmetro, C é um disco de cartolina preta com 50 mm de diâmetro e um furo interno de 20 mm de diâmetro. DE e FG são tubos brancos de esgoto de 50 mm e 40 mm de diâmetro, respectivamente, H é uma luva simples branca de esgoto de 40 mm de diâmetro, II é uma bucha de redução curta. marrom, de 40 x 32 mm e J é um monóculo (porta-retrato) de fotografia.

As imagens da Figura 14 mostram como deve ficar a luneta após todos os

procedimentos.

Figura 14: Luneta astronômica

27

Como você rapidamente perceberá, o braço fica cansado ao segurar a

luneta e a imagem tremerá muito. Se apoiar o braço em algo facilita a

observação. O esquema sugerido a seguir, Figura 15, mostra a montagem de

um tripé, com materiais de baixo custo e fácil acesso.

Fonte: http://www.oba.org.br/cursos/astronomia/lunetacomlentedeoculos/image004.gif Figura 15: Esquema fora de escala do tripé para a luneta. As dimensões das peças estão no texto.

As dimensões dadas a seguir são sugestões, nada impede alterações.

As peças A, B e L são três ripas de madeira de dimensões 1 x 4 x 40 cm; C é

uma viga de madeira de 5 x 5 x 30 cm e H um cubo de madeira de lado 5 cm.

28

As ripas A e B são fixadas na viga C, pelos pregos P1, P2, P3 e P4. Os furos

GF e ED são de diâmetro 5/16" (cinco dezesseis avos de polegadas). A

profundidade de ED deve ser de uns 5 cm e ele deve estar a uns 10 mm de x

medido ao longo da diagonal xx'. O furo GF é passante e centralizado no cubo.

Por estes furos (GF e ED) passe uma haste com aproximadamente o mesmo

diâmetro e comprimento de uns 10 cm. Pode ser, por exemplo, um parafuso de

5/16" de diâmetro, com 10 a 15 cm de comprimento e de cabeça sextavada, ou

até mesmo um tubo de caneta esferográfica pode ser usado. O bloco cúbico H

deve poder girar livremente ao redor da haste que passa pelos furos GF e ED.

Na ripa de madeira L faça um furo centralizado de 3/16". Por esse furo

passe um parafuso de mesmo diâmetro e comprimento de 3". Este parafuso

passa a ripa, entra no furo IJ (também de 3/16" de diâmetro e passante), pela

extremidade J, por exemplo, e sai em I, em cuja extremidade coloca-se uma

porca-borboleta de 3/16". A finalidade dessa porca-borboleta é apertar ou

afrouxar a ripa L contra o cubo H. Onde vai afinal a luneta? Ela deve ser

amarrada por elásticos ou tiras de borracha, ou abraçadeiras (ou barbantes) ao

longo da tábua L. A luneta fica, assim, dotada de dois movimentos: horizontal e

vertical.

Para usar a luneta sobre o tripé é preciso, antes de mais nada,

paciência. O tripé deve estar apoiado em algo plano, de altura ligeiramente

superior ao do observador; pode ser, por exemplo, um muro, uma mesa ou

sobre uma cadeira que está sobre uma mesa, etc. Também nada impede que

você use uma viga C de comprimento maior que 40 cm, ou que use duas vigas

C fixadas uma ao lado da outra, com vários furos Y distribuídos ao longo de

seu comprimento, perpendiculares aos seus eixos maiores, tal que sua altura

29

possa ser regulada pelo deslocamento de uma das vigas C ao longo da outra.

Estas vigas C podem ser, então, fixadas por 2 parafusos que atravessem as

mesmas, como mostra a figura abaixo.

Fonte: http://www.oba.org.br/cursos/astronomia/lunetacomlentedeoculos/image006.jpg Figura16: Esquema fora de escala, da sugestão de como fazer o tripé mais alto, usando duas vigas (C) em paralelo, com vários furos}; pelos quais pode-se passar 2 parafusos que também passam por z e z' e, assim, regular a altura do tripé.

Esta luneta permite ver as crateras lunares e seu relevo, principalmente

quando observada durante as noites de lua crescente ou minguante. As 4

maiores luas de Júpiter também são visíveis, desde que a nossa Lua não

esteja presente e se observe a partir de um local escuro. Com esta luneta o

professor poderá desmistificar a complexidade da construção da luneta

30

astronômica e terá um experimento didático que despertará a curiosidade dos

alunos para o tema de astronomia que estiver sendo estudado.

Uma recomendação importante é a de nunca observar o Sol através da

luneta, devido ao grande risco de se ficar cego.

2.2 Construção de um relógio de sol

Durante um longo período a humanidade controlou o tempo utilizando o

movimento aparente do Sol no firmamento visível. Uma forma de usar esse

movimento aparente para marcar a hora é através da construção de um relógio

de sol, para o qual necessitamos do seguinte material:

• Azulejo sem relevos e de cor clara;

• Lata de azeite vazia (ou pedaço de zinco);

• Tesoura de cortar lata;

• Transferidor;

• Cola.

Para sua construção segue-se o procedimento a seguir:

I. Abre-se a lata de azeite, tirando inicialmente as duas bases

e cortando de fora a fora, ao lado da emenda (Fig. 8). Para esse procedimento,

ficar atento com os alunos, pois os pedaços da lata podem funcionar como uma

navalha e gerar cortes.

II. Desdobra-se a lata para formar uma superfície plana e

desenha-se uma figura semelhante a um triângulo.

31

Fonte:http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/7907/7273

Figura 17: Esquema para corte da lata.

Fonte:http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/7907/7273

Figura 18: Esquema para dobra e desenho na lata

III. A linha pontilhada deverá ter 3 cm a menos que o lado do

azulejo. O ângulo deverá ter o valor da latitude local. Para

Quedas do Iguaçu – PR: Latitude: 25º 27’20” Sul

Longitude: 52º 55’ Oeste.

IV. Em seguida, corta-se o lado a do triângulo em forma de

curva, como indica a figura acima.

V. Dobra-se, então, em ângulo reto, a parte inferior,

exatamente na linha pontilhada, e colando-a no azulejo, na

parte central.

VI. O relógio deverá ser colocado em uma superfície horizontal

(use um nível de pedreiro) e o mais exatamente possível

na direção N-S. Para encontrar a direção N-S, não serve a

32

bússola, pois esta marca somente uma direção aproximada

do N-S terrestre; utilize, então, o seguinte método:

- Finque uma haste vertical sobre um plano horizontal. Observe a sombra da

haste sobre o plano horizontal ao longo de um dia; de manhã é comprida e vai

diminuindo à medida que o Sol se levanta; à tarde, começa a aumentar de

comprimento. No momento em que a sombra apresentar o menor comprimento

do dia, estará marcando exatamente a direção N-S; o N no pé da haste e o S

na outra extremidade da sombra.

Fonte:http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/7907/7273

Figura 19: colagem no azulejo.

A Figura 20 mostra como deve ficar a montagem do final do relógio de

sol, com detalhe da vista.

Figura 20: Relógio de sol confeccionado – vista superior

33

Para a marcação das horas, escolhe-se um dia de Sol e coloca-se o

relógio na posição correta (em um plano horizontal e na direção N-S). O lado

NA do triângulo marcará a divisão entre Sol e sombra no azulejo e servirá para

marcar horas. Porém, antes de proceder à marcação, estude atentamente o

gráfico da Fig. 12, que nos indica se o Sol passa, no seu movimento aparente,

adiantado na hora certa ou atrasado.

Interpretando o mesmo podemos observar que: Em 1º de janeiro o Sol

passa 3 min atrasado (1 min cada 2 milímetros); em 14 de fevereiro, 14 min

atrasado; em 15 de abril, na hora certa; em 15 de maio, 4 min adiantado; em 15

de setembro, 4,5 min adiantado; em 25 de dezembro, na hora certa. No dia de

marcar o relógio, acerte seu relógio de pulso pelo rádio ou TV e vá colocando

no azulejo a marca da sombra produzida pelo lado NA do triângulo, levando em

conta as variações indicadas no gráfico.

Exemplo: Para marcar o relógio no dia 1º de janeiro (3 min de atraso),

dever-se-á fazê-lo às 9h e 3min, 10h 3 min, 11h 3min. (do relógio de pulso). Já

no dia 1º de outubro (Sol adiantado de 10 min), isto deverá ser feito às 8h

50min, 9h 50min, 10h 50min.

Ao fazer a leitura da hora oficial pela sombra do relógio acrescentam-se

os minutos indicados pelo gráfico quando o Sol está atrasado,ou os diminuem-

se quando o Sol está adiantado.Se a sombra marca 9h no dia 16 de julho, a

hora oficial será 9h e 16 min. Se a sombra marca 9h no dia 15 de novembro, a

hora oficial será 8h 45min.

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Fonte:http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/7907/7273

Figura 21: Gráfico da passagem do Sol.

Figura22: Relógio de sol confeccionado – vista lateral

2.3 Construção de um planisfério

Não será muito proveitoso para você ter um telescópio novo e vários

atlas celestes se você não souber "localizar-se" no céu. Primeiro, deixa-se o

telescópio (luneta) de lado e reconhece-se o céu.

O primeiro e mais importante passo no reconhecimento do céu é o

estudo das constelações. Um bom conhecimento sobre as constelações é

35

essencial a fim de que se una as estrelas por sua proximidade. Pode-se ter

dificuldades em encontrar as estrelas de uma constelação, quanto mais

estrelas estiverem visíveis na noite. Então comece em um local que não seja

completamente escuro. O olho nu será suficiente para encontrar e reconhecer

algumas das constelações mais brilhantes como Orion e o Cruzeiro do Sul.

Algumas constelações do Hemisfério Sul não são visíveis no Hemisfério Norte

e vice-versa;

Após ter observado as mesmas constelações por algum tempo, você

terá completado o segundo passo no aprendizado do céu: conhecer o caminho

das diferentes constelações pelo céu. Estes padrões ajudam a aprender quais

constelações serão visíveis durante diferentes períodos do ano e por quanto

tempo elas são observáveis.

Todas as constelações estão em nossa galáxia, de qualquer modo,

aquelas encontradas no plano de nosso sistema galáctico são consideradas

"na Via-láctea". Coloque em um calendário (de anotações) uma lista com as

constelações, data, hora, local de observação condições do céu e uma breve

descrição do que você viu. Pode também incluir um esboço simples do céu de

tempos em tempos.

Pode-se usar a luneta praticando com a Lua e os planetas de nosso

sistema solar. Os planetas descritos são os objetos mais brilhantes no céu em

que se encontrarem e não piscam. Na Lua cheia é mais passível de

observação, onde as áreas mais obscuras são chamadas de mares e as mais

claras são regiões mais altas incluindo cadeias de montanhas. As crateras

podem ser vistas em ambas. Algumas estriações em forma de raio podem ser

vistas saindo de algumas crateras.

36

Vênus nunca está muito alto no horizonte, pois sua órbita está entre a

Terra e o Sol. Pode ser visto no horizonte Oeste no final da tarde ou no

horizonte Leste antes de o Sol nascer. Vênus segue um ciclo de

aproximadamente 10 meses em cada um de nossos horizontes. Ë facilmente

observado, pois só perde em brilho para o sol e a lua. Possui fases diferentes

que são interessantes à observação.

A órbita de Marte ao redor do Sol é aproximadamente o dobro da

terrestre. Por isso ele ficará destacado em nosso céu a cada dois anos por

cerca de 6 meses . As mais proeminentes formações marcianas são as calotas

polares. Durante os períodos em que Marte está mais próximo de nós, é

possível observar as maiores formações de sua superfície.

Júpiter leva 12 anos para dar uma volta em torno do Sol, sendo assim a

cada ano é visto em uma constelação zodiacal diferente. Suas quatro maiores

Luas (Io, Europa, Calisto e Ganimedes) são o ponto alto da observação do

planeta. Por terem órbitas planas perpendiculares à órbita terrestre, elas

aparecem como pontos brilhantes ao longo de uma linha. Pode-se observar

seus movimentos em relação a Júpiter, hora a hora. Às vezes uma ou outra

podem não ser observadas por estarem por traz do planeta. Outras vezes

podem desaparecer todos, sendo eclipsados por Júpiter. No planeta em si

pode-se ver zonas equatoriais como linhas paralelas. Com sorte, poderá

observar a grande mancha vermelha do planeta. Saturno pode ser visto numa

constelação diferente a cada dois anos. O sistema de anéis de Saturno é

provavelmente o mais espetacular ponto a se observar no sistema solar. O

plano dos anéis fica perpendicular a nós a cada 15 anos, época em que não

podemos vê-lo. Em um pequeno telescópio, os anéis podem ser vistos como

37

um único e grande anel. Outro evento que vale a pena ser observado é à

sombra dos anéis sobre Saturno e sua maior Lua: Titã. Mercúrio, Urano e

Netuno são objetos para observações mais avançadas, enquanto que Plutão

não pode ser observado com a maioria dos telescópios.

Medir a distância entre as estrelas na abóbada celeste com as mãos é

um método normalmente usado para se situar no céu noturno. Os métodos

descritos a seguir são maneiras simples, mas que poderão ajudar. Com seu

braço estendido, seu dedo mínimo cobre cerca de um grau do céu, três dedos

cobrem cinco graus, sua mão fechada cobre 10 graus. Abrindo sua mão e

estendendo ao máximo seus dedos, a distância entre a ponta do dedo mínimo

e a do polegar equivalerão a 20 graus.

Tendo como base a observação noturna do céu e as respectivas

anotações, além de pesquisas bibliográficas em catálogos estelares, como no

exemplo da figura a seguir, retirada do Software Stellarium

(WWW.stellarium.org/pt) é simular o céu visto em nosso hemisfério.

Fonte: Stellarium – setembro/2009

Figura 23: Constelações visualizadas em 26/09/2009.

38

Traçando segundo um catálogo estelar previamente estabelecido

(catálogo estelar FK4) numa circunferência e dividindo-o nos doze meses do

ano e seus respectivos dias, sobrepondo as 24 horas do movimento de rotação

da Terra, teremos uma base para um planisfério, Figura 24:

Fonte: http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/pasta_downloads/2009/materiais

Figura 24: Circunferência base para o planisfério.

39

Em seguida, organizada a base assim como a sobreposição da

circunferência das horas (que podem ser em material plástico, para facilitar a

visualização) teremos o planisfério completo, conforme a Figura 25 e 26:

Fonte: http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/pasta_downloads/2009/materiais

Figura 25: Planisfério celeste.

40

Figura 26: Planisfério celeste confeccionado

41

CONSIDERAÇÃO FINAL

Com os instrumentos indicados nesse texto, é possível introduzir os

alunos à astronomia amadora e aumentar seus interesses na ciência, fazendo

com que os mesmos entendam melhor o mundo que o cerca.

Como por exemplo, a luneta construída permite ver as crateras lunares e

seu relevo, principalmente quando observada durante as noites de lua

crescente ou minguante. As maiores luas de Júpiter também são visíveis,

desde que a nossa Lua não esteja presente e se observe a partir de um local

escuro.

Com esta luneta o professor também poderá desmistificar a

complexidade da construção da luneta astronômica e terá um experimento

didático que despertará a curiosidade dos alunos para o tema de astronomia

que estiver sendo estudado.

Quanto ao relógio de sol, se o fixarmos num local, e observarmos ao

longo dos meses, num mesmo horário, verificaremos que o relógio adianta-se,

atrasa-se ou se iguala em relação ao seu relógio mecânico ou digital.

É importante que os alunos pontuem que os modernos relógios que

usamos nos informam o Tempo Legal que é uma variedade do que chamamos

Tempo Médio. Este Tempo Médio é o tempo ditado pela marcha do chamado

“Sol médio”, um Sol fictício ou imaginário, que faria seu caminho exatamente

igual no céu dia após dia. Sabe-se que o Sol tem um movimento aparente que

modifica sua posição com o passar dos meses fazendo, portanto, com que o

nosso bom relógio de sol se atrase, se adiante ou se iguale com nossos

relógios de pulso.

42

Ao dar a oportunidade aos alunos de confeccionar esses materiais,

podemos além de ensinar conceitos básicos de astronomia, tais como

movimento aparente do Sol, Tempo Médio, constelações, astros celestes, entre

outros. Podemos também utilizar conceitos matemáticos de trigonometria e

geometria, além de desenvolver suas habilidades manuais.

43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Anuário Astronômico - Instituto Astronômico e Geofísico - USP, 1986. BISCH, S.M. Astronomia no 1º grau: Natureza e Conteúdo do Conhecimento de Estudantes e Professores. Tese de doutorado, São Paulo: FEUSP, 1998. BOCZKO, R. Conceitos de Astronomia. Editora Edgard Blücher Ltda. BRASIL. PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais, Ciências Naturais, terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Brasília: MEC/SEMT, 1998. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Ministério da Educação, Brasília, 1999. CANALLE, J.B.G., TREVISAN, R.H., LATTARI, C.J.B. Erros Astronômicos nos Livros Didáticos do 1o Grau. V EPEF, Caderno de Resumos, 1996. Buso, S.J., Crispin, S.C., Pereira, E.F. e Canalle, J.B.G., 1993, A Luneta caseira. Atas do X Simpósio Nacional de Ensino de Física, Londrina, PR, p. 713 - 717. CANALLE, J. B G., A Luneta com lente de óculos, Caderno Catarinense de Ensino de Física, V 11, N 3. 1994 CHRISTEN, R. An Apochromatic Triplet Objective. S&T,. 1981. Coleção: Os homens que mudaram a humanidade. Volumes: Galileu Galilei, Isaac Newton, Johannes Kepler e Nicolau Copérnico; Editora Três. CORRÊA, Iran Carlos Stalliviere. O Relógio de Sol através do tempo. Museu de topografia prof. Laureano Ibrahim Chaffe. Departamento de Geodésia – UFRGS, julho/2009. LEITE, C. A astronomia nos livros didáticos do 1º. Grau. Monografia de fim de curso, São Paulo: IFUSP/FEUSP, 1998. LEITE, C. Os professores de ciências e suas formas de pensar a astronomia. Dissertação de mestrado, São Paulo: IFUSP/FEUSP, 2002 LIVI, S.H.B. A Terra e o Homem no Universo. Cad. Cat. Ens. Fís., Florianópolis 7(número especial): 7-26, jun. 1990. MANSEAU, R. Histoire et construction du premier télescope Newton, JRASC, 93, 113M, 1999. MOLLISE, R.. Choosing and using a schmidt-cassegrain telescope: A guide to commercial SCTs and Maksutovs. New York: Springer, 2001.

44

PCN - Ensino Médio. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. MEC-SEMTEC, 2002. Disponível em http://www.sbfisica.org.br/arquivos/PCN_CNMT.pdf. Acesso em 23/09/09 às 20:00 h STROBEl, N. Astronomy notes: telescopes and type of telescopes. Disponível em http://www.astronomynotes.com/telescop/s2.htm. Acesso em 01/10/09 às 22:30 h. VALLELI, P. Collimating your Telescope: Part Two, Schmidt Cassegrains, Refractors, Maksutovs, Star Diagonals. S&T, 75, 1988.

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ANEXOS

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Anexo A: Pré e Pós-Teste.

TESTE SEUS CONHECIMENTOS SOBRE ASTRONOMIA

1 - Um conhecimento que os astrônomos da antigüidade NÃO tinham é:

a) A duração do ano

b) O movimento aparente do Sol

c) As fases da lua

d) A distância das estrelas

2 - Na antiguidade, como as pessoas sabiam a diferença entre estrelas e planetas?

a) Os planetas apresentavam fases.

b) Os planetas pareciam maiores que as estrelas.

c) Os planetas não piscavam.

d) Os planetas se moviam em relação às estrelas

3 - Constelações são:

a) Agrupamentos aparentes de estrelas.

b) Agrupamentos reais de estrelas.

c) Agrupamentos de planetas.

d) O mesmo que galáxias.

4 - Os planetas terrestres são:

a) Grandes, massivos, densos e sólidos

b) Pequenos, pouco massivos, densos e sólidos.

c) Pequenos, pouco massivos, pouco densos e gasosos.

d) Grandes, massivos, pouco densos e gasosos

5 - O Sol tem brilhado estavelmente por:

a) Milhares de anos

b) Milhões de anos

c) Bilhões de anos

d) Não se sabe

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6 - A afirmação o que NÃO se aplica ao Sol é:

a) É uma esfera de gás incandescente

b) Gera energia por fusões termonucleares

c) É composto principalmente de oxigênio e nitrogênio

d) É a estrela mais próxima de nós

7 - Escreva V se a afirmativa for verdadeira ou F se for falsa.

a) Os corpos maiores orbitando o Sol são chamados planetas. . ( V )

b) As luas são corpos pequenos que orbitam o Sol. ( F )

c) Os maiores planetas têm também as maiores densidades. ( F )

d) Todos os planetas têm luas. ( F )

e) Os cometas são corpos que habitam o sistema solar entre as órbitas de Marte e Júpiter. ( F )

f) Os asteróides e meteoróides têm composição similar à dos planetas jovianos, ao passo que os cometas têm composição similar à dos planetas terrestres. ( F )

g) Saturno não é o único planeta do sistema solar que possui anéis. ( V )

h) Todos os planetas têm rotação no mesmo sentido em que orbitam em torno do Sol. ( V )

8 - Os meteoritos são compostos de:

a) Rochas

b) Metais como ferro e níquel

c) Misturas de rocha e metais

d) Todas as anteriores estão corretas

9 - O principal processo de geração de energia nas estrelas é:

a) Radiação

b) Reações termonucleares

c) Energia sonora

d) Gravidade

10 - Quais são os planetas do Sistema Solar, em ordem de distância ao Sol?

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O sistema solar é formado por 8 planetas e por ordem de distância do Sol são:

Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

11 - Plutão é um planeta?

Plutão foi considerado um planeta por 76 anos, mas foi reclassificado como um

planeta anão em 2006 devido à questão do domínio orbital e ao seu tamanho.

12 - Quantos satélites têm a Terra?

Um satélite natural somente – a Lua.

13 - Qual a diferença entre Luneta e Telescópio?

A Luneta tem o mesmo objetivo de observar à distancia. O que a torna uma

espécie de Telescópio da família dos refratores. O Telescópio refrator, também

chamado de Luneta astronômica ou simplesmente Luneta, é um aparelho de

refração para observação de objetos distantes. Os telescópios refletores tem a

grande vantagem de não ter a luz passando através dos vidros das lentes, o

que elimina aquela aberração cromática que tanto incomoda, deixando os

objetos observados com uma borda colorida.

14 - O que é um Planisfério Celeste?

Um planisfério é uma esfera celeste planificada que deixa à mostra apenas a

parte do céu que é visível ao longo do ano em uma determinada região da

Terra.

A aparência do céu visível em um determinado lugar depende da hora do dia,

da época do ano e da latitude do lugar. Uma carta celeste simples não

consegue mostrar, ao mesmo tempo, todas essas combinações, sendo

necessárias várias cartas para incluir todas as possibilidades. O planisfério

combina em um único dispositivo as cartas celestes de um ano inteiro para

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uma determinada latitude. Consiste de um mapa do céu inteiro, coberto por

uma máscara que deixa à mostra apenas o céu visível de um determinado

lugar, em uma determinada hora e época do ano. Girando a cobertura,

podemos ver como varia a aparência do céu visível nesse lugar com o passar

do tempo. Esse instrumento é de grande utilidade como auxiliar na localização

dos astros.