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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · secretaria de estado de educaÇÃo superintendÊncia da educaÇÃo programa de desenvolvimento educacional – pde salete marli maran perins

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

SALETE MARLI MARAN PERINS

BARRACÃO – PR

2010

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

SALETE MARLI MARAN PERINS

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU UTILIZANDO A

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COMO METODOLOGIA DE ENSINO

Produção Didático-Pedagógica / Unidade Didática

apresentada ao Programa de Desenvolvimento

Educacional junto à Universidade Estadual do

Oeste do Paraná – Campus de Cascavel.

Orientador: Prof. Dr. Amarildo de Vicente.

BARRACÃO – PR

2010

2

SUMÁRIO

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................................. 3

TEMA DE ESTUDO ................................................................................................................................. 3

TÍTULO ...................................................................................................................................................... 3

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3

OBJETIVO GERAL .................................................................................................................................. 5

PRIMEIRO MOMENTO: MATEMÁTICA DAS BALANÇAS ................................................................. 5

SEGUNDO MOMENTO: OS JOGOS DE ADIVINHA E AS EQUAÇÕES ......................................... 13

TERCEIRO MOMENTO: AS CHARADAS E AS EQUAÇÕES .......................................................... 17

QUARTO MOMENTO: SITUAÇÕES-PROBLEMA E AS EQUAÇÕES ............................................ 21

QUINTO MOMENTO: QUEBRA-CABEÇAS E EQUAÇÕES ............................................................. 25

SEXTO MOMENTO: PROBLEMAS HISTÓRICOS E AS EQUAÇÕES ............................................ 28

SÉTIMO MOMENTO: ATIVIDADES INTERATIVAS COM EQUAÇÕES - JOGOS E DESAFIOS . 32

AVALIAÇÃO ........................................................................................................................................... 37

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 38

3

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Salete Marli Maran Perins

Área PDE: Matemática

NRE: Francisco Beltrão

Professor Orientador IES: Amarildo de Vicente

IES vinculada: UNIOESTE – Cascavel

Escola de Implementação: Escola Estadual São Roque - EF

Público objeto da intervenção: Alunos da 6ª série A, vespertina.

Período de implementação na Escola: 2º semestre de 2010.

Carga-horária: 28 horas/aula.

TEMA DE ESTUDO

Tendências em Educação Matemática.

TÍTULO

Introdução ao Estudo de Equações do 1º Grau Utilizando a Resolução de

Problemas como Metodologia de Ensino.

INTRODUÇÃO

As equações do primeiro grau são um marco no conteúdo da sexta série

por introduzirem os conceitos algébricos, até então praticamente desconhecidos

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pelos alunos. Nem sempre os educandos compreendem a importância de utilizar

a linguagem algébrica, pois não sabem onde e porque utilizá-la.

Tendo em vista as dificuldades apresentadas pelos alunos no estudo da

Álgebra propõe-se nesta Unidade Didática utilizar a Resolução de Problemas

como metodologia de ensino para introduzir o tópico Equações do Primeiro Grau.

O ensino de Matemática através da Resolução de Problemas é uma ideia

que tem sido discutida a partir dos anos noventa e é fortemente defendida por

Onuchic (2008, p. 08) que afirma que “um problema é ponto de partida e

orientação para a aprendizagem, e a construção do conhecimento far-se-á

através de sua resolução”.

A Resolução de Problemas apresenta-se como uma alternativa

metodológica capaz de facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Introduzir um

conteúdo matemático a partir de um problema é uma forma de tornar o conteúdo

mais significativo, permitindo aos educandos estabelecerem relações entre o

cálculo que está sendo estudado com sua aplicabilidade, e, consequentemente,

pode levá-los a uma melhor compreensão dos conceitos matemáticos.

Nesta perspectiva metodológica segue-se um roteiro proposto por

Onuchic (1999), citado por Corrêa (2009), para resolver problemas em sala de

aula:

I- Formação de grupos – o professor divide a turma em pequenos grupos e

entrega a atividade;

II- O papel do professor – o professor desempenhará o papel de observador,

organizador, consultor, mediador, interventor, controlador e incentivador da

aprendizagem;

III- Resultados na lousa – o professor anota na lousa todos os resultados;

IV- Plenária – o professor chama os alunos de todos os grupos, para uma

assembleia plena, com o objetivo de discutir os resultados encontrados;

V- Análise dos resultados - nesta fase, os pontos de dificuldade encontrados

pelos alunos são novamente trabalhados;

VI- Consenso - a partir da análise feita, com a devida retirada das dúvidas,

busca-se um consenso sobre o resultado pretendido;

5

VII- Formalização - num trabalho conjunto de professor e alunos, com o

professor dirigindo o trabalho, é feita uma síntese do que se objetiva aprender a

partir do problema dado.

OBJETIVO GERAL

Considerando as dificuldades de aprendizagem que os alunos

apresentam na disciplina de Matemática, de maneira especial o ramo da Álgebra,

propõe-se nesta Unidade Didática empregar a Resolução de Problemas como

metodologia de ensino, para que a partir de problemas selecionados os conceitos

algébricos sejam construídos e ganhem significado, visando, dessa forma,

contribuir para diminuir as dificuldades de aprendizagem.

PRIMEIRO MOMENTO: MATEMÁTICA DAS BALANÇAS

Para o professor:

Depois de dividir a turma em pequenos grupos (03 alunos), dê o problema abaixo

para que resolvam. Enquanto os grupos procuram a solução, você deve observar

atentamente o trabalho de cada grupo, intervindo se julgar necessário, seja

incentivando, orientando ou controlando para que não dispersem da tarefa.

Quando os grupos tiverem terminado, anote todos os resultados na lousa. Peça

para um aluno de cada grupo explicar como fizeram para chegar ao resultado.

Discuta os resultados encontrados e as estratégias utilizadas com toda a turma

para que analisem qual a melhor estratégia. Após o consenso da turma, formalize

passo a passo a solução encontrada por eles. A seguir, apresente o uso de

incógnitas e traduza o problema para a linguagem algébrica, ou seja, equacione o

problema. Não se esqueça de fundamentar o método utilizado por você

apresentando o passo a passo das suas soluções e suas justificativas.

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PROBLEMA 1

1- Seu “Zé da Venda” vende frutas e legumes. Seus clientes escolhem a

quantidade do produto que querem levar e pesam em uma balança eletrônica.

Porém, certo dia faltou energia e alguns clientes estavam na fila para pesar suas

compras. Sem energia a balança não funciona e seu Zé não queria deixar seus

clientes sem poderem levar seus mantimentos. Também não queria levar prejuízo

caso não cobrasse o preço de acordo com o peso do alimento. Foi aí que lembrou

que tinha no depósito uma antiga balança de dois pratos, onde, no passado era a

balança que ele utilizava para pesar.

Esta balança funciona assim: num dos pratos você coloca o objeto que vai ser

pesado e no outro prato vai colocando pesos, de forma que os dois pratos se

equilibrem. Atingido o equilíbrio dos dois pratos, basta verificar o(s) peso(s)

utilizado(s). No entanto, como a balança estava há muito tempo no depósito

alguns pesos foram extraviados e seu Zé teve um pouco de dificuldade para

acertar esse equilíbrio ao pesar as frutas de seus compradores.

Ajude seu Zé, nas seguintes situações:

a) O primeiro cliente da fila estava comprando uma melancia. Seu Zé

colocou num dos pratos a melancia e no outro prato um peso de 5 Kg.

Percebeu que o prato da melancia ficou abaixo do nível do outro prato. Concluiu

que a melancia era mais pesada. Colocou, então, no outro prato, mais um peso,

agora de 7 Kg.

7

O prato da melancia subiu muito. Como seu Zé não tinha muitas opções de

pesos, a saída foi colocar no prato da melancia um peso de 4 Kg.

Ufa! Os dois pratos da balança se equilibraram. Mas, afinal, qual é o peso da

melancia?

SOLUÇÃO:

Tirando os dados e hipóteses do problema e passando para a linguagem

matemática:

peso da melancia em Kg:

peso em um prato da balança:

peso no outro prato da balança:

há equilíbrio entre os pratos da balança: representamos o equilíbrio com o

símbolo = .

Para a balança

permanecer em

equilíbrio,

devemos retirar

a mesma

quantidade do

outro prato, por

isso efetuamos

12 – 4.

Para descobrir o

valor do x

devemos isolá-lo

em um dos lados

da balança. Por

isso devemos

tirar o 4 que está

a seu lado:

.

8

Portanto, se a letra correspondia ao peso desconhecido da melancia, e se

então o peso da melancia é 8 Kg.

Ao , ou qualquer outra letra utilizada para representar um número desconhecido,

chamamos de incógnita, que significa desconhecida.

Para demonstrar que os dois pratos da balança estão em equilíbrio, ou seja,

apresentam o mesmo peso, utilizamos o sinal de = (igual).

Para sentenças matemáticas expressas por uma igualdade onde utilizamos pelo

menos uma incógnita (letra), chamamos de equação.

Numa equação, a expressão que vem à esquerda do sinal = é chamada de 1º

membro; a da direita é o 2º membro.

Durante muito tempo, as situações-problema foram resolvidas com o uso de

palavras e desenhos. O uso de letras para representar números desconhecidos

trouxe enormes progressos para a Matemática, facilitando a resolução de

problemas. O uso das letras começou com os matemáticos árabes, há 1 000

anos. Um dos motivos é que eles tinham complicados problemas de herança para

resolver (veremos adiante).

Uma das formas de resolver uma equação é isolar a incógnita em um dos lados,

realizando as operações inversas, como fizemos na resolução anterior.

b) O segundo cliente de Seu “Zé da Venda” queria levar para casa duas

abóboras do mesmo tamanho. Após algumas manobras, seu Zé conseguiu o

equilíbrio dos dois pratos da balança da seguinte forma: num dos pratos ele

colocou as duas abóboras e um peso de 3 Kg, e no outro prato, um peso de 4 Kg

e mais outro de 5 Kg.

Ajude Seu Zé! Descubra o peso de cada uma das abóboras:

9

Para o professor:

Siga os 07 passos do roteiro proposto anteriormente, para somente depois

apresentar a solução.

SOLUÇÃO:

Traduzindo o problema para a linguagem matemática:

peso de uma abóbora em Kg:

peso de duas abóboras em Kg:

peso em um prato da balança:

peso no outro prato da balança:

há equilíbrio entre os pratos da balança: =

Portanto, se a abóbora foi representada pela incógnita , e se na solução da

equação encontrou-se , então cada abóbora pesa 3 Kg.

c) O terceiro cliente de Seu “Zé da Venda” queria levar cinco mangas do mesmo

tamanho. Como Seu Zé não tinha pesos pequenos usou duas latas de pêssego

Não podemos juntar

quantidades

desconhecidas com quantidades

conhecidas (3). Por

isso o 3 passa para o

outro lado da

equação para se

juntar ao 9 (valores

conhecidos se

juntam a valores

conhecidos).

Toda vez que um

valor troca de

membro da

equação deve

passar para o

outro lado com a

operação inversa

porque está

desfazendo a

operação que

estava realizando.

10

de 1 Kg e mais uma manga para fazer o equilíbrio dos pratos da balança. Veja

como ficou:

Porém, ficou complicado saber quanto pesa cada manga. Você consegue

descobrir isso? E quanto pesa as cinco mangas que o cliente quer levar?

Para o professor:

Antes de apresentar a solução do problema, siga os sete passos do roteiro

proposto por Onuchic apresentados na introdução desta Unidade Didática.

SOLUÇÃO:

O peso de cada manga pode ser representado por .

Como cada manga foi representada por , e o valor encontrado para

, isto

quer dizer que cada manga pesa meio quilo, ou seja, quinhentos gramas.

Para calcular quanto pesam as cinco mangas, efetuamos:

Kg.

Podemos juntar

incógnitas iguais,

pois representam

quantidades

iguais.

Esse x foi passado

para o outro lado da

equação para se juntar

às outras incógnitas.

Ficou negativo porque

toda vez que um valor

troca de lado da

equação, desfaz a

operação que tinha

com seu vizinho.

11

Se você prefere trabalhar com números decimais, efetue: 5 ∙ 0,5 = 2,5 Kg.

Portanto, as cinco mangas que o cliente quer levar pesam 2,5 Kg (dois quilos e

meio).

Uma forma mais fácil de resolver esta situação é tirar quantidades iguais dos dois

pratos da balança:

Inicialmente tínhamos a equação:

Ao retirarmos o mesmo peso de cada prato da balança, ou seja, uma manga de

cada lado da balança, a equação fica assim:

Isto nos faz deduzir que 4 mangas pesam 2 Kg. Portanto, cada manga pesa

Como cada quilo são 1000g, cada manga pesa 500 gramas.

Perceba que se você retirar a mesma quantidade de peso de cada prato da

balança, o equilíbrio permanece. Isto quer dizer que é possível tirar pesos da

balança sem desequilibrá-la, desde que você retire a mesma quantidade em cada

prato.

Nas equações é parecido: você pode subtrair ou somar um mesmo número aos

dois lados (membros), mantendo a igualdade. Esta é uma propriedade que toda

equação tem e que facilita os cálculos na hora de sua resolução.

Como a situação apresentada representa uma equação matemática, podemos

dizer que retirar pesos iguais nos dois pratos da balança, ou seja, retirar valores

iguais de cada membro (lado) da equação não altera o seu equilíbrio. Dizemos

que as duas equações, antes e depois da retirada dos pesos, são equivalentes,

pois continuam apresentando a mesma solução, ou seja, o mesmo valor para a

incógnita.

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Para o professor:

É importante a resolução de atividades em grupo, mas é fundamental que haja

momentos em que os alunos resolvam atividades individualmente para

consolidarem a aprendizagem.

Proponha os problemas abaixo para os alunos resolvam individualmente. Ao final,

peça para alguns alunos corrigirem na lousa. Solicite a participação de todos na

formalização das respostas.

d) Zezinho, filho de Seu “Zé da Venda”, achou interessante a balança de dois

pratos e resolveu brincar com ela. Após algumas tentativas, Zezinho equilibrou os

dois pratos da balança da seguinte forma: num dos pratos colocou 6 abacates e

um peso de 3 Kg e no outro, um peso de 4 Kg e mais 4 abacates. Os abacates

tinham o mesmo peso e tamanho, mas mesmo assim Zezinho embatucou. Ficou

sem saber quanto pesava cada um dos abacates.

Desenhe a situação apresentada, represente com uma equação e descubra

quanto pesa um abacate.

1.2- Esta balança está em equilíbrio e os três caixotes representados por x têm o

mesmo peso. Descubra quantos quilogramas tem cada caixote?

1.3- Encontre a solução das seguintes equações:

a) c) e)

b) d) f)

Respostas:

1- d)

→ Cada abacate pesa meio quilo.

1.2- Cada caixote pesa 7 Kg.

1.3-

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SEGUNDO MOMENTO: OS JOGOS DE ADIVINHA E AS EQUAÇÕES

Na Idade Média, na Europa e na Índia, a Matemática tinha um caráter recreativo,

com muitos jogos e desafios para “aguçar a inteligência dos jovens”.

Até hoje os problemas de “adivinha” ajudam a entender a Matemática de forma

recreativa e desafiadora.

Para o professor:

Divida a turma em pequenos grupos (03 alunos) e proponha estes problemas na

forma de jogos de adivinha. Lembre-se de seguir o roteiro proposto no início desta

Unidade Didática.

2- Resolva os jogos de adivinha:

2.1- Pensei em um número, multipliquei-o por 2. Somei 17. Deu 61. Adivinhe o

número.

SOLUÇÃO:

Pensei em um número

Multipliquei o número pensado por 2

Somei 17

Deu 61

Equação originada:

Resolvendo a equação:

Isolando a incógnita:

Tirando a prova: Para saber se o resultado encontrado é realmente a solução do

problema, pegue o valor encontrado para o , substitua na equação originada,

efetue os cálculos indicados e veja se a resposta satisfaz o problema.

Troque as palavras

do problema pelos

símbolos

correspondentes, ou

seja, utilize a

linguagem

matemática.

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Resposta: O número pensado é 22.

2.2- Pensei em um número, somei com seu triplo. Deu 140. Em que número

pensei?

SOLUÇÃO:

Resposta: O número pensado é 35.

2.3- Um certo número foi somado com 12 e o resultado foi multiplicado 5. No

final obteve-se 80. Qual é esse número?

SOLUÇÃO:

Certo número somado e o resultado (da soma), obteve-se 80. com 12... multiplicado por 5, ...

Para verificar se 4 é realmente a solução, na equação inicial substitua a incógnita

por 4 e resolva as operações indicadas. Se achar a igualdade entre os dois

Como não se sabe qual é o

número pensado, atribui-se

uma incógnita. No caso

utilizamos a letra n (poderia

ser a letra x, ou qualquer

outra).

Para achar o triplo de um

número, multiplicamos o

número por 3. Como não

sabemos qual o número

que queremos achar o

triplo, multiplicamos a

incógnita por 3. Neste caso

representamos por 3 ∙ n,

que é o mesmo que 3n.

Aqui há necessidade

de utilizar

parênteses. Sem eles,

o 5 multiplicaria

apenas por 12, e não

por (n + 12).

Outra maneira de

resolver:

15

membros da equação (neste caso, 80), o valor encontrado para a incógnita é a

solução da equação.

Tirando a prova:

Equação do problema

Resposta do problema: O número é 4.

2.4- Pensei em um número, multipliquei-o por 2, somei 18 e, depois, subtraí o

triplo do número pensado. Obtive 11. Em que número pensei?

SOLUÇÃO:

Pensei em um número

Multipliquei-o por 2

Somei 18

Subtraí o triplo do nº pensado

Obtive 11

Equação que traduz o problema:

Resposta: O número que pensei é 7.

1º membro 2º membro

80

Perceba a

importância dos

parênteses. Se

esquecesse deles,

conduziria a um

resultado falso.

Observe que temos o

valor de –x e não o de

x. Por isso,

multiplicamos os dois

membros da equação

por para deixar o

x positivo.

Lembre-se:

multiplicar os

dois membros

de uma equação

por um mesmo

número, não

altera o seu

valor.

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O que você acabou de ver é mais uma propriedade das equações, chamada de

princípio multiplicativo: “Ao multiplicar os dois membros de uma equação por um

mesmo número, não-nulo, ela não se altera”.

No caso acima, multiplicamos os membros da equação por para deixar o

positivo.

Lembre-se que a equação é uma balança com os dois pratos em equilíbrio. Se

você acrescentar em cada prato o mesmo peso, o equilíbrio permanecerá. Por

isso, ao multiplicar o 1º membro da equação por um determinado número, para

não desequilibrá-la, deve-se multiplicar o 2º membro pelo mesmo valor.

2.5- A soma das idades de Jonas e Julia é 22 anos. Qual a idade de cada um

se Julia é 4 anos mais nova que Jonas?

SOLUÇÃO:

Idade de Jonas:

A idade de Julia corresponde à idade de Jonas menos 4 anos:

Soma entre as idades: idade de Jonas + idade de Julia = 22 anos

Idade de Jonas:

A idade de Julia corresponde à idade de Jonas menos 4 anos:

.

Nesta resolução, utilizamos uma propriedade das equações que chamamos de

princípio aditivo: “ao somarmos (ou diminuirmos) um mesmo valor aos dois

membros da equação, esta não se altera”.

Podemos somar um

valor aos dois

membros da

equação e

continuaremos

tendo uma equação

equivalente.

Para anular o ,

realizamos a

operação inversa

com o mesmo valor,

ou seja, somamos 4 .

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Para o professor:

Proponha os problemas abaixo para os alunos resolverem individualmente. Ao

final, peça para alguns alunos corrigirem na lousa. Solicite a participação de todos

na formalização das respostas.

2.6- Qual o número que somado com 87 resulta em 108?

2.7- Pensei em um número, multipliquei-o por 3. Do resultado tirei 32. Deu 43. Em

que número pensei?

2.8- Adivinhe o número que quando somado com seu triplo dá 120:

2.9- Pensei em um certo número, multipliquei-o por 4, subtraí 5 e somei o número

que tinha pensado. Deu 55. Em que número pensei?

Respostas:

Atividades para casa:

2.10- Invente um problema de “adivinha” que possa ser resolvido com uma

equação. Depois, resolva-o.

2.11- Resolva as equações e encontre o valor da incógnita:

Respostas:

TERCEIRO MOMENTO: AS CHARADAS E AS EQUAÇÕES

Os antigos povos árabes cultivavam a Matemática e quem era capaz de resolver

os mistérios dessa magnífica ciência era engrandecido. Para os árabes, era

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considerado inteligente quem tinha a capacidade de resolver problemas curiosos,

como alguns que hoje conhecemos como charadas.

Para o professor:

Siga o roteiro proposto por Onuchic, apresentado no problema 1, antes de

apresentar a solução para seus alunos.

3- Veja se você consegue resolver charadas:

3.1- (Dante, 2000) As pombas e o gavião

O gavião chega ao pombal e diz:

- Adeus, minhas cem pombas.

As pombas respondem, em coro:

- Cem pombas não somos nós; com mais dois tantos de nós e com você, meu

caro gavião, cem pássaros seremos nós.

Quantas pombas estavam no pombal?

SOLUÇÃO:

Número de pombas:

Dois tantos de pombas:

O gavião: pássaro

Todos os pássaros acima somados: 100

Equação:

Se , e o número de pombas corresponde a , então há 33 pombas no

pombal.

Pombas

2 tantos de pombas

o gavião Total de

pássaros

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Verificando o resultado: Substitua o valor encontrado para em todas as

incógnitas da equação, resolva as operações indicadas e verifique se ocorre a

igualdade entre os dois membros da equação. Se você achar esse equilíbrio é

porque sua solução está correta.

Equação:

Perceba que ocorreu o mesmo equilíbrio que você viu na balança de dois pratos.

Essa é uma característica que toda equação contém: os dois pratos da balança,

ou seja, os dois membros da equação que estão separados pelo sinal da

igualdade, apresentam o mesmo valor (apresentam o mesmo peso).

Cuidado: O valor encontrado na igualdade não é o resultado da equação. Neste

caso, o valor encontrado em cada prato da balança é 100, o que prova que a

balança está equilibrada, mas a solução da equação é o valor encontrado para a

incógnita, ou seja, 33.

3.2- (Jakubo, Lellis e Centurión, 2001) Pensei em um número que as pessoas

dificilmente pensariam. Aí, somei-o com 7 e multipliquei o resultado por 5. Depois,

subtraí o dobro do número pensado no início. Deu 23.

Em que número pensei?

SOLUÇÃO:

Chamando de o número pensado, temos:

Pensei em um número

Somei 7

Multipliquei o resultado por 5

Subtraí o dobro do número pensado

Deu 23

1º membro 2º membro

Substitui-se a

incógnita pelo

valor encontrado

para .

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Equação em :

Resolvendo a equação:

Resposta: Pensei no número .

3.3- Agora é com vocês: Cada grupo deve inventar uma charada ou um jogo de

adivinha e dar para o grupo que está ao seu lado resolver. Depois, na ordem que

a professora pedir, cada grupo deve expor o resultado para toda a turma e

justificá-lo.

3.4- Pesquise, em livros ou na internet:

- Quando e onde surgiu o uso de letras para representar números

desconhecidos?

- Quais povos contribuíram para o uso das letras em Matemática?

- O que é Álgebra? Pesquise a História da Álgebra.

Os pontos mais relevantes da pesquisa devem ser apresentados à turma.

Atividades para casa:

3.5- Resolva as equações:

Respostas:

Você já aprendeu que

primeiro devemos efetuar os

cálculos dentro dos

parênteses, mas essa soma não

é possível porque não

conhecemos o valor de x.

Então, utilize a propriedade

distributiva da multiplicação e

elimine os parênteses.

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QUARTO MOMENTO: SITUAÇÕES-PROBLEMA E AS EQUAÇÕES

Chamamos de situações-problema aqueles problemas que retratam situações

reais do dia adia e que exigem o uso da Matemática para serem resolvidos.

Para o professor:

Divida a turma em pequenos grupos (03 alunos) e proponha estas situações-

problema para serem resolvidas. Lembre-se de seguir o roteiro proposto no início

desta Unidade Didática.

4- Resolva as situações-problema:

4.1- Seu “Zé das Couves” quer fazer um cercado para plantar suas verduras. Para

isso ele dispõe de 36 metros de tela. Mas, devido ao terreno disponível para essa

finalidade, ele precisa fazer um cercado de forma retangular e que o comprimento

seja o dobro da largura. Qual deve ser o comprimento e a largura do cercado de

modo que ele utilize toda a tela disponível?

SOLUÇÃO:

Largura do cercado em metros:

Comprimento do cercado em metros:

Tela para todo o cercado:

Expressão que representa o perímetro (contorno) do cercado:

Equacionando o problema:

Resolvendo a equação:

Isolando a incógnita:

Comprimento do cercado: .

Largura do cercado: .

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4.2- (Di Pierro Neto e Soares, 2004) Uma escola realizou uma campanha para

arrecadar alimentos e ajudar famílias vítimas de uma enchente que atingiu dois

bairros de uma cidade. O bairro A tem três vezes mais vítimas que o bairro B. Por

isso decidiu-se que os alimentos seriam divididos da seguinte maneira: o bairro B

receberia a terça parte dos alimentos recebidos pelo bairro A. Se havia 1 440 Kg

de alimentos quanto coube a cada um dos bairros?

SOLUÇÃO:

Quantidade de alimentos recebidos pelo bairro B (Kg):

Quantidade de alimentos recebidos pelo bairro A:

Equação obtida:

Como a quantidade de alimentos destinada ao bairro B equivale a , então este

bairro receberá 360 Kg de alimentos.

Já o bairro A receberá o triplo de alimentos do bairro B, ou seja, . Como

, então este bairro receberá 1080 Kg de alimentos.

4.3- (Giovanni; Castruci; Giovanni Jr, 1998) Uma tábua de comprimento 100 cm

deve ser repartida em duas partes. O comprimento da parte maior é igual ao triplo

da menor. Determinar o comprimento de cada uma das partes.

SOLUÇÃO:

Comprimento da tábua inteira em cm:

Comprimento da parte menor:

Comprimento da parte maior: (triplo da parte menor)

Equacionando o problema:

(÷4) (÷4)

3x equivale a três

vezes o x, ou seja, 3∙x.

Perceba que para

retirar o 4 que está

multiplicando o é

possível fazer a

operação inversa, que

é a divisão.

Porém, para que a

igualdade

permaneça, tudo o

que for feito em um

dos lados da

equação deve ser

feito no outro.

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Comprimento da parte menor = 25 cm.

Comprimento da parte maior = 3 ∙ 25 = 75 cm.

Os comprimentos das partes da tábua são 25 cm e 75 cm.

Na resolução da equação acima, foi utilizada outra propriedade que serve para

todas as equações: “Ao dividir os dois membros de uma equação por um mesmo

valor, a igualdade não se altera”.

Portanto, para resolver equações, podemos:

Somar um mesmo número aos dois membros;

Subtrair um mesmo número aos dois membros;

Multiplicar os dois membros por um mesmo número, não-nulo;

Dividir os dois membros por um mesmo número, que não seja o zero.

4.4- Em um reservatório havia 225 litros de água quando foi aberta uma torneira

que despejava 25 litros de água por minuto.

Após quantos minutos o reservatório conterá sua capacidade total, que é de 1000

litros de água?

SOLUÇÃO:

O reservatório conterá 1000 litros após 31 minutos.

Para o professor:

É interessante propor aos alunos para criarem problemas que se relacionem ao

seu cotidiano. A Matemática interessante para o aluno é aquela que é importante

em seu meio, que vem ao encontro de suas necessidades.

Pode-se indicar o número de

minutos que se quer saber

pela incógnita x. Como

jorram 25 litros a cada

minuto, tem-se .

24

Os problemas criados pelos alunos certamente serão de interesse de outros

alunos, e os processos envolvidos na concepção e na resolução desses

problemas podem melhorar o desempenho em outros problemas.

4.5- Agora é o momento de utilizar a Matemática para resolver problemas do dia a

dia:

Em pequenos grupos, discutam sobre situações que enfrentam no cotidiano e

criem uma situação-problema relacionada às suas atividades, ou de seus

familiares. Se surgirem dificuldades, relatem suas ideias para que a professora

possa auxiliá-los nesta tarefa. Se preferirem, conversem com seus pais e montem

o problema na próxima aula.

Apresentem o problema para a turma, justifiquem o motivo da escolha e os

cálculos utilizados na solução.

Para o professor:

É importante a resolução de atividades em grupo, mas é fundamental que haja

momentos em que os alunos resolvam exercícios individualmente para

consolidarem a aprendizagem.

Proponha os problemas abaixo para os alunos resolverem individualmente. Ao

final, peça para alguns alunos corrigirem na lousa. Solicite a participação de todos

na formalização das respostas.

4.6-(Giovanni; Castruci e Giovanni Jr, 1998) Num terreno retangular, a medida do

contorno é de 80 metros. A lateral mede o triplo da frente do terreno. Querendo se

colocar grade de ferro na frente do terreno, quantos metros de grade serão

necessários?

4.7- (Imenes e Lellis, 1998) Veja a situação:

25

a) Usando o , escreva uma sentença matemática que mostre quanto os dois têm

juntos.

b) Encontre o valor de .

c) Diga quanto tem cada um.

4.8- Agora é hora de fazer o caminho inverso. Invente um problema para cada

equação abaixo. Depois, resolva-os:

Respostas:

.

QUINTO MOMENTO: QUEBRA-CABEÇAS E EQUAÇÕES

Para o professor:

Divida a turma em pequenos grupos (03 alunos) e proponha quebra-cabeças

matemáticos para que resolvam. Lembre-se de seguir o roteiro proposto no início

desta Unidade Didática.

5- Resolva os quebra-cabeças matemáticos:

5.1- (Dante, 2008) Um tijolo “pesa” 1 Kg mais meio tijolo. Quanto “pesa” um tijolo

e meio?

SOLUÇÃO:

26

peso de um tijolo (Kg):

peso de meio tijolo:

Equacionando o problema: um tijolo = 1 Kg + meio tijolo

Como é o peso de um tijolo e, quando , então um tijolo pesa 2 Kg.

Mas o problema perguntou quanto pesa um tijolo e meio:

um tijolo pesa 2 Kg

meio tijolo pesa 1 Kg

um tijolo mais meio tijolo pesa 2 Kg + 1 Kg = 3 Kg

Portanto, um tijolo e meio pesa 3 Kg.

Verifique através de gravuras a solução do problema:

um tijolo e meio pesa 3 Kg

5.2- Os curiosos alunos da 6ª série perguntaram a idade da professora de

Matemática. Como as mulheres não gostam muito de falar sua idade, a

professora respondeu de forma enigmática:

- Some a terça parte da minha idade com 26. O resultado será a minha idade.

Qual é a idade da professora?

Simplificando os

denominadores

utilizando o princípio

multiplicativo.

Representando a

equação com a

linguagem

matemática e, em

seguida,

achando o

denominador

comum - m.m.c.

27

SOLUÇÃO:

idade da professora:

a terça parte da idade da professora:

some a terça parte da idade da professora com 26:

Equacionando o problema:

Resposta: A idade da professora é 39 anos.

Para o professor:

É importante a resolução de atividades em grupo, mas é fundamental que haja

momentos em que os alunos resolvam atividades individualmente para

consolidarem a aprendizagem.

Proponha os enigmas abaixo para os alunos resolverem individualmente. Ao final,

peça para alguns alunos corrigirem na lousa solicitando a participação de todos

na formalização das respostas.

5.3- (Jakubo, Lellis e Centurión, 2001) Um tijolo pesa 1 quilo mais um terço de

tijolo. Quanto pesa o tijolo inteiro?

5.4- (Dante, 2005):

a) Que número sou eu? Quando somam a mim a minha metade, resulta 39.

b) E eu? Quando me subtraem a minha terça parte, resulta 12.

Lembre-se: ao

multiplicar um

mesmo valor aos

dois membros da

equação, origina-

se uma equação

equivalente.

Usando esta

propriedade é

simples eliminar

um denominador.

Para tirar o 3 do denominador

é só fazer a operação inversa.

Porém, para que o equilíbrio se

mantenha é necessário efetuar

a multiplicação com todos os

termos da equação.

28

Respostas:

Atividades para casa:

5.5- Crie um quebra-cabeça parecido com os que você resolveu. A seguir

represente-o com uma equação e resolva-o.

6.6- Utilizando as propriedades que você aprendeu, resolva as equações:

a)

b)

Respostas:

SEXTO MOMENTO: PROBLEMAS HISTÓRICOS E AS EQUAÇÕES

Como se pode perceber, o uso de letras para representar números

desconhecidos facilita a resolução dos mais variados problemas.

Os antigos árabes, cerca de 1000 anos atrás, começaram a utilizar letras para

resolverem seus complicados problemas de herança. Entre os árabes, as

heranças costumavam ser repartidas de modo a favorecer o filho mais velho. O

segundo filho podia receber um tanto a mais que o terceiro e assim

sucessivamente.

Para o professor:

Divida a turma em pequenos grupos (03 alunos) e proponha os problemas

desafiadores abaixo para que resolvam. Lembre-se de seguir o roteiro proposto

no início desta Unidade Didática.

6- Veja se você consegue resolver estes problemas antigos:

6.1- (Imenes e Lellis, 1998) “Meus 45 camelos serão dados a meus filhos. O filho

do meio terá o dobro do caçula. O mais velho terá o triplo do caçula mais 3”.

29

Quantos camelos cada filho receberá?

SOLUÇÃO:

Quantidade recebida pelo filho caçula:

Quantidade recebida pelo filho do meio: (o dobro do caçula)

Quantidade recebida pelo filho mais velho: (o triplo do caçula,

mais 3 camelos)

Total de camelos a ser repartido entre os três filhos:

Equacionado o problema:

Resolvendo a equação:

Isolando a incógnita:

A quantidade recebida pelo filho mais novo, representada por 7 camelos.

O filho do meio receberá o dobro do mais novo: 14 camelos.

O filho mais velho ficará com o triplo do mais novo, mais 3 camelos, ou seja:

camelos.

6.2- (Jakubo, Lellis, Centurión, 2001) Há 800 anos, um matemático hindu

chamado Bhaskara ficou famoso pelos estudos que realizou a respeito das

equações. Nos seus livros constam alguns problemas em linguagem poética, para

serem resolvidos com equações. Vamos propor um desses problemas,

adaptando-os para a linguagem de hoje:

“Dois namorados tanto se abraçam que se parte o colar de pérolas da moça. Um

terço das pérolas caiu no chão, um quinto ficou no sofá, um sexto foi achado pela

moça e um décimo foi encontrado pelo moço; seis pérolas ficam no fio. Quantas

pérolas tinha o colar?”

SOLUÇÃO:

Traduzindo o problema para a linguagem algébrica:

Um terço da quantidade desconhecida de pérolas:

Um quinto da quantidade desconhecida de pérolas:

30

Um sexto da quantidade desconhecida de pérolas:

Um décimo da quantidade desconhecida de pérolas:

Quantidade de pérolas que ficaram no fio:

Total de pérolas que tinha o colar:

Equacionando o problema:

Como o total de pérolas do colar foi representado por e ao resolver a equação

encontrou-se que vale , conclui-se que o colar tinha 30 pérolas.

No entanto, para ter certeza que o resultado está correto pode-se tirar a prova

substituindo o valor encontrado para na equação que traduz o problema. Se

encontrar valores iguais nos dois membros da equação (neste caso, 30), é porque

o resultado encontrado para a incógnita é realmente a solução da equação.

Verificando o resultado: Equação do problema

Resposta: O colar tinha 30 pérolas.

1º membro 2º membro

Substituindo o

valor encontrado

para x (30) em

todas as

incógnitas da

equação.

Para resolver uma equação com

muitos denominadores a

maneira mais prática é encontrar

um denominador comum,

através do cálculo do m.m.c.

entre os denominadores:

mmc (3, 5, 6, 10, 1) = 30.

Em seguida, forme frações

equivalentes às iniciais com o

denominador comum.

Agrupam-se os termos

semelhantes.

31

Outro problema interessante é o Problema das Abelhas, que se refere ao cálculo

de um enxame de abelhas. Este problema aparece num livro chamado Lilaváti,

escrito por Bhaskara em homenagem à sua filha Lilaváti. Tente resolvê-lo:

6.3- (Tahan, 2008) “A quinta parte de um enxame de abelhas pousou na flor de

Kadamba, a terça parte numa flor de Silinda, o triplo da diferença entre estes dois

números voa sobre uma flor de Krutaja, e uma abelha adeja sozinha, no ar,

atraída pela flor de um jasmim e de um pandnus. Dize-me, bela menina, qual o

número de abelhas.”

SOLUÇÃO:

Veja que a equação do problema admite uma raiz, que é 15. Esse número

exprime a solução do problema.

Confira:

1º membro 2º membro

15

Equação do

problema.

Acha-se o

denominador

comum e

forma-se

frações

equivalentes.

Em seguida,

agrupa-se os

termos

semelhantes.

Usa-se o princípio

multiplicativo para

eliminar o sinal

negativo do x.

32

SÉTIMO MOMENTO: ATIVIDADES INTERATIVAS COM EQUAÇÕES – JOGOS E DESAFIOS

Aventure-se pela Matemática, brincando e aprendendo com jogos e desafios.

Para o professor:

O jogo on-line, sugerido logo abaixo, utiliza a balança de dois pratos para resolver

equações. O aluno tem a opção de resolver as questões apresentadas e também

criar equações. Porém, há algumas restrições: apresenta-se em inglês e os

problemas criados não podem formar equações que gerem resultados decimais e,

também, os valores de não podem ser maiores que 10.

Se os alunos não entenderem as regras, que estão em inglês, oriente-os a utilizar

um tradutor (Google → mais → Tradutor...).

7.1- Formem duplas, dirijam-se ao laboratório de informática e acessem o site

http://www.matematicaoitava.blogspot.com/. Em seguida, cliquem em ÁLGEBRA,

procurem por EQUAÇÕES DO 1º GRAU e acessem JOGOS: ÁLGEBRA NA

BALANÇA. Há também a opção BALANÇA COM NÚMEROS NEGATIVOS.

Resolvam os problemas apresentados com balanças discutindo com o colega a

melhor estratégia de solução.

Anotem alguns problemas criados em seus cadernos para, ao retornar à sala de

aula, discutir o que aprenderam com os demais colegas e com a professora.

Para o professor:

O dominó de equações, com 10 peças, foi previsto para o aluno montar sozinho,

mas também é possível jogar em duplas.

7.2- (Bini, 2008) Dominó de Equações:

a) Copie cada uma das equações em seu caderno e resolva-as;

b) Recorte as peças do dominó;

c) Monte o dominó, encaixando cada equação com sua solução;

33

d) Cole o dominó que você montou, em seu caderno.

SOLUÇÃO:

34

Para o professor:

Atividades interativas, como o quebra-cabeça abaixo, são sempre bem vindas,

além de serem ótima opção para a recuperação paralela de conteúdos.

7.3- (Bini, 2008) Quebra-Cabeça Triangular:

Neste quebra-cabeça há uma moldura que deve ser preenchida com os triângulos

abaixo. Na moldura, e em cada triângulo, há equações e soluções das respectivas

equações.

a) Resolva em seu caderno, cada equação apresentada;

b) Recorte cada triângulo e encaixe-os dentro da moldura, de modo que cada

equação da moldura e do triângulo se encaixe na sua solução correta;

c) Monte o quebra-cabeça e cole em seu caderno.

35

SOLUÇÃO:

36

Para o professor:

Certifique-se se os alunos lembram as regras do quadrado-mágico. Senão,

trabalhe antes um quadrado mágico com números naturais para relembrá-los.

Se perceber que eles apresentam dificuldade para começar a resolver o quadrado

mágico com incógnitas, relembre-os das propriedades das equações juntamente

com as regras do quadrado mágico.

Por exemplo: Se a soma dos números das diagonais é a mesma, então a soma

dos valores de uma diagonal é igual à soma dos valores da outra diagonal:

. E, que resolvendo esta equação,

encontrará o valor da incógnita.

Depois de encontrar o valor de fica fácil completar o quadrado.

7.4- (Jakubo, Lellis e Centurión, 2001) Num quadrado mágico, a soma dos

números de cada linha, coluna ou diagonal é sempre a mesma. Descubra o valor

de em cada quadrado mágico seguinte e, depois, complete cada quadrado:

SOLUÇÃO:

a) b)

a)

b)

8 13 6

7 9 11

12 5 10

-6 -1 -8

-7 -5 -3

-2 -9 -4

37

AVALIAÇÃO

A avaliação dos alunos se desenvolverá no decorrer das aulas através da

observação direta da professora e de diversos instrumentos avaliativos utilizados

durante as aulas. Serão levados em conta a participação e o comprometimento

dos alunos no desenvolvimento das atividades.

De uma forma geral, a avaliação deve ser formativa, num processo

permanente, com a finalidade de desenvolver toda a potencialidade do aluno,

verificar o aprendizado e reorientar o trabalho do aluno e do professor através da

recuperação paralela do conteúdo.

Para que o processo seja o mais amplo possível, serão utilizados

instrumentos variados de avaliação, em diversos momentos. Entre os

instrumentos avaliativos podemos citar: resolução de problemas, criação de

problemas, realização de trabalhos em grupos, trabalhos de pesquisa, provas,

debates, relatórios, entre outros.

Esta proposta pedagógica segue a “Metodologia de Ensino-

Aprendizagem-Avaliação”, proposta por Onuchic (2008). Essa metodologia integra

uma concepção que o conteúdo matemático pode ser trabalhado a partir de

problemas e a avaliação deve ser construída durante a resolução do problema.

Ensino, aprendizagem e avaliação são processos que devem ocorrer

simultaneamente, onde cada etapa do desenvolvimento deve ser analisada, e não

somente o resultado final.

Para avaliar o resultado da implementação desta proposta pedagógica

será aplicado aos alunos um pré-questionário e um pós-questionário que tratem

de questões relacionadas à resolução de problemas e à aprendizagem de

Matemática.

O resultado esperado é que os alunos sintam-se motivados para estudar

Matemática e que as aulas tornem-se mais interessantes e desafiadoras diante de

uma estratégia de ensino que parta de problemas para o desenvolvimento do

conteúdo matemático. E, apesar de ser difícil de avaliar, o resultado final mais

esperado é que haja melhoria na apreensão dos conceitos matemáticos pelos

educandos.

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REFERÊNCIAS

BINI, Márcia Bárbara. Dificuldades de aprendizagem em matemática: o que

fazer em sala de aula. In: II Jornada Nacional de Educação Matemática. Passo

Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2008.

CORRÊA, José Ricardo. Matemática e Política: Instrumento e Ação. Artigo

apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de

Estado da Educação do Paraná, 2009. Disponível em:

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1846-

8.pdf?PHPSESSID=2010011908441212>. Acesso em 15 mar. 2010.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática : ensino fundamental – 6ª série. 2ª

ed. São Paulo: Ática, 2008.

DI PIERRO NETTO, Scipione; SOARES, Elizabeth. Matemática em atividades –

6ª série. 1ª Ed. São Paulo: Scipione, 2004.

GIOVANNI, José Rui; CASTRUCI, Benedito; GIOVANNI Jr, José Rui. A

Conquista da Matemática - Nova. São Paulo: FTD, 1998.

JAKUBOVIC, José; LELLIS, Marcelo; CENTURIÓN, Marília. Matemática na

Medida Certa, 6ª série: ensino fundamental. 7ª ed. São Paulo: Scipione, 2001.

JOGOS ON-LINE. Álgebra na Balança. Disponível em:

<http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_201_g_4_t_2.html?open=instructions>.

Acesso em: 05 jul. 2010.

JOGOS ON-LINE: Balança de Números Negativos. Disponível em

<http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_324_g_4_t_2.html?open=instructions>.

Acesso em 05 jul. 2010.

ONUCHIC, L. R. Uma História da Resolução de Problemas no Brasil e no

Mundo. Palestra de Encerramento apresentada no I Seminário de Resolução de

Problemas na UNESP/Rio Claro, 30 e 31 out. 2008. Disponível em:

<http://www.rc.unesp.br//serp/trabalhos_completos/completo3.pdf>. Acesso em 05

out. 2009.

TAHAN, Malba. O Homem que Calculava. 72ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.